Assim nasceu o carnaval - Jornal da Metrópole
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1970<br />
As elites começam a frequentar as<br />
ruas. As mortalhas ficam colori<strong>da</strong>s e<br />
se espalham pelos blocos. Moradores<br />
do circuito montam seus<br />
‘camarotes’ com bancos e cadeiras<br />
para apreciar a passagem<br />
dos blocos.<br />
1972<br />
Orlando Tapajós homenageia<br />
Caetano Veloso, que volta do exílio,<br />
com a Caetanave, em formato<br />
de foguete. O carro entra na Pça.<br />
Castro Alves ao som de ‘Chuva,<br />
suor e cerveja’, canta<strong>da</strong> por Gil, Gal,<br />
Bethânia, Dodô e Osmar.<br />
ARQUIVO/AGÊNCIA A TARDE<br />
1974/75<br />
Em 1974, surge o bloco afro<br />
Ilê Aiyê. Em 1975, o trio<br />
elétrico completa 25 anos.<br />
O primeiro cantor de trio,<br />
Moraes Moreira, faz sucesso<br />
com ‘Jubileu de Prata’.<br />
1980/81<br />
Surgem os primeiros camarotes,<br />
sendo a precursora a Bahiatursa,<br />
no Campo Grande. Em 1981, os<br />
blocos afro Muzenza e Ara Ketu<br />
entram na festa.<br />
1985/86<br />
Luiz Cal<strong>da</strong>s e Paulinho Camafeu<br />
compõem ‘Fricote’, <strong>da</strong>ndo início às<br />
coreografias de Carnaval e à axé music.<br />
Instala-se o Carnaval do espetáculo<br />
com a presença <strong>da</strong>s redes de TV, rádio,<br />
gravadoras e financiamentos de empresas<br />
priva<strong>da</strong>s. Emergem nomes como<br />
Sarajane e Cid Guerreiro.<br />
1995/96<br />
As micaretas, coman<strong>da</strong><strong>da</strong>s por ban<strong>da</strong>s<br />
de axé, ganham o país, popularizando a<br />
festa e atraindo turistas. A ‘camarotização’<br />
se instala e representa a ocupação<br />
do espaço público e a volta <strong>da</strong>s elites à<br />
folia, junto aos blocos de elite. Em 1996,<br />
Daniela Mercury monta o primeiro<br />
camarote para convi<strong>da</strong>dos<br />
no circuito Dodô.<br />
1978/79<br />
Nasce o primeiro bloco no<br />
formato comercial, o Camaleão,<br />
criado por um grupo de<br />
amigos. O primeiro desfile<br />
acontece no ano seguinte, a<br />
bordo do trio Maragós. Em<br />
1979 é fun<strong>da</strong>do o Olodum.<br />
1982<br />
A percussão sai do chão para as varan<strong>da</strong>s<br />
e a parte superior do trio. O trio<br />
Armandinho, Dodô e Osmar adota<br />
imagens de patrocinadores. Os blocos<br />
Eva e Camaleão fazem o primeiro desfile<br />
no circuito Dodô. Não há cor<strong>da</strong>s,<br />
mas quem usa a camisa do bloco pode<br />
subir nos carros de apoio.<br />
1993<br />
Depois de ser customiza<strong>da</strong> no<br />
final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1980, a mortalha<br />
é substituí<strong>da</strong> pelos abadás,<br />
formados por camisetas e shorts.<br />
O primeiro bloco a adotar o<br />
abadá é o Eva, coman<strong>da</strong>do em<br />
1993 pelo Asa de Águia.<br />
2000<br />
Os trios se tornam ver<strong>da</strong>deiros<br />
‘outdoors ambulantes’. A festa<br />
cresce, tendo o folião pipoca como<br />
mero espectador. No final dos<br />
anos 2000 há uma tentativa de<br />
revitalizar a Aveni<strong>da</strong> e devolver a<br />
festa às mãos do povo.<br />
Salvador, 17 de fevereiro de 2012 5