Descarregar PDF - Jornal de Leiria

Esta revista faz parte integrante da edição 1390, de 3 de Março de 2011 do JORNAL DE LERIA e não pode ser vendida separadamente

Editorial
Um dia especial
O Jornal de Leiria edita hoje mais uma revista
sobre o Casamento, um projecto editorial que
representa uma marca do seu plano anual de
publicações que já conquistou lugar de relevo
na região.
Nesta edição, mais do que dar destaque aos
aspectos burocráticos que fazem parte do
processo do casamento, deixamos um roteiro
dos espaços mais adequados à sua celebração.
Quintas e restaurantes de excelência que
servirão de inspiração àquele que é considerado
um dos dias mais especiais dos jovens
casais.
Embora assistamos a uma quebra continuada
do número de casamentos, quem opta por
fazê-lo continua a desejar uma cerimónia es-
pecial e única, num local que lhe ofereça as
melhores garantias de preço e de qualidade.
Talvez, por isso, os responsáveis pelas quintas
e restaurantes não tenham sentido, ainda, o
peso da redução do número de casamentos
nos seus espaços. Sentem, sim, uma diminuição
do número de convidados.
Hoje, já quase não existem as festas padrão,
típicas dos finais do século XX. Assiste-se a
uma mudança de paradigma, com festas mais
intimistas, em que os noivos convidam apenas
as pessoas mais chegadas, amigos e familiares
mais próximos. Como refere o sociólogo
Tiago Ribeiro, em artigo de opinião nesta revista,
"se antes o casamento constituía uma
importante fonte de bens e recursos para os
EDITORIAL
ABERTURA
Número de casamentos reduziu 40%
'Visitas' insuficientes
para pagar a boda
ESPAÇOS PARA CELEBRAR
O CASAMENTO
Quinta da Salmanha
Quinta de Santo António do Freixo
Quinta das Silveiras
Quinta de Sant’ Ana
Quinta da Aldeia
Restaurante o Casarão
LUA-DE-MEL
Texto de Opinião
noivos, ajudando-os à sua autonomização e
sendo, portanto, um investimento, hoje o significado
afectivo e expressivo tende a prevalecer".
Para este cenário, contribui, também, o facto
de nas celebrações de casamento, os noivos
assumirem cada vez mais o papel de progatonistas,
relativizando a função dos pais, ao contrário
do que acontecia anteriormente. Por um
lado, dão primazia às suas carreiras profissionais
– daí a idade tardia dos casamentos – e,
por outro, têm consciência que o casamento
já não é, hoje, uma fonte de receita. É um dia
único, de reunião de amigos e de familiares
mais próximos. Em que, para muitos, os pais
são os seus convidados especiais! ❤
Ficha Técnica:
Edição: Jorlis - Edições e Publicações, Lda. . Director: José Ribeiro Vieira . Coordenação: Lurdes Trindade . Redacção: Lurdes Trindade e Academia de Comunicação do Colégio Dr. Luís Pereira da
Costa . Serviços Comerciais: Andreia Antunes, Ferreira Branco, Rui Pereira . Projecto Gráfico: Marta Silvério . Paginação: Isilda Trindade, Rita Carlos . Impressão: Multiponto . Tiragem: 15.000 .
N.º de Registo 109980 . Depósito Legal n.º 5628/84 . Distribuição: Jornal de Leiria, Edição n.º 1390 de 3 de Março de 2011.
MARÇO 2011 . JORNAL DE LEIRIA . 3

ABERTURA
NÚMERO DE CASAMENTOS
REDUZIU 40%
Os casamentos diminuiram em Portugal, as pessoas começaram a contrair matrimónio mais tarde, privilegiando as carreiras
académicas e profissionais, e o número de divórcios aumentou. Apesar disso, o número de festas nas quintas não
sofreu qualquer decréscimo, o que significa que quem casa lhe atribui o mesmo significado de sempre. O que se alterou
neste panorama foi o número de convidados, que tem emagrecido substancialmente. A crise financeira pode ter alguma influência,
mas a forma mais intimista como os noivos encaram o seu enlace também contribui para esta mudança.
CERIMÓNIAS MAIS INTIMISTAS
O número de casamentos realizados em
Portugal diminuiu mais de 40% entre 1999 e
2009. Os dados são do Instituto Nacional
de Estatística (INE), que revelou, ainda, que
a média de idade das mulheres à data do
primeiro casamento também se alterou. Em
2009, foi de 28,6 anos, enquanto há dez
anos (1999) era de 24,2 anos. A média de
idades dos homens na altura do primeiro
matrimónio em 2009 foi de 30,2 anos, enquanto
em 1990 era de 26,2. Ao contrário
desta realidade, os divórcios triplicaram em
2009 face a 1990.
Apesar deste decréscimo no número de casamentos,
a maioria das quintas da região
contactadas pelo JORNAL DE LEIRIA não
registou diferenças na quantidade de festas
realizadas de ano para ano. Pelo contrário,
o número tem-se mantido e muitas
já têm cerimónias agendadas para 2012 e
2013. O que se alterou foi a quantidade de
convidados, que tem vindo a diminuir ano
após ano, um fenómeno que pode estar relacionado
com a crise ou mesmo com a alteração
de conceitos relativamente ao
casamento.
"Antes faziam-se grandes festas, os noivos
levavam muitos convidados e, hoje, devido
à crise, a maioria dos casamentos tem
menos pessoas", revela Susana Bastos, responsável
pela Quinta da Aldeia, lembrando
que, em média, cada boda, na sua quinta,
tem registado um decréscimo de 20 a 30%
no número de convidados.
Alexandra Conde, uma das responsáveis
pela Iguarias do Tempo, também confirma
este fenómeno nas duas quintas que explora
– Quinta das Silveiras e Quinta dos
Birreiros. Reduziu o número de convidados,
mas não o número de casamentos. "Já não
4. JORNAL DE LEIRIA . MARÇO 2011
DR
tenho sábados livres em Agosto de 2012 e
alguns, também, em 2013. Isso significa que
o número de casamentos nas quintas não
tem diminuído", considera. Para a jovem
empresária, este decréscimo poderá estar
relacionado com vários factores, desde as
maiores preocupações que os jovens têm
hoje com as carreiras profissionais, e que os
leva a casar mais tarde, até à maior concorrência
de espaços para a realização de
bodas. "Embora a média de pessoas por
casamento nos meus espaços em 2010
tenha sido semelhante à de 2009, assim
como o número de casamentos, tenho de
atender mais pessoas e de batalhar mais
para realizar o mesmo número de festas,
devido ao aumento da concorrência".
CONVIDADOS SELECCIONAM
CASAMENTOS
Hoje são raros os casamentos com 300 e
400 convidados, típicos das últimas décadas
do século XX. As festas são mais íntimas,
por opção dos noivos e também
porque a crise económico-financeira leva
a que muitas pessoas seleccionem criteriosamente
as cerimónias a que pretendem
ir. "Cheguei a ir a dez casamentos
num ano, eram quase todos os fins-desemana
no Verão", revela Maria Joana,
economista e recém-casada, explicando
que se "sentia na obrigação de aceitar
todos os convites" feitos aos seus pais e
que, por inerência, lhe eram extensivos.
Isto quando era solteira. Depois de casar
– há cerca de seis meses -, o panorama
mudou substancialmente, pois agora é ela
e o marido que têm de pagar a 'visita' aos
noivos, o que se torna insustentável. "Eu
própria, quando casei, convidei apenas os
meus amigos e a família mais chegada e,
mesmo assim, foram cerca de 200 pes-

soas, entre os meus convidados e os do
João", diz.
Maria Joana casou numa quinta no concelho
de Leiria. Sublinha que o seu casamento
foi pago pelos seus pais, mas a
parte do noivo foi quase toda suportada
pelas receitas das 'visitas'. "Os meus pais
deram uma ajuda na parte do João. Estávamos
a contar com uma parte para a luade-mel,
mas se eles não tivessem
apoiado, o dinheiro que recebemos das
pessoas não chegava para pagar o resto
da festa. Porque as 'visitas' já não são o
que eram. As pessoas dão o que podem
e não o que está estabelecido".
Maria Joana gastou cerca de 30 mil euros
na totalidade, entre a boda, o vestido, o
fato do noivo, os processos burocráticos e
tudo o que envolve um casamento. Recebeu
cerca de nove mil euros de 'visitas' e
a festa na quinta custou 25 mil. Os pais
pagaram 14.000 euros – "tínhamos mais
convidados da nossa parte" - mas depois
tiveram de suportar ainda o restante e ajudar
na viagem de lua-de-mel. "Eles já
contavam com isso, mas eu não. Têm
mais experiência e informaram-se", diz,
sublinhando que aquele foi o seu momento,
mas foi também a festa dos seus
pais, pois assim fez questão. "Eles escolheram
o espaço comigo e com o João, a
ementa e tudo o resto. Mas sei que não é
assim com a maioria dos noivos".
Jorge Santo, responsável pela Quinta de
Santo António do Freixo reconhece que
actualmente existem menos convidados
nas festas de casamento, mas realça que
sempre houve situações em que as expectativas
do noivos em relação ao número
de presenças nas suas festas saíram
frustradas. Lembra que a festa padrão há
poucos anos se situava entre os 180 e os
220 convidados e actualmente é ligeiramente
menos, mas há casos de casamentos
em que se prevêem 300 pessoas e
não falta ninguém. "Cada casamento é
um caso, depende de muitos factores, inclusivamente
da situação sócio-económica
dos noivos. Sabemos que hoje, a
sociedade está moldada em função das
relações, está fraccionada em função do
dinheiro disponível, as pessoas não se relacionam
em função dos valores, mas em
função do nível de disponibilidade financeira
de cada um. Eu para estar ao nível
de uma determinada pessoa, tenho de ter
disponibilidade para o acompanhar”. ❤
Listas de casamento sem expressão na região
'VISITAS' INSUFICIENTES
PARA PAGAR A BODA
Falta de dinheiro para pagar a boda. Esta
é a realidade com que muitos jovens casais
se confrontam hoje. Os casamentos
deixaram de ser as festas dos pais. Os noivos
passaram a ser os principais protagonistas.
Tem vantagens e desvantagens.
DE DIA...
... SEMPRE A MESMA ELEGÂNCIA!
ABERTURA
Como estamos em crise, uma das desvantagens
prende-se com o facto de ter deixado
de existir um fenómeno que antes
era ponto de honra nesta região: o cumprimento
da tabela de 'visitas'. Hoje, cada
pessoa dá o que pode e já quase só os
▼
▼
▼
OU DE NOITE...
Se privilegia a elegância!
Se elege um ambiente verde e único.
Se valoriza um serviço distinto, sóbrio, pessoal.
Então, equacione visitar a nossa quinta.
Quinta de Santo António do Freixo
Cortes - Leiria
Tel. 244 891 971/ Tm. 919 951 332/ 916 981 509
geral@quintasantoantoniodofreixo.com
www.quintasantoantoniodofreixo.com
PUB
MARÇO 2011 . JORNAL DE LEIRIA . 5

DR
ABERTURA
▼
▼
▼
mais velhos ainda têm a preocupção de
saber qual o montante em vigor nos casamento
– "é quase uma lei" - no sentido de
se aproximarem do valor em causa quando
chega a hora de fechar o envelope para entregar
aos noivos. "O ano passado, as 'visitas'
podiam variar entre os 150 e os 200
euros por pessoa, numa quinta. Se fosse
num restaurante, 100 euros já era uma boa
visita", afirma José Gaspar, 40 anos, um dos
convidados de Maria Joana. "Despendi 450
euros só na 'visita' pois somos três adultos",
revela, adiantando que perante estes valores,
ele próprio se retraiu no número de casamentos
a que vai durante o ano. "Só vou
a cerimónias mais íntimas, de grandes amigos
ou irmãos. Tornou-se insustentável aceitar
todos os convites, pois não fazia a festa
por menos de 550/600 euros, já que somos
quatro pessoas em casa, se contarmos também
com a mais pequenina, com três anos.
Gasta-se sempre muito dinheiro com roupa
e calçado e, ainda, com gasolina se for
longe, como já aconteceu", refere.
José Gaspar tenta cumprir a tabela, para
não prejudicar os noivos, mas há muitos
convidados que não o fazem, como aconteceu
no casamento de Maria Joana. "Claro
que todos os noivos fazem contas, mas já
ouvi algumas amigas dizerem que o dinheiro
também não chegou para pagar as
6. JORNAL DE LEIRIA . MARÇO 2011
suas festas e tiveram de pagar a prestações.
Há situações em que os envelopes estão vazios...isso
é falta de respeito, mas acredito
que não sejam os amigos a fazer coisas destas",
diz Maria Joana.
Ressalvando que no seu estrato de clientes,
o número de noivos que utiliza as 'visitas'
para pagar a boda é mínimo, Jorge Santo,
proprietário da Quinta de Santo António do
Freixo, reconhece que essa é a forma mais
prática de presentear os jovens casais. Mas
também já constatou que aqueles que dependem
dessa verba para pagar a festa,
ficam sempre "prejudicados", no sentido
em que o dinheiro não chega. "Isso mais
uma vez tem a ver com as nossas afinidades,
que são em função dos nossos rendimentos",
explica o empresário, lembrando que
essas situações nunca se verificam quando
são os pais a pagar a festa, que ainda são
uma maioria na sua quinta. Nestes casos, as
receitas das 'visitas' são, habitualmente,
todas para ajudar os noivos noutras despesas.
Na região de Leiria, o conceito de lista de
casamento não é muito comum, como
acontece nas grandes cidades como Lisboa
ou Porto. A tradição da 'visita' está de tal
forma enraizada que os próprios convidados
não se sentem confortáveis a oferecer
um presente aos noivos. "Depende dos ca-
samentos e das pessoas que vão casar", refere
Susana Bastos, lembrando que a maioria
dos noivos constrói uma casa e tem uma
prestação para pagar ao banco, pelo que
muitos ainda vêem no casamento uma
fonte de receita. "Isto quando é tudo pago
pelos pais, obviamente."
Mesmo quando existe lista de casamento,
o panorama também se alterou, como explica
a responsável da Quinta da Aldeia.
"Os presentes hoje são mais modestos do
que antigamente. Lembro-me de ver prendas
da Vista Alegre, pratas e grandes electrodomésticos
e hoje vemos presentes que
muitas vezes os noivos nem gostam ou não
precisam. Por isso, é preferível oferecer um
envelope com uma quantia monetária", diz.
Uma das tradições mais conhecidas da região,
ainda se prende com a troca da 'visita'
com o bolo das festas que a maioria das famílias
de alguns concelhos do distrito faz
questão de manter. Os convidados, no final
da festa, dirigem-se junto dos noivos, entregam
o envelope e recebem um saquinho
com o bolo.
Recentemente, muitas noivas começaram a
inovar e juntaram ao bolo pequenos presentes,
que podem variar entre saquinhos de
cheiro, pequenos frascos de compota e outros
"mimos" que os convidados levam para
casa como recordação do casamento. ❤

Quinta da Aldeia . Barreira Junqueira
2480-121 S. Bento
PORTO DE MÓS
Susana Bastos: 917 570 203
Sofia Santos: 915 195 423
Alex Mafra: 915 195 421
Coordenadas GPS: 39º 30" 57' N 8º 46" 18' W
E-mail: geral@eventosquintadaaldeia.com
www.eventosquintadaaldeia.com

ESPAÇO
QUINTA DA SALMANHA
DR
CASAIS CADA VEZ MAIS
EXIGENTES COM FESTA
DE CASAMENTO
A escolha do local para celebrar a boda é considerada uma das fases mais importantes do casamento. Uma quinta, um
restaurante, um espaço ao ar livre... um local que transforme o dia do enlace num momento único e inesquecível. O JOR-
NAL DE LEIRIA deixa várias sugestões de espaços na região onde os jovens casais podem buscar inspiração para a celebração
do matrimónio.
QUINTA DA SALMANHA
Nova sala buffet inaugurada
Um solar de 1919 cuidadosamente recuperado
convive harmoniosamente com a comodidade
de dois modernos salões, um
com capacidade para receber mais de 500
convidados e outro, mais recente, preparado
para servir 250 pessoas. Neste cenário
que alia a beleza do rústico ao conforto e
requinte que o moderno exige, envolvido
pelo vasto jardim, a Quinta da Salmanha, na
Figueira da Foz, inaugurou em finais do ano
passado o novo espaço, onde passará a
servir o já conhecido e tradicional buffet semanal.
Uma nova sala que permitirá libertar
o salão principal para a sua principal função,
que é proporcionar aos noivos o melhor serviço
num dos dias mais especiais das suas
vidas.
A nova sala funcionará de segunda a sextafeita,
ao almoço, com buffet e uma especialidade
da casa, que pode passar por uma
8. JORNAL DE LEIRIA . MARÇO 2011
mesa de marisco a uma paelha, uma mesa
de leitão ou rodízio de peixe grelhado. Ao
sábado haverá jantar dançante com música
ao vivo e, ao domingo, regressa o buffet
com selecção especial do chefe.
Com estacionamento para 300 lugares e segurança
privada, a quinta proporciona,
ainda, um variado leque de serviços aos
seus clientes, onde "o cuidado e o profissionalismo
da equipa e a garantia de qualidade
do próprio catering se reflecte nos
detalhes de cada serviço". Ementas inovadoras,
salas decoradas com criatividade e
profissionais especializados, que reúnem o
saber e a experiência conducentes à organização
de qualquer evento, permitem aos
protagonistas dos eventos "relaxar e divertir-se
na companhia dos convidados, amigos
e família", explica Arlindo Carpalhoso,
responsável pelo espaço.
Os packs específicos para baptizados ou casamentos,
a partir dos 25 e 55 euros por
pessoa, incluem o serviço de catering, aluguer
da quinta, bolo de noiva, bar aberto,
decoração das mesas, serviço de babysitting,
com acompanhamento permanente
de pessoal especializado e em espaço adequado
com equipamento interior e exterior
devidamente homologado e animação musical.
Para os mais pequenos, a quinta dispõe,
ainda, de um espaço infantil com diversas
actividades, como face painting, balões de
moldar, entre outras brincadeiras, mas sempre
com o apoio de animadoras.
Além de baptizados e casamentos, a Quinta
da Salmanha está preparada para receber
outros de eventos, como festas temáticas,
aniversários, conferências, seminários ou
reuniões de empresas. ❤

FOTOS: JARDIM - WWW.GRAFIBOOK.COM
QUINTA DE SANTO ANTÓNIO
DO FREIXO
Simplicidade, elegância e beleza
A Quinta de Santo António do Freixo
ficou conhecida pelas suas tertúlias literárias
realizadas nas décadas de 40
a 60 do século XX e, mais tarde, pelos
eventos que trouxeram à região personalidades
da política nacional e internacional.
É também, hoje, um
espaço privilegiado para a realização
de casamentos, marcado pela sobriedade,
simplicidade e beleza dos
seus espaços exteriores.
Fundada por Américo Cortez Pinto,
escritor de Leiria que estudou os primórdios
da tipografia em Portugal –
um homem que trouxe a Leiria alguns
dos nomes mais sonantes das artes e
das letras – a Quinta de Santo de
Santo António do Freixo procurou
manter o ambiente de familiaridade
nos eventos que promove sejam eles
cerimónias de casamento, festas de
empresas ou jantares-conferência.
"Tentamos oferecer aos convidados
o que de melhor temos, ao nível da
cozinha e do serviço nas mesas, na
certeza, porém, de que será difícil surpreender
uma personalidade já familiarizada
com espaços de qualidade",
explica Jorge Santo, reconhecendo
que uma das mais-valias da sua
quinta se prende com a beleza paisagística,
com o espaço verde que a envolve
e com o facto de ser
atravessada pelo rio Lis.
A quinta dispõe, desde 2009, de uma
sala com capacidade para 350 pessoas,
que proporciona aos convidados
“uma vista magnífica para todo o
espaço exterior”, uma vez que todas
as paredes são envidraçadas. A substituição
da tenda pelo edifício veio
acrescentar valor aos serviços prestados,
com mais conforto térmico e
acústico.
A concepção do espaço veio permitir,
por outro lado, uma decoração
simples, tal como é sugerido pela
maior parte dos clientes da quinta. “A
sala está concebida para levar cada
vez menos roupa e menos efeitos. Ela
própria está decorada no sentido de
dispensar outros adereços”, diz.
Sem pacotes definidos, Jorge Santo
explica que cada casamento é único
e merece ser tratado como tal. “As
pessoas manifestam preocupações e
eu procuro tranquilizá-las e satisfazer
os seus desejos.” ❤
até
80
LOJA 2 - OUTLET - Entroncamento
Av. Almirante Reis . Entroncamento
Tel. 249 716 907
- % Desconto
Grande Campanha de Fatos de Noivo
NOVO
HORÁRIO
LOJA 1 - UNIFATO - Conf. do Centro, Lda
Estrada da Batalha, 21 . 2440-208 Reguengo do Fétal
Tel. 244 709 000
2.ª a 6.ª Feira: 10:00 às 13:00/14:30 às 19:00
Sábado: 10:30 às 13:00 / 14:30 às 19:00 Domingo: 14:30 às 19:00
LOJA 3 - OUTLET - Santarém
Rua Capelo e Ivens, n.º 2 . Santarém
Tel. 243 306 360
PUB
MARÇO 2011 . JORNAL DE LEIRIA . 9

PUB
ESPAÇO
QUINTA DAS SILVEIRAS
QUINTA DAS SILVEIRAS
Iguarias do Tempo: uma marca sem tempo
O espírito empreendedor da Iguarias do
Tempo é há muito conhecido quando se
trata da realização de eventos seja uma festa
de casamento, de uma empresa, ou a apresentação
de um produto, ou serviço. A empresa
dispõe, hoje, de quatro espaços
distintos, sendo a Quinta das Silveiras a que
ganha maior destaque.
Já lá vão cerca de nove anos. Desde aí, não
tem parado de surpreender, mostrando que
a paixão pela excelência é o grande trunfo
para o sucesso. “Transformar cada evento
num acontecimento único. Realizar sonhos”.
É este o lema da Iguarias do Tempo, pelo
que cada acontecimento tem como ingredientes
uma “rigorosa selecção de matérias-
-primas associada à qualidade de confecção,
além de um serviço de requinte e bom
gosto”.
Qualidade é uma das marcas da empresa
que este ano quis surpreender com um espaço
renovado e mais actual, sem perder,
contudo, as características rústicas típicas de
uma quinta. Depois de amanhã, dia 5, será
inaugurada uma “nova” sala que se abre
para o jardim com grandes janelas, criando
uma simbiose perfeita entre o espaço interior
e exterior. “O espaço fica mais amplo, recebe
mais luz natural e os convidados ficam
com a sensação que estão bem mais perto
do jardim”, explica Joana Conde, a gerente
da empresa. “Temos um jardim fabuloso à
nossa volta e era uma pena as pessoas não
usufruírem dele enquanto tomam as refeições”.
A sala vai manter-se com capacidade para
400 pessoas, sentadas em mesas redondas,
melhorando os seus aspectos acústicos e
quebrando as barreiras que existiam no espaço.
“Havia uns arcos na sala, que eram bo-
10. JORNAL DE LEIRIA . MARÇO 2011
DR
nitos, tiveram o seu tempo, mas decidimos
eliminá-los, porque quebravam muito a visibilidade
e o som. Temos muitas conferências
e eventos empresariais e aqueles arcos faziam
com que a visibilidade não fosse tão
boa”, explica a responsável, reconhecendo
que, a partir de agora, terá oportunidade de
promover outro tipo de trabalhos que antes
era impossível devido à configuração do espaço.
Para a Iguarias do Tempo não há quase nada
que seja impossível de realizar. Nos seus espaços
ou noutros, os desejos de um casal de
noivos, ou de um empresário, são sempre
viáveis para a empresa que, desde o início,
reflecte uma grande entrega, criatividade, e
qualidade, ingredientes que caracterizam o
trabalho da equipa que dá corpo à insígnia.
“Se fosse para fazer mais uma empresa, não
teríamos criado a Iguarias do Tempo. A
nossa razão de existir é o concretizar dos sonhos
das pessoas, seja na área dos casamentos,
seja na área das empresas”, explica
Joana Conde.
Se o casamento for realizado na Quinta das
Silveiras – ou dos Birreiros – a Iguarias do
Tempo dispõe de um pack que pode ser ou
não adoptado pelos noivos. Nesse pacote,
está incluído todo o serviço da quinta, desde
a ementa à decoração, o Dj, a animação infantil,
o fogo preso, os balões e outros detalhes
que fazem parte de um casamento. “Se
as pessoas pretenderem outro tipo de serviços,
como suite para a noite de núpcias, brindes
para convidados, música ao vivo,
bailarinos, limusine, carros antigos e outros
aspectos mais especiais nós estamos cá para
ajudar a cumprir esses desejos», acrescenta
Alexandra Conde, a outra sócia da Iguarias
do Tempo. ❤

FOTOS: DR
QUINTA DE SANT’ANA
Solar recuperado recebe casamentos de sonho
Sobre uma colina verdejante do concelho de
Pombal, avistando uma pequena aldeia outrora
palco de batalhas e tendo como fundo
a magnífica vista da serra da Sicó e o Vale de
Anços, situa-se a Quinta de Sant'Ana. Antiga
propriedade da Ordem de Cristo, com raízes
no final do século XVII, este é o espaço certo
para desfrutar de momentos inesquecíveis.
O solar totalmente recuperado, após o incêndio
aquando da segunda invasão francesa
de 1810, dispõe hoje de 10 quartos e
serve de alojamento turístico.A quinta organiza
desde casamentos a conferências, refeições,
baptizados, aniversários e reuniões de
trabalho. É o local ideal para um casamento
de sonho.
Anabela Jordão, natural da Figueira da Foz,
é gerente deste espaço desde 2005, ano em
que iniciou o projecto. A quinta, com 25 mil
metros quadrados, possui piscina, cavalos,
picadeiro, campo de ténis e um parque infantil.
Oferece um serviço requintado, podendo
um casamento custar, neste lugar,
entre 40 a 70 euros por pessoa. O número de
convidados poderá ir até aos 250. O preço
mais económico integra um buffet permanente,
que pressupõe um prolongamento
do serviço. “Os noivos poderão chegar, por
exemplo, às dezoito horas e ficar até às duas
ou três da manhã”, explica.
O preço máximo por pessoa requer um ca-
samento tradicional, com almoço, copo de
água e, por fim, animação dançante. Do almoço
fazem parte os aperitivos, as entradas,
a sopa, a carne, o peixe e a sobremesa. O
copo de água engloba uma mesa de mariscos,
queijos, doces e frutas, mesa de quentes
e o bolo de noiva.
Realça que o “serviço é completamente interno”,
sendo tudo feito na quinta, “desde a
comida à decoração do espaço e à selecção
ESPAÇO
QUINTA DE SANT’ ANA
da música para a animação nocturna”.
A propriedade está aberta diariamente aos
almoços de segunda a sexta-feira com serviço
de buffet e ao jantar, serviço de música
dançante, pretendendo-se, nestas situações,
“dar, sobretudo, a conhecer o espaço”.
A gerente menciona que, para o ano de
2011, «estão cheios de serviço», pois habitualmente
«os casamentos começam a partir
de Maio e acabam em Outubro». ❤
PUB
MARÇO 2011 . JORNAL DE LEIRIA . 11

PUB
ESPAÇO
QUINTA DA ALDEIA
FOTOS: DR
QUINTA DA ALDEIA
Casamento é um momento único
Na Quinta da Aldeia, localizada em pleno
Parque Natural da Serra D’Aire e Candeeiros,
cada casamento representa um momento
único quer para os noivos quer para os responsáveis
pelo espaço. A inovação é a principal
arma de Susana Bastos, a jovem
empresária que tem a preocupação de concretizar
todos os desejos das pessoas que
querem casar na sua “casa”, uma ampla área
onde foi recuperada a tradição da arquitectura
serrana.
No exterior da Quinta da Aldeia existem vastos
jardins e diferentes espaços cobertos que
rodeiam uma sala com capacidade para 380
pessoas. Diz quem já se casou na serra que é
12. JORNAL DE LEIRIA . MARÇO 2011
um sítio mágico, onde o requinte se mistura
com o agreste da serra, criando um ambiente
bucólico que torna quase surrealistas os momentos
passados naquele oásis da natureza.
A Quinta da Aldeia é assim. Além de estar
preparada para receber todo o tipo de eventos,
é na realização de casamentos que se
destaca, não descurando nenhum pormenor.
Dispõe de um “pacote” dirigido aos noivos
que inclui, além da boda, todos os preparativos
do casamento até chegar ao dia D. “Os
noivos cada vez têm menos tempo, devido
às suas carreiras profissionais, pelo que a
nossa quinta lhes proporciona todos os serviços
de que necessitam, de modo a facili-
Uma noiva que caiu do céu
Já imaginou uma noiva a cair do céu? Isto aconteceu em plena Serra D’Aire e Candeeiros,
num dos casamentos mais inovadores e diferentes a que a Quinta da Aldeia já assistiu.
O próprio noivo foi surpreendido quando viu descer a sua futura mulher, tenente-coronel
da Força Aérea, através de um cabo preso num helicóptero.
Quando lhe perguntaram se era possível fazer um casamento diferente, Susana Bastos
nem pensou duas vezes. Aceitou o desafio e fez todos os preparativos para que, naquele
diz, nada falhasse. “E foi perfeito”, diz, lembrando “a beleza do momento em que se assistiu
ao desfile da noiva até ao “altar”, não de vestido de noiva, mas com o fato de cerimónia
da Força Aérea, perante uma parada de militares. “Basta que os noivos nos
digam o que querem que nós estamos aqui para realizar”, revela. ❤
tar-lhes a vida”, explica Susana Bastos. A
empresária refere-se, por exemplo, a todos
os aspectos burocráticos, como o processo
no Registo Civil, a joalharia, os arranjos florais
e no espaço da boda, a música, a segurança
privada, o animador infantil, os jogos tradicionais,
o fogo-de-artifício, o bolo da noiva e
muitos outros detalhes que um casamento
exige.
Perante o conjunto de alternativas, Susana
Bastos admite que é difícil falar num preço
mínimo ou máximo. “Tudo depende do que
os noivos pretendem, sendo certo que
mesmo que os noivos contratem apenas
uma boda simples, a festa será sempre única
e inovadora e cumprirá os seus desejos.”
A comida, um dos requisitos mais apreciados
pelos casais, é também um dos ex-líbris
da Quinta da Aldeia. É confeccionada na
quinta e no dia da boda, com recurso a ervas
aromáticas típicas daquela zona serrana.
Está a cargo de uma “excelente equipa de
cozinheiros”, que procura na tradição da
cozinha portuguesa as melhores iguarias.
“O nosso lema prende-se com inovação e
com o bom garfo. Se estas duas componentes
estiverem reunidas, está tudo a
postos para uma festa de sonho”, revela a
empresária. ❤

FOTOS: RICARDO GRAÇA
RESTAURANTE O CASARÃO
Há 27 anos a apurar o paladar
"Cozinha-se bem quando se estima aqueles
para quem se cozinha". As palavras são
de Eça de Queirós mas podiam ser atribuídas
a quem gere O Casarão, um restaurante
que há 27 anos vem apurando o
seu paladar quer na arte de bem receber,
quer nas artes gastronómicas.
Concebido desde o início como espaço
de realização de eventos, O Casarão destaca-se
pelos seus pratos de qualidade e
em quantidades generosas, pelas suas entradas
de queijos e enchidos e pelas sobremesas.
Tudo integralmente confeccionado
no local.
Inovação tem sido sempre a palavra de
ordem daquele espaço que procurou
reestruturar-se sempre que as necessidades
iam surgindo. Primeiro criaram-se
novas salas privadas, esplanadas e locais
para eventos empresariais e sociais. E com
o advento das quintas, foi criado um novo
espaço verde destinado à realização de
eventos de vária ordem.
Mas é em 2004 que O Casarão sofre as
maiores alterações de sempre. O complexo
de eventos é completamente refeito,
com a sua capacidade alargada, a
zona do restaurante é isolada, a sala prin-
cipal é ampliada e dotada de novos pontos
de apoio. O espaço exterior é renovado
e modernizado. E Dinis Rodrigues,
filho dos fundadores José Rodrigues e
Classisse Leitão, assume a gestão da empresa,
seguindo as pisadas dos pais no
que respeita à inovação e qualidade dos
serviços prestados.
Hoje, O Casarão mantém-se um restau-
www.antonius.com.pt
ESPAÇO
RESTAURANTE
O CASARÃO
rante de sucesso e um espaço de realização
de eventos de referência na região. Os
clientes, noivos ou empresários, continuam
a ser surpreendidos sempre que se sentam
à mesa. Porque ali, nada é óbvio. Da decoração
à animação, dos pratos ao serviço.
Tudo é pensado ao mais ínfimo detalhe.
Para que o resultado final seja apenas um:
a satifação do cliente! ❤
MARÇO 2011 . JORNAL DE LEIRIA . 13
PUB

LUA-DE-MEL
LUA-DE-MEL DIAS
QUE FICAM NA MEMÓRIA
Muitas são as opções para quem deseja
desfrutar da sua lua-de-mel de uma
forma memorável. Há muita oferta e preços
para todas as carteiras. Tenerife, México,
República Dominicana ou Jamaica
são apenas alguns dos destinos que, por
preços apetecíveis, permitem o acesso a
óptimos serviços. Excursões e detalhes
como o quarto com uma decoração especial
à chegada ou o cesto de frutas e a
garrafa de rum são um convite ao romantismo.
E porque viajar é, acima de tudo, contactar
com pessoas, culturas e religiões diferentes,
as agências de viagens propõem,
também, destinos como a Costa Rica. O
Peru, o Chile e a Argentina, países riquíssimos
em cultura, fazem parte do itinerário
de muitos casais que aproveitam
aquela ocasião para se enriquecerem do
ponto de vista cultural. De uma viagem
OPINIÃO
Significado afectivo e expressivo prevalece
Apesar de ser difícil emitir uma opinião sociologicamente fundamentada, na
medida em que não desenvolvi trabalho empírico relativamente ao tema da
conjugalidade a partir dos modelos de celebração, há, contudo, algumas pistas
que nos podem ajudar a compreender o fenómeno. Por um lado, embora
assistamos a uma quebra continuada do número de casamentos, esse modelo
de celebração, baseado no aluguer de quintas especializadas na celebração
de eventos, é uma prática associada às classes médias que se expandiu
e generalizou, na última década, às classes populares, o que ajuda a explicar
a agenda preenchida desses espaços para os próximos tempos, sobretudo
em zonas mais tradicionais como Leiria, em que essa tendência está ainda a
manifestar-se.
Por outro lado, quanto às lógicas de convívio envolvidas na celebração do casamento,
a crise económica e os custos envolvidos na organização de um
evento dessa natureza estão certamente relacionados com o emagrecimento
do número de convidados, reajustando-se a festa a círculos familiares e amicais
mais restritos. Não sendo o retorno económico da festa o mesmo de há
duas décadas, é natural que o perfil e a função da celebração sejam alterados.
Se antes o casamento constituía uma importante fonte de bens e recursos
para os noivos, ajudando-os à sua autonomização e sendo, portanto, um investimento,
hoje o significado afectivo e expressivo tende a prevalecer.
Além disso, a celebração é cada vez mais centrada nos seus protagonistas e
a festa espelha muito mais as suas escolhas pessoais do que as obrigações co-
14. JORNAL DE LEIRIA . MARÇO 2011
DR
pela Tailândia ou pela Malásia aos prazeres
de uma praia no México, só se tem
mesmo de escolher.
Aos noivos é-lhes dito que um verdadeiro
paraíso terrestre como o Sri Lanka ou a
fantástica Índia formam, efectivamente,
locais de sonho que não se pode deixar
de ir pelo menos uma vez na vida, pelo
menos na lua-de-mel.
Há hotéis que, na apresentação de documentação
comprovativa do casamento,
fazem um desconto e oferecem, por
exemplo, um jantar romântico com marisco.
Ilhas exóticas, como a Tailândia, a
Indonésia e as Maurícias, são eleitas, sobretudo,
no Verão.
Para aqueles que procuram algo mais
económico o Algarve continua a ser uma
opção. Por vezes, tudo se desenrola
numa “escapadinha romântica” de dois
dias; outras vezes, quando os pais podem
ajudar, a estadia prolonga-se, desfrutase
do sol, passeia-se e, à noite, aproveitase
a animação e saboreia-se uma cerveja
gelada. ❤
mummente associadas às visões institucionais da família (lembremo-nos do
crescimento dos padrões associativos no casamento face aos modelos fusionais,
mas sobretudo institucionais). Aquilo que antes era um marcador público
importante da continuidade familiar e da potencial renovação de gerações,
hoje é vivido como um momento mais íntimo, da esfera privada dos cônjuges.
O facto de serem os próprios a custear a festa testemunha a tendência para a
nuclearização da família, erodindo-se as obrigações parentais, sendo, por
outro lado, uma manifestação da autonomia dos cônjuges no quadro das suas
escolhas e dos seus projectos familiares. A ideia de que o casamento não é,
necessariamente, para toda a vida, relativiza o papel dos pais em todo o processo
celebratório e converte aquilo que antes era uma marca da transição
biográfica dos noivos da responsabilidade dos pais e de toda a família num
momento mais pessoal, projectado e concretizado à medida dos seus laços
sociais e das suas representações emergentes sobre o estatuto simbólico da
festa: além de sinalizar o casamento, a festa é também um exercício de idealização
sobre padrões de sociabilidade oriúndos das classes superiores, frequentemente
tomados como normas e referências estéticas e identitárias na
vida do futuro casal. Neste sentido, os novos significados da festa tendem
igualmente a gerar um efeito paradoxal: se antes a celebração constituía uma
fonte de receita para os noivos, hoje, muitos deles, estão dispostos a endividar-se
para que a festa faça justiça ao status que os noivos procuram granjear
junto da sua comunidade de pares. ❤ Tiago Ribeiro, socilólogo