18.04.2013 Views

Introdução a Topografia Curso Técnico em Agropecuária

Introdução a Topografia Curso Técnico em Agropecuária

Introdução a Topografia Curso Técnico em Agropecuária

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Campus Iporá<br />

<strong>Curso</strong> <strong>Técnico</strong> <strong>em</strong> <strong>Agropecuária</strong><br />

<strong>Introdução</strong> a <strong>Topografia</strong><br />

1º S<strong>em</strong>estre de 2013<br />

Prof. Renato Lara de Assis


ALGUNS TERMOS TÉCNICOS IMPORTANTES<br />

Ponto topográgico: É todo e qualquer ponto do terreno, que seja importante e<br />

levado <strong>em</strong> conta na medição da área. Ao final de cada alinhamento (mesmo os<br />

auxiliares) há um ponto topográfico e geralmente cravamos sobre ele um piquete ou<br />

estaca para sua materialização.<br />

Alinhamento: É a projeção plana de uma linha<br />

reta que une os pontos topográficos.<br />

Estação: É o ponto topográfico onde no<br />

momento, esteja instalado (centrado) o<br />

instrumento topográfico, a fim de se medir os<br />

ângulos, distâncias ou levantar outros pontos.<br />

2


Levantamento topográfico: É o conjunto de todas<br />

as operações necessárias para a realização de um<br />

trabalho topográfico (as medições no campo, os<br />

cálculos, os desenhos topográficos, etc).<br />

Terreno: Em topografia, quando nos referimos ao terreno, falamos da superfície<br />

física do solo acrescida de tudo que nela haja , de importância para a descrição<br />

da área, como acidentes naturais (rios, córregos e outros), acidentes artificiais<br />

(represas, canais, etc) ou objetos importantes na caracterização da área<br />

(residências, cercas, etc).<br />

3


Plano topográfico: É um plano horizontal (imaginário), sobre o qual se<br />

projeta o trabalho topográfico. O trabalho topográfico (planimétrico) considera<br />

a área avaliada como sendo plana, não representando as inclinações do<br />

terreno n<strong>em</strong> a curvatura da terra.<br />

4


PRINCIPAIS GRANDEZAS MEDIDAS NOS<br />

LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS<br />

As grandezas medidas <strong>em</strong> um levantamento topográfico pod<strong>em</strong> ser de dois tipos:<br />

angulares e lineares.<br />

Grandezas Angulares<br />

-Ângulo Horizontal (Hz): é o ângulo formado entre dois alinhamentos, ligados<br />

entre si por um vértice, medido no plano horizontal. Ex<strong>em</strong>plo: O ângulo formado<br />

entre duas cercas de arame, tendo o esticador como vértice.<br />

O ângulo horizontal é o mesmo para os três planos horizontais mostrados<br />

5


PRINCIPAIS GRANDEZAS MEDIDAS NOS<br />

LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS<br />

-Ângulo Vertical ( a): é o ângulo formado entre a linha definida pela<br />

superfície do solo (ao longo do alinhamento) e a linha do horizonte. Há dois<br />

tipos de ângulos verticais.<br />

-Ângulo Vertical Ascendente (+): ângulo formado verticalmente entre o<br />

solo e a linha do horizonte, nas situações de aclive (subidas). Recebe<br />

neste caso um sinal positivo (+).<br />

-Ângulo Vertical Descendente (-): ângulo idêntico ao anterior, porém nas<br />

situações de declives (descidas). Neste caso, o ângulo recebe um sinal<br />

negativo<br />

6


O ângulo vertical, nos equipamentos topográficos modernos (teodolito e estação<br />

total), pode também ser medido a partir da vertical do lugar (com orig<strong>em</strong> no<br />

Zênite ou Nadir), daí o ângulo denominar-se Ângulo Zenital (V ou Z) ou Nadiral<br />

(V’ ou Z’).<br />

7


Grandezas Lineares<br />

- Distância Horizontal (DH): é a projeção plana do alinhamento, ou seja, sua<br />

distância reduzida, projetada sobre o plano topográfico.<br />

- Distância Vertical (DV) ou Diferença de Nível (DN): é na prática, a diferença<br />

de “altura” entre dois pontos, ou seja, a distância entre os mesmos, avaliada no<br />

plano vertical. Objetivo do estudo da altimetria.<br />

-Distância Inclinada (DI): é a distância medida entre dois pontos, <strong>em</strong> planos<br />

que segu<strong>em</strong> a inclinação da superfície do terreno.<br />

8


Grandezas Lineares<br />

Ex<strong>em</strong>plo de cálculo: Imagine o terreno da ilustração acima com uma distância<br />

inclinada (DI) de 400,00 m e com um ângulo vertical de 4º 00’ . Como pod<strong>em</strong>os<br />

determinar sua DH e DN com estes valores medidos no campo.<br />

Cálculo da DH<br />

DH = DI x cos α = 400 m x cos 4º 00’ (cos = 0,997564)<br />

DH = 399,02m (observe que houve uma redução de 0,98 m)<br />

Cálculo da DV<br />

DV = DI x sen α = 400 m x sen 4º 00’ (sen = 0,06975647)<br />

DV= 27,90 m


Triângulo retângulo<br />

ΔABC é um triângulo retângulo, pois BĈA = 90°<br />

Triângulo retângulo, <strong>em</strong> geometria, é um triângulo que possui um ângulo reto<br />

e outros dois ângulos agudos, para tanto basta que tenha um ângulo reto (90°),<br />

pois a soma dos três ângulos internos é igual a um ângulo raso (180°). É uma<br />

figura geométrica muito usada na mat<strong>em</strong>ática, no cálculo de áreas, volumes e<br />

no cálculo algébrico.


Catetos<br />

Os catetos são os menores lados do triângulo retângulo. Eles formam o ângulo de 90°.<br />

A soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa<br />

hipotenusa (AB)² = cateto (BC)² + cateto (CA)²


Sist<strong>em</strong>as<br />

ÂNGULOS<br />

a) Sist<strong>em</strong>a sexagesimal: Onde a circunferência é dividida <strong>em</strong> 360 partes iguais,<br />

chamadas graus, os quais ainda são subdivididos <strong>em</strong> 60 partes, chamados<br />

minutos, cada um ainda podendo ser subdividido <strong>em</strong> 60 segundos. Ex. 135º<br />

26’ 42” (graus, minutos e segundos)<br />

b) Sist<strong>em</strong>a centesimal: Onde a circunferência é dividida <strong>em</strong> 400 partes iguais,<br />

denominadas grados<br />

Ex. 35g,4226 - 35 grados, 42 centigrados e 26 decimiligrados<br />

Exercícios.<br />

c) Radianos: A circunferência é relacionada ao número π (pi), sendo dividida <strong>em</strong><br />

2 π radianos.<br />

2 π rad = 360º 1 rad = 360º /2 π = 180º / π = 57,29577951º<br />

Ou 360º = 2 π rad 1º = 2 π/360 rad = π/180 rad = 0,01745329 rad


MEDIÇÃO DE DISTÂNCIAS<br />

MEDIDA DIRETA DE DISTÂNCIAS<br />

A medida de distâncias de forma direta ocorre quando a mesma é determinada a<br />

partir da comparação com uma grandeza padrão, previamente estabelecida,<br />

através de trenas ou diastímetros.<br />

TRENA DE FIBRA DE VIDRO<br />

A trena de fibra de vidro é feita de material resistente (produto inorgânico obtido do<br />

próprio vidro por processos especiais). Seu comprimento varia de 20 a 50m (com<br />

envólucro) e de 20 a 100m (s<strong>em</strong> envólucro). Comparada à trena de lona, deforma<br />

menos com a t<strong>em</strong>peratura e a tensão, não se deteriora facilmente e é resistente à<br />

umidade e a produtos químicos, sendo também bastante prática e segura.<br />

13


MEDIÇÃO DE DISTÂNCIAS<br />

Durante a medição de uma distância utilizando uma trena, é comum o uso de<br />

alguns acessórios como: piquetes, estacas test<strong>em</strong>unhas, balizas e níveis de<br />

cantoneira.<br />

PIQUETES<br />

Os piquetes são necessários para marcar convenient<strong>em</strong>ente os extr<strong>em</strong>os do<br />

alinhamento a ser medido. Estes apresentam as seguintes características:<br />

- fabricados de madeira roliça ou de seção quadrada com a superfície no topo<br />

plana;<br />

- assinalados (marcados) na sua parte superior com tachinhas de cobre,<br />

pregos ou outras formas de marcações que sejam permanentes;<br />

- comprimento variável de 15 a 30cm (depende do tipo de terreno <strong>em</strong> que será<br />

realizada a medição);<br />

- diâmetro variando de 3 a 5cm;<br />

- é cravado no solo, porém, parte dele (cerca de 3 a 5cm) deve permanecer<br />

visível, sendo que sua principal função é a materialização de um ponto<br />

topográfico no terreno.<br />

14


MEDIÇÃO DE DISTÂNCIAS<br />

ESTACAS TESTEMUNHAS<br />

São utilizadas para facilitar a localização dos piquetes, indicando a sua posição<br />

aproximada. Estas normalmente obedec<strong>em</strong> as seguintes características:<br />

-cravadas próximas ao piquete, cerca de 30 a 50cm;<br />

-comprimento variável de 15 a 40cm;<br />

-diâmetro variável de 3 a 5cm;<br />

-chanfradas na parte superior para permitir uma inscrição, indicando o nome ou<br />

número do piquete. Normalmente a parte chanfrada é cravada voltada para o<br />

piquete.<br />

15


MEDIÇÃO DE DISTÂNCIAS<br />

BALIZAS<br />

São utilizadas para manter o alinhamento, na medição entre pontos,<br />

quando há necessidade de se executar vários lances<br />

Características:<br />

-construídas <strong>em</strong> madeira ou ferro, arredondado, sextavado ou oitavado;<br />

-terminadas <strong>em</strong> ponta guarnecida de ferro;<br />

-comprimento de 2 metros;<br />

-diâmetro variável de 16 a 20mm;<br />

-pintadas <strong>em</strong> cores contrastantes (branco e vermelho ou<br />

branco e preto) para permitir que sejam facilmente<br />

visualizadas à distância;<br />

Dev<strong>em</strong> ser mantidas na posição vertical, sobre o ponto<br />

marcado no piquete, com auxílio de um nível de<br />

cantoneira.


MEDIÇÃO DE DISTÂNCIAS<br />

NÍVEL DE CANTONEIRA<br />

Equipamento <strong>em</strong> forma de cantoneira e dotado de bolha circular que permite<br />

ao auxiliar segurar a baliza na posição vertical sobre o piquete ou sobre o<br />

alinhamento a medir<br />

17


MEDIÇÃO DE DISTÂNCIAS<br />

CUIDADOS NA MEDIDA DIRETA DE DISTÂNCIAS<br />

A qualidade com que as distâncias são obtidas depende, principalmente de:<br />

-acessórios;<br />

-cuidados tomados durante a operação, tais como:<br />

- manutenção do alinhamento a medir;<br />

- horizontalidade da trena;<br />

- tensão uniforme nas extr<strong>em</strong>idades.<br />

MÉTODOS DE MEDIDA COM TRENA<br />

LANCE ÚNICO<br />

Na medição da distância horizontal entre os pontos A e B, procura-se, na<br />

realidade, medir a projeção de AB no plano horizontal, resultando na<br />

medição de A’B’<br />

18


MEDIÇÃO DE DISTÂNCIAS<br />

VÁRIOS LANCES - PONTOS VISÍVEIS<br />

Quando não é possível medir a distância entre dois pontos utilizando somente<br />

uma medição com a trena (quando a distância entre os dois pontos é maior que<br />

o comprimento da trena), costuma-se dividir a distância a ser medida <strong>em</strong> partes,<br />

chamadas de lances. A distância final entre os dois pontos será a somatória das<br />

distâncias de cada lance.<br />

19


MEDIÇÃO DE DISTÂNCIAS<br />

ERROS NA MEDIDA DIRETA DE DISTÂNCIAS<br />

Dentre os erros que pod<strong>em</strong> ser cometidos na medida direta de distância,<br />

destacam-se:<br />

- erro relativo ao comprimento nominal da trena;<br />

- erro de catenária.<br />

- falta de verticalidade da baliza quando posicionada sobre o ponto do<br />

alinhamento a ser medido, o que provoca encurtamento ou alongamento deste<br />

alinhamento. Este erro é evitado utilizando-se um nível de cantoneira.<br />

20

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!