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Ipem cria melhores condições para atendimento ao taxista - sincavir

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Fev /Mar<br />

2006<br />

<strong>Ipem</strong> <strong>cria</strong> <strong>melhores</strong> <strong>condições</strong><br />

<strong>para</strong> <strong>atendimento</strong> <strong>ao</strong> <strong>taxista</strong><br />

Com a mudança de tarifa<br />

e a aferição dos taxímetros,<br />

no início do ano, muitas alterações<br />

já ocorreram nos<br />

procedimentos adotadas pelo<br />

Instituto de Pesos e medidas<br />

de Minas Gerais (<strong>Ipem</strong>-MG).<br />

Em 2006, o <strong>Ipem</strong> ainda promete<br />

mais novidades. Para<br />

falar sobre as mudanças no<br />

processo de aferição, sobre<br />

o cartel das oficinas e<br />

muito mais, o Táxi Notícias<br />

entrevistou o presidente do<br />

Instituto, Tadeu José de Mendonça,<br />

e a gerente regional,<br />

Rosângela Olegário Braik.<br />

PágInaS 8 E 9<br />

gPS só com mídia-táxi<br />

O SINCAVIR fará convênio com a BHTrans e parceria com a<br />

Cooavemig <strong>para</strong> viabilizar, sem custos <strong>para</strong> o <strong>taxista</strong>, o GPS,<br />

sistema de monitoramento e rastreamento dos táxis de Belo<br />

Horizonte e Região Metropolitana. Por meio da mídia-táxi, a<br />

verba dos anunciantes pagará as depesas de implantação e<br />

manutenção do sistema. Faça já o seu cadastro de adesão<br />

<strong>ao</strong> GPS. PágIna 11<br />

C a P a C I T U R<br />

garçons ocupam<br />

vagas de <strong>taxista</strong>s<br />

Apesar de lançado em janeiro, com o intuito<br />

de capacitar <strong>taxista</strong>s, garços e recepcionistas<br />

<strong>para</strong> receber turistas na capital mineira, poucos<br />

profissionais do volante se inscreveram<br />

<strong>para</strong> participar dos cursos do Programa<br />

Capacitur. Suas vagas estão sendo<br />

ocupadas por garçons, que a cada<br />

dia se interessam mais pelo curso.<br />

Para falar sobre o assunto,<br />

entrevistamos a psicóloga e coordenadora<br />

da Agência de Capacitação<br />

e Orientação <strong>para</strong> o<br />

Trabalho (Acot), da Faculdade<br />

Estácio de Sá, Milta Rocha.<br />

Milta Rocha: Considero os <strong>taxista</strong>s como linha de<br />

frente <strong>para</strong> atender a todos os tipos de turistas”<br />

O diretor geral do <strong>Ipem</strong>-MG, Tadeu José de Mendonça, com o presidente<br />

do SINCAVIR, Dirceu Efigênio Reis<br />

Transporte irregular quer<br />

invadir BH<br />

PágIna 4<br />

nossa homenagem às mulheres<br />

PágIna 10<br />

Vem aí a SEMana Da SaÚDE<br />

SInCaVIR<br />

PágIna 12<br />

antônio Roberto fala sobre<br />

ansiedade<br />

PágIna 13


02<br />

Melhorias <strong>para</strong><br />

a classe<br />

Esta edição do Táxi Notícias traz informações importantes<br />

<strong>para</strong> a categoria. Como parceiros que somos de iniciativas que<br />

visam melhorias nas <strong>condições</strong> de trabalho do <strong>taxista</strong>, publicamos<br />

nesta edição (páginas 8 e 9) uma entrevista com o diretor geral<br />

do <strong>Ipem</strong>, dr. Tadeu Mendonça, e a gerente regional do Instituto,<br />

Rosângela Braik, que falam sobre as mudanças ocorridas no<br />

sistema de aferição e as novidades programadas <strong>para</strong> melhorar<br />

o <strong>atendimento</strong> <strong>ao</strong>s <strong>taxista</strong>s.<br />

Quero aqui deixar nosso grande agradecimento <strong>ao</strong> dr. Tadeu,<br />

que muito tem feito <strong>para</strong> ajudar nossa categoria. Sabemos que<br />

ele conhece a fundo os problemas da classe, tanto dos motoristas<br />

de táxi como dos caminhoneiros, e por isso sempre atua em<br />

nossa defesa e em busca de <strong>condições</strong> adequadas de trabalho<br />

<strong>para</strong> todos nós.<br />

Outra parceria importante também deve ser firmada com a<br />

BHTrans <strong>para</strong> podermos viabilizar, junto com a Cooavemig, o GPS<br />

<strong>para</strong> os táxis de Belo Horizonte. Queremos proporcionar o melhor<br />

<strong>para</strong> o <strong>taxista</strong>, mas o Sindicato só apóia o GPS se for custo zero<br />

<strong>para</strong> o motorista de táxi. Caso contrário, não queremos mais<br />

uma despesa e preocupação <strong>para</strong> a categoria.<br />

Por fim, quero me manifestar totalmente favorável <strong>ao</strong> projeto<br />

da Prefeitura, por meio da Belotur, com o programa Capacitur e<br />

dizer que ele não foi <strong>cria</strong>do somente <strong>para</strong> pre<strong>para</strong>r os <strong>taxista</strong>s<br />

<strong>para</strong> o BID. Ele foi <strong>cria</strong>do <strong>para</strong> proporcionar <strong>ao</strong> <strong>taxista</strong> <strong>melhores</strong><br />

<strong>condições</strong> de receber os turistas que chegam na cidade, <strong>para</strong><br />

receber nossos visitantes. Temos certeza que este curso, que é<br />

gratuito, só irá trazer mais oportunidades <strong>para</strong> todos. Por isso,<br />

temos que aproveitar iniciativas como esta <strong>para</strong> nos aperfeiçoar<br />

e acompanhar os avanços do dia-a-dia.<br />

Dirceu Efigênio Reis, Diretor Presidente do Sincavir<br />

noTa de FalECIMEnTo<br />

Anunciamos com pesar o falecimento do nosso colega <strong>taxista</strong><br />

José Vasconcelos Adaime (GTI 5175), ocorrido no dia 28 de<br />

dezembro de 2005, <strong>ao</strong>s 76 anos. José Vasconcelos deixa a<br />

esposa, Dona Nair e a filha Beatriz.<br />

Sua Excelência, o<br />

Fev / Mar<br />

2006<br />

Caros Senhores Diretores do Sindicato,<br />

Gostaria de sugerir a <strong>cria</strong>ção de um posto<br />

de devolução de objetos perdidos nos táxis<br />

dentro do prédio do Sindicato. (O <strong>taxista</strong><br />

não se identificou).<br />

Resposta do SincaviR: Esta é uma boa<br />

sugestão. Vamos encaminha-la à BHTrans<br />

e posteriormente o Sindicato disponibilizará<br />

espaço e pessoas <strong>para</strong> este <strong>atendimento</strong>.<br />

Boa tarde. Reconheço o esforço da diretoria do Sincavir e Cooavemig<br />

trabalhando juntas <strong>para</strong> sanar os problemas relacionados <strong>ao</strong> sistema,<br />

inclusive justificando as dificuldades encontradas (deixadas pelas diretorias<br />

passadas). Gostaria de saber o que será feito <strong>para</strong> melhorar<br />

o ganho real do <strong>taxista</strong> que conforme planilha da BHTrans está com<br />

ganhos cada vez menores. Como justificar o <strong>taxista</strong> ser nota 10 e pertencer<br />

<strong>ao</strong> melhor sistema de táxi da América Latina se a cada planilha<br />

apresentada pela BHTrans, aceita por nós e por vocês – o número de<br />

corridas, percentual de investimento e outros só diminuem? O desafio<br />

é <strong>para</strong> além de só aumentar tarifas. Na coluna do jornal do SINCAVIR<br />

Dez/2005, o Sr. Avelino fez um importante registro sobre o problema<br />

do Extra, com isso verificamos os subgrupos dentro do sistema, ou<br />

seja, o <strong>taxista</strong> (motorista autônomo) que não está associado a uma<br />

Cooperativa ou telefone de bairro, está vivendo o mesmo problema de<br />

ganhos cada vez menores. O que está sendo ou será feito? Obrigado.<br />

(O <strong>taxista</strong> não se identificou).<br />

Resposta do SincaviR: A diretoria do SINCAVIR está desenvolvendo<br />

um trabalho com o objetivo de combater o transporte clandestino e os<br />

“piolhos”. Outro projeto que está sendo elaborado é o de divulgação do<br />

serviço de táxi via mídia em parceria com outros órgãos.<br />

Reclamação de um <strong>taxista</strong>: Venho por meio desta manifestar minha insatisfação<br />

e revolta, em virtude do alto preço cobrado pelas oficinas de<br />

taxímetros, por época da aferição. É uma verdadeira extorsão o preço<br />

que nos cobram. O pior é que formam um verdadeiro cartel, com preços<br />

idênticos, combinados por todos, o que nos deixa sem opção de <strong>melhores</strong><br />

preços. Alô, presidentes e diretores do Sincavir e da Cooavemig,<br />

precisamos do total empenho de vocês <strong>para</strong> combater essa exploração<br />

e esse cartel das oficinas. É preciso dar um basta nesta situação, em<br />

nome de uma classe tão sofrida. Vamos à luta! (Walter Aparecido Alves<br />

(GWV-7132).<br />

A eficiência do serviço prestado pelo <strong>taxista</strong> está condicionada <strong>ao</strong><br />

<strong>atendimento</strong> eficaz, desde o momento que o passageiro solicita o serviço<br />

por telefone ou faz o psiu na rua, até o momento em que ele chega <strong>ao</strong><br />

seu destino.<br />

O bom motorista sabe que a satisfação do passageiro é chegar <strong>ao</strong>nde<br />

deseja sentindo-se seguro durante o percurso, com a rapidez necessária<br />

e sendo respeitado quanto <strong>ao</strong> preço da corrida que deverá ser justo.<br />

Sempre deverá existir a preocupação de atender à solicitação dos<br />

clientes em concordância com limites de segurança, normas e leis de<br />

trânsito.<br />

Nós, motoristas, devemos estar atentos e encontrar o melhor fluxo do<br />

trânsito, evitando sermos muito lentos ou muito acelerados. Afinal, não<br />

somos piloto de fórmula 1.<br />

O uso do cinto de segurança pelo motorista e passageiro é o resultado<br />

da conscientização. Graças <strong>ao</strong> cinto, grande parte das vítimas de acidentes<br />

de trânsito sobrevive.<br />

O passageiro deve ser tratado como seu melhor amigo!


Fev /Mar<br />

2006<br />

03


04<br />

Clandestinos, “piolhos”, carros<br />

particulares. até quando?<br />

A cada dia o espaço do <strong>taxista</strong><br />

fica menor devido à grande invasão<br />

do transporte clandestino em<br />

BH, o indesejável “piolho”.<br />

A categoria está cansada de<br />

trombar com vans e peruas que<br />

oferecem o serviço. Como se não<br />

bastasse, agora surgem mais e<br />

mais carros de passeio fazendo<br />

o mesmo. “Nosso receio é de<br />

que motoristas do interior do<br />

Estado continuem invadindo Belo<br />

Horizonte e que mais táxis ditos<br />

como “vips” ganhem munição nos<br />

aeroportos, se fazendo passar por<br />

<strong>taxista</strong>s e tomando nossos passageiros”,<br />

diz o diretor do SINCAVIR<br />

Ricardo Faedda.<br />

O SINCAVIR enviou ofício <strong>ao</strong><br />

presidente da BHTrans, Ricardo<br />

Mendanha Ladeira, com alerta<br />

sobre a atuação dos “piolhos”,<br />

principalmente no Aeroporto da<br />

Pampulha. Em resposta, o diretor<br />

Marcos Fontoura avisou que<br />

o orgão gerenciador iria intensificar<br />

a fiscalização <strong>para</strong> combater<br />

o problema. “Verificamos que a<br />

atuação dos “piolhos” diminuiu<br />

bastante. Agradecemos a BHTrans<br />

pela fiscalização, mas alertamos<br />

que ela não pode ser esporádica,<br />

tem que ser constante, pois só<br />

assim inibiremos a ação dos clandestinos.<br />

Agora, com o encontro<br />

do BID, esperamos contar com os<br />

órgãos de fiscalização <strong>para</strong> que a<br />

invasão do transporte clandestino<br />

seja de fato proibida”, diz o diretor<br />

do Sincavir.<br />

O Táxi Notícias procurou o<br />

gerente de Fiscalização do Transporte<br />

Irregular, Antônio Cláudio<br />

Kubrusly, <strong>para</strong> falar sobre a atuação<br />

da BHTrans a fim de coibir a<br />

ação dos clandestinos. Confira:<br />

Táxi Notícias - Juridicamente,<br />

até que ponto as pessoas<br />

que fazem transporte irregular<br />

podem constituir uma empresa<br />

e oferecer à população este<br />

tipo de serviço como se fosse<br />

táxi?<br />

Antônio Cláudio - O que<br />

importa não é a constituição da<br />

empresa, mas sim a legalidade<br />

ou não do serviço prestado. Se<br />

o serviço se enquadra dentro de<br />

Cláudio Kubrusly, da BHTrans<br />

uma modalidade de transporte<br />

regulamentado não há problema<br />

nenhum. Caso contrário é uma<br />

empresa que presta serviços de<br />

transportes irregulares.<br />

Táxi Notícias – Quais as medidas<br />

tomadas pela BHTrans<br />

quanto <strong>ao</strong> transporte irregular?<br />

Antônio Cláudio – A BHTrans<br />

tem fiscalizado os transportes<br />

irregulares e, especialmente, a<br />

fiscalização da via pública. O fiscais<br />

estão na rua todos os dias da<br />

semana, de segunda a domingo,<br />

24 horas. Caso seja constatado<br />

algum veículo executando um<br />

serviço que não é permitido ele<br />

será apreendido com base em<br />

decisão judicial.<br />

Táxi Notícias - Quais são as<br />

penas neste caso?<br />

Antônio Cláudio – Conforme<br />

estipulado pelo juiz há uma multa<br />

de mil reais e a apreensão do<br />

veículo que só é liberado também<br />

por decisão do juiz<br />

Táxi Notícias – E quanto a<br />

estes veículos particulares que<br />

oferecem serviço de táxi <strong>para</strong><br />

Confins?<br />

Antônio Cláudio – Se nós<br />

encontrarmos algum veículo realizando<br />

o transporte, ele sofrerá<br />

as penalidades já ditas. Será apreendido<br />

e receberá multa judicial<br />

de mil reais. É importante todos<br />

aqueles que tiverem conhecimento<br />

de algum serviço irregular<br />

denunciarem à BHTrans porque<br />

estamos trabalhando <strong>para</strong> coibir<br />

esta atividade.<br />

Denuncie os clandestinos<br />

Quero aqui fazer das palavras<br />

da minha amiga Maria do Bonfim<br />

(Mariazinha – presidente do<br />

Sindicato dos Taxistas de Brasília)<br />

as minhas palavras. No seu<br />

informativo de outubro de 2005,<br />

na coluna opinião, ela perguntou:<br />

Cadê o passageiro? E eu também<br />

pergunto: Cadê o passageiro?<br />

A cada dia perdemos nossos<br />

passageiros <strong>para</strong> os clandestinos,<br />

“piolhos”, carros particulares,<br />

enfim, todo tipo de transporte<br />

alternativo. Em nossa cidade é<br />

fácil de<strong>para</strong>rmos com este tipo de<br />

transporte. É só irmos <strong>ao</strong> Aeroporto<br />

da Pampulha, rodoviária, portas<br />

dos hotéis, que lá estão eles. Não<br />

pagam taxa de gerenciamento,<br />

seguro total, não aferem táximetro<br />

(que por sinal com preço muito<br />

caro), não fazem cursos (capacita-ção),<br />

seus veículos não são<br />

vistoriados, ou seja, não passam<br />

por tudo aquilo que nós do serviço<br />

Como é de conhecimento de<br />

toda a classe, em 2001, o Ministério<br />

Público de Minas Gerais entrou<br />

com uma ação civil pública contra<br />

a BHTRANS com o objetivo de cancelar<br />

todas as 5.800 permissões de<br />

táxi existentes antes da licitação de<br />

1995, seja através de inventário,<br />

de transferência ou outras.<br />

As transferências efetuadas,<br />

desde então, contaram com a concordância<br />

e autorização do Poder<br />

Público concedente. O SINCAVIR,<br />

preocupado com esta situação,<br />

está buscando a defesa dos interesses<br />

dos <strong>taxista</strong>s: “Nós somos<br />

os únicos prejudicados, pois adquirimos<br />

as referidas permissões<br />

entendendo estar dentro da lei”, diz<br />

o presidente do SINCAVIR, Dirceu<br />

Efigênio Reis.<br />

A ação civil pública acontinua<br />

tramitando por iniciativa do Ministério<br />

Público Estadual e, em último<br />

andamento processual, o juiz titular<br />

da causa determinou que todos<br />

os titulares de permissões fossem<br />

citados por edital <strong>para</strong> apresentar<br />

defesa.<br />

“Nos preocupa o fato de ter se<br />

Fev / Mar<br />

2006<br />

de táxi passamos e, o pior, oferecem<br />

o serviço à população como<br />

se fosse táxi. Enquanto isso nós<br />

- trabalhadores do melhor sistema<br />

de táxi da América Latina, Taxista<br />

Nota 10 – que cumprimos todas as<br />

exigências do órgão gerenciador<br />

e pagamos todas as taxas, temos<br />

menos passageiros. Estamos perdendo<br />

nossos passageiros <strong>para</strong><br />

pessoas não credenciadas, com<br />

veículos de 10, 12 anos de vida.<br />

Faço um alerta às autoridades<br />

competentes: só vamos conseguir<br />

ter veículos bons e renovar a frota<br />

se tivermos o passageiro. Ele é a<br />

razão de ser do nosso sistema.<br />

Taxista, denuncie, anote as placas<br />

dos veículos que estão transportando<br />

passageiros irregularmente<br />

e traga <strong>ao</strong> Sindicato, pois assim<br />

como está sendo feito no Aeroporto<br />

da Pampulha, vamos fazer<br />

também nas portas dos hotéis,<br />

rodoviária, etc.<br />

Dirceu Efigênio Reis, presidente do SINCAVIR<br />

Permissões de táxi de BH<br />

espalhado o boato de que tal ação<br />

havia acabado e que a situação<br />

estava resolvida. Infelizmente,<br />

isso não é verdade, pois o processo<br />

continua tramitando”, alerta<br />

Dirceu. No entanto, ele afirma que<br />

não é preciso pânico: “Apesar de<br />

preocu-pante, não há necessidade<br />

de desespero, pois, conforme sabemos,<br />

o andamento processual<br />

é lento e estamos longe de uma<br />

decisão final. Mas qualquer decisão<br />

diferente da situação atual estaria<br />

desestruturando toda a categoria.<br />

Para tanto, confiamos na sensibilidade<br />

e discernimento das nossas<br />

autoridades <strong>para</strong> que isto não<br />

aconteça”.<br />

Assim sendo, <strong>para</strong> os <strong>taxista</strong>s<br />

sindicalizados ou que queiram se<br />

sindicalizar, o Sindicato coloca seu<br />

departamento jurídico à disposição<br />

<strong>para</strong> verificar a inclusão ou não da<br />

permissão na ação de defesa e <strong>para</strong><br />

a elaboração de defesa individual.<br />

Para aqueles que não são sindicalizados,<br />

o Sindicato sugere que o<br />

<strong>taxista</strong> procure um advogado de<br />

confiança e busque a defesa de<br />

seus interesses.


Fev /Mar<br />

2006<br />

número de <strong>taxista</strong>s capacitados<br />

ainda é baixo <strong>para</strong> o BID<br />

A poucos dias da 47ª Reunião<br />

Anual da Assembléia de Governadores<br />

do Banco Interamericano de<br />

Desenvolvimento (BID), que acontece<br />

de 28 de março a 5 de abril, no<br />

Expominas, poucos <strong>taxista</strong>s fizeram<br />

o curso de capacitação promovido<br />

pela Belotur.<br />

O Programa Permanente Belotur<br />

de Capacitação <strong>para</strong> o Turismo<br />

(Capacitur) foi <strong>cria</strong>do em janeiro<br />

deste ano com o objetivo de pre<strong>para</strong>r<br />

<strong>taxista</strong>s e garçons <strong>para</strong> receber<br />

o grande número de turistas que<br />

devem visitar Belo Horizonte em<br />

2006. Cerca de 1000 vagas foram<br />

disponibilizadas <strong>para</strong> <strong>taxista</strong>s de<br />

BH e Região Metropolitana. Aulas<br />

de marketing pessoal e qualidade<br />

no <strong>atendimento</strong>, turismo e hospitalidade,<br />

além de noções básicas de<br />

inglês ou espanhol fazem parte do<br />

cronograma.<br />

No entanto, segundo a assessora<br />

da presidência da Belotur, responsável<br />

pelo Capacitur, Maria Leonor<br />

Resende, o curso gratuito de 40<br />

horas, distribuídos em 10 dias, só<br />

interessou, até o momento, a 200<br />

profissionais do volante. Leonor<br />

esclarece que o curso não foi <strong>cria</strong>do<br />

somente <strong>para</strong> pre<strong>para</strong>r os <strong>taxista</strong>s e<br />

garçons <strong>para</strong> o BID. “O Capacitur é<br />

um programa permanente. O curso<br />

é gratuito e continuará sendo realizado,<br />

independente dos eventos<br />

que acontecerão em Belo Horizonte.<br />

As turmas são formadas de acordo<br />

com a demanda, com a procura dos<br />

<strong>taxista</strong>s”, esclarece.<br />

Para o presidente do SINCAVIR,<br />

a participação em cursos como o<br />

Capacitur só traz benefícios <strong>para</strong> a<br />

categoria. “Existe muita resistência<br />

dos <strong>taxista</strong>s em participar destes<br />

cursos porque muitos acham que<br />

só vão perder tempo e dinheiro.<br />

Mas não é bem assim. Por outro<br />

lado, ganhamos consideravelmente<br />

porque estamos investindo na nossa<br />

profissão. Precisamos manter nosso<br />

título de melhor serviço de táxi da<br />

América Latina”, declara Dirceu.<br />

O presidente do Sindicato também<br />

chama a atenção <strong>para</strong> a preocupação<br />

da prefeitura de Belo<br />

Horizonte e do governo do Estado<br />

em qualificarem os profissionais do<br />

volante. “Nossos governantes estão<br />

investindo na categoria, estão acreditando<br />

em nosso potencial e dando<br />

a oportunidade de crescermos e<br />

evoluirmos na nossa prestação de<br />

serviço. Não devemos perder esta<br />

oportunidade”, alerta Dirceu.<br />

Os professores Eunice e Josué com uma das turmas do Capacitur<br />

Duração do curso: 40 h/a - 10<br />

dias<br />

Vagas disponíveis <strong>para</strong> <strong>taxista</strong>s:<br />

1.000<br />

Custo: o curso é gratuito<br />

Horário do curso: manhã, tarde<br />

ou noite (o <strong>taxista</strong> escolhe o melhor<br />

período, desde que haja turma dis-<br />

Para oferecer o treinamento a<br />

garçons, recepcionistas, feirantes<br />

e <strong>taxista</strong>s, a Belotur contratou a<br />

Faculdade Estácio de Sá, por já desenvolver<br />

dentro da faculdade um<br />

projeto de capacitação profissional<br />

com a mesma linha de orientação.<br />

Para falar sobre o Capacitur,<br />

entrevistamos a psicóloga e coordenadora<br />

da Agência de Capacitação e<br />

Orientação <strong>para</strong> o Trabalho (Acot),<br />

da Faculdade, Milta Rocha.<br />

Táxi Notícias - Qual a importância<br />

do <strong>taxista</strong> <strong>para</strong> o turismo<br />

em Belo Horizonte ?<br />

Milta Rocha - Considero esses<br />

profissionais como linha de frente<br />

<strong>para</strong> atender a todos os tipos de<br />

turistas, pois são os primeiros contatos<br />

feitos quando se visita uma<br />

cidade. Por isso, o <strong>taxista</strong> precisa<br />

entender que passar por um treinamento<br />

não vai ser em vão. O<br />

mineiro já é acolhedor. A gente<br />

precisa é profissio-nalizar, qualificar<br />

essa hospitalidade. Isto é <strong>para</strong> a<br />

vida pessoal e profissional do <strong>taxista</strong><br />

e, <strong>para</strong> ser um bom profissional, é<br />

preciso investir tempo em conhecimento.<br />

Táxi Notícias – No Capacitur,<br />

quantas vagas são destinadas<br />

<strong>ao</strong>s <strong>taxista</strong>s?<br />

Milta Rocha - Das 1.000 vagas<br />

disponibilizadas <strong>ao</strong>s <strong>taxista</strong>s, cerca<br />

de 200 foram preenchidas até o<br />

CaPaCITUR<br />

ponível. Caso não houver, ele pode<br />

formar uma turma. Basta convidar<br />

os colegas)<br />

Local: Faculdade Estácio de Sá<br />

– manhã e tarde, no Campus do Prado.<br />

Noite, na Av. Francisco Sales.<br />

Informações: Acot – tel: 3279-7721<br />

ou 3279.7759<br />

Capacitação é vantajosa<br />

momento. A gente tinha inicialmente<br />

300 vagas <strong>para</strong> os garçons<br />

e já treinamos mais de 400. Eles<br />

estão tomando as vagas dos <strong>taxista</strong>s,<br />

como conseqüência do pouco<br />

interesse desses profissionais pelo<br />

curso.<br />

Táxi Notícias – O curso terá<br />

real benefício <strong>para</strong> o <strong>taxista</strong>?<br />

Milta Rocha - Alguns <strong>taxista</strong>s<br />

manifestaram durante o curso<br />

não acreditarem que possam tirar<br />

real proveito das aulas porque em<br />

eventos internacionais passados,<br />

por exemplo, não tiveram boa demanda<br />

de serviço. Mas a verdade é<br />

que esse treinamento é excelente<br />

e vai servir <strong>para</strong> a vida profissional<br />

e pessoal de quem o fizer, independente<br />

de oferecer uma oportunidade<br />

direta de trabalho, porque<br />

oportunidades indiretas os <strong>taxista</strong>s<br />

sempre terão.<br />

Táxi Notícias – Qual o objetivo<br />

do Capacitur?<br />

Milta Rocha – O objetivo é que<br />

o <strong>taxista</strong> consiga encantar o visitante<br />

<strong>para</strong> que ele não apenas goste do<br />

serviço, mas queira retornar a Belo<br />

Horizonte. Que saia daqui falando<br />

bem da hospitalidade dos mineiros.<br />

Não é achar que o cliente tenha<br />

sempre razão, porque nem sempre<br />

tem. Mas mesmo no momento em<br />

que não tiver, o <strong>taxista</strong> precisa saber<br />

atendê-lo com excelência. Saber<br />

ouvir o ponto de vista do passageiro<br />

05<br />

“Precisa de um pouco de esforço<br />

da gente, mas vale o sacrifício. O<br />

curso é muito bom, só que acho<br />

que dez dias ainda é pouco. Precisa,<br />

no mínimo um mês. Os professores<br />

também são ótimos, todos<br />

muito capacitados. Recomendo<br />

<strong>ao</strong>s nossos colegas que façam o<br />

curso. Tem muita gente que acha<br />

que é bobagem, mas qualquer conhecimento<br />

a mais é uma grande<br />

vantagem. Nunca é tarde <strong>para</strong><br />

aprender.<br />

Pra mim, a parte de turismo, por<br />

exemplo, foi uma grande surpresa.<br />

Já sou velho de praça e tinha muita<br />

coisa que não conhecia aqui em<br />

Belo Horizonte. Às vezes, pensamos<br />

que sabemos tudo, mas ainda<br />

temos muito a aprender”.<br />

Waldir José<br />

Flores (GTI<br />

3 4 7 6 ) t e m<br />

56 anos e é<br />

<strong>taxista</strong> desde<br />

1979.<br />

dando um bom encaminhamento <strong>ao</strong><br />

<strong>atendimento</strong>.<br />

Táxi Notícias – Fale um pouco<br />

sobre o curso.<br />

Milta Rocha – Durante o curso,<br />

são dadas várias dicas <strong>para</strong> se ter<br />

uma boa postura, aparência, diante<br />

do cliente. As aulas de línguas são<br />

ministradas todos dos dias. Nos quatro<br />

primeiros dias são dadas aulas<br />

muito dinâmicas sobre <strong>atendimento</strong>.<br />

Filmes, datashow, retroprojeto-res e<br />

dinâmicas de grupo são recursos usados<br />

<strong>para</strong> vivenciar o que o professor<br />

está falando em sala. No marketing<br />

pessoal, o motorista aprende a ser<br />

diferenciado, único, <strong>para</strong> conquistar<br />

não um simples cliente, mas um<br />

cliente fiel. A partir do quinto dia,<br />

os alunos têm aulas de turismo <strong>para</strong><br />

conhecer melhor BH. Têm a oportunidade<br />

de apreciar e conhecer a história<br />

dos principais pontos turísticos.<br />

Táxi Notícias – Qual a reação<br />

dos <strong>taxista</strong>s à medida que vão<br />

fazendo o curso, que passam por<br />

essa programação?<br />

Milta Rocha – É lindo! É muito<br />

bacana e gratificante. Eles têm dificuldade<br />

<strong>para</strong> vir, mas quem vem<br />

está amando, está feliz, crendo que<br />

vale a pena. Muitos deles estão há<br />

anos fora das salas de aula. Visito as<br />

salas no início e no final das aulas,<br />

converso com o pessoal e eles dizem<br />

terem tido uma ótima sensação de<br />

volta à escola.


06<br />

Apesar de o Governo Federal<br />

ter prorrogado, até 2009, a<br />

isenção do Imposto de Produtos<br />

Industrializados (IPI) e reduzido<br />

o prazo de carência de três<br />

<strong>para</strong> dois anos, os <strong>taxista</strong>s de<br />

BH continuam insatisfeitos.<br />

Isso porque a isenção do IPI<br />

torna-se ineficaz <strong>para</strong> a categoria,<br />

caso a isenção do ICMS<br />

(Imposto sobre a Circulação<br />

de Mercadorias e Serviços), de<br />

autonomia estadual, e ainda<br />

com prazo de três anos de carência,<br />

não cair <strong>para</strong> dois anos.<br />

Como a redução de um imposto<br />

depende do outro <strong>para</strong> surtir<br />

efeito, uma possível solução<br />

<strong>para</strong> o problema deverá ser<br />

discutida na próxima reunião<br />

do Confaz (Conselho Nacional<br />

de Política Fazendária), no dia<br />

24 de março, em Pernambuco.<br />

Mas <strong>para</strong> a redução ser de fato<br />

consumada, é necessária a<br />

I C M S<br />

Taxistas aguardam<br />

redução de carência<br />

aprovação unânime dos governadores<br />

de todos os estados.<br />

O presidente do SINCAVIR,<br />

Dirceu Efigênio Reis, já enviou um<br />

pedido <strong>ao</strong> Governador de Minas,<br />

Aécio Neves, <strong>para</strong> que ele diminua<br />

o prazo de isenção do ICMS em<br />

Belo Horizonte, mas até agora está<br />

sem resposta.<br />

A categoria espera uma posição<br />

favorável do governador, pois, se<br />

tudo der certo na reunião do Confaz,<br />

os <strong>taxista</strong>s sairão ganhando. Um<br />

veículo com três anos de uso na<br />

praça tem depreciação significativa<br />

de 35%, enquanto o de dois anos<br />

tem de apenas 20%. Ao trocarem<br />

os carros mais cedo, melhoram a<br />

qualidade do serviço e ainda economizam<br />

em manutenção. Além<br />

disso, como já ganham descontos<br />

na compra de um veículo, torna-se<br />

possível vendê-lo, após dois anos<br />

de uso, quase pelo mesmo preço<br />

de um novo.<br />

licenciamento e DPVaT<br />

Termina no dia 31 de março o<br />

prazo estabelecido pelo Detran/<br />

MG <strong>para</strong> pagamento da taxa de<br />

licenciamento referente <strong>ao</strong> exercício<br />

de 2006. O valor da taxa é<br />

de R$ 47,10.<br />

O pagamento do seguro obrigatório<br />

(DPVAT) no valor de R$<br />

77,60 teve seu último vencimento<br />

em 25 de janeiro. Portanto se você<br />

ainda não pagou o seguro obriga-<br />

tório faça-o o quanto antes, pois seu<br />

prazo está vencido.<br />

Procure uma agência do Bradesco,<br />

Itaú ou Mercantil do Brasil com o<br />

número do Renavam do veículo <strong>para</strong><br />

regularizar sua situação. Em caso<br />

de dúvidas entre em contato com o<br />

SINCAVIR. Estamos à disposição pelo<br />

telefone (31) 3426-3466 ou pessoalmente<br />

na rua Jacuí, 3761, bairro<br />

Ipiranga, BH/MG.<br />

Ponto do Cachoeirinha<br />

Foi um verdadeiro transtorno<br />

o que ocorreu com os <strong>taxista</strong>s do<br />

ponto de táxi da av. Bernardo<br />

Vasconcelos, no Cachoeirinha,<br />

no dia 27 de janeiro. O proprietário<br />

de uma casa comercial resolveu,<br />

de uma hora <strong>para</strong> outra,<br />

arrancar a placa de táxi do ponto<br />

porque achava que o ponto invadia<br />

o espaço da loja.<br />

Com a confusão, imediatamente<br />

o SINCAVIR compareceu<br />

<strong>ao</strong> local, fez ocorrência policial<br />

e chamou a BHTrans. Antes de<br />

serem tomadas medidas judiciais<br />

contra o lojista, a placa de<br />

táxi foi recolocada (não se sabe<br />

por quem).<br />

O SINCAVIR continua forte<br />

atuando em defesa do <strong>taxista</strong>.<br />

Qualquer problema no ponto<br />

chame o seu Sindicato!<br />

Ponto no Pátio Savassi<br />

No dia 6 de fevereiro, o SINCA-<br />

VIR se reuniu com representantes<br />

do Pátio Savassi e da BHTrans <strong>para</strong><br />

discutir a viabilidade de um ponto<br />

de táxi na área de estacionamento<br />

do shopping.<br />

Durante a reunião, foram estudadas<br />

as possibilidades de localização<br />

do ponto. Uma das propostas<br />

viabiliza o ponto com seis vagas,<br />

com entrada pela av. Nossa Senhora<br />

Fev / Mar<br />

2006<br />

Eleições nas<br />

centrais<br />

Começa em março o processo<br />

eleitoral em algumas cooperativas<br />

de rádio-táxi de BH.<br />

Serão escolhidos os membros<br />

dos Conselhos das seguintes<br />

centrais:<br />

Coopersul – Conselhos Administrativo,<br />

Fiscal e Ético<br />

(março)<br />

Coopertramo - Conselhos<br />

Fiscal e Ético (25 de março)<br />

Coopertáxi-BH - Conselhos<br />

Administrativo, Fiscal e Disciplinar<br />

(25 de março)<br />

Coomotáxi BH - Conselhos<br />

Administrativo, Fiscal e Ético<br />

(1° de abril)<br />

Cooperfins - Conselhos Fiscal<br />

e Ético (maio)<br />

Ligue Táxi - Conselhos Administrativo,<br />

Fiscal e Ético (25<br />

de março)<br />

do Carmo e saída pela Contorno. A<br />

idéia é que seja <strong>cria</strong>da uma área de<br />

acumulação, com outras seis vagas,<br />

na av. Nossa Senhora de Fátima.<br />

O shopping fará todo o controle<br />

das vagas na área interna e serão<br />

instaladas câmeras <strong>para</strong> facilitar o<br />

serviço.<br />

Uma nova reunião deverá ser<br />

marcada, no mês de março, <strong>para</strong><br />

dar continuidade à negociação.


Fev /Mar<br />

2006<br />

BHTrans incrementa setor de <strong>atendimento</strong> a <strong>taxista</strong>s<br />

Em 2005, a BHTrans realizou<br />

uma série de mudanças no setor<br />

de <strong>atendimento</strong> a <strong>taxista</strong>s. O órgão<br />

desenvolveu um projeto que<br />

visa facilitar a vida do motorista<br />

de táxi que procura a BHTrans<br />

<strong>para</strong> resolver problemas do diaa-dia.<br />

De acordo com o gerente de<br />

Controle de Permissões, Wellington<br />

Leal Pereira, toda a equipe<br />

de <strong>atendimento</strong> foi mudada e<br />

os <strong>taxista</strong>s contam com novos<br />

aten-dentes, treinados <strong>para</strong> melhor<br />

receber o motorista e dar<br />

informações.<br />

Também foi implantado o<br />

serviço de telefonia <strong>para</strong> <strong>atendimento</strong><br />

específico à categoria.<br />

“Antes de se dirigir à BHTrans,<br />

o <strong>taxista</strong> poderá ligar e saber o<br />

que é preciso <strong>para</strong> resolver o seu<br />

problema, pois muita gente vem<br />

até aqui e perde viagem. Pelo<br />

telefone, pode fazer consulta<br />

de qualquer pendência. Ele será<br />

informado, por exemplo, sobre a<br />

necessidade de levar documentos<br />

ou não”, diz Wellington. Segundo<br />

o gerente, hoje a BHTrans tem<br />

recebido cerca de 110 ligações<br />

diárias. Os telefones da central<br />

são os seguintes:<br />

(31) 3379.5740 e<br />

3379.5741<br />

Outro serviço a ser implementado<br />

é a disponibilização de “nada<br />

consta” via internet. O <strong>taxista</strong><br />

poderá verificar a sua situação<br />

na BHTrans, se existe pendências<br />

ou não, e também poderá emitir<br />

boletas. “Isto vai otimizar o tempo<br />

do motorista. Ao invés de ficar<br />

<strong>para</strong>do uma hora ou mais <strong>para</strong><br />

resolver estes problemas ele irá<br />

gastar de 5 a 15 minutos”, afirma<br />

o gerente da BHTrans<br />

Venda Nova e Barreiro<br />

Agora, nas estações Venda<br />

Nova e Barreiro o <strong>atendimento</strong> da<br />

BHTrans <strong>ao</strong> usuário é extensivo<br />

também <strong>ao</strong> <strong>taxista</strong> permissionário<br />

<strong>para</strong> que ele tire dúvidas e resolva<br />

pendências, como segunda<br />

via de boleta de multa, CGO etc.<br />

O horário de <strong>atendimento</strong> é de<br />

8:00 às 18:00 horas. O <strong>taxista</strong><br />

deverá apresentar seu registro<br />

de condutor.<br />

O gerente da BHTrans ainda<br />

informa que, nos próximos meses,<br />

os <strong>taxista</strong>s terão um posto<br />

avançado de <strong>atendimento</strong> dentro<br />

do Sindicato.<br />

07<br />

Wellington (detalhe) e a sala de<br />

<strong>atendimento</strong> na BHTrans<br />

Praia das neves<br />

Agradecemos as doações recebidas<br />

<strong>para</strong> as instalações da Praia<br />

das Neves, que proporcionarão<br />

maior conforto <strong>para</strong> a estadia de<br />

férias de nossos <strong>taxista</strong>s. Continuamos<br />

abertos a novas doações,<br />

tais como fogão, geladeira, mesa,<br />

etc.


Fev /Mar<br />

2006<br />

Tadeu Mendonça: “O Sindicato prestou enorme serviço a<br />

esta implantação de um novo sistema”<br />

Táxi Notícias – Por que o<br />

<strong>Ipem</strong> mudou o sistema de trabalho<br />

na aferição de taxímetros?<br />

Tadeu Mendonça – Na realidade,<br />

nós estávamos assumindo parte<br />

do trabalho que era das oficinas<br />

que são autorizadas e credenciadas.<br />

Fizemos o seguinte: deixamos<br />

com as oficinas o trabalho que é de<br />

responsabilidade delas, que têm a<br />

obrigação moral e legal de cumprir<br />

aquilo que determina a relação de<br />

quando elas se propõem a ser credencia-das.<br />

Então, deixamos de nos<br />

preocupar se a oficina fará ou não<br />

o seu trabalho. A oficina fará o seu<br />

trabalho como fez. Elas cresceram<br />

no conceito e nós ganhamos tempo.<br />

O <strong>taxista</strong> economizou seu tempo. O<br />

Sindicato ganhou também porque<br />

prestou enorme serviço a este entendimento,<br />

a esta implantação de<br />

um novo sistema.<br />

Táxi Notícias – Houve muitos<br />

problemas com a mudança?<br />

Tadeu Mendonça – No começo<br />

foi difícil. Toda mudança gera traumas.<br />

Aqui, dentro do IPEM, tive<br />

que vencer resistências de mais de<br />

12 anos. E acho que o grupo que<br />

acreditou no projeto liderado pela<br />

Rosângela foi muito bom. Tivemos<br />

o apoio do Rio de Janeiro onde o<br />

processo já funciona assim. Fomos<br />

até o Rio <strong>para</strong> ver o funcionamento,<br />

<strong>para</strong> melhorar <strong>para</strong> os <strong>taxista</strong>s de<br />

Minas. Tudo isso demonstra que<br />

temos o interesse de melhorar o<br />

serviço do IPEM. Mas no final, fiquei<br />

muito satisfeito porque alcançamos<br />

nossos objetivos.<br />

Táxi Notícias – O que o <strong>Ipem</strong><br />

pode fazer <strong>para</strong> ajudar a acabar<br />

com o cartel?<br />

Tadeu Mendonça – Temos duas<br />

frentes de trabalho. Facilitar o credenciamento<br />

de novas oficinas por<br />

meio de uma portaria do Imetro e<br />

o trabalho junto <strong>ao</strong>s fornecedores<br />

de taxímetros. Esta é uma preocupação<br />

de toda Rede Brasileira de<br />

Metrologia Legal porque são poucos<br />

fornecedores e sendo poucos fornecedores<br />

eles impõem um preço às<br />

oficinas que acabam repassando<br />

esses preços <strong>ao</strong>s <strong>taxista</strong>s.<br />

Táxi Notícias – O SINCAVIR<br />

solicitou <strong>ao</strong> governo que desenvolva<br />

nova tecnologia <strong>para</strong> o taxímetro.<br />

Qual a sua opinião?<br />

Tadeu Mendonça – Esta iniciativa<br />

já nos foi solicitada pelo secretário<br />

Bilac e eu achei a idéia brilhante. O<br />

secretário está encaminhando este<br />

pedido à Fapemig <strong>para</strong> ver qual instituto<br />

ou centro tecnológico do Estado<br />

pode se interessar por desenvolver<br />

outros sistemas de taxímetros. Esse<br />

incentivo governamental é fundamental<br />

<strong>para</strong> a categoria.<br />

Se houver o desenvolvimento<br />

desta tecnologia de um novo sistema,<br />

nós teremos o maior prazer em<br />

apresentar isso como solução <strong>para</strong> o<br />

Imetro e, conseqüentemente, <strong>para</strong> a<br />

Rede Brasileira de Metrologia.<br />

Táxi Notícias – Em reunião<br />

entre BHTrans e SINCAVIR,<br />

foi discutida a possibilidade de<br />

transferir a pista de teste do<br />

<strong>Ipem</strong> <strong>para</strong> a BHTrans. Isto é<br />

viável?<br />

Tadeu Mendonça – Estamos<br />

em entendimento com a BHTrans<br />

<strong>para</strong> a construção da pista de rolamento,<br />

pista de teste dentro da<br />

própria BHTrans. Isso vai gerar<br />

conforto, segurança e economia de<br />

tempo. Este acordo é muito bem<br />

vindo, abre muitos caminhos. A<br />

pista na BHTrans também resolve<br />

a questão da Jacuí, que fica com o<br />

trânsito todo complicado em época<br />

de aferição.<br />

Táxi Notícias – Quais são as<br />

próximas ações <strong>para</strong> o <strong>taxista</strong>?<br />

Tadeu Mendonça – Uma delas<br />

é a melhora da qualidade da prestação<br />

de serviços das oficinas. Para<br />

o ano que vem vamos <strong>cria</strong>r os parâmetros<br />

de qualidade dos serviços<br />

das oficinas. Isso, naturalmente, vai<br />

imprimir uma disputa saudável <strong>para</strong><br />

a oficina que, com certeza, vai se<br />

colocar como empresa modelo. É<br />

saudável <strong>para</strong> o <strong>taxista</strong> que terá um<br />

trabalho de maior qualidade.<br />

08<br />

Taxistas começam o<br />

De 27 de janeiro a 21 de fevereiro,<br />

todos os 6,5 mil táxis de Belo Horizonte,<br />

Contagem, Ibirité e Ribeirão<br />

das Neves passaram pelo Instituto<br />

de Pesos e Medidas de Minas Gerais<br />

(<strong>Ipem</strong>–MG) <strong>para</strong> aferição do taxímetro.<br />

Para facilitar o trabalho e adiantar<br />

Temos outros projetos como o<br />

Táxi Legal. O Táxi Legal é a certeza<br />

que o <strong>taxista</strong> tem de se apresentar<br />

<strong>ao</strong> consumidor como um prestador<br />

de serviços absolutamente legalizado,<br />

com todas as credenciais de um<br />

a F E R I Ç Ã o D E<br />

a vida do <strong>taxista</strong>, este ano o <strong>Ipem</strong><br />

realizou mudanças no procedimento.<br />

Os dois primeiros dias foram tumultuados,<br />

mas depois tudo transcorreu<br />

tranqüilamente.<br />

Um grave problema enfrentado pelos<br />

<strong>taxista</strong>s foi o preço cobrado pelas<br />

oficinas. O SINCAVIR tentou derrubar<br />

“Temos o interesse de melhorar o serviço”<br />

grande profissional. É um trabalho<br />

que queremos desenvolver com o<br />

Sindicato porque o lado legal é bom<br />

<strong>para</strong> todo mundo, <strong>para</strong> o Sindicato,<br />

<strong>para</strong> o <strong>taxista</strong> e especialmente <strong>para</strong><br />

o consumidor.<br />

governo pode incentivar nova<br />

tecnologia <strong>para</strong> taxímetro<br />

No dia 3 de março, o SINCAVIR<br />

entregou <strong>ao</strong> secretário estadual de<br />

Ciência, Tecnologia e Ensino Superior,<br />

Bilac Pinto, um ofício com<br />

o pedido de viabilização de nova<br />

tecnologia <strong>para</strong> taxímetro, a fim de<br />

eliminar os procedimentos onerosos<br />

e demorados <strong>para</strong> o <strong>taxista</strong> e desmontar<br />

a rede de cartel<br />

instalada pelas oficinas.<br />

O presidente do Sindicato,<br />

Dirceu Efigênio Reis,<br />

sugeriu ainda que tal<br />

projeto seja elaborado<br />

com a participação dos<br />

órgãos envolvidos no<br />

controle e aferição dos<br />

taxímetros e das entidades<br />

representativas dos<br />

<strong>taxista</strong>s.<br />

O secretário foi receptivo à idéia<br />

e afirmou que iria verificar tal possibilidade.<br />

Com relação <strong>ao</strong> cartel<br />

das oficinas, ele disse que tomará<br />

providências e solicitará <strong>ao</strong> <strong>Ipem</strong> o<br />

credenciamento de novas oficinas<br />

<strong>para</strong> a próxima aferição.<br />

O secretário Estadual, Bilac Pinto e Dirceu<br />

Progresso <strong>para</strong> a classe<br />

Toda mudança gera algum tipo de insatisfação no início. A aferição foi<br />

tumultuada nos primeiros dias, mas depois transcorreu bem. A intenção<br />

foi a melhor possível. O <strong>taxista</strong> teria que ir duas vezes <strong>ao</strong> <strong>Ipem</strong>, agora<br />

e no próximo mês de agosto, mas conseguimos unificar as duas etapas<br />

em uma só. Isso tem um ganho substancial porque deixamos de gastar<br />

R$ 30,00 da aferição periódica e não vamos precisar <strong>para</strong>r novamente<br />

<strong>para</strong> correr pista.<br />

O que mais nos entristeceu foi ver as oficinas fechando um mesmo<br />

preço <strong>para</strong> o serviço, caracterizando o cartel. Denunciamos a prática e<br />

tentamos barrar este procedimento, mas não tivemos como impedir. O<br />

que conseguimos fazer foi tentar um acordo com as oficinas. Mesmo assim,<br />

conseguimos reduzir somente R$ 4,50 no preço cobrado, que passou<br />

de R$ 90,00 <strong>para</strong> R$ 85,50. Acho que este foi o ponto mais lamentável de<br />

todo o processo de aferição este ano. Por isso, já solicitamos <strong>ao</strong> governo<br />

do Estado que realize um estudo <strong>para</strong> mudar o atual sistema e <strong>cria</strong>r nova<br />

tecnologia que seja mais econômica e segura <strong>para</strong> o <strong>taxista</strong>.<br />

Dirceu Efigênio Reis, Diretor-presidente do SINCAVIR


Fev /Mar<br />

2006<br />

T a X Í M E T R o S<br />

ano com mudanças<br />

o cartel. Foram realizadas duas reuniões<br />

no <strong>Ipem</strong> com as oficinas, que alegaram<br />

que o preço foi estipulado levando em<br />

conta o alto custo da peça fornecida<br />

pelas fábricas e custos operacionais da<br />

oficina <strong>para</strong> realizar a aferição.<br />

Para explicar o que aconteceu,<br />

apresentar as novidades e o trabalho<br />

desenvolvido pelo <strong>Ipem</strong>, o “Táxi Notícias”<br />

ouviu o diretor geral do órgão,<br />

Tadeu José de Mendonça, e a gerente<br />

regional do Instituto, Rosângela Olegário<br />

Braik, responsáveis pelas boas<br />

inovações destinadas à categoria.<br />

“Queremos avanços <strong>para</strong> a categoria”<br />

Táxi Notícias - Por que nesta<br />

aferição houve a mudança do<br />

final de placa, transferindo o<br />

final zero <strong>para</strong> o começo?<br />

Rosângela Braik - Fizemos um<br />

critério diferente dos anos anteriores.<br />

Foi feito um levantamento de<br />

quantos carros têm <strong>para</strong> cada final<br />

de placa e descobrimos que o final<br />

zero nunca podia estar junto com<br />

o nove porque o nove tem mais<br />

de mil táxis e o zero também. Assim,<br />

colocamos o zero junto com<br />

o um e o dois, que não chegam a<br />

800 carros. Foi esta a tentativa.<br />

E o prazo de placa final oito ficou<br />

maior porque também tem muitos<br />

carros, mais de 1300. Por isso, não<br />

podia nunca ser do jeito que era.<br />

No final, ficou vazio, ficou tranqüilo.<br />

Tudo foi muito bem distribuído.<br />

Dentro da logística.<br />

Táxi Notícias - Qual o objetivo<br />

destas mudanças?<br />

Rosângela Braik - A intenção<br />

do <strong>Ipem</strong>, através da regional Belo<br />

Horizonte, é proporcionar <strong>ao</strong> <strong>taxista</strong><br />

um melhor <strong>atendimento</strong>. Nosso<br />

diretor geral, dr. Tadeu Mendonça,<br />

tem se empenhado muito <strong>para</strong><br />

isso, investindo no nosso trabalho<br />

e buscando o necessário <strong>para</strong> atender<br />

melhor todos que dependem<br />

do nosso serviço. No caso da aferição,<br />

o trabalho que era executado<br />

em cinco meses, neste exercício<br />

está sendo feito em 22 dias úteis.<br />

A intenção, a operacionalização<br />

foi <strong>para</strong> otimizar o tempo tanto<br />

do <strong>Ipem</strong> quanto do <strong>taxista</strong>, que<br />

tinha que comparecer <strong>ao</strong> órgão<br />

duas vezes: uma <strong>para</strong> mudar a<br />

tarifa e outra <strong>para</strong> a gente fazer a<br />

verificação. Chegamos à conclusão<br />

de que o <strong>taxista</strong> estava perdendo<br />

tempo sem necessidade, porque<br />

as oficinas são credenciadas por<br />

nós. Elas têm autorização <strong>para</strong><br />

romper lacre.<br />

Táxi Notícias - O que aconte-<br />

ceu no início da aferição? Qual<br />

foi o problema?<br />

Rosângela Braik - Nós tivemos<br />

problemas que independem<br />

da nossa vontade. Apesar de estar<br />

tudo informatizado, tínhamos só<br />

um equipamento funcionando e a<br />

impressora deu defeito. Dificuldades<br />

que o Estado tem. Além disso,<br />

duas determinadas oficinas, que<br />

não vou citar nomes, fugiram <strong>ao</strong><br />

combinado. O combinado foi que<br />

o <strong>taxista</strong> poderia ir direto à oficina<br />

só a partir de 8 horas da manhã.<br />

Mas duas oficinas fizeram o trabalho<br />

da mudança da tarifa às 7<br />

da manhã. Aí juntaram duzentos<br />

<strong>taxista</strong>s de uma vez. Foi um sufoco.<br />

Não tínhamos equipamento<br />

<strong>para</strong> atender a demanda porque a<br />

programação não era esta. A idéia<br />

era que as oficinas só começassem<br />

a atender às 8 horas <strong>para</strong> que os<br />

<strong>taxista</strong>s fossem chegando <strong>ao</strong>s<br />

poucos no <strong>Ipem</strong>. Gostaria de pedir<br />

desculpas <strong>ao</strong>s <strong>taxista</strong>s final zero,<br />

um e dois, porque a intenção não<br />

era aquela. A gente entende que<br />

o <strong>taxista</strong> perdeu tempo e o tempo<br />

dele é precioso. Nossa intenção<br />

era a melhor. Tanto é que a prova<br />

está aí com o bom resultado que<br />

obtivemos.<br />

Táxi Notícias - E quanto à<br />

novidade do selo?<br />

Rosângela Braik - O selo é<br />

afixado no pára-brisa logo após<br />

o término de todo o serviço. Já a<br />

etiqueta de verificação é colocada<br />

no instrumento, no taxímetro.<br />

Como ela é muito pequena, normalmente,<br />

nem o usuário vê esta<br />

etiqueta. Por isso, bolamos este<br />

selo de vistoriado que é dupla face.<br />

É importante o pessoal não deixar<br />

de ter o selo de vistoriado no táxi.<br />

Mesmo porque vamos também<br />

fazer uma blitz e uma das exigências,<br />

no momento da blitz, é este<br />

selo de vistoriado. Se o <strong>taxista</strong> o<br />

perder, se o pára-brisa quebrar ou<br />

qualquer outro problema, pode vir<br />

aqui e pegar outro. Não tem custo.<br />

O que não pode é rodar sem o selo<br />

de vistoriado. Gostaria ainda de<br />

solicitar a todos os <strong>taxista</strong>s final<br />

de placa zero, um e dois <strong>para</strong> vir<br />

até o <strong>Ipem</strong> receber o selo porque<br />

no dia da aferição, como deu muito<br />

tumulto, nós não o afixamos nos<br />

veículos.<br />

Táxi Notícias - O que está<br />

sendo programado <strong>para</strong> as<br />

próximas aferições?<br />

Rosângela Braik - Brevemente,<br />

vamos implantar o agendamento.<br />

Já queremos começar com<br />

os táxis da região metropolitana.<br />

O agendamento é o que tem de<br />

09<br />

Rosângela Braik com o selo “vistoriado”, que é afixado<br />

no pára-brisa do táxi após a verificação do taxímetro<br />

“Esta última aferição foi corretamente<br />

bem feita, com pessoas<br />

mais qualificadas. Eles estão<br />

atendendo sim às nossas necessidades.<br />

Eu cheguei aqui hoje,<br />

pelo tempo que tenho de praça,<br />

realmente foi mais rápido. Também<br />

colocaram pessoas com<br />

mais educação porque na aferição<br />

passada tinha uma senhora<br />

que estava tratando os <strong>taxista</strong>s<br />

como se fossem ninguém. Não<br />

estava respeitando o nosso trabalho.<br />

Mas este ano colocaram<br />

pessoas qualificadas com mais<br />

educação. Agora está andando<br />

bem mais<br />

rápido.<br />

Fernando<br />

Dias<br />

Cruz,<br />

GWv<br />

8019<br />

melhor <strong>para</strong> a execução deste tipo<br />

de serviço. Nós vamos publicar um<br />

cronograma de verificação por placa<br />

completa e não mais por final de<br />

placa. Então, por exemplo, placa<br />

1201: a partir de tal dia o <strong>taxista</strong><br />

terá cinco dias <strong>para</strong> comparecer<br />

<strong>ao</strong> <strong>Ipem</strong>. Ele vai ligar antes, num<br />

serviço 0800, e agendar o dia que<br />

ele quiser comparecer <strong>ao</strong> <strong>Ipem</strong>.<br />

Ele terá a opção de escolher dia e<br />

horário <strong>melhores</strong> <strong>para</strong> ele, desde<br />

que tenha vaga na data pretendida.<br />

Então nós vamos ter o número<br />

exato de <strong>taxista</strong>s que vão passar<br />

por aqui naquele dia. Se ele não<br />

comparecer na data marcada terá<br />

que justificar e, <strong>para</strong> justificar, ele<br />

vai ter que pagar.<br />

“Este ano a forma de aferição foi<br />

melhor, a mudança deu certo.<br />

Com meia hora dá <strong>para</strong> fazer tudo.<br />

Favoreceu muito porque antigamente<br />

a gente tinha que ir <strong>para</strong> as<br />

filas dos bancos, depois tinha que<br />

voltar aqui. Agora esta maneira foi<br />

correta, foi boa. O que não concordo<br />

é com estas taxas absurdas que a<br />

gente paga, este preço absurdo das<br />

oficinas. Não tem motivo cobrar R$<br />

85,00 de uma aferição. Se fosse<br />

<strong>para</strong> conferir o taxímetro e pagar<br />

uma taxazinha estou até de acordo,<br />

mas com o aumento que a gente<br />

recebeu e pagar este preço eu acho<br />

um absurdo”.<br />

Antônio<br />

Clemente<br />

Ferreira,<br />

GTi 4788


10<br />

Foi-se o tempo em que as habilidades femininas<br />

eram aplicadas apenas no lar. Aos poucos a<br />

mulher conquista alguns direitos importantes e<br />

antes facultados somente <strong>ao</strong>s homens, como o<br />

de votar e ser eleita, de praticar esportes, estudar<br />

e exercer a liberdade de expressão. Avança<br />

no seu modo de pensar, sentir e agir. Quem<br />

diria, já tem mulher administrando empresa,<br />

disputando copa do mundo de futebol e dirigindo<br />

táxi. E quem vê isso nem imagina que em 1857,<br />

“Posso ajudar financeiramente<br />

o meu pai”<br />

Filha de <strong>taxista</strong>, <strong>taxista</strong> é. Pelo<br />

menos é o caso de Fernanda Barbosa<br />

Rodrigues Armendani, 23 anos,<br />

que há 6 meses se tornou motorista<br />

de táxi não por opção, mas porque<br />

seu pai, Anselmo Rodrigues da Silva,<br />

57, teve que <strong>para</strong>r de trabalhar,<br />

após 20 anos de dedicação, devido<br />

à diabetes. “É muito bom, diferente.<br />

Não fico presa a um único ambiente<br />

e tenho a sensação de liberdade<br />

<strong>ao</strong> dirigir. Além disso, posso ajudar<br />

financeiramente o meu pai”, diz a<br />

<strong>taxista</strong>.<br />

Mas qual o segredo <strong>para</strong> enfrentar<br />

uma rotina tão agitada? “Paciência.<br />

Sair de casa com a consciência<br />

de que vou enfrentar uma rotina<br />

complicada. Assim me preparo <strong>para</strong><br />

Desde que a atual diretoria assumiu<br />

o mandato, várias solicitações de<br />

<strong>cria</strong>ção, extensão e transferência de<br />

pontos de táxi foram feitas à BHTrans.<br />

Até o momento, muitos pedidos foram<br />

atendidos. Agradecemos à administração<br />

do órgão pela atenção que<br />

tem dado <strong>ao</strong>s <strong>taxista</strong>s.<br />

Acompanhe a seguir os resultados<br />

de nossas solicitações:<br />

Pedidos atendidos:<br />

- Av. Contagem em frente <strong>ao</strong> nº2048<br />

no Bairro Santa Inês;<br />

- Praça Amintas de Barros, entre as<br />

Ruas Santa Cruz e Lourdes de Paula<br />

Cordeiro em Venda Nova;<br />

- Rua Santo Antônio, próximo <strong>ao</strong> nº<br />

42 – Praça Santo Antônio;<br />

Sexo nada frágil<br />

em Nova Iorque, nos Estados Unidos, 130 delas,<br />

tecelãs, morriam queimadas na fábrica de tecidos<br />

onde trabalhavam. O motivo? Reivindicavam <strong>condições</strong><br />

mais dignas de trabalho. Devido à disso,<br />

são lembradas todos os anos, no mundo inteiro,<br />

no dia 8 de março.<br />

Para quem é considerada sentimental e sensível<br />

demais, a mulher tem provado ser capaz<br />

de superar todas as expectativas. De repente, a<br />

resposta está em sua sabedoria e inteligência.<br />

não estressar com o trânsito, nem<br />

com o passageiro, ” revela.<br />

Pelo menos com relação <strong>ao</strong>s<br />

colegas de profissão e passageiros<br />

do sexo oposto, ela não tem do<br />

que reclamar: “Eles me respeitam<br />

muito”. Mas desabafa: “Na verdade,<br />

o preconceito vem das passageiras.<br />

A maioria, quando vem em direção<br />

<strong>ao</strong> meu carro vê que sou mulher,<br />

desiste da corrida”.<br />

“Queria ser<br />

caminhoneira, mas me<br />

apaixonei pelo táxi”<br />

Em princípio, Maria José da<br />

Saúde de Souza, 46 anos, queria<br />

ser caminhoneira. Fez umas economias<br />

<strong>para</strong> comprar um caminhão<br />

e até tirou carteira de habilitação<br />

<strong>para</strong> dirigi-lo. Mas o dinheiro só<br />

deu mesmo <strong>para</strong> comprar um táxi.<br />

Resultado: há 24 anos ela é <strong>taxista</strong>.<br />

“ Meu primeiro dia de trabalho foi<br />

em um domingo. Percebi que me<br />

saí muito bem. Daí me apaixonei e<br />

não parei mais ”, lembra.<br />

No começo de carreira teve algumas<br />

dificuldades: “Sofri muito<br />

preconceito da sociedade, por ser<br />

mulher. Hoje a discriminação ainda<br />

existe, mas é bem menor e, infelizmente,<br />

vem da própria mulher<br />

”, desabafa. “A passageira tem<br />

resistência de entrar no meu táxi,<br />

por pensar que, sendo eu mulher,<br />

sou incapaz de resolver algum imprevisto<br />

sujeito a ocorrer durante a<br />

corrida. E isso não é verdade. Tenho<br />

24 anos de experiência e <strong>condições</strong><br />

suficientes <strong>para</strong> trabalhar ”, afirma<br />

a <strong>taxista</strong>. E dá um recado a todas<br />

as mulheres: “Ao invés de se sentir<br />

inferior <strong>ao</strong> homem, a mulher precisa<br />

acreditar em seu potencial e enxergar<br />

aquela que trabalha como uma<br />

profissional capaz de exercer com<br />

excelência suas tarefas”.<br />

“Quero ter minha<br />

própria oficina”<br />

Fernanda de Souza Santos é<br />

filha da <strong>taxista</strong> Maria José e se tornou<br />

profissional do volante, há 6<br />

meses, por influência da mãe: “Eu<br />

era operadora de caixa e ganhava<br />

o SInCaVIR pediu, a BHTrans atendeu<br />

- Av. Itamar Teixeira esquina com<br />

Av. Úrsula Paulina no Bairro Betânia;<br />

- Av. Santa Terezinha, nº 971, em<br />

frente <strong>ao</strong> Bar Verdim no Bairro Santa<br />

Terezinha;<br />

- Rua Passa Tempo entre a Rua<br />

Major Lopes e Av. Nossa Senhora do<br />

Carmo no Bairro São Pedro;<br />

- Em frente <strong>ao</strong> supermercado EPA<br />

no Bairro Pampulha, ponto que se<br />

localiza próximo <strong>ao</strong> Shopping Pampulha<br />

Mall;<br />

- Em frente <strong>ao</strong> Hotel Cheverny, Timbiras<br />

com av. João Pinheiro;<br />

- Av. Getúlio Vargas com rua Pernambuco,<br />

na Savassi;<br />

- Em frente <strong>ao</strong> hotel Le Flamboyant,<br />

na rua Rio Grande do Norte com Cláu-<br />

dio Manoel;<br />

- Bernardo Guimarães, entre Álvares<br />

Cabral e Curitiba;<br />

- Shopping Oi;<br />

- Augusto de Lima, da rua Goiás até<br />

a Bahia e no Mercado Central;<br />

- Carandaí, entre alameda Ezequiel<br />

Dias e av. Afonso Pena;<br />

- Av. Francisco Sales, em frente à<br />

Unimed.<br />

Pedidos atendidos e a serem<br />

implantados:<br />

- Em frente <strong>ao</strong> Diamond Mall, rua<br />

Bernardo Guimarães;<br />

- Em frente à Santa Casa, av. Francisco<br />

Sales;<br />

- Rua Juruá em frente <strong>ao</strong> nº 50 no<br />

Bairro da Graça (com o desvio da Li-<br />

Fev / Mar<br />

2006<br />

Ou, quem sabe, no excesso de garra e fibra que<br />

lhe dão forças <strong>para</strong> continuar, com a cabeça<br />

erguida, na batalha diária pela sobrevivência e<br />

por direitos iguais <strong>ao</strong>s dos homens.<br />

O fato é que com esses predicados, três mulheres<br />

dedicam parte de seu tempo no ofício de<br />

<strong>taxista</strong>. E apesar da discriminação da clientela<br />

feminina, continuam trabalhando por amor à<br />

profissão. Confira as histórias de Fernanda Armendani,<br />

Maria José e Fernanda Santos.<br />

mal. Agora com o táxi, passei a ter<br />

um retorno financeiro bem melhor.<br />

Gosto de dirigir e ainda revezo horários<br />

com a minha mãe <strong>para</strong> dar um<br />

pouco de descanso a ela”, diz.<br />

Mas a jovem de 19 anos não pretende<br />

<strong>para</strong>r por aí: “Estou fazendo<br />

um curso de eletricidade de autos e<br />

em seguida pretendo fazer um curso<br />

de injeção eletrônica. Quero ter<br />

minha própria oficina”, declara.<br />

Ela é a única mulher da turma<br />

de eletricidade e afirma não sofrer<br />

preconceito por parte dos colegas:<br />

“Os rapazes me respeitam bastante”.<br />

Quanto <strong>ao</strong>s passageiros:<br />

“Nunca tive problemas com os<br />

homens. Já com as mulheres...<br />

Um dia eu estava na porta de um<br />

hotel e era a primeira da fila de<br />

<strong>taxista</strong>s. Uma senhora veio em<br />

direção <strong>ao</strong> meu carro e quando<br />

me viu disse: Ah, é uma mulher?<br />

Então, não entro no carro”, recorda<br />

a jovem <strong>taxista</strong>.<br />

É fato que ainda há muito a<br />

se fazer pelas mulheres. Mas<br />

se depender da determinação e<br />

perseverança de cada uma delas,<br />

o sonho de alcançar 100%<br />

de respeito e igualdade de direitos<br />

pode ficar mais perto de se<br />

concretizar.<br />

Parabéns às mulheres, às<br />

brasileiras, mineiras e, especialmente,<br />

às nossas <strong>taxista</strong>s!!!<br />

nha Verde, ele será contemplado);<br />

Solicitações em estudo:<br />

- Transferência de ponto da rua<br />

Francisco Rodrigues Miranda no bairro<br />

Fernão Dias <strong>para</strong> a rua Maria Ferreira<br />

da Silva também no bairro Fernão<br />

Dias ;<br />

- Extensão do ponto da Praça Nilo<br />

Peçanha em frente à Drogaria Cruzeiro;<br />

- Criação de ponto na av. Abílio Machado<br />

nº 3075 Bairro Jardim Inconfidência,<br />

sentido bairro/centro;<br />

- Criação de ponto na rua Emílio<br />

Ricaldone, próximo a Via Expressa.<br />

Entrada da superintendência de Limpeza<br />

Urbana (SLU);


Fev /Mar<br />

2006<br />

gPS conta com SInCaVIR<br />

“O Sindicato só viabilizará o GPS se for custo zero <strong>para</strong> o <strong>taxista</strong>”<br />

Após várias reuniões no Fórum<br />

dos Taxistas <strong>para</strong> discutir a<br />

viabilidade do GPS (Sistema de<br />

Posicionamento Global) a ser instalado<br />

nos táxis de Belo Horizonte,<br />

ficou estabelecida uma parceria<br />

entre a BHTrans, o SINCAVIR e a<br />

Cooavemig <strong>para</strong> a implantação do<br />

sistema.<br />

O Sindicato e a Cooperativa<br />

realizam juntos a avaliação do melhor<br />

aparelho a ser instalado nos<br />

veículos. Hoje, 10 táxis de Belo<br />

Horizonte e Contagem já fazem<br />

teste com sistemas de empresas<br />

diversificadas.<br />

Para o presidente do SINCA-<br />

VIR, Dirceu Efigênio Reis, o GPS<br />

só apresenta vantagens: “É um<br />

recurso de primeiro mundo. Com<br />

certeza, os <strong>taxista</strong>s poderão<br />

trabalhar com mais segurança e<br />

tranqüilidade após a instalação<br />

do GPS no seu carro”. Mas Dirceu<br />

alerta: “Achamos muito bom o<br />

GPS, mas o Sindicato só irá participar<br />

e viabilizar o sistema se<br />

for custo zero <strong>para</strong> o <strong>taxista</strong>. Do<br />

contrário não aceitaremos”.<br />

Para que o GPS seja instalado<br />

sem custos <strong>para</strong> o motorista de<br />

táxi, a BHTrans fará um convênio<br />

com o SINCAVIR <strong>para</strong> que possa<br />

ser utilizado a mídia-táxi. A proposta<br />

é que a publicidade banque<br />

os custos do GPS.<br />

De acordo com o presidente<br />

da BHTrans, Ricardo Mendanha, o<br />

<strong>taxista</strong> não será obrigado a aderir<br />

11<br />

adesão <strong>ao</strong> gPS.<br />

Faça já o seu<br />

cadastro<br />

A instalação do GPS no veículo<br />

só será feita se o <strong>taxista</strong> se<br />

cadastrar. Portanto, não deixe<br />

<strong>para</strong> a última hora. Procure o<br />

SINCAVIR ou qualquer um dos<br />

postos da Cooavemig e faça já<br />

o seu cadastro.<br />

Para se inscrever basta<br />

comparecer às entidades e<br />

apresentar sua credencial de<br />

<strong>taxista</strong>, de 8:30 às 17:00 horas.<br />

<strong>ao</strong> sistema. Segundo ele, o papel<br />

da BHTrans é “facilitar e ajudar<br />

o máximo <strong>para</strong> que a categoria<br />

possa contar com um sistema<br />

que permita <strong>ao</strong>s <strong>taxista</strong>s trabalharem<br />

em paz e com segurança,<br />

além de proporcionar eficiência e<br />

qualidade na prestação do serviço<br />

de táxi”.


12<br />

Vem aí, a Semana da Saúde<br />

De 24 a 28 de abril, o SIN-<br />

CAVIR promoverá a SEMANA<br />

DA SAÚDE.<br />

Nestes dias, serão montados<br />

na sede do Sindicato, pontos<br />

de <strong>atendimento</strong> <strong>ao</strong>s condutores<br />

autônomos <strong>para</strong> realizarmos<br />

vários procedimentos médicos,<br />

como medição de pressão arterial<br />

e glicemia capilar.<br />

Além disso, os <strong>taxista</strong>s poderão<br />

fazer consultas com fisioterapeutas,<br />

cardiologistas e<br />

dentistas. A SEMANA DA SAÚDE<br />

terá a supervisão do dr. Wellington<br />

Rabelo da Rocha. Participe<br />

deste evento! Contamos com<br />

você!<br />

O que vai rolar:<br />

Medição de pressão arterial<br />

e glicemia capilar;<br />

Cálculo do índice de massa<br />

corpórea;<br />

Exame de vista;<br />

Saúde bucal;<br />

Nutricionista;<br />

Fisioterapeuta;<br />

Cardiologista;<br />

Dentista.<br />

Antônio Roberto<br />

Na programação da Semana<br />

da Saúde, o <strong>taxista</strong>, sua<br />

esposa e de-mais familiares<br />

também terão a oportunidade<br />

de assistir a uma palestra do<br />

consultor comportamental, Antônio<br />

Roberto Soares. A palestra<br />

acontecerá no auditório do SIN-<br />

CAVIR. A data e horário ainda<br />

serão definidos. Fique atento e<br />

compareça!<br />

Fev / Mar<br />

2006<br />

atenção: DepartamentoJurídico<br />

Quando você tiver algum<br />

recurso de multa,<br />

processo administrativo<br />

ou qualquer movimentação<br />

junto <strong>ao</strong> Departamento<br />

Jurídico do SINCAVIR,<br />

venha sempre com antecedência<br />

<strong>para</strong> que nossos<br />

advogados tenham tempo<br />

suficiente de fazer uma<br />

defesa bem fundamentada.


Fev /Mar<br />

2006<br />

Com programas na Rádio Itatiaia<br />

e na TV Alterosa, o consultor<br />

comportamental, Antônio Roberto<br />

Soares, 63 anos, é hoje referência<br />

quando o assunto envolve relações<br />

familiares e profissionais. Em seus<br />

programas e em vários artigos escritos<br />

<strong>para</strong> o jornal Estado de Minas,<br />

ele dá orientações sobre como<br />

encarar positivamente os medos e<br />

desafios da vida moderna.<br />

Com exclusividade <strong>para</strong> o “Táxi<br />

Notícias”, Antônio Roberto fala sobre<br />

ansiedade e o que é preciso <strong>para</strong> ter<br />

uma vida mais tranqüila em meio <strong>ao</strong><br />

tumulto do dia-a-dia. Acompanhe:<br />

Táxi Notícias - Hoje o <strong>taxista</strong><br />

vive um sério problema de ansiedade.<br />

Tempo <strong>para</strong> ele é dinheiro.<br />

O que o senhor recomenda<br />

<strong>para</strong> que tenha uma vida mais<br />

saudável?<br />

Antônio Roberto – Primeiramente,<br />

não é só o <strong>taxista</strong> que vive<br />

com ansiedade. É claro que ele<br />

trabalha muito com o tempo, e a<br />

ansiedade tem a ver com o tempo.<br />

A gente sabe do trânsito caótico,<br />

das dificuldades que o <strong>taxista</strong> tem<br />

com relação a uma série de coisas.<br />

A ansiedade é uma forma muito<br />

apressada de viver. Nós sabemos<br />

que a verdadeira rapidez é fruto da<br />

paciência, não é fruto da ansiedade.<br />

Esta confusão entre ansiedade e<br />

produção, que quanto mais a pessoa<br />

for ansiosa mais ela produz, isto<br />

não é verdade. Quanto mais calmo<br />

você for, mais você pode desenvolver<br />

sua vida de uma maneira mais<br />

harmônica. Por mais que as <strong>condições</strong><br />

externas sejam desfavoráveis,<br />

não faz sentido alimentar e justificar<br />

a ansiedade com isto. Ansiedade<br />

é a maneira como eu lido com o<br />

problema. Todas as profissões têm<br />

problemas, os <strong>taxista</strong>s têm muitos<br />

problemas. Eu conheço bastante<br />

esta realidade. Conheço muitos <strong>taxista</strong>s,<br />

tenho vários amigos <strong>taxista</strong>s.<br />

Mas mesmo assim, um esforço no<br />

sentido de diminuir esta ansiedade<br />

é muito importante.<br />

Táxi Notícias – Mas o que o<br />

<strong>taxista</strong> pode fazer <strong>para</strong> diminuí-la?<br />

Antônio Roberto – Primeiramente,<br />

a pessoa tem que fazer<br />

alguns exercícios de relaxamento. A<br />

única forma de resolver a ansiedade<br />

“ansiedade é uma forma muito apressada de viver”<br />

é o relaxamento. O<br />

exercício físico também<br />

é muito importante.<br />

Arrumar<br />

um tempinho, nem<br />

que seja no final de semana, <strong>para</strong><br />

correr, jogar um futebol, descansar.<br />

Quanto às técnicas de relaxamento,<br />

ele deve aprender algumas técnicas<br />

respiratórias e ioga. Deve ainda<br />

se dedicar a algum hobby, alguma<br />

coisa que o agrade, como colecionar<br />

alguma coisa, ouvir música. Em<br />

casos mais extremos, até tomar<br />

um remedinho controlado porque a<br />

pessoa que dirige precisa ser controlada.<br />

Até isso seria necessário.<br />

Táxi Notícias – Muitos taxis-tas<br />

têm resistência quando<br />

se fala em técnicas de relaxamento,<br />

respiração. Eles acham<br />

bobagem, acham que é “coisa<br />

de mulher”.<br />

Antônio Roberto – Agora está<br />

passando esta minissérie do Juscelino<br />

e ele tinha um segredo: entre<br />

uma reunião e outra ele ia <strong>para</strong> uma<br />

sala e fazia relaxamento. Por isso<br />

ele sempre estava de bom humor.<br />

Perguntaram <strong>ao</strong> Bill Clinton, o expresidente<br />

dos Estados Unidos, o<br />

que ele fez depois da confusão com<br />

aquela estagiária de psicologia. Ele<br />

respondeu que foi fazer uma terapia<br />

<strong>para</strong> diminuir a angústia, a ansiedade.<br />

Pode ser que alguns homens<br />

tenham preconceito, mas não é só<br />

mulher que tem que viver calmamente.<br />

O homem também, sobretudo<br />

o homem. Quanto mais tenso<br />

for o meu trabalho, quanto mais eu<br />

subo na escala social, quanto mais<br />

eu tenho que trabalhar, mais relaxado<br />

eu tenho que ser <strong>para</strong> dar conta.<br />

E é claro que a ansiedade é uma<br />

resposta do corpo a uma situação<br />

complicada na vida. A pessoa vai<br />

se acostumando e com o tempo ele<br />

tem uma ansiedade crônica. O corpo<br />

dele está tenso, está preso, está<br />

amarrado, nervoso. Então, se não<br />

houver uma desprogramação deste<br />

corpo com exercícios, que pode<br />

ser também dançar, brincar, se não<br />

houver isso, não tem jeito porque<br />

ansiedade não se resolve só com o<br />

pensamento. Mesmo porque o pensamento<br />

provoca muita ansiedade.<br />

A pessoa, às vezes, fica ansiosa de<br />

pensar o que vai acontecer no mês<br />

que vem, o que vai acontecer no<br />

futuro, se vai diminuir passageiros<br />

etc. Então, de qualquer forma, mesmo<br />

achando que é coisa de mulher<br />

é importante fazer o relaxamento,<br />

porque ele é fundamental.<br />

Táxi Notícias – No dia-a-dia,<br />

o <strong>taxista</strong> acaba se de<strong>para</strong>ndo<br />

com situações difíceis, com<br />

pessoas irritadas no trânsito.<br />

Qual conselho daria <strong>ao</strong> <strong>taxista</strong><br />

quando tiver algum problema no<br />

trânsito ou com algum cliente?<br />

Antônio Roberto – O problema<br />

é o seguinte: nós reagimos <strong>ao</strong>s<br />

fatos, às situações e às pessoas,<br />

dependendo da seriedade com que<br />

você vê aquele comportamento. Se<br />

eu acho um absurdo uma pessoa<br />

ser um pouco bruta comigo eu vou<br />

responder de maneira abrutalhada.<br />

Se eu desqualificar um pouco, se eu<br />

não levar tão a sério o comportamento<br />

das outras pessoas a gente<br />

costuma até rir da brutalidade do<br />

outro, da impaciência do outro.<br />

Então eu acho que quando um <strong>taxista</strong><br />

se de<strong>para</strong>r com alguém que<br />

é realmente bruto, estúpido, que o<br />

trata mal ou alguém que o fechou<br />

no trânsito, ele tem que decretar<br />

todo esse pessoal como doido e não<br />

ligar muito <strong>para</strong> isso não. Começar<br />

a relaxar um pouco. E isso vale <strong>para</strong><br />

qualquer pessoa. Pode ser até um<br />

parente que é muito complicado.<br />

Aí você fala: ah não, aquele ali tá<br />

entregue <strong>para</strong> a loucura dele. O que<br />

não vale é esta relação de força.<br />

Táxi Notícias – E quanto <strong>ao</strong>s<br />

clientes mau humorados, o que<br />

sugere?<br />

Antônio Roberto – Nós sabemos<br />

que o grande avanço profissional<br />

dos últimos tempos foi considerar<br />

o cliente como a coisa mais<br />

importante na relação. A maioria<br />

dos <strong>taxista</strong>s de Belo Horizonte<br />

trata muito bem seus clientes. É<br />

muito raro encontrar um <strong>taxista</strong><br />

que não é legal, não é cordial.<br />

O <strong>taxista</strong> sabe que apesar de o<br />

cliente estar irritado, chateado,<br />

às vezes de cara fechada, ainda<br />

assim, é o cliente dele. Ele tem<br />

que dar razão a ele independente<br />

de como este cliente seja. Porque,<br />

na verdade, quanto melhor você<br />

tratá-lo, quanto menos levar a<br />

sério seu mau humor ou irritação,<br />

mais facilidade você tem de lidar<br />

com estas situações.<br />

Táxi Notícias – E com relação<br />

à família?<br />

Antônio Roberto – O que<br />

ocorre? Todos nós vivemos numa<br />

selva. A gente sabe que a sociedade<br />

é extremamente competitiva<br />

e com mil problemas. O <strong>taxista</strong><br />

vive problemas no trânsito, com<br />

o cliente, com a fiscalização. Se<br />

a pessoa não tiver um certo cuidado<br />

ela acaba levando isso pra<br />

dentro da família sob a forma de<br />

ansiedade. Ele chega nervoso,<br />

angustiado, tenso e aí a tendência<br />

é descontar no primeiro que<br />

13<br />

Antônio Roberto estará no SINCA-<br />

VIR durante a SEMANA DA SAÚDE.<br />

Não perca! Compareça à sua palestra<br />

e traga sua família <strong>para</strong> este<br />

encontro.<br />

aparecer. Ele chega briga com a<br />

mulher, a mulher briga com o filho,<br />

o filho briga com o cachorro<br />

e vai <strong>cria</strong>ndo assim uma cadeia<br />

de descontar. O relacionamento<br />

mais importante da nossa vida é o<br />

relacionamento familiar, principalmente,<br />

o relacionamento afetivo e<br />

sexual, o marido e a mulher. Este é<br />

o relacionamento básico da nossa<br />

vida e ele tem que ser preservado.<br />

Então, é nas relações familiares<br />

que se deve buscar mais energia<br />

<strong>para</strong> uma relação mais prazerosa,<br />

mais delicada, mais amorosa, mais<br />

sexual, exatamente <strong>para</strong> ele ter<br />

energia <strong>para</strong> lutar e procurar viver<br />

sem tanta ansiedade.<br />

Táxi Notícias – Gostaria de<br />

deixar alguma mensagem <strong>para</strong><br />

o <strong>taxista</strong>?<br />

Antônio Roberto – Primeiro,<br />

uma mensagem de afeto e de alegria<br />

por estar participando deste<br />

jornal. Desde <strong>cria</strong>nça, aprendi a<br />

ter um apreço muito grande pelo<br />

<strong>taxista</strong>. O meu padrinho de batismo<br />

foi um chofer de praça. Então<br />

vivia sempre junto com os <strong>taxista</strong>s<br />

e aprendi a apreciar a profissão.<br />

Tenho o maior carinho pelos <strong>taxista</strong>s<br />

e acho uma das profissões mais<br />

bonitas. São pessoas que facilitam o<br />

nosso tempo, facilitam a nossa vida<br />

<strong>para</strong> que a gente também consiga<br />

os nossos objetivos. A minha mensagem<br />

é de apreço <strong>ao</strong> <strong>taxista</strong>.


14<br />

Criado há 10 anos, o Tupi Táxi é<br />

<strong>para</strong>da certa de 44 táxis que atendem<br />

toda a região do bairro. Um dos<br />

fundadores é o presidente do ponto,<br />

Aaarão Marcos (GWV 3163), que em<br />

1996 se juntou com outros companheiros,<br />

como o Lourival (Bodão) e<br />

o Sobrinho, <strong>para</strong> instalar uma linha<br />

telefônica e inaugurar o <strong>atendimento</strong><br />

de táxi à população do bairro, que<br />

tanto necessitava de um serviço seguro<br />

e eficiente.<br />

Um dos aspectos curiosos deste<br />

ponto é que ele possui uma extensão<br />

<strong>ao</strong> longo da rua Antônio Bandeira,<br />

ou seja, o Tupi Táxi tem mais de<br />

um ponto. Após um certo tempo, os<br />

motoristas perceberam a necessidade<br />

de ampliá-lo e <strong>cria</strong>r uma espécie<br />

de filial em frente <strong>ao</strong> Hospital Sofia<br />

Feldmam, local onde se origina um<br />

grande número de chamadas. Assim,<br />

hoje, parte dos <strong>taxista</strong>s ficam<br />

no ponto original e parte em frente<br />

<strong>ao</strong> Hospital.<br />

Tupi guarani<br />

Apesar de haver<br />

esta distribuição,<br />

os integrantes do<br />

ponto conseguiram<br />

<strong>cria</strong>r um<br />

sistema eficiente<br />

<strong>para</strong> o<br />

<strong>atendimento</strong><br />

<strong>ao</strong>s clientes.<br />

E, <strong>para</strong><br />

eles, qualidade<br />

no <strong>atendimento</strong><br />

é essencial <strong>para</strong><br />

o bom nome da<br />

equipe. Além do<br />

presidente Aarão<br />

e do vice-presidente,<br />

David Nunes Otoni (GOL<br />

2114), o Tupi Táxi possui cinco conselheiros:<br />

Cléber, Edmilson, Kélson,<br />

Mário e Cláudio.<br />

O ponto tem quatro números<br />

de telefone: (31) 3433.3040<br />

3445.4444 / 3436.2566 /<br />

0800.30.30.40<br />

O diretor Avelino, com <strong>taxista</strong>s do Tupi Táxi. Acima, Edson, David, Robson,<br />

Anderson e sr. João. Abaixo, Clever (Soneca), Carlos e Rodrigo<br />

Com 32 táxis <strong>para</strong> servir<br />

a população do bairro Guarani<br />

e outros bairros da<br />

região Norte, como Providência<br />

e 1° de Maio, o<br />

Gua-rani Táxi faz<br />

sucesso com os<br />

moradores da<br />

redondeza.<br />

O ponto foi<br />

f u n d a d o e m<br />

1996. Hoje a turma<br />

que pára no local<br />

preserva e investe no<br />

nome do ponto, realizando<br />

um trabalho diferenciado <strong>para</strong><br />

conquistar, cada vez mais, seus<br />

clientes. “Hoje gastamos em marketing,<br />

aproximadamente, R$ 700,00<br />

por mês, com banners, pinturas em<br />

muro, cartões etc.”, diz o presidente<br />

do ponto Vilmar Leite. Para os motoristas,<br />

o que importa é cativar,<br />

receber e atender bem a clientela.<br />

Pelo segundo ano consecutivo, no<br />

Fev / Mar<br />

2006<br />

final do ano, os <strong>taxista</strong>s realizam<br />

uma promoção de Natal. Ao solicitar<br />

uma corrida no Guarani Táxi, o<br />

passageiro ganha um cupom <strong>para</strong><br />

concorrer <strong>ao</strong> sorteio de uma TV e<br />

um DVD. O sucesso é garantido.<br />

Em 2005, a turma do ponto também<br />

fez uma carreata pelo bairro,<br />

com direito a Papai Noel distribuindo<br />

balas e brinquedos <strong>para</strong> a garotada<br />

na rua. A animação não termina aí.<br />

O entrosamento entre os colegas<br />

também é muito forte. Toda semana<br />

tem futebol e um animado churrasco<br />

<strong>para</strong> descontrair.<br />

Para zelar pela ordem do ponto<br />

e bem estar dos clientes, o Guarani<br />

Táxi tem, além do presidente, Vilmar,<br />

o vice-presidente Lourival Nonato,<br />

e uma comissão formada pelos<br />

motoristas Ricardo, Alexandre,<br />

Wemerson, Wagner e Osvaldo.<br />

Telefones do ponto: (31)<br />

3433.2030 / 0800.30.40.44<br />

No Guarani Táxi, Kildare (Dino), Ricardo, Rovilson (Bola), Avelino, Vilmar,<br />

Maurício (Tim) e Jorge. Abaixo, entrega de prêmio <strong>ao</strong> morador da região<br />

almoço no Esplanada<br />

A diretoria do SINCAVIR agradece o almoço oferecido<br />

pelo grupo de <strong>taxista</strong>s do ponto Esplanada, no dia 3 de<br />

janeiro. O encontro com nossos companheiros aconteceu<br />

num clima de muito carinho e amizade.<br />

ConFRaTáXI<br />

Louvor, adoração e reflexões bíblicas.<br />

Todos os sábados às 12:00 horas, na Rua Peçanha, 400, Carlos<br />

Prates. Tel.: 9168.2457. Contato: Osvaldo<br />

Participe conosco. Deus abençoe sua vida!!!


Fev /Mar<br />

2006<br />

15


16<br />

Seguro de acidentes<br />

Pessoais Bradesco:<br />

Parcela única<br />

Sempre pensando em novas maneiras<br />

de proteger você e sua família, apresentamos<br />

o Seguro de Acidentes Pessoais Bradesco,<br />

com parcela única. Um seguro que<br />

reúne a tranqüilidade, que só o Bradesco<br />

pode oferecer, e a comodidade do pagamento<br />

anual em uma única parcela.<br />

Através do Posto de Atendimento do<br />

Bradesco, na sede do SINCAVIR, você<br />

pode fazer agora o seu Seguro de Acidentes<br />

Pessoais Bradesco. Existem<br />

várias ofertas no mercado, mas com o<br />

Bradesco você tem a garantia de estar<br />

sendo atendido dentro das normas exigidas<br />

pela BHTrans.<br />

O Seguro de Acidentes Pessoais<br />

Bradesco tem por finalidade garantir <strong>ao</strong><br />

segurado e <strong>ao</strong>s seus beneficiários o pagamento<br />

do capital segurado contratado,<br />

caso venha ocorrer um dos eventos previstos<br />

nas coberturas de morte acidental,<br />

invalidez permanente por acidente ou<br />

invalidez total permanente por acidente,<br />

desde que contratadas, exceto se decorrentes<br />

de risco (excluídos e respeitadas as<br />

demais cláusulas das <strong>condições</strong> gerais).<br />

Principais benefícios do seguro,<br />

de acordo com o regulamento da<br />

BHTrans:<br />

B R a D E S C o<br />

Coberturas:<br />

Morte acidental e invalidez permanen-<br />

te total ou parcial por acidente<br />

Fev / Mar<br />

2006<br />

Pagamento com parcela única<br />

Vigência de um ano

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