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Livro de Anita Garibaldi - Nereu Moura

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<strong>Anita</strong> <strong>Garibaldi</strong> A Guerreira das REPÚBLICAs– Adílcio Cadorin<br />

Biblioteca Virtual da Página do Gaúcho - www.paginadogaucho.com.br<br />

mesma sou reconhecida a Sua Majesta<strong>de</strong> pela oferta <strong>de</strong> educação dos<br />

filhos;mas creio faltaria ao meu <strong>de</strong>ver, si sem participação do consorte<br />

tomasse a propósito <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>finitiva". (82)<br />

Estando em vias <strong>de</strong> armar-se uma revolução, cujos protagonistas ainda eram<br />

totalmente <strong>de</strong>sconhecidos, <strong>Anita</strong> soube esquivar-se, evitando comprometerse<br />

sem saber se <strong>de</strong>veria ou não aceitar ou <strong>de</strong>clinar <strong>de</strong> tão generosa oferta,<br />

ainda mais naquele ambiente que lhe era totalmente estranho, sem saber<br />

quem era quem. Sua já conhecida cautela, mais uma vez impuseram-lhe o<br />

comportamento que posteriormente foi elogiado por <strong>Garibaldi</strong>.<br />

<strong>Anita</strong> escreveu à <strong>Garibaldi</strong>, informando-lhe os diversos acontecimentos e o<br />

clima altamente favorável e propício à sua chegada, narrando-lhe que havia<br />

uma gran<strong>de</strong> expectativa popular em Gênova e em Nice, pelo seu retorno. A<br />

carta, entretanto, não alcançou <strong>Garibaldi</strong> em Montevidéu, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> já havia<br />

partido em 15 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1848.<br />

<strong>Garibaldi</strong> partiu <strong>de</strong> Montevidéu acompanhado <strong>de</strong> 86 companheiros fiéis,<br />

entre eles dois enfermos: Francesco Anzani, acometido <strong>de</strong> tuberculose e<br />

Gaetano Sacchi, que havia sido ferido em um dos joelhos. O fiel “Mouro”<br />

André <strong>de</strong> Aguyar não <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> seguir o condottieri. Embora a fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong><br />

que lhe era <strong>de</strong>votada pelas centenas dos membros da Legião italiana, a<br />

maioria dos legionários garibaldinos já haviam <strong>de</strong>itado raízes familiares em<br />

Montevidéu, lá possuindo esposa, filhos e residência. Além do mais, embora<br />

houvessem temporariamente cessado os combates pela consolidação da<br />

in<strong>de</strong>pendência, era necessário manter constante vigilância, com tropas<br />

regulares permanentes. Por tais motivos, a maioria optou por continuar<br />

naquele País. Os mais fiéis e que comungavam com a ansieda<strong>de</strong> patriótica<br />

pela unificação da Itália, seguiram com <strong>Garibaldi</strong> e embarcaram no navio<br />

originário do Reino da Sar<strong>de</strong>nha, chamado <strong>de</strong> Bifronte, rebatizado<br />

especialmente para esta viagem com o nome <strong>de</strong> “Speranza”. Como era<br />

necessário cumprir a promessa feita à <strong>Anita</strong>, junto consigo também levou os<br />

restos mortais <strong>de</strong> sua falecida filhinha Rosita, levados em uma pequena urna<br />

<strong>de</strong> chumbo, subtraídos do Cemitério Central <strong>de</strong> Montevidéu. Permaneceu 12<br />

anos e meio na América.<br />

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