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Livro de Anita Garibaldi - Nereu Moura

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<strong>Anita</strong> <strong>Garibaldi</strong> A Guerreira das REPÚBLICAs– Adílcio Cadorin<br />

Biblioteca Virtual da Página do Gaúcho - www.paginadogaucho.com.br<br />

o Rei Alberto já havia-se posicionado em favor da unificação italiana, para<br />

ele convergiram as esperanças <strong>de</strong> <strong>Garibaldi</strong>.<br />

GARIBALDI PREGOU A UNIFICAÇÃO ITÁLIANA<br />

Logo após a chegada em Nizza, diversas solenida<strong>de</strong>s e homenagens foram<br />

prestadas à <strong>Garibaldi</strong>, <strong>Anita</strong> e seus legionários. Já conhecido e festejado em<br />

virtu<strong>de</strong> da notícias dos jornais que publicaram os seus feitos na América,<br />

<strong>Garibaldi</strong> e <strong>Anita</strong> <strong>de</strong>monstravam-se seguros e resolutos. Ele apresentou-se<br />

trajando as mesmas vestimentas típicas dos revolucionários sul americanos:<br />

bombacha, bota, camisa vermelha e um pala branco. Era um personagem<br />

diferente, ao qual haviam-se agregados os novos e importantes<br />

conhecimentos militares, conquistados ao longo <strong>de</strong> diversos anos nas<br />

batalhas libertárias na América do Sul. Era herói que o povo italiano<br />

esperava para conduzi-lo!<br />

No dia 25 <strong>de</strong> junho, no Hotel York, em Nizza, foi celebrado um banquete<br />

em sua homenagem, do qual participou o inten<strong>de</strong>nte do Condado, General<br />

Sonnaz. Ali, na presença do representante do Rei, em nome do projeto maior<br />

que era o <strong>de</strong> unificar a Itália, <strong>Garibaldi</strong> retroce<strong>de</strong>u em seus i<strong>de</strong>ais<br />

republicanos. Em discurso solene que proferiu disse que nunca tinha sido<br />

partidário dos reis e que inúmeras vezes havia pego em armas para lutar<br />

contra o absolutismo. Porém, tendo em vista "que Carlos Alberto tornou-se<br />

servo da causa do povo, consi<strong>de</strong>ro meu <strong>de</strong>ver oferecer minha ajuda e <strong>de</strong><br />

meus camaradas <strong>de</strong> armas" (84). Concluiu seu pronunciamento elogiando as<br />

atitu<strong>de</strong>s do Rei e exortou a população a colaborar e engajar-se no processo<br />

revolucionário.<br />

A estratégica mudança do comportamento <strong>de</strong> <strong>Garibaldi</strong>, <strong>de</strong>spertou a ira <strong>de</strong><br />

li<strong>de</strong>ranças mazzinistas, entre elas a <strong>de</strong> Giacomo Medici e do próprio<br />

Mazzini, que não admitiram a renúncia <strong>de</strong> <strong>Garibaldi</strong> aos i<strong>de</strong>ais republicanos.<br />

Alguns dias após sua chegada em Nizza, sendo necessário colocar-se em<br />

marcha, passou a conclamar as cida<strong>de</strong>s ao levante pela unificação. Por on<strong>de</strong><br />

passou foi aclamado e em sua honra realizaram-se banquetes e<br />

comemorações. Seguiram-se <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> discursos em salões e em praças<br />

públicas. Em todas as ocasiões <strong>Garibaldi</strong> repetia a mesma argumentação em<br />

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