MARANHÃO - Ministério do Meio Ambiente
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MAÂMAR EL-ROBRINI | VALTER MARQUES J. | MARCELO MORENO A. DA SILVA | M. HELENA S. EL-ROBRINI | ANTONIO CORDEIRO FEITOSA<br />
| JOSÉ EDGAR FREITAS TAROUCO | JORGE HAMILTON S. DOS SANTOS | JANILSON ROSA VIANA<br />
hidráulicas” ocorrem nesta plataforma, dispostos em padrão paralelo, de direção<br />
ENE-WSW, perpendicular ou obliquo à direção regional da linha de costa e paralelo<br />
às correntes de maré. São bancos assimétricos, com cumprimento entre 14 e 70<br />
km, largura em torno de 7 m e altura entre 8 e 20 m.<br />
4. CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA DA ZCEM<br />
Segun<strong>do</strong> Rocha et al. (no prelo), a ZCEM está associada à temperaturas elevadas<br />
durante o ano to<strong>do</strong>, com amplitudes térmicas máximas em torno de 6°c. Esta<br />
homogeneidade térmica apresenta um contraste com a variabilidade espacial e<br />
temporal das chuvas, cuja precipitação anual supera 1.600mm no litoral.<br />
O regime meteorológico <strong>do</strong> litoral Norte/Nordeste brasileiro (N-NEB) e região oceânica<br />
contígua é regi<strong>do</strong> e influencia<strong>do</strong> por sistemas de várias escalas, que interagem<br />
entre si, sen<strong>do</strong> eles sistemas de grande escala: zonas de convergências ligadas a<br />
circulações térmicas diretas que migram sazonalmente aproximadamente de noroeste<br />
para sudeste, provocan<strong>do</strong> o aquecimento diabático no verão <strong>do</strong> HS, responsável<br />
pela formação da Alta da Bolívia (AB) e o vórtice ciclônico <strong>do</strong> NEB; sistemas de<br />
escala sinótica (cerca de 1000 km): formação de aglomera<strong>do</strong>s convectivos associa<strong>do</strong>s<br />
à ZCAS, no oeste <strong>do</strong> nordeste brasileiro; sistemas sub-sinóticos (menores que<br />
500 km): aglomera<strong>do</strong>s de cumulonimbus (CB) associa<strong>do</strong>s às linhas de instabilidade<br />
(LI), tipicamente surgin<strong>do</strong> na costa atlântica, forçadas pela circulação da brisa<br />
marítima e propagan<strong>do</strong>-se para su<strong>do</strong>este (Cohen, 1989 e Cohen et al., 1995); sistemas<br />
de meso-escala e pequena escala: aglomera<strong>do</strong>s de CB (aproximadamente 100<br />
km) e célula isolada de CB (de 10 a 20 km).<br />
Regime de precipitação<br />
A precipitação média anual no litoral N-NEB é de aproximadamente 1600 mm. Os<br />
máximos são observa<strong>do</strong>s no litoral norte com precipitações superiores a 2500<br />
mm por ano. Estes máximos apresentam ciclo anual bem distinto, com uma estação<br />
de estiagem e outra chuvosa, e são em primeira instância, efeito <strong>do</strong><br />
posicionamento da ZCIT próximo ao litoral, aumentan<strong>do</strong> a precipitação desde o<br />
verão até o outono. Também é uma região, onde a precipitação durante to<strong>do</strong> o ano<br />
origina-se de sistemas precipitantes, oriun<strong>do</strong>s de linhas de instabilidade (LI), que<br />
surgem devi<strong>do</strong> à circulação de brisa marítima ao longo da costa atlântica da Guiana<br />
francesa até o norte <strong>do</strong> Maranhão (Cohen, 1989; Cohen et al., 1995).<br />
O comportamento anual da pluviosidade para o Golfão maranhense, em termos de