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PINTURA DE LIMA DE FREITAS, 1987<br />
ENTREVISTA<br />
Eunice Muñoz, a gran<strong>de</strong><br />
senhora do teatro português,<br />
esteve em Alcobaça<br />
para o início das<br />
comemorações do “Ano<br />
Inesiano” e falou ao JOR-<br />
NAL DE LEIRIA<br />
página 5<br />
EVASÕES<br />
O "Borda D'Água" é um<br />
verda<strong>de</strong>iro serviço público<br />
que chega aos mais recônditos<br />
e obscuros lugares do<br />
País, aconselhando <strong>de</strong>vidamente<br />
os seus leitores<br />
página 11<br />
EVENTOS<br />
O “Teatro da Rainha”<br />
apresenta amanhã (14), às<br />
21:30 horas, no Teatro<br />
Miguel Franco, <strong>Leiria</strong>, a<br />
peça “O fim do princípio”,<br />
<strong>de</strong> Sean O`Casey<br />
página 6<br />
Inês<br />
<strong>de</strong><br />
Castro<br />
| d | e | s | t | a | c | á | v | e | l |<br />
JORNAL DE LEIRIA | EDIÇÃO 1070 | 13 DE JANEIRO DE 2005
JORNAL DE LEIRIA | 13 DE JANEIRO DE 2005 | V | I | V | E | R | 2 |<br />
Abertura<br />
Camões cantou<br />
a “linda Inês,<br />
posta em<br />
sossego”, mas<br />
Inês <strong>de</strong> Castro<br />
nunca teve<br />
<strong>de</strong>scanso,<br />
mesmo após a<br />
morte, sendo o<br />
seu túmulo<br />
saqueado duas<br />
vezes. Portugal<br />
nunca morreu<br />
<strong>de</strong> amores por<br />
Castela, mas<br />
houve um rei<br />
português que<br />
enlouqueceu<br />
por uma<br />
espanhola.<br />
Trágica paixão.<br />
Até ao fim do mundo<br />
As celebrações do Ano Inesiano<br />
da Cultura, que vão acontecer<br />
ao longo <strong>de</strong> 2005, no âmbito<br />
dos 650 anos da morte <strong>de</strong><br />
Inês <strong>de</strong> Castro, tiveram início,<br />
sexta-feira passada, em Alcobaça,<br />
com um recital <strong>de</strong> poesia<br />
por Eunice Muñoz. A ministra<br />
da Cultura justificou, na<br />
ocasião, as comemorações da<br />
morte <strong>de</strong> D. Inês <strong>de</strong> Castro, pelo<br />
“papel que assume no imaginário<br />
português”, que ultrapassou<br />
fronteiras.<br />
É que, tanto tempo passado,<br />
continua a chorar-se a tragédia<br />
<strong>de</strong> Inês, não o infeliz <strong>de</strong>stino<br />
<strong>de</strong> D. Constança, mulher<br />
<strong>de</strong> D. Pedro I, morta em 1345,<br />
ao dar à luz o terceiro filho, D.<br />
Fernando, futuro rei <strong>de</strong> Portugal,<br />
mas também <strong>de</strong> <strong>de</strong>sgosto<br />
pela traição do marido. Diz-se<br />
que D. Pedro, aparte a sua paixão<br />
por Inês, não <strong>de</strong>sprezava<br />
Constança e, segundo consta,<br />
sofreu bastante com a sua morte.<br />
Descen<strong>de</strong>nte da nobre família<br />
dos Castros, <strong>de</strong> Castela, Inês<br />
viu o infante D. Pedro proteger<br />
os seus irmãos, D. Álvaro<br />
e D. Fernando <strong>de</strong> Castro, po<strong>de</strong>rosos<br />
<strong>de</strong> Espanha. Mas, como<br />
a paixão é cega, não intuiu que<br />
COLUMBANO BORDALO PINHEIRO: “SÚPLICA DE INÊS DE CASTRO”<br />
o seu amante, agindo assim,<br />
afiava o próprio punhal que<br />
poria fim à sua vida. Inês <strong>de</strong><br />
Castro morreu, <strong>de</strong>golada, por<br />
motivos políticos e razões <strong>de</strong><br />
Estado, em 7 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1355,<br />
nos Paços da Rainha Santa Isabel,<br />
junto do Mosteiro <strong>de</strong> Santa<br />
Clara, em Coimbra.<br />
A personalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Inês é<br />
pouco conhecida. Incontestável<br />
parece ter sido a sua beleza.<br />
Para além <strong>de</strong>sse pormenor,<br />
segundo Maria Leonor Machado<br />
<strong>de</strong> Sousa, autora <strong>de</strong> “Inês <strong>de</strong><br />
Castro – um tema português na<br />
Europa”, é “tão verosímel a<br />
rapariga frágil e ingénua que<br />
se per<strong>de</strong>u por amor como a intriguista<br />
artificiosa e cheia <strong>de</strong><br />
ambição que alguns historiadores<br />
nela quiseram ver”.<br />
Ou como escreveu Vitorino<br />
Nemésio: “O fundo <strong>de</strong>sta história<br />
é um amor consumado<br />
numa dupla perfídia: adultério<br />
<strong>de</strong> Pedro; cumplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Inês,<br />
amiga e comadre da traída...”.<br />
No entanto, o que perdura, quando<br />
se evocam ambos, é o símbolo<br />
do “amor inocente e infeliz”.<br />
Com ou sem julgamentos, D.<br />
Constança, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> morta,<br />
passou a valer ainda menos que<br />
em vida. A <strong>de</strong>sventurada rainha<br />
jaz, praticamente anónima,<br />
no Convento <strong>de</strong> S. Francisco,<br />
em Santarém. Já a sua<br />
aia repousa, com o amante real,<br />
no Mosteiro <strong>de</strong> Alcobaça, cada<br />
um no seu imponente sepulcro,<br />
um ao lado do outro “Até ao<br />
fim do mundo”, como or<strong>de</strong>nou<br />
D. Pedro que ficasse gravado<br />
no túmulo da sua amada<br />
Jóias supremas da arte funerária<br />
medieval, os sarcófagos<br />
<strong>de</strong> Pedro e Inês são obra <strong>de</strong> canteiros<br />
da escola <strong>de</strong> Coimbra,<br />
segundo a opinião <strong>de</strong> Afonso<br />
Lopes Vieira, autor d’ “A paixão<br />
<strong>de</strong> Pedro Cru”, havendo,<br />
no entanto, especialistas que<br />
apontam a influência escultórica<br />
francesa.<br />
Certo é que os túmulos foram<br />
profanados mais do que uma<br />
vez. Bernardo Vila Nova, no<br />
“Guia <strong>de</strong> Alcobaça”, <strong>de</strong> 1926,<br />
recorda que “as mutilações que<br />
se vêem nestes túmulos são obra<br />
da solda<strong>de</strong>sca francesa quando<br />
da invasão <strong>de</strong> 1811”. Ernesto<br />
Korrodi acrescenta, em 1929,<br />
que durante “a invasão das hordas<br />
napoleónicas, as tropas do<br />
Con<strong>de</strong> d’Erlon assaltam o templo,<br />
roubam objectos <strong>de</strong> arte e<br />
ricas alfaias, é posto das cha-<br />
mas o soberbo coro manuelino<br />
e arrombam para vergonha<br />
da civilização as preciosas jóias<br />
<strong>de</strong> arte que são os túmulos”.<br />
Entre outras mutilações, na<br />
cena do Calvário, figurada à<br />
cabeceira do Túmulo <strong>de</strong> D. Inês,<br />
faltam a cabeça <strong>de</strong> Cristo e as<br />
cabeças dos dois ladrões.<br />
A segunda vez que os túmulos<br />
são saqueados ocorre em<br />
16 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1833, antes<br />
do <strong>de</strong>creto que con<strong>de</strong>nava os<br />
monges <strong>de</strong> Cister, <strong>de</strong>fensores<br />
da causa absolutista. O levantamento<br />
liberal foi tão forte que<br />
o povo <strong>de</strong>cidiu <strong>de</strong>struir tudo o<br />
que pertencesse aos monges. O<br />
saque, <strong>de</strong> triste memória, durou<br />
11 dias.<br />
Quanto a D. Pedro I, o Cru,<br />
assim chamado pela forma cruel<br />
como justiçou os algozes da sua<br />
amada, reza a tradição que fez<br />
colocar o cadáver <strong>de</strong> D. Inês num<br />
trono, colocou-lhe sobre o crânio<br />
a coroa real e obrigou todos<br />
os nobres a beijar o que restava<br />
da mão da rainha morta. O episódio,<br />
que tanto contribuiu para<br />
imortalizar os seus protagonistas,<br />
é assim analisado, em 1908,<br />
pelo investigador Manuel Vieira<br />
da Nativida<strong>de</strong>: “As cenas da<br />
coroação e do beija-mão <strong>de</strong>vem
ser banidas <strong>de</strong> toda a referência<br />
séria. A história dos dois<br />
amantes, como está representada<br />
no túmulo <strong>de</strong> D. Pedro,<br />
<strong>de</strong>ve ser julgada, <strong>de</strong> hoje em<br />
diante, como única narração<br />
verda<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>sse caso histórico<br />
que a lenda adulterou”.<br />
Sofrendo <strong>de</strong> extrema gaguez<br />
e <strong>de</strong> epilepsia, D. Pedro <strong>de</strong>u provas<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> excentricida<strong>de</strong> e<br />
<strong>de</strong>sequilíbrio <strong>de</strong> temperamento.<br />
“Porém, o povo amou-o sempre<br />
e quando em certas noites, no<br />
paço, a insónia o perseguia, levantava-se,<br />
chamava os trombeteiros,<br />
mandava acen<strong>de</strong>r tochas e<br />
ia pelas ruas, dançando e atroando<br />
tudo, com berros e gritos”,<br />
conta Maria Zulmira Furtado<br />
Marques no livro “A tragédia <strong>de</strong><br />
Pedro e Inês”.<br />
Em 1363, quatro anos antes<br />
<strong>de</strong> falecer, investe como Mestre<br />
da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Avis o seu filho bastardo,<br />
D. João, futuro D. João I,<br />
fruto da sua ligação com D. Teresa<br />
Lourenço. Segundo o cronista<br />
Fernão Lopes, quando o monarca<br />
morreu, todos choraram dizendo<br />
que “10 anos como estes nunca<br />
houve em Portugal”.<br />
Damião Leonel<br />
A profanação do túmulo <strong>de</strong><br />
Inês <strong>de</strong> Castro, em 1811, po<strong>de</strong><br />
ter trazido à luz do dia muito<br />
mais que os ossos daquela que<br />
<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> morta foi rainha. Sabese,<br />
por exemplo, que tinha os<br />
cabelos loiros. E que pelo menos<br />
até à segunda meta<strong>de</strong> do século<br />
XX, uma ma<strong>de</strong>ixa dos seus<br />
cabelos “permaneceu religiosamente<br />
guardada” em Alcobaça.<br />
Manuel Vieira da Nativida<strong>de</strong><br />
indica, no início do século passado,<br />
Bernardino Lopes <strong>de</strong> Oliveira<br />
como a única pessoa em<br />
Alcobaça a possuir cabelos <strong>de</strong><br />
D. Inês. “Foram-lhe oferecidos,<br />
segundo nos <strong>de</strong>clarou, por um<br />
velho da vila, que se dizia, o próprio<br />
que colocara os restos <strong>de</strong><br />
D. Inês no túmulo, logo que os<br />
franceses saíram <strong>de</strong> Alcobaça”.<br />
Simões <strong>de</strong> Castro, citado por<br />
Nativida<strong>de</strong>, também afirma que<br />
“o cadáver <strong>de</strong> Inês foi <strong>de</strong>spojado<br />
da sua bela cabeleira, que<br />
ainda se conservava em bom<br />
estado”, sendo que “algumas<br />
ma<strong>de</strong>ixas pu<strong>de</strong>ram escapar à<br />
brutalida<strong>de</strong> dos soldados”.<br />
O mesmo autor refere que<br />
“uma pequena ma<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> cabelos<br />
<strong>de</strong> D. Inês se conservava ultimamente<br />
num relicário da colecção<br />
do Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pourtales”, em<br />
França, provavelmente trazida<br />
pelo exército <strong>de</strong> Napoleão.<br />
Miguel Osório Cabral <strong>de</strong> Castro,<br />
antigo proprietário da Quinta<br />
das Lágrimas, em Coimbra,<br />
também é apontado por Vieira<br />
da Nativida<strong>de</strong> como possuidor<br />
<strong>de</strong> “alguns fios <strong>de</strong> cabelo <strong>de</strong> Inês”.<br />
Rocha Martins, num artigo<br />
do “Diário Popular” <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong><br />
Junho <strong>de</strong> 1944, assume ter vis-<br />
PINTURA DE LIMA DE FREITAS, 1984: “ATÉ AO FIM DO MUNDO”<br />
“Eu vi os cabelos da loura Inês <strong>de</strong> Castro”<br />
to “ os cabelos da loura Inês <strong>de</strong><br />
Castro” na casa <strong>de</strong> Américo <strong>de</strong><br />
Oliveira, herói do 5 <strong>de</strong> Outubro<br />
e filho <strong>de</strong> Bernardino <strong>de</strong> Oliveira.<br />
“Subi à casa on<strong>de</strong> ele nasceu<br />
(em Alcobaça) e <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong><br />
vitrina, on<strong>de</strong> se conservavam<br />
excelentes peças, dignas <strong>de</strong> um<br />
museu, vi-o tirar uma caixinha<br />
com sua tampa <strong>de</strong> vidro e <strong>de</strong>ntro<br />
da qual se enrolavam alguns<br />
cabelos loiros. Eram aqueles os<br />
cabelos <strong>de</strong> Inês <strong>de</strong> Castro”, conta<br />
aquele historiador.<br />
Finalmente, Bernardo Vila<br />
Nova, alcobacense ilustre, recorda<br />
que “a 17 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1944,<br />
quando da exposição <strong>de</strong> quadros<br />
na Socieda<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong><br />
Belas Artes, <strong>de</strong> Américo <strong>de</strong> Oliveira,<br />
este ilustre artista, falando<br />
comigo disse-me que tinha<br />
em seu po<strong>de</strong>r uma ma<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong><br />
cabelos <strong>de</strong> Inês <strong>de</strong> Castro”.<br />
Quem testemunhou esse facto<br />
foi Silvino Vila Nova, 85 anos<br />
<strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, juiz jubilado do Supremo<br />
Tribunal <strong>de</strong> Justiça. Filho <strong>de</strong><br />
Bernardo Vila Nova, natural <strong>de</strong><br />
Alcobaça e resi<strong>de</strong>nte em Lisboa,<br />
o antigo magistrado esclarece:<br />
“Estando eu e o meu pai em casa<br />
do Américo Oliveira, ele mostrou-nos<br />
esses cabelos, uma<br />
ma<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> cabelos loiros que<br />
disse serem <strong>de</strong> Inês <strong>de</strong> Castro.<br />
Lembro-me perfeitamente”.<br />
Isso aconteceu, recorda Silvino<br />
Vila Nova, nos finais da<br />
década <strong>de</strong> 30, início <strong>de</strong> 40, época<br />
em “que se fizeram gran<strong>de</strong>s<br />
negócios com cabelos falsos da<br />
Inês. Ven<strong>de</strong>ram-se cabelos que<br />
davam para centenas <strong>de</strong> cabeças<br />
<strong>de</strong> Inês <strong>de</strong> Castro”.<br />
DL<br />
| V | I | V | E | R | 3 |<br />
JORNAL DE LEIRIA | 13 DE JANEIRO DE 2005
JORNAL DE LEIRIA | 13 DE JANEIRO DE 2005 | V | I | V | E | R | 4 |<br />
Entre<br />
o Céu...<br />
JOSÉ<br />
FERREIRA<br />
Ao fim <strong>de</strong> quase<br />
cinco anos<br />
<strong>de</strong> negociações, a pousada da<br />
juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alvados vai ser<br />
uma realida<strong>de</strong>. O contrato <strong>de</strong>finitivo<br />
entre a Câmara <strong>de</strong> Porto<br />
<strong>de</strong> Mós e a Movijovem foi assinado<br />
segunda-feira, prevendose<br />
que as obras comecem <strong>de</strong>ntro<br />
<strong>de</strong> semanas. Ao fim <strong>de</strong><br />
cinco anos, o processo chega a<br />
bom porto, graças, segundo<br />
alguns dos envolvidos, à persistência<br />
e teimosia do presi<strong>de</strong>nte<br />
da Câmara, José Ferreira.<br />
GRAÇA SECO<br />
A professora<br />
da Escola<br />
Superior <strong>de</strong><br />
Educação <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong> coor<strong>de</strong>nou<br />
um estudo<br />
sobre a transição<br />
do ensino<br />
secundário<br />
para o ensino superior, em que<br />
se conclui que há diferenças<br />
significativas entre homens e<br />
mulheres na adaptação ao ensino<br />
superior. Graça Seco propõe<br />
a promoção <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
acolhimento, apoio cognitivo,<br />
psicológico e social aos alunos<br />
do 1º ano, que se tivessem sido<br />
adoptadas mais cedo teriam por<br />
certo facilitado a integração<br />
dos estudantes.<br />
DAVID FONSECA<br />
O ilustre músico<br />
leiriense<br />
parece esquecer<br />
que a divulgação<br />
do seu trabalho<br />
se <strong>de</strong>ve<br />
em gran<strong>de</strong> parte<br />
aos meios <strong>de</strong><br />
comunicação<br />
social e aos seus profissionais, e<br />
que aos seus fãs e admiradores é<br />
<strong>de</strong>vido algum respeito. Em conversa<br />
com Carlos André no “Café<br />
das Quintas”, admitiu mentir aos<br />
jornalistas, <strong>de</strong>preciou o trabalho<br />
dos mesmos e ainda teve a<br />
ousadia <strong>de</strong> confessar que lhe<br />
dava um gozo enorme ver publicadas<br />
as suas mentiras. Diz-se<br />
por aí que a alguns a fama lhes<br />
sobe à cabeça! O que será que se<br />
está a passar?<br />
... e o<br />
Inferno<br />
| Pessoalíssimo|<br />
Uma celebrida<strong>de</strong> no castelo<br />
Na semana em que a “celebrida<strong>de</strong>” José Castelo Branco é<br />
capa da Caras, Isabel Damasceno dá igualmente uma entrevista<br />
àquela revista. A presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> optou<br />
pelo castelo (apesar do mais recente ex-libris da cida<strong>de</strong>, o estádio<br />
municipal, estar mesmo ali ao lado) e posou tal qual uma<br />
verda<strong>de</strong>ira figura do jet-set nacional. Em verda<strong>de</strong>iro espírito<br />
natalício, fala da família e do à-vonta<strong>de</strong> com que lida com o<br />
povo. Sentada em cima <strong>de</strong> uma manta <strong>de</strong> veludo vermelho,<br />
na escadaria<br />
que sobe aos<br />
aposentos da<br />
rainha Santa<br />
Isabel, a IsabelDamasceno<br />
só faltou<br />
mesmo distribuir<br />
rosas<br />
(alaranjadas,<br />
claro).<br />
Bico adoçado<br />
Pedro Duarte, secretário <strong>de</strong> Estado da Juventu<strong>de</strong>, esteve pela<br />
primeira vez em Porto <strong>de</strong> Mós, segunda-feira passada, para assinar<br />
o protocolo <strong>de</strong> construção da pousada da juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Alvados.<br />
José Ferreira, presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Câmara, elogiou a estreia num<br />
dia “muito feliz”<br />
para o concelho<br />
e no final presenteou<br />
Pedro<br />
Duarte com uma<br />
lembrança, para<br />
que o governante<br />
não se esqueça<br />
<strong>de</strong> voltar.<br />
“Se [a escolha<br />
dos cabeças <strong>de</strong> lista]<br />
obe<strong>de</strong>cesse apenas a<br />
critérios mediáticos, o<br />
melhor seria o José<br />
Castelo Branco<br />
“<br />
ISABEL DAMASCENO,<br />
PRESIDENTE DA DISTRITAL<br />
DE LEIRIA DO PSD<br />
Há rosas<br />
e rosas!<br />
Isabel Vigia, que ocupa<br />
o quinto lugar na lista do<br />
PS e que po<strong>de</strong> vir a ser <strong>de</strong>putada<br />
se algum dos quatro<br />
primeiros assumir funções<br />
| N a p o n t a d a l í n g u a |<br />
“Quando um<br />
navio vai em alta<br />
velocida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>mora até<br />
parar <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sligados os motores.<br />
Na construção civil<br />
passa-se o<br />
mesmo<br />
“ MÁRIO MATOS,<br />
DELEGADO DA APEMI,<br />
AO JORNAL DE LEIRIA<br />
Coca-cola é que não!...<br />
Os dirigentes<br />
do<br />
Bloco <strong>de</strong><br />
Esquerda<br />
prepararam<br />
um ‘mimo’<br />
para jornalistas<br />
e<br />
apoiantes,<br />
aquando da<br />
apresentação<br />
formal da lista<br />
candidata às eleições legislativas. Dos inevitáveis sacos <strong>de</strong> plástico,<br />
‘saltaram’ uma garrafa <strong>de</strong> Vinho do Porto, aperitivos e uma outra garrafa...<br />
que <strong>de</strong>ixou Vitorino Vieira Pereira... nervoso. ‘Pá! Coca-cola é<br />
que não!’... Meio segundo <strong>de</strong>pois, e com a garrafa já em cima da mesa,<br />
foi quase audível o suspiro <strong>de</strong> alívio. Era sumo... Mesmo que <strong>de</strong> laranja,<br />
ficou-se longe da ‘água suja do imperialismo’<br />
Que gran<strong>de</strong> laranjada!<br />
Carlos Poço, presi<strong>de</strong>nte da Comissão Política Concelhia <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> do PSD,<br />
com uma vitória contestada pela lista opositora, encabeçada por Teófilo<br />
Santos, vai ocupar o lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>putado pelo PSD na Assembleia da República.<br />
Está em quarto lugar na lista do PSD por <strong>Leiria</strong>, com o apoio <strong>de</strong> Isabel<br />
Damasceno, presi<strong>de</strong>nte da distrital.<br />
Leonor Poço, esposa <strong>de</strong> Carlos Poço, estará <strong>de</strong> saída do Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
Arnaldo Sampaio (e a caminho <strong>de</strong> um novo emprego no hospital <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong>), on<strong>de</strong> trabalhava como administrativa na <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> Isabel<br />
Poças, esposa <strong>de</strong> Teófilo Santos e directora <strong>de</strong>ste centro<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, que cessou a comissão <strong>de</strong> serviço e não<br />
terá sido reconduzida.<br />
Ana Raquel, filha <strong>de</strong> Leonor Poço, que foi<br />
presi<strong>de</strong>nte da JSD no concelho, é assessora do<br />
vereador social-<strong>de</strong>mocrata da Câmara <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />
Fernando Carvalho.<br />
João Moura, marido <strong>de</strong> Ana Raquel, <strong>de</strong><br />
Ourém, é <strong>de</strong>putado por Santarém e continua<br />
na lista pelo PSD por aquele círculo.<br />
É caso para dizer: que gran<strong>de</strong> laranjada!<br />
no governo, o que é provável<br />
que aconteça, po<strong>de</strong>rá<br />
assim ser compensada por<br />
não ser candidata à Câmara<br />
da Nazaré. São cinco as<br />
“O IPL tem<br />
provado ser uma<br />
instituição <strong>de</strong> ensino<br />
superior <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
excelência, que muito<br />
tem contribuído para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> toda<br />
a região e País<br />
“<br />
MARIA DA GRAÇA<br />
CARVALHO, MINISTRA DA<br />
CIÊNCIA, INOVAÇÃO E<br />
ENSINO SUPERIOR<br />
rosas <strong>de</strong>sta lista, sendo quatro<br />
assumidas e uma mais<br />
reservada. Mas Isabel Vigia,<br />
para além <strong>de</strong> assumida é premiada.<br />
“Na vida política<br />
é preciso ter memória<br />
“<br />
FELICIANO DUARTE,<br />
SECRETÁRIO DE ESTADO<br />
ADJUNTO DO MINISTRO<br />
ADJUNTO DO PRIMEIRO<br />
MINISTRO
Entrevista<br />
A gran<strong>de</strong> senhora<br />
do teatro<br />
português esteve<br />
em Alcobaça para<br />
o início das<br />
comemorações do<br />
“Ano Inesiano”. O<br />
JORNAL DE<br />
LEIRIA esteve à<br />
conversa com<br />
alguém para<br />
quem a vida é um<br />
fascínio, que<br />
recusa o estatuto<br />
<strong>de</strong> diva, que crê<br />
nos valores da<br />
família e da<br />
amiza<strong>de</strong>, que não<br />
tem medo da<br />
morte e que não<br />
gosta <strong>de</strong> dar<br />
entrevistas. Nem<br />
os 64 anos que<br />
leva <strong>de</strong> carreira<br />
lhe tiram “o<br />
medo antes <strong>de</strong><br />
entrar em palco”.<br />
JORNAL DE LEIRIA (JL) -<br />
Em que é que crê nesta fase da<br />
sua vida?<br />
Eunice Muñoz (EM)- Faço o<br />
possível por crer e acreditar nas<br />
coisas que para mim são verda<strong>de</strong>iramente<br />
importantes. Na minha<br />
família, nos meus amigos e na<br />
minha profissão.<br />
JL - Inês <strong>de</strong> Castro...Já alguma<br />
vez protagonizou o papel<br />
<strong>de</strong> Inês?<br />
EM - Sim! Uma vez, num programa<br />
na televisão, escrito pelo<br />
meu colega António Costa Ferreira.<br />
Chamava-se “Cenas da vida<br />
<strong>de</strong> uma actriz”. Uma das personagens<br />
que ela vestia era exactamente<br />
Inês <strong>de</strong> Castro. Gostei<br />
muito! É uma personagem apaixonante.<br />
JL – Tivemos algum cuidado<br />
a preparar esta conversa, já<br />
que sabemos que não gosta <strong>de</strong><br />
dar entrevistas! De que é que<br />
não gosta e porquê?<br />
EM – (sorrisos...) É verda<strong>de</strong><br />
que não gosto <strong>de</strong> dar entrevistas!<br />
REGIÃO DE CISTER<br />
Eunice Muñoz<br />
“A vida é um mistério<br />
e um fascínio”<br />
Nunca gostei e penso que nunca<br />
gostarei. A entrevista trata fundamentalmente<br />
<strong>de</strong> fazer perguntas<br />
sobre nós, e estar a falar <strong>de</strong><br />
mim é uma coisa que nunca me<br />
atraiu nada. Acho que os outros<br />
é que <strong>de</strong>vem falar. Prefiro falar<br />
<strong>de</strong> outras coisas que não tenham<br />
que ver com o meu ofício nem<br />
com a minha carreira. Isso fazme<br />
uma certa impressão.<br />
JL - A vida é um mistério...!?<br />
EM – Um mistério e um fascínio...<br />
Tenho um gran<strong>de</strong> amor à<br />
vida, sempre tive e evi<strong>de</strong>ntemente<br />
agora cada vez tenho mais. Sinto<br />
e sei que a minha vida começa<br />
a estreitar, a ficar curta. Portanto<br />
cada vez a amo mais e cada<br />
vez estou mais preocupada. Não<br />
com o <strong>de</strong>saparecimento, mas com<br />
coisas que me preocupam em relação<br />
à família, a algumas das minhas<br />
netas... Apesar <strong>de</strong> todas as contrarieda<strong>de</strong>s,<br />
das más fases, <strong>de</strong> todos<br />
os problemas, certo é que a vida<br />
é uma coisa muito bela.<br />
JL - Numa entrevista <strong>de</strong> rádio<br />
referiu que a saú<strong>de</strong> é uma das<br />
suas priorida<strong>de</strong>s! Continua a<br />
ser assim?<br />
EM – Exactamente! Primeiro<br />
a saú<strong>de</strong>. Conforme vamos envelhecendo<br />
vamos tendo a consciência<br />
disso, sem ela nada po<strong>de</strong>mos<br />
fazer...<br />
JL – E existe uma ida<strong>de</strong> para<br />
a retirada dos palcos?<br />
EM – A ida<strong>de</strong>? É aquela em<br />
que fisicamente o corpo não obe<strong>de</strong>ce<br />
às necessida<strong>de</strong>s e quando a<br />
memória começa a partir. Ainda<br />
não senti isso, mas no momento<br />
em que acontecer, afasto-me...<br />
JL - E isso não a assusta?<br />
EM – Não. Nunca vivi exclusivamente<br />
para a minha profis-<br />
são. Sim, é importante, mas sempre<br />
com a preocupação <strong>de</strong> ser<br />
livre. Tenho os meus amigos, a<br />
minha família, os meus objectos,<br />
os meus livros, a minha casa, a<br />
minha música. Há muito que fazer.<br />
JL- Tendo em conta que o<br />
nível artístico é menor, o compromisso<br />
televisivo é diferente<br />
do teatro?<br />
EM – Não! Não penso que seja<br />
menor. No teatro também existem<br />
elementos mais fracos, como<br />
os há na televisão. Evi<strong>de</strong>ntemente<br />
que para um profissional com<br />
muitos anos <strong>de</strong> profissão é mais<br />
agradável ter bons actores com<br />
quem contracenar, mas isso acontece.<br />
É muito bonito e <strong>de</strong> certo<br />
modo compensador ver jovens<br />
que trabalham connosco, que têm<br />
qualida<strong>de</strong> e que sentimos que<br />
po<strong>de</strong>m crescer. Esta é uma profissão<br />
difícil e perigosa, com problemas<br />
e dificulda<strong>de</strong>s e há pessoas<br />
que não estão minimamente<br />
preparadas para o <strong>de</strong>saparecimento<br />
súbito. Po<strong>de</strong> ser uma coisa<br />
dramática.<br />
JL - A técnica <strong>de</strong> representar<br />
em televisão é mais difícil<br />
do que a do teatro? E exige-se<br />
menos no teatro?<br />
EM – Não! Não se equiparam,<br />
porque existe o Conservatório<br />
que passou a ser consi<strong>de</strong>rado uma<br />
escola superior <strong>de</strong> teatro e <strong>de</strong>pois<br />
as outras escolas, vocacionadas<br />
para áreas como a televisão. O<br />
Chapitô por exemplo.<br />
JL - Veio aqui hoje <strong>de</strong>clamar<br />
poesia. Po<strong>de</strong> citar-nos dois<br />
autores que goste muito <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>clamar?<br />
EM – Há tantos! Camilo Pessanha,<br />
Fernando Pessoa ou Florbela<br />
Espanca, que já editei em<br />
CD.<br />
JL – A crítica consi<strong>de</strong>rou o<br />
seu papel em “Mãe Coragem”<br />
como fantástico e o “pico” da<br />
sua carreira. Atrevia-me a dizer<br />
que a partir daqui se tornou a<br />
gran<strong>de</strong> diva viva do teatro em<br />
Portugal. Sente isso?<br />
EM – Não sinto nem quero<br />
sentir. Acho que a partir do momento<br />
em que isso acontecer, quer<br />
dizer que me estou a <strong>de</strong>spedir e<br />
fico muito tonta... e não, não sou.<br />
Há muitos gran<strong>de</strong>s artistas em<br />
Portugal e sinto-me mal em estar<br />
agora a pensar que sou diva. Acontece<br />
que são muitos anos <strong>de</strong> trabalho<br />
em que efectivamente fiz<br />
peças em que acertei nas personagens.<br />
E a importância da forma<br />
como construí uma carreira,<br />
porque não é simples nem fácil.<br />
Também o ter representado todos<br />
os géneros como a revista, a farsa,<br />
o drama, a tragédia, a comédia,<br />
a comédia musicada. No fundo<br />
são muitos anos e isso passa<br />
a ser aquilo que conta efectivamente.<br />
JL - Pedia-lhe que fizesse<br />
uma pergunta a si própria e que<br />
respon<strong>de</strong>sse à mesma.<br />
EM – (sorrisos...) Olhe, gostava<br />
<strong>de</strong> saber se o recital <strong>de</strong> hoje<br />
vai correr bem. E a minha resposta<br />
é sempre muito duvidosa,<br />
pois estou sempre cheia <strong>de</strong> medo<br />
antes <strong>de</strong> entrar em palco...<br />
JL – ...mesmo ao fim <strong>de</strong> 64<br />
anos em palco?<br />
EM – Sim, sempre. Se perguntar<br />
isso ao Ruy <strong>de</strong> Carvalho,<br />
ele respon<strong>de</strong>-lhe o mesmo. Penso<br />
que não há nenhum actor que<br />
não sinta o mesmo.<br />
JL - Quer comentar a actual<br />
situação política em Portugal?<br />
EM – Não! De todo.<br />
Ricardo Rodrigues<br />
Perfil<br />
A paixão pelas artes<br />
do espectáculo era já<br />
característica da família<br />
<strong>de</strong> Eunice, tendo os seus<br />
avós, mãe e tios formado<br />
uma companhia teatral<br />
que representava na<br />
província. Subiu pela primeira<br />
vez aos palcos em<br />
Novembro <strong>de</strong> 1941 e logo<br />
<strong>de</strong>sperta a atenção <strong>de</strong><br />
João Villaret e Amélia<br />
Rey Colaço. Acaba por<br />
integrar a companhia<br />
Rey Colaço Robles Monteiro<br />
e representa já com<br />
os mais importantes actores<br />
da época. Em 1945<br />
presta provas no conservatório,<br />
obtendo a classificação<br />
<strong>de</strong> 18 valores e<br />
nesse mesmo dia o seu<br />
nome figurava com o<br />
mesmo tamanho e a mesma<br />
força que Vasco Santana<br />
no cartaz <strong>de</strong> estreia<br />
da comédia musicada<br />
“Chuva <strong>de</strong> filhos”. Em<br />
1946 estreia-se no cinema<br />
com uma interpretação<br />
que lhe valeu, aos 17<br />
anos, a distinção <strong>de</strong> melhor<br />
actriz nacional. Depois <strong>de</strong><br />
uma ruptura com o cinema,<br />
viria mais tar<strong>de</strong> a fazer<br />
furor na companhia formada<br />
em 1951 no Teatro<br />
do Ginásio interpretando<br />
peças nacionais e internacionais.<br />
Aos 23 anos<br />
abandona por iniciativa<br />
própria os palcos e aparece<br />
como empregada <strong>de</strong><br />
balcão numa loja <strong>de</strong> cortiças<br />
“Queria conhecer outra<br />
gente, outro mundo, a vida<br />
verda<strong>de</strong>ira”. Em 1955 volta<br />
a convite <strong>de</strong> Vasco Morgado.<br />
Prémios atrás <strong>de</strong> prémios,<br />
Eunice cavalga<br />
durante largos anos nos<br />
mais diversos géneros teatrais.<br />
Agora cada vez mais<br />
exigente com a qualida<strong>de</strong><br />
dos espectáculos em que<br />
participa, <strong>de</strong>dica-se à divulgação<br />
<strong>de</strong> poetas que ama.<br />
Em 1991 é con<strong>de</strong>corada<br />
por Mário Soares, Presi<strong>de</strong>nte<br />
da República, em<br />
pleno palco do Teatro<br />
Nacional. Eunice, como<br />
<strong>de</strong>screveu Vítor Pavão dos<br />
Santos, “continua a ser a<br />
mais mo<strong>de</strong>rna e ousada,<br />
inspiração radiosa para os<br />
novos que preten<strong>de</strong>m ser<br />
actores, <strong>de</strong>leite sempre<br />
renovado para o público<br />
que a admira <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os treze<br />
anos...”<br />
RR<br />
JORNAL DE LEIRIA | 13 DE JANEIRO DE 2005 | V | I | V | E | R | 5 |
JORNAL DE LEIRIA | 13 DE JANEIRO DE 2005 | V | I | V | E | R | 6 |<br />
Agenda<br />
Regional<br />
●<br />
|quinta| “O outro lado dos<br />
13<br />
sons” (musicoterapia<br />
na História) é o<br />
tema da conferência<br />
a cargo <strong>de</strong> Teresa<br />
Leite, às 18:30<br />
horas, no auditório da Socieda<strong>de</strong><br />
Artística e Musical Pousense,<br />
Pousos, <strong>Leiria</strong><br />
Hélia Correia<br />
é a<br />
escritora<br />
convidada<br />
pela Livraria<br />
Arquivo,<br />
<strong>Leiria</strong>, para<br />
mais um “À<br />
conversa com..”, às 21:30<br />
horas<br />
Presépio animado (com centenas<br />
<strong>de</strong> figuras em movimento),<br />
no Salão Paroquial<br />
<strong>de</strong> Cela Nova, Alcobaça, das<br />
10 às 24 horas, até 16 <strong>de</strong><br />
Janeiro<br />
“Palcos e figuras <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />
teatros” em papel integram a<br />
mostra patente na galeria<br />
municipal Osíris, Caldas da<br />
Rainha, até 17 <strong>de</strong> Janeiro<br />
“Ópera da prisão: D.<br />
●<br />
Giovanni 2005”, das<br />
|sexta| 14:30 às 16 :30<br />
14<br />
horas, no Estabelecimento<br />
Prisional<br />
Regional <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>,<br />
numa organização<br />
da Socieda<strong>de</strong> Artística<br />
e Musical Pousense<br />
“O novo Diário <strong>de</strong> Bridget<br />
Jones”, do realizador Beeban<br />
Kidron, até dia 16, às 21:30<br />
horas, no Cine-teatro Stephens,<br />
Marinha Gran<strong>de</strong><br />
Teatro Miguel Franco, <strong>Leiria</strong><br />
“O fim do<br />
princípio”<br />
O “Teatro da Rainha” apresenta<br />
amanhã (14), às 21:30 horas,<br />
no Teatro Miguel Franco, <strong>Leiria</strong>,<br />
a peça “O fim do princípio”, <strong>de</strong><br />
Sean O`Casey. Para maiores <strong>de</strong><br />
quatro anos, conta com encenação<br />
<strong>de</strong> Fernando Ramos e interpretação<br />
<strong>de</strong> Victor Santos, José<br />
Carlos Faria e Isabel Lopes. “O<br />
fim do princípio” conta a história<br />
<strong>de</strong> um casal que vive no campo<br />
e discute. Ela parte para a<br />
lavoura e ele faz o trabalho doméstico.<br />
Um guião, mais do que uma<br />
“Os 4 cachorrinhos”, cinema<br />
para crianças legendado em<br />
português, às 14:30 horas, na<br />
Biblioteca Municipal da<br />
Marinha Gran<strong>de</strong><br />
Concerto <strong>de</strong> jazz às 21:30<br />
horas, no auditório da <strong>de</strong>legação<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> do Instituto<br />
Português da Juventu<strong>de</strong>,<br />
numa organização da Associação<br />
Cultural BUM- Batalha<br />
Universal em Movimento,<br />
com Fausto Cornéo (Clarinete),<br />
Joel Silva (bateria) e Jorge<br />
Esperança (baixo)<br />
Batalha recebe um concerto<br />
<strong>de</strong> Janeiras, às 20:30 horas,<br />
junto à entrada do edifício da<br />
Câmara Municipal da Batalha,<br />
pelo grupo <strong>de</strong> Crespos (S.<br />
Mame<strong>de</strong>) e <strong>de</strong> jovens da<br />
paróquia local<br />
Obras <strong>de</strong> Paula Rego (pintura<br />
e <strong>de</strong>senho, litografia e gravura),<br />
da colecção particular <strong>de</strong><br />
Bartolomeu dos Santos, em<br />
exposição na galeria <strong>de</strong><br />
exposições temporárias do<br />
Atelier-Museu António Duarte,<br />
Caldas da Rainha, até 17<br />
<strong>de</strong> Janeiro<br />
●<br />
|sábado|<br />
15<br />
Comemorações<br />
do 39º aniversário<br />
do Teatro<br />
José Lúcio da<br />
Silva, <strong>Leiria</strong>, a<br />
partir das 16<br />
horas com um<br />
concerto <strong>de</strong><br />
Janeiras (entrada livre), a exibição<br />
do filme “Vamos dançar”,<br />
às 21:30, e ainda do<br />
“Exorcista”, à meia noite<br />
(entrada livre)<br />
Workshop <strong>de</strong> escrita criativa,<br />
pela formadora Cláudia Clemente,<br />
das 10 às 18:30<br />
horas, na Livraria Arquivo,<br />
<strong>Leiria</strong><br />
“É preciso viver”, peça <strong>de</strong><br />
teatro baseada num conto <strong>de</strong><br />
peça, conta com um conjunto <strong>de</strong><br />
números, claramente inspirados<br />
na estética do cómico burlesco.<br />
Com início em 1985 e se<strong>de</strong> na<br />
Casa da Cultura <strong>de</strong> Caldas da Rainha,<br />
o Teatro da Rainha passou<br />
por várias peripécias, nomeadamente<br />
a sua incorporação no<br />
Centro Dramático <strong>de</strong> Évora. Em<br />
2002 reagrupou-se <strong>de</strong> novo em<br />
total autonomia, tendo neste<br />
momento sete espectáculos em<br />
carteira, alguns <strong>de</strong>les com sessões<br />
especiais para as escolas.<br />
Aquilino Ribeiro, às 16 horas,<br />
no Teatro Chaby Pinheiro,<br />
Nazaré. Todos os sábados e<br />
domingos à mesma hora<br />
durante o mês <strong>de</strong> Janeiro<br />
O grupo Delfins apresenta o<br />
novo acústico “De corpo e<br />
alma”, às 22 horas, no gran<strong>de</strong><br />
auditório do Cine-Teatro<br />
<strong>de</strong> Alcobaça<br />
Espectáculo musical “Utopia<br />
<strong>de</strong> Zeca Afonso”, pelo grupo<br />
Sons do Bairro, às 21:30<br />
horas, no Sport Operário<br />
Marinhense, Marinha Gran<strong>de</strong><br />
Pintura <strong>de</strong> Maria Domicilia<br />
Silva em exposição na Casa<br />
da Cultura <strong>de</strong> Figueiró dos<br />
Vinhos<br />
●<br />
|domingo|<br />
16<br />
Desbundixie<br />
é o<br />
grupo<br />
convidado<br />
para o<br />
concerto<br />
<strong>de</strong> jazz,<br />
às 22:30<br />
horas, no<br />
Gil Caffé,<br />
<strong>Leiria</strong><br />
Pintura <strong>de</strong><br />
Maria <strong>de</strong> Fátima<br />
Silva em<br />
exposição na<br />
Galeria <strong>de</strong> Artes<br />
Rodrigues Lobo,<br />
<strong>Leiria</strong>, até 1 <strong>de</strong><br />
Fevereiro<br />
Exposição colectiva <strong>de</strong> Agneta<br />
Ohrstrom (sueca) e Glória<br />
Elena (mexicana), na Casa do<br />
Pelourinho, Óbidos, até 30 <strong>de</strong><br />
Janeiro <strong>de</strong> 2005<br />
DR<br />
“A caixa do<br />
Horácio”,<br />
pelo grupo<br />
<strong>de</strong> teatro SA<br />
marionetas,<br />
às 16:30<br />
horas, no<br />
auditório<br />
Escola Adães<br />
Bermu<strong>de</strong>s, Alcobaça<br />
“Mulheres <strong>de</strong> sonho” dá o<br />
mote à exposição colectiva<br />
<strong>de</strong> Armando Passos, Guilherme<br />
Parente e Jacinto Luís,<br />
patente na Galeria Pedra do<br />
Guilhim, Nazaré<br />
●<br />
|segunda|<br />
17<br />
Mostra <strong>de</strong><br />
trabalhos<br />
resultantes<br />
dos trabalhos<br />
do XIV Concurso<br />
<strong>de</strong> Presépios,<br />
patente ao<br />
público até final <strong>de</strong> Janeiro,<br />
no Museu Municipal <strong>de</strong> Porto<br />
<strong>de</strong> Mós<br />
Exposição <strong>de</strong> fotografia <strong>de</strong><br />
Rafael <strong>de</strong> Oliveira Rodrigues,<br />
até 21 <strong>de</strong> Janeiro, na Galeria<br />
da Biblioteca Municipal <strong>de</strong><br />
<strong>Leiria</strong><br />
“Chão nosso – 100 anos do<br />
Paredão” é o tema da exposição<br />
documental patente no<br />
Centro Cultural da Nazaré,<br />
até 23 <strong>de</strong> Janeiro. O principal<br />
objectivo é revelar “o imenso<br />
combate entre o homem e o<br />
mar e o ambiente social da<br />
Nazaré, na primeira meta<strong>de</strong><br />
do século XX<br />
●<br />
|terça|<br />
18<br />
Gravura<br />
rupestre “O<br />
antropomorfo<br />
da Praia do<br />
Pedrógão”, até<br />
31 <strong>de</strong> Janeiro, no átrio da<br />
Biblioteca Municipal <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong><br />
“Oficina <strong>de</strong> cerâmica <strong>de</strong><br />
Manuel Gustavo Bordalo<br />
Pinheiro – obra cerâmica e<br />
gráfica 1867-1920”, no<br />
Museu da Cerâmica, Caldas<br />
da Rainha, até 31 <strong>de</strong> Março<br />
●<br />
|quarta|<br />
19<br />
Exposição <strong>de</strong><br />
Baltazar Gomes<br />
Figueira, patente<br />
no Solar da<br />
Praça <strong>de</strong> Santa<br />
Maria, Óbidos,<br />
até ao próximo<br />
mês <strong>de</strong> Maio<br />
Pintura <strong>de</strong> José Luís Tinoco<br />
continua em exposição no<br />
edifício Banco <strong>de</strong> Portugal,<br />
<strong>Leiria</strong>, até 30 <strong>de</strong> Janeiro<br />
Desenhos <strong>de</strong> Ana Pascoal e<br />
António Santos em exposição<br />
na galeria Umnome,<br />
Caldas da Rainha, patente<br />
até 16 <strong>de</strong> Fevereiro
DR<br />
DR<br />
Agenda<br />
Nacional<br />
OS SUPER-HERÓIS<br />
Greta Garbo em retrospectiva<br />
No centenário da mais brilhante<br />
estrela <strong>de</strong> Hollywood, a Cinemateca<br />
Portuguesa <strong>de</strong>dica-lhe uma<br />
gran<strong>de</strong> retrospectiva. Greta Garbo,<br />
a quem chamaram “divina” e<br />
a “esfinge do norte”, e que o Guiness<br />
Book of Records consi<strong>de</strong>rou<br />
em tempos a mulher mais bonita<br />
do mundo, é homenageada na<br />
Cinemateca Portuguesa ao logo<br />
A segunda parte da exposição <strong>de</strong>ste<br />
artista irlandês vai estar patente no Museu<br />
do Chiado, em Lisboa, até 20 <strong>de</strong> Fevereiro.<br />
James Coleman é um dos artistas mais<br />
relevantes na cena artística contemporânea.<br />
Des<strong>de</strong> a época <strong>de</strong> 70 que apresenta<br />
o seu trabalho em museus e galerias internacionais.<br />
Numa selecção das suas exposições<br />
individuais figuram: Muséé d`Art<br />
Mo<strong>de</strong>rne <strong>de</strong> la Ville <strong>de</strong> Paris, Day Center<br />
for the Arts, Nova Iorque, e Centre George<br />
Pompidou, entre outros. O seu trabalho<br />
emerge no final da década <strong>de</strong> 60, num<br />
Estreou no passado dia 6,<br />
no Teatro Há-<strong>de</strong>-Ver, em Lisboa,<br />
o espectáculo “Vida Breve<br />
em três fotografias”, <strong>de</strong><br />
Bernardo Santareno, integrado<br />
nas comemorações dos 25<br />
anos da morte <strong>de</strong>ste dramaturgo<br />
contemporâneo, a rea-<br />
na Cinemateca Portuguesa<br />
QUINTA A SEGUNDA, ÀS 21H30. DOMINGO, ÀS 15H30 E 21H30.<br />
De Brad Bird.<br />
<strong>de</strong>ste mês, e no ano em que se<br />
comemora o centenário do seu<br />
nascimento. Aqui reúne-se um<br />
ciclo dos seus filmes mais famosos,<br />
para além <strong>de</strong> outras curiosida<strong>de</strong>s.<br />
Entre outros, um dos <strong>de</strong>staques<br />
é a exibição pela primeira<br />
vez da versão integral <strong>de</strong> “A lenda<br />
<strong>de</strong> Gösta Berling” e duas versões<br />
(americana e alemã) <strong>de</strong> Anna<br />
Artista contemporâneo relevante<br />
James Coleman no Museu do Chiado<br />
DR<br />
Christie. Do programa que termina<br />
no dia 29 <strong>de</strong>ste mês, constam<br />
entre outros: “Luffar-Petter” <strong>de</strong><br />
1922, no dia 13, às 22 horas, “O<br />
<strong>de</strong>mónio e a carne” <strong>de</strong> 1926, nos<br />
dias 18 e 27, pelas 22 horas, “A<br />
tentadora” <strong>de</strong> 1926, no dia 19 às<br />
21:30 horas, “A dama misteriosa”<br />
<strong>de</strong> 1928, nos dias 20 e 28,<br />
pelas 22 horas.<br />
contexto <strong>de</strong> profundas alterações e <strong>de</strong><br />
preocupações com a re<strong>de</strong>finição do objecto<br />
artístico. Os seus trabalhos iniciais,<br />
incorporando encenações teatrais, são<br />
regularmente apresentados em projecções<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala, que utilizam projectores<br />
<strong>de</strong> sli<strong>de</strong>s com narração sonora sincronizada.<br />
Adaptando meios tecnológicos<br />
comerciais, como a fotografia e o<br />
cinema, para formas artísticas, o artista<br />
incita os espectadores a uma reflexão<br />
sobre as mudanças ocorridas nos âmbitos<br />
sócio-políticos e culturais.<br />
“Laranja/Azul” no Centro <strong>de</strong> Artes<br />
e Espectáculos Figueira da Foz<br />
Adaptação da obra homónima<br />
do jovem dramaturgo britânico Joe<br />
Penhall, “Laranja/Azul” é uma peça<br />
que aborda temas como o racismo,<br />
o estatuto social, a solidão e as<br />
doenças mentais, com humor negro<br />
à mistura. Tem no seu elenco um<br />
Teatro Há-<strong>de</strong>-ver<br />
trio <strong>de</strong> actores composto pelo bem<br />
conhecido José Pedro Gomes, Pedro<br />
Laginha e Carlos Paça. Num hospital<br />
psiquiátrico, um doente <strong>de</strong><br />
origem africana aguarda alta. Dois<br />
médicos, com estatutos hierárquicos<br />
diferentes, travam-se <strong>de</strong> razões<br />
“Vida breve” <strong>de</strong> Bernardo Santareno<br />
lizar este ano pela Socieda<strong>de</strong><br />
Portuguesa <strong>de</strong> Autores. Santareno<br />
mostra ao longo das<br />
suas páginas, <strong>de</strong> uma maneira<br />
nua e crua, a prostituição<br />
masculina e feminina, e como<br />
se mata e morre no parque<br />
Eduardo VII. Este mundo mar-<br />
ginal <strong>de</strong>scrito pelas suas palavras<br />
sobe ao palco com direcção<br />
<strong>de</strong> actores <strong>de</strong> João Lói,<br />
cenografia <strong>de</strong> António Viana<br />
e com a participação <strong>de</strong> Paula<br />
Neves, Hugo Sequeira, Delfina<br />
Cruz, João Batista e Igor<br />
Sampaio.<br />
DR<br />
e argumentos para <strong>de</strong>cidirem se ele<br />
<strong>de</strong>ve ou não sair. É que o paciente<br />
sofre provavelmente <strong>de</strong> esquizofrenia.<br />
Para ver nos dias 22 e<br />
23 <strong>de</strong>ste mês no CAE (Centro <strong>de</strong><br />
Artes e Espectáculos da Figueira<br />
da Foz).<br />
AUDITÓRIO MUNICIPAL DA BATALHA<br />
os primeiros 2 bilhetes grátis<br />
para sessões <strong>de</strong> sexta e domingo*,<br />
com a apresentação<br />
do <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> na bilheteira<br />
*só sessão das 15h30<br />
| V | I | V | E | R | 7 |<br />
JORNAL DE LEIRIA | 13 DE JANEIRO DE 2005
JORNAL DE LEIRIA | 13 DE JANEIRO DE 2005 | V | I | V | E | R | 8 |<br />
Eventos<br />
DR<br />
DR<br />
António Palmeira na Livraria Arquivo<br />
Uma nova forma<br />
<strong>de</strong> arte fotográfica<br />
“Nevão na Serra d´Aire”, “Mulher fotosíntese”,<br />
“Jardim molecular” e ainda “Porque<br />
fiz esta viagem”, “Desejo contido” e<br />
“Fogo na serra” (colecções particulares)<br />
são alguns dos 15 trabalhos que integram<br />
a exposição “Bioarte fotográfica”, <strong>de</strong> António<br />
Palmeira, patente na galeria da Livraria<br />
Arquivo, <strong>Leiria</strong>, até 20 <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Segundo o autor, estes trabalhos fazem<br />
parte <strong>de</strong> uma pesquisa técnica que tem<br />
vindo a <strong>de</strong>senvolver, com base na observação<br />
<strong>de</strong> preparações biológicas ou com<br />
tintas. Trata-se <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> imagens<br />
resultantes da fusão <strong>de</strong> fotografia<br />
microscópica, com fotografia analógica,<br />
nomeadamente paisagens, nús, macrofo-<br />
DR<br />
ARQUIVO/JL<br />
tografia subjectiva, sem esquecer o <strong>de</strong>senho<br />
e a pintura. “No fim, faço surgir uma<br />
JACINTO SILVA DURO<br />
nova forma <strong>de</strong> ver e realizar arte em fotografia”,<br />
adianta.<br />
Espectáculo musical dia 23 <strong>de</strong> Janeiro<br />
Pombal solidariza-se com vítimas da Ásia<br />
Gastronomia em Ourém<br />
Vinho novo e “migas com todos”<br />
Ourém vai acolher, <strong>de</strong> 28 a 30<br />
<strong>de</strong>ste mês, uma festa do vinho<br />
novo e um festival gastronómico<br />
“Migas com todos”. O evento <strong>de</strong>corre<br />
no Centro <strong>de</strong> Negócios, com a<br />
participação <strong>de</strong> 40 expositores e<br />
“Noivas <strong>Leiria</strong> 2005” é o mote<br />
para uma exposição fotográfica<br />
da autoria <strong>de</strong> Carlos Portugal, a<br />
par <strong>de</strong> uma passagem <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>-<br />
três restaurantes, e um vasto programa<br />
<strong>de</strong> animação, colóquios e<br />
visitas sobre a temática do vinho.<br />
Tunas académicas, folclore e música<br />
popular (Quim Barreiros e Ronda<br />
dos Quatro Caminhos) animam<br />
O conhecido actor João Loy, da companhia<br />
<strong>de</strong> Teatro <strong>de</strong> Lisboa “Há cultura”,<br />
apresenta no próximo dia 25, no<br />
auditório da Batalha, a peça <strong>de</strong> teatro<br />
“Vieira a voz invisível”. Num trabalho<br />
o evento. Domingo (dia 30), Pedro<br />
Tochas contempla novos e menos<br />
novos com “O Palhaço”, espectáculo<br />
que aquele comediante <strong>de</strong><br />
Avelar, Ansião, apresentou recentemente<br />
em Singapura.<br />
cénico <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> os escritos<br />
do padre António Vieira assumem papel<br />
principal, procuram-se também ouvir<br />
as vozes dispersas <strong>de</strong>sta importante<br />
figura ao longo do tempo. Depois <strong>de</strong><br />
Cinco euros é quanto custa o bilhete do espectáculo<br />
a favor das vítimas da tragédia da Ásia, que<br />
se realiza no próximo dia 23, sábado, a partir das<br />
14:30 horas, no Centro Municipal <strong>de</strong> Exposições <strong>de</strong><br />
Pombal (Expocentro). O total da receita é a favor<br />
das vítimas do maremoto, já que toda a organização<br />
é gratuita. A Câmara Municipal assegura o transporte<br />
(gratuito), entre o centro da cida<strong>de</strong> e o Expocentro.<br />
Ricardo Oliveira do Programa televisivo<br />
Ídolos, com apresentação <strong>de</strong> Rijo Ma<strong>de</strong>ira animam<br />
o espectáculo que integra ainda o grupo dos Cavaquinhos<br />
do Louriçal, a Filarmónica Artística Pombalense,<br />
vários grupos folclóricos, entre diversos<br />
outros.<br />
João Loy veste a pele <strong>de</strong> padre na Batalha<br />
“Vieira a voz invisível”<br />
<strong>Leiria</strong><br />
Quinta das Silveiras mostra noivas<br />
los. O evento realiza-se no próximo<br />
dia 23, na Quinta das Silveiras,<br />
<strong>Leiria</strong>, com abertura às<br />
15 horas com um espectáculo <strong>de</strong><br />
DR<br />
ballet. Segue-se uma passagem<br />
<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> noivas, homem,<br />
senhora e cerimónia e um concerto<br />
pela Banda “Partitudo”.<br />
quase três anos em palco, o ciclo <strong>de</strong><br />
teatro às quartas regressa à Batalha,<br />
nas últimas terças- feiras <strong>de</strong> cada mês,<br />
às 21:30 horas, no Auditório Municipal.<br />
As entradas são gratuitas.<br />
DR
DR FOTOS: NUNO BRITES<br />
Eventos<br />
LINO FERREIRA ENTREGOU O 1º PRÉMIO A VÍTOR<br />
REIS (REIS MODAS)<br />
Os vencedores do concurso<br />
<strong>de</strong> montras <strong>de</strong> Natal<br />
promovido pela ACILIS<br />
foram conhecidos sextafeira<br />
passada, num jantar<br />
no Tromba Rija, que<br />
reuniu <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> lojistas.<br />
Esta época participaram<br />
107 montras, contra<br />
as 84 <strong>de</strong> 2003. Além<br />
do aumento do número<br />
<strong>de</strong> concorrentes, aumentou<br />
a qualida<strong>de</strong> das montras,<br />
enten<strong>de</strong> o presi<strong>de</strong>nte<br />
da associação, António<br />
Um Duo <strong>de</strong> flauta e percussão<br />
inicia o ciclo <strong>de</strong> músicos<br />
alcobacenses, no próximo<br />
dia 29 <strong>de</strong> Janeiro, às 21:30, no<br />
gran<strong>de</strong> auditório do Cine-teatro<br />
<strong>de</strong> Alcobaça. Fundado em<br />
2004, este duo composto por<br />
Stephanie Wagner (flauta e<br />
flauta em sol) e Manuel Cam-<br />
Costa e Silva, consi<strong>de</strong>rando<br />
esta uma iniciativa<br />
passível <strong>de</strong> melhorar<br />
o comércio e contribuir<br />
para a atracção <strong>de</strong> clientes.<br />
Além dos cinco prémios<br />
(cruzeiro no Douro,<br />
fim-<strong>de</strong>-semana em Albufeira,<br />
fim-<strong>de</strong>-semana<br />
numa Pousada <strong>de</strong> Portugal,<br />
viagem aos Açores e<br />
viagem a Praga, na República<br />
Checa), foram atribuídas<br />
sete menções honrosas.<br />
Cine -Teatro <strong>de</strong> Alcobaça<br />
Músicos em ciclo...<br />
pos (marimba e percussão) preten<strong>de</strong><br />
promover e divulgar o<br />
repertório contemporâneo, escrito<br />
para flauta e percussão. Serão<br />
interpretadas diversas obras <strong>de</strong><br />
distintos compositores, tanto<br />
em formação <strong>de</strong> duo como<br />
solista. O bilhete para o espectáculo<br />
custa cinco euros. O<br />
Traduzida por “Comédia<br />
<strong>de</strong> pé”, “Stand-up<br />
Comedy é uma forma <strong>de</strong><br />
entretenimento muito<br />
popular em alguns países.<br />
No próximo dia 31,<br />
aquele espaço <strong>de</strong> Alcobaça<br />
recentemente recuperado,<br />
recebe Marco<br />
Montras <strong>de</strong> Natal<br />
premiadas<br />
HÉLDER NARCISO (DAVID JEANS)<br />
E ANTÓNIO COSTA E SILVA<br />
JÚLIA SANTO (BOUTIQUE JÚLIA) RECEBEU O PRÉMIO<br />
DAS MÃOS DE IRENE PEREIRA<br />
século XX foi fértil na criação<br />
musical e também no surgimento<br />
<strong>de</strong> novas linguagens.<br />
Emergem novas formações e<br />
a percussão entra <strong>de</strong>finitivamente<br />
no fio condutor do discurso<br />
musical. A flauta, repleta<br />
<strong>de</strong> história e tradição, reforça<br />
a sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>.<br />
...e Levanta-te e ri<br />
Horário, o actor <strong>de</strong> Vieira<br />
<strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>. A produção<br />
é <strong>de</strong> Pedro Martins e Jorge<br />
Marecos, a direcção<br />
artística <strong>de</strong> Jorge Queiroga<br />
e a realização <strong>de</strong> Cristina<br />
Verdú. Os ingressos<br />
para este espectáculo custam<br />
<strong>de</strong>z euros.<br />
Marinha Gran<strong>de</strong><br />
Comboio <strong>de</strong> lata espera por museu<br />
O célebre comboio <strong>de</strong> lata<br />
é uma das muitas peças a<br />
integrar o futuro Museu da<br />
Floresta que a Câmara Municipal<br />
da Marinha Gran<strong>de</strong> quer<br />
criar no Parque do Engenho.<br />
Outros aspectos a valorizar<br />
são as indústrias ligadas à<br />
extracção e transformação <strong>de</strong><br />
matérias-primas no interior<br />
do pinhal, como os fornos.<br />
Relativamente ao património<br />
natural o ante-projecto museológico<br />
evi<strong>de</strong>ncia a importância<br />
dos ecossistemas dunares,<br />
a jazida fóssil do período<br />
jurássico, árvores notáveis e<br />
o Samouco.<br />
NEUSA MAGALHÃES E PAULA MATIAS (O2)<br />
AFONSO MARTO ENTREGOU O 5º PRÉMIO<br />
A PATRÍCIA JUSTO (NATURISMO)<br />
| V | I | V | E | R | 9 |<br />
JORNAL DE LEIRIA | 13 DE JANEIRO DE 2005
JORNAL DE LEIRIA | 13 DE JANEIRO DE 2005 | V | I | V | E | R | 10|<br />
Eventos<br />
DR<br />
DR<br />
Produções locais, curtas metragens<br />
e workshops <strong>de</strong> cinema e<br />
televisão marcam o programa do<br />
“Mês do Cinema”, que <strong>de</strong>corre no<br />
Centro da Juventu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Caldas da<br />
Rainha. Esta iniciativa surge na<br />
sequência da atribuição da bolsa<br />
<strong>de</strong> apoio a jovens realizadores,<br />
atribuída este ano pela Câmara<br />
Municipal. É uma oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r mais e rever êxitos<br />
<strong>de</strong> produção local, como é o caso<br />
<strong>de</strong> “Ninja das Caldas”, <strong>de</strong> Hugo<br />
Guera, antigo aluno da ESAD-<br />
Escola Superior <strong>de</strong> Artes e Design,<br />
que viu o seu filme premiado e<br />
transmitido pela SicRadical em<br />
2003 e editado em DVD. Com “O<br />
nono andar”, aquele mesmo realizador<br />
arrecadou prémios em certames<br />
nacionais e internacionais<br />
Aqui se retrata o percurso do<br />
<strong>de</strong>sign do vidro numa organização<br />
conjunta da Câmara Municipal<br />
da Marinha Gran<strong>de</strong> com o<br />
Museu do Vidro. Mais <strong>de</strong> meia<br />
centena <strong>de</strong> peças dispostas por<br />
três salas <strong>de</strong> exposição, on<strong>de</strong> se<br />
<strong>de</strong>screve o percurso do <strong>de</strong>sign do<br />
vidro contemporâneo <strong>de</strong>senvol-<br />
Caldas da Rainha<br />
Mês do cinema<br />
incentiva jovens<br />
e com o filme, “Escritório”, realizado<br />
em 2001 em parceria com<br />
João Pombeiro, o Prémio do Público<br />
<strong>de</strong> Ovarví<strong>de</strong>o e a Menção honrosa<br />
do mesmo festival.<br />
O certame iniciado na passada<br />
sexta-feira, prolonga-se até<br />
ao próximo dia 28, data até quan-<br />
O “Relicário”, escultura da<br />
autoria <strong>de</strong> José Aurélio está exposta<br />
no adro do Mosteiro <strong>de</strong> Alcobaça,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> o passado 7 <strong>de</strong> Janeiro<br />
(data da morte <strong>de</strong> Inês <strong>de</strong><br />
Castro) até ao próximo dia 5 <strong>de</strong><br />
Marinha Gran<strong>de</strong><br />
Design contemporâneo<br />
no Museu do Vidro<br />
Não é <strong>de</strong> todo normal ouvir uma figura<br />
pública, que <strong>de</strong>ve aos meios <strong>de</strong> comunicação<br />
parte da divulgação do seu trabalho, afirmar<br />
em público que mente aos mesmos <strong>de</strong>scaradamente...<br />
FOTOS: DR<br />
O NONO ANDAR O ESCRITÓRIO<br />
vido na Marinha Gran<strong>de</strong>, é o que<br />
propõe o Museu do Vidro da cida<strong>de</strong>.<br />
Na primeira sala encontramse<br />
objectos das décadas <strong>de</strong> 30 a<br />
50, alguns da autoria da arquitecta<br />
Carmo Valente. A sala seguinte<br />
apresenta peças <strong>de</strong> vidro dos<br />
anos 60 ao início <strong>de</strong> 90. Este período<br />
é representado pelo <strong>de</strong>sign <strong>de</strong><br />
do <strong>de</strong>corre a exposição “Os primórdios<br />
da imagem em movimento”,<br />
da responsabilida<strong>de</strong> do<br />
Museu <strong>de</strong> Imagem <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>, na<br />
sala central daquele centro. Hoje<br />
e amanhã, às 22 horas, haverá<br />
amostras <strong>de</strong> curtas-metragens do<br />
Núcleo <strong>de</strong> Cinema da ESAD e<br />
Abril. Criada em 1997, para integrar<br />
a exposição “Amores <strong>de</strong><br />
Pedro e Inês”, trata-se <strong>de</strong> uma<br />
peça carregada <strong>de</strong> simbolismos.<br />
Agora, integrada nas comemorações<br />
dos 650 anos da morte<br />
Maria Helena Matos, Eduardo<br />
Marinho, Niza Melo Falcão e Ana<br />
Silva e Sousa. A terceira, e última<br />
sala, reporta-se à actualida<strong>de</strong>,<br />
com objectos da JM-Glass e<br />
das fábricas associadas ao projecto<br />
Marinha Gran<strong>de</strong> Mglass.<br />
Para ver <strong>de</strong> terça a domingo, das<br />
10 às 18 horas.<br />
sábado, à mesma hora, a projecção<br />
<strong>de</strong> filmes <strong>de</strong> produção local<br />
“KonPow II”. Ainda no sábado e<br />
também no domingo, respectivamente<br />
das 14 às 19 horas e das<br />
16:30 às 21:30, haverá workshop<br />
<strong>de</strong> imagem digital a cargo <strong>de</strong> João<br />
Pombeiro.<br />
Comemoração dos 650 anos da morte <strong>de</strong> Inês <strong>de</strong> Castro<br />
Relicário <strong>de</strong> José Aurélio<br />
em itinerância<br />
Como já vem sendo habitual, todas as primeiras<br />
quintas- feiras <strong>de</strong> cada mês, Carlos<br />
André esteve na última tertúlia à conversa<br />
com David Fonseca, músico <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong> e ex<br />
vocalista dos Silence 4. Duas horas <strong>de</strong> conversa,<br />
<strong>de</strong>bate e troca <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias com intervalos<br />
musicais <strong>de</strong> Schumann, J.S Bach e Scott<br />
Joplin. Este mês, na sala <strong>de</strong> conferências do<br />
Hotel D. João III, David Fonseca surpreen<strong>de</strong>u<br />
os presentes com algumas <strong>de</strong>clarações.<br />
Logo a abrir a tertúlia confessou perante a<br />
<strong>de</strong> Inês, o “Relicário” irá peregrinar<br />
por terras <strong>de</strong> Pedro e Inês.<br />
Depois <strong>de</strong> Alcobaça, segue-se<br />
Lisboa (jardins da Biblioteca<br />
Nacional), Montemor-o-Velho e<br />
Coimbra.<br />
Café das Quintas com David Fonseca<br />
“Eu minto...”<br />
DR<br />
NINJA DAS CALDAS<br />
plateia já ter mentido e continuar a mentir<br />
a jornalistas. E <strong>de</strong> uma forma, talvez um pouco<br />
ingénua, recordou uma entrevista que <strong>de</strong>u<br />
ao jornal “Expresso”, em que afirmou que<br />
em criança <strong>de</strong>struíra um quarto “aos pontapés”.<br />
De seguida e com um enorme sorriso<br />
afirmou: “Quando vi aquilo publicado, rime<br />
imenso pois era tudo mentira”. Como esta,<br />
<strong>de</strong>ixou outras revelações que, apesar <strong>de</strong> fazerem<br />
sorrir a plateia, po<strong>de</strong>rão, “quiçá”, não<br />
ter “caído” bem a todos.
Evasões O Borda D'Água<br />
Sabe o leitor on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong><br />
encontrar esta nota <strong>de</strong> carácter<br />
histórico? Encontramo-la<br />
entre muitas, variadas e importantes<br />
informações numa das<br />
mais curiosas e interessantes<br />
publicações portuguesas. Referimo-nos<br />
ao "Borda D'Água",<br />
o "verda<strong>de</strong>iro almanaque" que<br />
é um "reportório útil para toda<br />
a gente", <strong>de</strong> que acaba <strong>de</strong> sair<br />
a edição <strong>de</strong>dicada ao ano <strong>de</strong><br />
2005.<br />
Mas não se limita a informações<br />
<strong>de</strong> almanaque, naturalmente<br />
pouco profundas e<br />
ligeiras, o conteúdo que a publicação<br />
nos traz, com a a intenção,<br />
a sabedoria e a <strong>de</strong>dicação<br />
ao povo português que lhe<br />
é inerente. O "Borda D'Água"<br />
é um verda<strong>de</strong>iro serviço público<br />
que chega aos mais recônditos<br />
e obscuros lugares do<br />
país, aconselhando <strong>de</strong>vidamente<br />
os seus leitores. Ao fim<br />
e ao cabo exerce as funções<br />
que competem a diversos responsáveis<br />
e que, por negligência<br />
e incompetência, muitas<br />
vezes não cumprem. Este<br />
pequeno opúsculo merece a<br />
gratidão <strong>de</strong> todo um país que<br />
apren<strong>de</strong>u a conhecer o tempo,<br />
os movimentos das marés,<br />
os saberes da terra, a semear<br />
e a colher nas suas páginas.<br />
Publicação vetusta, os próprios<br />
responsáveis <strong>de</strong>sconhecem<br />
o ano em que pela primeira<br />
vez viu a luz do dia.<br />
Pelo menos remonta a 1812,<br />
agra<strong>de</strong>cendo a quem possua<br />
algum exemplar anterior a essa<br />
data que informe "para recuarmos<br />
a ida<strong>de</strong> provecta da nossa<br />
folhinha… <strong>de</strong> cor<strong>de</strong>l, mas<br />
também arca <strong>de</strong> sacralizações<br />
ou festas eternas que <strong>de</strong>ram<br />
origem aos calendários".<br />
Na sua Apresentação o almanaque,<br />
que se apresenta pela<br />
segunda vez sob nova orientação,<br />
é claro quanto aos seus<br />
<strong>de</strong>sejos. Preten<strong>de</strong> ser uma companhia<br />
para o quotidiano do<br />
leitor, assim como um instrumento<br />
para o seu <strong>de</strong>spertar. E<br />
preten<strong>de</strong>, mesmo, ultrapassar<br />
as limitações com que uma<br />
publicação <strong>de</strong> pequenas dimensões<br />
normalmente se <strong>de</strong>bate.<br />
E aborda, <strong>de</strong> modo bem interessante<br />
e saudável aliás, temas<br />
como a agricultura tradicional<br />
ou biológica, as plantas<br />
medicinais e o Espírito Santo,<br />
mergulhando em profundas e<br />
arreigadas tradições portuguesas.<br />
Mas, o "Borda D'Águia" não<br />
se fica pelo que atrás foi dito.<br />
Ao longo das suas 22 páginas<br />
são fornecidos dados astronómicos<br />
e agro-lunares, assim<br />
como as previsões do tempo,<br />
a tabela das marés, as feiras,<br />
as festas, as festivida<strong>de</strong>s e os<br />
dias nacionais, internacionais<br />
e mundiais. E a primeira gran<strong>de</strong><br />
surpresa resi<strong>de</strong> na enorme<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação contida<br />
em tão magras páginas.<br />
Contudo, tudo o que o director<br />
da publicação, Pedro Teixeira<br />
da Mota, preten<strong>de</strong> oferecer<br />
ao leitor ali se encontra,<br />
com uma linguagem clara e<br />
sintética que não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser<br />
um exemplo para muitos profissionais<br />
da comunicação<br />
social.<br />
O ANO EM QUE ESTAMOS<br />
O "Juízo do Ano", com que<br />
termina o "Borda D'Água", não<br />
é optimista, nem podia sê-lo<br />
quando se colocam óbvias e<br />
básicas interrogações sobre a<br />
melhoria dos meios <strong>de</strong> prevenção<br />
e combate aos incêndios, a<br />
diminuição do esbanjamento,<br />
as assimetrias dos or<strong>de</strong>nados e<br />
reformas, a burocracia, a justiça,<br />
o sistema prisional, as poluições,<br />
o rastreio das doenças, a<br />
harmonia vital das pessoas, a<br />
saú<strong>de</strong>, o emprego, a educação,<br />
as artes e ofícios, a investigação<br />
científica e tantas outras<br />
insuficiências negras do nosso<br />
presente.<br />
Mas, outros aspectos negativos<br />
são referidos a nível internacional,<br />
como a intervenção<br />
do império americano, a recusa<br />
<strong>de</strong> subscrição do tratado <strong>de</strong><br />
Kyoto pelos maiores poluidores<br />
e o médio oriente, por exemplo.<br />
Pontos positivos são referidos,<br />
como as organizações activas<br />
pelo bem da Terra e dos mais<br />
<strong>de</strong>sfavorecidos, pelo controlo da<br />
poluição, a ciência e a cultura.<br />
Por fim, não esquece a luz do<br />
espírito, a consciência do "Espírito<br />
divino" que nos levará a<br />
viver "amorosa, sábia e fraternalmente<br />
em 2005".<br />
O "Borda D'Água" é o mais<br />
conhecido dos almanaques que<br />
se publicam em Portugal. Muito<br />
conhecido se tornou nos últimos<br />
anos "O Seringador", com quem<br />
disputa a primazia no interesse<br />
dos agricultores por este tipo <strong>de</strong><br />
publicações. Obra fundamental<br />
para a feitura das previsões do<br />
tempo, para <strong>de</strong>scobrir os movimentos<br />
da natureza e para os<br />
dados astronómicos e agro-lunares<br />
e que supomos servir <strong>de</strong> suporte<br />
para os almanaques populares<br />
é o "Lunário Perpétuo" que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
há mais <strong>de</strong> 200 anos, tem servido<br />
numerosas gerações. Da<br />
autoria <strong>de</strong> Jerónimo Cortês, Valenciano,<br />
o "Lunário e Prognóstico<br />
Perpétuo" é um manancial inesgotável<br />
<strong>de</strong> notícias, avisos e <strong>de</strong>scobertas<br />
da natureza que fascina<br />
pelo que ainda hoje mantém<br />
<strong>de</strong> actualida<strong>de</strong>, apesar <strong>de</strong> ser anterior<br />
à revolução francesa <strong>de</strong> 1789.<br />
Voltemos ao nosso almanaque.<br />
Aí encontrará o leitor o que<br />
necessita se aos trabalhos da agricultura,<br />
jardinagem e pecuária se<br />
<strong>de</strong>dicar. Indispensável se torna a<br />
quem precisa <strong>de</strong> conhecer as marés,<br />
as horas do nascer e do pôr do<br />
sol, o tempo, as fases da lua, os<br />
signos do Zodíaco, os santos que<br />
diariamente abençoam os dias do<br />
calendário, as feiras, as festas e<br />
tudo o mais que preenche a vida<br />
rural.<br />
O "Borda D'Água" é, a todos<br />
os títulos, um caso notável. Aparentemente<br />
anacrónico, ele é inseparável<br />
da sabedoria popular.<br />
Quem mais que este almanaque<br />
po<strong>de</strong>ria concluir que "O Natal é<br />
para todos: o asno e a vaca também<br />
estão no presépio"?<br />
Orlando Cardoso<br />
orlccardoso@clix.pt<br />
Foi o grego<br />
Pitágoras, no<br />
século VI a. C.,<br />
quem primeiro<br />
chamou ao<br />
universo<br />
Cosmos, ou seja,<br />
or<strong>de</strong>m e beleza,<br />
daqui nascendo<br />
a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />
harmonia do<br />
macrocosmos e<br />
do<br />
microcosmos.<br />
| V | I | V | E | R | 11 |<br />
JORNAL DE LEIRIA | 13 DE JANEIRO DE 2005
JORNAL DE LEIRIA | 13 DE JANEIRO DE 2005 | V | I | V | E | R | 12|<br />
QUINTA, 13<br />
RTP1<br />
07.00<br />
10.00<br />
13.00<br />
14.10<br />
18.50<br />
20.00<br />
22.00<br />
22.15<br />
00.45<br />
02.30<br />
DOIS<br />
07.00<br />
13.00<br />
15.00<br />
18.00<br />
18.30<br />
19.30<br />
20.15<br />
20.30<br />
22.00<br />
23.30<br />
00.00<br />
01.00<br />
SIC<br />
06.45<br />
13.00<br />
14.00<br />
15.00<br />
16.45<br />
19.30<br />
20.00<br />
22.00<br />
22.30<br />
00.30<br />
01.30<br />
02.30<br />
TVI<br />
07.30<br />
10.00<br />
14.15<br />
15.30<br />
16.45<br />
18.15<br />
21.15<br />
22.00<br />
02.00<br />
02.30<br />
02.45<br />
03.30<br />
LEIRIA TEATRO JOSÉ LÚCIO DA SILVA<br />
VAMOS DANÇAR<br />
De Quinta a Quarta, às 21h30. Domingo, às 15h30.<br />
De Peter Chelsom. Com Richard Gere, Jennifer Lopez e Susan<br />
Sarandon.<br />
EXORCISTA<br />
Sábado, às 24h (Entrada livre)<br />
Bom Dia Portugal<br />
Praça da Alegria<br />
<strong>Jornal</strong> da Tar<strong>de</strong><br />
Os Lobos<br />
O Preço Certo em Euros<br />
Telejornal<br />
Contra-Informação<br />
Barcelona/Dakar 2005<br />
Lotação Esgotada:<br />
“A Última Viagem para Veneza”<br />
Sessão da meia noite:<br />
“A Revolta <strong>de</strong> Um Filho”<br />
Nós<br />
Zig Zag<br />
Liga dos Últimos<br />
A Fé dos Homens<br />
Causas Comuns<br />
Zig Zag<br />
Quiosque<br />
A Estrela É Ela<br />
<strong>Jornal</strong> 2<br />
Magazine: Cinema<br />
Conselho <strong>de</strong> Estado<br />
Universida<strong>de</strong>s<br />
Iôiô<br />
Primeiro <strong>Jornal</strong><br />
Rex, O Cão Polícia<br />
Às Duas Por Três<br />
Gabriela, Cravo e Canela<br />
New Wave<br />
<strong>Jornal</strong> da Noite<br />
Super Malucos do Riso<br />
A Senhora do Destino<br />
Crime sob Investigação<br />
Flash<br />
A Vingadora<br />
Diário da Manhã<br />
Você na TV<br />
Bora Lá Marina<br />
Coração Malandro<br />
Quem Quer Ganha<br />
Baía das Mulheres<br />
Os Batanetes<br />
Mistura Fina<br />
Just Shoot me<br />
TVI Negócios<br />
Marés Vivas<br />
A Lei da Rua<br />
| Em cartaz |<br />
LEIRIA C. CULTURAL - MERCADO SANT’ANA - TEATRO MIGUEL FRANCO<br />
NA SOMBRA DE UM RAPTO<br />
Sábado a Segunda, às 21h30.<br />
LEALDADE TRAÍDA<br />
De Terça a Quinta, às 21h30. Quarta, às 18h30.<br />
LEIRIA CINEMAS CASTELLO LOPES<br />
SALA 1<br />
AMIGAS DO MEU NAMORADO<br />
Sexta e Sábado, às 13h45, 16h30, 19h, 21h45 e 00h15.<br />
Domingo a Quinta, às 13h45, 16h30, 19h e 21h45.<br />
SALA 2<br />
OCEAN’S TWELVE<br />
Sexta e Sábado, às 13h30, 16h15, 18h45, 21h30 e 24h.<br />
Domingo a Quinta, às 13h30, 16h15, 18h45 e 21h30.<br />
ALCOBAÇA AUDITÓRIO MUNICIPAL<br />
OS SUPER HERÓIS<br />
Domingo, às 11h, 16h 2 21h30. Segunda, às 21h30.<br />
SEXTA, 14<br />
RTP1<br />
07.00<br />
10.00<br />
13.00<br />
14.10<br />
18.30<br />
20.00<br />
21.10<br />
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23.45<br />
02.15<br />
DOIS<br />
07.00<br />
13.30<br />
14.15<br />
17.00<br />
17.30<br />
18.00<br />
19.30<br />
20.15<br />
21.00<br />
22.30<br />
00.00<br />
SIC<br />
06.45<br />
09.15<br />
13.00<br />
14.00<br />
16.45<br />
17.45<br />
18.45<br />
20.00<br />
21.45<br />
22.45<br />
00.45<br />
TVI<br />
07.30<br />
13.00<br />
14.15<br />
16.45<br />
20.00<br />
21.15<br />
21.30<br />
23.00<br />
01.15<br />
04.30<br />
04.45<br />
Bom Dia Portugal<br />
Praça da Alegria<br />
<strong>Jornal</strong> da Tar<strong>de</strong><br />
Os Lobos<br />
Regiões<br />
Telejornal<br />
Pequenos em Gran<strong>de</strong><br />
Contra-Informação<br />
Gran<strong>de</strong> Noite <strong>de</strong> Fado<br />
<strong>de</strong> Lisboa 2004<br />
Sessão da Meia-Noite:<br />
“Doze Indomáveis Patifes”<br />
Nós<br />
Euronews<br />
Tudo em Família<br />
Notícias RTPN<br />
Entre Nós<br />
A Fé dos homens<br />
Zig Zag<br />
Quiosque<br />
Hora Discovery<br />
Vidas<br />
Palco: “Cantors - Uma Fé em<br />
Canções”<br />
Iôiô<br />
Uma Aventura no Verão<br />
Primeiro <strong>Jornal</strong><br />
Rex, o Cão Polícia<br />
O Jogo<br />
Cabocla<br />
Da Cor do Pecado<br />
<strong>Jornal</strong> da Noite<br />
Senhora do Destino<br />
Ídolos - Gala<br />
Lanterna Mágica:<br />
“O Inquilino Misterioso”<br />
Diário da Manhã<br />
<strong>Jornal</strong> da Uma<br />
Bora Lá Marina<br />
Quem Quer Ganha<br />
<strong>Jornal</strong> Nacional<br />
Euromilhões<br />
O Prédio do Vasco<br />
Baía das Mulheres<br />
FIlme:<br />
“Histórias <strong>de</strong> Mulheres”<br />
TVI Negócios<br />
Marés Vivas<br />
RTP1<br />
07.00<br />
09.30<br />
11.00<br />
13.00<br />
15.45<br />
16.30<br />
21.45<br />
22.30<br />
01.00<br />
02.45<br />
DOIS<br />
07.00<br />
08.00<br />
12.00<br />
15.00<br />
19.00<br />
21.45<br />
22.00<br />
22.30<br />
23.30<br />
02.00<br />
SIC<br />
09.00<br />
12.00<br />
13.00<br />
14.00<br />
15.45<br />
20.00<br />
21.15<br />
22.00<br />
00.00<br />
02.15<br />
TVI<br />
07.30<br />
10.30<br />
13.00<br />
14.00<br />
16.00<br />
18.00<br />
20.00<br />
01.00<br />
04.45<br />
BATALHA AUDITÓRIO MUNICIPAL<br />
OS SUPER HERÓIS<br />
Quinta a Segunda, às 21h30. Domingo, às 15h30 e 21h30.<br />
MARINHA GRANDE TEATRO CINE<br />
O NOVO DIÁRIO DE BRIDGET JONES<br />
De Sábado e Domingo, às 21h30.<br />
MONTE REAL CINE TEATRO<br />
ALEXANDRE, O GRANDE<br />
Sexta e Sábado, às 21h30. Domingo, às 15h30.<br />
OURÉM CINE TEATRO<br />
O TESOURO<br />
Sexta e Domingo, às 21h30.<br />
POMBAL AUDITÓRIO MUNICIPAL DE POMBAL<br />
OCEAN´S TWELVE<br />
De Quinta a Quarta, às 17h30 e 21h30; Sábado, às 17h30,<br />
21h30 e 24h; Domingo, às 17h30 e 21h30.<br />
SESSÃO INFANTIL<br />
POLAR EXPRESS<br />
Sábado e Domingo, às 15h30<br />
POMBALCINE<br />
OCEAN’S TWELVE<br />
Quinta a Sábado e Segunda e Quarta, às 16h00 e 21h00.<br />
Domingo, às 15h00, 17h30 e 21h00.<br />
SESSÃO ESPECIAL<br />
DÍÁRIO DE CHE GUEVARA<br />
Quarta, às 21h30<br />
PORTO DE MÓS CINE TEATRO<br />
O TESOURO<br />
Sexta a Segunda, às 21h30. Domingo, às 16h30 e 21h30<br />
VIEIRA DE LEIRIA CINE-TEATRO ACTOR ÁLVARO<br />
LIGAÇÃO DE ALTO RISCO<br />
De Sábado e Domingo, às 21h30.<br />
SÁBADO, 15 DOMINGO, 16 SEGUNDA, 17 TERÇA, 18<br />
RTP Crianças<br />
Mr. Bean<br />
Keepers of the Planet<br />
<strong>Jornal</strong> da Tar<strong>de</strong><br />
Smallville<br />
RTP Cinema:<br />
“Incêndio Infernal”<br />
Barcelona/Dakar 2005<br />
1, 2, 3<br />
RTP Cinema:<br />
“O Atirador”<br />
Barcelona/Dakar 2005<br />
Euronews<br />
África 7 Dias<br />
Haja Saú<strong>de</strong><br />
Desporto 2<br />
2010<br />
A Hora da Sorte<br />
<strong>Jornal</strong> 2<br />
Britcom:<br />
“My Life In Film”<br />
“Os Po<strong>de</strong>rosos Boosh”<br />
Os Limites do Terror<br />
Estes Difíceis Amores<br />
Disney Kids<br />
O Nosso Mundo<br />
Primeiro <strong>Jornal</strong><br />
Êxtase<br />
A Vingadora<br />
<strong>Jornal</strong> da Noite<br />
K7 Pirata<br />
A Senhora do Destino<br />
Sessão Especial:<br />
“Assassino Contratado”<br />
Gran<strong>de</strong> Filme:<br />
“Pela Causa”<br />
Animações<br />
Um Cãozinho Chamado Eddie<br />
<strong>Jornal</strong> da Uma<br />
Filme:<br />
“De que Planeta És Tu”<br />
Filme:<br />
“Como Agarrar um Marido”<br />
“O Caso Thomas Crown”<br />
<strong>Jornal</strong> Nacional<br />
Filme:<br />
“Linda <strong>de</strong> Morrer”<br />
A Lei da Rua<br />
OCEAN´S TWELVE<br />
SEGUNDA A SEXTA: 15h30 e 21h30.<br />
SÁBADO: 17h30, 21h30 e 24h00. DOMINGO: 17h30 e 21h30.<br />
De Oliver Stone. Com Colin Farrell, Val Kilmer e Angelina Jolie.<br />
SESSÃO INFANTIL<br />
SÁBADO E DOMINGO, ÀS 15H30<br />
POLAR EXPRESS<br />
(RESERVAS 236 210 544/ 965 130 809)<br />
RTP1<br />
07.00<br />
08.30<br />
12.00<br />
13.00<br />
14.15<br />
17.00<br />
20.00<br />
23.00<br />
01.00<br />
01.30<br />
DOIS<br />
09.00<br />
11.00<br />
13.00<br />
15.00<br />
19.00<br />
21.00<br />
21.30<br />
22.00<br />
22.30<br />
23.30<br />
SIC<br />
09.00<br />
10.00<br />
11.00<br />
13.00<br />
14.00<br />
15.00<br />
16.00<br />
20.00<br />
21.15<br />
22.15<br />
00.45<br />
TVI<br />
07.30<br />
10.30<br />
11.00<br />
13.00<br />
14.00<br />
15.45<br />
20.00<br />
02.15<br />
02.45<br />
04.45<br />
RTP Crianças<br />
Mr. Bean<br />
Lições do Tonecas<br />
<strong>Jornal</strong> da Tar<strong>de</strong><br />
Só Visto<br />
1, 2, 3<br />
Telejornal<br />
RTP Cinema<br />
“Crimes Calculados”<br />
Barcelona/Dakar 2005<br />
RTP Cinema:<br />
“Mentes Criminosas”<br />
Caminhos<br />
Brincar a Brincar<br />
A Alma e a Gente<br />
Desporto 2<br />
Portugal,<br />
um Retrato Ambiental<br />
Pop Up<br />
Bombordo<br />
<strong>Jornal</strong> 2<br />
Diga Lá Excelência<br />
Gran<strong>de</strong> Ecrã:<br />
“Vai e Vem”<br />
Disney Kids<br />
Dá-lhe Gás<br />
Uma Aventura nas Férias Gran<strong>de</strong>s<br />
Primeiro <strong>Jornal</strong><br />
Mega Ciência<br />
Rex, O Cão Polícia<br />
“Squanto - O Guerreiro”<br />
<strong>Jornal</strong> da Noite<br />
Maré Alta<br />
Herman Sic<br />
Maiores <strong>de</strong> 17:<br />
“Monster’s Ball - Depois do Ódio”<br />
Animações<br />
Um Cãozinho Chamado Eddie<br />
Missa<br />
<strong>Jornal</strong> da Uma<br />
Filme:<br />
“Clifford”<br />
MIni-série: 10.5<br />
<strong>Jornal</strong> Nacional<br />
Superliga -Fórum<br />
Filme:<br />
“A Estrela do Amor”<br />
A Lei da Rua<br />
RTP1<br />
07.00<br />
10.00<br />
13.00<br />
14.10<br />
18.15<br />
19.20<br />
20.00<br />
21.15<br />
21.45<br />
00.30<br />
01.45<br />
DOIS<br />
07.00<br />
07.30<br />
12.30<br />
13.30<br />
17.30<br />
18.00<br />
18.30<br />
19.30<br />
20.30<br />
21.00<br />
22.00<br />
22.30<br />
SIC<br />
06.45<br />
10.00<br />
13.00<br />
15.00<br />
16.45<br />
17.30<br />
19.30<br />
20.00<br />
21.45<br />
23.15<br />
00.15<br />
02.15<br />
TVI<br />
07.30<br />
10.00<br />
13.00<br />
15.30<br />
16.45<br />
20.00<br />
21.15<br />
22.00<br />
23.00<br />
00.30<br />
02.45<br />
03.45<br />
Bom Dia Portugal<br />
Praça da Alegria<br />
<strong>Jornal</strong> da Tar<strong>de</strong><br />
Os Lobos<br />
Regiões<br />
O Preço Certo<br />
em Euros<br />
Telejornal<br />
Barcelona/Dakar 2005<br />
Quem Quer Ser Milionário<br />
A Encruzilhada<br />
Sessão da Meia-Noite<br />
Nós<br />
Zig Zag<br />
National Geographic<br />
Euronews<br />
Entre nós<br />
A Fé dos Homens<br />
Causas Comuns<br />
Zig Zag<br />
A Estrela É Ela<br />
Hora Discovery<br />
<strong>Jornal</strong> 2<br />
Os Sopranos<br />
loiô<br />
SIC 10 Horas<br />
Primeiro <strong>Jornal</strong><br />
Às Duas por Três<br />
Gabriela, Cravo e Canela<br />
Cabocla<br />
New Wave<br />
<strong>Jornal</strong> da Noite<br />
Os Malucos do Riso<br />
Cabocla<br />
Levanta-te e Ri<br />
Ou Bai ou Rocha<br />
Diário da Manhã<br />
Você na TV<br />
<strong>Jornal</strong> da Uma<br />
Bons Vizinhos<br />
Quem quer ganha<br />
<strong>Jornal</strong> Nacional<br />
Os Batanetes<br />
Mistura Fina<br />
Baía das Mulheres<br />
Filme<br />
Marés Vivas<br />
A Lei da Rua<br />
| A ver vamos |<br />
VAMOS DANÇAR<br />
Alguns dos filmes mais agradáveis - e igualmente mais<br />
singelos -, são os filmes que abordam as questões que nos<br />
po<strong>de</strong>riam eventualmente atingir. A morte <strong>de</strong> um filho,<br />
per<strong>de</strong>r o emprego, ser maltratado pelos colegas da escola,<br />
etc.<br />
Neste filme - já lá vamos - temos um John Clark (Richard<br />
Gere), um homem anónimo, advogado que gosta da profissão,<br />
apesar <strong>de</strong> trabalhar <strong>de</strong>mais, gosta da mulher, Beverly<br />
(Susan Sarandon), mas falta-lhe algo, algo que ele pensa<br />
<strong>de</strong>scobrir um dia ao voltar para casa e ao passar em frente<br />
a um estúdio <strong>de</strong> dança em cuja janela ele vislumbra a<br />
bela - mas distante - Paulina (Jennifer Lopez). Inscrevese<br />
então nas aulas <strong>de</strong> dança das quartas-feiras numa tentativa<br />
<strong>de</strong> ir buscar alguma coisa que lhe falte na vida. Ou<br />
recuperar emoção. Ou eu sei lá o quê!<br />
Este filme é um remake <strong>de</strong> um filme japonês <strong>de</strong> 1996<br />
com o mesmo título (mas em nipónico) que conta exactamente<br />
a mesma história, mas com muito mais candura,<br />
com muito mais... verda<strong>de</strong> e simplicida<strong>de</strong>. No filme<br />
japonês conseguimos acreditar e gostar e sentir, porque<br />
nos sentimos um pouco aquele japonês com um ar banal<br />
e <strong>de</strong>sajeitado que <strong>de</strong> repente, num momento, <strong>de</strong>seja algo<br />
mais na sua vida. Na versão americana isso não acontece.<br />
Não se cria empatia - Gere é bonito <strong>de</strong>mais e não é<br />
gran<strong>de</strong> actor. Numa voz off, no início, ele bem se esforça<br />
para nos convencer <strong>de</strong> que a vida <strong>de</strong>le é monótona,<br />
mas <strong>de</strong> alguma forma isso não transparece, acrescido do<br />
facto <strong>de</strong> conhecermos a mulher <strong>de</strong>le, Susan Sarandon, que<br />
é encantadora <strong>de</strong>mais, uma mulher bela e genial e uma<br />
esposa fantástica, que por um acaso cómico pensa que ele<br />
tem uma amante e empreen<strong>de</strong> um investigação e contrata<br />
um <strong>de</strong>tective privado. Na versão americana, a transformação<br />
do "mangas <strong>de</strong> alpaca" <strong>de</strong>sajeitado num dançarino<br />
que apren<strong>de</strong> a conhecer o seu lado <strong>de</strong> sedutor e<br />
sensual não funciona. A ilusão não funciona. Ainda assim<br />
é um filme que não é <strong>de</strong>sagradável nem insultuoso e sobretudo,<br />
se conseguirmos ultrapassar o facto <strong>de</strong> que é o<br />
Richard Gere no papel inacreditável <strong>de</strong> um homem que<br />
até se sente aquém do que po<strong>de</strong> ser. Até dá para gostar.<br />
RTP1<br />
07.00<br />
10.00<br />
13.00<br />
14.10<br />
14.45<br />
18.30<br />
20.00<br />
21.30<br />
22.30<br />
00.30<br />
01.30<br />
DOIS<br />
07.00<br />
07.30<br />
13.00<br />
17.30<br />
18.00<br />
18.30<br />
19.30<br />
20.00<br />
20.30<br />
21.05<br />
22.00<br />
22.30<br />
SIC<br />
06.45<br />
10.00<br />
13.00<br />
14.00<br />
16.45<br />
18.45<br />
20.00<br />
21.45<br />
00.00<br />
02.30<br />
03.30<br />
TVI<br />
07.30<br />
10.00<br />
13.00<br />
14.15<br />
20.00<br />
21.00<br />
22.00<br />
23.00<br />
00.00<br />
02.45<br />
03.30<br />
03.45<br />
OFERTA DE<br />
4 BILHETES<br />
aos primeiros 2 leitores<br />
que apresentem<br />
Bom Dia Portugal<br />
Praça da Alegria<br />
<strong>Jornal</strong> da Tar<strong>de</strong><br />
Os Lobos<br />
Portugal no Coração<br />
Regiões<br />
Telejornal<br />
Barcelona/Dakar 2005<br />
Prós e Contras<br />
Sem Rasto<br />
Sessão<br />
da Meia-Noite<br />
Nós<br />
Zig Zag<br />
Zig Zag<br />
Entre Nós<br />
A Fé dos Homens<br />
Causas Comuns<br />
Zig Zag<br />
Quiosque<br />
A Estrela É Ela<br />
Hora Discovery<br />
<strong>Jornal</strong> 2<br />
Mundos<br />
loiô<br />
SIC 10 Horas<br />
Primeiro <strong>Jornal</strong><br />
Rex, O Cão Polícia<br />
Gabriela,<br />
Cravo e Canela<br />
Da Cor do Pecado<br />
<strong>Jornal</strong> da Noite<br />
A Senhora do Destino<br />
Herman Sic<br />
Bairro da Fonte<br />
Do Outro Mundo<br />
Diário da Manhã<br />
Você na TV<br />
<strong>Jornal</strong> da Uma<br />
Bora Lá Marina<br />
<strong>Jornal</strong> Nacional<br />
Ponto Por Ponto<br />
Mistura Fina<br />
Baía das Mulheres<br />
Filme<br />
Os Homens do Presi<strong>de</strong>nte<br />
TVI Negócios<br />
Marés Vivas<br />
Classificação: 2,5<br />
4 - A não per<strong>de</strong>r<br />
3 - A ver<br />
2 - Vale o dinheiro<br />
1 - Proceda com cautela<br />
0 - Não, por favor, mais não<br />
Nuno Bon <strong>de</strong> Sousa<br />
QUARTA, 19<br />
RTP1<br />
07.00<br />
10.00<br />
13.00<br />
14.10<br />
14.50<br />
18.30<br />
20.00<br />
22.15<br />
22.30<br />
02.00<br />
DOIS<br />
07.00<br />
07.30<br />
17.30<br />
18.00<br />
18.30<br />
19.15<br />
19.30<br />
20.15<br />
20.30<br />
21.00<br />
22.00<br />
23.15<br />
SIC<br />
06.45<br />
10.00<br />
13.00<br />
14.00<br />
20.00<br />
21.15<br />
21.45<br />
22.45<br />
00.00<br />
01.00<br />
03.15<br />
TVI<br />
07.30<br />
10.00<br />
13.00<br />
14.15<br />
18.15<br />
19.00<br />
20.00<br />
21.15<br />
00.00<br />
03.30<br />
03.45<br />
04.30<br />
Bom Dia Portugal<br />
Praça da Alegria<br />
<strong>Jornal</strong> da Tar<strong>de</strong><br />
Os Lobos<br />
Portugal<br />
no Coração<br />
Regiões<br />
Telejornal<br />
Barcelona/Dakar 2005<br />
Lotação Esgotada<br />
Sessão<br />
da Meia-Noite<br />
Nós<br />
Zig Zag<br />
Entre Nós<br />
A Fé dos Homens<br />
Causas Comuns<br />
Ponto Ver<strong>de</strong><br />
Zig Zag<br />
Quiosque<br />
A Estrela É Ela<br />
Hora Discovery<br />
<strong>Jornal</strong> 2<br />
Bastidores<br />
loiô<br />
SIC 10 Horas<br />
Primeiro <strong>Jornal</strong><br />
Rex, O Cão Polícia<br />
<strong>Jornal</strong> da Noite<br />
Malucos do Riso<br />
A Senhora<br />
do Destino<br />
Cabocla<br />
Crime sob Investigação<br />
Cine América<br />
A Culpa É do Macaco<br />
Diário da Manhã<br />
Você na TV<br />
<strong>Jornal</strong> da Uma<br />
Bora Lá Marina<br />
Baía das Mulheres<br />
Morangos com Açúcar<br />
<strong>Jornal</strong> Nacional<br />
Os Batanetes<br />
Filme<br />
TVI Negócios<br />
Marés Vivas<br />
A Lei da Rua<br />
o <strong>Jornal</strong> <strong>de</strong> <strong>Leiria</strong>.<br />
Válido para as sessões das 15h30 pombal