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ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE: Estudo de caso em ... - Engema

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A Contabilida<strong>de</strong> Ambiental passou a ter status <strong>de</strong> novo ramo da ciência contábil<br />

especificamente <strong>em</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1998, com a finalização do “Relatório financeiro e contábil<br />

sobre o passivo e custos ambientais” pelo Grupo <strong>de</strong> Trabalho Intergovernamental das Nações<br />

Unidas <strong>de</strong> Especialistas <strong>em</strong> Padrão Internacionais <strong>de</strong> Contabilida<strong>de</strong> e Relatórios (TINOCO e<br />

KRAEMER, 2004).<br />

Assim, segundo Freitas, Richartz e Pfitscher (2009, p. 39), “a Contabilida<strong>de</strong><br />

Ambiental po<strong>de</strong> ser entendida como uma ramificação da Contabilida<strong>de</strong>, capaz <strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nciar<br />

aspectos externos à entida<strong>de</strong>, mas diretamente ligados às suas ações.”<br />

Torna-se compreensível o surgimento da Contabilida<strong>de</strong> Ambiental quando se<br />

esclarece a importância da Responsabilida<strong>de</strong> Social (e também ambiental). Segundo afirmam<br />

Reis e Me<strong>de</strong>iros (2007, p. 34) a responsabilida<strong>de</strong> social é:<br />

[...] a consciência ética, o agir corretamente, o compromisso <strong>de</strong> “ser<br />

responsável” ao não tomar <strong>de</strong>cisões, cujas conseqüências possam ferir<br />

quaisquer interesses sociais, seja tanto <strong>em</strong> relação aos stakehol<strong>de</strong>rs internos<br />

e externos, mas também a socieda<strong>de</strong> como um todo.<br />

Nestes termos, observa-se que este t<strong>em</strong>a, além <strong>de</strong> ser objeto <strong>de</strong> estudo e meta das<br />

organizações responsáveis ambientalmente e socialmente, passa também por áreas<br />

importantes das <strong>em</strong>presas com diferentes funções, sendo inclusive objeto <strong>de</strong> marketing para<br />

promover-se diante da socieda<strong>de</strong>.<br />

Para Kotler (1995, apud DALMORO et al, 2009),<br />

o marketing ver<strong>de</strong> surge quando as <strong>em</strong>presas respon<strong>de</strong>ram às preocupações<br />

ambientais da população por meio do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> produtos<br />

ecologicamente mais seguros, <strong>em</strong>balagens recicláveis e bio<strong>de</strong>gradáveis,<br />

maior controle da poluição e operações mais <strong>em</strong>ergenciais e eficientes.<br />

Po<strong>de</strong>-se ter uma melhor dimensão do assunto quando compreen<strong>de</strong>-se que o t<strong>em</strong>a<br />

“Contabilida<strong>de</strong> Ambiental” e suas diversas vertentes ating<strong>em</strong> diretamente a socieda<strong>de</strong> como<br />

um todo, sejam investidores, clientes, não-clientes ou colaboradores.<br />

Atinge investidores, pois é menos provável que algum investidor <strong>em</strong> potencial venha a<br />

se interessar <strong>em</strong> fazer negócios com uma entida<strong>de</strong> cujos passivos ambientais sejam altos ou<br />

que esteja causando transtornos à socieda<strong>de</strong>. Clientes, pois sensibiliza os mesmos a consumir<br />

<strong>de</strong> forma consciente seus produtos, contribuindo para a preservação do planeta. Não clientes,<br />

pois <strong>em</strong>presas que não são ambientalmente responsáveis po<strong>de</strong>m vir a atingir a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

vida e saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> pessoas vizinhas à sua fábrica <strong>de</strong> produção poluidora, por ex<strong>em</strong>plo. E os<br />

colaboradores, pois a consciência social e ambiental eleva a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, minimizando<br />

probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> para as pessoas e seu entorno.<br />

Para que tudo isto fosse posto <strong>em</strong> prática pelas entida<strong>de</strong>s, foram criados instrumentos<br />

<strong>de</strong> auxílio aos gestores, que são os sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> gerenciamento. T<strong>em</strong>os como ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong>stes<br />

sist<strong>em</strong>as, entre outros, o GAIA – Gerenciamento <strong>de</strong> Aspectos e Impactos Ambientais, e<br />

SICOGEA – Sist<strong>em</strong>a Contábil Gerencial Ambiental Geração 2; sendo este último tratado a<br />

seguir.<br />

2.2 SISTEMA CONTÁBIL GERENCIAL AMBIENTAL – SICOGEA GERAÇÃO 2<br />

O SICOGEA foi inicialmente <strong>de</strong>senvolvido por Pfitscher, no ano <strong>de</strong> 2004. Seu<br />

principal objetivo é i<strong>de</strong>ntificar quais ativida<strong>de</strong>s possu<strong>em</strong> baixa eficiência ecológica,<br />

propondo-lhes soluções. Trata-se <strong>de</strong> uma abordag<strong>em</strong> contábil para análise <strong>de</strong> sustentabilida<strong>de</strong><br />

das <strong>em</strong>presas. Segundo Pfitscher (2004, p.103), as etapas principais do SICOGEA são:<br />

Integração da Ca<strong>de</strong>ia Produtiva, Gestão <strong>de</strong> Controle Ecológico e Gestão da Contabilida<strong>de</strong> e<br />

Controladoria Ambiental.<br />

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