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A <strong>CEVA</strong> <strong>DO</strong> <strong>COLONO</strong><br />
0 ANIMAL <strong>DO</strong> MATO<br />
No chão limpo do mato<br />
A ceva e arrumada<br />
Debaixo de uma arapuca<br />
Que pelos bichos e desarmada<br />
Sem perceber, o animal<br />
Fica preso na cilada<br />
0 animal cevado já nao luta<br />
à procura de seu alimento<br />
Vai direto na ceva<br />
Comer o milho que esta dentro<br />
A espingarda engatilhada<br />
Mata muitos num so tempo<br />
Quando o animal descobre<br />
Que está preso no alçapão<br />
Está fraco, ensangüentado<br />
Para entrar em ação<br />
Ja esgotou-se as forças<br />
Para escapar da prisão<br />
0 <strong>COLONO</strong><br />
0 credito,; a juros altos<br />
Os insumos e sementes<br />
As máquinas agrícolas<br />
Usado por muita gente<br />
Foi a ceva do colono<br />
Que o fez ficar dependente<br />
Um diabos juros sobem<br />
E os adubos também<br />
As máquinas encarecem<br />
Ou combustível nao tem<br />
0 colono faz a safra<br />
E nunca sobra um vintém<br />
Ai o colono descobre<br />
Com tristeza e emoção<br />
Que está endividado<br />
Numa séria situação<br />
Ve que sem forças e sozinho<br />
Nao dá prá sair da opressão.<br />
Adelino A. Cordeiro<br />
OS MONITORES DA ASSESOAR ESTÃO FAZEN<strong>DO</strong><br />
1 - 0 CULTIVO DE PLANTAS RECUPERA<strong>DO</strong>RAS <strong>DO</strong><br />
SOLO<br />
Recuperar o solo sem dinheiro mas com sabe<br />
dor ia.<br />
Tem feijão que está secando antes do tempo<br />
porque a terra está socada, cheia de inços e<br />
fraca.<br />
Como h&zoA. paAa A.ecupeAaA a noAAa teJüia ?<br />
Os Monitores Nelson Mascarei Io e Amilton Cas_<br />
tanha sabem como.<br />
0 importante é fazer com que a terra volte<br />
a ficar macia, solta e fácil de trabalhar.<br />
Para isto>devemos plantar alguma planta<br />
que tenha raiz funda (que faça as vezes de<br />
broca). Essas plantas se chamam recuperadoras.<br />
Por exemplo: feijão de porco, mucuna, lab-lab<br />
ou guandu. Podem ser plantadas no meio das<br />
carrei ras de mi 1ho.<br />
Fazendo issojagora?no verão, já estaremos<br />
dando o primeiro passo para recuperar o nosso<br />
solo. Se além de cultivar plantas recuperado-<br />
rasjaplicarmos bioferti1izantes ou estrume bem<br />
curtido/fica resolvido nosso problema, pois<br />
teremos um solo macio, rico e sem inços.<br />
Se quizerem informações ou precisarem de<br />
sementes, procurem o Departamento Técnico da<br />
ASSESOAR.<br />
2 - ESTRUME IRAS BARATAS QUE PRODUZEM BIO -<br />
FERTILIZANTES<br />
Vantagens do bioferti1 izante:<br />
Por ser líquido e produzido dentro de<br />
estrumeira fechada (coberta com lona^o<br />
trume não perde a sua riqueza para o ar.<br />
0 bioferti1izante pode ser aplicado<br />
épocas da seca sem arriscar queimar a planta<br />
como acontece com a uréia.<br />
uma<br />
es-<br />
nas<br />
Com 5.000 litros de bioferti1izante por<br />
alqueire>a terra fica recuperada. Uma saca de<br />
uréia custa quase Cr$ 20.000,00 ao passo que<br />
o bioferti1izante nao custa quase nada.<br />
Na terra de Edemar Calligari foi construí-<br />
da a primeira estrumeira para produzir biofe£
tilizante. ' MAÜ OSO<br />
Custou 8 sacos de cimento, alguns metros def)^ TSIWA<br />
cano plástico e uma ona plástica de 5<br />
metros.<br />
Como foi construída:<br />
1? Foi cavocado um buraco de 1,7m de pro<br />
fundidade, tendo dois por dois na base<br />
i* x ^ na parte de cima. Como mostra o dese<br />
29 As paredes foram bem socadas com a aju-<br />
da de uma tábua e um socador leve.<br />
3? Revestiu-se as paredes com uma mistura<br />
de solo e cimento, da seguinte maneira: 20^<br />
de cimento, 80^ de terra peneirada'. 0 revest_i_<br />
mento foi a uma espessura de 5 cm (1,5 bolsas<br />
de cimento por parede). As paredes foram re -<br />
vestidas a mão, utilizando-se uma colher de<br />
pedrei ro.<br />
4? A estrumeira é coberta com uma armação<br />
de madeira e uma lona plástica preta de ma-<br />
neira que não entre praticamente ar.<br />
59 Depois de dez dias,pode-se começar^ a<br />
encher a estrumeira colocando estrume e água<br />
mais ou menos na mesma proporção (meio a meicj.<br />
6? Depois de três meses de enchidayo bio-<br />
fertilizante estará bem curtido e pronto para<br />
aplicar na lavoura.<br />
Para pensar:<br />
- Von. que, o QOVQJIYIO &Z ZnteAeAAa. tanto m<br />
colocaA dLetSLÍciídadí no -LntQAÁon. e. não 4e<br />
tntQA.iíi>i>a na conàt/LUção de eJ>tsumton.eJ> baAatoi- paAa mulhona/L aò tQAÂOÁ<br />
da cotonta?<br />
- Von. que não -óe ^azm &xpeAÁ,mctaís pa/ta<br />
tcòtajt o vaton. do bto{íeAtLtLzant& e fazendo<br />
com que a cotÔnta cxtja bmcfiZctos pafia a<br />
promoção e co nó ilação cie ob^iaó boAatxu, e<br />
ãíeXò pana oi> p&qumoi, agntcuItofLZA? E a<br />
EmateA, que dtz?<br />
- POA. quz o aQfitcultoK. compxa zittume, .en-<br />
laçado e joga ^o^a o dele que e pfioduztdo pe-<br />
Iüò 4eu.4 poficoà, vacaÁ e botA?<br />
3 - PLANTIO DIRETO SEM USAR HERBICIDAS<br />
Conserve a terra, trabalhe para você e não<br />
para as multinacionais.<br />
0 mais importante para se fazer o plantio<br />
direto é ter um solo macio e livre de inços.<br />
Por issoja primeira condição é a de ter<br />
um solo bem recuperado.<br />
Na resteva do trigo ou da aveia,pode ser<br />
feito o plantio direto da soja, sem usar<br />
herb ic idas.<br />
P*6f>AtoNO0 PARA<br />
Outra forma de se fazer o plantio direto ê<br />
semeando mucuna (preta ou amarela), quando o<br />
milho já estiver pendoando, deixando a mucuna<br />
cobrir a resteva do milho. Fazendo assim,, a<br />
mucuna cobre o solo, evitando a erosão e não<br />
deixando inçar a terra.<br />
Quando começarem as geadas,a mucuna, com<br />
todo o seu baraço, seca e fica fácil de pas -<br />
sar a plantadeira.<br />
Preparo mínimo do solo:<br />
Uma outra maneira de melhorar e aproveitar<br />
a terra no inverno é plantar viça e aveia,sen^<br />
do que não deve ser deixada crescer mui to,Pa-<br />
ra isto ê bom se fazer um corte ou pastejo dj_<br />
reto. Assim, na hora de semear o milho, pode-<br />
se envergar os carreiros para plantar milho<br />
no meio da viça que depois, com o calor, vai<br />
morrer deixando o solo coberto, impedindo o<br />
aparecimento de inços e a perda do solo. \<br />
Para pensar:<br />
- Po-t qae extite tanío -cncentíuo paAa o<br />
plantio dhteto? Sena que e pata beneitetan. o<br />
aQntcultotL ou ai, fiábsiicai, muíttnactonaLi de<br />
hen.btcída6 ?
4 - PRODUZIR CARNE DE BOI COM AS SOBRAS DE<br />
PASTO, RESTEVAS E INÇOS<br />
A colônia só vai melhorar o dia que cuidar<br />
dos bois e das vacas.<br />
0 melhor jeito de recuperar o solo é tendo<br />
pastos e an ima is.<br />
0 principal problema é a falta de cercas.<br />
Mas^a forma mais fácil de resolver esse pro -<br />
blema^e colocando uma cerca elétrica , que<br />
custa muito pouco (50 ou 60 mil cruzei ros) e<br />
pode funcionar a bateria ou com a energia da<br />
casa, subst i tuindo/com um fiojBOO a ^tOOm de<br />
cerca comum.<br />
0 gado pode aproveitar os inços para pro-<br />
duzir carne e adubar a terra.<br />
Um inço muito comum mas muito bom para<br />
o gado, é o papua.<br />
Tendo-se cerca elétrica pode-se fechar a<br />
roça com papua, lá pelos meses de março e<br />
abril, e botar os animais dentro. Assim,; va-<br />
mos deixar sementear o papuã e estaremos pro-<br />
duzindo carne.<br />
Pode-se fazer a mesma coisa com as plantas<br />
recuperadoras,, tipo gundú, lab-lab ou mucuna ,<br />
como está explicado no Ttem n? 1,<br />
No começo, as vacas estranham o pasto dife-<br />
rente>tipo lab-lab, mas,depois/comem com<br />
vontade.<br />
MOTIMEMT©<br />
Ao iniciarmos o ano de 198^, poderemos ver<br />
os grandes acontecimentos que ocorreram na<br />
vida sindical no ano de 1983.<br />
1. No sudoeste do Paraná, surge mais um<br />
Sindicato dos Trabalhadores Rurais, é no mu-<br />
nicípio de Pranchita, antigamente destrito de<br />
Santo Antônio do Sudoeste. Os agricultores ,<br />
reunidos em Assembléia Geral, criaram o sindi<br />
cato, faltando somente o reconhecimento do<br />
Governo Federal, feito pelo Ministério do<br />
Trabalho. Os agricultores de Pranchita, estão<br />
otimistas e esperam que a Carta Sindical seja<br />
logo reconhecida. Com a criação deste novo<br />
sindicato, a Micro-Região 1-A do Sudoeste<br />
passa a ter mais um sindicato que participará<br />
das reuniões periodicamente.<br />
2. A nível de municípios, regiões e EstadQ<br />
foram vários os fatos acontecidos, mas a<br />
^eu^o<br />
C 0 N C L U S Â\ 0<br />
Os monitores agrícolas estão fazendo expe-<br />
riências e produzindo de forma diferente por-<br />
que sabem que o pequeno não pode pensar com<br />
cabeça do grande.<br />
Estas experiências sao alguns exemplos das<br />
atividades dos monitores que defendem os<br />
interesses dos pequenos. No próximo número,,<br />
continuaremos dando mais exemplos se os<br />
associados acharem proveítoSC-<br />
Para pensar:<br />
SeAa qaz o-ó ■ilncLLccU.oA, coopeAotivaò, I-<br />
gizja, Aca/ipa, utRo ajudando a oA.gayiíza/L oò<br />
píqaínoò agfiiciiíton.ti6 pana pfiomovzn. uma agnl-<br />
cuttuÂja voltada paria a moÂkoHÁJX da pn.odução e<br />
da. vi.da doA tfiabaíhadon.2J> n.unaÁj>?<br />
1IMBICA1<br />
nível nacional, poderemos citar 2 momentos im<br />
portantes: A realização dos CONCLATs de São<br />
Bernardo do Campo - SP e de Praia Grande - RJ,<br />
No CONCLAT de São Bernardo do Campo, que<br />
foi convocado e, realizado pelos sindicalistas<br />
mais combativos, foi criado a CUT (Central 0-<br />
nica dos Trabalhadores) que tem por objetivo<br />
unir todos os trabalhadores para que, assim,<br />
tenham mais força em suas lutas.<br />
No CONCLAT de Praia Grande - RJ, que foi<br />
convocado pelos sindicalistas moderados e pe-<br />
legos, foi apontado uma Comissão Nacional das<br />
Classes Trabalhadora (CONCLAT)<br />
Esses dois encontros foram importantes,po-<br />
is começamos ver claramente quem é quem, isto<br />
é, quem quer fazer um trabalho com os traba -<br />
lhadores e quem está no sindicato para ser<br />
servido pelos trabalhadores, no nosso caso,a-<br />
gri cultores.<br />
0 ano de 198^, vai ser importante na vida<br />
sindical, pois, através dos trabalhos que se-<br />
rão realizados por cada um de nós, agriculto-<br />
res, haverá possibilidade de clarear mais as<br />
coisas e, assim, nos organizarmos para enfre-<br />
tarmos unidos as nossas dificuldades..<br />
PARA PENSAR E DISCUTIR<br />
/. Como você dí.faeSLe.ncia um òZndLcato com-<br />
bativo de um pclcgo?<br />
2. Poh. que existem maio ò-íudicatoò peícgos e<br />
menoi i>lndicato& combatívoò?
mE ICJ ILn Sü 1^ sa<br />
A MULHER. O CROCHÊ E A VIDA<br />
Há muito tempo se diz que é importante a<br />
mulher tomar parte nas coisas da vida e do<br />
mundo. ,<br />
Certa vez, disseram que por trás de cada<br />
grande homem, se escondia uma grande mulher e,<br />
então, enganaram todas elas.<br />
Com essa idéia, no mundo inteiro, coloca<br />
ram a mulher em segundo plano e fizeram dela<br />
apenas uma serva do homem.<br />
E, por isto, até hoje as pessoas pensam que<br />
a mulher nasce apenas para casar e criar fi-<br />
lhos, para cuidar do lar e esperar o mando<br />
com tudo pronto, senio sua função de dona de<br />
casa está fracassada. E fizeram da mulher um<br />
ser humano de segunda categoria, e o mundo se<br />
arrasou em guerras, violências e pacotes do<br />
Del fim...<br />
A mulher, no Brasil, é um ser quase escra-<br />
vo. Escrava do marido, dos filhos e do mundo<br />
doméstico, trabalha três vezes mais e ganha<br />
muitas vezes menos.<br />
A mulher aprende que em casa tudo<br />
estar sempre arrumadinho, perfeito.<br />
Com isso, o marido nunca vê o peso<br />
trabalho duro e chato, achando que lhe<br />
somente reclamar e exigir tudo em ordem<br />
na casa de sua mie.<br />
deve<br />
deste<br />
resta<br />
como<br />
Todos queremos a igualdade da mulher, a<br />
valorização de suas idéias e de seu duro<br />
trabalho. , ' c-<br />
Mas, depende também de cada uma delas. So<br />
a mulher pode ajudar a si mesma, começando a<br />
ter coragem de se interessar pelo que aconte-<br />
ce fora do lar. _ _<br />
É preciso que a mulher faça inscrição^ e<br />
participe de um partido político e freqüente<br />
seus debates e convenções. É preciso que a<br />
mulher fale nas reuniões, nas salas de aula<br />
contra o capitalismo que prega a exploração<br />
como doutrina da vida.<br />
Tudo começará no momento em que a mulher<br />
parar de fazer somente crochê e coisas que<br />
pertence só ao lar e começar a ler, buscar in_<br />
formações, aprender na vida aquilo que a<br />
televisão ensina errado.<br />
A mulher ainda pode ser feliz, basta que-<br />
rer ,v • „ ri Itamar Mui tóWJi ^àl<br />
ÃE E AGRICULTORA<br />
AS MAIORES EXPLORAÇÕES<br />
Dentro do sistema que explora os trabalha^<br />
dores, a mulher sempre tem sido a maior víti-<br />
ma. Para as que não são exploradas somente der^<br />
tro de casa e que, por condições econômicas,<br />
são obrigadas a trabalhar fora, sofrem varia-<br />
dos tipos de exploração ou também exploram as<br />
companheiras. Por exemplo, as empregadas do-<br />
mésticas, formam uma categoria quase que<br />
escravizada pelo excesso de trabalho, pelo<br />
■salário muito baixo (muitas não recebem nem<br />
meio salário mínimo) e que nao conseguiran nem<br />
mesmo os direitos que constam na CLT (Consolj_<br />
dação das Leis Trabalhistas). Como exemplo^po<br />
demos citar que a doméstica só tem 20 dias<br />
de férias (que dificilmente ela tem o direito<br />
de tirar, pois quase nunca se viu empregada<br />
doméstica em férias), ela nao recebe 13° sa-<br />
lário, não tem sindicato, nao tem registro em<br />
carteira e não tem, portanto, a assistencia do<br />
INANPS.<br />
Muitas dessas empregadas sao explora<br />
das por mulheres que trabalham fora de casa<br />
porque se julgam libertas, mas dentro de casa<br />
elas oprimem.<br />
SeJiá que. algum pode. òZA tib&vtxidon., Iò-<br />
cAavsizando ?<br />
Outro caso de exploração é o das mulheres<br />
que trabalham o dia inteiro em casa e as seis<br />
horas da tarde vão fazer limpeza em bancos ,<br />
mercados, e outros lugares. Há firmas em que<br />
a mulher trabalha durante toda a noite, das<br />
10 da noite ãs seis da manhã.<br />
Muitas mulheres enfrentam outro serio pro<br />
blema, que é a prostituição. É o que acontece<br />
com grande parte das menores migrantes, ^ que<br />
vêm para as grandes cidades não têm qualifica^<br />
çio profissional, não tem condições de estu-<br />
dar, precisam trabalhar e acabam vendendo seu<br />
próprio corpo para poder sobreviver.<br />
Muito se fala que a mulher deve partici<br />
par mais, que sua presença ainda é muito pou-<br />
ca nas reuniões e encontros ou nas lutas ^ de<br />
trabalhadores. Ou muitas vezes ela e critica-<br />
da por ser uma figura apagada dentro do con<br />
testo social.<br />
Para pensar:<br />
- PO^L que. a mulheA po/Ltícxpa muMto pouco<br />
de. atívldadeA iojia do laA?<br />
- VoK. que. nao ká mulheAU mpmhadcu na<br />
lata òlndlcal junto com oò tAabalhadofie.ò?^<br />
- Sem. que. a culpa e ho dela* ou o pioptuo<br />
sindicato e. que. não aceita ou nao motiva a<br />
mulheA a pantic-ipa/i?<br />
Fala-se que a mulher deveria participar ^<br />
mais, juntamente com os companheiros que ja<br />
lutam há muito tempo, porque nao se pode che-<br />
gar a objetivo nenhum se existirem movimentos<br />
separados. Cada um lutando para um lado.
JOTEMS<br />
0 FUTURO É VOSSO<br />
cristãos, que estão dando sua vida, assim<br />
como Cristo deu sua vida pelos po<br />
FRQNTEIMi-MIÃDÁ_ÂQ=ÍÂÇ||SQTÇ=-y|IÊLi bres e humildes; diga que estão aqui a-<br />
MQLIM2_§EÜ_EáBQÇQ. • •<br />
prendendo a ser valentes sob a chuva de<br />
água e de balas, sofrendo o inchaço e<br />
entorpecimento das pernas nas caminha -<br />
Olá irmão Uriel, espero que continue das, sofrendo privações de festas, cine<br />
orando diariamente por nós (...) que ma, namorada, dos pais, de camas confor<br />
nos encontramos na montanha da nossa táveis para dormir e de boa alimentação<br />
cristã e revolucionaria Nicarágua. para que nossas crianças cantem, saltem<br />
Uriel, se você visse que raiva nos e corram alegres pelos parques, para<br />
dã, saber que caíram 17 irmãos, que rai que os 3ovens possam divertir-se sem<br />
va saber que foram 300 os que os ataca- medo de que chegue um contrarevolucxona<br />
ram(...K Como I bonito saber que nos-'rio e os castigue pelo delito de serem<br />
sos irmãos morreram como valentes e co- jovens. _<br />
mo verdadeiros revolucionários, capazes Diga-lhes que, se cairmos na luta,<br />
de dar tudo e atl o que um jovem tem de isso e o que queremos: que proclamem e<br />
mais precioso: sua vida. sintam-se orgulhosos de saber que essa<br />
j ■ comunidade, como no passado, continua<br />
Se soubesse como e reconfortante sa tendo jovens dispostos a morrer pelo<br />
ber que eles caíram (...) para defender seu povo^ dispostos a morrer para que<br />
as conquistas alcançadas por nosso po n£o se diga que aqui os cristãos não<br />
vol... Ê grandioso saber que eles cai sgo desejados, pois nos estamos demonsram<br />
para que nunca mais senam necessa - trando ue entre "cristianismo<br />
rios outros Luis A1 f on e revoso_q^<br />
.fritem^da luçio ^ h- contradição".<br />
entrada de sua Igreja denunciando cr<br />
mesl Se voei visse, Uriel, como e extraordinário<br />
sentir-se orgulhoso de<br />
seus irmãos que, assim como Cristo,oferecem<br />
sua vida pelos explorados e oprimidos<br />
de ontem.<br />
E eles morreram felizes porque sabem<br />
que milhões de jovens, com seus exemplos,<br />
se integrarão na luta pela libertação<br />
completa de^nosso país. E por<br />
eles morreremos nos, os que ainda conti<br />
nuamos na luta. Não^pensamos dar um so<br />
passo atrás;(...) nos retomamos hoje<br />
seu exemplo, suas idéias, suas esperanças<br />
(...), sentimos vibrar em nossos<br />
ouvidos seus cantos, suas esperançasC. .),<br />
sentimos vibrar em nossos ouvidos seus<br />
cantos, suas consignas e esse "Bravo,em<br />
frente" que nos alenta e anima a buscar E sabe 0 que mais lhe pedimos? Que<br />
forças e energias ate nas pedras para d^ga ao papa Jog0 paulo n qUe vocês<br />
continuar a luta. sg0 testemunhas de que aqui não se per-<br />
Uriel, diga a seus paroquianos que segue a Igreja e que foram vocês que<br />
aqui estão seus jovens que fizeram a nos enviaram em nome de Cristo com aque<br />
primeira comunhão em sua Igreja, aque- Ia alegre missa que nos nao esquecemos<br />
les loucos que sairam com pistolas 22, (...), se morrermos para garantir a<br />
facões, paus e pedras para terminar de tranqüilidade do nosso povo, nao nos<br />
uma vez por todas com a ditadura do importa, pois sabemos que existem 1111irmão<br />
menor de Satanás, aqueles meninos Ihões de jovens a espera de empunhar o<br />
que, faz três anos apenas, sairam de fuzil para tomar nosso lugar e defender<br />
suas casas para dirigir-se ãs montanhas a alegria do nos no povo a custa de<br />
e levar o pão do ensino ã nossos ir- suas vidas, para ver crianças correrem<br />
mãos camponeses e que voltaram da mon- felizes, jovens cantarem com vistas<br />
tanha convertidos em jovens dispostos a um futuro cheio de esperanças.<br />
integrar-se por inteiro ao povo.<br />
Diga Uriel ã sua e nossa comunidade At- ^reve irmão,<br />
que aqui estão esses jovens que ^eles<br />
viram crescer, tornando-se verdadeiros
ssi^immo. (Ol^SSPir 1 !^<br />
Como falamos no último número, a carta<br />
da visita de Frei Betto ã América Central<br />
continua neste número. Estávamos na parte<br />
em que relata alguns atentados e atos terro-<br />
ristas que ele mesmo presenciou no decorrer a<br />
penas de uma semana.<br />
"... Na mesma semana,, outro avião bombarde-<br />
ou o porto de Corinto, do qual dependem todas<br />
as exportações e importações. Graças a defesa<br />
anti-aérea os tanques da Esso não explodiram.<br />
Caso contrário, a populaçáo de Corinto teria<br />
sido fatalmente afetada. Todas as bombas 1 eram<br />
de fabricação norte-americana. Em CorintO/hou<br />
ve apenas a perfuração de um tanque com subs-<br />
tâncias qufmicas, suficiente para contaminar<br />
todo o alimento da cidade, provocar intoxica-<br />
ção e obrigar a transferência provisória dos<br />
moradores. No mesmo dia, 18 agricultores fo-<br />
ram degolados na fronteira norte por uma<br />
patrulha somozista e, no sul, mais um avião<br />
contra-revolucionário foi derrubado pelos<br />
sand in istas.<br />
0 mais pesaroso - e preocupante enquanto<br />
fato político e contra-testemunho evangélico<br />
- é constatar que, diante das flagrantes a-<br />
gressoes somozistas e imperia 1istas, o episco<br />
pado nicaraguense nao disse até agora uma sõ^<br />
palavra. Os sacerdotes diocesanos são proibi-<br />
dos de celebrar funerais dos soldados e mi-<br />
licianos mortos em combate. A Associação do<br />
Clero Nicaraguense (ACLEN) foi dissolvida . Nas<br />
bodas sacerdotais de Monsenhor Obando, arce -<br />
bispo de Manágua, celebrou-se a missa solene<br />
e três pessoas foram afusivamente aplaudidas<br />
pelos presentes: Mons.Obando (isensado pela<br />
burguesia como quem salvará Nicarágua do<br />
Comunismo ateu...), o embaixador norte-ameri-<br />
cano e o diretor do jornal "LA PRENSA" (que<br />
louva a "paz" de Reagan para a América Cen-<br />
tral e nunca noticia as agressões).<br />
Minha consciência de cristão e de homem<br />
de igreja exige que torne públicas minhas in-<br />
quietações frente ã situação eclesial em Ni-<br />
carágua... antes que seja tardei Se de um<br />
lado a vitalidade evangélica cresce entre as<br />
CEBs rurais e urbanas, nutrida pelo esforço<br />
abnegado e pelo heroísmo de leigos e religio-<br />
sos que comunguem a partilha do pão da vida<br />
que efetivamente se vive entre os povos da<br />
Nicarágua, de outro lado causa escândalo a<br />
atitude dos bispos locais: cercados pela<br />
burguesia, procuram deslegitimar o Governo do<br />
país e guardam absoluto silêncio diante das<br />
agressões sofridas por seu povo. Nem um só<br />
apelo em favor da paz! Nem uma só palavra ou<br />
gesto para com as mães dos mártires e heróis<br />
que se sacrificaram na defesa da soberania da<br />
pátria! Quando fal^am, é para solapar a legiti<br />
midade da Revolução, como no recente documen"<br />
Soldados sandinislas patrulham a fronleira Norte da Nicarágua<br />
to a respeito do Serviço Militar Patriótico ,<br />
em que todo jovem de 18 a 25 anos deverá pres<br />
tar dois anos de serviço militar e os de 25<br />
a 40 anos serão considerados força de reserva<br />
do país. Embora nenhum episcopado se tenha<br />
pronunciado contra os serviço militar obriga-<br />
tório em países capitalistas (cujas forças ar<br />
madas defendem interesses de uma minoria) e<br />
os bispos cubanos exijam que seus seminaris -<br />
tas prestem serviço militar, os bispos da<br />
Nicarágua ousam utilizar o argumento de<br />
"objeção de consciência" e estimulam aberta -<br />
mente a desobediência civil no momento em que<br />
o país é invadido por agressores acampados em<br />
Honduras e Costa Rica, treinados, armados e<br />
financiados - oficialmente - pelos Estados U-<br />
n idos.<br />
Constatei que esse contra-testemunho con -<br />
funde dolorosamente a fé dos pobres, leva a<br />
juventude a ter vergonha de se declarar cris-<br />
ta, fortalece certas tendências políticas par<br />
tidárias que consideram o ateísmo sinal de<br />
maturidade ideológica, reforça o fanatismo re<br />
ligioso de setores contra-revolucionários que<br />
apoiam e cercam os bispos, aviva os fantasmas<br />
do anticomunismo. Nunca como agora, houve na<br />
Nicarágua, tantas aparições da Virgem, ima<br />
gens que choram, milagres... em indubitável<br />
manipulação política dos sentimentos religio-<br />
sos do povo.<br />
(No próximo numero continua)
MOTICIAS<br />
ENFIM, 0 SOL<br />
Os padres franceses, Aristides Camio e<br />
Francisco Gouriou, juntamente com os 13<br />
posseiros do Araguaia, que estavam presos in-<br />
justamente, foram soltos na madrugada do dia<br />
16 de dezembro. Eles ficaram presos dois anos<br />
e, ultimamente, aguardavam julgamento numa<br />
cela da Volteia Federal.<br />
Em liberdade, Aristides Camio disse: "A<br />
gente tem que agradecer mesmo toda a solida -<br />
riedade, todas as rezas, as orações todas<br />
que foram feitas para a gente. Tudo isso nos<br />
deu força, muita força"<br />
Agradeceu o apoio e a visita da CNBB, dos<br />
sindicalistas, das entidades democráticas,dos<br />
sindicatos dos lavradores, dos deputados, de<br />
"tanta gente que é difícil fazer uma lista".<br />
Essa solidariedade toda ajudou a ele e a<br />
seu amigo, padre Chico, a suportar na cadeia<br />
"esse tempo ruim".<br />
Os dois passaram o Natal em Conceição do<br />
Araguaia, a 500 quilômetros de São Geraldo.,<br />
com os bispo D. Patrício Honraram.<br />
PREPARAN<strong>DO</strong> A VITORIA FINAL<br />
0 Exercito perde progressivamente a guerra<br />
A guerrilha controla novas zonas. Em abril<br />
ela (a guerrilha) aniquilou uma companhia do<br />
batalhão "Sierpe"; em agosto deu um dos mais<br />
duros golpes nas forças governamentais: 300<br />
baixas efetivas em um batalhão de infantaria.<br />
Até agora, houveram 515 baixas entre mor-<br />
tos e feridos para os guerrilheiros. Os<br />
guerrilheiros causaram, por sua vez, 3,481<br />
baixas para o exercito; em 8 meses de conflito.<br />
Como os guerrilheiros atacam em movimento,<br />
o exercito vai recuando e se espalhando e,<br />
por isso, esta se desgastando e aniquilando .<br />
Pouco a pouco, segundo o comunicado dos diri-<br />
gentes revolucionários, vai se desenvolvendo<br />
a etapa dos combates decisivos onde se busca<br />
o desgaste e o enfraquecimento em grande escji<br />
Ia do exército.<br />
Reagan, Presidente dos Estados Unidos, a-<br />
juda o governo Opressor de El Salvador, com<br />
assessores, armamentos e dinheiro.<br />
Mas o exército popular de libertação, con-<br />
tando com unidades, batalhões e destacamentos<br />
e usando estratégia bem sucedida (emboscadas,<br />
sabotagens, ataques a postos fixos, ações em<br />
movimento, ofensivas...), está destruindo aos<br />
poucos as forças governamentais de elite e<br />
se preparando, com as massas, para a insurre_i<br />
çao, para a vitória definitiva.<br />
ASSEMBLÉIA DA ASSESOAR<br />
No dia 16 de janeiro próximo, acontecerá<br />
mais uma Assembléia Ordinária para^fins de<br />
eleição, prestação de contas, relatórios e<br />
conclusões de procedimentos da ASSESOAR para<br />
o ano de 84.<br />
Convidamos a todos para se fazerem prese£<br />
tes e pedimos para os que não devolveram a<br />
Ficha de Associação que tragam no dia 16/01<br />
ou enviem. Obrigado.<br />
A NOVIDADE jg "FONTE NOVA"<br />
Dois membros da juventude beltronense re-<br />
solveram instalar, em Francisco Beltrão, a<br />
LIVRARIA FONTE NOVA.<br />
Dizem os jovens iniciadores que a Livra -<br />
ria Fonte Nova preenchera umà lacuna em ter-<br />
mos regionais e serã um novo estilo em Livra<br />
ria, pois, alem de oferecer um ótimo material<br />
(livros de formação, discosjfitas, cartões e<br />
material escolar), pretende ser uma presença<br />
cultural constante, desenvolvendo gincanas e<br />
shows culturais e concursos que possibilitem<br />
a revelação dos valores regionais.<br />
A inauguração' esta marcada para o dia 15<br />
de janeiro de 1984, as 15:00 horas, com show<br />
de musica, declamações, teatro, bem como<br />
distribuição de muitos prêmios.<br />
CONFISSãO vo ikiumw<br />
Pecko CaÁaldãllQO.<br />
Von. ondz paòAeÁ, planteÂ<br />
a ceAca<br />
ficuipada,<br />
planteU, qatimada.<br />
Von. onde<br />
paòAeÁ.,<br />
pZantoÁ<br />
a mofvtQ, matada.<br />
?on. onde. poó-ócx<br />
matei<br />
a t/vibo catada,<br />
a fioça iuada,<br />
a tenAa. eApetuxda...<br />
Von. onde pai&eÁ.<br />
tendo tudo em ZoÁ,<br />
ea plantei o nada.
Os três primeiros mandamen-<br />
tos, se referem diretamente a<br />
Deus. Pedem para nos lembrar de<br />
que Deus se preocupa conosco e<br />
muito nos ama, por isso, deve-<br />
mos tê-lo como nosso único De-<br />
us, respeitar seu santo nome.<br />
Os últimos 7 mandamentos,se<br />
aplicam mais a nós mesmos e ao<br />
nosso comportamento na socieda_<br />
de, como irmãos. Jesus assumiu<br />
os 10 mandamentos num só,quan-<br />
do disse: "Amcii-voi como eu<br />
VOò arneÁ. - tmoji a. VeuA e CLOò<br />
ÁJmão-i>".<br />
Neste mês, vamos refletir so<br />
bre o k° mandamento, que diz:<br />
"HonAa tm pai é tua mae, pa/ta<br />
quid i, fiatoa a noAAOò<br />
paú)" - o que quer dizer que<br />
Deus falou às autoridades^ em<br />
idade, sabedoria e experiência.<br />
Como, no tempo dos judeus, a<br />
família era patriarcal, honrar<br />
os pais significava honrar as<br />
autoridades do lugar.<br />
0 governo mau daquela época,<br />
se aproveitava da autoridade<br />
para dominar o povo. Todos os<br />
que tinham autoridade (políti-<br />
cos, fiscais, intermediários..)<br />
usavam dela (autoridade) para<br />
tirar vantagens pessoais e<br />
oprimir, principalmente os<br />
pobres e mulheres (cfe I Sa-<br />
muel 8,11). Por isso, Deus<br />
disse que se souberem respei -<br />
tar as pessoas, todos terão<br />
vida longa.<br />
Com a orientação de Deus,<br />
o povo se organizou em comuni-<br />
dade. Cada família tinha um<br />
pai e uma mãe, e várias famí -<br />
lias formavam uma tribo, que<br />
era representada (1iderada)por<br />
JB^ n i^ iLa n cjs^<br />
um elemento da tribo. Assim<br />
(ao contrário da época do Fa-<br />
raó onde muitos eram dominados<br />
por uns poucos tubarões) era<br />
tudo de igual para igual.<br />
Deus disse que ele era o<br />
dono da terra e a dava de pre<br />
sente a todos oS seus filhos,<br />
contrariando os poderosos que<br />
queriam tirar a terra do povo,<br />
impedindo-os de ter uma vida<br />
longa.<br />
Quando surgia algum proble-<br />
ma na comunidade, o povo mesmo<br />
resolvia, sem chamar gente do<br />
governo ou ir ã'justiça,pagan-<br />
do advogados. E aquilo que a<br />
comunidade decidia. Deus apro-<br />
vava (Mt. 18,15).<br />
Assim, nascia o respeito pe^<br />
los adultos e pelos pais - e<br />
o pai de todos os pais é Deus;<br />
o Deus que não quer que um ir-<br />
mão domine outro irmão, pois<br />
ninguém é mais do que ninguém.<br />
E hojz, como 2 que. utao ai><br />
c,oli>aJi>1 Hivüto cii^eJKLntQÁ? 0<br />
quí uocêó acham?<br />
Certas autoridades, hoje ,<br />
usam e abusam do poder e do<br />
dinheiro do povo. Alguns nunca<br />
descem do cargo e, com muito<br />
dinheiro, compram terras ou<br />
fazem projetos contra o povo<br />
simples, que, levando uma vida<br />
desgraçada, têm o seu tempo<br />
de vida encurtada. Que o digam<br />
os que ganham salário mínimo ,<br />
os que trabalham em ambientes<br />
ruins, fazendo horas extras,os<br />
que não tem terra, etc. Os ve-<br />
lhos são abandonados e as<br />
pessoas, depois de certa idade,<br />
não conseguem mais emprego.<br />
5eAá que Vom concorda com<br />
tAÒO?<br />
No tmpo dói, Jad&iU, o go-<br />
veA.no não ajudava o povo, c<br />
hoje? Como?<br />
Pafia -óe defendeu, o povo<br />
teve que i>e ofLgantzaA. Com que<br />
ofiQanizaçõeii podmois contan.?<br />
HOòòOò Qfiupoi, de fieilexão<br />
cAÁjm maÁÁ amofi, unÁxio, ajuda<br />
e fe?<br />
0 que você entende poti hon-<br />
fvxn. pai e mãe?<br />
?e. ?e/iin.<br />
PLANTAS MEDICINAIS<br />
Se vooe chegou ao Novo Ano<br />
ãe 1984 com saúde, louve ,. a<br />
Deus e lute para oont-inuav a<br />
protegê-la, desenvolvê-la e<br />
enri-queoê-la.<br />
Mas, não se esqueça que mui-<br />
ta gente não teve esta ventura:<br />
■íniaiaram o ano doentes, oom<br />
fome e sem oandições de melho-<br />
rar, sem a ajuda de algum ir-<br />
mão. É nosso desejo continuar<br />
através do Camhota, alertando<br />
e apelando ã responsabilidade<br />
de todos aresaerem no espírito<br />
oomunitãrio e revelando os<br />
valores alimentícios e medici-<br />
nais das plantas e ervas, tão<br />
abundantes no nosso meio. Como<br />
a Campanha da Fraternidade de<br />
1984 terá como Slogan: " Pccra<br />
que Todos Tenham Vida", nos<br />
continuamos motivados de cola-<br />
borar, em conjunto, para defen-<br />
der, preservar ou recuperar a<br />
VIVA.<br />
BERGAMOTA - (ou Mexerica )<br />
Quem i que nao gosta destas<br />
frutas?<br />
Contém muitas vitaminas ,<br />
sais minerais e um excelente<br />
diurético. As sementes sao usa<br />
das para combater a pressão ai<br />
ta. Para isso;ponha,ã noite ,<br />
num copo d'água 6 a 8 sementes<br />
e tome em jejum^pela manha .<br />
De suas flores, extrai-se uma<br />
essência utilizada em perfuma<br />
rias. O óleo da casca da fruta,<br />
ajuda curar várias doenças de<br />
pele.<br />
Chá feito das folhas e das<br />
cascas do tronco são ura bom<br />
estimulante, fortificante, da<br />
um bom tônico, favorece a di -<br />
gestão,combate gases e faz bem<br />
aos nervos.<br />
CABELO DE MILHO:<br />
bom<br />
colhe-lo quando ainda verde na<br />
espiga e secá-lo ã sombra. Seu<br />
chá ê um poderoso diurético ,<br />
portanto, recomendado tomar 1<br />
litro por dia para baixar a<br />
pressão, nas. afecçoes da bexiga<br />
e dos rins e para os que<br />
têm areia nos rins e sentem<br />
dores ao urinar. Os reunia ticos<br />
e os que sofrem da gota hidro£<br />
sia tem, com seu chá, um bom<br />
meio de desintoxicar o organis<br />
mo.<br />
Ir. Cirilo.