o olhar materno:um enfoque no narcisismo. - Sigmund Freud ...

não recebe. Naquele dia, me senti uma vagabunda. Tive um orgasmo” (sic). Lúcia
salienta que após este episódio, nunca mais conseguiu ter orgasmo.
Quando estava namorando seu primeiro namorado, falou para sua mãe que
gostaria de transar. Nesta época, estava com 14 anos. Para sua surpresa, a mãe disse que
ela não poderia fazer isso, que só poderia transar depois que casasse.
No ano de 2006, sua avó lhe contou que quando sua mãe ficou sabendo que da
gravidez, disse para o médico que não queria ter o bebê. Embora compreendesse que ela
era muito nova, fica um sentimento de “ela não me quis e não é bom sentir isso” (sic).
A paciente teve quatro namorados e sempre se sentiu muito insegura com eles.
Refere que “sempre acontece a mesma coisa: “quando me sinto insegura, acabo logo o
relacionamento” (sic). Tem medo que eles acabem com ela. Comenta que tem muita
dificuldade de ficar sozinha. Desde que teve seu primeiro namorado, seguiu engatando
um namoro no outro.
Ainda neste ano de 2006, teve vontade de engravidar, parando de usar
anticoncepcional. Refere que tem uma amiga que teve um filho e esta disse que um filho
é alguém que ninguém pode tirar. Comenta que queria ter um bebê para não ficar
sozinha.
Atualmente, Lúcia tem trazido questões referentes ao olhar. Diz: “Acho que
quero mesmo é ter alguém. Não importa quem seja. Acho que não consigo ficar
sozinha. Sabe, é muito forte isso que eu sento, mas sinto que o Igor não me vê”. Igor é
seu atual namorado.
Em outra sessão, comenta:
queria que a minha mãe pudesse me ver. Não queria que ela
tivesse ido embora. Quando namorei meu segundo namorado,