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A Podridão Negra da Videira (desdobrável) - DRAP Centro

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A PODRIDÃO NEGRA DA VIDEIRA<br />

Inglês - Black rot | Castelhano - Podredumbre negra | Italiano - Marciume nero | Alemão - Schwarzfaüle<br />

Doença <strong>da</strong> videira que causa estragos<br />

em folhas, pecíolos, pâmpanos e cachos.<br />

Causa<strong>da</strong> pelo fungo Guignardia bidwellii (Ellis)<br />

Viala & Ravaz, cujo anamorfo é Phyllosticta<br />

ampelici<strong>da</strong> (Engleman) Van der Aa.<br />

As videiras são susceptíveis de infecção a<br />

partir do estado fenológico de ponta verde.<br />

Nesta fase, o risco de infecção será maior em<br />

vinhas onde na campanha anterior ocorreu<br />

um forte ataque de podridão negra.<br />

Este risco pode ser minorado pela aplicação<br />

de medi<strong>da</strong>s culturais, nomea<strong>da</strong>mente a eliminação<br />

de restos de cultura infectados.<br />

Foto 1.<br />

Na Primavera, na sequência de períodos<br />

chuvosos com temperaturas amenas,<br />

ocorrem as primeiras contaminações que<br />

levam ao aparecimento dos primeiros<br />

sintomas <strong>da</strong> doença. Estes surgem, em<br />

folhas, como pequenas manchas de forma<br />

circular e de cor inicialmente acinzenta<strong>da</strong>.<br />

Foto 2.<br />

As manchas podem surgir isola<strong>da</strong>s na<br />

superfície <strong>da</strong>s folhas ou agrupa<strong>da</strong>s <strong>da</strong>ndo<br />

origem a uma mancha de maior dimensão.<br />

Rapi<strong>da</strong>mente as manchas vão adquirindo<br />

uma tonali<strong>da</strong>de castanha clara.<br />

Foto 3.<br />

Numa fase mais adianta<strong>da</strong>, as manchas<br />

de cor castanha surgirão rodea<strong>da</strong>s de um<br />

halo de cor castanha escura.


Foto 4.<br />

Com o auxílio de uma lupa, são visíveis,<br />

sobre as manchas, pontuações de côr escura<br />

(seta), os primeiros sinais <strong>da</strong> doença.<br />

Estas “pontuações” são frutificações do<br />

estado assexuado (anamorfo) do fungo -<br />

Phyllosticta ampelici<strong>da</strong> - designa<strong>da</strong>s por<br />

picnídios. Em Portugal não há, até à <strong>da</strong>ta,<br />

referência <strong>da</strong> presença do estado sexuado<br />

do fungo - Guignardia bidwellii.<br />

Foto 6.<br />

...que poderão surgir sobre a forma de<br />

manchas necrosa<strong>da</strong>s quer em folhas, quer<br />

em pâmpanos e pecíolos.<br />

Foto 5.<br />

Visualização ao microscópio de um picnídio<br />

(A) libertando milhares de conídios<br />

(B). A esporulação ocorre em condições<br />

de eleva<strong>da</strong> temperatura e forte humi<strong>da</strong>de<br />

(segundo alguns autores o óptimo<br />

será de 27°C com humi<strong>da</strong>de relativa de<br />

90%) originando inúmeras infecções secundárias...<br />

Foto 7.<br />

Sobre estas manchas são visíveis os picnídios.


Se a Primavera continuar húmi<strong>da</strong> e com<br />

temperaturas eleva<strong>da</strong>s, a doença irá<br />

atingir o cacho.<br />

A época de maior sensibili<strong>da</strong>de do cacho<br />

à podridão negra é o período entre a fase<br />

fenológica de botões florais separados /<br />

floração e a fase de fecho do cacho.<br />

Foto 8.<br />

Sintomas iniciais nos bagos. Sobre a superfícies<br />

dos bagos é visível uma mancha<br />

redon<strong>da</strong> de cor clara, em torno <strong>da</strong><br />

qual se desenvolve uma podridão de<br />

cor mais escura que afecta parte <strong>da</strong> superfície<br />

do bago.<br />

Foto 9.<br />

Lentamente, a podridão envolve todo o<br />

bago que se apresenta de cor par<strong>da</strong>centa<br />

e começa a enrugar.<br />

Foto 10.<br />

Sobre a superfície deprimi<strong>da</strong> do bago<br />

começam a ser visíveis os picnídios (seta)<br />

Foto 11.<br />

Os bagos secam (mumificam), desaparecendo<br />

a polpa e ficando a película<br />

agarra<strong>da</strong> à grainha. Muitos permanecem<br />

agarrados ao ráquis.<br />

Foto 12.<br />

Sobre a superfície<br />

dos bagos<br />

mumificados<br />

surgem inúmeros<br />

picnídios.


Elaborado por: Jorge Sofia<br />

Direcção Regional de Agricultura e Pescas do <strong>Centro</strong>/Direcção de Serviços de Agricultura e Pescas/Divisão de Protecção e Quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Produção.<br />

Estação de Avisos do Dão, Estra<strong>da</strong> de S. João <strong>da</strong> Carreira, 3504-504 Viseu. e- mail: jorge.sofia@drapc.min-agricultura.pt<br />

Fotos do autor. Foto 7, gentilmente cedi<strong>da</strong> pela Engª Van<strong>da</strong> Pedroso do CEVDão<br />

Foto 13.<br />

Bagos afectados numa fase<br />

tardia (após fecho do cacho)<br />

em que são visíveis infecções<br />

incipientes sobre os bagos.<br />

Foto 14 e 15.<br />

Os cachos contaminados<br />

(foto 14) que permanecem<br />

na vinha, nomea<strong>da</strong>mente<br />

os caídos ao solo (foto 15),<br />

constituirão o inóculo potencial<br />

para a infecção na campanha<br />

seguinte.<br />

Métodos de controlo<br />

Medi<strong>da</strong>s culturais:<br />

Estas medi<strong>da</strong>s destinam-se a reduzir o inóculo e a limitar a propagação <strong>da</strong> doença.<br />

• Remoção de varas infecta<strong>da</strong>s, cachos e bagos mumificados e sua destruição pelo fogo;<br />

• Enterramento, por mobilização, de todos os restos de cultura que não foi possível retirar.<br />

Luta química:<br />

A luta química contra esta doença é recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> quando ocorrem Primaveras chuvosas:<br />

• A partir <strong>da</strong> ponta verde em vinhas que sofreram fortes ataques no ano anterior, ou em<br />

regiões que sofram forte pressão <strong>da</strong> doença.<br />

• Nas restantes vinhas, na fase de maior sensibili<strong>da</strong>de a esta doença, entre o início <strong>da</strong><br />

floração e o fecho dos cachos.<br />

• À <strong>da</strong>ta encontram-se homologados, em Portugal, para combate à podridão negra<br />

diversos produtos fitossanitários com base nas seguintes substâncias activas ou misturas<br />

de substâncias activas: azoxistrobina, azoxistrobina + folpete, mancozebe + metalaxil-M,<br />

tebuconazol + trifloxistrobina e bentiavalicarbe-isopropilo + mancozebe.<br />

Ministério <strong>da</strong> Agricultura,<br />

Mar, Ambiente e<br />

Ordenamento do Território<br />

<strong>DRAP</strong> <strong>Centro</strong><br />

Direcção Regional<br />

de Agricultura e Pescas<br />

do <strong>Centro</strong>

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