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TAP | Relatório Anual 2011 - LUMO TRANSPORT

TAP | Relatório Anual 2011 - LUMO TRANSPORT

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RELATÓRIO<br />

ANUAL<br />

<strong>2011</strong>


Índice<br />

05 GRUPO <strong>TAP</strong><br />

06 Mensagem do Presidente do Conselho Geral e de Supervisão<br />

08 Entrevista com o Presidente do Conselho de Administração Executivo<br />

10 Estrutura Acionista do Grupo <strong>TAP</strong><br />

12 Governo da Sociedade<br />

12 > Modelo de Governo Societário<br />

12 > Órgãos Sociais<br />

29 RELATÓRIO DE GESTÃO <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A.<br />

30 Perfil<br />

32 Indicadores<br />

34 Desenvolvimento Sustentável do Grupo <strong>TAP</strong><br />

36 Factos Marcantes<br />

38 Lisboa como porta da Europa<br />

40 Síntese do Desempenho<br />

43 Principais Indicadores do Grupo <strong>TAP</strong><br />

44 Análise da Conjuntura<br />

47 Estratégia<br />

50 Desempenho das Empresas do Grupo <strong>TAP</strong><br />

50 <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

52 > Unidade Negócio Transporte Aéreo<br />

68 > Unidade Negócio <strong>TAP</strong> Serviços<br />

78 > Unidade Negócio Manutenção e Engenharia<br />

86 Sistemas de Informação e Desenvolvimento Tecnológico<br />

88 Recursos Humanos<br />

90 Outras Atividades do Grupo <strong>TAP</strong><br />

104 Gestão do Risco<br />

110 Desempenho Económico-Financeiro do Grupo <strong>TAP</strong><br />

114 Perspetivas para 2012<br />

118 História da <strong>TAP</strong><br />

123 RELATÓRIO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A.<br />

124 Demonstrações Financeiras Consolidadas<br />

190 <strong>Relatório</strong> de Auditoria<br />

192 Proposta de Aplicação de Resultados<br />

194 Demonstrações Financeiras Individuais<br />

219 RELATÓRIO DO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO <strong>2011</strong><br />

<strong>TAP</strong>, SGPS<br />

222 ABREVIATURAS E GLOSSÁRIO


4 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong>


Grupo <strong>TAP</strong> 5<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

01<br />

Grupo<br />

<strong>TAP</strong>


6 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

MENSAGEM DO PRESIDENTE<br />

DO CONSELHO GERAL<br />

E DE SUPERVISÃO<br />

Após a recuperação de 2010, a aviação comercial foi de novo confrontada<br />

em <strong>2011</strong> com fatores de instabilidade, que se refletiram<br />

numa pronunciada quebra da rentabilidade global do setor.<br />

A atividade económica global abrandou consideravelmente e intensificou-se<br />

a tendência altista do combustível iniciada em 2009,<br />

desta vez impulsionada mais pela instabilidade da conjuntura política<br />

global do que por pressão da procura. Esta escalada elevou o<br />

preço do jet fuel a níveis preocupantemente mais próximos do pico<br />

de 2008.<br />

A sustentabilidade de muitas companhias aéreas ficou assim de<br />

novo seriamente ameaçada, quer por via do impacto direto no<br />

aumento dos custos de exploração quer, no caso das companhias<br />

tradicionais, também indiretamente, pelo acirramento da concorrência<br />

das Low Cost Carriers (LCCs), induzido pela maior vulnerabilidade<br />

da estrutura de custos destas companhias de baixo custo às<br />

variações daquele preço.<br />

Foi pois, num contexto adverso de estagnação económica, forte<br />

pressão do custo do combustível e acentuada transformação estrutural<br />

da Indústria, que se desenvolveu a atividade da <strong>TAP</strong> em <strong>2011</strong>.<br />

O resultado positivo alcançado neste ano pela <strong>TAP</strong>, S.A., negócio<br />

fulcral do Grupo, compara favoravelmente com a média das congéneres<br />

europeias merecendo por isso devido destaque.<br />

Para esse resultado, concorreram principalmente, do lado da procura,<br />

os aumentos da taxa de ocupação e do yield, e do lado dos<br />

custos, ganhos de eficiência apreciáveis, decorrentes da implementação<br />

do plano de redução de custos, ganhos que possibilitaram<br />

uma compensação, ainda que parcial, do brutal aumento da fatura<br />

do combustível.<br />

Por outro lado, a nível do Grupo <strong>TAP</strong> intensificaram-se em <strong>2011</strong> os<br />

processos, em curso, de restruturação das duas empresas associadas<br />

ainda deficitárias, SPdH e <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia<br />

Brasil. Deram-se passos significativos no plano da recuperação<br />

operacional de ambas, e no caso do handling encontra-se já em<br />

vias de finalização uma solução estrutural. Mas não foi ainda possível,<br />

neste exercício, alcançar o equilíbrio das respetivas contas,<br />

facto que veio a penalizar o resultado consolidado do Grupo.<br />

A <strong>TAP</strong> levou a cabo, ao longo da última década, uma expansão considerável<br />

da sua frota, rede de operações e nível de atividade. Além<br />

disso – como o atestam os vários indicadores relevantes –, operou<br />

uma profunda transformação da sua estrutura e organização<br />

interna, com reflexos positivos na eficiência, qualidade e diversidade<br />

do serviço que presta aos clientes. As suas práticas de governo<br />

societário experimentaram também significativos aperfeiçoamentos<br />

nesse período.<br />

Daí resultou, nos dias de hoje, uma empresa bem mais eficiente<br />

e competitiva, que já demonstrou, pelo seu desempenho efetivo<br />

durante esses anos, estar preparada em termos operacionais para<br />

enfrentar com sucesso os imensos desafios do mercado global.<br />

No entanto, para assegurar a futura sustentabilidade económica e<br />

financeira da <strong>TAP</strong>, importa, além das referidas condições já hoje presentes,<br />

dotar também a Empresa de uma base de capital próprio<br />

suficientemente robusta, de que não dispõe atualmente.<br />

A anunciada privatização da <strong>TAP</strong> abre assim a perspetiva de, por<br />

essa via, se vir a realizar a urgente recapitalização da Empresa,<br />

indispensável para reduzir o risco financeiro e viabilizar a sua expansão<br />

futura.<br />

Como grande desígnio estratégico nacional, afigura-se também<br />

essencial assegurar nesse processo, através do máximo alinhamento<br />

possível do interesse dos futuros acionistas da <strong>TAP</strong>, a<br />

manutenção e desenvolvimento do hub de Lisboa como grande<br />

plataforma das ligações aéreas do País e Europa com os países de<br />

língua portuguesa.<br />

Em vésperas do início de um novo ciclo na história da <strong>TAP</strong> é, pois,<br />

em atitude expectante, mas também de confiança no futuro da<br />

Empresa, que, em nome do Conselho Geral e de Supervisão saúdo<br />

a Administração, Trabalhadores e Colaboradores da <strong>TAP</strong>, exprimindo<br />

o nosso agradecimento pelo notável contributo que, muitas<br />

vezes com enorme sacrifício pessoal, têm dado em prol da<br />

Empresa.<br />

Manuel Pinto Barbosa<br />

Presidente do Conselho Geral e de Supervisão


Grupo <strong>TAP</strong> 7<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong>


8 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

ENTREVISTA COM FERNANDO PINTO<br />

Presidente do Conselho de Administração Executivo<br />

A <strong>TAP</strong> SA obteve em <strong>2011</strong> um resultado líquido<br />

positivo de 3,1 milhões de euros. Na demonstração<br />

de resultados, apesar de todos os outros indicadores<br />

terem sido positivos, nota-se o peso dos<br />

custos com combustível, que aumentaram 37,1%<br />

face ao ano anterior. É este o fator a destacar?<br />

Sem dúvida, a fatura do combustível foi um fator<br />

negativo importante. Nós conseguimos um bom<br />

crescimento da operação, aumentámos em 5,7%<br />

as horas voadas, tivemos um crescimento proporcional<br />

de 5,9% na oferta (PKO), mas a procura<br />

(PKU) cresceu ainda mais, na ordem dos 8,5%, o<br />

que nos trouxe, em termos de eficiência, resultados<br />

bastante positivos.<br />

É importante sublinhar que todos esses fatores<br />

de crescimento se devem principalmente ao lançamento<br />

de 10 novas rotas em <strong>2011</strong>: na Europa,<br />

Dusseldorf, Bordéus, Manchester, Viena, e Atenas;<br />

em África, Bamako, Accra e S. Vicente e, nas<br />

Américas, Miami e Porto Alegre. Apesar de se tratar<br />

de novas rotas, conseguiu-se obter algo que<br />

não é muito comum na Indústria, uma boa taxa<br />

de ocupação logo nos primeiros tempos de operação,<br />

o que, por sua vez, nos permitiu atingir uma<br />

boa taxa média de ocupação em toda a rede,<br />

de 76,3%.<br />

Infelizmente, em contraponto, a fatura do combustível<br />

cresceu 37%, o que implicou custos adicionais<br />

de perto de 200 milhões de euros. Isso<br />

praticamente neutralizou todos os outros indicadores<br />

positivos. Os ganhos de eficiência que tivemos<br />

não foram suficientes para contrabalançar os custos<br />

com combustível.<br />

A <strong>TAP</strong> lançou 10 novas rotas, teve uma ligeira<br />

redução do Pessoal de Terra e um ligeiro crescimento<br />

do Pessoal Navegante… Como é possível<br />

uma companhia que já tem níveis de eficiência<br />

acima da média e uma taxa muito elevada de utilização<br />

das aeronaves, sem comprar mais aviões,<br />

lançar 10 novas rotas num ano, sem praticamente<br />

reduzir a oferta nas rotas que já operava?<br />

Isso é muito importante e demonstra a criatividade<br />

do pessoal da <strong>TAP</strong> e porque é que a <strong>TAP</strong> vem<br />

tendo ganhos de eficiência constantes nos últimos<br />

anos. Praticamente com a mesma base de pessoal<br />

e de aviões, na verdade, a Empresa consegue<br />

inaugurar 10 novos destinos que, e isso é de sublinhar,<br />

começam logo a apresentar sucesso, com<br />

ótimo aproveitamento dos lugares oferecidos.<br />

Parece quase um passe de magia…<br />

É verdade. Estamos bastante acima da média das<br />

companhias europeias em nível de eficiência, de<br />

utilização de aeronaves, de custo na operação,<br />

estamos sempre entre as três ou quatro companhias<br />

mais eficientes da Europa, e isso é notável.<br />

Na verdade, <strong>2011</strong> é mais um ano importante, em<br />

que conseguimos ultrapassar grandes adversidades,<br />

como o preço do combustível. O facto de termos<br />

conseguido um resultado positivo – ainda que<br />

reduzido, mas positivo – é uma exceção dentro da<br />

Indústria a nível europeu e uma grande vitória, que<br />

tem merecido destaque no setor.<br />

Num ano em que a competição se intensificou,<br />

com Portugal a ser procurado por cada vez mais<br />

companhias, a <strong>TAP</strong> obtém estes resultados… A<br />

<strong>TAP</strong> está a vencer o desafio da concorrência de<br />

que é alvo?<br />

Eu diria que as Low Cost Carriers (LCC) “descobriram”<br />

Portugal e reforçam cada vez mais a sua<br />

oferta, que tem registado um crescimento muito<br />

forte, mas a <strong>TAP</strong> tem conseguido ser criativa também<br />

nisso e até tem conseguido aumentar as vendas<br />

em determinadas ligações onde entram as<br />

“Praticamente com a mesma<br />

base de pessoal e de aviões, na<br />

verdade, a Empresa consegue<br />

inaugurar 10 novos destinos que,<br />

e isso é de sublinhar, começam<br />

logo a apresentar sucesso, com<br />

ótimo aproveitamento dos lugares<br />

oferecidos.”<br />

LCC, porque acaba por participar também nesse<br />

novo mercado que aparece com elas. Por ter um<br />

número de frequências elevado, graças à operação<br />

do hub, a <strong>TAP</strong> oferece maior flexibilidade<br />

e opção de horários para muitos destinos. Além<br />

disso, através de um revenue management eficaz,<br />

conseguimos oferecer passagens com preços<br />

muito competitivos, diria que também a baixo<br />

custo, mas com níveis de serviço <strong>TAP</strong>.<br />

Um ponto muito interessante é que devido a este<br />

tipo de práticas, conseguimos maior ocupação<br />

dos lugares oferecidos e um aumento da receita<br />

por lugar/km, o que demonstra que não houve<br />

uma diluição do valor da passagem. Isto não é<br />

uma tendência da Indústria. A <strong>TAP</strong> conseguiu um<br />

leve crescimento da receita média e a multiplicação<br />

dos dois, receita média por ocupação, dá um<br />

valor muito expressivo. Isto é o que todas as companhias<br />

procuram, ganho da eficiência por lugar/<br />

km oferecido.<br />

E isso não implica a degradação da qualidade do<br />

serviço da <strong>TAP</strong>?<br />

Não, pelo contrário, nós temos sempre procurado<br />

ser mais eficientes na prestação do serviço a<br />

bordo sem perda de qualidade. Temos conseguido


algumas reduções de custo, mas através de<br />

mudanças no serviço de bordo que nos trazem,<br />

ainda assim, melhoria da qualidade. Há alguns<br />

casos em que as mudanças podem não ter correspondido<br />

às preferências dos passageiros, e são<br />

analisadas e reestruturadas até que se atinja o nível<br />

que é esperado pelos clientes da <strong>TAP</strong>, que é bastante<br />

elevado. A qualidade do serviço faz parte do<br />

código genético da <strong>TAP</strong>.<br />

Em <strong>2011</strong>, o projeto do novo aeroporto de Lisboa<br />

foi “congelado”. A <strong>TAP</strong> foi ouvida nessa decisão,<br />

tem alguma posição sobre o assunto?<br />

Não se coloca a questão de a <strong>TAP</strong> ser ouvida ou<br />

não, o arranque da construção do novo aeroporto<br />

neste momento é uma impossibilidade. O que nos<br />

dá alguma esperança é o facto de a ANA também<br />

estar, em paralelo com a <strong>TAP</strong>, em processo de privatização.<br />

Temos a informação de que ainda é<br />

possível fazer alguns investimentos no atual aeroporto,<br />

que permitirão ainda algum crescimento<br />

da nossa operação, mas um novo aeroporto será<br />

sempre necessário no futuro. Por enquanto, temos<br />

de conviver com a impossibilidade de avançar com<br />

o projeto do novo aeroporto e adaptar-nos ao que<br />

se pode fazer na Portela.<br />

O ano passado, a economia portuguesa começou<br />

a sentir de forma mais premente sérias dificuldades<br />

de financiamento. A <strong>TAP</strong> também tem<br />

necessidade de se financiar no mercado, sentiu<br />

as dificuldades que afetam a generalidade da<br />

economia?<br />

A <strong>TAP</strong> tem conseguido, em termos médios e ano<br />

após ano, reduzir o seu endividamento. Quando<br />

comparada com outras companhias europeias, a<br />

<strong>TAP</strong> tem um rácio de endividamento em linha com<br />

a média. Ora, se a <strong>TAP</strong> tem esse rácio dentro da<br />

média, se tem demostrado capacidade de pagar e<br />

até reduzir a sua dívida, estes fatores ajudam bastante<br />

à obtenção de refinanciamento. Temos uma<br />

equipa excecional nas nossas Finanças, que tem<br />

tido a capacidade de fazer boas negociações e<br />

que tem conseguido juros a níveis muito razoáveis<br />

dentro do mercado. Isso tem a ver com a estratégia<br />

da Empresa, que é conservadora neste capítulo,<br />

temos um histórico sólido de cumprimento<br />

e demonstramos capacidade de crescimento<br />

assinalável.<br />

A M&E Brasil continua a penalizar os resultados<br />

do Grupo <strong>TAP</strong>…<br />

Sim, não é uma novidade, tal como não é novidade<br />

que continuamos a considerá-la um investimento<br />

estratégico que vai demorar algum tempo a<br />

ter retorno. Hoje, é previsto que atinja o equilíbrio<br />

em 2015, mas a verdade é que estamos prestando<br />

serviços de manutenção num dos mercados que<br />

mais cresce no mundo e somos a única empresa<br />

independente a fazê-lo, e estou a falar da América<br />

Latina como um todo, não só do Brasil. Temos tido<br />

sucesso na reestruturação total da empresa em<br />

termos da sua estrutura de custos e no aumento<br />

da eficiência e crescimento da receita. Diria que a<br />

maioria das ações tomadas em <strong>2011</strong> vai começar<br />

a produzir resultados já este ano. Em <strong>2011</strong>, aliás,<br />

a M&E Brasil já teve um crescimento do volume<br />

de negócios de 23% em relação ao ano anterior,<br />

de 51 para 63 milhões de euros. A perspetiva é<br />

de crescimentos ainda maiores. A qualidade de<br />

serviço é hoje de nível internacional e reconhecida<br />

também graças a todo o apoio da Manutenção<br />

e Engenharia de Portugal, que se empenhou no<br />

desenvolvimento de novos processos, na venda<br />

integrada de serviços entre Portugal e Brasil…<br />

Hoje, a qualidade e dimensão das duas organizações<br />

de manutenção juntas torna-as uma referência<br />

a nível internacional.<br />

Na <strong>TAP</strong> M&E de Portugal, contudo, houve uma<br />

redução de resultados.<br />

A M&E em Portugal vinha registando bons crescimentos<br />

em anos sucessivos, mas em <strong>2011</strong> houve<br />

de facto uma descontinuidade nesse crescimento.<br />

Isso prende-se com o aspeto da manutenção<br />

de motores de terceiros, que teve uma redução,<br />

também com novas aeronaves no mercado que<br />

ainda não necessitam de grandes intervenções<br />

de manutenção e com alguns clientes terceiros<br />

que têm problemas financeiros. Mas é um quadro<br />

comum a todas as empresas de manutenção,<br />

que demonstram dificuldades de crescimento. De<br />

qualquer modo, para 2012, prevemos que a M&E<br />

em Portugal retome o seu crescimento.<br />

Sobre o desempenho da PGA em <strong>2011</strong>, mantém-<br />

-se o balanço positivo?<br />

A PGA tem sido um fator importante de contribuição<br />

positiva para os resultados da <strong>TAP</strong>, pelo<br />

volume de passageiros que traz para alimentar,<br />

principalmente, os voos de longo curso. Isso não<br />

se alterou em <strong>2011</strong>.<br />

Há quem refira a necessidade de renovar a frota<br />

da PGA. Concorda?<br />

A frota da PGA não é pouco eficiente nem antiga,<br />

os Embraer 145 são praticamente iguais aos que<br />

hoje estão a sair da fábrica e, com a manutenção<br />

de excelência da PGA, têm operado como novos,<br />

com níveis de fiabilidade de despacho altíssimos.<br />

O Fokker ainda é um avião muito utilizado, mesmo<br />

por companhias low cost, ainda é bastante eficiente,<br />

tem uma aviónica moderna e que graças<br />

à manutenção da PGA, tem mantido uma boa<br />

performance.<br />

“A <strong>TAP</strong> tem conseguido, em termos<br />

médios e ano após ano, reduzir<br />

o seu endividamento. Quando<br />

comparada com outras companhias<br />

europeias, a <strong>TAP</strong> tem um<br />

rácio de endividamento em linha<br />

com a média.“<br />

Como é que o principal ativo de qualquer<br />

empresa, o Cliente, tem avaliado o crescimento<br />

e evolução da <strong>TAP</strong>?<br />

A resposta que posso dar é referir o extraordinário<br />

reconhecimento que a <strong>TAP</strong> tem obtido nos grandes<br />

galardões internacionais. Em <strong>2011</strong>, nos World<br />

Travel Awards, a <strong>TAP</strong> voltou a ganhar os “óscares”<br />

do turismo, sendo considerada pelo terceiro ano<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 9<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

“O problema económico e financeiro<br />

na Europa afeta diretamente<br />

as vendas de passagens<br />

de uma companhia aérea, mas<br />

a <strong>TAP</strong> tem conseguido ultrapassar<br />

a turbulência e vai continuar<br />

a fazê-lo.”<br />

consecutivo a melhor companhia do mundo para a<br />

América do Sul e, pela primeira vez, também para<br />

África. Este reconhecimento foi uma enorme vitória,<br />

sobretudo tendo em conta o número de companhias<br />

europeias que operam para o continente<br />

africano.<br />

Como perspetiva a <strong>TAP</strong> em 2012?<br />

A <strong>TAP</strong> foi, em <strong>2011</strong>, e face à forte crise internacional,<br />

uma empresa vencedora. A nossa preocupação<br />

para 2012 é o preço do petróleo e, sobretudo,<br />

a estabilidade social dentro da Empresa. Essa<br />

questão preocupa-nos, porque os conflitos laborais<br />

destroem o ambiente de negócios, além de<br />

afetarem fortemente o setor do turismo. O próprio<br />

país pode perder a posição que já conquistou no<br />

mercado. Em termos de combustível, mantemos a<br />

possibilidade de fazer hedging, a nossa intenção<br />

é termos um volume maior de combustível com o<br />

preço de compra protegido. Vamos prosseguir a<br />

política de crescimento continuado, com melhor<br />

utilização dos equipamentos, sem qualquer investimento<br />

em novas aeronaves, mas melhorando<br />

a frota – destacando, nesta matéria, a renovação<br />

total dos interiores de cabina dos A340, que<br />

já estavam a ficar desajustados e passarão a oferecer<br />

conforto e qualidade de nível superior –, de<br />

forma a ultrapassar esta tempestade. O problema<br />

económico e financeiro na Europa afeta diretamente<br />

as vendas de passagens de uma companhia<br />

aérea, mas a <strong>TAP</strong> tem conseguido ultrapassar<br />

a turbulência e vai continuar a fazê-lo.<br />

Este será mesmo o ano da privatização da <strong>TAP</strong>?<br />

Esta questão tem-se repetido nos últimos anos e<br />

a privatização não tem avançado.<br />

Há um dado novo nesse capítulo, que é um compromisso<br />

formal do Estado português para que a<br />

privatização se concretize. Isso está, portanto, a<br />

ser encarado de forma diferente, o que, somado<br />

ao interesse que temos visto de outras empresas,<br />

exatamente pelo posicionamento estratégico da<br />

<strong>TAP</strong> e por tudo o que tem sido alcançado ao longo<br />

dos últimos anos, permite acreditar que a privatização<br />

será feita. Há vontade de privatizar e há<br />

interessados em participar nesse processo, estão<br />

portanto reunidas todas as condições.<br />

Além de um novo acionista, o que será diferente<br />

numa <strong>TAP</strong> privada?<br />

A grande diferença é que teremos capital para<br />

continuar o processo de crescimento, não dependendo<br />

de capital de terceiros. Com isso, a <strong>TAP</strong><br />

passará a ter resultados muito melhores. Não<br />

tenho dúvidas de que o processo será concluído<br />

com inegáveis vantagens para a <strong>TAP</strong>.


10 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

ESTRUTURA ACIONISTA DO GRUPO <strong>TAP</strong><br />

a 31 dezembro <strong>2011</strong><br />

No final de <strong>2011</strong>, o Grupo das empresas que se encontravam no perímetro de consolidação<br />

da holding <strong>TAP</strong> era constituído pela <strong>TAP</strong>−Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A.<br />

e subsidiárias, de acordo com a organização representada no esquema.<br />

<strong>TAP</strong>–Transporte<br />

Aéreo<br />

100%<br />

<strong>TAP</strong>, S.A.<br />

<strong>TAP</strong>–Manutenção<br />

e Engenharia<br />

<strong>TAP</strong> Serviços<br />

51% 47,64%<br />

<strong>TAP</strong>, SGPS, S.A.<br />

100% Parpública<br />

* Controlo detido por entidade independente, de acordo com determinação da Autoridade da Concorrência.<br />

99%<br />

<strong>TAP</strong>–Manutenção<br />

e Engenharia Brasil, S.A.<br />

1%<br />

AEROPAR<br />

100%<br />

Portugália, S.A.<br />

6% 43,9% 50,1%<br />

SPdH, S.A.<br />

*<br />

CATERINGPOR<br />

L.F.P.<br />

MEGASIS<br />

U.C.S.<br />

100%<br />

<strong>TAP</strong>GER, S.A.<br />

51%<br />

51%<br />

100%<br />

100%


Grupo <strong>TAP</strong> 11<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong>


12 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

GOVERNO<br />

DA SOCIEDADE<br />

Modelo de Governo Societário<br />

No ano de <strong>2011</strong> completa-se o triénio 2009-<br />

-<strong>2011</strong> do mandato dos Órgãos Sociais da<br />

<strong>TAP</strong>, SGPS e da <strong>TAP</strong>, S.A.. A gestão prosseguida<br />

no quadro do modelo dualista de<br />

governo societário em vigor, confirmou a<br />

importância da estreita cooperação entre<br />

o órgão executivo e o órgão de supervisão,<br />

num ano que se caracterizou por dificuldades<br />

conjunturais muito significativas. A<br />

partilha de experiências e de visões na definição<br />

e desenvolvimento dos objetivos do<br />

Grupo, nomeadamente na tomada de decisões<br />

mais críticas, ganhou sustentação na<br />

colaboração e apoio mútuos, no aprofundamento<br />

das melhores soluções ou das soluções<br />

possíveis, que se colocaram à gestão<br />

executiva neste período de turbulência e<br />

incerteza, que envolve a Europa e que se<br />

reflete na vida das Empresas.<br />

A informação sobre regulamentos,<br />

Estatutos e atividade dos Órgãos<br />

Sociais da Empresa pode ser obtida<br />

através da consulta do website do<br />

Grupo <strong>TAP</strong> www.flytap.com.<br />

Órgãos Sociais<br />

<strong>TAP</strong>–Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A.<br />

<strong>TAP</strong>, S.A.<br />

Por deliberação em Assembleia Geral de 2 de Junho de 2009, para o triénio 2009–<strong>2011</strong>.<br />

Mesa da Assembleia Geral<br />

Presidente Dr. Paulo Manuel Marques Fernandes<br />

Vice-Presidente Dr. António Lorena de Sèves<br />

Secretário Dr.ª Orlanda do Céu S. Sampaio Pimenta d’ Aguiar<br />

Estrutura dos Conselhos de Administração Executivos,<br />

dos Conselhos Gerais e de Supervisão e das Comissões<br />

Especializadas<br />

Conselho de Administração Executivo<br />

(1) Presidente Eng.º Fernando Abs da Cruz Souza Pinto<br />

(2) Vogal Eng.º Fernando Jorge Alves Sobral<br />

(3) Vogal Dr. Luís Manuel da Silva Rodrigues<br />

(4) Vogal Eng.º Luiz da Gama Mór<br />

( 5) Vogal Eng.º Manoel José Fontes Torres<br />

( 6) Vogal Dr. Michael Anthony Conolly<br />

Conselho Geral e de Supervisão<br />

(7) Presidente Professor Doutor Manuel Soares Pinto Barbosa<br />

(8) Vogal Dr. Carlos Alberto Veiga Anjos<br />

(9) Vogal Professor Doutor João Luís Traça Borges de Assunção<br />

(10) Vogal Dr. Luís Manuel dos Santos Silva Patrão<br />

(11) Vogal Dr.ª Maria do Rosário Miranda Andrade Ribeiro Vítor<br />

(12) Vogal Dr. Rui Manuel Azevedo Pereira da Silva<br />

(13) Vogal Dr. Vítor José Cabrita Neto<br />

Por deliberação do Conselho Geral e de Supervisão, em reunião de 26 de Junho<br />

de 2009.<br />

Comissão Especializada de Auditoria<br />

Professor Doutor Manuel Soares Pinto Barbosa<br />

Professor Doutor João Luís Traça Borges de Assunção<br />

Dr. Rui Manuel Azevedo Pereira da Silva


Comissão Especializada de Sustentabilidade e Governo Societário<br />

Professor Doutor Manuel Soares Pinto Barbosa<br />

Dr. Carlos Alberto Veiga Anjos<br />

Professor Doutor João Luís Traça Borges de Assunção<br />

Dr. Luís Manuel dos Santos Silva Patrão<br />

Dr.ª Maria do Rosário Miranda Andrade Ribeiro Vítor<br />

Dr. Rui Manuel Azevedo Pereira da Silva<br />

Dr. Vítor José Cabrita Neto<br />

Secretário da Sociedade<br />

Por deliberação do Conselho de Administração Executivo, em reunião de 23 de<br />

Junho de 2009.<br />

Secretário da Sociedade Dr.ª Orlanda do Céu S. Sampaio Pimenta d’ Aguiar<br />

Secretário da Sociedade Suplente Dr.ª Alda Maria dos Santos Pato<br />

Reuniões dos Conselhos de Administração<br />

Durante o ano de <strong>2011</strong>, foram realizadas 18 reuniões pelo Conselho de Administração<br />

Executivo da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. e 26 reuniões pelo Conselho de Administração Executivo<br />

da <strong>TAP</strong>, S.A..<br />

Principais Deliberações dos Conselhos de Administração Executivos<br />

em <strong>2011</strong><br />

<strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. Estratégia de desenvolvimento económico-financeiro da <strong>TAP</strong>−Manutenção e Engenharia Brasil<br />

Código de Ética do Grupo <strong>TAP</strong>: inserção de novo capítulo relativo à atividade na internet dos trabalhadores<br />

Venda da participação maioritária (50,1%) do capital da <strong>TAP</strong> na SPdH<br />

Cisão da AERO–LB e incorporação na <strong>TAP</strong>−Manutenção e Engenharia Brasil, e criação da nova holding<br />

AEROPAR<br />

<strong>TAP</strong>, S.A.<br />

Fiscalização da Sociedade<br />

Abertura de novas rotas: Manchester, Bordéus, Düsseldorf, Viena, Dubrovnik, Atenas, Miami, Porto<br />

Alegre, São Vicente, Bamako e Accra<br />

Aquisição de novo simulador de voo A320<br />

Implementação e desenvolvimento do Programa de Redução de Custos 2010-2012<br />

Revisor Oficial de Contas<br />

Por deliberação em Assembleia Geral de 2 de Junho de 2009, para o triénio<br />

2009–<strong>2011</strong>.<br />

Efetivo Oliveira, Reis & Associados representada pelo Dr. José Vieira dos Reis<br />

Suplente Dr. Fernando Marques Oliveira<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 13<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong>


14 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Estatuto Remuneratório dos Órgãos Sociais<br />

+ As remunerações dos Órgãos Sociais da <strong>TAP</strong> são fixadas pela Assembleia Geral (cf. Artigo 11º dos Estatutos da <strong>TAP</strong>, SGPS).<br />

+ Os membros do Conselho de Admi nistração Executivo e do Conselho Geral e de Supervisão são remunerados, exclusivamente, pelas funções<br />

exercidas na <strong>TAP</strong>, S.A., não auferindo qualquer remuneração pelas funções exercidas, na <strong>TAP</strong>, SGPS ou em qualquer outra empresa<br />

do Grupo <strong>TAP</strong>.<br />

Remunerações fixadas<br />

para o triénio 2006/2008<br />

(in Ata nº 1/2007 da Comissão de Vencimentos<br />

da <strong>TAP</strong>, S.A.)<br />

Cf. Deliberação Social Unânime por Escrito de 29 de Julho de 2009,<br />

“(…) para o triénio 2009-<strong>2011</strong> não haverá alteração do estatuto<br />

remuneratório (…)”.<br />

Conselho de Administração Executivo<br />

Presidente<br />

Compensação Fixa<br />

Remuneração Fixa: Remuneração mensal ilíquida de EUR 30.000,<br />

paga em 14 meses por ano.<br />

Subsídio de Refeição: Aplicação do Acordo de Empresa para trabalhadores<br />

no ativo do quadro permanente.<br />

Compensação Variável<br />

Compensação Variável de Curto Prazo: Atribuição de componente variável<br />

da remuneração de acordo com o cumprimento de objetivos mensuráveis<br />

anualmente, tendo como limite máximo anual 75% do valor<br />

total da Compensação Fixa <strong>Anual</strong>.<br />

Compensação Variável de Longo Prazo: Atribuição de componente variável<br />

da remuneração de acordo com o cumprimento de objetivos mensuráveis<br />

plurianuais (mandato) tendo como limite máximo 75% do<br />

valor total da Compensação Fixa acumulada do mandato.<br />

Benefícios<br />

Seguros de vida, saúde e acidentes pessoais: Em vigor na Empresa,<br />

seguindo o modelo aplicável a todos os trabalhadores.<br />

Política automóvel: Atribuição de uma viatura de serviço até ao limite<br />

de renda de EUR 1.260, incluindo despesas de seguro automóvel<br />

e manutenção, pelo período de 3 anos, abrangendo a utilização de<br />

via verde, parqueamento e combustível (em cumprimento do disposto<br />

nos artigos 32º e 33º do DL nº 71/2007 de 27 de Março,<br />

o limite máximo anual para gastos com combustível foi fixado em<br />

EUR 4.000).<br />

Despesas telefónicas: Utilização de telemóvel de serviço (em cumprimento<br />

do disposto nos artigos 32º e 33º do DL nº 71/2007 de 27 de<br />

Março, o limite máximo anual para gastos com utilização de telefone<br />

móvel foi fixado em EUR 9.000).<br />

Cartão de crédito da Empresa: Exclusivamente para fazer face a despesas<br />

documentadas inerentes ao exercício das respetivas funções<br />

ao serviço da Empresa.<br />

Vogais<br />

Compensação Fixa<br />

Remuneração Fixa: Remuneração mensal ilíquida de EUR 20.000,<br />

paga em 14 meses por ano.<br />

Subsídio de Refeição: Aplicação do Acordo de Empresa para trabalhadores<br />

no ativo do quadro permanente.<br />

Compensação Variável<br />

Compensação Variável de Curto Prazo: Atribuição de componente variável<br />

da remuneração de acordo com o cumprimento de objetivos mensuráveis<br />

anualmente, tendo como limite máximo anual 75% do valor<br />

total da Compensação Fixa <strong>Anual</strong>.<br />

Compensação Variável de Longo Prazo: Atribuição de componente variável<br />

da remuneração de acordo com o cumprimento de objetivos mensuráveis<br />

plurianuais (mandato) tendo como limite máximo 75% do<br />

valor total da Compensação Fixa acumulada do mandato.<br />

Benefícios<br />

Seguros de vida, saúde e acidentes pessoais: Em vigor na Empresa,<br />

seguindo o modelo aplicável a todos os trabalhadores.<br />

Política automóvel: Atribuição de uma viatura de serviço até ao limite<br />

de renda de EUR 865, incluindo despesas de seguro automóvel e<br />

manutenção, pelo período de 3 anos, abrangendo a utilização de<br />

via verde, parqueamento e combustível (em cumprimento do disposto<br />

nos artigos 32º e 33º do DL nº 71/2007 de 27 de Março,<br />

o limite máximo anual para gastos com combustível foi fixado em<br />

EUR 4.000).


Despesas telefónicas: Utilização de telemóvel de serviço (em cumprimento<br />

do disposto nos artigos 32º e 33º do DL nº 71/2007 de 27 de<br />

Março, o limite máximo anual para gastos com utilização de telefone<br />

móvel foi fixado em EUR 9.000).<br />

Cartão de crédito da Empresa: Exclusivamente para fazer face a despesas<br />

documentadas inerentes ao exercício das respetivas funções<br />

ao serviço da Empresa.<br />

Por Deliberações Sociais Unânimes por Escrito de 14 de Maio de<br />

2009 e de 29 de Julho de 2009, os administradores originariamente<br />

não residentes em Portugal gozam do direito a ser abonados por<br />

despesas de alojamento por equiparação ao definido no Estatuto<br />

do Pessoal Deslocado conferido aos trabalhadores da <strong>TAP</strong>, S.A..<br />

Conselho Geral e de Supervisão<br />

Presidente<br />

Remuneração mensal ilíquida de EUR 6.000, paga em 14 meses<br />

por ano.<br />

Vogais<br />

Remuneração mensal ilíquida de EUR 4.000, paga em 14 meses<br />

por ano.<br />

Aos membros do Conselho Geral e de Supervisão que têm participação<br />

efetiva nas Comissões Especializadas de Auditoria e de<br />

Sustentabilidade e Governo Societário, é-lhes atribuída uma remuneração<br />

mensal complementar de EUR 3.000.<br />

Mesa da Assembleia Geral<br />

Presidente<br />

Senha de presença, no valor ilíquido de EUR 640.<br />

Vice-Presidente<br />

Senha de presença, no valor ilíquido de EUR 400.<br />

Secretário<br />

Senha de presença, no valor ilíquido de EUR 330.<br />

Revisor Oficial de Contas<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 15<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

A remuneração regula-se pelos valores apontados no referencial<br />

indicativo recomendado pela Ordem dos Revisores Oficiais de<br />

Contas (Artigo 60º do DL nº 487/99 de 16 de Novembro).


16 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Remunerações auferidas<br />

em <strong>2011</strong><br />

Conselho Geral e de Supervisão<br />

Manuel Pinto<br />

Barbosa<br />

(Presidente)<br />

João Borges<br />

de Assunção<br />

(Vogal)<br />

Carlos<br />

Veiga Anjos<br />

(Vogal)<br />

Luís<br />

Patrão<br />

(Vogal)<br />

Maria do<br />

Rosário Vítor<br />

(Vogal)<br />

Rui<br />

Azevedo Silva<br />

(Vogal)<br />

Vítor<br />

Cabrita Neto<br />

(Vogal)<br />

1. Remuneração<br />

1.1. Remuneração base <strong>Anual</strong>/Fixa (€) 126.000,00 98.000,00 98.000,00 9.614,62 (*) 98.000,00 98.000,00 98.000,00<br />

1.2. Redução decorrente da Lei 12-A/2010 (€) 6.300,00 4.900,00 4.900,00 480,73 4.900,00 4.900,00 4.900,00<br />

1.3. Redução decorrente da Lei 55-A/2010 (€) 11.970,00 9.310,00 9.310,00 689,67 9.310,00 9.310,00 9.310,00<br />

1.4. Remuneração <strong>Anual</strong> Efetiva (1.1.- 1.2.-1.3.) (€) (**) 107.730,00 83.790,00 83.790,00 8.444,22 83.790,00 83.790,00 83.790,00<br />

1.5. Senha de presença (€) – – – – – – –<br />

1.6. Acumulação de funções de gestão (€) – – – – – – –<br />

1.7. Remuneração variável (€) – – – – – – –<br />

1.8. IHT (isenção de horário de trabalho) (€) – – – – – – –<br />

1.9. Outras (identificar detalhadamente) (€) – – – – – – –<br />

2. Outras Regalias e Compensações<br />

2.1. Plafond <strong>Anual</strong> em comunicações móveis (€) – – – – – – –<br />

2.2. Gastos na utilização de comunicações móveis (€) – – – – – – –<br />

2.3. Subsídio de deslocação (€) – – – – – – –<br />

2.4. Subsídio de refeição (€) – – – – – – –<br />

2.5. Outras (identificar detalhadamente) (€) – – – – – – –<br />

3. Encargos com Benefícios Sociais<br />

3.1. Regime de Proteção Social (€) 14.297,08 14.297,08 14.297,08 1.551,99 – 14.297,08 14.297,08<br />

3.2. Seguros de saúde (€) – – – – – – –<br />

3.3. Seguros de vida (€) – – – – – – –<br />

3.4. Seguro de Acidentes Pessoais (€) – – – – – – –<br />

3.5. Outros (identificar detalhadamente) (€) – – – – – – –<br />

4. Parque Automóvel<br />

4.1. Marca – – – – – – –<br />

4.2. Modelo – – – – – – –<br />

4.3. Matrícula – – – – – – –<br />

4.4. Modalidade de Utilização (Aquisição/ALD/Renting/Leasing) – – – – – – –<br />

4.5. Valor de referência da viatura nova (€) – – – – – – –<br />

4.6. Ano Início – – – – – – –<br />

4.7. Ano Termo – – – – – – –<br />

4.8. Nº Prestações (se aplicável) – – – – – – –<br />

4.9. Valor Residual (€) – – – – – – –<br />

4.10. Valor de renda/prestação anual da viatura de serviço (€) – – – – – – –<br />

4.11. Combustível gasto com a viatura (€) – – – – – – –<br />

4.12. Plafond <strong>Anual</strong> Combustível atribuído (€) – – – – – – –<br />

4.13. Outros (identificar detalhadamente) (€) – – – – – – –<br />

5. Informações Adicionais<br />

5.1. Opção pela remuneração do lugar de origem (s/n) Não Não Não Não Não Não Não<br />

5.2. Remuneração Ilíquida <strong>Anual</strong> pelo lugar de origem (€)<br />

5.3. Regime de Proteção Social<br />

– – – – – – –<br />

5.3.1. Segurança Social (s/n) Sim Sim Sim Sim Não Sim Sim<br />

5.3.2. Outro (indicar) – – – – "Caixa Previdência<br />

Advogados e<br />

Solicitadores”<br />

– –<br />

5.4. Exercício funções remuneradas fora grupo (s/n) Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim<br />

5.5. Outras (identificar detalhadamente) – – – – – – –<br />

(*) Por opção do próprio, não auferiu remuneração até 22.Nov.<strong>2011</strong><br />

(**) Os valores indicados não refletem a regularização efetuada relativa às remunerações de 2010, decorrente da redução prevista na Lei 12-A/2010.


Conselho de Administração Executivo<br />

Fernando<br />

Pinto<br />

(Presidente)<br />

Michael<br />

Conolly<br />

(Vogal)<br />

Manoel<br />

Torres<br />

(Vogal)<br />

Luiz Mór<br />

(Vogal)<br />

Fernando Jorge<br />

Sobral<br />

(Vogal)<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 17<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Luís Silva<br />

Rodrigues<br />

(Vogal)<br />

1. Remuneração<br />

1.1. Remuneração base <strong>Anual</strong>/Fixa (€) 420.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00 280.000,00<br />

1.2. Redução decorrente da Lei 12-A/2010 (€) 21.000,00 14.000,00 14.000,00 14.000,00 14.000,00 14.000,00<br />

1.3. Redução decorrente da Lei 55-A/2010 (€) 39.900,00 26.600,00 26.600,00 26.600,00 26.600,00 26.600,00<br />

1.4. Remuneração <strong>Anual</strong> Efetiva (1.1.- 1.2.-1.3.) (€) (*) 359.100,00 239.400,00 239.400,00 239.400,00 239.400,00 239.400,00<br />

1.5. Senha de presença (€) – – – – – –<br />

1.6. Acumulação de funções de gestão (€) – – – – – –<br />

1.7. Remuneração variável (€) – – – – – –<br />

1.8. IHT (isenção de horário de trabalho) (€) – – – – – –<br />

1.9. Outras (identificar detalhadamente) (€) – – – – – –<br />

2. Outras Regalias e Compensações<br />

2.1. Plafond <strong>Anual</strong> em comunicações móveis (€) 9.000,00 9.000,00 9.000,00 9.000,00 9.000,00 9.000,00<br />

2.2. Gastos na utilização de comunicações móveis (€) 9.515,13 (**) 2.406,47 2.156,97 5.136,17 1.451,24 3.860,04<br />

2.3. Subsídio de deslocação (€) – – – – – –<br />

2.4. Subsídio de refeição (€) 1.057,68 996,84 1.113,84 1.057,68 1.062,36 1.109,16<br />

2.5. Outras (Pagamento de despesas de alojamento<br />

em Portugal – valor ilíquido) (€)<br />

85.205,76 85.205,76 85.205,76 85.205,76 – –<br />

3. Encargos com Benefícios Sociais<br />

3.1. Regime de Proteção Social (€) 14.297,08 77.093,87 77.093,87 77.093,87 56.857,50 14.297,08<br />

3.2. Seguros de saúde (€) 981,00 981,00 981,00 981,00 981,00 981,00<br />

3.3. Seguros de vida (€) 14.052,00 25.583,00 23.319,00 10.606,00 14.052,00 2.379,00<br />

3.4. Seguro de Acidentes Pessoais (€) 976,00 976,00 976,00 976,00 976,00 976,00<br />

3.5. Outros (identificar detalhadamente) (€) – – – – – –<br />

4. Parque Automóvel (vd. Nota 1)<br />

4.1. Marca<br />

4.2. Modelo<br />

4.3. Matrícula<br />

4.4. Modalidade de Utilização (Aquisição/ALD/Renting/Leasing)<br />

4.5. Valor de referência da viatura nova (€)<br />

4.6. Ano Início<br />

4.7. Ano Termo<br />

4.8. Nº Prestações (se aplicável)<br />

4.9. Valor Residual (€)<br />

4.10. Valor de renda/prestação anual viatura de serviço (€)<br />

4.11. Combustível gasto com a viatura (€)<br />

4.12. Plafond <strong>Anual</strong> Combustível atribuído (€) 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00 4.000,00<br />

4.13. Outros (identificar detalhadamente) (€) – – – – – –<br />

5. Informações Adicionais<br />

5.1. Opção pela remuneração do lugar de origem (s/n) Não Não Não Não Não Não<br />

5.2. Remuneração Ilíquida <strong>Anual</strong> pelo lugar de origem (€) – – – – – –<br />

5.3. Regime de Proteção Social<br />

5.3.1. Segurança Social (s/n) Sim Sim Sim Sim Sim Sim<br />

5.3.2. Outro (indicar) – – – – – –<br />

5.4. Exercício funções remuneradas fora grupo (s/n) Não Não Não Não Não Não<br />

5.5. Outras (identificar detalhadamente) – – – – – –<br />

(*) Os valores indicados não refletem a regularização efetuada relativa às remunerações de 2010, decorrente da redução prevista na Lei 12-A/2010.<br />

(**) Inclui custos de roaming, em deslocações ao serviço da Empresa. O valor excedente é suportado pelo próprio.<br />

Nota 1<br />

VD. NOTA 1<br />

A <strong>TAP</strong> dispõe de uma frota de 7 viaturas que pode ser utilizada por qualquer dos membros do Conselho de Administração Executivo e pelos serviços gerais de<br />

apoio aos Órgãos Sociais. Indicam-se a seguir os elementos informativos acerca desta frota automóvel:<br />

+ Cinco viaturas Audi A6 e duas viaturas Mercedes E-220, em regime de renting ou ALD.<br />

+ Valor de aquisição à data de celebração do contrato: 3 Audi c/ contrato de 2007 – 54.269,19 €; 1 Audi c/ contrato de 2008 – 51.837,59 €; 1 Audi c/ contrato de 2009 –<br />

51.027,65 €; 2 Mercedes c/ contrato de 2007 – 61.675 €.<br />

+ Valor da renda anual (IVA incluído) em <strong>2011</strong> das viaturas: Audi – 9.525,11 €, 9.559,18 €, 8.932,15 €, 10.114,11 €, 11.673,12 €; Mercedes – 13.143 € e 16.564,13 €.<br />

+ Valor anual gasto com combustível das viaturas: Audi – 2.290 €, 3.024 €, 2.426 €, 1.445 €, 3.338 €; Mercedes – 3.853 € e 3.949 €.<br />

+ Todos os contratos têm data de cessação em 2012.


18 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Presidente Vice-Presidente Secretário<br />

Senhas de Presença <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A.(€ ) 640,00 400,00 330,00<br />

Senhas de Presença <strong>TAP</strong>, S.A.(€ ) 640,00 400,00 330,00<br />

REVISOR OFICIAL DE CONTAS 2010 <strong>2011</strong><br />

Remuneração anual auferida <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A.(€ ) 13.800,00 13.800,00<br />

Remuneração anual auferida <strong>TAP</strong>, S.A.(€ ) 32.100,00 32.100,00<br />

AUDITOR ExTERNO (*) 2010 <strong>2011</strong><br />

Remuneração anual auferida <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A.(€ ) 12.000,00 11.000,00<br />

Remuneração anual auferida <strong>TAP</strong>, S.A.(€ ) 70.050,00 69.050,00<br />

(*) PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda.<br />

Missão, Objetivos e Políticas<br />

Missão<br />

A <strong>TAP</strong> assume como missão ter como foco o serviço de Transporte<br />

Aéreo e atividades afins, aspirando a ser sempre a melhor opção<br />

para quem utilizar os seus serviços e uma de entre as melhores<br />

empresas para se trabalhar, atuando consciente do seu compromisso<br />

para com a sociedade e com o meio ambiente.<br />

Visão<br />

A <strong>TAP</strong> tem por objetivo, constante, proporcionar o retorno para os<br />

seus investidores e promover a satisfação das expectativas dos<br />

Clientes, mantendo uma postura ativa na promoção de contributos<br />

para o desenvolvimento económico e social, a nível global e local:<br />

+ Sendo reconhecida como a companhia aérea que, através do<br />

posicionamento geográfico do seu hub operacional, Lisboa, proporcionando<br />

uma plataforma de acesso privilegiado, liga, atualmente,<br />

a Europa a África e às Américas do Norte, Central e<br />

do Sul;<br />

+ Perseguindo, no desenvolvimento da sua rede, uma estratégia<br />

de segmentação, conectando a Europa a um número crescente<br />

de destinos localizados em África e no Atlântico Sul destacando-<br />

se, nesta última região, como a transportadora europeia<br />

líder para o Brasil;<br />

+ Procurando proporcionar, continuamente, aos Clientes um produto<br />

de qualidade, através da disponibilização das melhores e<br />

mais fáceis soluções para as suas viagens e agregando cada vez<br />

mais valor ao produto que lhes oferece;<br />

+ Sendo percebida pelo acionista como empresa geradora de<br />

valor, atingindo resultados de forma sustentada;<br />

+ Sendo identificada com princípios de transparência e de compromisso<br />

para com a sociedade e com o ambiente;<br />

+ Proporcionando desenvolvimento profissional, níveis de remuneração<br />

e condições de trabalho compatíveis com as expectativas<br />

laborais legítimas e com as exigências do mercado.<br />

Regulamentos Internos<br />

a que a Empresa está sujeita<br />

A gestão de risco, enquanto pilar da cultura empresarial do Grupo<br />

<strong>TAP</strong>, é inerente a todos os processos de gestão e é assumida como<br />

uma preocupação constante de todos os gestores, bem como dos<br />

Colaboradores do Grupo, através da identificação, gestão e controlo<br />

das incertezas e das ameaças que podem afetar os diversos<br />

negócios, numa perspetiva de continuidade das operações<br />

e de aproveitamento de oportunidades de negócio. Entretanto, a<br />

Empresa tem vindo a desenvolver e a implementar um conjunto de<br />

Regulamentos Internos, que consubstanciam Códigos de Conduta<br />

e Boas Práticas, dos quais se destacam, pela sua importância:<br />

+ O Código de Ética – Enquanto declaração de princípios, ideário<br />

e carta de intenções, o Código de Ética é um documento em<br />

que a Empresa estabelece objetivos de carácter ético e comportamental<br />

no negócio com os seus stakeholders, isto é, com<br />

os fornecedores, trabalhadores e/ou com clientes, instituições<br />

financeiras, comunidade local, economia nacional, entre outros.<br />

Contém uma declaração de objetivos – a missão da Empresa –,<br />

os princípios éticos fundamentais e a concretização daquela missão<br />

e destes objetivos em áreas específicas de particular interesse,<br />

procurando salvaguardar os princípios da transparência e<br />

da independência nos negócios por parte dos diferentes intervenientes<br />

nos mesmos;<br />

+ As Diretivas e Competências de Compras e Vendas – Às áreas<br />

de compras, enquanto serviços responsáveis pelo processo de<br />

aprovisionamento, compete zelar pelo cumprimento da legislação<br />

aplicável, bem como das diretivas em vigor na <strong>TAP</strong>, nos<br />

seus respetivos domínios de intervenção. O regulamento prevê<br />

as delegações de competência, de modo a dar execução às diferentes<br />

responsabilidades na vertente de aquisição no seio da<br />

Empresa;<br />

+ As Diretivas Financeiras (Sede e Representações) – Com o objetivo<br />

de garantir um eficaz controlo interno, no âmbito das atuações<br />

da função financeira, tem a Empresa vertido, também em<br />

regulamento interno, a atuação e delegação de competências<br />

nesta vertente;


+ O Regulamento de Contratualização – Através do estabelecimento<br />

de Acordos de Permuta, a Empresa constituiu um<br />

Regulamento para o estabelecimento de contratos pelos quais<br />

as partes se obrigam a trocar serviços entre si. São suscetíveis de<br />

troca todos os serviços que puderem ser transacionados, avaliando<br />

com critério as situações de bens diferentes em utilidade<br />

e/ou valor.<br />

A Auditoria Interna, enquanto atividade sujeita aos normativos internacionais,<br />

que regem a profissão, cumpre com os standards do<br />

IIA (Institute of Internal Auditors), no que respeita às Normas de<br />

Atributo obrigatório:<br />

+ Norma 1000 – Propósito, Autoridade e Responsabilidade<br />

+ Norma 1100 – Independência e Objetividade<br />

+ Norma 1200 – Proficiência e Zelo Profissional<br />

+ Norma 1300 – Garantia de Qualidade e Programas de Melhoria<br />

De igual modo, em articulação com o IPAI (Instituto Português de<br />

Auditores Internos), promove o benchmarking das melhores práticas<br />

da profissão e estimula a formação dos seus profissionais.<br />

Código de Ética<br />

A Empresa definiu como um dos fatores críticos de sucesso, o cumprimento<br />

do seu Código de Ética e a assunção de uma cultura dos<br />

valores que o mesmo preceitua. Sendo este um processo dinâmico,<br />

adequou-se, em <strong>2011</strong>, o texto do Código de Ética do Grupo<br />

<strong>TAP</strong> a uma realidade muito relevante, no relacionamento interno e<br />

externo, que é a utilização da internet e redes sociais pelos trabalhadores<br />

do Grupo. Foi, assim, incluído no Código de Ética um<br />

novo capítulo (Capítulo IV), que define os princípios gerais para uma<br />

correta utilização destes meios, responsabilizando e, simultaneamente,<br />

estimulando o potencial de crescimento dos mesmos, mas<br />

de forma responsável e rigorosa. Também, no cumprimento dos<br />

princípios preceituados pelo Código de Ética, destaca-se o apoio<br />

e estímulo da Empresa, junto dos trabalhadores e da Comunidade<br />

em geral, dos valores socio-ambientais, da conciliação família/trabalho,<br />

da transparência e respeito pelas regras que pautam as boas<br />

práticas comerciais, bem como nas de relação com shareholders e<br />

stakeholders.<br />

O Código de Ética está disponível para consulta no site oficial<br />

da <strong>TAP</strong> (www.flytap.com).<br />

Regulamentação Externa<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 19<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Na perspetiva da regulamentação externa, a atividade da Empresa<br />

desenvolve-se mediante um enquadramento definido por entidades<br />

reguladoras as quais dispõem dos poderes para fazer cumprir<br />

normas, sancionar práticas anti-concorrenciais e infrações e<br />

para corrigir determinados comportamentos. As suas funções são<br />

desempenhadas por entidades independentes dos Governos ou,<br />

pelo menos, com algum grau de liberdade em relação à administração<br />

de que direta ou indiretamente depende. De referir:<br />

Entidades que regulam os Mercados e as Relações<br />

Comerciais no Setor da Aviação Civil Comercial<br />

+ Autoridade da Concorrência<br />

Tem como missão principal velar pelo cumprimento da legislação<br />

de defesa da concorrência, fomentar a adoção de práticas<br />

que promovam a concorrência e contribuir para a disseminação<br />

de uma cultura e de uma política de concorrência (Ministério da<br />

Economia e Inovação);<br />

+ Comissão Europeia<br />

A Comissão Europeia, instituição executiva por excelência no<br />

quadro da UE, dispõe do direito de propor legislação e assegura<br />

que as políticas da UE sejam adequadamente aplicadas;<br />

+ EASA – European Aviation Safety Agency<br />

A sua missão consiste em promover as mais elevadas normas<br />

comuns de segurança e proteção ambiental no setor da aviação<br />

civil;<br />

+ ECAC – European Civil Aviation Conference<br />

É uma Organização intergovernamental, cujo objetivo é promover<br />

o desenvolvimento sustentado, seguro e eficiente do sistema<br />

de transporte aéreo europeu. Funciona em estreita ligação com a<br />

ICAO e em ativa cooperação com as outras instituições da União<br />

Europeia;<br />

+ ICAO – International Civil Aviation Organization<br />

É uma Instituição especializada das Nações Unidas e tem por<br />

objetivo promover a cooperação internacional na aviação civil;<br />

+ INAC – Instituto Nacional de Aviação Civil, I. P.<br />

Tem por missão regular e fiscalizar o setor da aviação civil e supervisionar<br />

e regulamentar as atividades nesta área desenvolvidas<br />

(Ministério das Obras Públicas, Transportes e Telecomunicações);<br />

+ Outras Autoridades Nacionais de Aviação Civil (comunitárias e de<br />

países terceiros)<br />

Têm por missão, à semelhança da autoridade aeronáutica<br />

portuguesa, efetuar a regulação e fiscalização do setor da aviação<br />

civil.


20 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Princípios de Bom Governo<br />

Avaliação do grau de cumprimento dos princípios de Bom Governo a que a <strong>TAP</strong> se encontra obrigada de acordo com a Resolução do<br />

Conselho de Ministros Nº 49/2007.<br />

Princípios<br />

de Bom Governo<br />

Missão, Objetivos<br />

e Princípios Gerais<br />

de Atuação<br />

Estruturas de<br />

Administração<br />

e Fiscalização<br />

Remuneração<br />

e Outros Direitos<br />

Prevenção<br />

de conflitos<br />

de interesses<br />

Divulgação<br />

de informação<br />

relevante<br />

Recomendações<br />

Grau de<br />

Cumprimento<br />

Obrigação de cumprimento, respeito e divulgação, da missão,<br />

objetivos e políticas, para si e para as participadas que controla, fixados de Cumprido<br />

forma económica, financeira, social e ambientalmente eficiente;<br />

Elaboração de orçamentos adequados aos recursos e fontes de<br />

financiamento disponíveis, tendo em conta a sua missão e aos objetivos fixados;<br />

Adoção de planos de igualdade, de modo a alcançar uma efetiva igualdade<br />

de tratamento e de oportunidades entre homens e mulheres, eliminando a<br />

Cumprido<br />

discriminação em razão de sexo e permitindo a conciliação da vida pessoal,<br />

familiar e profissional;<br />

Reporte de informação anual à tutela e ao público em geral, de como foi<br />

prosseguida a missão, grau de cumprimento dos objetivos, forma de cumprimento<br />

Cumprido<br />

da política de responsabilidade social e de desenvolvimento sustentável e forma<br />

de salvaguarda da sua competitividade;<br />

Cumprimento de legislação e regulamentação, aplicável aos três eixos<br />

Cumprido<br />

de sustentabilidade, económico, ambiental e social;<br />

Obrigação de tratamento com respeito e integridade de todos os<br />

trabalhadores e contribuir para a sua valorização pessoal; Cumprido<br />

Obrigação de tratamento com equidade de clientes, fornecedores e<br />

demais titulares de direitos legítimos. Cumprido<br />

O modelo de governo deve assegurar a efetiva segregação de<br />

funções de administração e fiscalização;<br />

Empresas de maior dimensão e complexidade devem ter as contas<br />

auditadas por entidades independentes com padrões idênticos aos<br />

praticados para empresas admitidas à negociação em mercados regulamentados,<br />

devendo os membros do órgão de fiscalização ser os responsáveis pela seleção,<br />

confirmação e contratação de auditores, pela aprovação de eventuais serviços<br />

alheios à função de auditoria e ser os interlocutores empresa/auditores.<br />

Divulgação anual das remunerações totais (fixas e variáveis) auferidas<br />

por cada membro do órgão de administração;<br />

Divulgação anual das remunerações auferidas por cada membro do órgão<br />

de fiscalização;<br />

Divulgação anual dos demais benefícios e regalias (seguros de saúde,<br />

utilização de viatura e outros benefícios concedidos pela Empresa).<br />

Referência<br />

no <strong>Relatório</strong><br />

<strong>Relatório</strong> do Governo Societário<br />

e de Sustentabilidade<br />

Cumprido <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong><br />

Cumprido<br />

Cumprido<br />

Cumprido<br />

Cumprido<br />

Cumprido<br />

Obrigação dos membros dos órgãos sociais de se absterem de<br />

intervir em decisões que envolvam o seu próprio interesse;<br />

Obrigação dos membros dos órgãos sociais de declararem quaisquer<br />

Cumprido<br />

participações patrimoniais importantes que detenham na Empresa; Cumprido<br />

Obrigação dos membros dos órgãos sociais de declararem relações<br />

relevantes que mantenham com fornecedores, clientes, IC’s ou outros, suscetíveis<br />

de gerar conflito de interesses.<br />

Comunicar, de imediato, todas as informações de que tenham<br />

conhecimento, suscetíveis de afetar de modo relevante a situação<br />

económica, financeira e patrimonial da Empresa;<br />

Disponibilizar para divulgação no sítio das empresas do Estado,<br />

de forma clara, relevante e atualizada, toda a informação antes enunciada, a<br />

informação financeira histórica e atual da Empresa e a identidade e os elementos<br />

curriculares de todos os membros dos seus órgãos sociais;<br />

Incluir no <strong>Relatório</strong> de Gestão ponto relativo ao governo da<br />

sociedade (regulamentos internos e externos a que está sujeita, informações<br />

sobre transações relevantes com entidades relacionadas, remunerações dos<br />

membros dos órgãos, análise de sustentabilidade e avaliação do grau de<br />

cumprimento dos PBG).<br />

Nota – O Código de Ética e os Estatutos encontram-se disponíveis no Website da <strong>TAP</strong><br />

Cumprido<br />

<strong>Relatório</strong> do Governo Societário<br />

e de Sustentabilidade;<br />

Código de Ética<br />

<strong>Relatório</strong> do Governo Societário<br />

e de Sustentabilidade<br />

<strong>Relatório</strong> do Governo Societário<br />

e de Sustentabilidade<br />

<strong>Relatório</strong> do Governo Societário<br />

e de Sustentabilidade;<br />

Código de Ética<br />

<strong>Relatório</strong> do Governo Societário<br />

e de Sustentabilidade;<br />

Código de Ética<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong>;<br />

<strong>Relatório</strong> do Governo Societário<br />

e de Sustentabilidade (existência<br />

do Modelo Dualista de Gestão)<br />

Conforme relatório de atividades<br />

do Conselho Geral<br />

e de Supervisão<br />

Website da <strong>TAP</strong>;<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong><br />

Website da <strong>TAP</strong>;<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong><br />

Website da <strong>TAP</strong>;<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong><br />

Código de Ética;<br />

Estatutos<br />

No cumprimento de obrigações legais,<br />

comunicação ao Tribunal de Contas,<br />

ao Tribunal Constitucional e outros<br />

Código de Ética;<br />

Estatutos<br />

Cumprido Código de Ética<br />

Cumprido<br />

Ligação do Website da <strong>TAP</strong><br />

com o site da Parpública<br />

Cumprido <strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong>


Lista dos fornecedores que representam mais de 5%<br />

do total dos fornecimentos e serviços externos da Empresa <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

Fornecedor EUR milhões %<br />

Petrogal – Petróleos de Portugal 287,946 17<br />

Eurocontrol – UE 108,021 6<br />

Petrobras Distribuidora, S.A. 94,470 6<br />

ANA – Aeroportos de Portugal, S.A. 91,513 5<br />

SPdH, S.A. 81,495 5<br />

Funções exercidas por membros dos Órgãos Sociais<br />

em outras Sociedades<br />

Eng.º Fernando Abs da Cruz Souza Pinto<br />

Presidente do Conselho de Administração da <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

Presidente do Conselho de Administração da Portugália–Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A. (PGA)<br />

Presidente do Conselho de Administração da <strong>TAP</strong>GER–Sociedade de Gestão e Serviços, S.A.<br />

Eng.º Fernando Jorge Alves Sobral<br />

Administrador Executivo da <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

Administrador Não Executivo da Portugália–Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A. (PGA)<br />

Dr. Luís Manuel da Silva Rodrigues<br />

Administrador Executivo da <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

Presidente do Conselho de Administração da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. (ex-VEM)<br />

Administrador Não Executivo da SPdH–Serviços Portugueses de Handling, S.A.<br />

Eng.º Luiz da Gama Mór<br />

Administrador Executivo da <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

Presidente do Conselho de Administração da CATERINGPOR–Catering de Portugal, S.A.<br />

Presidente do Conselho de Administração da L.F.P.–Lojas Francas de Portugal, S.A.<br />

Eng.º Manoel José Fontes Torres<br />

Administrador Executivo da <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

Administrador Não Executivo da Portugália–Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A. (PGA)<br />

Dr. Michael Anthony Conolly<br />

Administrador Executivo da <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

Administrador Não Executivo da Portugália–Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A. (PGA)<br />

Administrador Não Executivo da <strong>TAP</strong>GER–Sociedade de Gestão e Serviços, S.A.<br />

Presidente do Conselho de Administração da U.C.S.–Cuidados Integrados de Saúde, S.A.<br />

Presidente do Conselho de Administração da MEGASIS–Sociedade de Serviços e Engenharia Informática, S.A.<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 21<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong>


22 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Principais elementos curriculares e atividades profissionais<br />

exercidas pelos Membros do Órgão de Governação do Conselho Geral e de Supervisão<br />

Manuel Pinto Barbosa<br />

Nacionalidade: Portuguesa | Data de nascimento: Maio 1944<br />

Nomeado Presidente do Conselho de Administração da <strong>TAP</strong>, S.A. e da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. (entre Setembro 2004 e Dezembro 2006) e Presidente<br />

do Conselho Geral e de Supervisão da <strong>TAP</strong>, S.A. e da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A., Presidente das Comissões Especializadas de Auditoria e de<br />

Sustentabilidade e Governo Societário (desde Dezembro 2006).<br />

Atividade Profissional: Presidente do Conselho de Administração, Nova Forum (2005) | Administrador Não Executivo, PTII (2002-06) | Membro<br />

do Comité de Assessores, Barclays Bank (1996-99) | Administrador Não Executivo, Portucel Industrial (1995-98) | Membro, Conselho Diretivo<br />

da Fundação Luso-Americana (1994-2006) | Vice-Presidente, Conselho Económico e Social (1992-93) | Membro, Comissão de Peritos do<br />

programa ACE (CEE) (1990) | Membro, Comissão de Peritos da Fundação Tinker (1989) | Membro, Comissão de Peritos do programa SPES<br />

(CEE) (1989) | Membro, Comissão encarregada da negociação do Acordo de Defesa Portugal-EUA (1981-84) | Sócio fundador, Associação<br />

para o Estudo das Relações Internacionais (1978-83) | Consultor, Associação Industrial Portuguesa (1970-72) | Oficial da Reserva Naval,<br />

Armada Portuguesa (1967-69).<br />

Cargos Universitários: Membro da Comissão Instaladora, Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (FEUNL) | Diretor em exercício,<br />

FEUNL | Professor Catedrático, FEUNL | Vice-Reitor, Universidade Nova de Lisboa (UNL) | Reitor, UNL | Vice-Presidente, UNICA, rede de<br />

universidades das capitais da Europa | Membro, Comissão Instaladora da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa | Pró-Reitor<br />

de Assuntos Internacionais, Universidade Gama Filho (Brasil).<br />

Outras Atividades: Docência e investigação científica – Regente de cursos e seminários, de graduação e pós-graduação (nas áreas de<br />

Macroeconomia, Teoria e Política Monetária, Comércio e Finanças Internacionais) na UNL e noutras universidades | Coordenador de projetos<br />

de investigação aplicada, nos domínios de Relações Externas de Portugal, Mercado de Ativos e Sistemas Financeiros, Estabilização<br />

Macroeconómica.<br />

+ É licenciado pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF), Universidade Técnica de Lisboa | Mestrado, Yale<br />

University | Doutoramento, Yale University | Agregação, UNL.<br />

Carlos Alberto Veiga Anjos<br />

Nacionalidade: Portuguesa | Data de nascimento: Setembro 1942<br />

Nomeado Membro do Conselho Geral e de Supervisão da <strong>TAP</strong>, S.A. e da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A., Membro da Comissão de Sustentabilidade e<br />

Governo Societário (desde Dezembro 2006), Membro da Comissão Especializada de Auditoria da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. (Dezembro 2006-Junho 09).<br />

Atividade Profissional: Presidente do Conselho de Administração, Hidroelétrica de Cahora Bassa, S.A. (1999-2003) | Presidente do Conselho<br />

de Administração e Administrador, Siderurgia Nacional, SGPS e Empresas do grupo (1994-99) | Por inerências de funções, representante<br />

de Portugal no Comité Consultivo da CECA–Comunidade Europeia do Carvão e do Aço e no IISI–International Iron and Steel Institute |<br />

Administrador-Delegado, SOPONATA–Sociedade Portuguesa de Navios Tanques, S.A.; Administrador, CIVE–Companhia Industrial de Vidros<br />

de Embalagem, S.A., em representação do IPE (1992-93) | Administrador-Delegado, Companhia de Celulose do Caima, S.A.; Presidente,<br />

ACEL–Associação Portuguesa dos Produtores de Celulose; representante de Portugal no board da CEPI–Confederation of European Paper<br />

Industry (1988-91) | Administrador, EDM–Empresa de Desenvolvimento Mineiro, S.A., com forte envolvimento no processo de criação da<br />

SOMINCOR (1985-88) | Administrador, Ferrominas, E.P. (1977-85) | Administrador, Diretor Financeiro e Chefe de Serviços, Lusalite–Sociedade<br />

Produtora de Fibrocimento, S.A. (1968-77).<br />

+ É licenciado em Finanças pelo ISCEF, Universidade Técnica de Lisboa.<br />

João Borges de Assunção<br />

Nacionalidade: Portuguesa | Data de nascimento: Julho 1962<br />

Nomeado Membro do Conselho de Administração da <strong>TAP</strong>, S.A. e da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. (entre Setembro 2004 e Dezembro 2006) e Membro do<br />

Conselho Geral e de Supervisão da <strong>TAP</strong>, S.A. e da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A., Membro das Comissões Especializadas de Auditoria e de Sustentabilidade<br />

e Governo Societário (desde Dezembro 2006).


Grupo <strong>TAP</strong> 23<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Atividade Profissional: Consultor Económico do Presidente da República, Casa Civil do Presidente da República (desde 2006) | Membro,<br />

Conselho Económico e Social (2003-04) | Assessor Económico do Primeiro-Ministro de Portugal, Gabinete do Primeiro-Ministro de Portugal<br />

(2002-04) | CEO, Fundação Telecel Vodafone (2001-02) | Chairman, Supervisory Board do Eurocash Sp. z.o.o., Polónia | Coordenador, Núcleo<br />

de Estudos de Conjuntura da Economia Portuguesa, CEA da FCEE da UCP | Advisor, Group on Societal Policy Analysis (GSPA), BEPA,<br />

Presidência da Comissão Europeia.<br />

Outras Atividades: Experiência pedagógica – Membro, Conselho de Orientação Estratégica da Faculdade de Ciências Económicas e<br />

Empresariais (FCEE) da Universidade Católica Portuguesa (desde 2005) | Professor Associado, Universidade Católica Portuguesa (desde<br />

1998) | Membro, Conselho Científico do Instituto de Formação Bancária (1993-2004) | Diretor, FCEE (1996-2001) | Professor Auxiliar, Columbia<br />

University (1990-94) | Assistente de Investigação e doutorando, UCLA (1986-90) | Atividade de Investigação, docência e interesses profissionais<br />

– Modelos de Gestão de Marketing, Estratégia de Marca, Pricing, Promoções, Estratégia, Negócio Internacional, Indústrias de Serviços,<br />

Modelos de Otimização Dinâmica, Tomada de Decisão Individual, Teoria de Jogos, Política Económica, Regulação, Desenvolvimento e<br />

Crescimento Económico.<br />

+ É licenciado em Administração e Gestão de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa | MBA em Gestão pela UNL | Ph.D.<br />

(Doutoramento) em Gestão pela Anderson Graduate School of Management, UCLA.<br />

Vítor José Cabrita Neto<br />

Nacionalidade: Portuguesa | Data de nascimento: Julho 1943<br />

Nomeado Membro do Conselho Geral e de Supervisão da <strong>TAP</strong>, S.A. e da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A., Membro da Comissão Especializada de<br />

Sustentabilidade e Governo Societário (desde Dezembro 2006).<br />

Atividade Profissional: Presidente, Conselho de Administração do grupo TEÓFILO FONTAINHAS NETO (Algarve) – setores agro-industrial,<br />

distribuição, imobiliária e turismo | Administrador, Globalgarve, Agência de Desenvolvimento do Algarve | Membro, Comissão Diretiva<br />

do Programa Operacional do Algarve | Presidente, Associação Empresarial do Algarve (NERA) | Vice-Presidente, Associação Industrial<br />

Portuguesa–Confederação Empresarial | Membro, Direção da União Europeia do Artesanato e das Pequenas e Médias Empresas | Secretário<br />

de Estado do Turismo nos XIII e XIV governos constitucionais (1997 e 2002) | Deputado à Assembleia da República.<br />

Outras Atividades: Cônsul Honorário de Itália no Algarve | Presidente, Comissão Organizadora da Feira Internacional de Turismo de Lisboa<br />

(BTL) | Colunista, Diário Económico | Conferencista na área de Turismo.<br />

+ Formação Superior em Gestão.<br />

Luís Manuel dos Santos Silva Patrão<br />

Nacionalidade: Portuguesa | Data de nascimento: Dezembro 1954<br />

Nomeado Membro do Conselho Geral e de Supervisão da <strong>TAP</strong>, S.A. e da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A., Membro da Comissão Especializada de<br />

Sustentabilidade e Governo Societário (desde Dezembro 2006).<br />

Atividade Profissional: Presidente, Conselho Diretivo do Turismo Portugal, I.P. (desde 2006) | Vogal, Conselho de Administração da ENATUR–<br />

Empresa Nacional de Turismo, S.A. (desde 2006) | Chefe de Gabinete do Primeiro Ministro do XVII Governo (2005-06) | Assessor Principal,<br />

Chefe de Divisão, Diretor de Serviços, Coordenador da Equipa de Projeto POSI/IC e Gestor dos Projetos Rede Telemática de Informação ao<br />

Consumidor e Portal dos Consumidores, Instituto do Consumidor (1986/89 – 2001/04) | Presidente e Administrador Não Executivo, Conselho<br />

de Administração da SÍTIOS, Serviços de Informação Turística (2001-04) | Secretário de Estado da Administração Interna do XIV Governo<br />

(1999-2000) | Chefe de Gabinete do Primeiro Ministro do XIII Governo (1995-99) | Vice-Presidente e Presidente da Comissão Executiva da<br />

DECO–Associação Portuguesa de Defesa do Consumidor (1989-95) | Presidente da Comissão Executiva das Pousadas de Juventude (1984-<br />

-87) | Diretor de Serviços do Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis (1978/80 – 1983/86).<br />

Outras Atividades: Juiz Árbitro, Centro de Arbitragem do Setor Automóvel (2004) | Chefe de Gabinete e Assessor, Grupo Parlamentar do<br />

Partido Socialista (1989/95 – 2004/05) | Deputado à Assembleia da República pelo Círculo Eleitoral de Faro (1999-2001) e pelo Círculo de<br />

Lisboa (1981-83) | Membro, Comissões Parlamentares de Defesa Nacional, de Educação e Ciência, de Juventude e de Trabalho.<br />

+ É licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra.


24 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Rui Manuel Azevedo Pereira da Silva<br />

Nacionalidade: Portuguesa | Data de nascimento: Junho 1956<br />

Nomeado Membro do Conselho Geral e de Supervisão da <strong>TAP</strong>, S.A. e da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A., Membro da Comissão Especializada de<br />

Sustentabilidade e Governo Societário (desde Dezembro 2006) e da Comissão Especializada de Auditoria (desde Junho 2009).<br />

Atividade Profissional: Consultor, Conferência das Regiões Periféricas Marítimas da Europa; Consultor, Comissão de Coordenação da Região<br />

do Norte (desde 2007) | Coordenador, Secretaria de Estado Adjunta e da Administração Local (2001-08) | Diretor, Célula de Prospetiva<br />

da Conferência das Regiões Periféricas Marítimas da Europa (1999-2007) | Sócio fundador (1990), Diretor Geral (1991-93); Administrador-<br />

-Delegado (1994-95); Presidente do Conselho de Administração (1996-99), Quaternaire Portugal, S.A. | Vice-Presidente, Comissão de<br />

Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (1989-91) | Técnico Superior, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região<br />

Norte (1981-89).<br />

Outras Atividades: Experiência pedagógica – Professor Auxiliar Convidado na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (desde<br />

1996).<br />

+ É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto | Curso de Técnico em Desenvolvimento Cooperativo<br />

do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento do Instituto António Sérgio do Setor Cooperativo | Curso Geral de Gestão pelo<br />

Instituto Superior de Estudos Empresariais da Universidade do Porto | Idiomas: Inglês, Francês e Espanhol.<br />

Maria do Rosário Mattos<br />

Nacionalidade: Portuguesa | Data de nascimento: Outubro 1960<br />

Nomeada Membro do Conselho Geral e de Supervisão da <strong>TAP</strong>, S.A. e da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A., Membro da Comissão Especializada de<br />

Sustentabilidade e Governo Societário (desde Dezembro 2006), Membro da Comissão Especializada de Auditoria da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A.<br />

(Dezembro 2006-Junho 09).<br />

Atividade Profissional: Exercício da Advocacia (1985-2009) | Membro, Conselhos de Administração de diversas empresas, designadamente<br />

do setor turístico (2002-09) | Administradora, RTP–Radiotelevisão Portuguesa, S.A.; Presidente, Conselho de Administração, EBS 2004;<br />

Membro, Conselho Diretivo dos Emmy Awards; Membro, Conselho Diretivo da OTI–Organización de las Televisiones Ibero-Americanas, RTP<br />

–Radiotelevisão Portuguesa, S.A. (1998-2002) | Vice-Presidente, Mesa da Assembleia Geral da Auto-Leasing (1994-99) | Administradora,<br />

SMP–Semicondutores de Portugal, S.A.; Administradora, Tronitec–Componentes Elétricos, S.A., Companhia Portuguesa Rádio Marconi<br />

(1992-95) | Administradora-Delegada e, posteriormente, Presidente do Conselho de Administração, IRENA, Investimentos e Participações em<br />

Recursos Naturais, SGPS, S.A.; Administradora, Argitécnica, S.A.; Gerente, Empresa Águas de S. Lourenço, Lda.; Gerente, Empresa Fonte<br />

das Avencas, Lda.; Gerente, Ortes–Ornamental Resources, Lda., Grupo Amorim (1991-97) | Consultora Jurídica de uma grande empresa do<br />

setor da construção civil e obras públicas, nas áreas do Direito Comercial e das Sociedades (1991-94) | Assessora Jurídica do Governador de<br />

Macau; Membro, Conselho Fiscal, CAM–Companhia do Aeroporto Internacional de Macau, S.A.R.L.; Consultora Jurídica, TDM–Televisão de<br />

Macau, E.P., Macau (1987-91) | Membro, Conselho de Administração de várias empresas, nomeadamente, Expandindústria, S.A., Comismar<br />

Norte, Lda. e Ecassos, Lda. (1985-87) | Estágio de Advocacia, vocacionado essencialmente para o Direito Comercial, Direito do Trabalho,<br />

Direito Civil e Direito Administrativo.<br />

+ É licenciada em Direito (área de Ciências Jurídicas) pela Universidade Católica Portuguesa (UCP) | Pós-Graduação em Gestão de Empresas<br />

pela UCP | Pós-Graduação em Recuperação de Empresas e Falência, pela UCP | Pós-Graduação em Direito Comercial pela UCP | Curso<br />

sobre Feitura de Leis | Curso sobre Delegação de Competências | Idiomas: Inglês, Francês e Espanhol.


Principais elementos curriculares e atividades profissionais exercidas<br />

pelos Membros do Órgão de Administração do Conselho de Administração Executivo<br />

Fernando Abs da Cruz Souza Pinto<br />

Nacionalidade: Portuguesa e Brasileira | Data de nascimento: Junho 1949<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 25<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Nomeado Presidente Executivo/CEO, na <strong>TAP</strong> (Outubro 2000-Dezembro 2006); Presidente do Conselho de Administração Executivo da <strong>TAP</strong>,<br />

S.A. e da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. (Dezembro 2006).<br />

Atividade Profissional: Presidente do Conselho da IATA (Junho 2007-Junho 2008) | Presidente da AEA–Associação de Companhias Aéreas<br />

Europeias (2005) | Diretor Presidente da VARIG, S.A. (Viação Aérea Rio-Grandense) (1996-2000) | Diretor Presidente (1992-96) e Diretor<br />

Técnico (1988-92) da RIO-SUL, Serviços Aéreos Regionais | Chefe do Sub-Departamento de Oficinas e Manutenção (1982-88); Engenheiro<br />

residente na Airbus Industries (Toulouse-França) (1981-82); Chefe da Divisão de Motores (1976-81); Engenheiro coordenador do Projeto<br />

Banco de Provas de Motores, tendo a responsabilidade de coordenar as diversas fases de projeto e construção de um sistema de ensaio de<br />

turbinas na área industrial do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro (1973-76); Estagiário de Engenharia (Oficina de Rodas e Freios) (1972-<br />

-73) na VARIG, S.A. (Viação Aérea Rio-Grandense).<br />

Outras Atividades: Piloto Privado | Piloto de Planadores | Piloto Desportivo de Ultraleves.<br />

+ É licenciado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Como projeto de formatura apresentou um protótipo do<br />

primeiro hovercraft construído no Brasil, com tecnologia absorvida de Inglaterra, após diversos estágios em fábricas inglesas (Ilha de Wight)<br />

| Curso Técnico de Máquinas e Motores (Escola Técnica Federal do Rio de Janeiro) | Curso de Extensão em Administração de Empresas<br />

(Fundação Getúlio Vargas – Rio de Janeiro) | Diversos Cursos Técnicos na área de Aeronáutica | Idiomas: Inglês e Francês.<br />

Fernando Jorge Alves Sobral<br />

Nacionalidade: Portuguesa | Data de nascimento: Abril 1949<br />

Nomeado Vogal do Conselho de Administração Executivo da <strong>TAP</strong>, S.A. e da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. (Dezembro 2006).<br />

Competências de Gestão das seguintes áreas: Unidade de Negócio Manutenção e Engenharia da <strong>TAP</strong>; PGA.<br />

Atividade Profissional: Presidente do Conselho de Administração na VEM (VARIG Engenharia e Manutenção) (2006) | Vogal do Conselho de<br />

Administração, em acumulação com as funções de Vice-Presidente Executivo da Manutenção e Engenharia da <strong>TAP</strong>–Air Portugal na <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

(2003) | Vice-Presidente Executivo da Manutenção e Engenharia na <strong>TAP</strong>–Air Portugal (2001) | Diretor Geral da Manutenção e Engenharia (1996-<br />

-2001); Diretor Geral Adjunto da Manutenção e Engenharia (1996); Responsável da equipa Manutenção–Processos, integrando um projeto de<br />

reestruturação global da Empresa – <strong>TAP</strong> 2000 (1995-96); Chefe do Serviço de Componentes da Direção Geral de Manutenção e Engenharia<br />

(1990-96); Chefe da Divisão de Engenharia de Produção do Serviço de Instrumentos, Eletricidade e Rádio, da Direção Geral de Manutenção e<br />

Engenharia (1987-90); Engenheiro Eletrotécnico exercendo funções no Serviço de Engenharia da Direção Geral de Manutenção e Engenharia<br />

(1979-87) na <strong>TAP</strong> | Direção Geral da Aeronáutica Civil como Engenheiro Eletrotécnico (1973-79).<br />

Outras Atividades: Chairman da European Aircraft Engineering & Maintenance Conference (2005) | Chairman, 4th Managing Aircraft<br />

Maintenance Costs Conference (2003) | Vice-Chairman, Airlines International Electronics Meeting (1995) | Representante técnico da <strong>TAP</strong><br />

junto da Airbus, em Toulouse, para a receção da frota A340 da <strong>TAP</strong> (1995) | Representante da <strong>TAP</strong>, Airline International Electronics Meetings e<br />

Avionics Maintenance Conferences (1987-95) | Experiência pedagógica – Professor Auxiliar, Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (1989-<br />

-97) | Assistente, Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (1976-89) | Assistente, Instituto Superior Técnico (1972-75) | Monitor, Instituto<br />

Superior Técnico (1970-72).<br />

+ É licenciado em Engenharia Eletrotécnica, ramo de Eletrónica e Telecomunicações pelo Instituto Superior Técnico.


26 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Luís Manuel da Silva Rodrigues<br />

Nacionalidade: Portuguesa | Data de nascimento: Janeiro 1965<br />

Nomeado Vogal do Conselho de Administração Executivo da <strong>TAP</strong>, S.A. e da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. (Junho 2009).<br />

Competências de Gestão das seguintes áreas: Unidade de Negócio Transporte Aéreo: Serviço ao Cliente, Fale Connosco; SPdH; <strong>TAP</strong>–<br />

Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. (ex-VEM).<br />

Atividade Profissional: Presidente, Fischer Portugal (Julho 2008-Maio 2009) | Consultor, Confronto d’Ideias, Sociedade Unipessoal (Janeiro<br />

2008-Maio 2009) | Diretor de Marketing Rede Fixa (2006-07); Diretor de Marketing, Negócio Empresarial (2003-07), PT Comunicações |<br />

Administrador Executivo, Marketing, Comercial e Conteúdos, Media Capital Multimédia; Administrador Executivo, Unidivisa, Sociedade<br />

Gestora de Cartões de Crédito, Grupo Media Capital (2000-03) | Diretor Coordenador Marketing, Relações Públicas, Novas Tecnologias, TVI,<br />

Televisão Independente, Grupo Media Capital (1999-2000) | European Marketing Manager New Initiatives, Procter & Gamble Europe (1996-97)<br />

| Marketing Manager (1994-96); Brand Manager (1993-94); Assistant Brand Manager (1990-93), Procter & Gamble Portugal.<br />

Outras Atividades: Membro efetivo da Comissão de Análise e Estudo de Meios da Associação Portuguesa de Anunciantes (1999-2000) |<br />

Membro eleito da Direção da Associação Portuguesa de Agências de Publicidade | Eleito Personalidade de Marketing do Ano 2007 pela<br />

Associação Portuguesa de Profissionais de Marketing | Secretário Geral da Harvard Business School (AMP 164 2003) | Formador de Qualidade<br />

Total (1995-96) Procter & Gamble Portugal.<br />

+ É licenciado em Economia pela UNL | MBA pela UNL | Advanced Management Program (AMP 164, 2003) pela Harvard Business School,<br />

EUA | Air Transport Management Seminar (<strong>2011</strong>) pela Cranfield University.<br />

Luiz da Gama Mór<br />

Nacionalidade: Portuguesa e Brasileira | Data de nascimento: Abril 1952<br />

Nomeado Vice-Presidente Executivo do Transporte Aéreo da <strong>TAP</strong> Portugal, na <strong>TAP</strong>, S.A. (Outubro 2000-Dezembro 2006); Vogal do Conselho<br />

de Administração Executivo da <strong>TAP</strong>, S.A. e da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. (Dezembro 2006).<br />

Competências de Gestão das seguintes áreas: Unidade de Negócio Transporte Aéreo: Marketing, Comunicação e Relações Públicas, Vendas,<br />

Carga e Correio; Cateringpor; Lojas Francas de Portugal.<br />

Atividade Profissional: Presidente do Conselho de Administração, Cateringpor (Empresa de catering de aviação) | Presidente do Conselho de<br />

Administração, LFP (empresa de lojas de vendas, em aeroportos e a bordo) | Membro do Conselho de Administração, Groundforce (empresa<br />

de handling de passageiros e carga) | Vice-Presidente de Vendas e Marketing; Diretor Comercial; Diretor de Logística Operacional; Gerente<br />

Comercial do RGS; Gerente EVAER–Escola VARIG de Aeronáutica na VARIG, S.A. (Março 1990-Junho 2000) | Diretor de Marketing; Gerente<br />

Administrativo e Comercial; Gerente de Manutenção, AEROMOT, S.A. (Setembro 1977-Fevereiro 1990).<br />

Outras Atividades: Experiência pedagógica – Professor de O Piloto e o Mercado na Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUC/RS (1995) |<br />

Professor de Estudo dos Problemas do Turismo no Brasil na Faculdade de Turismo da PUC/RS (1994) | Professor de Marketing na Escola de<br />

Administração da ULBRA/RS (1989) | Professor de Organização e Métodos na Escola de Administração da ULBRA/RS (1984) | Membro da<br />

Comissão que desenvolveu o Curso de Ciências Aeronáuticas PUC/RS | Diretor (Conselheiro) da empresa Pluna Linhas Aéreas Uruguaias,<br />

S.A. | Membro do Conselho Diretor da empresa Amadeus Brasil.<br />

+ É licenciado em Engenharia Mecânica pela UFRGS | Pós-graduação em Administração (PPGA/UFGRS) | Frequência dos seguintes cursos<br />

de especialização, entre outros: Airline Business (London Business School); PGA–Programa de Gestão Avançada (INSEAD– França).<br />

Qualificações: Executivo com 30 anos de experiência nas áreas Operacionais, Vendas, Marketing e Administração Superior de Empresas<br />

de médio e grande porte de aviação e correlacionadas | Capacidade de diagnóstico de mercado, construção de visão de futuro e estabelecimento<br />

de estratégia competitiva em ambiente altamente competitivo | Experiência em turnaround de empresas trabalhando em ambiente<br />

de muita pressão, inclusive pública | Experiência em gestão de grandes equipas com atuação internacional. Habilidade na coordenação<br />

de mudança cultural, em programas motivacionais e de reconhecimento buscando alinhamento com a estratégia | Experiência em rebranding,<br />

desenvolvimento de produto e fidelização de Clientes | Coordenação de projetos corporativos com empresas de consultoria visando o<br />

aumento de eficiência, redução de custos e aumento de receitas.


Manoel José Fontes Torres<br />

Nacionalidade: Portuguesa e Brasileira | Data de nascimento: Junho 1947<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 27<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Nomeado Vice-Presidente Executivo do Transporte Aéreo da <strong>TAP</strong> Portugal, na <strong>TAP</strong>, S.A. (Outubro 2000-Dezembro 2006); Vogal do Conselho<br />

de Administração Executivo da <strong>TAP</strong>, S.A. e da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. (Dezembro 2006).<br />

Competências de Gestão das seguintes áreas: Unidade de Negócio Transporte Aéreo: Operações de Voo, Planeamento de Frota, Rede e<br />

Planeamento, Controlo Operacional, Relações Internacionais e Alianças, Tecnologias de Informação, Planeamento de Emergência; PGA.<br />

Atividade Profissional: Presidente do Conselho de Administração na White Airways, S.A. | Vice-Presidente Executivo–Planeamento Corporativo<br />

e Rede de Linhas, VARIG, S.A. (Viação Aérea Rio-Grandense) | Membro do Conselho de Administração, PLUNA, S.A. (Uruguai) | Diretor Geral,<br />

I<strong>TAP</strong>–Indústria Técnica de Artefactos Plásticos (embalagens rígidas) | Gerente da Divisão de Produção, TOGA–Indústria de Papéis | Consultor,<br />

PLANASA (nas áreas de Planeamento e Sistemas).<br />

Outras Atividades: Membro do Management Board da STAR Alliance | Membro do Industry Affairs Committee da IATA.<br />

+ É licenciado em Engenharia Mecânica pela Universidade de São Paulo | Pós-graduação em Administração de Empresas (Escola de<br />

Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas) | Frequência dos seguintes cursos de especialização, entre outros:<br />

Administração de Empresas (INSEAD–França); Aircraft Fleet Planning–Cranfield College of Aeronautics (Inglaterra); Aircraft System and<br />

Performance (The Boeing Commercial Airplane Company – EUA).<br />

Michael Anthony Conolly<br />

Nacionalidade: Portuguesa e Brasileira | Data de nascimento: Dezembro 1949<br />

Nomeado Vice-Presidente Executivo na <strong>TAP</strong>, S.A. (Outubro 2000-Dezembro 2006); Vogal do Conselho de Administração Executivo da <strong>TAP</strong>,<br />

S.A. e da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. (Dezembro 2006).<br />

Competências de Gestão das seguintes áreas: Unidade de Negócio <strong>TAP</strong> Serviços; Responsabilidades ao nível do Grupo <strong>TAP</strong>: Finanças,<br />

Recursos Humanos, Logística, Serviços Jurídicos, Administração e Gestão de Recursos Físicos, Planeamento/Portfolio de Negócios e<br />

Performance, Tecnologias de Informação, Auditoria; Megasis; UCS; <strong>TAP</strong>GER; PGA.<br />

Atividade Profissional: Vice-Presidente Executivo de Finanças, VARIG, S.A. (Viação Aérea Rio-Grandense) | Controller Mundial, Bunge<br />

Internacional (grupo agro-industrial com atividades na América do Sul, Central e do Norte, Europa, Oceânia e Ásia) | Presidente, MCS Trading<br />

(Empresa brasileira de importação e exportação e de comércio varejista com atividades principais no Brasil, Estados Unidos da América,<br />

Europa e Ásia) | Controller para a América Latina, Alcoa (Aluminium Co. Of América, maior produtora mundial de alumínio).<br />

+ É licenciado em Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas |<br />

Contabilidade (Escola Técnica de Comércio da Fundação Getúlio Vargas) | Diversos cursos de especialização no Brasil e no exterior |<br />

Idiomas: Português, Inglês, Espanhol e Francês.<br />

Qualificações: 30 anos de atividade profissional nas áreas Financeira, Planeamento Estratégico, Produção e Presidência, nos setores de<br />

Serviço, Industrial, Agro-Industrial, Trading, e Aviação Comercial.


02<br />

<strong>Relatório</strong><br />

de Gestão<br />

<strong>TAP</strong>, SGPS, S.A.


30 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

<strong>TAP</strong>, SGPS, S.A.<br />

Perfil<br />

A <strong>TAP</strong> terá como foco o serviço de<br />

Transporte Aéreo e atividades afins,<br />

visando constantemente o retorno<br />

para os seus investidores, e a liderança<br />

no nicho de mercado em que<br />

atuar. Oferecerá aos seus Clientes um<br />

produto de qualidade, sendo sempre<br />

a melhor opção para quem utilizar os<br />

seus serviços, e uma de entre as melhores<br />

Empresas para se trabalhar.<br />

Atuará consciente do seu compromisso<br />

com a sociedade e com o meio<br />

ambiente.<br />

CRESCIMENTO<br />

FORTEMENTE ACENTUADO<br />

em particular no mercado externo<br />

Vendas e prestações de serviços<br />

EUR milhões<br />

3.000<br />

2.500<br />

2.000<br />

1.500<br />

1.000<br />

500<br />

0<br />

1.262<br />

744<br />

518<br />

2.316<br />

1.783<br />

533<br />

2.439<br />

375<br />

2003 2010 <strong>2011</strong><br />

Outros mercados Mercado externo<br />

2.064<br />

REFORÇO DAS VENDAS NO ExTERIOR<br />

A <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. é uma Empresa que tem<br />

por objeto a gestão de participações sociais<br />

em outras sociedades. Contribuem para os<br />

resultados do Grupo:<br />

+ A empresa <strong>TAP</strong>–Transportes Aéreos<br />

Portugueses, S.A. (<strong>TAP</strong> Portugal), cuja<br />

principal atividade consiste no transporte<br />

aéreo de passageiros e carga, desenvolvendo,<br />

também, atividade de serviço a<br />

terceiros, com a intervenção no negócio<br />

de Manutenção, em Portugal e no Brasil;<br />

+ Um conjunto de empresas que desenvolvem<br />

a sua atividade em áreas ligadas<br />

aos negócios principais do Grupo<br />

– o Transporte Aéreo e a Manutenção e<br />

Engenharia –, com vista ao controlo da<br />

cadeia de serviço.<br />

Mercado<br />

Externo<br />

Taxa de crescimento<br />

composta anual 2003-<strong>2011</strong><br />

+13,6%<br />

Em <strong>2011</strong>, o Grupo <strong>TAP</strong> viu reforçado o posicionamento do seu contributo<br />

para o volume das exportações nacionais, com uma contribuição global<br />

de EUR 2.063,5 milhões, em vendas e prestações de serviços no mercado<br />

externo, mais 15,7% que em 2010.<br />

Vendas e prestações<br />

de serviços<br />

EUR milhões <strong>2011</strong> 2010 var. (%)<br />

Mercado externo * 2.063,5 1.782,8 15,7<br />

Outros mercados 375,4 532,8 (29,5)<br />

* Empresas do Grupo <strong>TAP</strong> declarantes diretos do Banco de Portugal<br />

1<br />

1<br />

Prosseguindo a sua linha de orientação<br />

estratégica, a prioridade da <strong>TAP</strong> consiste<br />

na satisfação das expectativas dos<br />

Clientes, promovendo a sua fidelidade e<br />

mantendo uma forte ligação a Portugal, atitude<br />

que corresponde ao segmento de mercado<br />

onde a sua posição competitiva é mais<br />

sustentada.<br />

A <strong>TAP</strong> Portugal é uma companhia aérea<br />

internacional, que opera a partir da sua<br />

base operacional em Lisboa, cidade que,<br />

devido ao posicionamento geográfico,<br />

constitui uma plataforma de acesso privilegiado<br />

a mercados localizados em outros<br />

Continentes, mantendo, ainda, uma operação<br />

no aeroporto do Porto, numa lógica de<br />

2º hub operacional.<br />

2<br />

24<br />

Proveitos<br />

de Passagens<br />

2,3%<br />

5% 2%<br />

Proveitos<br />

de Passagens<br />

3,3%<br />

2%1%<br />

Tráfego em Transferência<br />

hub Lisboa<br />

2%<br />

Tráfego em Transferência<br />

hub Lisboa<br />

4%<br />

9<br />

26<br />

42%<br />

16%<br />

Proveitos<br />

de Passagens<br />

23,0%<br />

Tráfego em Transferência<br />

hub Lisboa<br />

53%


No desenvolvimento da sua rede, a Empresa<br />

persegue uma estratégia de segmentação,<br />

conectando a Europa a um número crescente<br />

de destinos localizados em África, na<br />

América do Norte, Central e do Sul, destacando-se,<br />

nesta última região, como a<br />

transportadora Europeia líder para o Brasil.<br />

O Grupo <strong>TAP</strong> finalizou <strong>2011</strong> com um resultado<br />

líquido no valor de EUR -76,8 milhões,<br />

menos EUR 19,7 milhões que os EUR -57,1<br />

milhões registados no exercício do ano<br />

anterior.<br />

Ao nível operacional, antes de gastos de<br />

financiamento e impostos, a Empresa registou<br />

EUR -18,1 milhões, refletindo um agravamento<br />

de EUR 17,6 milhões, face ao ano<br />

de 2010.<br />

Lisboa<br />

Porto<br />

7<br />

1<br />

16%<br />

5%<br />

Proveitos<br />

de Passagens<br />

27,9%<br />

13<br />

7<br />

41<br />

89<br />

36%<br />

10% 6%<br />

Proveitos<br />

de Passagens<br />

6,5%<br />

59%<br />

Proveitos<br />

de Passagens<br />

36,4%<br />

De assinalar que a <strong>TAP</strong> tinha, no final de<br />

<strong>2011</strong>, uma dimensão acima do dobro da<br />

verificada em 2000, já que a sua oferta cresceu,<br />

neste período, cerca de 150%.<br />

No desenvolvimento da sua atividade, a <strong>TAP</strong><br />

Portugal, conjuntamente com os seus parceiros,<br />

disponibilizava, a 31 de Dezembro,<br />

aos seus passageiros e clientes de carga, o<br />

acesso a 215 cidades, 75 em avião próprio,<br />

das quais 120 se localizam na Europa, 61<br />

nas Américas, 19 em África, 9 em Portugal<br />

e 6 no Médio Oriente/Ásia. No final de <strong>2011</strong>,<br />

a Empresa transportou 9,75 milhões de passageiros<br />

e 89,5 milhares de toneladas de<br />

carga e correio.<br />

Na operação, foi utilizada uma frota recente,<br />

que no final do ano era composta por 55<br />

aviões, unicamente Airbus, sendo 16 aptos<br />

Tráfego em Transferência<br />

hub Lisboa<br />

25%<br />

Tráfego em Transferência<br />

hub Lisboa<br />

16%<br />

5<br />

Proveitos de Passagens<br />

Outros + Resto do Mundo<br />

0,6%<br />

Tráfego em Transferência<br />

hub Lisboa<br />

0,1%<br />

PKUs<br />

Passageiros<br />

Operação <strong>TAP</strong><br />

Operação por Companhia Parceira<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 31<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

para operações de longo curso. Com a aquisição<br />

da Companhia Portugália, que ocorreu<br />

durante o ano de 2007, a Companhia adquiriu<br />

a possibilidade de captar tráfego regional<br />

para a sua rede de operação, criando sinergias<br />

e reforçando a sua posição competitiva<br />

a nível internacional para o que contou com<br />

uma disponibilidade adicional de 16 aparelhos,<br />

vocacionados para a operação de<br />

rotas regionais.<br />

Complementarmente, a Unidade de Negócio<br />

<strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia prestou serviços<br />

a cerca de 52 Clientes Terceiros, dos<br />

quais 32 foram companhias aéreas.<br />

Ao longo do exercício, o Grupo <strong>TAP</strong> (<strong>TAP</strong>,<br />

S.A. e restantes empresas subsidiárias) contou<br />

com um quadro médio de pessoal de<br />

12.671 elementos, tendo finalizado o ano<br />

com 12.395 trabalhadores.<br />

Volume de negócios<br />

EUR milhões <strong>2011</strong> 2010 var. (%)<br />

Transporte Aéreo 2.131,5 1.995,3 6,8<br />

Manutenção – Assistência a Terceiros – Portugal 91,4 126,5 (27,8)<br />

Manutenção – Assistência a Terceiros – Brasil 63,4 51,3 23,6<br />

Lojas Francas 142,8 134,1 6,5<br />

Catering 5,6 6,7 (16,7)<br />

Outras Actividades <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. 7,4 6,1 20,2<br />

TOTAL 2.442,1 2.320,1 5,3


32 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Horas Voadas<br />

Equipamento próprio<br />

124.073<br />

229.703 242.866<br />

2000 2010 <strong>2011</strong><br />

95,7%<br />

242.866<br />

horas<br />

5,7%<br />

O número de horas voadas pela frota da <strong>TAP</strong> totalizou<br />

cerca de 243 milhares, mais 5,7% que em 2010.<br />

Proveitos de Manutenção<br />

10 3<br />

INDICADORES<br />

85.730<br />

126.541<br />

92.566<br />

2000 2010 <strong>2011</strong><br />

8,0%<br />

92.566<br />

EUR milhares<br />

-26,8%<br />

O total de Vendas e Prestação de Serviços da <strong>TAP</strong><br />

–Manutenção e Engenharia Portugal registou uma quebra<br />

de 26,8%, reetindo o impacto da envolvente recessiva que<br />

se continua a vericar, a nível internacional.<br />

Nota: Valores de 2010 e <strong>2011</strong> de acordo com as IFRS<br />

(International Financial Reporting Standards).<br />

Capacidade – PKOs<br />

Tráfego – PKUs<br />

10 6<br />

149,6%<br />

13.643<br />

9.909<br />

162,1%<br />

34.049<br />

milhões de PKOs<br />

Proveitos de Carga<br />

78.471<br />

124.871<br />

130.235<br />

2000 2010 <strong>2011</strong><br />

66,0%<br />

130.235<br />

EUR milhares<br />

5,9%<br />

32.138<br />

2000 2010 <strong>2011</strong><br />

8,5%<br />

23.944<br />

4,3%<br />

34.049<br />

25.970<br />

25.970<br />

milhões de PKUs<br />

A capacidade da operação registou um acréscimo de 5,9%,<br />

tendo a procura correspondido, com um incremento expressivo,<br />

da ordem dos 8,5%.<br />

10 3 10 6<br />

Em <strong>2011</strong>, a carga aérea transportada manteve um comportamento<br />

positivo, tendo os proveitos registado um crescimento<br />

de 4,3%.<br />

Número de Frequências<br />

Europa<br />

27.359<br />

2000 2010 <strong>2011</strong><br />

157,1%<br />

África<br />

1.419<br />

3,8%<br />

2000 2010 <strong>2011</strong><br />

296,0%<br />

Venezuela<br />

346<br />

Proveitos de Passagens<br />

840<br />

1.843<br />

1.974<br />

2000 2010 <strong>2011</strong><br />

135,0%<br />

1.974<br />

EUR milhões<br />

5.485 5.619<br />

2,4%<br />

432 410<br />

2000 2010 <strong>2011</strong><br />

18,5%<br />

67.742 70.344<br />

-5,1%<br />

7,1%<br />

E.U.A.<br />

1.333<br />

822<br />

1.058<br />

2000 2010 <strong>2011</strong><br />

-20,6%<br />

Brasil<br />

1.676<br />

28,7%<br />

6.479 6.969<br />

2000 2010 <strong>2011</strong><br />

315,8%<br />

7,6%<br />

Os proveitos de passagens registaram um incremento de<br />

7,1%, reetindo o aumento vericado na procura, designadamente,<br />

para as rotas das regiões Atlântico Sul e África.


Venda de Passagens<br />

<strong>2011</strong><br />

Atlântico<br />

Sul<br />

23,0%<br />

Atlântico<br />

Médio<br />

2,3%<br />

Atlântico<br />

Norte<br />

3,3%<br />

2010<br />

África<br />

6,5%<br />

Atlântico<br />

Sul<br />

21,0%<br />

Atlântico<br />

Médio<br />

2,1%<br />

Atlântico<br />

Norte<br />

3,1%<br />

África<br />

6,6%<br />

EBITDAR<br />

10 3<br />

78.856<br />

Resto<br />

do Mundo<br />

0,2%<br />

Resto<br />

do Mundo<br />

0,2%<br />

Outros<br />

0,4%<br />

Europa<br />

36,4%<br />

Outros<br />

0,4%<br />

Europa<br />

35,8%<br />

2000 2010 <strong>2011</strong><br />

100,7%<br />

158.237<br />

EUR milhares<br />

192.412<br />

-17,8%<br />

Portugal<br />

27,9%<br />

Portugal<br />

30,8%<br />

158.237<br />

Os meios libertos de exploração para fazer face<br />

a encargos nanceiros e de investimentos registaram,<br />

no conjunto das empresas do Grupo <strong>TAP</strong>,<br />

uma redução de EUR 34,2 milhares.<br />

Rendimentos<br />

e Ganhos<br />

Operacionais<br />

10 6<br />

1.235<br />

2.351<br />

2.479<br />

2000 2010 <strong>2011</strong><br />

100,8%<br />

2.479<br />

EUR milhões<br />

5,4%<br />

Os rendimentos e ganhos operacionais<br />

do conjunto das empresas do Grupo<br />

reetiram o efeito do incremento registado<br />

no nível da procura.<br />

Nota: Valores de 2010 e <strong>2011</strong> de<br />

acordo com as IFRS (International<br />

Financial Reporting Standards).<br />

Resultado Operacional<br />

10 3<br />

-61.730<br />

2000 2010 <strong>2011</strong><br />

70,7%<br />

-421<br />

-18.067<br />

EUR milhares<br />

-4.191,4%<br />

-18.067<br />

Embora na presença de melhoria do<br />

desempenho de algumas subsidiárias, o<br />

impacto do custo com combustível<br />

reetiu-se no resultado operacional do<br />

Grupo.<br />

Nota: Valores de 2010 e <strong>2011</strong> de<br />

acordo com as IFRS (International<br />

Financial Reporting Standards).<br />

Recursos Humanos<br />

<strong>TAP</strong>, S.A. + PGA, S.A.<br />

Total Pessoal de Terra<br />

7.290<br />

2000 2010 <strong>2011</strong><br />

3,7%<br />

7.561<br />

Colaboradores<br />

7.683<br />

-1,6%<br />

Face ao crescimento registado, desde<br />

2000, no negócio, a evolução do Quadro<br />

de Pessoal da <strong>TAP</strong>, S.A. + PGA S.A.<br />

reete o incremento dos níveis de produtividade<br />

vericado, generalizadamente, na<br />

Empresa.<br />

Resultado Líquido<br />

10 3<br />

-122.082<br />

2000 2010 <strong>2011</strong><br />

37,1%<br />

4.957<br />

-76.807<br />

EUR milhares<br />

4.200<br />

-57.103<br />

-34,5%<br />

7.561<br />

4.089<br />

-76.807<br />

O agravamento da fatura de combustíveis<br />

por efeito preço, na ordem dos EUR 166<br />

milhões, reetiu-se na quebra do resultado,<br />

esbatendo o impacto do acréscimo<br />

de eciência adquirida ao longo dos últimos<br />

anos.<br />

Nota: Valores de 2010 e <strong>2011</strong> de<br />

acordo com as IFRS (International<br />

Financial Reporting Standards).<br />

Combustíveis<br />

10 3<br />

295 USD<br />

p/ton.<br />

156.007<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 33<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

522.933<br />

716.867<br />

2000 2010 <strong>2011</strong><br />

359,5%<br />

724 USD<br />

p/ton.<br />

37,1%<br />

716.867<br />

EUR milhares<br />

1.015 USD<br />

p/ton.<br />

Em trajetória de novo, ascendente, o<br />

comportamento do preço do petróleo<br />

reetiu-se no encargo da <strong>TAP</strong>, S.A. com<br />

combustíveis.<br />

Dívida<br />

10 6<br />

Dívida Total Dívida Líquida<br />

948<br />

902<br />

2000 2010 <strong>2011</strong><br />

1.231<br />

EUR milhões<br />

1.277 1.231<br />

1.054 1.064<br />

O total da dívida reete o esforço contínuo<br />

colocado na redução do endividamento<br />

da Empresa.


34 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

DESENVOLVIMENTO<br />

SUSTENTÁVEL<br />

DO GRUPO <strong>TAP</strong><br />

Responsabilidade social<br />

O sucesso face aos Clientes decorre, em<br />

larga medida, do facto de os Trabalhadores<br />

se reverem nos valores e atitudes da<br />

Empresa, inserindo-se na sua cultura, valorizando-se<br />

e motivando-se, garantindo,<br />

desta forma, vínculos de compromisso<br />

com a excelência empresarial perseguida,<br />

e demonstrando vontade de fazer mais<br />

e melhor.<br />

Os Trabalhadores da <strong>TAP</strong>, ao desenvolverem<br />

a sua atividade, de forma dedicada e<br />

eficiente, contribuem, de modo decisivo,<br />

para a afirmação da cultura da Empresa.<br />

Este é um facto que se apresenta, hoje,<br />

como determinante na diferenciação positiva<br />

da Organização, que inserida num mercado<br />

altamente competitivo, como o da<br />

aviação comercial, exige recursos humanos<br />

capazes, disponíveis, eficazes na ação<br />

que desenvolvem e com forte potencial para<br />

inovação.<br />

No âmbito da sua visão estratégica, ao assumir-se<br />

como a melhor Empresa para trabalhar,<br />

a <strong>TAP</strong> procura potenciar o impacto<br />

da ação de todos os seus Colaboradores<br />

e, deste modo, assentar o seu desenvolvimento<br />

sustentável num modelo de gestão<br />

participativa e de reconhecimento social,<br />

através de um melhor desempenho e maior<br />

contribuição daqueles, para a competitividade<br />

e para os resultados.<br />

A criação da área de Gestão de Talento,<br />

em Recursos Humanos, vem ao encontro<br />

da postura do Grupo <strong>TAP</strong> em apostar no<br />

seu capital humano, com sistemas integrados<br />

e mais personalizados. A fim de responder<br />

às necessidades atuais e futuras do<br />

negócio, a identificação e retenção de high<br />

performers e high potentials torna-se indispensável,<br />

bem como assegurar, em continuidade,<br />

a aquisição de competências<br />

chave. Igualmente, a considerar como fator<br />

estratégico o fomento do fit cultural, e propiciar<br />

a criatividade, adaptabilidade, agilidade<br />

e resiliência dos Trabalhadores. A equipa de<br />

Gestão de Talento integra, ainda, o serviço<br />

social que tem por missão apoiar e aconselhar<br />

os Trabalhadores no ativo e na reforma,<br />

nas diversas situações com que se deparam,<br />

nos âmbitos pessoal e das suas atividades,<br />

procurando, desta forma, garantir<br />

uma adequada inserção social.<br />

Tendo em atenção a motivação pessoal,<br />

segurança e equilíbrio entre o trabalho e<br />

a vida pessoal dos seus Trabalhadores,<br />

a Empresa concede, ainda, um leque de<br />

benefícios sociais relevantes, tais como o<br />

seguro de saúde e de vida, a clínica médica<br />

interna, o infantário 24H por dia, o refeitório<br />

e facilidades de passagens aéreas, entre<br />

outros.<br />

No âmbito das ações externas, a <strong>TAP</strong> tem<br />

vindo a apoiar a ação solidária e cívica<br />

dos Trabalhadores junto da Comunidade,<br />

gerando um sentimento de pertença junto<br />

daqueles que partilham os valores da<br />

Empresa. Desta forma, e mais uma vez, a<br />

Empresa pretende ser um espaço de realização<br />

profissional e pessoal.<br />

Por outro lado, o Grupo <strong>TAP</strong>, a par de outras<br />

iniciativas, dinamiza a bolsa de voluntariado<br />

empresarial, como são os Voluntários com<br />

Asas, o Assistence Team e o Care Team.<br />

O primeiro visa minimizar dificuldades dos<br />

mais carenciados, através de inúmeras<br />

ações de apoio à Comunidade, enquanto o<br />

segundo presta ajuda no Aeroporto, em situações<br />

de pico operacional e irregularidade<br />

extrema, estando o Care Team vocacionado<br />

para situações de eventual emergência.<br />

Esta é, assim, a personalidade <strong>TAP</strong> que a<br />

credita como uma referência, no domínio da<br />

responsabilidade social.


Responsabilidade ambiental<br />

Em <strong>2011</strong>, a <strong>TAP</strong> continuou empenhada na<br />

formação dos seus Colaboradores, tendo<br />

sido realizadas 25 edições da ação de formação<br />

Agir Eco, em que participaram 340<br />

trabalhadores das várias Unidades de<br />

Negócio/Empresas do Grupo <strong>TAP</strong>. Desde<br />

o arranque do curso, em abril de 2010,<br />

650 trabalhadores do Grupo receberam<br />

esta ação de formação. O Programa de<br />

Compensação de Emissões de CO 2 da <strong>TAP</strong>,<br />

em parceria com a IATA e através do qual<br />

os passageiros podem, de forma voluntária,<br />

compensar as emissões de CO 2 associadas<br />

às suas viagens na <strong>TAP</strong>, teve continuidade<br />

em <strong>2011</strong>. Neste ano, o objetivo de compensação<br />

de emissões estabelecido foi, de<br />

novo, ultrapassado, em 13%, tendo sido<br />

compensadas 4.515 toneladas de CO 2 .<br />

No domínio da sensibilização ambiental,<br />

a Empresa assinalou o ano de <strong>2011</strong> – Ano<br />

Internacional das Florestas –, com uma atividade<br />

de proteção do património florestal,<br />

no controlo e limpeza de infestantes na<br />

Serra da Boa Viagem, na Figueira da Foz.<br />

Esta ação sócio ambiental, que teve lugar<br />

em maio de <strong>2011</strong>, foi organizada pela Área<br />

de Ambiente, em parceria com a Fundação<br />

Floresta Unida, e contou com a colaboração<br />

do grupo de Voluntários com Asas da<br />

<strong>TAP</strong>. Em <strong>2011</strong>, foi também organizado o<br />

programa Minuto Verde – rúbrica da ONG<br />

Quercus, transmitida no Programa Bom<br />

dia Portugal na RTP, numa iniciativa conjunta<br />

da área de Ambiente e da Direção<br />

de Comunicação da Empresa. Os programas,<br />

filmados na <strong>TAP</strong>, explicam como várias<br />

medidas em curso na Empresa contribuem<br />

para a redução do consumo de combustível<br />

e emissões de CO 2 , e destacam iniciativas<br />

implementadas no Campus <strong>TAP</strong>, como a<br />

recolha seletiva de resíduos em áreas administrativas<br />

e oficinais, e a redução de consumos<br />

de eletricidade e de água.<br />

No domínio regulatório, a inclusão da <strong>TAP</strong> no<br />

Comércio Europeu de Licenças de Emissão,<br />

a partir de janeiro de 2012, tem representado<br />

uma das prioridades no domínio do<br />

Ambiente, envolvendo as áreas de Ambiente<br />

e de Finanças da Unidade de Negócio <strong>TAP</strong><br />

Serviços, e a área de Gestão de Frota da<br />

Unidade de Negócio do Transporte Aéreo.<br />

Para mais informações sobre as atividades<br />

da <strong>TAP</strong> relativamente ao Ambiente, consultar<br />

capítulo “Perspetiva Ambiental” do<br />

<strong>Relatório</strong> de Sustentabilidade da <strong>TAP</strong>.<br />

Melhoria do desempenho ambiental<br />

de cada Trabalhador da atividade de<br />

Manutenção<br />

Com o objetivo de melhorar o desempenho<br />

ambiental de cada trabalhador e, consequentemente,<br />

da Unidade de Negócio<br />

em questão, foi criado em <strong>2011</strong>, na <strong>TAP</strong>–<br />

Manutenção e Engenharia, no âmbito da<br />

Comunicação, um novo canal para difusão<br />

de informações de cariz ambiental, a<br />

Newsletter ambiente me, uma publicação<br />

bimensal, que vem abordar temas práticos<br />

do dia-a-dia profissional.<br />

Por outro lado, foi mantido e desenvolvido<br />

o Programa de Proteção Ambiental,<br />

tentando reduzir os impactes ambientais<br />

negativos decorrentes da atividade desta<br />

Unidade de Negócio. Foram, assim, mantidos<br />

os processos de gestão de resíduos,<br />

os processos de tratamento de efluentes,<br />

as monitorizações das emissões para a<br />

atmosfera e para a água, tendo sido efetuados<br />

investimentos, de modo a minimizar<br />

alguns dos impactes ambientais. Foi, ainda,<br />

reiniciada a implementação do Sistema de<br />

Gestão Ambiental da Unidade de Negócio,<br />

tendo sido elaborado o sistema documental<br />

do processo: Manual de Gestão Ambiental,<br />

Procedimentos, Instruções de Serviço e<br />

Registos. Ao nível da Oficina de Motores,<br />

realizaram-se, igualmente, diversos investimentos<br />

que resultaram na melhoria do<br />

desempenho ambiental desta atividade,<br />

merecendo destaque a adequação do processo<br />

de limpeza de rolamentos aos procedimentos<br />

previstos pelo manual do<br />

fabricante CFM. No setor de Soldadura, foi<br />

adquirido um novo equipamento de afiação<br />

de elétrodos de tungsténio, com contenção<br />

total das partículas geradas no processo.<br />

No âmbito da Oficina de Tratamentos<br />

Eletrolíticos, foi realizado um estudo com<br />

vista a dotar esta área das melhores práticas<br />

e das melhores tecnologias disponíveis<br />

para a sua atividade, tendo sido identificados<br />

alguns produtos alternativos, que entrarão,<br />

brevemente, em regular utilização. Na<br />

componente de Gestão de Resíduos, manteve-se<br />

o procedimento, sendo o seu encaminhamento<br />

para o exterior coordenado<br />

pela <strong>TAP</strong> Serviços, que contrata a gestão<br />

externa dos resíduos de todo o reduto <strong>TAP</strong>.<br />

Pondo em prática a política dos 3 R’s<br />

(Reduzir, Reutilizar e Reciclar), os trabalhadores<br />

têm sido sensibilizados, através de<br />

Programa de Compensação de<br />

Emissões de CO 2<br />

Carbon Offset<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 35<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

ações de formação no sentido de, sempre<br />

que possível, efetuar a contentorização dos<br />

resíduos produzidos, reutilizando recipientes<br />

provenientes dos materiais usados nas operações<br />

de manutenção, bem como voltar a<br />

reutilizar alguns dos resíduos que saem para<br />

reciclagem, após a sua regeneração. O tratamento<br />

dos efluentes industriais provenientes<br />

da Oficina de Tratamentos Eletrolíticos<br />

e da Oficina de Motores, efetuado na ETAR<br />

da Unidade de Negócio, atingiu um total de<br />

2.006 m 3 de efluentes, sendo o controlo de<br />

qualidade do efluente final aferido através de<br />

monitorizações trimestrais, de acordo com a<br />

Licença Ambiental em vigor. Igualmente, no<br />

âmbito desta licença, foram efetuadas duas<br />

campanhas de monitorização das emissões<br />

das fontes fixas, com periodicidade semestral,<br />

conforme previsto.<br />

Disponível no site, toda a informação<br />

relativa ao valor de dióxido de<br />

carbono (CO 2 ) emitido por passageiro<br />

em cada voo, bem como o custo<br />

correspondente à compensação<br />

dessa emissão e, ainda, informação<br />

sobre o projeto apoiado e no qual será<br />

investido o dinheiro resultante de cada<br />

contribuição.<br />

Devido à singularidade deste programa,<br />

transversal à Indústria da aviação, a<br />

<strong>TAP</strong> foi distinguida pela UNESCO com<br />

o Prémio Planeta Terra 2010.


36 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

FACTOS MARCANTES<br />

Acontecimentos Estruturantes<br />

No decorrer de <strong>2011</strong>, a Empresa prosseguiu<br />

os esforços no sentido de manter<br />

um posicionamento competitivo no<br />

mercado global, tendo-se registado a<br />

ocorrência de acontecimentos de natureza<br />

estruturante.<br />

Cronologia dos principais<br />

acontecimentos<br />

Em abril de 2009, o Grupo <strong>TAP</strong> desenvolveu<br />

um concurso para a seleção de uma instituição<br />

bancária de investimentos com a missão<br />

de promover a venda, nos mercados<br />

nacional e internacional, da maioria (50,1%)<br />

do capital da empresa SPdH.<br />

A aquisição da referida parcela de capital<br />

ocorreu em março de 2008, por parte de<br />

um consórcio de três instituições financeiras<br />

(Banco de Investimento Global (BIG), Banco<br />

de Investimento, S.A. (BANIF) e Banco<br />

Invest, S.A.).<br />

Esta operação, dinamizada pela <strong>TAP</strong>, teve<br />

por objetivo criar condições aos responsáveis<br />

pela gestão da SPdH no sentido de<br />

promover as mudanças necessárias à resolução<br />

das suas dificuldades operacionais e,<br />

desta forma, proporcionar a melhoria significativa<br />

dos padrões de serviço oferecidos,<br />

tanto à própria <strong>TAP</strong>, como aos restantes<br />

clientes daquela empresa de handling.<br />

Assim, em março de 2009, e de acordo<br />

com condições previstas com os referidos<br />

bancos, foi transferida para a <strong>TAP</strong> aquela<br />

participação no capital da SPdH, tendo a<br />

operação sido celebrada por montante igual<br />

ao da aquisição.<br />

Em novembro de 2009, a Autoridade da<br />

Concorrência (AdC) emitiu decisão, proibindo<br />

a operação de concentração da <strong>TAP</strong><br />

com a SPdH, por considerar suscetível de<br />

criar ou reforçar uma posição dominante<br />

da empresa de handling na assistência em<br />

escala nos aeroportos nacionais em que<br />

aquela opera, devendo a <strong>TAP</strong> concretizar<br />

a alienação da maioria do capital social da<br />

operadora de handling, bem como nomear<br />

um mandatário de gestão com a missão de<br />

agir no interesse da AdC, gerindo a empresa<br />

SPdH de forma independente da <strong>TAP</strong>.<br />

Nesse sentido, a gestão da SPdH tem sido<br />

assegurada pela Europartners, entidade<br />

independente da <strong>TAP</strong>, e acompanhada pela<br />

Autoridade da Concorrência.<br />

Em cumprimento destas disposições, a <strong>TAP</strong><br />

tem vindo a prosseguir no esforço de alienação<br />

da posição que foi obrigada a readquirir,<br />

a maioria do capital da SPdH. Assim,<br />

e por deliberação da Assembleia Geral<br />

de acionistas de 27 de janeiro de 2010,<br />

foram designados três representantes da<br />

Europartners para ter assento no Conselho<br />

de Administração da SPdH, neles se<br />

incluindo o administrador-delegado, na qualidade<br />

de gestor operacional independente.<br />

Para cumprimento dos desígnios justificados<br />

em imperativos legais que regem o<br />

setor de atividade de assistência em escala,<br />

e conseguir obter condições favoráveis à<br />

alienação da maioria do respetivo capital<br />

social, a SPdH iniciou, em 2010, um processo<br />

de reestruturação profunda, no sentido<br />

de serem repostos os capitais próprios<br />

e, assim, restabelecer os rácios de solvabilidade<br />

e de autonomia financeira, segundo<br />

padrões habitualmente aceitáveis, e suscetíveis<br />

de lhe conferir aptidão para se apresentar<br />

ao Concurso Publico Internacional para<br />

licença de operador de handling nos aeroportos<br />

nacionais, promovido pelo INAC no<br />

final de <strong>2011</strong>.<br />

Na sequência das diligências efetuadas,<br />

foi firmado, no final de <strong>2011</strong>, um acordo<br />

de princípio com um grupo nacional, para<br />

a aquisição, por parte deste, de 50,1%<br />

do capital da SPdH. A efetiva concretização<br />

do negócio, prevê-se que ocorra já em<br />

2012, estando sujeita, ainda, à avaliação do<br />

Governo, bem como ao parecer favorável da<br />

Autoridade da Concorrência, neste último<br />

caso, um requisito já confirmado no decorrer<br />

de janeiro de 2012.<br />

janeiro<br />

Publicação da Política de Segurança<br />

Operacional (Safety Policy) na <strong>TAP</strong><br />

–Manutenção e Engenharia, numa reafirmação<br />

do compromisso com a segurança<br />

operacional, assumido pelo<br />

administrador executivo desta Unidade<br />

de Negócio como primeira prioridade.<br />

A implementação de um Sistema de<br />

Gestão da Segurança Operacional<br />

representa uma evolução dos conceitos<br />

de gestão da Segurança e da<br />

Qualidade.<br />

fevereiro<br />

Lançamento da nova campanha e assinatura<br />

da Empresa De Braços Abertos,<br />

durante a participação da <strong>TAP</strong> na Bolsa<br />

de Turismo de Lisboa (BTL).<br />

A <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia participa<br />

na 3ª edição da conferência organizada<br />

pela Aviation Week no Dubai,<br />

da Maintenance Repair & Overhaul<br />

Middle East <strong>2011</strong>, a maior exposição<br />

de Manutenção e Reparação no Médio<br />

Oriente.<br />

março<br />

Inauguração de operações diretas<br />

para Dusseldorf, totalizando, com as<br />

três cidades já servidas neste país –<br />

Frankfurt, Hamburgo e Munique –, 55<br />

frequências semanais.<br />

Presença da <strong>TAP</strong> no Fórum Panrotas<br />

<strong>2011</strong>, em São Paulo, o principal evento<br />

de tendências e debates do Turismo<br />

Brasileiro.


abril<br />

Início das operações diretas para<br />

Bordéus, perfazendo, no conjunto das<br />

seis cidades operadas em França, 149<br />

frequências semanais.<br />

Presença da <strong>TAP</strong> Cargo na 17ª edição<br />

da Intermodal South America, a maior e<br />

mais importante feira da América do Sul,<br />

nos setores de logística, transportes e<br />

comércio internacional.<br />

Presença da <strong>TAP</strong>–Manutenção e<br />

Engenharia, unidades de Portugal e<br />

do Brasil, na Maintenance, Repair &<br />

Overhaul Américas <strong>2011</strong>, com forte afluência<br />

de visitantes profissionais de aviação<br />

civil e militar.<br />

maio<br />

Inauguração de operações diretas para<br />

Viena, integrada na estratégia de articulação<br />

das políticas de transporte aéreo<br />

com os objetivos do Turismo.<br />

junho<br />

Inauguração de voos diretos para<br />

Atenas e Manchester, consolidando o<br />

posicionamento da Companhia no continente<br />

Europeu.<br />

Num esforço de reforço da importância<br />

estratégica do hub de Lisboa, lançamento<br />

das rotas para Miami (EUA),<br />

para Bamako (Mali) e para Porto Alegre<br />

(Brasil), totalizando, este caso, o 10º<br />

destino no País.<br />

Participação da <strong>TAP</strong>–Manutenção e<br />

Engenharia, Portugal e Brasil, no Paris<br />

Air Show, o maior salão mundial do setor.<br />

PRINCIPAIS EVENTOS<br />

julho<br />

A traduzir a opção pela expansão da<br />

rede em todos os espaços continentais<br />

onde a Empresa opera, início da<br />

operação em África, para S. Vicente,<br />

a 2ª ilha mais populosa de Cabo Verde<br />

e inauguração de operações diretas<br />

para Accra, capital do Gana, perfazendo<br />

uma rede de 13 destinos neste<br />

continente.<br />

Início de operações para Dubrovnik,<br />

totalizando seis novos destinos na<br />

Europa.<br />

agosto<br />

Cut-over do novo sistema de reservas<br />

de carga – Cargospot, que substitui<br />

a anterior plataforma Cargomatic,<br />

perspetivando-se a sua ampliação, no<br />

futuro, com os módulos de pricing,<br />

faturação e contabilização.<br />

setembro<br />

Presença da <strong>TAP</strong>–Manutenção e<br />

Engenharia Portugal e da <strong>TAP</strong>–<br />

Manutenção Engenharia Brasil, na<br />

Maintenance Repair & Overhaul Europe<br />

<strong>2011</strong>, exposição das principais organizações<br />

de manutenção.<br />

outubro<br />

Adjudicação do contrato para o<br />

upgrade de interiores de cabina da frota<br />

de longo curso A340-312, à empresa<br />

britânica Marshall Aerospace, para a<br />

atualização e melhoria dos sistemas<br />

de entretenimento a bordo e cadei-<br />

World Travel Awards <strong>2011</strong><br />

Grupo <strong>TAP</strong> 37<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

ras de avião, visando proporcionar aos<br />

Clientes da <strong>TAP</strong> um nível superior de<br />

conforto e qualidade a bordo.<br />

Presença da <strong>TAP</strong>–Manutenção e<br />

Engenharia Portugal na Wings of<br />

Russia International Aviation Forum, o<br />

maior evento do transporte aéreo da<br />

Europa de Leste.<br />

novembro<br />

Presença da <strong>TAP</strong>–Manutenção e<br />

Engenharia Portugal no Dubai Airshow,<br />

o principal evento aeroespacial do<br />

Médio Oriente.<br />

dezembro<br />

Organização, pela <strong>TAP</strong>–Manutenção<br />

e Engenharia Portugal, da iniciativa<br />

Encontro Redes de Fornecedores<br />

Nacionais, dedicada ao setor Aeronáutico<br />

e dinamizada pela AICEP, perspetivando<br />

identificar empresas nacionais<br />

passíveis de posicionamento<br />

como fornecedoras da <strong>TAP</strong>.<br />

World’s Leading Airline to South America<br />

World’s Leading Airline to Africa


38 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

“LISBOA COMO PORTA DA EUROPA…”<br />

A estratégia de hub implementada no Aeroporto de Lisboa, tirando partido da posição de Portugal, como plataforma privilegiada para a<br />

ligação entre a Europa, e o Brasil e África, permitiu a geração das economias de escala indispensáveis para o continuado crescimento,<br />

verificado no número de passageiros transportados.<br />

E…, desta forma, para a crescente notoriedade da marca “<strong>TAP</strong>”, contribuindo assim, decisivamente, para que a Empresa e o País pudessem<br />

ser reconhecidos, internacionalmente, de uma forma diferente, bem testemunhada pelos destaques recebidos na sequência da<br />

sua atuação, em diversos âmbitos…<br />

…NA DIVULGAÇÃO DA CULTURA, DOS VALORES E DOS PRODUTOS NACIONAIS<br />

A Revista UP tem duas das melhores capas<br />

do mundo em <strong>2011</strong><br />

Seleção do site norte-americano Cover Junkie de<br />

duas capas da revista de bordo da <strong>TAP</strong>, dedicadas<br />

a dois destinos turísticos portugueses, Estoril<br />

e Costa Oeste.<br />

Capa do Dia<br />

Destaque efetuado à edição de janeiro da UP, revista<br />

de bordo da <strong>TAP</strong>, no site da Society of Publications<br />

Designers (SPD), organização dedicada à promoção<br />

e divulgação do design editorial de excelência.<br />

…PELO IMPACTO NA ECONOMIA, RECONHECIDO EM DIVERSAS REGIõES DO MUNDO<br />

Personalidade Turística do Ano<br />

Distinção efetuada a Luiz Mór, administrador executivo<br />

da <strong>TAP</strong>, pela Associação dos Jornalistas<br />

Portugueses de Turismo (AJOPT), destacando a<br />

sua ação em favor do Turismo português.<br />

Melhor Empresa de Comércio a Retalho<br />

Reconhecimento efetuado à LFP–Lojas Francas de<br />

Portugal, pela Revista Exame, no âmbito da Edição<br />

de 2010 das 500 Maiores e Melhores Empresas,<br />

constituindo objetivo quantificar a performance e o<br />

dinamismo da empresa e o seu contributo para a<br />

economia nacional.<br />

Europa<br />

Companhia com Maior Crescimento<br />

Distinção atribuída, pelo Aeroporto de Genebra,<br />

pelo quarto ano consecutivo.<br />

Terceira Melhor Companhia Aérea de Médio<br />

Curso <strong>2011</strong><br />

Distinção efetuada na Bélgica, no âmbito da 14ª<br />

edição dos Travel Awards, organizado pela publicação<br />

Travel Magazine.<br />

Melhor Companhia Aérea<br />

Prémio atribuído pela revista espanhola QTRAVEL,<br />

no âmbito dos leitores da revista, confirmando o<br />

reforço do prestígio da <strong>TAP</strong> como companhia de<br />

referência no mercado espanhol.<br />

Prémio Marketeer – Melhor Transportadora<br />

Posicionamento atribuído no âmbito da 3ª edição<br />

dos Prémios Marketeer, na categoria Transportes<br />

e Logística, perspetivando destacar os melhores<br />

desempenhos na área do marketing, publicidade e<br />

comunicação em Portugal.<br />

<strong>TAP</strong> Cargo, Melhor Companhia Aérea<br />

de Carga em três categorias<br />

(Melhor Companhia Aérea de carga para<br />

a Europa, para as Américas e para África)<br />

Destaques atribuídos pelo periódico Transportes<br />

& Negócios.<br />

Gold Award<br />

Distinção, na categoria Best Ethically/Sustainable<br />

Amenity KiT, atribuída às novas bolsas de toilette<br />

ecológicas da <strong>TAP</strong>, pela publicação online Travel<br />

Plus, dedicada a passageiros frequentes.<br />

Terceiro lugar na categoria Melhor<br />

Companhia Aérea de Médio Curso <strong>2011</strong><br />

Distinção efetuada no âmbito do evento Travel<br />

Awards, dinamizado pela mais importante publicação<br />

belga de viagens. Um reconhecimento a contribuir<br />

para a consolidação crescente da imagem<br />

de qualidade da <strong>TAP</strong> Portugal nos mercados internacionais<br />

mais competitivos, com destaque para a<br />

sua rede europeia.<br />

Estados Unidos<br />

Melhor Companhia Aérea na Europa<br />

Prémio atribuído no âmbito da 8ª gala da revista<br />

norte-americana Global Traveler Magazine, resultante<br />

da consulta a Passageiros Frequentes e<br />

Passageiros Executivos.<br />

Prémio Silver (Air Transport World – ATW)<br />

Galardão atribuído à campanha publicitária da <strong>TAP</strong><br />

–Manutenção e Engenharia, no âmbito da Airline<br />

Industry Achievements Awards–AdAwards, uma<br />

iniciativa dinamizada pela revista ATW.<br />

Vinhos Portugueses servidos a bordo<br />

dos aviões da <strong>TAP</strong> considerados os melhores<br />

vinhos do mundo<br />

Destaque efetuado, no âmbito do concurso Wines<br />

on the wing <strong>2011</strong>, da revista Global Traveler USA,<br />

relativamente aos vinhos servidos pelas companhias<br />

aéreas, constituindo-se a <strong>TAP</strong> como um parceiro<br />

essencial dos produtores vitivinícolas nacionais.<br />

África<br />

Companhia Aérea Líder Mundial para África<br />

Destaque efetuado no âmbito da 18ª edição dos<br />

WTA (World Travel Awards), o mais prestigiado prémio<br />

da indústria de Turismo & Viagens.<br />

Brasil<br />

Melhor Companhia Aérea Internacional<br />

no Brasil<br />

Distinção efetuada no âmbito da 34ª edição da Feira<br />

de Turismo do Estado de São Paulo, pela Associação<br />

das Agências de Viagens Independentes do Interior<br />

do Estado de São Paulo (AVIESP), destacando o<br />

prestígio da Companhia neste mercado.<br />

Medalha de Mérito Turístico<br />

Prémio atribuído no âmbito do Dia Mundial do<br />

Turismo, distinguindo o papel da <strong>TAP</strong> e em particular<br />

da Representação do Brasil, como uma parceria<br />

estratégica do Turismo de Portugal no mercado do<br />

Brasil e que resultou num forte impulso à economia<br />

nacional.<br />

Companhia Aérea Líder Mundial<br />

para a América do Sul<br />

Destaque efetuado, pela 3ª vez consecutiva, no<br />

âmbito da 18ª edição dos World Travel Awards.<br />

Melhor Empresa de Manutenção Aeronáutica<br />

(MRO) do Brasil<br />

Prémio atribuído à <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia<br />

Brasil, pelo segundo ano consecutivo, pela principal<br />

revista brasileira especializada em aviação Avião<br />

Revue, destacando a imagem da empresa no mercado<br />

e a história de satisfação dos Clientes.


LISBOA<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 39<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

A conjugação dos tráfegos de ligação e de ponto a ponto, subjacente ao<br />

conceito de hub, possibilitou promover, no desenvolvimento da operação, o<br />

incremento da utilização dos aviões, viabilizando a operação de novos destinos<br />

e o aumento de frequências para aeroportos já operados.<br />

Registou-se, em consequência, um aumento sustentado do tráfego, acompanhado<br />

por uma dimensão crescente do volume de passageiros em transferência.<br />

Desta forma, a <strong>TAP</strong> reforçou, com uma visibilidade crescente, as<br />

ações de promoção de Portugal no mundo, desenvolvendo:<br />

+ O número de destinos servidos diretamente<br />

pela <strong>TAP</strong> no hub Lisboa<br />

+ O número de voos<br />

+ Assumindo-se como um dos principais instrumentos<br />

nacionais de lusofonia<br />

+ E contribuindo, de forma muito significativa,<br />

para a divulgação dos produtos nacionais<br />

+ Para além do destacado posicionamento do<br />

contributo das suas Vendas no Exterior para<br />

o volume das exportações nacionais.<br />

2000 2003 <strong>2011</strong><br />

EUR milhões<br />

Passageiros em transferência no hub Lisboa<br />

Passageiros transportados – hub Lisboa<br />

milhões<br />

9<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

15<br />

14<br />

13<br />

12<br />

11<br />

10<br />

9<br />

8<br />

7<br />

6<br />

5<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

0<br />

40 74<br />

66.512 102.328<br />

744 2.064<br />

O acentuado crescimento verificado nos passageiros em transferência pelo<br />

hub Lisboa, no período 2000-<strong>2011</strong>, foi, principalmente, dinamizado pelos<br />

eixos Europa-África e Europa-Atlântico Sul, tendo representado este último<br />

fluxo de passageiros, 53% do total, em <strong>2011</strong>.<br />

<strong>2011</strong> vs 2000 <strong>2011</strong><br />

-18%<br />

9%<br />

32%<br />

+107,2%<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

2008<br />

2009<br />

2010<br />

<strong>2011</strong><br />

+56,5%<br />

197%<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

2008<br />

2009<br />

2010<br />

<strong>2011</strong><br />

473%<br />

Europa Europa-Atlântico Norte<br />

53%<br />

Europa-Atlântico Médio<br />

Europa-Atlântico Sul Europa-África<br />

Passageiros<br />

transportados<br />

pela <strong>TAP</strong><br />

– hub Lisboa<br />

Volume global<br />

de passageiros<br />

– hub Lisboa<br />

16%<br />

25%<br />

4%<br />

2%<br />

O crescimento da<br />

<strong>TAP</strong>, em número de<br />

passageiros transportados,<br />

da ordem<br />

de 107%, propiciou<br />

ao Aeroporto<br />

de Lisboa um incremento<br />

de cerca de<br />

57%, no período<br />

2000-<strong>2011</strong>.


40 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Preço do Fuel<br />

USD / ton.<br />

1.400<br />

1.300<br />

1.200<br />

1.100<br />

1.000<br />

900<br />

800<br />

700<br />

600<br />

500<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

SÍNTESE<br />

DO DESEMPENHO<br />

109,9<br />

Após o acentuado crescimento económico<br />

global ocorrido em 2010, de +5,2%, suportado<br />

em fundamentos não sustentados,<br />

assistiu-se, ao longo de <strong>2011</strong>, a um progressivo<br />

e significativo abrandamento do<br />

crescimento da atividade económica, que<br />

acabaria por situar-se em +3,8%. Embora,<br />

em parte atribuída a fatores temporários,<br />

outros desenvolvimentos acabariam por<br />

estar na génese de uma desaceleração mais<br />

profunda e prolongada, apesar do desenvolvimento<br />

favorável nas economias de mercado<br />

emergentes. De referir, o impacto na<br />

economia mundial e, em particular, nas economias<br />

avançadas, da elevada turbulência<br />

verificada nos mercados financeiros internacionais,<br />

relacionada, entre outros, com<br />

o agravamento da crise da dívida soberana<br />

na área do euro. Embora numa conjuntura<br />

de abrandamento económico, os preços do<br />

petróleo mantiveram, no entanto, um nível<br />

elevado, comportamento que se acentuou,<br />

nos últimos meses do ano, na sequência de<br />

receios de perturbações do lado da oferta,<br />

associados ao aumento das tensões geopolíticas<br />

no Médio Oriente. Em Portugal, o<br />

efeito conjugado de um défice público elevado<br />

e do crescimento das dívidas pública<br />

e privada conduziram à intervenção do<br />

Fundo Monetário Internacional, do Banco<br />

Central Europeu e da Comissão Europeia, e<br />

ao desenho de um Programa de Assistência<br />

Financeira e Económica (PAEF), no qual o<br />

Governo da República se comprometeu a<br />

adotar medidas de carater estrutural e de<br />

ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos<br />

verificados. Estas medidas visam<br />

assegurar as condições indispensáveis a<br />

um padrão de crescimento sustentável da<br />

economia portuguesa, tendo, no entanto,<br />

como contrapartida um incontornável efeito<br />

contracionista, no curto prazo.<br />

Para a Indústria do Transporte Aéreo, considerando<br />

a difícil conjuntura que as economias<br />

ocidentais enfrentam, poderá<br />

afirmar-se que o mercado de transporte<br />

aéreo se comportou, em <strong>2011</strong>, de uma<br />

forma moderadamente positiva, embora<br />

caracterizado por acentuados contrastes.<br />

Assim, verificou-se, ao longo do ano, um<br />

relativo crescimento do mercado de transporte<br />

de passageiros, embora com tendência<br />

de abrandamento, a partir do início do<br />

2º semestre, evidenciando o impacto do<br />

progressivo enfraquecimento da confiança<br />

dos consumidores. Contrariamente, o mercado<br />

de transporte de carga, após meses<br />

consecutivos de contração, indiciou uma<br />

subida, já no final do ano <strong>2011</strong>. Entretanto,<br />

os preços de combustível, com níveis significativamente<br />

elevados ao longo do ano,<br />

continuaram a comprometer a rentabilidade<br />

da Indústria, tendo representado para a <strong>TAP</strong><br />

um aumento na rubrica de combustíveis,<br />

devido ao efeito preço, de 32%, equivalendo<br />

esta evolução a EUR 166 milhões. Ainda,<br />

de destacar a região Europeia, onde uma<br />

política restritiva para o setor da aviação se<br />

apresentou como determinante para que as<br />

margens da Indústria se tenham mantido<br />

em níveis frágeis, fortemente condicionadas<br />

pela permanência de desafios estruturais<br />

para o setor.<br />

Para as empresas do Grupo <strong>TAP</strong>, na presença<br />

do quadro económico descrito, onde,<br />

para além do comportamento do preço do<br />

petróleo, em níveis permanentemente elevados,<br />

se deverá também destacar a sua<br />

exposição a uma envolvente macroeconómica<br />

menos favorável, em particular na<br />

Europa, foi prosseguida uma estratégia no<br />

sentido de promover o aumento da rentabilidade<br />

das atividades da respetiva esfera<br />

de intervenção. A suportar este objetivo, foi<br />

continuada uma ação incisiva sobre a globalidade<br />

dos custos acionáveis, verificando-<br />

-se a continuidade da implementação de um<br />

1.356,7<br />

1998-Dez<br />

1999-Mar<br />

1999-Jun<br />

1999-Set<br />

1999-Dez<br />

2000-Mar<br />

2000-Jun<br />

2000-Set<br />

2000-Dez<br />

2001-Mar<br />

2001-Jun<br />

2001-Set<br />

2001-Dez<br />

2002-Mar<br />

2002-Jun<br />

2002-Set<br />

2002-Dez<br />

2003-Mar<br />

2003-Jun<br />

2003-Set<br />

2003-Dez<br />

2004-Mar<br />

2004-Jun<br />

2004-Set<br />

2004-Dez<br />

2005-Mar<br />

2005-Jun<br />

2005-Set<br />

2005-Dez<br />

2006-Mar<br />

2006-Jun<br />

2006-Set<br />

2006-Dez<br />

2007-Mar<br />

2007-Jun<br />

2007-Set<br />

2007-Dez<br />

2008-Mar<br />

2008-Jun<br />

2008-Set<br />

2008-Dez<br />

2009-Mar<br />

2009-Jun<br />

2009-Set<br />

2009-Dez<br />

2010-Mar<br />

2010-Jun<br />

2010-Set<br />

2010-Dez<br />

<strong>2011</strong>-Mar<br />

<strong>2011</strong>-Jun<br />

<strong>2011</strong>-Set<br />

<strong>2011</strong>-Dez<br />

1.116,6<br />

adequado programa de redução de custos<br />

e de otimização de receitas, integrando um<br />

conjunto diversificado de medidas, de efeito<br />

transversal a todo o grupo de empresas do<br />

universo <strong>TAP</strong>, a vigorar até 2012.<br />

No mesmo sentido, de destacar<br />

a elevada capacidade da<br />

Empresa, no desenvolvimento<br />

da sua atividade, ao responder<br />

com a flexibilidade adequada,<br />

no âmbito da oferta de serviços<br />

e no nível de custos, às múltiplas<br />

alterações verificadas no<br />

mercado, realidade confirmada<br />

pelo nível de performance que<br />

a Empresa vem conseguindo<br />

deter, face às suas congéneres,<br />

refletida no posicionamento<br />

relativo da respetiva margem<br />

EBITDAR.<br />

986,5<br />

Deste modo, a <strong>TAP</strong>, procurando explorar<br />

todas as oportunidades de negócio, prosseguiu<br />

a sua estratégia de consolidação das<br />

ligações com o Atlântico Sul, e de reforço<br />

do crescimento para África, efetuando o lançamento<br />

de 11 novos destinos, 6 no médio<br />

curso e 5 no longo curso, continuando,<br />

assim, o esforço centrado no crescimento e<br />

melhoria do hub Lisboa. Ainda, o aumento<br />

constante da produtividade e da eficiência,<br />

a adoção das melhores práticas, a simplificação<br />

de processos e a intensificação de<br />

políticas comerciais agressivas constituíram-se<br />

como vetores determinantes na política<br />

da Empresa, a par do desenvolvimento<br />

continuado de uma política de inovação,<br />

com vista a responder às necessidades dos<br />

Clientes, e a incrementar a qualidade dos<br />

serviços prestados.


Tráfego em transferência pelo hub Lisboa<br />

Crescimento sobre 2000<br />

140%<br />

120%<br />

100%<br />

80%<br />

60%<br />

40%<br />

20%<br />

0%<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

Desempenho agregado<br />

do Grupo <strong>TAP</strong><br />

Salientam-se, seguidamente, os aspetos<br />

mais relevantes do desempenho agregado<br />

do Grupo <strong>TAP</strong> e das empresas que constituem<br />

o seu núcleo empresarial, em <strong>2011</strong>:<br />

+ Na presença do quadro económico descrito,<br />

as empresas do Grupo <strong>TAP</strong> registaram<br />

um resultado líquido consolidado<br />

com os interesses não controlados do<br />

exercício, no valor de EUR -76,8 milhões,<br />

menos EUR 19,7 milhões, que em 2010.<br />

+ O resultado operacional (antes de gastos<br />

de financiamento e impostos), situou-se<br />

em EUR -18,1 milhões, menos EUR 17,6<br />

milhões, que em 2010.<br />

Concorreram para a obtenção<br />

deste resultado:<br />

2008<br />

2009<br />

2010<br />

<strong>2011</strong><br />

A <strong>TAP</strong>, S.A. e um conjunto de companhias<br />

que desenvolvem a sua atividade em áreas<br />

ligadas aos negócios principais do Grupo, e<br />

em que a <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. detém participação<br />

no respetivo capital social.<br />

Relativamente à <strong>TAP</strong>, S.A., a empresa registou<br />

um lucro de EUR 3,1 milhões. Este resultado,<br />

inferior em EUR 59,2 milhões aos EUR<br />

62,3 milhões registados em 2010 (valor de<br />

acordo com as IFRS), decorreu na sequência<br />

de uma redução do resultado operacional,<br />

face ao ano anterior, que atingiu EUR<br />

41,1 milhões, menos EUR 62,1 milhões,<br />

que em 2010, fortemente influenciado pelo<br />

efeito do nível de preço do combustível de<br />

avião, permanentemente elevado, ao longo<br />

do ano.<br />

No que respeita à SPdH–Serviços<br />

Portugueses de Handling, S.A. (Groundforce<br />

Portugal), constituída em 2003 por cisão<br />

da Unidade de Negócio de Assistência em<br />

Escala da <strong>TAP</strong>, S.A., a <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. é<br />

detentora de um conjunto de ações representativas<br />

de 49,9% do respetivo capital<br />

social, valor que Inclui uma participação de<br />

6% detida pela PORTUGÁLIA–Companhia<br />

Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A..<br />

A empresa Groundforce Portugal que adotou,<br />

a partir de 1 de novembro de 2005,<br />

um período especial de tributação de 1 de<br />

novembro a 31 de outubro, tendo retomado,<br />

em 2010, o anterior período de tributação,<br />

registou um resultado líquido de EUR -11,1<br />

milhões.<br />

Em março de 2009, um consórcio de três<br />

bancos (BIG, BANIF e Banco Invest) transferiu<br />

para a <strong>TAP</strong> S.A. a participação detida<br />

na SPDH (50,1%). Em abril, o Grupo <strong>TAP</strong><br />

desenvolveu um concurso para a seleção<br />

de uma instituição bancária de investimentos<br />

com a missão de promover a venda, nos<br />

mercados nacional e internacional, da maioria<br />

(50,1%) do capital da empresa SPdH. A<br />

aquisição da referida parcela de capital, em<br />

março de 2008, dinamizada pela <strong>TAP</strong>, teve<br />

por objetivo criar condições aos responsáveis<br />

pela gestão da SPdH, no sentido de<br />

promover as mudanças necessárias à resolução<br />

das suas dificuldades operacionais<br />

e, desta forma, proporcionar uma melhoria<br />

significativa dos padrões de serviço oferecidos,<br />

quer à <strong>TAP</strong>, quer aos restantes clientes<br />

daquela empresa de handling. Assim, em<br />

março de 2009, e de acordo com as condições<br />

previstas com os referidos bancos, foi<br />

transferida para a <strong>TAP</strong> aquela participação<br />

no capital da SPdH, tendo a operação sido<br />

celebrada por montante igual ao da aquisição.<br />

Em novembro de 2009, a AdC emitiu<br />

decisão, proibindo a operação de concentração<br />

da <strong>TAP</strong> com a SPdH, por considerar<br />

suscetível de criar ou reforçar uma posição<br />

dominante da empresa de handling na<br />

assistência em escala nos aeroportos nacionais<br />

em que aquela opera, devendo a <strong>TAP</strong><br />

concretizar a alienação da maioria do capital<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 41<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Contínua evolução dos hubs operacionais da rede de linhas da <strong>TAP</strong><br />

Decorridos onze anos, após a implementação da estratégia de criação do hub Lisboa, o<br />

número de passageiros em transferência no aeroporto traduziu, em <strong>2011</strong>, uma evolução<br />

da ordem dos 130% em relação ao valor inicial, tendo-se verificado, igualmente, um<br />

crescimento assinalável, face ao ano anterior.<br />

Este comportamento, suportado, maioritariamente, pelos passageiros com destino<br />

ao Atlântico Sul e a África, evidencia a atratividade do posicionamento geográfico da<br />

plataforma, consolidando o seu carater como hub intercontinental, suporte da rede<br />

operacional de linhas da <strong>TAP</strong>.<br />

Verificou-se, por outro lado, a continuação da operação no Porto, como 2º hub operacional<br />

da Companhia, uma atividade iniciada no decorrer de 2006.<br />

social da operadora de handling, bem como<br />

nomear um mandatário de gestão com a<br />

missão de agir no interesse da AdC, gerindo<br />

a empresa SPdH de forma independente da<br />

<strong>TAP</strong>. Nesse sentido, a gestão da SPdH tem<br />

sido assegurada pela Europartners, entidade<br />

independente da <strong>TAP</strong>, e acompanhada<br />

pela AdC.<br />

Em cumprimento destas disposições, a <strong>TAP</strong><br />

tem vindo a prosseguir no esforço de alienação<br />

da posição que foi obrigada a readquirir,<br />

a maioria do capital da SPdH. Assim,<br />

e por deliberação da Assembleia Geral<br />

de acionistas de 27 de janeiro de 2010,<br />

foram designados três representantes da<br />

Europartners para ter assento no Conselho<br />

de Administração da SPdH, neles se<br />

incluindo o administrador-delegado, na qualidade<br />

de gestor operacional independente.


42 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Volume de Negócios do Grupo<br />

Para cumprimento dos desígnios justificados<br />

em imperativos legais que regem o<br />

setor de atividade de assistência em escala,<br />

e conseguir obter condições favoráveis à<br />

alienação da maioria do respetivo capital<br />

social, a SPdH iniciou, em 2010, um processo<br />

de reestruturação profunda, no sentido<br />

de serem repostos os capitais próprios<br />

e, assim, restabelecer os rácios de solvabilidade<br />

e de autonomia financeira, segundo<br />

padrões habitualmente aceitáveis, e suscetíveis<br />

de lhe conferir aptidão para se apresentar<br />

ao Concurso Publico Internacional para<br />

licença de operador de handling nos aeroportos<br />

nacionais, promovido pelo INAC no<br />

final de <strong>2011</strong>.<br />

Na sequência das diligências efetuadas,<br />

foi firmado, no final de <strong>2011</strong>, um acordo<br />

de princípio com um grupo nacional, para<br />

a aquisição, por parte deste, de 50,1%<br />

do capital da SPdH. A efetiva concretização<br />

do negócio, prevê-se que ocorra já em<br />

2012, estando sujeita, ainda, à avaliação do<br />

Governo, bem como ao parecer favorável da<br />

Autoridade da Concorrência, neste último<br />

caso, um requisito já confirmado no decorrer<br />

de janeiro de 2012.<br />

87,3% Transporte Aéreo<br />

3,7% Manutenção – Assist. a Terceiros – Portugal<br />

2,6% Manutenção – Assist. a Terceiros – Brasil<br />

5,9% Lojas Francas (LFP, S.A.)<br />

0,2% Catering (CATERINGPOR, S.A.)<br />

0,3% Outras Actividades da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A.<br />

Relativamente à empresa <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. (ex-VEM), prosseguiu,<br />

em <strong>2011</strong>, por parte da <strong>TAP</strong>, um esforço significativo no sentido da sua recuperação,<br />

tendo os objetivos fixados para a quase totalidade dos principais indicadores sido atingidos<br />

e, tendo-se verificado, do ponto de vista comercial, a consolidação da carteira de clientes,<br />

mesmo num contexto de mercado desfavorável. De referir, que o investimento efetuado nesta<br />

empresa configura, essencialmente, uma perspetiva estratégica, permitindo o crescimento<br />

da atividade de manutenção em novos mercados. Assim, no final de <strong>2011</strong>, foi, já, possível<br />

assistir-se a uma certa recuperação do resultado da empresa, que se situou em EUR -62,7<br />

milhões, valor que representa uma melhoria de EUR 10,4 milhões, face ao ano anterior.<br />

Do ponto de vista operacional<br />

+ A <strong>TAP</strong>, S.A. registou um resultado operacional que se cifrou em EUR 41,1 milhões, menos<br />

60,2% que em 2010. Os Rendimentos e Ganhos Operacionais totalizaram EUR 2.272,6<br />

milhões, um valor superior em EUR 91,9 milhões, ou seja mais 4,2% que o montante apurado<br />

em 2010. O total de Gastos e Perdas Operacionais, excluindo combustível, ascendeu<br />

a EUR 1.403,2 milhões, menos EUR 27,3 milhões que em 2010, ou seja menos 1,9%,<br />

tendo-se verificado um incremento na operação que se situou na ordem dos 5,9%.<br />

+ No que refere ao desempenho dos negócios da <strong>TAP</strong>, S.A., o segmento Clientes Terceiros<br />

da Manutenção e Engenharia contribuiu com EUR 92,6 milhões, valor inferior em EUR 34<br />

milhões ao montante realizado em 2010, refletindo a envolvente recessiva que se continua<br />

a verificar, a nível internacional.<br />

+ A atividade de Transporte Aéreo gerou, em vendas e prestações de serviços, um total de<br />

EUR 2.123,7 milhões, mais 6,9% do que em 2010. Este resultado foi significativamente<br />

influenciado pelo comportamento dos proveitos de passagens, os quais totalizaram EUR<br />

1.974,3 milhões, mais 7,1% que o valor registado no ano anterior, em consequência de um<br />

incremento na procura, da ordem dos 8,5%, expressa em PKU’s, bem como de uma certa<br />

melhoria do yield. Igualmente, a contribuir para aquele resultado, refira-se a Carga Aérea,<br />

atividade em que a <strong>TAP</strong> registou um incremento de 4,3%, face ao ano anterior.<br />

+ Quanto ao desempenho operacional, e mediante a adoção de uma estratégia de ajustada<br />

flexibilidade às alterações do mercado, visando, sempre, promover uma adequação<br />

racional da capacidade e o efetivo controlo de custos, o nível de oferta da operação<br />

regular registou um acréscimo da ordem de 5,9%, tendo a procura verificado um incremento<br />

superior, da ordem de 8,5%. O coeficiente global de ocupação situou-se, assim, em<br />

76,3%, mais 1,8 p.p. que em 2010. No seguimento da aplicação da estratégia delineada,<br />

prosseguiu a opção no sentido de consolidar Lisboa como hub da Empresa, conectando a<br />

Europa a um número crescente de destinos localizados em África e no Atlântico Sul, destacando-se,<br />

nesta região, como a companhia aérea Europeia com maior penetração no<br />

mercado brasileiro.


PRINCIPAIS INDICADORES DO GRUPO <strong>TAP</strong><br />

<strong>TAP</strong>, SGPS, S.A.<br />

(Consolidação)<br />

Metodologia de consolidação<br />

<strong>2011</strong><br />

EUR milhões<br />

Conforme determinação legal, as empresas em que a <strong>TAP</strong> detém, direta ou indiretamente,<br />

a maioria dos direitos de voto, situação que ocorre na maior parte dos casos, foram incluídas<br />

na consolidação pelo método integral. O capital próprio e o resultado líquido destas<br />

empresas, correspondentes à participação de terceiros nas mesmas, são apresentados nas<br />

rubricas de interesses não controlados, respetivamente, no balanço consolidado em linha<br />

própria no capital próprio e na demonstração de resultados consolidada. Os investimentos<br />

em empresas associadas (representando entre 20% a 50% dos direitos de voto) são registadas<br />

pelo método de equivalência patrimonial. Refira-se, nesta situação, a empresa SPdH<br />

–Serviços Portugueses de Handling, S.A..<br />

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo anexas foram preparadas em conformidade<br />

com as Normas Internacionais de Relato Financeiro adotadas pela União Europeia<br />

(IFRS – anteriormente designadas Normas Internacionais de Contabilidade – IAS) emitidas<br />

pelo International Accounting Standards Board (IASB) e Interpretações emitidas pelo<br />

International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) ou pelo anterior Standing<br />

Interpretations Committee (SIC), em vigor à data da preparação das referidas demonstrações<br />

financeiras.<br />

2010<br />

EUR milhões<br />

Resultado Operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (18,1) (0,4) -4.191,4%<br />

Resultado antes de impostos (64,5) (44,4) -45,2%<br />

Resultado Líquido dos detentores do capital da empresa-mãe (76,8) (57,1) -34,5%<br />

Resultado Liquido da <strong>TAP</strong>, S.A. 3,1 62,3 -95,0%<br />

Resultado Liquido da SPdH–Serviços Portugueses de Handling, S.A. (11,1) (43,6) 74,5%<br />

Resultado Liquido da AeroLB – (71,8) –<br />

Resultado Liquido da Aeropar Participações, S.A. (Brasil) (2,9) – –<br />

Resultado Liquido da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. (62,7) (73,1) 14,3%<br />

Ativo 1.982,0 2.086,8 -5,0%<br />

Capital Próprio (após interesses não controlados) (343,2) (264,8) -29,6%<br />

Quadro do Pessoal Ativo do Grupo (31 dezembro) 12.395 13.113 -718<br />

<strong>TAP</strong>, S.A. (excluindo empresas subsidiárias)* 6.934 7.055 -121<br />

Transporte Aéreo 4.543 4.582 -39<br />

Manutenção e Engenharia 1.917 1.942 -25<br />

<strong>TAP</strong> Serviços 441 496 -55<br />

Outros 33 35 -2<br />

SPdH–Serviços Portugueses de Handling, S.A.** 1.908 2.382 -474<br />

Restantes Empresas 3.553 3.676 -123<br />

(*) Não inclui pessoal sem colocação e não ativo<br />

(**) Empresa Associada<br />

var.<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 43<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong>


44 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Economia<br />

Crescimento do PIB<br />

6%<br />

5%<br />

4%<br />

3%<br />

2%<br />

1%<br />

0%<br />

-1%<br />

-2%<br />

-3%<br />

-4%<br />

-5%<br />

1990<br />

1991<br />

1992<br />

1993<br />

1994<br />

1995<br />

1996<br />

1997<br />

1998<br />

1999<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

2008<br />

2009<br />

2010<br />

<strong>2011</strong><br />

ANÁLISE DA<br />

CONJUNTURA<br />

Conjuntura Internacional<br />

Após o acentuado crescimento económico<br />

global, ocorrido em 2010, de +5,2%, suportado<br />

em fundamentos não sustentados,<br />

assistiu-se, ao longo de <strong>2011</strong>, a um progressivo<br />

e significativo abrandamento do<br />

crescimento da atividade económica, que<br />

acabaria por situar-se em +3,8%. Embora,<br />

em parte atribuída a fatores temporários,<br />

nomeadamente, o impacto negativo do<br />

desastre natural no Japão, bem como ao<br />

efeito desfasado do forte aumento dos preços<br />

das matérias-primas, outros desenvolvimentos<br />

acabariam por estar na génese de<br />

uma desaceleração mais profunda e prolongada,<br />

apesar do desenvolvimento favorável<br />

nas economias de mercado emergentes.<br />

De referir, o impacto na economia mundial<br />

e, em particular, nas economias avançadas,<br />

da elevada turbulência verificada nos mercados<br />

financeiros internacionais, relacionada,<br />

entre outros, com o agravamento da crise<br />

da dívida soberana na área do euro.<br />

Nesta região, ao longo de <strong>2011</strong>, após os<br />

pedidos de assistência financeira externa<br />

da Grécia, da Irlanda e de Portugal, as preocupações<br />

dos participantes nos mercados,<br />

relativamente à situação das finanças públicas<br />

e da respetiva repercussão nos sistemas<br />

Mundial Estados Unidos União Europeia<br />

bancários, generalizaram-se a outros países<br />

da área, reforçando a sua natureza sistémica.<br />

Neste período, as perturbações deixaram<br />

de assumir uma dimensão significativa<br />

apenas nos países sujeitos ao Programa de<br />

Assistência Económica Financeira (PAEF)<br />

(Grécia, Irlanda e Portugal), passando a afetar<br />

outros países, onde também existem<br />

receios quanto à sustentabilidade das respetivas<br />

finanças públicas (Bélgica, Chipre,<br />

Eslováquia, Eslovénia, Espanha, França e<br />

Itália). Neste contexto, assistiu-se a um forte<br />

aumento dos prémios de risco soberano<br />

na Itália e em Espanha, entre outros países<br />

e, em menor escala, na Bélgica e em França,<br />

assistindo-se, também, a uma pronunciada<br />

deterioração das condições de acesso<br />

ao financiamento nos mercados de dívida<br />

por grosso, por parte de alguns bancos nestes<br />

países.<br />

Os receios das consequências económicas<br />

de uma crise de dívida nestes países provocaram<br />

fortes quedas nos mercados bolsistas<br />

e um aumento generalizado da aversão<br />

ao risco, que se repercutiu em maiores custos<br />

de financiamento por parte dos países<br />

mais afetados e em dificuldades de liquidez<br />

nos mercados monetários. Os investidores<br />

internacionais passaram a diversificar<br />

Abrandamento da economia mundial e<br />

forte deterioração das perspetivas de crescimento<br />

económico a nível global, num quadro<br />

de crescente incerteza<br />

a sua avaliação do risco soberano dentro<br />

da área euro, facto que levou à cessação<br />

abrupta do financiamento externo das<br />

economias a cuja dívida atribuíram um risco<br />

elevado. Neste contexto, os indicadores de<br />

confiança das empresas e das famílias, em<br />

níveis já relativamente fracos, desde o início<br />

do ano, registaram uma queda significativa<br />

na generalidade dos países. Assim, para a<br />

área do euro, o impacto, na procura interna,<br />

da deterioração da confiança dos agentes<br />

económicos e das condições financeiras<br />

resultantes da incerteza significativa associada<br />

à crise de dívida soberana, bem como<br />

uma evolução menos favorável da procura<br />

externa, contribuíram para um crescimento<br />

económico débil, que deverá diminuir para<br />

1,6%, de 1,9% em 2010.<br />

Embora numa conjuntura de abrandamento<br />

económico, os preços do petróleo, mantiveram,<br />

no entanto, um nível elevado, comportamento<br />

que se acentuou, nos últimos<br />

meses do ano, na sequência de receios de<br />

perturbações do lado da oferta, associados<br />

ao aumento das tensões geopolíticas no<br />

Médio Oriente.


Conjuntura Nacional<br />

Após um crescimento de 1,4%, em 2010,<br />

a projeção para a atividade económica em<br />

Portugal, em <strong>2011</strong>, aponta para uma contração<br />

acentuada, da ordem dos 1,6%. Esta<br />

evolução caraterizou-se por uma queda<br />

generalizada das componentes da procura<br />

interna, bem como pelo abrandamento do<br />

crescimento das exportações, em linha com<br />

a evolução da procura externa, permitindo<br />

induzir um ajustamento nos desequilíbrios<br />

da economia portuguesa.<br />

Assim, não obstante o aumento das exportações,<br />

a redução da procura interna traduziu-se<br />

numa queda da procura agregada,<br />

induzindo uma significativa redução das<br />

importações de bens e serviços, em particular<br />

devido ao elevado conteúdo importado<br />

das componentes da procura que registaram<br />

quedas mais expressivas.<br />

De referir, ao nível da procura interna, uma<br />

acentuada contração, quer do consumo<br />

privado, quer do investimento residencial,<br />

associado ao impacto das medidas de consolidação<br />

orçamental sobre as perspetivas<br />

de rendimento das famílias. De destacar,<br />

ainda, a expressão da redução do consumo<br />

público, após anos consecutivos de um<br />

expressivo aumento.<br />

No quadro da crise da dívida soberana na<br />

área do euro, a economia portuguesa intensificou,<br />

em <strong>2011</strong>, o inadiável processo de<br />

ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos<br />

acumulados ao longo dos últimos<br />

anos. Estes desequilíbrios tinham-se<br />

traduzido em necessidades de financiamento<br />

externo persistentes e elevadas e,<br />

consequentemente, numa trajetória insustentável<br />

da posição de investimento internacional.<br />

Num contexto de fortes tensões<br />

nos mercados financeiros internacionais,<br />

estes desequilíbrios constituem uma vulnerabilidade<br />

da economia portuguesa, que<br />

contribuiu para a perda de acesso do setor<br />

público e, também, do setor bancário, a<br />

financiamento de mercado em condições<br />

regulares, obrigando o Estado português<br />

a solicitar assistência financeira, junto do<br />

Fundo Monetário Internacional e da União<br />

Europeia. Este pedido deu lugar à formalização<br />

de um Programa de Assistência<br />

Económica e Financeira (PAEF), no qual<br />

o Governo da República se comprometeu<br />

a adotar medidas de caráter estrutural e<br />

de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos<br />

verificados. Estas medidas<br />

visam assegurar as condições indispensáveis<br />

ao aumento do potencial de crescimento<br />

da economia portuguesa e permitir,<br />

deste modo, um padrão de crescimento<br />

sustentável, face ao novo quadro de<br />

funcionamento dos mercados financeiros<br />

internacionais, tendo, no entanto, como<br />

contrapartida um incontornável efeito contracionista,<br />

no curto prazo.<br />

Transporte Aéreo<br />

Considerando a difícil conjuntura que as<br />

economias ocidentais enfrentam, poderá<br />

afirmar-se que o mercado de transporte<br />

aéreo se comportou, em <strong>2011</strong>, de uma<br />

forma moderadamente positiva, embora<br />

caracterizado por acentuados contrastes.<br />

Assim, verificou-se, ao longo do ano, um<br />

relativo crescimento do mercado de transporte<br />

de passageiros, embora com tendência<br />

de abrandamento, a partir do início do<br />

2º semestre, evidenciando o impacto do<br />

progressivo enfraquecimento da confiança<br />

dos consumidores. Contrariamente, o mercado<br />

de transporte de carga, após meses<br />

consecutivos de contração, indiciou uma<br />

subida, já no final do ano <strong>2011</strong>. Entretanto,<br />

os custos de combustível, ao longo do ano<br />

com níveis significativamente elevados,<br />

continuaram a comprometer a rentabilidade<br />

da Indústria. Em síntese, embora com<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 45<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

resultados positivos no global da Indústria,<br />

na Europa, uma política restritiva para o<br />

setor da aviação apresentou-se como determinante<br />

para que as margens da Indústria<br />

se tenham mantido em níveis frágeis, fortemente<br />

condicionadas pela permanência de<br />

desafios estruturais para o setor.<br />

Em particular, as companhias aéreas europeias<br />

transportaram cerca de 363 milhões<br />

de passageiros, mais 7,1% que em 2010,<br />

representando este incremento mais de 19<br />

milhões de passageiros transportados. Em<br />

termos da unidade de medida convencional<br />

da Indústria (passageiro-quilómetro),<br />

o acréscimo foi de 8,0%, de acordo com<br />

a AEA (Association of European Airlines).<br />

Registaram-se evoluções positivas quase<br />

na globalidade das regiões, com aumentos<br />

no número de passageiro-quilómetros,<br />

que se situaram na Europa em 8,2%, no<br />

Atlântico Norte em 8,3%, no Atlântico Médio<br />

em 8,0% e no Atlântico Sul em 14,1%.<br />

Igualmente, nas ligações da Europa com a<br />

África Subsariana e com o Extremo Oriente<br />

verificaram-se acréscimos no tráfego de<br />

passageiros, na ordem dos 6,1% e 8,7%,<br />

respetivamente. As ligações entre a Europa


46 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

e o Norte de África apresentaram crescimento negativo, situando-<br />

-se o nível do tráfego, em <strong>2011</strong>, 23,6% abaixo do valor registado em<br />

2010. O coeficiente de ocupação global acabou por situar-se nos<br />

77,3%, menos 0,6 p.p. que o valor registado em 2010. Este comportamento<br />

não foi, no entanto, extensivo às diversas regiões, apresentando-se<br />

como exceções a Europa, o Atlântico Sul e as ligações<br />

entre a Europa e a África Subsariana, onde foi evidente uma maior<br />

eficiência na gestão da capacidade.<br />

Ao nível mundial, assistiu-se a uma subida da procura de passageiros,<br />

em termos dos totais de passageiro-quilómetro, da ordem dos<br />

5,9%, um valor em linha com as tendências de crescimento de médio/<br />

longo prazo da Indústria. Os mercados de carga aérea, em contraste,<br />

registaram uma contração, que atingiu os 0,7%. Face aos acréscimos<br />

de capacidade verificados, na ordem dos 6,3% e 4,1%, no transporte<br />

de passageiros e no transporte de carga, os coeficientes de<br />

ocupação situaram-se em 78,1% e 45,9%, para cada um daqueles<br />

segmentos, traduzindo reduções de 0,3 p.p. e de 7,9 p.p., respetivamente.Subjacente<br />

a esta evolução, de referir os crescimentos de tráfego<br />

de passageiros nas três maiores regiões – Ásia-Pacífico, Europa<br />

e América do Norte – respetivamente, de 5,4%, 9,1% e 2,2%. Nas<br />

regiões da América Latina e do Médio Oriente continuaram a verificar-se<br />

fortes crescimentos de tráfego, na ordem dos 11,3% e 8,6%.<br />

Estas evoluções foram suportadas, na primeira situação, por condições<br />

económicas robustas e uma continuada atividade comercial,<br />

enquanto no segundo caso, preços competitivos e hubs geograficamente<br />

bem posicionados permitem às companhias desta região<br />

continuar a melhorar a respetiva quota de mercado de longo curso.<br />

Em África, a região de mais fraco desempenho, a procura registou<br />

um incremento na ordem dos 0,5%, em parte devido à agitação civil<br />

ocorrida em vários países do Norte deste Continente.<br />

Relativamente ao desempenho financeiro da Indústria, apesar de numa envolvente de acentuada deterioração da confiança das<br />

empresas na maioria das economias avançadas, e de crescente subida dos preços do combustível de avião, estima-se, a nível global,<br />

um resultado positivo, na ordem dos USD 6,9 mil milhões. Constituíram-se como fatores determinantes para a manutenção<br />

deste desempenho relativamente estável no presente contexto macroeconómico, a capacidade das companhias aéreas de utilização<br />

dos recursos em níveis permanentemente elevados, casos do load factor e utilização das frotas aéreas, a melhoria dos yields,<br />

bem como o progressivo corte nos custos unitários não-fuel.


Esforço de<br />

Turnaround<br />

+ Desenvolvimento de operação<br />

hub and spoke<br />

+ Adesão à STAR Alliance<br />

+ Esforço agressivo de redução<br />

de custos<br />

+ Alienação de negócios não<br />

core e encerramento de<br />

rotas não rentáveis<br />

+ Esforço de comunicação<br />

interna e externa<br />

ESTRATÉGIA<br />

Acentuado<br />

Crescimento<br />

2000 2005 2008 2012<br />

+ Desenvolvimento de operação<br />

regional (aquisição da<br />

Portugália)<br />

+ Crescimento agressivo da<br />

capacidade, em particular<br />

no Brasil (descontinuação<br />

da frota A310, aquisição da<br />

frota A330)<br />

+ Expansão do negócio de<br />

Manutenção (aquisição da<br />

VEM)<br />

+ Processo de transformação<br />

comercial (nova imagem,<br />

novos mecanismos<br />

comerciais)<br />

Exposição a um<br />

período de forte crise<br />

Implementação do plano<br />

de iniciativas para<br />

restabelecimento das<br />

condições de rentabilidade<br />

+ Manutenção de estratégia<br />

de Rede, com ajuste de<br />

capacidade para fazer face<br />

à crise<br />

+ Reforço de performance<br />

comercial (consolidação)<br />

+ Otimização da estrutura de<br />

custos (lançamento de um<br />

vasto programa)<br />

+ Implementação de planos<br />

de turnaround da<br />

performance das participadas<br />

(Groundforce, <strong>TAP</strong><br />

–Manutenção e Engenharia<br />

Brasil)<br />

+ Redução sustentada da<br />

dívida do Grupo<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 47<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

No decorrer dos últimos dez anos, o desempenho da <strong>TAP</strong> prosseguiu, enquadrado em três fases distintas: entre 2000 e 2005, com envolvimento<br />

num esforço significativo de turnaround da sua performance; entre 2005 e 2008 com acentuado crescimento, orgânico e inorgânico,<br />

conduzindo a resultados únicos; e, mais recentemente, a exposição a um período de forte crise da Indústria, com a implementação, em larga<br />

escala, de todas as iniciativas que tinham sido estabelecidas no Plano Estratégico 2009-2012 e tendo a <strong>TAP</strong> conseguido sustentar uma boa<br />

performance, face às suas congéneres, em particular no seu negócio core, realidade evidenciada pelo posicionamento que a respetiva margem<br />

EBITDAR mantém.<br />

Este plano, com o objetivo de reforçar as condições de rentabilidade da Companhia, assenta na consolidação da sua estratégia e num cenário<br />

de crescimento limitado, bem como na otimização e flexibilização da sua estrutura organizativa e de custos, criando as bases para a sustentabilidade<br />

futura da Companhia.<br />

Principais compromissos da Empresa para o triénio 2009-2012<br />

Estratégia de Rede i) Manter a lógica e a estratégia de Rede, reduzindo, taticamente, a capacidade e procurando<br />

novos nichos de mercado nas geografias prioritárias;<br />

Reforço da performance<br />

comercial<br />

Esforço sistemático<br />

de redução de custos<br />

Redefinição<br />

das participadas<br />

Transformação<br />

organizacional<br />

Estrutura de capitais<br />

e gestão do risco<br />

ii) Lançar um esforço agressivo de estímulo à procura, promovendo tráfego de ligação a partir dos<br />

mercados estrangeiros, reforçando as vendas na Internet e promovendo a fidelização dos seus<br />

clientes;<br />

iii) Atuar de forma agressiva sobre a totalidade dos custos acionáveis, promovendo ganhos de eficiência<br />

claros num contexto de crescimento limitado e mantendo o atual entorno de regulação<br />

laboral;<br />

iv) Concretizar o processo de redefinição da estrutura de participações, concluindo a alienação<br />

da Groundforce, e mantendo o esforço de venda/parceria da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia<br />

Brasil;<br />

v) Relançar o programa de transformação organizacional, desenvolvendo a organização e os seus<br />

recursos, de forma a assegurar a sustentabilidade futura da Companhia;<br />

vi) Preparar a Companhia para enfrentar as incertezas de negócio, aumentando a sua posição de<br />

caixa e intensificando um programa hedging dos principais riscos;<br />

vii) Manter a estratégia de redução da dívida, em particular neste período de baixo crescimento da<br />

operação.


48 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Embora apresentando, presentemente, um perfil competitivo, a Empresa enfrenta, ainda, alguns desafios, perspetivando-se um contexto<br />

externo, futuro, com algumas incertezas. Em particular, a persistente permanência, em níveis elevados e crescente volatilidade, do preço do<br />

combustível, o nível de intensidade do relançamento da oferta no conjunto da Indústria, após a saída da crise, bem como o desconhecimento<br />

sobre a evolução dos preços (yield) representam incertezas com impacto no desempenho da <strong>TAP</strong>, a que acrescem alguns desenvolvimentos<br />

menos favoráveis, como o lançamento de taxas de carbono pela UE e o impacto das medidas de austeridade em Portugal.<br />

Assim, com vista a identificar os meios necessários à consolidação do desempenho do<br />

Grupo, neste contexto, o plano da Empresa para o período <strong>2011</strong>-2015 fundamenta-se<br />

nos seis seguintes eixos estratégicos.<br />

Estratégia de Rede<br />

Reforço da perfomance<br />

comercial<br />

Esforço sistemático<br />

de redução de custos<br />

Principais desenvolvimentos<br />

em <strong>2011</strong><br />

Reforço dos<br />

processos de<br />

hub-and-spoke<br />

e sosticação<br />

de gestão<br />

do cliente<br />

Desenvolvimento<br />

do negócio de<br />

manutenção<br />

do Grupo<br />

Continuação<br />

do crescimento<br />

da Rede e<br />

consolidação<br />

dos atuais<br />

mercados<br />

Eixos<br />

Estratégicos<br />

Manter uma<br />

gestão ativa das<br />

restantes<br />

participadas<br />

Captura de<br />

oportunidades de<br />

redução de custos,<br />

garantindo<br />

posicionamento<br />

best-in-class<br />

Contribuir para<br />

a reestruturação<br />

da Groundforce<br />

A lógica de operação da Rede foi mantida, obedecendo a uma estratégia de expansão em todos<br />

os espaços continentais onde a Companhia opera, com particular incidência na consolidação<br />

das ligações entre a Europa e o Atlântico Sul e África. No desenvolvimento desta linha, e em resultado<br />

de uma avaliação sistemática das oportunidades de lançamento de novas rotas, registou-se<br />

o alargamento da Rede a um total de onze novos pontos. Verificou-se, assim, o início de operações<br />

regulares para Accra, Bamako e S. Vicente, perfazendo 65 ligações semanais, no conjunto<br />

das 13 ligações diretas entre Portugal e África. Na Europa, a rede foi reforçada com as rotas para<br />

Bordéus, Dusseldorf, Atenas, Manchester, Viena e Dubrovinik. No Atlântico Norte, a operação<br />

abrange agora, também, Miami e no Atlântico Sul, Porto Alegre passou a integrar a lista de pontos<br />

operados no Brasil, perfazendo a operação um total de dez cidades.<br />

A operação da Rede, suportada num conceito de hub, foi acompanhada por um esforço agressivo<br />

no estímulo à procura, sendo de referir, em particular, o incremento, na ordem dos 14,2%,<br />

face ao ano anterior, verificado no tráfego de ligação, tendo a receita de transporte aéreo, originada<br />

nos mercados estrangeiros representado, em <strong>2011</strong>, 85% do volume total, num reforço da<br />

posição da <strong>TAP</strong> como grande exportador nacional. Igualmente, na Internet, na sequência de um<br />

incremento que atingiu os 33,3%, na atividade das reservas através do site, assistiu-se ao reforço<br />

das vendas, que representam, já, cerca de 11% do valor global. Ainda, o esforço desenvolvido<br />

no âmbito da política de fidelização conduziu a um acréscimo significativo, em cerca de 17%, no<br />

número de membros do programa Victoria.<br />

Com vista a manter uma posição competitiva no mercado, prosseguiu, em <strong>2011</strong>, a aplicação<br />

de uma estratégia de crescimento contínuo, em número de destinos e no volume de serviços,<br />

assente nas estruturas existentes, o que permitiu a obtenção de ganhos de eficiência assinaláveis<br />

e a diluição de custos fixos. Por outro lado, foi prosseguida uma atuação incisiva sobre a globalidade<br />

dos custos acionáveis, verificando-se o cumprimento de um adequado programa de redução<br />

de custos, integrando um conjunto diversificado de medidas, a vigorar até 2012. No âmbito<br />

deste programa, desenvolvido em exclusivo com recursos da Empresa, com forte incidência na<br />

melhoria do desempenho, e de efeito transversal a todo o grupo de empresas do universo <strong>TAP</strong>,<br />

estavam em implementação, em <strong>2011</strong>, mais de 130 projetos.<br />

Ainda, neste âmbito, na sequência da Lei de Orçamento do Estado para <strong>2011</strong> (Lei nº 55-A/2010,<br />

de 31 de dezembro) e da Resolução do Conselho de Ministros nº1/<strong>2011</strong>, de 4 de janeiro, relativamente<br />

à criação de condições que permitam ultrapassar a situação de desequilíbrio das contas<br />

públicas, de referir a integral aplicação, por parte da Empresa, das referidas disposições, envolvendo<br />

a obtenção de redução de despesas operacionais, num valor mínimo de 15%, sendo de<br />

5% a redução efetiva nos custos globais com as remunerações totais ilíquidas. De igual modo,<br />

refira-se, ainda, o cumprimento integral das disposições consignadas na Lei do Orçamento do<br />

Estado para 2012 (Lei nº 64-A/<strong>2011</strong>, de 30 de dezembro), promulgada com idêntico propósito.


Na perspetiva da estrutura de participações, para a <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia Brasil, o<br />

desempenho no ano de <strong>2011</strong> marcou, pela primeira vez desde sua aquisição, uma inversão<br />

nas anteriores tendências negativas registadas anteriormente. Os objetivos fixados para a quase<br />

totalidade dos principais indicadores foram atingidos e, do ponto de vista comercial, o desenvolvimento<br />

de programas para o ano de 2012 acompanhou o esforço despendido na consolidação<br />

da carteira de clientes, mesmo num contexto de mercado desfavorável. De referir que esta<br />

empresa, enquanto investimento estratégico, se tem caracterizado como uma assinalável componente<br />

negativa no balanço do Grupo, tendo ocorrido um processo de profunda transformação,<br />

envolvendo investimento e reorganização em termos humanos, empresariais e no mercado<br />

onde a empresa se insere. Um mercado que sendo, atualmente, uma das regiões do globo com<br />

maiores taxas de crescimento, reconheceu, já, as competências da empresa, com a atribuição do<br />

Prémio Melhor Empresa de Manutenção Aeronáutica (MRO) do Brasil.<br />

Relativamente à Groundforce, em cumprimento das disposições da Autoridade da Concorrência,<br />

a <strong>TAP</strong> prosseguiu, em <strong>2011</strong>, o esforço de alienação do controlo de capital da SPdH, posição que<br />

tinha sido obrigada a readquirir, permanecendo as correspondentes ações na posse de uma entidade<br />

independente, a Europartners, com um papel ativo na concretização das decisões da AdC,<br />

gerindo a empresa SPdH, de forma independente da <strong>TAP</strong>. As ações desencadeadas conduziram<br />

à realização de um acordo de princípio com um grupo nacional de qualidade reconhecida, para<br />

a aquisição, por parte deste, de 50,1% do capital da Groundforce, aguardando-se, agora, para a<br />

concretização do negócio, a avaliação do Governo.<br />

Em <strong>2011</strong>, a <strong>TAP</strong> decidiu dar início a um programa de formação, orientado para o desenvolvimento<br />

das suas lideranças. O enquadramento pedagógico deste programa de formação das<br />

lideranças da <strong>TAP</strong> está alicerçado no planeamento estratégico da Empresa, procurando reforçar<br />

o link permanente entre os dois papéis críticos do público alvo: Gestores e Líderes de Pessoas.<br />

Entendeu-se, também, que este processo de desenvolvimento deve partir de uma ampliação de<br />

conhecimentos, debatendo sobre cenários atuais e futuros da sociedade em geral, e do setor da<br />

aviação em particular, ponderando sobre a existência e origem das pressões para o crescimento.<br />

Em síntese, este programa de desenvolvimento de lideranças propõe-se, a partir dos skills analíticos,<br />

relacionais e decisórios, fortalecer as competências de liderança da <strong>TAP</strong>.<br />

Ainda, na perspetiva da transformação organizacional, registou-se, na vertente do modelo organizativo,<br />

o desenvolvimento do Programa de Mobilidade, iniciado com um projeto-piloto, com<br />

origem em Portugal e nas Representações de França, E.U.A. e Itália. A envolver projetos de mobilidade<br />

de curta e longa duração, o programa, para além de proporcionar um intercâmbio de valências<br />

e um aumento de motivação, tem também por objetivo permitir identificar Colaboradores<br />

com potencial para o desempenho de funções de maior nível de complexidade.<br />

No domínio da implementação dos compromissos de sustentabilidade corporativa, prosseguiu,<br />

em <strong>2011</strong>, o desenvolvimento de ações, com vista ao alargamento progressivo do respetivo<br />

âmbito à totalidade das empresas do Grupo, consignando o <strong>Relatório</strong> do Governo Societário e de<br />

Sustentabilidade de <strong>2011</strong>, a informação relativa à globalidade deste universo, com a exceção da<br />

<strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia Brasil.<br />

Relativamente à gestão do risco, a perspetiva do risco financeiro da <strong>TAP</strong> SGPS, como Empresa<br />

responsável pela coordenação estratégica do Grupo <strong>TAP</strong>, assume dimensões e implicações mais<br />

vastas que a gestão financeira aplicada a uma empresa cuja atividade se limita a uma área de<br />

atividade específica. Na sua qualidade estatutária de Parent Company do Grupo, a <strong>TAP</strong> SGPS<br />

avalia, equaciona e decide sobre as grandes linhas de orientação das suas participadas e toma<br />

decisões de longo prazo relativas a investimento e desinvestimento em participações, em função<br />

da sua relevância estruturante para o funcionamento do conjunto.<br />

A trajetória de amortização de dívida manteve o seu curso normal, tendo sido levadas a efeito<br />

operações normais de refinanciamento, de forma a manter o adequado nível de financiamento da<br />

atividade do Grupo e níveis equilibrados de tesouraria do Grupo, no seu conjunto.<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 49<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Redefinição das participadas<br />

Transformação organizacional<br />

Estrutura de capitais<br />

e gestão do risco


50 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

€ 2.224,4<br />

milhões<br />

Vendas e Prestações<br />

de Serviços<br />

91,0%<br />

do Volume de Negócios<br />

do Grupo<br />

€ 3,1<br />

milhões<br />

Resultado Líquido<br />

da <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

DESEMPENHO<br />

DAS EMPRESAS<br />

DO GRUPO <strong>TAP</strong><br />

<strong>TAP</strong>, S.A.<br />

Progressiva deterioração da confiança<br />

dos consumidores e permanência<br />

de níveis elevados no preço do<br />

combustível de avião a comprometer<br />

a rentabilidade da Indústria<br />

Para a Indústria do Transporte Aéreo, considerando<br />

a difícil conjuntura que as economias<br />

ocidentais enfrentam, poderá<br />

afirmar-se que o respetivo mercado se comportou,<br />

em <strong>2011</strong>, de uma forma moderadamente<br />

positiva, embora caracterizado por<br />

acentuados contrastes. Assim, verificou-se,<br />

ao longo do ano, um relativo crescimento<br />

do mercado de transporte de passageiros,<br />

embora com tendência de abrandamento,<br />

a partir do início do 2º semestre, evidenciando<br />

o impacto do progressivo enfraquecimento<br />

da confiança dos consumidores.<br />

Contrariamente, o mercado de transporte<br />

de carga, após meses consecutivos de contração,<br />

indiciou uma inversão desta tendência,<br />

embora já no final do ano <strong>2011</strong>.<br />

Entretanto, os custos de combustível, ao<br />

longo do ano com níveis significativamente<br />

elevados, continuaram a comprometer a<br />

rentabilidade da Indústria, sendo de destacar<br />

a região Europeia, onde uma política restritiva<br />

para o setor da aviação se apresentou<br />

como determinante para que as margens da<br />

Indústria se tenham mantido em níveis frágeis,<br />

fortemente condicionadas pela permanência<br />

de desafios estruturais para o setor.<br />

Igualmente condicionada pelo quadro económico<br />

descrito, a <strong>TAP</strong>, S.A. terminou o<br />

exercício de <strong>2011</strong> registando um resultado<br />

líquido com o valor de EUR 3,1 milhões, inferior,<br />

em EUR 59,2 milhões, ao valor registado<br />

em 2010. Este resultado decorreu na<br />

sequência de uma redução do resultado<br />

operacional, face ao ano anterior, que atingiu<br />

EUR 41,1 milhões, menos EUR 62,1<br />

milhões que em 2010, tendo o encargo com<br />

combustíveis aumentado 37,1%, equivalendo<br />

esta evolução a EUR 193,9 milhões,<br />

sendo que EUR 166,4 milhões são atribuíveis<br />

ao efeito preço.<br />

A atividade de Transporte Aéreo gerou um<br />

total de EUR 2.123,7 milhões, mais EUR<br />

137,4 milhões que em 2010, um resultado<br />

significativamente influenciado pelo comportamento<br />

dos proveitos de passagens, os<br />

quais totalizaram EUR 1.974,3 milhões, mais<br />

7,1% que o valor registado no ano anterior,<br />

em consequência de um incremento na procura,<br />

da ordem dos 8,5%, expressa em<br />

PKU’s. Contribuindo no mesmo sentido, os<br />

proveitos associados ao volume de Carga<br />

e Correio transportados totalizaram EUR<br />

130,2 milhões, mais 4,3% que em 2010.<br />

Por sua vez, a atividade de manutenção<br />

aeronáutica da <strong>TAP</strong>–Manutenção e<br />

Engenharia Portugal, no segmento Clientes<br />

Terceiros, registou um total de EUR 92,6<br />

milhões, menos 26,8% que em 2010, refletindo<br />

o impacto da envolvente recessiva que<br />

se continua a verificar, a nível internacional.<br />

De referir que, na presença de um cenário<br />

de preço do combustível, em níveis continuadamente<br />

elevados, estes resultados apenas<br />

foram possíveis devido aos significativos<br />

ganhos de eficiência decorrentes da progressiva<br />

melhoria de produtividade alcançada<br />

nos últimos anos, pela adoção das<br />

melhores práticas e simplificação de processos,<br />

numa atuação conjugada com a intensificação<br />

de políticas comerciais agressivas.<br />

De referir, ainda, o impacto de um acentuado<br />

rigor na gestão dos custos, verificando-se a<br />

implementação de um adequado programa<br />

de redução de custos e de otimização de<br />

receitas, integrando um conjunto diversificado<br />

de medidas, a vigorar até 2012.<br />

Crescente importância do hub Lisboa,<br />

ampliando a conexão da Europa a um<br />

número crescente de destinos localizados<br />

em África e no Atlântico Sul<br />

Na perspetiva do negócio de Transporte<br />

Aéreo, de destacar a crescente importância<br />

do papel do hub Lisboa, sendo de referir,<br />

neste âmbito, o impacto da participação<br />

da <strong>TAP</strong> no sistema de multi-hub global da<br />

aliança STAR Alliance, permitindo beneficiar<br />

do tráfego de alimentação, proporcionado<br />

pelas operações dos restantes membros.<br />

De assinalar que, decorridos seis anos,<br />

após a integração naquela Aliança global,<br />

numa participação considerada como um<br />

reforço para a própria Aliança, a Empresa<br />

tem prosseguido na execução da sua estratégia<br />

de nicho, conectando, através de um<br />

número crescente de ligações, a Europa a<br />

África e ao Atlântico Sul, região onde se destaca<br />

como a transportadora Europeia líder<br />

para o Brasil.


No final do exercício, a frota conjunta <strong>TAP</strong><br />

+ PGA integrava um total de 71 aeronaves,<br />

garantindo à Companhia a concretização<br />

da sua estratégia, no sentido de responder<br />

mais e melhor às expectativas dos Clientes,<br />

otimizando todas as oportunidades de<br />

negócio disponíveis. O total de passageiros<br />

transportados atingiu 9.752 milhares, mais<br />

663 milhares que em 2010, tendo-se registado<br />

incrementos na generalidade dos setores<br />

de rede, com exceção do Continente.<br />

A contribuir para este resultado, de referir<br />

o lançamento de onze novas rotas, na<br />

sequência de um contínuo procedimento<br />

de análise aos potenciais de mercado e<br />

da rentabilidade das linhas, permitindo à<br />

Empresa ampliar a sua cobertura geográfica<br />

e aumentar os fluxos de tráfego de passageiros<br />

e de carga. As novas rotas, para<br />

além de potenciar a importância estratégica<br />

do hub de Lisboa, contribuem para a promoção<br />

do crescimento do setor nacional do<br />

Turismo, sendo de destacar as ligações a<br />

novos destinos na Alemanha, em Inglaterra<br />

e em França, três dos principais mercados<br />

emissores para Portugal. Assim, foi iniciada<br />

a operação para seis novos destinos europeus<br />

(Atenas, Viena, Bordéus, Dusseldorf,<br />

Manchester e Dubrovnik), sendo os restantes,<br />

três pontos em África (Bamako, Accra<br />

e S. Vicente), um ponto nos EUA (Miami)<br />

e um no Atlântico Sul, a cidade de Porto<br />

Alegre, representando o 10º destino operado<br />

pela Companhia, no Brasil. De referir,<br />

neste caso, com um impacto determinante<br />

para a obtenção dos resultados verificados,<br />

a operação para o Brasil, onde, assistindo-<br />

se a um acréscimo da ordem dos<br />

8,7% (em PKU’s), a operação representa,<br />

agora, 42,3% do total da rede.<br />

Principais Indicadores da <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

No final do ano, foi efetuado o anúncio da<br />

ampliação da rede de operação, em 2012,<br />

com a abertura de dois novos destinos na<br />

Europa (Berlim e Turim), incrementando<br />

o número de operações semanais entre<br />

Portugal e a Alemanha e Portugal e Itália.<br />

Inovação e qualidade do serviço<br />

Em <strong>2011</strong>, a <strong>TAP</strong> continuou a promover as<br />

alterações que considerou necessárias,<br />

face às exigências do seu posicionamento<br />

estratégico, em linha com as solicitações do<br />

mercado, prosseguindo, com uma atitude<br />

de pioneirismo, na utilização e dinamização<br />

de novas tecnologias. No desenvolvimento<br />

desta orientação, diversos produtos<br />

e serviços foram lançados, quer como forma<br />

de diferenciação, quer como via de garantir,<br />

de forma permanente, uma simplificação<br />

de processos quer, ainda, com vista a obter<br />

uma crescente satisfação do Cliente.<br />

<strong>2011</strong><br />

EUR milhões<br />

2010<br />

EUR milhões<br />

Rendimentos e Ganhos Operacionais 2.272,6 2.180,7 4,2%<br />

Gastos e Perdas Operacionais 2.120,1 1.953,4 8,5%<br />

Resultado Operacional 41,1 103,3 -60,2%<br />

Resultado Líquido 3,1 62,3 -95,0%<br />

Ativo 1.880,4 1.876,0 0,2%<br />

Capital Próprio 55,5 52,7 5,5%<br />

Quadro do Pessoal Ativo (31 Dezembro)* 6.934 7.055 -121<br />

Transporte Aéreo 4.543 4.582 -39<br />

Manutenção e Engenharia 1.917 1.942 -25<br />

<strong>TAP</strong> Serviços 441 496 -55<br />

Outros 33 35 -2<br />

Composição da frota da <strong>TAP</strong> (média) 55,0 55,4 -0,6%<br />

Horas de Voo (Oper. reg. em equip. próprio) 242.866 229.703 5,7%<br />

Pontualidade na partida até 15' (%) 75,8 71,2 4,6 p.p.<br />

Regularidade (%) 99,2 98,0 1,2 p.p.<br />

(*) Não inclui pessoal sem colocação e não ativo<br />

A importância da <strong>TAP</strong>, no contexto da economia<br />

portuguesa, continuou a consolidar- se,<br />

com reflexo em diversas vertentes<br />

+ O posicionamento como uma das maiores<br />

empresas geradoras de emprego no País;<br />

+ O significativo contributo para o volume das<br />

exportações nacionais, mantendo-se o Grupo<br />

<strong>TAP</strong>, na posição de maior exportador nacional;<br />

+ O impacto no Turismo nacional, através da significativa<br />

expressão do tráfego para Portugal, de<br />

toda a sua rede de operação;<br />

+ A atuação, como entidade relevante, na divulgação<br />

de produtos nacionais.<br />

var.<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 51<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Igualmente, visando proporcionar a cada<br />

Cliente aquilo que este mais valoriza na sua<br />

viagem, de destacar, entre outras iniciativas,<br />

a continuidade da disponibilização do<br />

conceito Branded Products – cinco novos<br />

produtos: tap | executive, tap | plus, tap |<br />

classic, tap | basic, tap | discount, possibilitando<br />

dar ao passageiro a opção de escolher<br />

entre cinco formas de viajar e cinco<br />

classes de serviço.<br />

A qualidade do serviço prestado, bem como<br />

a preservação da eficiência, permaneceram<br />

como um enfoque particular da Empresa,<br />

realidade confirmada pela contínua evolução<br />

dos seus indicadores de pontualidade<br />

e de regularidade.<br />

Contributos para as exportações nacionais<br />

e para o Turismo do País<br />

A crescente capacidade da Empresa na<br />

captação de volumes de tráfego de progressivo<br />

significado, ampliando, ainda mais, o<br />

desenvolvimento que se tem verificado nos<br />

últimos anos, no sentido de um forte crescimento<br />

das suas vendas nos mercados<br />

internacionais, contribuiu para acentuar a<br />

vocação da Empresa ao serviço da economia<br />

nacional, e afirmar o seu crescente contributo<br />

para o setor do Turismo.<br />

Neste sentido, a Empresa viu reforçado o<br />

posicionamento da sua contribuição para o<br />

volume das exportações nacionais, sendo<br />

de assinalar que no ano de <strong>2011</strong>, a <strong>TAP</strong> atingiu,<br />

em vendas e prestações de serviços, no<br />

mercado externo, um total de EUR 2.063,5<br />

milhões, mais EUR 280,7 milhões, ou seja,<br />

mais 15,7% que o valor verificado em 2010.<br />

Igualmente, de referir, o contributo para o<br />

turismo nacional, através da significativa<br />

expressão do tráfego para Portugal, de toda<br />

a sua rede de operação, bem como da atuação<br />

da Empresa, como entidade relevante<br />

na divulgação de produtos nacionais.


€ 2.123,7<br />

milhões<br />

Proveitos do Transporte<br />

Aéreo<br />

87,3%<br />

do Volume de Negócios<br />

do Grupo<br />

4.543<br />

Quadro do Pessoal<br />

do Transporte Aéreo<br />

(31 de dezembro)<br />

O Transporte Aéreo da <strong>TAP</strong><br />

tem por missão desenvolver<br />

atividade como Companhia<br />

Aérea Internacional, constituindo-se<br />

como a melhor<br />

opção para quem utilizar os<br />

seus serviços de transporte<br />

de passageiros e carga, sendo<br />

uma de entre as melhores<br />

Empresas para se trabalhar,<br />

e conferindo aos seus investidores<br />

adequados níveis de<br />

rentabilidade.<br />

<strong>TRANSPORT</strong>E<br />

AÉREO<br />

Crescimento na atividade<br />

Na <strong>TAP</strong>, o crescimento da procura<br />

mostrou-se ligeiramente superior à<br />

média identificada para o setor, situando-se<br />

na ordem de 8,5%, expresso<br />

em passageiro-quilómetro (PKU).<br />

A continuação de uma política comercial<br />

agressiva possibilitou à <strong>TAP</strong> atingir,<br />

no final de <strong>2011</strong>, em vendas e<br />

prestações de serviços, um total de<br />

EUR 2.123,7 milhões, na atividade de<br />

Transporte Aéreo, mais 6,9% que no<br />

ano anterior.<br />

O negócio do transporte aéreo,<br />

a principal atividade do Grupo <strong>TAP</strong>,<br />

representou, em 2010, 87,3% do total<br />

do volume de negócios da Empresa.<br />

Proveitos do Transporte Aéreo<br />

Vendas e Prestações de Serviços<br />

EUR milhões<br />

1.986<br />

+6,9%<br />

2.124<br />

2010 <strong>2011</strong>


Crescimento do tráfego (PKU’s)<br />

<strong>TAP</strong> e média das companhias da AEA – Evolução em relação a 2000<br />

200%<br />

150%<br />

100%<br />

50%<br />

0%<br />

-50%<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

2008<br />

2009<br />

2010<br />

<strong>2011</strong><br />

Ao nível da Indústria, embora na presença<br />

de condições económicas débeis<br />

e de acentuada perturbação financeira,<br />

o mercado de transporte de passageiros<br />

registou um crescimento em linha<br />

com a tendência de longo prazo, situando-se,<br />

para as operadoras regulares<br />

europeias da AEA (Association of<br />

European Airlines), na ordem dos 8,0%.<br />

Assistiu-se, no entanto, em alguns mercados,<br />

designadamente na Europa, a<br />

alterações na estrutura ao nível do segmento<br />

tráfego de negócios, o qual passou<br />

dos lugares premium para lugares<br />

de classe económica.<br />

Principais vetores da política<br />

comercial<br />

Europa<br />

150%<br />

120%<br />

90%<br />

60%<br />

30%<br />

-30%<br />

Em <strong>2011</strong>, manteve-se a orientação da <strong>TAP</strong><br />

no sentido de uma procura continuada do<br />

reforço da qualidade dos seus produtos e<br />

serviços, bem como das mais adequadas<br />

soluções para as viagens dos seus passageiros,<br />

visando uma crescente satisfação do<br />

Cliente e uma constante diferenciação, em<br />

relação às empresas concorrentes.<br />

0%<br />

<strong>TAP</strong><br />

AEA<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

2008<br />

2009<br />

2010<br />

<strong>2011</strong><br />

Atlântico Sul<br />

400%<br />

350%<br />

300%<br />

250%<br />

200%<br />

150%<br />

100%<br />

50%<br />

0%<br />

-50%<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 53<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

A Companhia prosseguiu no desenvolvimento da sua estratégia, mantendo<br />

como objetivo central efetuar uma gestão rigorosa e eficaz de equipamentos<br />

e de recursos, privilegiando as seguintes vertentes:<br />

Exploração de novos mercados – Reforço das ligação<br />

entre a Europa e África e o Brasil<br />

A <strong>TAP</strong> prosseguiu o esforço centrado no crescimento e na melhoria do hub Lisboa, garantindo o<br />

serviço ao tráfego de ligação. Complementarmente, a operação no aeroporto do Porto, como 2º<br />

hub operacional, foi mantida, no sentido de corresponder aos volumes de tráfego originados à<br />

partida do norte do País.<br />

A operação decorreu com a manutenção de dois períodos no verão, diferenciados a nível operacional,<br />

justificada pelo menor volume de procura existente no início deste período: até final de<br />

maio, a continuação do produto oferecido no inverno, com menor número de voos em night-stop<br />

e Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília em operação noturna; de junho até final do período de verão,<br />

uma operação mais alargada, com todos os voos night-stop e os voos para Rio de Janeiro, São<br />

Paulo e Brasília em operação diurna.<br />

A lógica de operação foi continuada, tendo-se focalizado na consolidação das ligações entre a<br />

Europa e o Brasil e África.<br />

Numa perspetiva de aproveitamento de oportunidades de negócio, verificou-se o lançamento de<br />

11 novos destinos, sendo 6 de médio curso e 5 de longo curso.<br />

Novos destinos <strong>2011</strong><br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

2008<br />

2009<br />

2010<br />

<strong>2011</strong><br />

África<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

2008<br />

2009<br />

2010<br />

<strong>2011</strong><br />

março abril maio junho julho agosto<br />

Dusseldorf Bordéus Viena Atenas<br />

Europa<br />

Dubrovnik<br />

África<br />

Manchester<br />

Bamako Accra<br />

São Vicente<br />

Atlântico Norte Miami<br />

Atlântico Sul Porto Alegre<br />

100%<br />

80%<br />

60%<br />

40%<br />

20%<br />

0%<br />

-20%


54 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Política de preços<br />

Em <strong>2011</strong>, foi intensificada a política de captação de tráfego a longa distância, utilizando<br />

parâmetros mais agressivos na captação deste tráfego e um controlo apertado dos preços<br />

praticados pela concorrência, como forma mais eficaz de fazer face às companhias de baixo<br />

custo, em termos de preço, visibilidade e disponibilidade de oferta.<br />

Comunicação com os Clientes<br />

Nova assinatura<br />

Desde 2008, a <strong>TAP</strong> assumiu, como posicionamento, ser uma companhia<br />

que trabalhava o seu produto de forma segmentada, dando a cada cliente<br />

aquilo que ele mais valorizava para a sua viagem, por motivos de negócio<br />

ou lazer.<br />

Neste sentido, com os Branded Products – campanha lançada em 2008 –, a<br />

<strong>TAP</strong> apresentou-se, junto dos seus Clientes, como uma companhia competitiva<br />

quanto ao preço, mas, simultaneamente, como uma das melhores<br />

em qualidade do serviço prestado.<br />

A este posicionamento, perfeitamente consolidado decorridos três anos,<br />

associou-se, nos mercados, uma imagem de companhia muito mais emocional,<br />

na sequência dos eventos flashmob, em dezembro 2009, no Aeroporto<br />

de Lisboa, e do lançamento e posicionamento da Empresa nas redes sociais,<br />

nomeadamente no Facebook, onde regista, atualmente, cerca de 200 mil fãs<br />

nos perfis Portugal www.facebook.com/<strong>TAP</strong>Portugal e Brasil www.facebook.<br />

com/tapbrasil, e no canal youtube www.youtube.com/tap.<br />

Deste modo, a própria marca teve de ser reequacionada, visando um ajustamento<br />

da comunicação, com o cliente final, ao tom emocional com que<br />

a <strong>TAP</strong> estava já conotada, em termos de consumo. Acresce, que do ponto<br />

de vista da segmentação, a marca estava perfeitamente consolidada, apresentando-se<br />

<strong>2011</strong> como o momento adequado para um tom mais arrojado<br />

de comunicação.<br />

Aproveitando o posicionamento estratégico do seu hub, em Lisboa, surge,<br />

assim, em <strong>2011</strong>, uma assinatura que reflete uma companhia que une, através<br />

deste, a Europa aos Continentes Americano e Africano.<br />

A <strong>TAP</strong> trabalhou, ainda, o novo posicionamento, num envolvimento do<br />

público interno, através do lançamento de um desafio aos seus trabalhadores<br />

– dar a cara pelas campanhas de publicidade da Companhia, com uma<br />

iniciativa denominada <strong>TAP</strong> Cast.<br />

Novo website flytap.com<br />

Ainda, de referir o lançamento do novo portal www.flytap.com, que surgindo<br />

da necessidade de alargar a presença online da <strong>TAP</strong> a novos mercados<br />

emergentes, foi idealizado para permitir uma navegação simples e estruturada,<br />

possibilitando uma rápida identificação dos conteúdos principais.<br />

Continuando a assumir um papel de inovação nos canais online, antes do<br />

lançamento, efetuado em 26 de abril <strong>2011</strong>, a <strong>TAP</strong> convidou os seus fãs<br />

no facebook (cerca de 100 mil, na altura) a navegarem no novo portal da<br />

Companhia, num acesso exclusivo e em primeira mão, comentando e<br />

apresentando sugestões de conteúdos e funcionalidades, sendo todos os<br />

comentários lidos e tidos em consideração, com vista a melhorar o portal, e<br />

ir ao encontro das expectativas dos Clientes.<br />

+ Disponível em 47 mercados e 11 idiomas (objetivo: 21 idiomas em 2012)<br />

+ Separação de conteúdos institucionais e comerciais<br />

+ Online check-in<br />

+ Simulador de bagagem (peso; dimensão; custo do excesso de bagagem)<br />

+ Horários de partidas e chegadas<br />

+ Flight status<br />

Redução das despesas<br />

de comercialização<br />

Em <strong>2011</strong>, seguindo a tendência geral nos mercados<br />

nacional e internacional, a <strong>TAP</strong> prosseguiu com a política<br />

de redução das despesas de comercialização.<br />

Branded Products – campanha lançada em 2008<br />

<strong>TAP</strong> Portugal de Braços Abertos.<br />

Só há uma maneira de viajar.<br />

www.flytap.com<br />

+ Desde o lançamento: cerca de 6 milhões de visitantes, gerando 23,7<br />

milhões de páginas vistas; Média diária: mais de 53 milhares de visitas; 99<br />

mil páginas vistas.


Política de fidelização<br />

Relativamente aos programas de fidelização, <strong>TAP</strong> Victoria e <strong>TAP</strong><br />

Corporate, verificou-se a expansão geográfica, quer das plataformas de<br />

fidelização, quer do motor de reservas online B2C, para o mercado online<br />

espanhol.<br />

Estes desenvolvimentos, que tiveram por objetivo promover uma ação<br />

mais próxima no relacionamento com os Clientes, decorreram, também,<br />

de uma estratégia de expansão da presença de ambos os programas,<br />

em mercados considerados estratégicos e com forte potencial de<br />

crescimento.<br />

Por seu turno, o lançamento do serviço Convert Miles tornou possível<br />

converter as Milhas Bónus acumuladas em companhias aéreas parceiras<br />

da <strong>TAP</strong>, em Milhas Status, que serão contabilizadas para efeito de obtenção<br />

do estatuto Victoria Silver Winner ou Victoria Gold Winner, uma funcionalidade<br />

que foi disponibilizada na Loja de Milhas.<br />

+ Membros: 1,3 milhões (Dez.<br />

<strong>2011</strong>)<br />

+ TOP Countries: Portugal;<br />

Brasil; França; Reino Unido;<br />

Espanha;<br />

+ Taxa de retenção: 71%<br />

Segmentação<br />

Loyalty<br />

Desenvolvimentos – <strong>2011</strong><br />

+ Plano de comunicação<br />

+ Linha de atendimento dedicada<br />

(Call Centre PTContact);<br />

+ Tap|corporate fly no mercado<br />

Espanha<br />

+ Em versão staging no mercado<br />

Italiano<br />

Verificou-se o envio de propostas de valor, cross selling, a Clientes com<br />

reservas ativas, antecipando as necessidades dos membros Victoria, em<br />

termos de alojamento, rent-a-car e seguro de viagem.<br />

Paralelamente, foram desenvolvidos esforços incidindo na promoção da<br />

melhoria nos dados de contacto dos membros Victoria, visando maior<br />

retorno nas campanhas, nomeadamente, na taxa de sucesso de envio e<br />

feedback e, em consequência, maior qualidade e confiança nas análises<br />

e estudos de mercado realizados. Foi desenvolvida informação de apoio<br />

à gestão de topo, envolvendo os temas Loyalty, Memberbase e Flight do<br />

Programa Victoria.<br />

A realização de campanhas, segmentadas por clusters, com utilização<br />

do canal mobile e email, foi acompanhada da respetiva monitorização,<br />

avaliando retornos e taxa de sucesso.<br />

Por sua vez, a integração de novas fontes de informação permitiu passar<br />

a efetuar o acompanhamento da atividade web dos membros Victoria<br />

no site Victoria.<br />

Clusters Clientes <strong>TAP</strong><br />

Inovação – produtos e serviços através<br />

das novas tecnologias<br />

Serviço<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 55<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Mobile <strong>TAP</strong> (tablets / smartphones)<br />

Dando continuidade a uma aposta da Companhia na inovação, foram lançadas<br />

novas aplicações gratuitas para smartphones e para tablets, com as<br />

quais todos os Clientes podem obter, de forma simples e rápida, informações<br />

sobre os horários de voos e as partidas e chegadas, através de pesquisa<br />

por rota, aeroporto e voo e ainda campanhas de preço em vigor (tablets).<br />

Os Clientes Victoria têm, igualmente, disponível uma área de acesso reservado,<br />

permitindo consulta da sua conta pessoal, de informações sobre reservas,<br />

acesso ao formulário de reclamação de milhas e ao respetivo extrato.<br />

Disponível, ainda, a inscrição no programa Victoria para potenciais e futuros<br />

clientes.<br />

Mobile Check-in<br />

Para além destes serviços, nas aplicações para smartphones e para tablets,<br />

a <strong>TAP</strong> disponibiliza, também, o serviço de Mobile Check-in, que pode ser utilizado,<br />

igualmente, através dos telemóveis com acesso a Internet, no Portal<br />

<strong>TAP</strong> Mobile (mobile.flytap.com). Este serviço abrange já viagens à partida de<br />

todos os aeroportos portugueses e grande parte dos aeroportos europeus,<br />

para passageiros que viajem com e sem bagagem.<br />

Estratégia Mobile<br />

Serviço Plusgrade – Lançamento do serviço Plusgrade, como um serviço inovador,<br />

que facilita a experiência de voar em tap | executive. Ao comprar o bilhete<br />

no site da <strong>TAP</strong>, nas classes tap | plus ou tap | classic, num voo de médio<br />

curso, nas rotas elegíveis, o cliente pode licitar um valor para viajar em tap |<br />

executive. No caso da licitação ser aceite, verificar-se-á o envio ao cliente de<br />

um novo bilhete, sendo-lhe debitado o respetivo valor.<br />

Cozinha Gourmet – Entre novembro <strong>2011</strong> e outubro de 2012, foram introduzidas<br />

novas criações gastronómicas de seis dos mais reputados chefes de<br />

Portugal, apresentando ao mundo o caráter único da cozinha portuguesa.<br />

Serviço a Bordo<br />

Principais serviços<br />

+ Partidas e chegadas em tempo<br />

real<br />

+ Horários de Voos / Aeroportos<br />

+ Programa Victoria – Extrato<br />

milhas/Conta online<br />

+ Informação de Destino/Tempo/<br />

Campanhas<br />

+ Mobile Check-In<br />

+ Vinhos servidos a Bordo da <strong>TAP</strong>,<br />

premiados no concurso anual Wines on<br />

the Wing <strong>2011</strong>, promovido pela revista<br />

Global Traveler, para avaliar os vinhos<br />

servidos pelas companhias aéreas.<br />

+ A <strong>TAP</strong> foi eleita, pelos passageiros<br />

frequentes, como a melhor Companhia<br />

Aérea da Europa, tendo para esta<br />

distinção contribuído, também, a<br />

qualidade das refeições servidas a bordo.


56 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Milhões de passageiros<br />

Passageiros Transportados<br />

Operação Regular<br />

85,1%<br />

9,8<br />

8,7<br />

9,1<br />

8,4<br />

7,8<br />

6,9<br />

6,2 6,4<br />

5,3 5,4 5,3 5,6<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

Oferta, Procura e Load Factor de Passageiros<br />

Passageiro-Km e %<br />

Mil milhões<br />

35<br />

30<br />

25<br />

20<br />

15<br />

10<br />

5<br />

0<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

PKO’s<br />

2004<br />

2007<br />

+3,7 p.p.<br />

2005<br />

PKU’s<br />

2006<br />

2007<br />

2008<br />

2008<br />

2009<br />

2009<br />

Load Factor<br />

2010<br />

2010<br />

<strong>2011</strong><br />

<strong>2011</strong><br />

Tráfego (PKU’s) por Setor de Rede Linhas<br />

Voos regulares<br />

0,5% Continente<br />

80%<br />

75%<br />

70%<br />

65%<br />

60%<br />

4,3% Regiões Autónomas<br />

35,8% Europa<br />

10,1% África<br />

4,7% Atlântico Norte<br />

2,2% Atlântico Médio<br />

42,3% Atlântico Sul<br />

Rede de Linhas<br />

Na operação da Rede de Linhas da Companhia, a <strong>TAP</strong> prosseguiu, em<br />

<strong>2011</strong>, a sua estratégia no sentido de disponibilizar uma oferta de serviços<br />

de qualidade e ajustada às necessidades dos seus Clientes, por<br />

forma a corresponder às suas expectativas.<br />

No total de rede, o nível de oferta da operação regular registou<br />

um aumento da ordem de 5,9%, para um acréscimo na procura<br />

de 8,5%. O coeficiente de ocupação incrementou, em consequência,<br />

1,8 p.p. para 76,3%. O total de passageiros transportados<br />

atingiu cerca de 9,8 milhões (+7,3%), tendo os proveitos<br />

de passagens totalizado EUR 1.974,3 milhõ, mais 7,1% que em<br />

2010.<br />

Na operação foram realizados mais de 102 mil serviços. Refira-se, adicionalmente,<br />

a presença em mais de 167 mil voos operados por outras<br />

companhias, ao abrigo de acordos de código repartido, representando<br />

um incremento de 56%, face a 2010. A Companhia voou cerca de 243<br />

mil horas com equipamento próprio, e mais de 52 mil horas com equipamento<br />

da Portugália, perfazendo, no total, mais 5,2% que em 2010.<br />

O número de quilómetros percorridos correspondeu, respetivamente a<br />

174,3 e a 28,8 milhões.<br />

Rede médio curso<br />

O tráfego do médio curso representou, em <strong>2011</strong>, 40,7%, do total da<br />

Rede de Linhas, quando expresso em passageiro-quilómetros (PKU’s),<br />

mais 0,3 p.p. que em 2010.<br />

+ Nas Regiões Autónomas, a análise rigorosa à operação, perspetivando<br />

uma melhor adequação entre oferta e procura na rota Lisboa-<br />

-Funchal, motivou a suspensão de voos, efetivada de forma dirigida<br />

a operações com menor índice de ocupação.<br />

+ Assim, a oferta para este setor de Rede diminuiu 7,0%, tendo a procura<br />

registado um ligeiro aumento, na ordem de 1,2%, aumentando<br />

o coeficiente de ocupação em 5,7 p.p., para 70,4%.<br />

As Regiões Autónomas registaram um peso de 4,3%, menos 0,3<br />

p.p. que em 2010.<br />

+ Na Europa, correspondendo a 35,8% da procura total, a região<br />

constitui-se como o 2º setor mais importante na rede da <strong>TAP</strong>. No<br />

entanto, considerando, também, a procura do Continente e das<br />

Regiões Autónomas, constata-se que a região Europeia representou<br />

40,7% do total da procura da Companhia, em <strong>2011</strong>.<br />

O aumento de oferta neste setor de rede, da ordem dos 5,8%, foi<br />

inteiramente compensado pelo crescimento da procura, que acabou<br />

por se situar em 10,7%. O coeficiente de ocupação registou,<br />

como consequência, um acréscimo de 3,1 p.p., posicionando-se<br />

em 71,2%.<br />

+ No Continente, registou-se a prossecução das diretivas da<br />

Autoridade da Concorrência, colocando voos entre Lisboa e Porto<br />

com intervalos inferiores a 3 horas, entre as 6H00 e as 22H00.<br />

Face à redução da oferta atribuída ao setor da rede, da ordem dos<br />

7,6%, e tendo a procura registado uma quebra acentuadamente<br />

inferior, de 2,5%, verificou-se um acréscimo do coeficiente de ocupação<br />

de cerca de 3 p.p.. A representatividade deste setor de rede<br />

manteve-se sensivelmente no mesmo nível, na ordem dos 0,5%.


Rede longo curso<br />

O tráfego do longo curso representou, em <strong>2011</strong>, 59,3% do total da<br />

Rede de Linhas, menos 0,3 p.p., que no ano anterior.<br />

+ Em África, perspetivando-se o reforço competitivo do hub de<br />

Lisboa, oferecendo boa conectividade de e para outros destinos<br />

intra-europeus servidos pela Companhia, foi efetuado o lançamento,<br />

em junho, de 3 voos semanais Lisboa-Bamako e, em<br />

julho, de 4 voos semanais Lisboa-Accra.<br />

Ocorreu, igualmente, em julho, o início da operação Lisboa-<br />

-S. Vicente (Cabo Verde), com uma frequência de 2 voos semanais,<br />

como forma de diversificar a operação, que atingiu, no final<br />

de <strong>2011</strong>, um total de 13 ligações diretas entre Portugal e África.<br />

Na sequência do cancelamento da rota a Joanesburgo, a procura<br />

registou um ligeiro decréscimo, de 3,2%, tendo-se verificado na<br />

operação uma redução de 4,4%, possibilitando um incremento<br />

do coeficiente de ocupação de 0,9 p.p.. A representatividade da<br />

região, no total da rede, situou-se em 10,1%, menos 1,2 p.p. que<br />

o verificado em 2010.<br />

+ No Atlântico Norte verificou-se, em junho, a realização do voo<br />

inaugural Lisboa-Miami, numa operação de 4 voos semanais,<br />

que seria reforçada com um 5º voo. A procura dirigida a este<br />

setor de rede registou um forte acréscimo, da ordem dos 29,5%,<br />

tendo-se verificado um crescimento na oferta de 36,1%. Em consequência,<br />

o índice de ocupação reduziu, na ordem dos 3,9 p.p.,<br />

para 76,4%. O peso do tráfego no total da rede aumentou, ligeiramente,<br />

face a 2010, situando-se em 4,7%.<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 57<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

+ No Atlântico Médio, a procura registou um crescimento positivo,<br />

na ordem dos 8,7%, permitindo a redução da oferta, de 4,9%,<br />

elevar o coeficiente de ocupação, cerca de 9,8 p.p., para 78,6%.<br />

A representatividade, no total da rede, manteve o nível de 2010<br />

situando-se nos 2,2%.<br />

+ Na região do Atlântico Sul, procedeu-se ao lançamento, em<br />

junho, da operação de 4 voos semanais entre Lisboa e Porto<br />

Alegre, cidade que representa o 10º destino da <strong>TAP</strong> no Brasil.<br />

O acréscimo da procura para esta região, da ordem dos 8,7%,<br />

foi semelhante ao incremento da oferta. O coeficiente de ocupação<br />

não apresentou, assim, alteração significativa, situando-se<br />

nos 83,1%.<br />

Reforço da posição de liderança no Brasil<br />

O Atlântico Sul constituiu o setor de maior representatividade na<br />

rede de linhas, atingindo 42,3%, mais 0,1 p.p. que em 2010, continuando<br />

a exceder a dimensão do setor de rede Europa.


58 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Região<br />

Volume de Tráfego<br />

(Milhares de Passageiros)<br />

Colaboração com companhias parceiras<br />

Prosseguiu a intensificação do relacionamento com as companhias-membro<br />

da STAR Alliance, merecendo referência o<br />

aumento do número de destinos servidos em code-share com<br />

a parceira TURKISH AIRLINES, bem como o alargamento do<br />

code-share com a AEGEAN AIRLINES, AUSTRIAN AIRLINES,<br />

CROATIA AIRLINES, SOUTH AFRICAN AIRWAYS fruto do<br />

aumento de destinos oferecidos pela <strong>TAP</strong> em equipamento<br />

próprio em <strong>2011</strong>, permitindo, assim, mais encaminhamentos e<br />

diversificação da oferta através do crescimento do número de<br />

destinos de código partilhado entre as empresas. Destaque<br />

também para o aumento das ligações com a congénere egípcia<br />

EGYPTAIR, entre Portugal e diversas cidades no Egipto, via<br />

pontos na Europa.<br />

Negociações e processo técnico em curso para implementação<br />

de code-share com as congéneres marroquina RAM e israelita,<br />

EL AL.<br />

Por fim, destaque-se, igualmente, o novo acordo de code-share<br />

com a ETIHAD, permitindo-se, assim, oferecer, pela primeira<br />

vez, voos com o código <strong>TAP</strong> para Abu Dhabi (Emirados Árabes<br />

Unidos). Destaque, ainda, para o contínuo aprofundamento da<br />

cooperação com a parceira nacional, SATA INTERNATIONAL,<br />

por via da sua continuada expansão de rotas entre as Regiões<br />

Autónomas e a Europa.<br />

Variação sobre o ano anterior<br />

Capacidade<br />

(PKOs)<br />

Tráfego<br />

(PKUs)<br />

Coeficiente<br />

de Ocupação<br />

Continente 576 -7,6% -2,5% 57,8%<br />

Regiões Autónomas 959 -7,0% 1,2% 70,4%<br />

Europa 5.765 5,8% 10,7% 71,2%<br />

África 617 -4,4% -3,2% 72,8%<br />

Atlântico Norte 216 36,1% 29,5% 76,4%<br />

Atlântico Médio 87 -4,9% 8,7% 78,6%<br />

Atlântico Sul 1.533 9,2% 8,7% 83,1%<br />

TOTAL 9.752 5,9% 8,5% 76,3%


Acordos de Cooperação e Parcerias* <strong>2011</strong><br />

Grupo <strong>TAP</strong> 59<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

PORTUGAL<br />

Continente Brussels Airlines, Continental Airlines, Egyptair, Lufthansa, Sata International, Swiss, TACV (até outubro), Turkish Airlines, Ukraine International, US Airways (de março a<br />

outubro)<br />

Regiões Autónomas Austrian Airlines, Sata International<br />

EUROPA<br />

Alemanha Aegean Airlines, Air China, Austrian Airlines, Brussels Airlines, Croatia Airlines, Etihad Airways (desde março), LOT – Polish Airlines, Lufthansa, Sata International, Thai<br />

Airways, Turkish Airlines (desde março),United Airlines, US Airways<br />

Áustria Austrian Airlines, Brussels Airlines, Ukraine International (desde março)<br />

Bélgica Austrian Airlines, Brussels Airlines, Etihad Airways (desde março), LOT – Polish Airlines, Ukraine International, United Airlines<br />

Bulgária Austrian Airlines, Lufthansa<br />

Chipre Aegean Airlines<br />

Croácia Croatia Airlines, Lufthansa<br />

Dinamarca Lufthansa, Sata International<br />

Espanha Aegean Airlines, Air Canada, Air China, Austrian Airlines, Croatia Airlines (de março a outubro), Egyptair (desde outubro), Sata International, Spanair, Thai Airways, Turkish<br />

Airlines (desde março)<br />

Estónia LOT – Polish Airlines (até outubro)<br />

Eslováquia Austrian Airlines, LOT – Polish Airlines (até outubro)<br />

França Brussels Airlines, Sata International<br />

Finlândia Lufthansa<br />

Grécia Aegean Airlines, Lufthansa, Swiss<br />

Holanda LOT – Polish Airlines, Sata International (de março a outubro), United Airlines<br />

Hungria Lufthansa<br />

Irlanda British Midland, Sata International<br />

Itália Aegean Airlines, Air China, Alitalia, Austrian Airlines, Croatia Airlines, Egyptair, Etihad Airways (desde março), LOT – Polish Airlines<br />

Latvia LOT – Polish Airlines (até outubro)<br />

Lituania LOT – Polish Airlines (até outubro)<br />

Noruega Lufthansa, Sata International (de março a outubro)<br />

Polónia LOT – Polish Airlines<br />

Reino Unido Aegean Airlines, Air Canada, British Midland, Brussels Airlines, Etihad Airways (desde março), Lufthansa, Sata International (de março a outubro) , United Airlines, South<br />

African Airways (desde outubro)<br />

República Checa Lufthansa<br />

Roménia Austrian Airlines, Lufthansa<br />

Sérvia Austrian Airlines, Spanair<br />

Suécia Brussels Airlines, Lufthansa, Sata International<br />

Suiça Austrian Airlines, Croatia Airlines, Etihad Airways (desde março), LOT – Polish Airlines, Lufthansa, Sata International (de março a outubro), Swiss, Thai Airways, Ukraine<br />

International, United Airlines<br />

Turquia Turkish Airlines<br />

Ucrânia Ukraine International<br />

MÉDIO ORIENTE<br />

Emirados Arabes Unidos Etihad Airways (desde março)<br />

ÁFRICA<br />

África do Sul South African Airways<br />

Cabo Verde TACV (até outubro)<br />

Egipto Egyptair<br />

Ghana South African Airways (até outubro)<br />

ATLâNTICO NORTE<br />

Canada Air Canada, Sata International<br />

E. U. A. Air Canada, Continental Airlines, Sata International, United Airlines, US Airways<br />

ATLâNTICO CENTRAL<br />

México Continental Airlines (de março a outubro)<br />

ATLâNTICO SUL<br />

Brasil TAM<br />

ORIENTE<br />

China Air China<br />

Hong Kong Lufthansa<br />

Singapura Lufthansa<br />

Tailândia Thai Airways<br />

* Operação por companhia parceira


60 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Tráfego de Carga e Correio<br />

TKU’s milhões<br />

400<br />

350<br />

300<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

CARGA<br />

306<br />

376 368<br />

22,9%<br />

2009 2010 <strong>2011</strong><br />

Variação<br />

A Missão da <strong>TAP</strong>–Cargo<br />

consiste em prestar um<br />

serviço de confiança na<br />

recolha, transporte e<br />

entrega de mercadorias<br />

e encomendas nos aviões<br />

da <strong>TAP</strong> e parceiros,<br />

em tempo útil, e adequado<br />

às necessidades<br />

dos Clientes e a preços<br />

competitivos.<br />

-2,2%<br />

Proveitos Totais de Carga<br />

e Correio<br />

EUR milhões<br />

Atingido máximo histórico<br />

de receita de carga<br />

e correio transportado<br />

No ano de <strong>2011</strong>, a <strong>TAP</strong> consolidou<br />

a recuperação do<br />

negócio da carga aérea,<br />

prosseguindo no crescimento<br />

da respetiva receita,<br />

a qual atingiu o seu máximo<br />

histórico anual.<br />

Para este facto, foi determinante<br />

a sustentabilidade da<br />

qualidade da sua oferta logística de produtos e serviços de carga<br />

aérea no triângulo Europa-África-América Latina, através de uma eficiente<br />

plataforma giratória situada na base principal da Companhia,<br />

em Lisboa. Os 5 principais mercados de vendas que contribuíram<br />

para este resultado foram, para além de Portugal, a Alemanha, o<br />

Brasil, a Itália e a França. Salienta-se, também, em termos de crescimento,<br />

a Suíça, a Áustria e os mercados escandinavos, com maior<br />

destaque para a Noruega e para a Suécia. O mercado de carga da<br />

América do Norte teve, ainda, um meritório desempenho, atendendo<br />

ao novo desafio, lançado este ano, com a criação da rota da <strong>TAP</strong><br />

para Miami. Estes factos, decorrentes de uma estratégia bem concertada<br />

pela Empresa, permitiram à <strong>TAP</strong>–Cargo melhorar os seus<br />

resultados, apesar das características recessivas no tráfego mundial<br />

da carga aérea, ao longo de todo o ano e, em particular, no 2º<br />

semestre.<br />

Na procura da satisfação do Cliente e de novas oportunidades de<br />

negócio, foi continuado o desenvolvimento da atividade no domínio<br />

do transporte aéreo de frio, a temperaturas constantes. Vacinas<br />

e medicamentos muito sensíveis, transportados nos denominados<br />

Cool Containers foram os mais frequentes nesta especializada linha<br />

de serviço. A <strong>TAP</strong> integrou, este ano, o grupo das companhias mundiais<br />

que mais cresceram neste importante nicho de negócio, de elevado<br />

yield. Este serviço, de embarque prioritário, classificado como<br />

Must Go Cool, amplia a diversificada gama de serviços já existentes:<br />

Must Go Turbo, Must Go Petroleum, Must Go Wearing, Must<br />

Go Fish, Must Go Meat, Must Go News e Must Go Production Line.<br />

150<br />

120<br />

90<br />

60<br />

30<br />

0<br />

98<br />

125<br />

27,2%<br />

2009 2010 <strong>2011</strong><br />

Variação<br />

130<br />

4,3%<br />

Novos projetos<br />

+ Cargospot – Novo sistema de Reservas<br />

e Gestão de Receita<br />

+ ICS, ECS e SDS – Novos sistemas de<br />

informação para a Alfândega<br />

Ainda, durante <strong>2011</strong>, foi instalado um novo sistema de reservas de<br />

carga, denominado Cargospot, substituindo a anterior plataforma<br />

informática, constituindo-se como um marco de significativa importância<br />

na modernização e na qualidade de serviço prestado aos seus<br />

Clientes. Prosseguiu-se, também, o reforço e melhoria do atendimento<br />

a Clientes, nomeadamente, no Call Centre, em Lisboa, bem<br />

como o tratamento de reclamações de carga, garantindo maior rapidez<br />

e eficácia a este serviço.<br />

Por sua vez, assistiu-se à melhoria da qualidade do serviço charter<br />

de cargueiros, para transporte de cargas de elevado peso e volumetria,<br />

através da execução de voos exclusivamente dedicados a esse<br />

fim, em linha com os requisitos logísticos dos Clientes.<br />

Investindo sempre na qualidade da sua moderna frota e respetivos<br />

porões, tecnicamente apetrechados, a <strong>TAP</strong> continua a garantir, com<br />

qualidade, o transporte de perecíveis e, também, o de animais vivos,<br />

de acordo com requisitos de passageiros e de instituições dedicadas<br />

à vida animal e de proteção ambiental.<br />

A Companhia prosseguiu, ainda, a manutenção de um estreito contacto<br />

com a IATA, cujas recomendações segue, com rigor, participando<br />

no projeto e-freight.<br />

Atualmente, a <strong>TAP</strong>–Cargo participa em novos importantes projetos<br />

informáticos, designadamente no âmbito de novos requisitos<br />

alfandegários, como o ICS–Import Customs System, o ECS–Export<br />

Customs System e o SDS–Summary Declarations System.<br />

Toneladas Transportadas<br />

Por Setor de Rede Linhas<br />

4% Continente<br />

5% Regiões Autónomas<br />

31% Europa<br />

13% África<br />

8% Atlântico Norte<br />

2% Atlântico Médio<br />

37% Atlântico Sul


Reservas online<br />

131.696<br />

73.955<br />

164.594<br />

78,1% 301.888<br />

25,0% 42,0% 28,4%<br />

83,4%<br />

10,1%<br />

2005 2006 2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong><br />

E_COMMERCE<br />

Variação<br />

428.645<br />

606.400<br />

550.575<br />

Presença do portal flytap.com em 47 mercados,<br />

em 11 idiomas, com o motor de reservas em 22 idiomas<br />

A atividade online da <strong>TAP</strong> traduziu-se, no final do ano, num volume<br />

de receita vendida na ordem dos EUR 260 milhões, valor que representa<br />

um aumento de 33,3%, relativamente a 2010, e corresponde<br />

a um total de 925 milhares de passageiros. Os resultados apresentados<br />

por este canal de distribuição, responsável já por 10,5% da<br />

receita global dos mercados, refletem bem a crescente disponibilização<br />

de um leque variado de opções, a envolver reserva, pagamento<br />

e emissão de bilhetes, bem como a diversificação das fontes<br />

de receita, sendo que os Programas de Afiliação foram já responsáveis<br />

por 4,5% do total das vendas online. Em termos de volume de<br />

vendas, de referir, em particular, o mercado Portugal, com um crescimento<br />

de 28% na receita voada, e o mercado Brasil, onde a <strong>TAP</strong><br />

protagonizou o assinalável crescimento de 130%. Os mercados EUA<br />

e França registaram, igualmente, acréscimos bastante apreciáveis,<br />

com valores da ordem de 63% e de 50%, respetivamente.<br />

De considerar que o ano de <strong>2011</strong> marcou o lançamento do novo portal<br />

flytap.com, o qual veio acrescentar 20 novos mercados aos 27 já<br />

existentes, criando, desta forma, um universo total de 47 mercados e<br />

de 11 idiomas. Foi, igualmente, o ano em que o motor de reservas da<br />

<strong>TAP</strong> passou a estar disponível em 22 idiomas, na sequência da introdução<br />

do Croata, do Romeno, do Sérvio, do Turco, do Ucraniano<br />

e do Chinês. No caso deste último, a <strong>TAP</strong> procedeu, igualmente,<br />

ao lançamento de uma nova forma de pagamento, exclusiva para<br />

aquele mercado, a Alipay, numa demonstração inequívoca de uma<br />

aposta progressiva da Empresa na diversificação das opções de<br />

pagamento ao dispor dos seus Clientes, enquadradas, sempre,<br />

numa estratégia direcionada para cada um dos seus mercados.<br />

Outras iniciativas merecem, igualmente, destaque, do ponto de vista<br />

comercial, designadamente, a introdução do ATM Real Time no mercado<br />

português, passando, deste modo, a ser possível reservar e<br />

pagar através de ATM, com uma antecedência mínima de 6 horas<br />

(no caso do flytap), ou de 24 horas (no caso do <strong>TAP</strong> Victoria e do <strong>TAP</strong><br />

Corporate). Por seu turno, a implementação do mecanismo First<br />

Available passou a tornar possível a pesquisa personalizada de tarifas<br />

promocionais específicas, conferindo às campanhas da Empresa<br />

um caráter mais dinâmico. Complementarmente, e no sentido de<br />

Receita online<br />

EUR milhares<br />

2005 2006 2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong><br />

consolidar uma estratégia<br />

cada vez mais eficaz,<br />

interativa e assente<br />

na disponibilização de<br />

informações objeto de<br />

elevada procura foi,<br />

igualmente, lançada,<br />

no flytap.com, uma<br />

aplicação que permite,<br />

a qualquer utilizador,<br />

obter informação sobre<br />

a bagagem permitida<br />

em voos <strong>TAP</strong>, de uma<br />

forma direta, instantânea<br />

e personalizada.<br />

Através desta nova aplicação<br />

– o Simulador<br />

de Bagagens –, pas-<br />

82,2%<br />

56,5% 195.720<br />

39,5% 33,3%<br />

23,6%<br />

155.622<br />

25,8%<br />

111.539<br />

57.680<br />

31.665<br />

71.268<br />

Variação<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 61<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

260.824<br />

Lançamento do novo portal<br />

flytap.com<br />

Novas funcionalidades<br />

disponíveis:<br />

+ Reserva e pagamento através<br />

de ATM com uma antecedência<br />

mínima de 6 horas<br />

+ Pesquisa personalizada de tarifas<br />

promocionais<br />

+ Simulador de Bagagens<br />

sou a ser possível não apenas consultar a quantidade de bagagem<br />

permitida a bordo dos voos, como também calcular, através<br />

da Calculadora de Excesso de Bagagem, os montantes a pagar por<br />

excesso de bagagem, sendo, também, possível adquirir bagagem<br />

extra online, já em 2012.<br />

Numa outra perspetiva, e na sequência da aposta na automatização<br />

de processos e na procura de maiores níveis de eficácia e performance<br />

na disponibilização de conteúdos, de resto já bem patentes<br />

na reestruturação e na superior facilidade de navegação levadas<br />

a cabo no novo portal flytap.com, a implementação do serviço<br />

AKAMAI permitiu assegurar assinaláveis ganhos ao nível da performance,<br />

da redução de custos e da segurança na transmissão de<br />

dados no flytap.com.


62 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

A Direção do Serviço ao<br />

Cliente tem como missão<br />

assegurar a prestação de<br />

serviços de assistência em<br />

escala, em todos os aeroportos<br />

da rede <strong>TAP</strong>, com<br />

padrões de elevada qualidade<br />

comercial e operacional,<br />

a fim de garantir a<br />

satisfação dos Clientes<br />

SERVIÇO AO CLIENTE<br />

Principais funções<br />

+ Gerir a operação no aeroporto de Lisboa, tendo em vista a melhoria da pontualidade e da regularidade<br />

da operação;<br />

+ Gerir a assistência aos passageiros em Lisboa em todas as vertentes (check-in, transferências<br />

e bagagem, entre outras);<br />

+ Garantir a prestação de um serviço de reconhecida qualidade aos passageiros, nos aeroportos<br />

da rede <strong>TAP</strong>, assegurando, por antecipação, a resolução de eventuais irregularidades;<br />

+ Coordenar a implementação dos níveis de serviço, práticas e orientações para os diferentes<br />

serviços de assistência em escala;<br />

+ Promover a iniciativa, o desenvolvimento e a implementação de melhorias de qualidade de serviço<br />

que sejam reconhecidas pelos Clientes.<br />

Principais Prioridades da Direção do Serviço ao Cliente em <strong>2011</strong><br />

Projeto CITP (Common IT Platform) – Amadeus Altea<br />

Durante o ano <strong>2011</strong>, a Direção do Serviço ao Cliente (DSC) concentrou os seus esforços num<br />

dos maiores projetos do Grupo <strong>TAP</strong>, coordenando o processo de migração, para DCS Amadeus<br />

Altea, de 50 Escalas <strong>TAP</strong>. Este projeto conduziu à redefinição de alguns processos operacionais<br />

em sede de assistência em escala, o que levou à alteração da correspondente regulamentação,<br />

bem como à formação de Chefes de Escala e Supervisores, de Handling Agents e, ainda, de<br />

alguns departamentos da Sede.<br />

Abertura de 11 novas escalas <strong>TAP</strong><br />

O ano foi, ainda, marcado pelo alargamento da rede a 11 novos destinos, sendo seis na Europa,<br />

três em África, um nos EUA e outro no Brasil. A DSC coordenou a abertura destas 11 novas escalas,<br />

definindo e implementando os respetivos serviços de assistência em terra, bem como procedendo<br />

ao recrutamento de Chefes de Escala e Supervisores.<br />

Reestruturação da Direção do Serviço ao Cliente<br />

O crescimento do número de passageiros, em particular do volume de passageiros em transferência<br />

por Lisboa, associado ao incremento no número das escalas operadas pela <strong>TAP</strong>, conduziu<br />

à necessidade de reajustar a estrutura da Direção do Serviço ao Cliente a esta nova realidade,<br />

tendo sempre como foco a excelência na passenger experience.<br />

Visando a melhoria da qualidade no Hub de Lisboa, ponto fulcral de rotação do tráfego da <strong>TAP</strong>,<br />

foi criada, na dependência do Hub, uma nova área designada por Coordenação de Passageiros,<br />

a qual passou a centralizar todos os processos relativos ao serviço prestado aos Clientes no<br />

Aeroporto de Lisboa, bem como a coordenar o tratamento das transferências em toda a rede <strong>TAP</strong>.<br />

O Hub Control Centre, também na dependência do Hub, manteve inalteradas as respetivas<br />

designações e missão.<br />

Hub Control Center<br />

Regulamentação<br />

Melhoria Contínua Qualidade<br />

Hub de Lisboa<br />

Administração<br />

Direção do Serviço ao Cliente<br />

Gestão de Escalas<br />

Coordenação de Passageiros Europa América e África


A fim de garantir maior proximidade com todas as escalas, fator<br />

essencial a um maior dinamismo na gestão, verificou-se a divisão<br />

das responsabilidades da Área de Gestão de Escalas, em duas<br />

subáreas: Europa, África e Américas.<br />

Foi, ainda, criada a Área de Melhoria Contínua com a responsabilidade<br />

do redesenho dos processos operacionais, de forma<br />

transversal e integrada, com recurso às novas tecnologias, e fundamentando-se<br />

nas melhores práticas da Indústria.<br />

Por razões de simplificação, a Área de Regulamentação, Formação<br />

e Processos passou a designar-se como Área de Regulamentação,<br />

mantendo, no entanto, as suas atribuições.<br />

Projetos externos<br />

+ Programa AIMS – Manteve-se a coliderança com a ANA, do<br />

grupo de trabalho de melhoria de performance do aeroporto de<br />

Lisboa (AIMS).<br />

O ano <strong>2011</strong> ficou marcado pela reestruturação funcional deste<br />

Programa, com estabelecimento de apenas três subgrupos de<br />

trabalho, organizados por temas (Melhoria da Operação Interna,<br />

Bagagem e Comunicação) promovendo, deste modo, uma maior<br />

orientação para o serviço ao passageiro.<br />

+ Participação ativa no Fast Travel Programme da IATA (STB),<br />

grupo de trabalho que visa a redução de custos das Companhias<br />

Aéreas, a par da melhoria da experiência do passageiro, oferecendo<br />

um leque de opções de self-service ao longo da respetiva<br />

viagem.<br />

Como business owners dos canais de self check-in, a DSC acompanhou<br />

a ativação do check-in online nas escalas que migraram<br />

para o Amadeus Altea CM, e promoveu a implementação<br />

do mobile check-in, iniciativa que, no final de <strong>2011</strong>, tinha já sido<br />

concluída, com sucesso, em todas as escalas nacionais e de<br />

Espanha, na situação online.<br />

Evolução anual do Indicador de Irregularidades<br />

de Bagagem<br />

No valor acumulado a dezembro de <strong>2011</strong>, foi registado um incremento<br />

de 0,2 bag/1.000 passageiros, representando um ligeiro<br />

agravamento da performance, relativamente a irregularidades de<br />

bagagem na Rede, quando comparado com o ano anterior. No<br />

entanto, os valores alcançados no Hub de Lisboa são os melhores<br />

desde 2005, sendo este resultado decorrente da reestruturação e<br />

revisão de processos efetuados no Hub, com efeitos visíveis ao nível<br />

da operação.<br />

Evolução anual do Indicador de Pontualidade<br />

à partida 15’<br />

No mesmo período, a <strong>TAP</strong> apresentou um aumento de, aproximadamente,<br />

5 p.p., ou seja, uma melhoria de 6% na performance da pontualidade<br />

à partida 15’, quando comparado com o ano anterior. De<br />

referir que este desempenho foi resultante da melhoria efetuada nos<br />

processos no Hub de Lisboa, decorrendo a operação no contexto<br />

das limitações existentes, como resultado das obras de expansão<br />

em curso da Infraestrutura do Aeroporto de Lisboa.<br />

Mishandled bags / 1.000 passageiros<br />

Fonte: RB5/AEA<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 63<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Proporcionar um conjunto de opções de self-service<br />

FAST TRAVEL – um projeto da IATA<br />

Rede Hub Lisboa<br />

27,8<br />

54,1<br />

21,0<br />

14,7<br />

19,9<br />

15,2 15,2 15,4<br />

39,4<br />

26,9<br />

36,0<br />

27,0 25,524,9<br />

2005 2006 2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong> 2005 2006 2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong><br />

Pontualidade à Partida (até 15’)<br />

Rede Hub Lisboa<br />

60%<br />

76% 80% 71% 76%<br />

52%<br />

73% 76% 68% 73%<br />

2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong> 2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong><br />

Fonte: RB11/AEA


64 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Idade Média da Frota<br />

14<br />

12<br />

10<br />

8<br />

6<br />

4<br />

2<br />

0<br />

2006 2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong><br />

Frota Longo Curso<br />

Frota Médio Curso<br />

Frota Total<br />

Financiamento da Frota<br />

31 de dezembro <strong>2011</strong><br />

33%<br />

67%<br />

Propriedade da Companhia<br />

Leasing Operacional<br />

No total das 55 aeronaves que<br />

integravam a frota da <strong>TAP</strong>, em<br />

operação, a 31 de dezembro de<br />

<strong>2011</strong>, 37 aparelhos eram propriedade<br />

da Empresa e 18 operavam<br />

em regime de leasing operacional.<br />

+ Propriedade da Companhia<br />

15 A319; 5 A320; 2 A321; 11<br />

A330 e 4 A340;<br />

+ Leasing operacional<br />

4 A319; 12 A320; 1 A321 e 1<br />

A330.<br />

FROTA<br />

Depois do ano de 2009, significativamente<br />

marcado pela diminuição da procura,<br />

seguido de 2010 com uma recuperação das<br />

taxas de ocupação, o ano de <strong>2011</strong>, apesar<br />

do contexto económico adverso, foi marcado<br />

por um crescimento significativo da<br />

operação (+5,9% face a 2010).<br />

Os custos com combustíveis, potenciados<br />

pelo efeito preço, atingiram valores bastante<br />

elevados, sendo um fator de impacto<br />

determinante na expressão do resultado<br />

operacional.<br />

A frota do Grupo <strong>TAP</strong>, que compreende as<br />

aeronaves da <strong>TAP</strong> e da PGA, manteve-se<br />

inalterada em relação a 2010, utilizando<br />

na sua rede 71 unidades a 31 de dezembro<br />

de <strong>2011</strong>. A frota da <strong>TAP</strong> é composta<br />

por 55 aeronaves (39 de médio curso e 16<br />

de longo curso) e apresentava, no final de<br />

<strong>2011</strong>, uma idade média de 10,5 anos. A<br />

frota PGA, num total de 16 aeronaves (2 aviões<br />

em ACMI da OMNI), não sofreu, igualmente,<br />

qualquer alteração.<br />

Composição<br />

Aviões em operação em 31 de dezembro<br />

Previsão para 2012<br />

Na presença de um clima económico e social<br />

adverso, não se preveem alterações estruturais<br />

nas frotas da <strong>TAP</strong> e da PGA, para o ano<br />

de 2012. Ao longo deste ano, e aplicando<br />

uma política de continuidade, serão desenvolvidas<br />

iniciativas no âmbito da cabina dos<br />

aviões, que visam melhorar o serviço prestado<br />

ao Cliente. Entre essas iniciativas, de<br />

destacar a instalação de um sistema de IFE,<br />

de última geração, e de novas cadeiras de<br />

classe económica, na frota A340.<br />

Como consequência do contrato assinado,<br />

em 2007, entre a <strong>TAP</strong> e a Airbus para a aquisição<br />

dos novos Airbus A350XWB, estava<br />

prevista, para <strong>2011</strong>, o início da especificação<br />

desses novos aviões de longo-curso; no<br />

entanto, o atraso sofrido pelo projeto obrigou<br />

a adiar, para 2012, o arranque dos referidos<br />

procedimentos.<br />

Unidades Idade Titularidade Aluguer 2012<br />

dez-10 dez-11<br />

Média<br />

Adições Opções<br />

Médio Curso<br />

A319 19 19 12,6 15 4 – –<br />

A320 17 17 7,9 5 12 – –<br />

A321 3 3 10,5 2 1 – –<br />

Longo Curso<br />

A340 4 4 16,7 4 0 – –<br />

A330 12 12 8,9 11 1 – –<br />

TOTAL 55 55 10,5 – – – –<br />

Utilização Média Diária<br />

Block Hours/Dia<br />

2006 2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong><br />

Médio Curso<br />

A319 10,62 10,39 10,90 10,40 10,18 10,76<br />

A320 10,55 11,08 11,51 10,45 10,65 11,20<br />

A321 11,79 12,38 12,04 10,85 10,88 11,56<br />

Longo Curso<br />

A340 15,74 13,87 12,90 10,97 13,40 14,37<br />

A330 16,00 15,24 15,16 13,56 13,83 14,66<br />

A310 13,90 13,48 6,78 – – –


POUPANÇA DE<br />

COMBUSTÍVEL<br />

Frota da <strong>TAP</strong> Portugal<br />

O ano de <strong>2011</strong> fica assinalado como o ano<br />

de recuperação das taxas de ocupação, em<br />

que a Companhia atingiu um valor recorde<br />

de transporte de passageiros. Durante este<br />

ano, a frota da <strong>TAP</strong> realizou 74.000 voos e<br />

consumiu um total de 830.000 toneladas<br />

de Jet A1. A melhoria da eficiência energética<br />

e a redução das emissões de dióxido de<br />

carbono são, desde há alguns anos, preocupações<br />

crescentes no setor da aviação<br />

comercial, especificamente, na <strong>TAP</strong>. O<br />

Projeto Fuel Conservation, em vigor desde<br />

2005, tem contribuído, de forma decisiva,<br />

ao longo dos anos, para o aumento da eficiência<br />

energética, contabilizando uma redução<br />

total de emissão de dióxido de carbono<br />

de 297.000 toneladas. Após o ano de 2010<br />

menos positivo, relativamente aos indicadores<br />

de eficiência, no ano de <strong>2011</strong> foi possível<br />

reduzir o consumo de combustível por<br />

tonelada-quilómetro para um valor mínimo,<br />

desde 2008, ano em que a <strong>TAP</strong> conseguiu<br />

atingir um máximo de poupança de combustível.<br />

Este aumento de eficiência permitiu<br />

uma redução anual do consumo de combustível<br />

em, aproximadamente, 3.260 toneladas,<br />

face ao ano de 2010.<br />

Fuel Burned per TK (kg/tonne.1000km)<br />

450<br />

440<br />

430<br />

420<br />

410<br />

400<br />

390<br />

380<br />

Fuel Burned per 1000TK<br />

Fuel Burned per 1000 ASK<br />

3,3 kg<br />

per 100 PKU<br />

<strong>2011</strong> Passenger<br />

Fuel Efficiency<br />

28,5<br />

28,0<br />

27,5<br />

27,0<br />

26,5<br />

26,0<br />

25,5<br />

Fuel Burned per ASK (kg/seat.1000km)<br />

Fuel (ton) CO (ton) 2<br />

A319 6.172 19.442<br />

A320 4.545 14.318<br />

A321 1.312 4.133<br />

A330 3.651 11.502<br />

A340 2.305 7.262<br />

TOTAL 17.986 56.657<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 65<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

As diversas iniciativas iniciadas, em anos anteriores, viram a sua adesão reforçada durante<br />

o ano de <strong>2011</strong>, facto que contribuiu para uma melhoria da eficiência, relativamente ao ano<br />

de 2010. No serviço de bordo, a introdução de suportes às refeições em materiais mais<br />

leves e ecológicos marcaram as grandes mudanças de <strong>2011</strong>. Foi, igualmente, promovido<br />

um programa de racionalização de cargas que contribuiu, em larga escala, para esta<br />

redução de peso a bordo. A disponibilização de dados e a comunicação interna e externa<br />

foram, entretanto, reforçadas, verificando-se o envolvimento de diversos Departamentos<br />

da Companhia na gravação de programas Minuto Verde e, deste modo, na divulgação das<br />

boas práticas ambientais e de melhoria da eficiência energética.<br />

Frota da Portugália<br />

Não obstante os custos da rúbrica de combustível serem da responsabilidade do Cliente,<br />

a PGA gere, internamente, o seu projeto de Fuel Conservation, através do trabalho coordenado<br />

entre as Direções de Operações de Voo e de Manutenção e Engenharia. Neste<br />

âmbito, foi criada a fuel policy, que se caracteriza por um conjunto de medidas de otimização<br />

de consumo de combustível, que têm vindo a ser incrementadas, ano após ano.<br />

O compromisso e envolvimento global face a estas medidas têm sido progressivamente<br />

maiores, refletindo-se, já, na redução verificada de consumos, os respetivos reflexos positivos.<br />

Neste sentido, continuaram a ser seguidas, em <strong>2011</strong>, as medidas já implementadas<br />

em 2010:<br />

+ Práticas eficientes na operação das aeronaves;<br />

+ Programa de lavagens periódicas das aeronaves;<br />

+ Redução de peso (novas pinturas, substituição de alcatifas, elementos ligação windshield<br />

– titânio vs aço inox);<br />

+ Concordância de painéis e polimento das pás da fan dos reatores;<br />

Emissões anuais de CO reduzidas<br />

2<br />

(ton)<br />

As metodologias e ferramentas de controlo desenvolvidas permitem a monitorização da<br />

adesão às políticas, bem como um acompanhamento da evolução do nível de Key performance<br />

indicators. Neste âmbito, de salientar a base de dados criada pelo departamento<br />

EAT (Engenharia de Apoio Técnico), um suporte que reúne informação relativa a dados operacionais<br />

(planos de voo facultados pela Direção de Operações de Voo) e gera valores de<br />

consumo de combustível por hora de bloco e de voo, numa gama temporal definida pelo<br />

usuário. São tidos em consideração diversos fatores, visando afastar a dispersão dos resultados<br />

externos à performance da aeronave (exemplo rota, altitude, MTOW entre outros). A<br />

Portugália está, em conjunto com a <strong>TAP</strong>, a construir uma base comum de dados, com vista<br />

à uniformização das análises de performance das frotas.<br />

Em 2012, prevê-se que a implementação de novas medidas, bem como o refinamento<br />

das medidas transitadas do ano anterior, venham a representar uma economia de custos<br />

de, aproximadamente, 0,4%, face ao valor previsto para 2012, e consequentemente, uma<br />

redução de emissões de CO 2 , na ordem de 841 toneladas.<br />

70.000<br />

60.000<br />

50.000<br />

40.000<br />

30.000<br />

20.000<br />

10.000<br />

0<br />

2005 2006 2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong>


Mais de<br />

21<br />

milhares<br />

de partidas diárias<br />

1.290<br />

destinos<br />

189<br />

países<br />

STAR ALLIANCE<br />

STAR Alliance: a primeira<br />

aliança global<br />

A STAR Alliance assume-se, atualmente,<br />

como a primeira, a maior e a mais premiada<br />

aliança de companhias aéreas verdadeiramente<br />

global, com capacidade para oferecer<br />

aos seus Clientes o acesso a uma Rede<br />

Global, com as melhores ligações possíveis.<br />

Fundada por um grupo de cinco companhias<br />

aéreas de renome internacional, simbolizadas<br />

no seu logótipo, a STAR Alliance<br />

cresceu, consideravelmente, desde o seu<br />

início, em 1997. Atualmente, Integram a<br />

Aliança 28 companhias aéreas, constituindo-se<br />

como requisito determinante para<br />

aceitação como companhia-membro, o<br />

cumprimento com os mais altos padrões de<br />

excelência no serviço ao Cliente, na segurança<br />

e na adequada infraestrutura técnica.<br />

A rede disponibilizada pelo conjunto das<br />

transportadoras aéreas abrangia, no final de<br />

<strong>2011</strong>, 1.290 aeroportos, nos 189 países em<br />

que a aliança atua, proporcionando mais de<br />

21 milhares de partidas diárias.<br />

Dois conceitos base se identificam no quadro<br />

de benefícios para os seus Clientes: o<br />

conceito de parceria, em que um Cliente de<br />

qualquer companhia-membro da Aliança é<br />

considerado como Cliente de todas as companhias-membro,<br />

permitindo que a partilha<br />

de valores comuns proporcione experiências<br />

idênticas na prestação do serviço, por<br />

parte de qualquer companhia associada; o<br />

sistema de operação em hub and spoke,<br />

constituído por um modelo que possibilita a<br />

ligação entre destinos com menor fluxo de<br />

tráfego entre si, através de um aeroporto<br />

agregador de procura (hub), sempre que<br />

não seja possível um serviço direto.<br />

Com uma quota no mercado global na ordem<br />

dos 28%, expressa com base no número de<br />

passageiros multiplicado pelo número de<br />

quilómetros voados (PKU), a qualidade dos<br />

serviços prestados pela Aliança, continuadamente<br />

reconhecida, foi, de novo, reafirmada<br />

com a atribuição, em <strong>2011</strong>, do título<br />

de Melhor Aliança de Companhias Aéreas,<br />

no âmbito dos prestigiados prémios Skytrax<br />

World Airline. De referir, que este Prémio,<br />

atribuído, já, em 2005, quando a categoria<br />

foi, pela primeira vez, instituída, tornando-<br />

-se a STAR Alliance na sua primeira detentora,<br />

foi renovado nas edições seguintes do<br />

evento, em 2007 e 2009. Os Prémios World<br />

Airline da Skytrax, considerados como a<br />

principal ferramenta de benchmarking dos<br />

níveis de Satisfação dos Passageiros das<br />

companhias aéreas, em todo o mundo,<br />

compreendem um formato de pesquisa<br />

único, baseado na análise dos passageiros<br />

de negócios e lazer, em todas as classes<br />

de cabina (Primeira, Executiva, Económica<br />

Premium e Económica). Igualmente, em<br />

<strong>2011</strong>, a Business Traveler, reconhecendo o<br />

melhor desempenho no setor das viagens<br />

de negócios, elegeu a Aliança, pela sexta<br />

vez consecutiva, como a Melhor Aliança de<br />

Companhias Aéreas.<br />

Futuros membros<br />

e desenvolvimento estratégico<br />

Dando seguimento à política de expansão<br />

da sua rede para novos e competitivos<br />

mercados, e tendo como um dos principais<br />

objetivos oferecer ao Cliente uma dimensão<br />

global com ligações mais rápidas, a STAR<br />

Alliance aprovou por unanimidade, em <strong>2011</strong>,<br />

o pedido de adesão da Shenzhen Airlines (5º<br />

maior operadora). Considerado um passo<br />

decisivo, na implementação da estratégia<br />

desenhada para o mercado da China, no<br />

âmbito de uma região que representa, atualmente,<br />

para o mercado de aviação, o mais<br />

elevado índice de crescimento, esta companhia<br />

transforma-se, assim, na segunda<br />

operadora da Aliança, naquele mercado,<br />

juntando-se à Air China. Deste modo, a<br />

STAR Alliance passará a contar com um<br />

total de 32 transportadoras (28 membros<br />

mais 4 futuros membros), permitindo oferecer<br />

mais de 23 mil voos diários para 1.315<br />

destinos, repartidos por 190 países.


Entretanto, a STAR Alliance selecionou<br />

a B/E Aerospace como seu parceiro de<br />

desenvolvimento para o programa de<br />

aquisição conjunta de cadeiras de longa<br />

distância da classe económica, ainda em<br />

fase de conceção. Esta iniciativa de aquisição<br />

conjunta visa permitir aos membros<br />

da Aliança a oportunidade de proporcionar,<br />

aos seus clientes, conforto ergonómico<br />

de classe económica superior,<br />

com um design moderno e tecnologia<br />

best-in-class. Com esta iniciativa, a STAR<br />

Alliance volta a inovar e a definir uma tendência<br />

da Indústria, tornando-se na primeira<br />

aliança a estabelecer uma parceria<br />

desta natureza. Para além do acesso a<br />

um produto inovador, é, também, possibilitado<br />

aos membros da Aliança continuar<br />

a oferecer produtos diferenciados, bem<br />

como a melhoria da experiência do passageiro,<br />

ao mesmo tempo que, trabalhando<br />

em conjunto, se garantem sinergias proporcionando<br />

redução de custos.<br />

Em linha com a crescente utilização de<br />

equipamentos de comunicações móveis,<br />

na qual a <strong>TAP</strong> tem mantido uma expressiva<br />

atividade, participando em múltiplas<br />

iniciativas, e após o lançamento recente<br />

e bem sucedido do seu aplicativo para<br />

iPhone Navigator, a rede da STAR Alliance<br />

torna-se na primeira aliança aérea a introduzir<br />

o FareFinder, um aplicativo móvel<br />

que permite o acesso às tarifas das operadoras<br />

membros, colocando a Aliança<br />

numa posição de liderança no fornecimento<br />

de informações essenciais aos<br />

seus Clientes. Com este aplicativo, os<br />

Clientes podem pesquisar tarifas de percursos,<br />

entre aeroportos da rede STAR<br />

Alliance. O aplicativo permite, ainda, critérios<br />

de seleção adicionais, como número<br />

de passageiros, chegada ou partida,<br />

classe de serviço, número de paragens,<br />

aeroportos transferência, ponto de venda<br />

e disponibilidade de lugares.<br />

REGIõES PRINCIPAIS AEROPORTOS hub<br />

Europa<br />

Adria Airways Ljubljana<br />

Aegean Airlines Atenas, Thessaloniki, Heraklion, Rodes, Larnaca<br />

Austrian Viena<br />

Blue1 Helsinquia<br />

bmi Londres (Heathrow)<br />

Brussels Airlines Bruxelas<br />

Croatia Airlines Zagrebe<br />

LOT Polish Airlines Varsóvia<br />

Lufthansa Frankfurt, Munique<br />

Scandinavian Airlines Copenhaga, Oslo, Estocolmo<br />

Spanair Barcelona<br />

Swiss Zurique, Genéve, Basileia<br />

<strong>TAP</strong> Portugal Lisboa, Porto<br />

Turkish Airlines Istambul, Ankara<br />

África<br />

EGYPTAIR Cairo<br />

Ethiopian Airlines Addis Ababa, Lome<br />

South African Airways Joanesburgo<br />

América do Norte<br />

Air Canada Toronto, Montreal, Vancouver, Calgary<br />

Continental (**) Chicago, Cleveland, Denver, Guam, Houston,<br />

Los Angeles, Nova Iorque (Newark), São Francisco,<br />

Toquio (Narita), Washington (Dulles)<br />

United Airlines (**) Chicago, Cleveland, Denver, Guam, Houston,<br />

Los Angeles, Nova Iorque (Newark), São Francisco,<br />

Toquio (Narita), Washington (Dulles)<br />

US Airways Charlotte, Filadelfia, Washington, D.C., Phoenix<br />

América Central<br />

Avianca–TACA (*) Bogota, San Salvador, San José, Guatemala City,<br />

Lima<br />

Copa Airlines (*) Panama City<br />

América do Sul<br />

TAM São Paulo, Rio de Janeiro, Brasilia<br />

Ásia<br />

Air China Pequim, Chengdu, Xangai<br />

All Nippon Airways Toquio, Haneda, Osaka<br />

Asiana Airlines Seoul Incheon, Seoul Gimpo<br />

Shenzhen Airlines (*) Shenzhen<br />

Singapore Airlines Singapura Changi<br />

Thai Airways Intl Bangkok, Chiang Mai, Phuket, Hat Yai<br />

Sudoeste da Ásia / Austrália<br />

Air New Zealand Auckland, Los Angeles, Hong Kong<br />

(*) a integrar brevemente<br />

(**) representa a United Continental Holding Company


68 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

<strong>TAP</strong> SERVIÇOS<br />

A <strong>TAP</strong> Serviços tem por missão<br />

desenvolver atividade na prestação<br />

de serviços de suporte e gestão,<br />

contribuindo para a melhoria<br />

da rentabilidade dos seus Clientes,<br />

através de um posicionamento con-<br />

correncial, pelos padrões elevados<br />

de qualidade e eficácia, e tendo<br />

como objetivos a melhoria contínua<br />

e a excelência funcional.


Grupo <strong>TAP</strong> 69<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong>


70 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

<strong>TAP</strong> Serviços, um modelo organizacional<br />

de serviços partilhados<br />

A envolver uma estrutura com prestação de serviços<br />

financeiros, de recursos humanos, compras e armazéns,<br />

administrativos, auditoria e jurídicos, para além de outras<br />

atividades de suporte, a <strong>TAP</strong> Serviços disponibiliza às<br />

restantes Unidades de Negócio e empresas do Grupo<br />

<strong>TAP</strong> uma plataforma de crescimento sustentado, proporcionando<br />

um conjunto amplo de benefícios, donde se<br />

destacam:<br />

+ Permitir às Unidades de Negócio e empresas do Grupo<br />

focalizarem-se na sua atividade core;<br />

+ Diminuição significativa de custos, através da obtenção<br />

de economias de escala, e redução de duplicações;<br />

+ Melhoria da eficiência dos processos, por via da utilização<br />

das melhores práticas;<br />

+ Desenvolvimento de competências especializadas na<br />

<strong>TAP</strong> Serviços;<br />

+ Melhoria considerável no apoio ao processo de decisão<br />

dos clientes, através de uma maior eficiência operacional<br />

dos sistemas de gestão;<br />

+ Melhoria dos níveis de serviços disponibilizados, por via<br />

da normalização dos processos e do incremento da qualidade<br />

das funções de suporte;<br />

+ Melhor gestão estratégica, através da concentração de<br />

recursos qualificados, de um processo de decisão mais<br />

célere e fundamentado, de uma gestão efetiva dos recursos<br />

disponíveis, da partilha e troca de conhecimento, e<br />

de um melhor alinhamento dos recursos com a missão<br />

da Empresa.<br />

Processamentos/FTE<br />

34.349<br />

27.963<br />

36.59435.487 37.985<br />

43.615<br />

2006 2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong><br />

Finanças<br />

Missão – Definir um modelo de gestão<br />

financeira e contabilística, e adotar<br />

procedimentos que garantam a integridade<br />

e disponibilidade da informação a<br />

toda a organização, bem como o cumprimento<br />

das obrigações legais.<br />

+56%<br />

RH <strong>TAP</strong> Serviços<br />

795<br />

737 748 741 717<br />

Recursos Humanos<br />

Missão – Assegurar uma gestão eficaz<br />

dos Recursos Humanos do Grupo,<br />

fomentando o desenvolvimento de<br />

competências técnicas e sociais de<br />

todos os trabalhadores, e definir políticas<br />

comuns e instrumentos que permitam<br />

controlar a implementação dos<br />

processos de recursos humanos.<br />

Esforço de reestruturação interna da<br />

Unidade de Negócio, no sentido da modernização<br />

e melhoria dos seus serviços,<br />

desenvolvendo processos ao nível das melhores<br />

práticas do mercado, com reflexo num incremento<br />

significativo de eficiência, a par de uma<br />

contínua redução de custos.<br />

Capacidade de suportar as constantes<br />

alterações e necessidades nos negócios<br />

dos seus Clientes, a desenvolverem<br />

atividades em mercados acentuadamente<br />

competitivos.<br />

Processos estruturados de gestão de<br />

performance e da relação com os seus<br />

Clientes, a contribuir para uma constante<br />

monitorização e para a melhoria da qualidade<br />

dos serviços prestados.<br />

Eficiência <strong>TAP</strong> Serviços<br />

Proveitos Operacionais do Grupo <strong>TAP</strong><br />

(EUR milhões)<br />

649<br />

2.500<br />

2.400<br />

2.300<br />

2.200<br />

2.100<br />

2.000<br />

1.900<br />

1.800<br />

1.700<br />

1.600<br />

1.500<br />

1.400<br />

1.300<br />

1.200<br />

1.100<br />

1.000<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

2008<br />

2009<br />

Relações Laborais<br />

2010<br />

<strong>2011</strong><br />

Missão – Assegurar as relações institucionais<br />

do Grupo <strong>TAP</strong> na Área<br />

Laboral, particularmente junto<br />

dos Órgãos da Administração do<br />

Trabalho, Sindicatos e Comissões de<br />

Trabalhadores. Assegurar a assessoria<br />

jurídico-laboral às Áreas e Empresas<br />

do Grupo <strong>TAP</strong>. Assegurar a representação<br />

das empresas do Grupo <strong>TAP</strong><br />

junto dos Tribunais do Trabalho e da<br />

ACT, bem como a instrução, incluindo<br />

o patrocínio judiciário, de todos os processos,<br />

judiciais ou contraordenacionais,<br />

em que as empresas do Grupo<br />

sejam parte. Assegurar o cumprimento<br />

das normas legais e convencionais em<br />

matéria laboral, elaborando e difundindo<br />

regulamentos e diretivas sobre<br />

a mesma.<br />

Assegurar a instrução dos processos<br />

de inquérito e disciplinares.<br />

800<br />

780<br />

760<br />

740<br />

720<br />

700<br />

680<br />

660<br />

640<br />

620<br />

600<br />

580<br />

560<br />

540<br />

520<br />

500<br />

480<br />

460<br />

440<br />

RH (<strong>TAP</strong> Serviços)<br />

RH (<strong>TAP</strong> Serviços) Proveitos Operacionais do Grupo <strong>TAP</strong><br />

622<br />

485 527 529 522 466<br />

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong><br />

-41%<br />

Presta serviços<br />

7 Unidades Negócio/empresas<br />

do Grupo <strong>TAP</strong><br />

Efetua<br />

+1.338.000 processamentos/mês<br />

Digitaliza<br />

+143.000 documentos/mês<br />

Gere<br />

+189.000 m 2<br />

Logística<br />

Missão – Conduzir o processo de<br />

aprovisionamento, disponibilizando<br />

bens e serviços a todo o Grupo <strong>TAP</strong>,<br />

com a melhor relação custo-qualidade.


Processamentos<br />

(103 )<br />

12.999<br />

11.522<br />

14.09413.655 14.78016.068<br />

2006 2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong><br />

Administração<br />

e Gestão de Recursos<br />

Físicos<br />

+40%<br />

Missão – Definir e garantir, a prestação<br />

de serviços de apoio aos órgãos<br />

sociais, assegurar a gestão eficaz das<br />

instalações e equipamentos, segurança<br />

(security e safety), ambiente,<br />

seguros, documentação e serviços de<br />

apoio geral, necessários à atividade do<br />

Grupo, garantindo a sua rentabilização<br />

em conformidade com os requisitos<br />

legais e do negócio.<br />

5,3<br />

6,2<br />

2000 2004 2006 <strong>2011</strong><br />

14,3<br />

Gabinete Jurídico<br />

Missão – Assegurar o estudo, o<br />

acompanhamento e o patrocínio de<br />

questões jurídicas, alinhado com o<br />

enquadramento legal e com os princípios<br />

orientadores da Organização.<br />

Atividade dos Clientes da <strong>TAP</strong> Serviços (<strong>2011</strong> vs 2000)<br />

6,9<br />

22,9<br />

19,0<br />

9,8<br />

34,0<br />

2000 2004 2006 <strong>2011</strong><br />

3.193<br />

3.215 3.614<br />

4.571<br />

2.300<br />

1.755<br />

1.494 1.421<br />

490 555 651 813<br />

2000 2004 2006 <strong>2011</strong><br />

34<br />

2000 2004 2006 <strong>2011</strong><br />

46<br />

40<br />

39<br />

48<br />

54<br />

71<br />

72<br />

2000 2004 2006 <strong>2011</strong><br />

+85%<br />

+138%<br />

Total<br />

+43%<br />

PNC<br />

+54%<br />

PNT<br />

+66%<br />

+109%<br />

+57%<br />

Passageiros<br />

transportados<br />

(milhões)<br />

PKO’s<br />

(109 )<br />

Colaboradores<br />

Transporte<br />

Aéreo<br />

(nº médio)<br />

Aviões<br />

(31 dezembro)<br />

Clientes<br />

Terceiros<br />

– Manutenção<br />

e Engenharia<br />

Auditoria<br />

73<br />

Missão – Zelar pelo negócio do<br />

Grupo através de uma abordagem de<br />

auditoria sistemática e disciplinada,<br />

procedendo ao planeamento, desenvolvimento<br />

e execução de atividades<br />

que garantam o bom funcionamento<br />

dos sistemas de controlo interno e que<br />

promovam a conformidade da gestão<br />

e governação do Grupo.<br />

2000 2004 2006 <strong>2011</strong><br />

2,0<br />

98 100<br />

Na <strong>TAP</strong> Serviços, Unidade<br />

de Negócio criada em 2004,<br />

antecedendo um período de<br />

acentuado crescimento para<br />

a <strong>TAP</strong>, a atividade refletiu o<br />

desenvolvimento verificado nas<br />

Unidades de Negócio e empresas<br />

do Grupo suas Clientes.<br />

82<br />

2000 2004 2006 <strong>2011</strong><br />

121,0<br />

5,2<br />

8,0<br />

15,2<br />

135,5 135,0 134,2<br />

2000 2004 2006 <strong>2011</strong><br />

+12%<br />

+661%<br />

+11%<br />

Planeamento<br />

Estratégico<br />

e Performance<br />

Movimentos<br />

SPdH<br />

(103 )<br />

MEGASIS<br />

Utilizadores<br />

dos serviços<br />

da <strong>TAP</strong>Net<br />

(103 )<br />

UCS<br />

Exames<br />

complementares<br />

de diagnóstico<br />

(103 )<br />

Missão – Dar suporte na definição<br />

da estratégia e orientação de negócio<br />

para o Grupo, participando na elaboração<br />

do Planeamento Estratégico.<br />

Suportar a <strong>TAP</strong> Serviços, gerindo o<br />

relacionamento com os seus Clientes,<br />

desenvolvendo o sistema de medição<br />

de Performance e o Modelo/Sistema<br />

de Custeio, Pricing e Faturação e colaborando,<br />

na análise funcional, em projetos<br />

de mudança de processos e<br />

sistemas.


72 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Finanças<br />

No ano de <strong>2011</strong> a área financeira da <strong>TAP</strong> Serviços deu continuidade<br />

à sua estratégia de melhoria contínua, no âmbito das funções que<br />

desempenha, enquanto órgão de decisão corporativo, quer relativamente<br />

à gestão económico-financeira das necessidades do Grupo<br />

<strong>TAP</strong>, quer enquanto prestadora de serviços de natureza financeira<br />

às empresas e Unidades de Negócio do mesmo Grupo. Essa estratégia,<br />

materializada na identificação e prossecução de cerca de<br />

180 iniciativas que envolveram a totalidade das áreas pertencentes<br />

a esta Direção, das quais estão em curso cerca de metade, e<br />

se deram como concluídas, no final de <strong>2011</strong>, cerca de 25%, foi<br />

assente, fundamentalmente, em 4 pilares:<br />

+ Procura de maior eficiência, materializada por redução de efetivos,<br />

a par do aumento de atividade, tendo-se registado no ano<br />

em curso uma melhoria genérica dos rácios de eficiência, na<br />

ordem dos 21%;<br />

+ Redução dos prazos de resposta na função de reporting, tendo-<br />

-se verificado, ao longo do período em apreço, uma redução<br />

deste indicador de 7 dias úteis, em média, acentuando-se esta<br />

redução no 2º semestre do ano (média 10 dias úteis);<br />

+ Contenção dos custos incorridos com o desenvolvimento da atividade<br />

da área. Não se verificou, no ano de <strong>2011</strong>, qualquer acréscimo<br />

de custos da área financeira, pese embora o aumento da<br />

atividade verificada, de 9%, expressa em número de documentos<br />

processados;<br />

+ Manutenção (ou melhoria) do grau de satisfação dos clientes, no<br />

que se refere à qualidade e oportunidade dos serviços prestados,<br />

bem como à capacidade de atender a novas solicitações, tendo<br />

continuado a registar-se uma apreciação genérica positiva, por<br />

parte destes, no âmbito dos inquéritos à satisfação, que periodicamente<br />

são conduzidos.<br />

De salientar, ainda, algumas ações desenvolvidas no âmbito das<br />

Finanças Corporativas:<br />

+ Relativamente a operações financeiras envolvendo a frota aérea,<br />

de referir a contratação de leasings financeiros para 9 aeronaves,<br />

a renegociação do financiamento de outras 3 e a extensão do<br />

prazo do leasing operacional de várias outras aeronaves, do equi-<br />

Portfolio de Iniciativas – Finanças<br />

50% Em curso<br />

25% Por iniciar<br />

25% Concluídas<br />

pamento de médio curso, bem como a renegociação dos termos<br />

e condições do contrato de compra assinado com a Airbus, respeitante<br />

à frota de longo curso A350XWB;<br />

+ Sobre operações financeiras genéricas, de destacar a contratação<br />

de um financiamento estruturado de curto prazo, a negociação<br />

de várias Linhas de Crédito e de condições para aplicação<br />

de excedentes de liquidez, a renegociação de condições contratuais<br />

com instituições associadas à aceitação de cartões de crédito<br />

e a contratação da atribuição de um cartão Visa pré-pago aos<br />

Clientes para pagamento de indemnizações devido a irregularidades<br />

operacionais;<br />

+ Em relação a operações de cobertura de risco, releva-se a contratação<br />

de algumas operações de hedging de combustíveis,<br />

relativamente ao ano de 2012 e o acompanhamento dos desenvolvimentos<br />

legais e regulamentares da aplicação do mecanismo<br />

de comércio de licenças de emissão de CO 2 e da sua aplicação<br />

prática no futuro.<br />

Recursos Humanos<br />

Criação da área de Gestão de Talento<br />

A criação da área de Gestão de Talento insere-se no âmbito da política<br />

integrada de Recursos Humanos, centrando particular atenção<br />

naqueles que mais contribuem para a diferenciação da Empresa<br />

e da sua competitividade. A capacidade de alinhar a Gestão de<br />

Talento com a estratégia, partilhando objetivos comuns, representa<br />

uma vantagem competitiva determinante, sendo de importância<br />

progressiva potenciar o talento, identificar e reter high performers<br />

e high potentials, incrementando a adaptabilidade e agilidade dos<br />

recursos humanos, com percursos profissionais à medida e assentes<br />

na confiança entre a Empresa e as pessoas.<br />

Gestão do Desempenho<br />

Os trabalhadores da <strong>TAP</strong> são alvo de uma apreciação anual do trabalho<br />

realizado no exercício de determinada função, tendo por objetivo<br />

detetar necessidades de desenvolvimento e pontos fortes, e<br />

criar oportunidades. É, desta forma, propiciado o aproveitamento<br />

máximo do seu potencial, bem como a otimização da sua performance.<br />

Em <strong>2011</strong>, foi dado início à realização deste processo, com<br />

Estratégia de melhoria contínua materializada<br />

na identificação de 180 iniciativas<br />

que envolveram a totalidade das áreas<br />

pertencentes à área de Finanças.


suporte em plataforma informática, tendo sido lançado o processo<br />

de avaliação, quer de competências, quer do cumprimento de objetivos,<br />

previamente estabelecidos e acordados com os trabalhadores.<br />

Relançamento do Programa Reconhecer<br />

Foi, igualmente, dado continuidade e vigor ao Programa Reconhecer<br />

– reconhecimento de ações excecionais de trabalhadores do Grupo<br />

<strong>TAP</strong>. Constitui objetivo estratégico organizacional deste Programa<br />

contribuir para a criação da personalidade <strong>TAP</strong>, através dos seus<br />

trabalhadores, que personificam e comunicam, pela sua voz e imagem,<br />

os valores da Empresa, gerando um efeito multiplicador, relativamente<br />

ao que diferencia, positivamente, a organização e a torna<br />

mais eficiente, mais presente para o Cliente, e mais competitiva num<br />

mercado de acentuada concorrência.<br />

Ciclo de Conferências de Recursos Humanos (RH)<br />

Iniciado em abril, o Ciclo de Conferências de RH, criou um espaço<br />

de reflexão e discussão interna para temáticas relacionadas com a<br />

gestão das pessoas. Gerando um interesse e adesão crescentes, a<br />

iniciativa contou com a participação de oradores convidados e com<br />

a presença de trabalhadores de recursos humanos e das diversas<br />

áreas do Grupo <strong>TAP</strong>.<br />

Implementação do Fly Staff<br />

Em março, passou a estar disponível uma ferramenta (1ª fase) para<br />

os trabalhadores do Grupo <strong>TAP</strong> que, ao abrigo do regulamento de<br />

facilidades de passagens, procuram viagens de lazer na <strong>TAP</strong> e/ou<br />

nas companhias com que a Empresa tem acordos.<br />

Esta aplicação, no âmbito do esforço de simplificação administrativa<br />

em curso, visa simplificar processos e procedimentos e ir ao<br />

encontro das necessidades dos trabalhadores, propiciando mais<br />

informação e autonomia. Em qualquer parte – dentro ou fora das<br />

instalações <strong>TAP</strong> e com ponto de acesso à Internet –, o cliente pode<br />

aceder nos endereços flystaff.tap.pt.<br />

Contenciosos Laboral – Risco e Encargo<br />

EUR milhares<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

503.515<br />

2005<br />

Risco total<br />

2006<br />

O total dos encargos emergentes dos processos<br />

judiciais findos (incluindo condenações e acordos<br />

judiciais) representou apenas cerca de 3,1% do valor<br />

do risco total inerente a essas ações, mantendo-se<br />

um nível elevado da taxa de sucesso (96,9%), em<br />

linha com o registado nos últimos anos.<br />

2007<br />

164.124<br />

8.589<br />

2008<br />

Encargo total<br />

2009<br />

2010<br />

7.521<br />

3.033<br />

3.833<br />

2.352<br />

1.905<br />

1.285<br />

868 706<br />

1.113<br />

641<br />

119 285<br />

439<br />

95 52<br />

157<br />

1.369<br />

46 233<br />

<strong>2011</strong><br />

Grupo <strong>TAP</strong> 73<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Implementação da home Page do Grupo <strong>TAP</strong><br />

Ainda, para o cliente interno, passou a estar disponível, por acesso<br />

interno e externo, a intranet institucional do Grupo <strong>TAP</strong>. Com um<br />

grafismo moderno, novos conteúdos, funcionalidades e navegação<br />

em linha com a renovação de que foi objeto a Home Page <strong>TAP</strong>, esta<br />

aplicação representa mais um passo no esforço de desburocratização<br />

e modernização administrativa que a Empresa tem vindo a<br />

prosseguir. Visando potenciar uma maior consolidação da cultura<br />

organizacional e propiciar à organização a acessibilidade informativa<br />

e documental, a aplicação permite, entre outras funcionalidades:<br />

Preenchimento e envio de formulários e impressos eletrónicos;<br />

Acesso aos organogramas organizacionais; Pesquisa de documentos<br />

e de contactos dos trabalhadores; Eventos e Projetos em Curso.<br />

Desenvolvimento do Portal de Comunicação<br />

Desenvolvido internamente, esta aplicação passou a ser, em <strong>2011</strong>,<br />

uma ferramenta proporcionando, a todos os trabalhadores, diariamente,<br />

a possibilidade de consulta das principais notícias sobre a<br />

<strong>TAP</strong>, na Comunicação Social, nacional e estrangeira – TV, Rádio e<br />

Imprensa –, conteúdos como os Flash Informação, Jornal <strong>TAP</strong> ou as<br />

Newsletters da Star Alliance, da PGA e AIMS, entre outras.<br />

Desenvolvimento do Portal de Recrutamento<br />

Através de www.recrutamento.tap.pt, ficou, também, mais facilitado<br />

o contacto exterior com a <strong>TAP</strong>, com o serviço online de receção de<br />

candidaturas, espontâneas ou em resposta a concursos específicos,<br />

publicitados, igualmente, por esta via. Representando um veículo<br />

privilegiado para o anúncio de oportunidades de ingresso na<br />

organização, bem como para captar perfis de competências necessárias,<br />

este meio propicia, naturalmente, resultados mais rápidos.<br />

e-Conhecimento<br />

Reforço do projeto de formação e-Conhecimento com a intensificação<br />

da oferta de ações de formação e-Learning, sendo a Formação<br />

concebida por Formadores internos, acompanhados por uma<br />

equipa técnica e pedagógica, para apoio à conceção.<br />

Relações Laborais<br />

Na Área de Relações Laborais, foi dominante a especificação e o<br />

acompanhamento da aplicação das medidas de redução remuneratória<br />

e de proibição ou condicionamento de valorizações remuneratórias,<br />

consagradas na Lei do Orçamento de Estado para <strong>2011</strong>.<br />

Nesse quadro e na sequência de conversações anteriormente havidas<br />

com o Sindicato representativo, foi determinada a redução dos<br />

elementos componentes (Comissários e Assistentes de Bordo)<br />

das tripulações de cabina; após negociação desenvolvida com o<br />

Sindicato, essa redução foi consensualmente assumida e consagrada<br />

em acordo formal.<br />

Relativamente ao contencioso laboral, registaram-se mais uma vez<br />

muito bons resultados.<br />

Para este resultado contribuiu seguramente, entre outros fatores, a<br />

continuidade da ação desenvolvida junto das Unidades de Negócio<br />

da Empresa e das restantes empresas do Grupo <strong>TAP</strong>, no sentido<br />

de prevenir e enquadrar, adequadamente, situações potencialmente<br />

geradoras de processos contraordenacionais ou judiciais.


74 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Logística<br />

Com a finalidade de desempenhar o seu correto papel estratégico,<br />

com vista ao sucesso e competitividade da <strong>TAP</strong>, a área de Logística<br />

continua a passar por um processo de melhoria contínua, no sentido<br />

de atingir o objetivo de oferecer um serviço de excelência ao seu<br />

cliente interno.<br />

Neste sentido, mantiveram-se as práticas de sustentabilidade<br />

de compras, priorizando-se a correta gestão e seleção de<br />

Fornecedores, baseada em critérios de rigor, com o fim de assegurar<br />

uma relação comercial forte, transparente e de confiança,<br />

nunca perdendo o objetivo de aumentar a eficiência do processo de<br />

aquisição/negociação.<br />

Face ao contexto do negócio da <strong>TAP</strong> e aos mercados diversificados<br />

em que opera, a área de Logística opta, com a finalidade de contribuir<br />

para a sustentação da economia nacional, preferencialmente,<br />

por fornecedores portugueses, desde que se mantenham circunstâncias<br />

de igualdade e de condições apresentadas (relação preço/<br />

qualidade) com os seus congéneres internacionais.<br />

No quadro abaixo, demonstra-se a relação Fornecedores Nacionais<br />

versus Fornecedores Estrangeiros, em valor de compras anuais,<br />

referente a <strong>2011</strong>.<br />

Avaliação de Riscos<br />

Devido à crescente complexidade da área de Procurement, não só<br />

devido à concorrência/oferta global, bem como à incerteza e falta<br />

de transparência dos mercados, o risco na avaliação financeira dos<br />

seus fornecedores aumenta, pelo que, a muito curto prazo, irá ser<br />

reformulada a análise de risco de avaliação de fornecedores, utilizando<br />

uma abordagem mais objetiva com base em ferramentas de<br />

Business Information Scoring.<br />

Desafios<br />

A área de Logística, em parceria com a área de IT, tem mantido uma<br />

ação muito ativa com a finalidade de desenhar soluções informáticas<br />

que apoiem a gestão de cadeia de abastecimento, nomeadamente,<br />

na parametrização e carregamento dos contratos acordados. Estas<br />

soluções implicarão, nas áreas a montante e jusante, melhorias e<br />

sincronizações significativas, esperando-se a conclusão destes projetos<br />

no final de 2012.<br />

Tipificação do valor gasto com Fornecedores por categoria de compra<br />

100%<br />

90%<br />

80%<br />

70%<br />

60%<br />

50%<br />

40%<br />

30%<br />

20%<br />

10%<br />

0%<br />

Jetfuel<br />

Handling<br />

Catering<br />

Hotéis<br />

In-ight<br />

Irreg. (Hotéis+Pva)<br />

Media<br />

Fardamentos<br />

Informática<br />

Economato<br />

Viaturas<br />

Mobiliário<br />

Área de Armazéns<br />

Tem sido dado um enfoque na correta gestão de stocks, gestão de<br />

espaço de armazém, custo de oportunidade de capital e custo de<br />

obsolescência, sem prejuízo do nível de serviços, com a finalidade<br />

de minimizar custos e impactos financeiros. Igualmente, durante<br />

2012, será implementada uma área de Controlo de Qualidade no<br />

Armazém Central, com a finalidade de aferir, no ato de entrega, se o<br />

produto está de acordo com o negociado/contratualizado.<br />

Gabinete de Aduaneiro<br />

Este setor mantem a sua atividade de prestador de apoio de serviços<br />

aduaneiros junto das unidades de negócio e empresas do<br />

Grupo <strong>TAP</strong>. Iniciaram-se auditorias de contagens físicas de bens,<br />

junto dos prestadores de serviço no Aeroporto de Lisboa que possuem<br />

extensão de armazém <strong>TAP</strong> nas suas instalações, e cuja responsabilidade,<br />

perante as autoridades alfandegárias e fiscais<br />

pertence à <strong>TAP</strong>.<br />

Administração e Gestão de Recursos Físicos<br />

O Plano de Atividades de <strong>2011</strong>, da Administração e Gestão de<br />

Recursos Físicos alinhou-se pelos principais desafios que a <strong>TAP</strong><br />

colocou neste ano, para a sua atividade, designadamente:<br />

1. Promoção de práticas de redução e racionalização de custos<br />

e de melhoria da eficácia e da eficiência, com vista ao<br />

aumento da competitividade;<br />

2. Inovação e criatividade na alavancagem do processo integrado<br />

da <strong>TAP</strong> Serviços.<br />

No 1º desafio, de salientar, na área de Facility Management, os<br />

projetos no âmbito da redução de custos energéticos, transversais<br />

a toda a Empresa que resultaram numa poupança comprovada<br />

de 7% no consumo anual de energia elétrica. Também, de<br />

salientar, na área de Gestão de Seguros, a estratégia prosseguida<br />

de negociação conjunta dos Seguros do Ramo Aviação, no<br />

âmbito do Grupo de Transportadoras Aéreas que a <strong>TAP</strong> integra para<br />

este efeito, em que, apesar da alteração da sua composição (de<br />

4 para 2 companhias principais), foi possível obter uma redução<br />

de 21% no prémio, correspondendo, para a <strong>TAP</strong>, a USD 1,5<br />

milhões. Apostou-se, ainda, na melhoria do sistema de controlo<br />

Global<br />

Valor consumo fornecedores<br />

estrangeiros<br />

Valor consumo fornecedores<br />

nacionais


e monitorização dos segmentos operacionais de gestão de sinistros.<br />

Na área de Segurança Operacional, e em consequência do<br />

aumento do número de destinos operados (+14%), foram desenvolvidas<br />

ações inspetivas às Escalas no exterior, tendo-se constatado<br />

a redução, em cerca de 10%, das não conformidades detetadas.<br />

Nas áreas de gestão documental, prosseguiu-se com a melhoria<br />

dos níveis de serviço oferecidos, mantendo-se os custos em cerca<br />

de 60% abaixo dos praticados no mercado. Verificou-se, ainda, o<br />

aumento de capacidade instalada, procurando responder à procura,<br />

e permitindo uma oferta diversificada de soluções.<br />

No âmbito da inovação e criatividade – desafio 2, é de relevar a<br />

gestão integrada de alguns Programas de Seguros das empresas<br />

do Grupo <strong>TAP</strong>, permitindo um tratamento de sinistros centralizado<br />

e uma gestão mais eficiente dos riscos, reduzindo redundâncias, e<br />

garantindo uma posição firme e estruturada da Empresa perante os<br />

seguradores.<br />

A área de Prevenção de Riscos apostou na implementação de<br />

uma importante ferramenta de controlo dos riscos associados à utilização<br />

de produtos perigosos, considerando a diversidade e risco<br />

dos mesmos (800 produtos químicos, diariamente, utilizados na<br />

Manutenção e Engenharia, em especial na área de Manutenção<br />

de Aeronaves e Motores). Em <strong>2011</strong>, foram realizados exercícios<br />

de simulacro de emergência em áreas industriais, administrativas e<br />

sociais (caso do Infantário <strong>TAP</strong>), em que participaram mais 50% de<br />

trabalhadores que em 2010. A realização dos simulacros tem confirmado<br />

que, graças à formação teórica e prática, os trabalhadores<br />

abrangidos (mais de 700) se sentem mais preparados para as situações<br />

de risco. Relativamente ao Ambiente, procurou-se, para além<br />

da atividade corrente, promover a cultura ambiental da <strong>TAP</strong>, assumindo-a<br />

como valor acrescentado da empresa. Assim, a área organizou<br />

e coordenou as filmagens de diversos programas transmitidos<br />

pela RTP, no âmbito do Minuto Verde – rubrica da ONG Quercus,<br />

transmitida no Programa Bom Dia Portugal, em que se explica como<br />

várias medidas, em curso na Empresa, contribuem para a redução<br />

do consumo de combustível e das emissões de CO 2 . Também, o<br />

Programa de Compensação de Emissões de CO 2 da <strong>TAP</strong>, em parceria<br />

com a IATA, lançado em 2010, viu ultrapassado, em 13%, o objetivo<br />

fixado para <strong>2011</strong>, tendo sido compensadas 4.515 toneladas de<br />

CO 2 e sendo, neste momento, considerado o programa de compensação<br />

com mais sucesso no mercado de aviação. A atividade<br />

socio/ambiental da <strong>TAP</strong> ficou marcada, em <strong>2011</strong> (maio), pela realização,<br />

em parceria com a Fundação Floresta Unida, e em colaboração<br />

com o grupo de Voluntários com Asas da <strong>TAP</strong>, no âmbito do<br />

Ano Internacional das Florestas, de uma ação de proteção do património<br />

florestal e de controlo e limpeza de infestantes na Serra da<br />

Boa Viagem, na Figueira da Foz. Na área de Gestão de Contratos,<br />

desenvolveram-se ações de colaboração transversal com as<br />

Unidades de Negócio e empresas do Grupo, salientando-se a sensibilização<br />

da população <strong>TAP</strong> para hábitos alimentares mais saudáveis<br />

e nutricionalmente equilibrados (Projetos Saúde + e Acerte no<br />

Saúde +). Também se respondeu às necessidades do aumento da<br />

procura de serviços do infantário, com a oferta de mais duas salas.<br />

Foi assim possível, num ano difícil para muitas famílias trabalhadoras,<br />

incrementar aquela capacidade em 23%, face ao ano de 2010,<br />

e apoiar, no ano letivo <strong>2011</strong>-2012, a totalidade das candidaturas das<br />

diversas empresas do Grupo <strong>TAP</strong>. Também, com esta ação, a <strong>TAP</strong><br />

confirma a sua cultura de preocupação com o equilíbrio trabalho/<br />

família. Na vertente de gestão documental, releva-se a implementação<br />

de novas aplicações de gestão documental, desenvolvidas no<br />

âmbito das tecnologias de informação, que permitiram a integração<br />

da documentação de diversas áreas, como da área Fale Connosco,<br />

e da Contabilidade das Representações, aumentando, em mais de<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 75<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

30%, o volume de documentos digitalizados e melhorando o nível<br />

de serviço oferecido. Esta melhoria tem contribuído para a rapidez<br />

no acesso à informação, redução do tempo de consulta, bem como<br />

do número de FTE’s a afetar a estes processos.<br />

Auditoria Interna<br />

Prosseguiu o trabalho e reforço da Atividade Preventiva, tendo-se<br />

verificado o incremento das ações conduzidas nas diferentes vertentes,<br />

com especial ênfase no controlo dos processos de contratualização<br />

que, no âmbito global, se traduziu num acréscimo de 4,9%,<br />

face à atividade realizada em 2010.<br />

A cobertura de todas as atividades desenvolvidas nas Empresas<br />

do Grupo foi efetuada, tendo por base uma análise de risco, focalizando-se,<br />

preferencialmente, nas atividades/empresas com maior<br />

contributo para o Grupo e, simultaneamente, nas áreas onde as atividades<br />

desenvolvidas podem, potencialmente, incorrer, em termos<br />

de probabilidade e impacto, num nível de risco que obrigue um<br />

acompanhamento mais próximo.<br />

Na ótica de uma Auditoria Contínua, em conformidade com a evolução<br />

e aproximação recomendada pelo Institute of Internal Auditors,<br />

potencia-se, deste modo, a oportunidade para adicionar valor, permitindo<br />

substituir controlo por risco, no vocabulário e nas ações<br />

com a Gestão, e centrar-se, alternativamente, nos riscos materiais<br />

para a organização. Desta forma, minimiza-se o risco residual, dado


76 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Evolução do número de Auditorias realizadas<br />

250<br />

200<br />

150<br />

100<br />

50<br />

0<br />

86<br />

66<br />

Transporte<br />

Aéreo<br />

15 7<br />

<strong>TAP</strong> M&E<br />

Portugal<br />

12 5<br />

SPdH<br />

5756<br />

que se trabalha com o universo, em vez da amostra, permitindo,<br />

em simultâneo, intervir com maior significância estatística e, assim,<br />

garantir um efetivo alinhamento no interior da Organização.<br />

Neste sentido, tem-se vindo a potenciar a utilização de sistemas de<br />

informação de auditoria (Audit Comand Language), com vista a proporcionar<br />

uma adequada monitorização à distância, reforçando-se<br />

todo o processo de acompanhamento e análise dos processos de<br />

compras e de contratualização por áreas.<br />

Incrementou-se, igualmente, a articulação ao IPAI, chapter em<br />

Portugal do IIA, permitindo efetuar formação dirigida e específica<br />

para as metodologias de Auditoria, bem como a participação em<br />

eventos formativos, Seminários, Workshops e Conferências, tendo<br />

como objetivo a partilha das melhores práticas seguidas no mercado.<br />

Desenvolveu-se, assim, um processo que permitiu evoluir<br />

de um conceito de Auditoria baseada no controlo, para a Auditoria<br />

focada no risco.<br />

Deste modo, a auditoria, enquanto processo contínuo, permite<br />

inserir a gestão sustentável na estratégia das organizações, afirmando-se<br />

como o fator crítico para o levantamento de uma cultura<br />

e de procedimentos, de acordo com normas e condutas éticas<br />

essenciais a uma utilização eficaz dos recursos disponíveis, em<br />

cada momento.<br />

<strong>TAP</strong> Serviços<br />

4 5 3 5 3 1 4 4 6 6<br />

1 1<br />

MEGASIS<br />

UCS<br />

LFP<br />

CATERINGPOR<br />

PGA<br />

<strong>TAP</strong> M&E Brasil<br />

33 38<br />

OUTRAS<br />

204 214<br />

TOTAL<br />

Gabinete Jurídico<br />

2010<br />

<strong>2011</strong><br />

O Gabinete Jurídico desenvolveu a sua atividade de apoio às principais<br />

unidades de negócio da <strong>TAP</strong>, empresas participadas e órgãos<br />

sociais das empresas do Grupo.<br />

Em <strong>2011</strong>, assumiram particular importância as negociações para<br />

a venda da participação da <strong>TAP</strong>, S.A. no capital da SPdH, com<br />

uma empresa estrangeira. Apesar do intenso esforço negocial, as<br />

expetativas do negócio foram goradas. Entrou-se num novo processo<br />

negocial, desta vez com um grupo nacional. Tendo-se chegado<br />

a um acordo, foi necessário viabilizar junto da Autoridade da<br />

Concorrência a aprovação da identidade do comprador e dos instrumentos<br />

contratuais, o que foi conseguido, por Decisão de 24 de<br />

Janeiro de 2012.<br />

O Gabinete, também, acompanhou e apoiou o processo de reestruturação<br />

social das empresas direta e indiretamente detidas no Brasil<br />

– Aero LB e <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia Brasil.<br />

Destaca-se, ainda, a intensa atividade desenvolvida na área do<br />

direito da concorrência, tanto no tratamento de questões levantadas<br />

com os Acordos feitos no âmbito da Star Alliance, como num processo<br />

de investigação que corre os seus termos na Direção Geral da<br />

Concorrência, da Comissão Europeia.<br />

Na área de apoio a operações financeiras, foi feita a assessoria jurídica<br />

a diversas operações de financiamento, designadamente, de<br />

aeronaves.<br />

Refere-se, por último, dado o seu volume, a análise e parecer sobre<br />

mais de uma centena de contratos de Manutenção de aeronaves, e<br />

ou seus componentes.


Satisfação Global dos Clientes<br />

4<br />

3<br />

2<br />

1<br />

2005 2006 2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong><br />

Planeamento Estratégico e Performance<br />

No contexto do modelo de negócio da <strong>TAP</strong> Serviços, visando a<br />

consolidação de uma cultura orientada para o cumprimento de<br />

objetivos, a área de Planeamento Estratégico e Performance deu<br />

continuidade aos diversos procedimentos em prática, estruturados<br />

por forma a dar suporte à estratégia da Empresa.<br />

Neste sentido, constituindo-se como um objetivo da <strong>TAP</strong> Serviços a<br />

obtenção contínua de ganhos de eficiência e de produtividade dos<br />

seus Clientes, em todos os processos da sua gestão nas áreas de<br />

suporte aos negócios, prosseguiu a aferição do seu desempenho,<br />

com o processo de medição sistemática da performance. Este procedimento,<br />

que constitui um dos fatores que caracteriza a prática da<br />

Unidade de Negócio, envolve a distribuição de um conjunto de relatórios,<br />

dirigidos a cada nível de gestão, sobre o cumprimento dos<br />

objetivos definidos e sobre o desempenho operacional de cada área<br />

(eficiência, custo, eficácia, tempos e qualidade). Numa atitude de<br />

transparência da gestão, prosseguiu a divulgação de um conjunto<br />

de indicadores de desempenho chave, de forma dirigida a cada<br />

Cliente, bem como através da publicação mensal, em placards afixados<br />

nas instalações e através do Portal de Satisfação de Clientes.<br />

De referir, no mesmo âmbito, a consolidação do modelo de custeio,<br />

bem como o processo de reaferição contínua, efetuada aos<br />

modelos de pricing e de faturação. Por seu turno, no âmbito do relacionamento<br />

com os Clientes, reconhecendo a importância da sua<br />

opinião na formulação das estratégias e na melhoria dos processos<br />

do negócio, decorreu o desenvolvimento de contactos regulares,<br />

bem como a avaliação indireta, efetuada através da análise de<br />

comentários e de inquéritos de avaliação de satisfação.<br />

Ainda, durante o exercício, prosseguiu o acompanhamento do cumprimento<br />

dos Service Level Agreements (SLA) com os diversos<br />

Clientes – Unidades de Negócio/empresas do Grupo –, adequando-<br />

-os às eventuais especificidades. Estes acordos, consignando a<br />

definição dos serviços disponibilizados e protocolos de procedimentos<br />

e partilha de responsabilidades no decorrer dos diversos<br />

processos, estabelecem os níveis de serviço e desempenho (performance),<br />

de qualidade e eficiência, bem como o respetivo pricing.<br />

Para além destas iniciativas, a área prosseguiu no desenvolvimento<br />

da sua missão, no sentido de prestar assessoria ao Conselho de<br />

Administração, sempre que solicitado e de forma proactiva, integrando<br />

o know-how das Unidades de Negócio da <strong>TAP</strong>, elaborando<br />

estudos, análises e emitindo pareceres de natureza qualitativa e<br />

quantitativa. No mesmo sentido, prosseguiu a elaboração de estudos<br />

e análises de benchmarking, relativamente ao negócio de<br />

transporte aéreo, acompanhando as ações conduzidas pela concorrência<br />

e atuando em termos de competitive intelligence.<br />

Conhecer e acompanhar a evolução da perceção que os seus<br />

Clientes – o Cliente Interno da Empresa –, têm dos serviços<br />

oferecidos representa, para a <strong>TAP</strong> Serviços, um contributo<br />

importante para a melhoria dos processos.<br />

1 – Muito Satisfeito<br />

2 – Satisfeito<br />

3 – Insatisfeito<br />

4 – Muito Insatisfeito<br />

Evolução da eficiência da <strong>TAP</strong> Serviços em presença<br />

do crescimento da actividade dos seus Clientes<br />

entre 2000-<strong>2011</strong><br />

Número de Aviões<br />

Número de Escalas<br />

Passageiro-Km<br />

Número de Recursos<br />

Humanos da <strong>TAP</strong> Serviços<br />

87,5%<br />

108,8%<br />

+115,5%<br />

-41,4%<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 77<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

150,1%<br />

Em <strong>2011</strong>, continuou a verificar-se a melhoria de<br />

eficiência operacional da <strong>TAP</strong> Serviços, tendo<br />

a Unidade de Negócio correspondido ao nível de<br />

atividade dos seus Clientes, superior ao dobro da<br />

verificada em 2000, com menos 41% de Recursos<br />

Humanos.


€ 92,6<br />

milhões<br />

Proveitos com Vendas<br />

e Prestação de Serviços<br />

de Manutenção a Terceiros<br />

3,7%<br />

do Volume de Negócios<br />

do Grupo<br />

1.917<br />

Quadro do Pessoal<br />

da Manutenção<br />

e Engenharia<br />

(31 de dezembro)<br />

A Manutenção e Engenharia<br />

da <strong>TAP</strong> tem por missão<br />

prestar serviços de manutenção<br />

e engenharia de<br />

aviões, reatores e componentes,<br />

à Empresa e a clientes<br />

externos, garantindo<br />

um nível superior de qualidade<br />

e contribuindo ativamente<br />

para a manutenção<br />

dos elevados requisitos de<br />

segurança exigidos pela<br />

Indústria Aeronáutica, para<br />

a salvaguarda das condições<br />

de segurança de pessoas e<br />

bens e para a proteção do<br />

ambiente.<br />

MANUTENÇÃO<br />

E ENGENHARIA<br />

Processos de reorganização<br />

interna para atingir a melhoria<br />

da produtividade no futuro<br />

O ano de <strong>2011</strong> voltou a registar uma quebra,<br />

quer ao nível da atividade para o cliente interno<br />

<strong>TAP</strong>, como para clientes terceiros, facto que<br />

teve consequências em termos dos proveitos<br />

gerados com esse segmento, que atingiram<br />

EUR 92,6 milhões, 26,8% inferior ao realizado<br />

no ano anterior.<br />

No que respeita à manutenção da frota da <strong>TAP</strong>,<br />

os seus custos evidenciaram uma redução,<br />

quer face ao esperado, quer relativamente ao<br />

ano anterior, decorrente da implementação de<br />

processos mais eficientes e redutores de custos,<br />

nomeadamente, o aumento do intervalo<br />

de horas entre pequenas inspeções “A”, ação<br />

que havia sido iniciada em meados de 2010 e<br />

que ficou completamente ajustada durante o<br />

ano <strong>2011</strong>.<br />

Os serviços oferecidos pela <strong>TAP</strong>–Manutenção<br />

e Engenharia ao mercado de manutenção<br />

aeronáutica centraram-se, fundamentalmente,<br />

na manutenção de motores e manutenção de<br />

aviões (célula), tendo sido estabelecidos novos<br />

contratos referentes à família de motor CFM56,<br />

dos quais resultaram grandes intervenções oficinais.<br />

Ao nível da manutenção de aviões, de<br />

realçar a reativação do relacionamento com a<br />

Air France, com a realização de inspeções à<br />

sua frota de Wide-Bodies, bem como o incremento<br />

do relacionamento com lessors, materializado<br />

nas inspeções a três Wide-Bodies.<br />

Em termos de manutenção integrada, foi renegociado,<br />

por mais três anos, o contrato de<br />

suporte total às frotas A320 e A310 da SATA.<br />

É, ainda, de salientar a adjudicação de dois projetos<br />

para a <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia,<br />

em regime de exclusividade, resultantes de<br />

concursos internacionais, cuja implementação,<br />

a nível das áreas de produção, ocorrerá<br />

em 2012, nomeadamente, a manutenção dos<br />

motores CFM56-3/-5 da TAROM e a manutenção<br />

de avião da frota A320 da FINNAIR.


Mão-de-Obra de Manutenção<br />

(000) Horas-Homem<br />

1.399 1.407 1.459 1.518 1.497 1.398<br />

2006 2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong><br />

<strong>TAP</strong><br />

Terceiros Outros trabalhos<br />

Proveitos com Vendas<br />

e Prestação de Serviços<br />

de Manutenção a Terceiros<br />

EUR milhões<br />

127<br />

-26,8%<br />

93<br />

2010 <strong>2011</strong><br />

Nota: Valores de acordo com as IFRS (International<br />

Financial Reporting Standards).<br />

A quebra verificada na atividade permitiu a<br />

disponibilidade para avançar para projetos<br />

de reorganização interna dos espaços oficinais,<br />

com vista à simplificação do ambiente<br />

de trabalho e à melhoria da produtividade.<br />

Para este efeito, foi utilizada a metodologia<br />

5S, assente nos conceitos Separar, Arrumar,<br />

Limpar, Sistematizar e Respeitar. O arranque<br />

deu-se nos Hangares 4 e 5, tendo as equipas<br />

constituídas envolvido, quer pessoal<br />

das respetivas áreas, quer pessoal da área<br />

de Transformação Organizacional, na componente<br />

da Melhoria Contínua.<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 79<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Segurança Operacional na <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia<br />

como prioridade número 1<br />

A atividade de manutenção da <strong>TAP</strong> não tem sido imune à envolvente recessiva que<br />

se continua a verificar a nível internacional. A agravar esta tendência, o ano de <strong>2011</strong><br />

apresentou-se, ainda, mais negativo, pelo facto de se ter acentuado, abertamente, a<br />

forte e concertada concorrência dos fabricantes de motores, componentes e aviões<br />

à atividade de manutenção. Esta realidade caracterizou-se, inicialmente, pelo progressivo<br />

impedimento ao acesso de informação técnica, essencial a esta atividade,<br />

e acentuou-se, posteriormente, com o lock-in dos seus clientes, através da oferta<br />

suporte total, envolvendo a venda e manutenção em conjunto, numa tentativa de<br />

compensar no pós-venda os menores lucros do seu negócio base, a fabricação.<br />

Neste contexto, a <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia tem procurado, juntamente com<br />

outras empresas, a definição de posições comuns, por forma a responder à competição<br />

direta desencadeada pelos fabricantes.<br />

Numa perspetiva estratégica, a garantia da Segurança assume-se como um fator<br />

diferenciador no mercado, cada vez mais competitivo, da manutenção aeronáutica.<br />

Este tem sido um dos pilares da atuação da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia,<br />

tendo, em janeiro de <strong>2011</strong>, publicado a sua política de Segurança Operacional –<br />

Safety Policy – definida e assumida, pelo Administrador Executivo desta Unidade de<br />

Negócio, como prioridade número 1. Nesta sentido, durante o ano de <strong>2011</strong>, foi dado<br />

desenvolvimento ao projeto de implementação do SMS (Safety Management System)<br />

da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia, lançado em 2010. Por sua vez, iniciaram-se as<br />

ações de formação em Safety Training, tendo sido ministrados cursos especialmente<br />

preparados, a mais de 1.100 formandos da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia, bem<br />

como a convidados externos. No âmbito das iniciativas da Safety Promotion, foi lançada<br />

a campanha iGO Safety, que engloba variados meios de divulgação, tais como<br />

logótipo e imagem exclusiva, posters sobre segurança, e outros meios de comunicação<br />

específicos.<br />

Em 2012, encontra-se prevista a publicação da versão inicial do Manual SMS, sendo,<br />

igualmente, publicado, pela primeira vez, o Annual Safety Report da <strong>TAP</strong>–Manutenção<br />

e Engenharia, a que se seguirá a primeira reunião do SRB–Safety Review Board, onde<br />

serão definidos os objetivos, indicadores e metas de Safety para 2012.<br />

Tem, ainda, sido objetivo da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia a preparação da entrada<br />

na manutenção do A350, de forma a garantir a participação num mercado de um<br />

novo produto, que exige elevados níveis de investimento, quer em unidades e materiais,<br />

quer em tecnologia de reparação. De salientar, que a <strong>TAP</strong> foi um dos cinco operadores,<br />

a nível mundial, convidados a designar um engenheiro da sua Unidade de<br />

Manutenção para integrar a equipa de projeto deste novo avião.<br />

Sob o ponto de vista da organização, a área de Transformação Organizacional tem<br />

continuado a assegurar a aplicação dos processos de Melhoria Contínua, tendo concluído<br />

cinco projetos-piloto, que envolvem as áreas de Motores, Componentes e<br />

Aviões, no sentido de obter melhores resultados operacionais em fatores chave inerentes<br />

à atividade de manutenção aeronáutica, nomeadamente, ao nível da melhoria<br />

dos TAT (Turn Around Time) das unidades.<br />

Numa tentativa de redução de custos e maior contribuição para o Produto Interno<br />

Bruto do País, a Unidade de Negócio iniciou uma abordagem estruturada ao mercado<br />

nacional, tendo dinamizado, em conjunto com a AICEP, um encontro nas suas<br />

instalações, que contou com a participação de 35 empresas portuguesas com capacidade<br />

na área da manutenção aeronáutica, Com essas empresas, é possível colaborar<br />

no sentido de, por um lado, ajudar à sua internacionalização e, por outro permitir<br />

uma menor dependência da manutenção da <strong>TAP</strong> do mercado externo, na aquisição<br />

de materiais, produtos e serviços. Esta aposta na parceria com empresas nacionais<br />

está, já, a evidenciar alguns resultados positivos, existindo contactos com cerca de<br />

21 empresas, para a compra e venda de serviços.


80 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Ainda, integrado nos processos de Melhoria Contínua, foram concluídos<br />

os cinco projetos-piloto seguintes, envolvendo as áreas de<br />

Motores, Componentes e Aviões:<br />

+ VIA TAT – Criação de um canal prioritário para peças cujo TAT<br />

(Turn Around Time) de reparação se encontra perto do limite da<br />

janela de reparação do motor;<br />

+ ANTECIPAR MATERIAL – Alteração do processo de reparação<br />

do componente, por forma a antecipar a fase de inspeção do<br />

mesmo, permitindo identificar, com maior antecedência, o material<br />

necessário à reparação;<br />

+ MATERIAIS EM CLOSED LOOP – Formalização e controlo do<br />

processo de reparação de peças de avião, que são removidas<br />

durante a A-Check, por forma a garantir a sua reparação a<br />

tempo de serem reinstaladas nessa mesma aeronave;<br />

+ PLANEAMENTO DE PRIORIDADES – Criação de um processo<br />

que permita definir prioridades na reparação de componentes,<br />

com base em fatores críticos, como o TAT médio, a Fiabilidade<br />

do componente e a data da última requisição;<br />

+ CIRCUITO DE ACESSÓRIOS – Diminuição da variabilidade das<br />

diferentes fases do processo de intervenção nos acessórios, permitindo<br />

um acompanhamento e controlo mais eficaz das variáveis<br />

que podem condicionar o cumprimento do TAT acordado<br />

para um reator.<br />

No âmbito dos projetos de cooperação, coordenados pela área<br />

de Projetos Especiais da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia, foi continuada<br />

a prestação de serviços de consultoria à TAAG, com vista<br />

ao desenvolvimento da sua área de manutenção em termos tecnológicos,<br />

operacionais e de segurança. A <strong>TAP</strong>–Manutenção e<br />

Engenharia constitui um parceiro privilegiado neste relacionamento,<br />

uma vez que, para além do seu reconhecido know-how,<br />

neste âmbito, tem a lusofonia e a proximidade cultural como vantagens<br />

competitivas. Presentemente, na sequência da reorganização<br />

dos armazéns de logística da TAAG, pessoal da <strong>TAP</strong>–Manutenção<br />

e Engenharia encontra-se deslocado em Luanda, em permanência.<br />

Safety Management System<br />

– Desenvolver a cultura de segurança é um objetivo<br />

da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia<br />

Em 2004, a <strong>TAP</strong> assumiu<br />

a sua declaração<br />

de compromisso com a<br />

segurança operacional,<br />

que foi assinada pelo<br />

Presidente Executivo,<br />

Fernando Pinto, com<br />

base na qual as unidades<br />

de negócio da <strong>TAP</strong><br />

têm vindo a desenvolver<br />

as componentes do<br />

que virá a ser um SMS<br />

–Safety Management<br />

System integrado. Um<br />

SMS só funciona, se<br />

existir uma verdadeira<br />

Cultura de Segurança<br />

na Empresa, devendo,


por esta razão, o compromisso com a segurança operacional ter<br />

início no topo. Continuando as ações iniciadas em 2010, foi, em<br />

janeiro de <strong>2011</strong>, publicada a política de Segurança Operacional –<br />

Safety Policy – da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia, definida e assumida<br />

pelo Administrador Executivo desta Unidade de Negócio,<br />

Jorge Sobral, como prioridade número 1. A Implementação de<br />

um Sistema de Gestão da Segurança Operacional representa uma<br />

evolução dos conceitos de gestão da Segurança e da Qualidade,<br />

relativamente ao que é praticado num tradicional QMS (Quality<br />

Management System), possibilitando não só o diagnóstico e a análise<br />

de situações de risco, como também o prognóstico de potenciais<br />

perigos e a respetiva mitigação e controlo. Assim, no ano de<br />

<strong>2011</strong>, foi dado suporte ao desenvolvimento sustentado do projeto<br />

de implementação do SMS (Safety Management System) da <strong>TAP</strong>–<br />

Manutenção e Engenharia, iniciado em 2010.<br />

Na continuidade do trabalho realizado no ano anterior, a empresa<br />

Baines Simmons, de elevado reconhecimento internacional,<br />

neste âmbito, realizou, no início do ano, o estudo SMD®–Safety<br />

Management Diagnostic (Diagnóstico da Gestão da Segurança).<br />

Este estudo, realizado em ambiente de trabalho nas instalações<br />

da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia, em Lisboa, teve como objetivo<br />

avaliar, no terreno, relativamente a esta Unidade de Negócio:<br />

+ As capacidades organizacionais na gestão da segurança;<br />

+ As capacidades na gestão do erro;<br />

+ O grau de adequação da estrutura e dos processos, para a prevenção<br />

de incidentes e acidentes.<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 81<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

O SMD® permitiu, também, avaliar como a cultura da Empresa e<br />

os processos utilizados na <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia podem<br />

ter impacto ou contribuir para aumentar o potencial de erro, reduzir<br />

a eficácia dos trabalhos de manutenção e aumentar o risco nas<br />

operações de manutenção aeronáutica. Os resultados do estudo<br />

SMD® vieram complementar os resultados do inquérito SCORE®,<br />

realizado em 2010, e permitiram dar a conhecer à Direção como a<br />

estrutura organizacional e os processos utilizados nesta Unidade<br />

de Negócio se comparam com as melhores práticas utilizadas em<br />

outros países, relativamente à Segurança Aeronáutica.<br />

Ainda, tiveram início as ações de formação em Safety Training<br />

e as iniciativas de Safety Promotion, para o que foram especialmente<br />

preparados novos conteúdos para divulgação, quer em<br />

ambiente de formação, quer nos locais de trabalho. No âmbito<br />

do Safety Training, foi concluída, em abril de <strong>2011</strong>, a primeira fase<br />

da formação específica, a qual esteve a cargo da empresa Baines<br />

Simmons, e cujo objetivo incidiu nos processos de Investigação<br />

de Ocorrências e de Gestão do Risco. O universo dos formandos<br />

visado incidiu sobre as áreas que irão lidar de perto com a investigação<br />

de ocorrências. Em maio, foi dado início ao segundo plano<br />

de formação, desenvolvido, apenas, com os recursos internos da<br />

<strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia, pretendendo-se mobilizar todos<br />

os trabalhadores desta Unidade de Negócio, num objetivo comum<br />

de desenvolvimento da Cultura da Segurança. A formação prestada<br />

neste segundo plano apresenta uma amplitude e conteúdo<br />

variáveis, de acordo com o universo das pessoas a que se dirige,<br />

e em função da especificidade das responsabilidades que assumem<br />

dentro da Empresa. No total, ao longo do ano, receberam<br />

formação 1.134 funcionários, tendo sido excedido o objetivo previsto,<br />

que era da ordem das 1.000 pessoas. Ainda, os membros do<br />

SMS Core Team receberam formação nas normas ISO 31000 (Risk<br />

Management) e ISO 31010 (Risk Assessment), o que lhes permitirá<br />

desenvolver os respetivos processos para incluir no Manual SMS e<br />

para cumprir com os requisitos da IOSA e da EN 9110.<br />

Em termos da Safety Promotion foi lançada a campanha de comunicação<br />

iGo Safety, para a qual foi criada um imagem específica,<br />

que expressa a Cultura da Segurança que se pretende desenvolver<br />

e estimular, de forma contínua na mente das pessoas, integrando-a<br />

no seu dia-a-dia. Esta campanha engloba diversos meios de divulgação,<br />

sendo de destacar o logótipo, representando duas mãos a<br />

abraçar o núcleo: iGo Safety – Eu vou com segurança, eu adoto<br />

a segurança –, evidenciando que a segurança se encontra nas<br />

mãos de cada trabalhador. A campanha é, ainda, suportada por<br />

dois posters sobre segurança, um dirigido aos trabalhadores e<br />

outro aos clientes, por uma newsletter (MSB–Maintenance Safety<br />

Bulletin), por uma página permanente no Jornal da <strong>TAP</strong>, pela assinatura<br />

em email, por cartazes pontuais com mensagens de Safety<br />

e por autocolantes com o logótipo da campanha. Um dos principais<br />

fatores de sucesso de um SMS é garantir a motivação dos<br />

trabalhadores para o relato dos erros que possam acontecer, com<br />

vista a criar uma base de dados relevante que permita identificar<br />

os perigos e efetuar a análise dos riscos associados com o objetivo<br />

de conseguir atingir um nível de segurança elevado. Nesta<br />

perspetiva, o incentivo ao Reporte Voluntário foi um dos pontos-<br />

-chave das ações de formação, estando na sua base o espírito de<br />

Cultura Justa de Reporte – Just Culture –, pelo que foi assumido,<br />

pela Direção desta Unidade de Negócio, que nunca seriam tomadas<br />

medidas punitivas contra qualquer colaborador, que comunique<br />

uma preocupação, sugestão, ocorrência, erro ou incidente que<br />

possa afetar a segurança.


82 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Na sequência destas ações, foram desenvolvidos canais de comunicação<br />

privilegiados para facilitar os reportes de segurança,<br />

colocando à disposição dos trabalhadores, para além do normal<br />

suporte em papel, a possibilidade de reporte on-line ou por<br />

email, através da intranet da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia ou<br />

do Campus Manutenção e Engenharia, sendo sempre garantida a<br />

absoluta confidencialidade do reporte, qualquer que seja a opção<br />

escolhida, tal como determina a regulamentação aplicável.<br />

Desde o início das ações de formação interna em SMS, o número<br />

de reportes voluntários de segurança aumentou oito vezes, excedendo<br />

as expectativas mais otimistas, o que mostra o envolvimento<br />

dos trabalhares e a sua motivação em contribuir para a Segurança<br />

da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia.<br />

Em consequência, este crescimento teve um efeito direto nas<br />

Investigações de Ocorrências, as quais constituem uma ferramenta<br />

essencial para o apuramento das causas de raiz, que estiveram<br />

na origem de um evento de Safety. A investigação permite avançar<br />

com recomendações que, desejavelmente, permitirão evitar a<br />

repetição das causas de raiz, ou, mesmo, eliminá-las. Este processo<br />

é efetuado por elementos pertencentes ao MIP (Maintenance<br />

Investigators Pool), um grupo de 18 pessoas selecionadas de<br />

todas as áreas da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia, treinadas e<br />

qualificadas originariamente pela Baines Simmons, que atua sob a<br />

coordenação do Safety Office da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia.<br />

O resultado das investigações e o respetivo relatório RIO–<strong>Relatório</strong><br />

de Investigação de Ocorrências são apresentados ao ERG–Event<br />

Review Group, composto por órgãos de gestão, técnicos relevantes<br />

para a matéria em apreço, e presidido pela Direção da <strong>TAP</strong>–<br />

Manutenção e Engenharia. Este grupo decide, por acordo colegial,<br />

quais as recomendações a implementar, define as pessoas responsáveis<br />

e os prazos relacionados. O facto de ser a Direção da <strong>TAP</strong>–<br />

Manutenção e Engenharia a presidir ao ERG constitui uma prova<br />

do seu empenhamento na criação da Safety Culture, e atesta o<br />

seu comprometimento na aplicação de uma política justa na análise<br />

dos eventos.<br />

A terceira fase do SMS, a iniciar em 2012, corresponde ao avanço<br />

para os processos proativos e preditivos, e é crucial, na medida<br />

em que a proatividade é colocada ao serviço da Segurança<br />

Operacional. Esta fase tem como objetivo estabelecer um conjunto<br />

de procedimentos que possam suportar a contínua identificação de<br />

riscos e a sua adequada gestão, permitindo, cada vez mais, transformar<br />

diagnósticos em prognósticos.<br />

Motores<br />

– Melhoria da eficiência, produtividade e organização<br />

Em <strong>2011</strong>, embora existindo já sinais de recuperação do mercado,<br />

a oficina de Motores não conseguiu alterar a tendência de redução<br />

da atividade para clientes terceiros, facto que induziu a consequente<br />

diminuição dos proveitos e das respetivas margens. Esta<br />

redução foi, em grande parte, devida à forte concorrência desenvolvida<br />

por parte dos fabricantes de Motores, através da constituição<br />

de contratos de manutenção com os seus clientes, com vista<br />

a compensar, na vertente pós-venda, a diminuição dos lucros do<br />

seu negócio base, a fabricação. Não obstante, foi, ainda, possível<br />

estabelecer novos contratos de reparação de motores da família<br />

CFM56, alguns dos quais com novos clientes. Neste contexto redutor,<br />

a oficina utilizou a disponibilidade verificada ao longo do ano, no<br />

sentido de continuar o esforço da redução dos custos, da melhoria<br />

da eficiência, da produtividade e da organização, tendo recorrido a<br />

projetos de melhoria continua. Neste âmbito, são de destacar os<br />

projetos-piloto VIA TAT e CIRCUITO DE COMPONENTES, ambos<br />

com enfoque na redução sustentada do TAT (Turn Around Time).<br />

Foram, igualmente, introduzidas novas peças no processo de reparação<br />

interno, facto que contribuiu para a diminuição dos encargos<br />

com a subcontratação de reparações no exterior.<br />

Alguns dos tipos de motor que têm constituído um nicho de mercado<br />

para esta oficina estão a ser rapidamente desativadas, nomeadamente<br />

o JT8 e o RB211, para os quais é, cada vez mais difícil,<br />

obter material que permita a sua reparação. Também, o CFM–3<br />

está a ser abatido a ritmo acelerado, verificando-se, assim, a<br />

necessidade de investir em novos produtos, uma vez que os motores<br />

no ativo, o CFM56-5B e o CFM56-7B, não são suficientes para<br />

manter a atividade da oficina. Dos projetos de introdução de novos<br />

produtos, cujo estudo se iniciou no ano anterior, foi possível chegar<br />

a acordo com a General Electric e obter autorização para a manutenção<br />

dos motores CF6-80C2. A introdução deste novo produto<br />

encontra-se em fase de implementação, esperando-se a sua conclusão<br />

antes do fim do primeiro semestre de 2012.<br />

É de destacar a iniciativa da oficina de Motores, na realização de um<br />

seminário sobre os reatores CFM56-7B, no qual estiveram presentes<br />

convidados de oito companhias aéreas, os quais se mostraram<br />

bem impressionados com a capacidade de reparação e know-how<br />

da oficina da <strong>TAP</strong>. Este evento representou, igualmente, uma oportunidade<br />

importante na divulgação, junto de atuais e potenciais


clientes, de um produto que assume, já, um peso preponderante<br />

na atividade desta oficina. No campo da inovação, é de referenciar<br />

a aplicação, na oficina de Motores, da tecnologia RFID (Radio<br />

Frequency Identification), a qual permite, de forma mais rápida e<br />

com menos falhas, identificar as peças e acompanhar o seu percurso<br />

nas diversas fases do processo de reparação em oficina,<br />

aumentando a eficiência desta área. Esta tecnologia, que é já bastante<br />

utilizada em outros tipos de atividade, nunca havia sido aplicada<br />

nos processos de reparação de uma oficina de motores.<br />

Componentes<br />

– Desenvolvimento da capacidade<br />

de reparação de componentes in-house<br />

Dando continuidade ao desenvolvimento da capacidade de reparação<br />

de componentes in-house, foram implementadas novas soluções<br />

de cobertura oficinal (novos bancos de ensaio e ferramentas)<br />

para vários equipamentos das frotas A320 e A330, permitindo,<br />

assim, menores custos de reparação, e alargando a capacidade<br />

técnica para suporte às frotas da <strong>TAP</strong> e de clientes terceiros.<br />

O conjunto de equipamentos, objeto de análise e desenvolvimento,<br />

foi muito diversificado, sendo de destacar a implementação da<br />

capacidade de teste e reparação dos HMU’s (Hydro Mechanical<br />

Unit) dos motores PW e CF6. Para os IDG’s (Integrated Drive<br />

Generator) da frota A330 foram finalizadas as condições para viabilizar<br />

a reparação geral in-house. Deu-se sequência ao arranque do<br />

banco de ensaio de sondas de vibração e à remodelação do banco<br />

de Beverage Makers. No grupo de Instrumentos, foi desenvolvida<br />

a necessária capacidade para as unidades Command Sensor Unit<br />

e Trim Position Display, bem como foram introduzidas novas capacidades<br />

para equipamentos de rádio e navegação, tendo sido,<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 83<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

ainda, instalada uma estação de soldadura por infravermelhos, para<br />

reparação de cartas multicamada com componentes de montagem<br />

superficial.<br />

Por outro lado, foi obtida a certificação para a realização de Ensaios<br />

Hidrostáticos em Cilindros sob Pressão, emitida pelo DOT (U.S.<br />

Department Of Transportation) dos EUA, Office of Hazardous<br />

Materials Approvals and Permits. Esta certificação potencia a<br />

obtenção de trabalhos de terceiros, permitindo, adicionalmente,<br />

em muitas situações, evitar o envio de componentes ao estrangeiro<br />

para teste e reparação.<br />

O ano de <strong>2011</strong> foi, ainda, o ano de desenvolvimento de alguns<br />

Projetos de Melhoria Contínua na Manutenção de Componentes.<br />

Finalizaram-se, com sucesso, dois projetos-piloto – Antecipar<br />

Material e Planeamento de Prioridades – cujo principal objetivo consiste<br />

na adoção das melhores práticas da indústria e na utilização<br />

de ferramentas de gestão visual para controlo dos trabalhos em<br />

produção. Ambos os projetos permitiram alcançar significativas<br />

melhorias, ao nível da produtividade e a consequente redução dos<br />

prazos de entrega das unidades. Com os mesmos objetivos, foram<br />

iniciados mais dois projetos: Planeamento de Mangas (de salvamento)<br />

e a Melhoria da Oficina de Rodas.<br />

Foi, também, iniciado o processo para alteração das instalações da<br />

oficina de pintura, com o objetivo de dotar a mesma de maior capacidade<br />

e, simultaneamente, de satisfazer os convenientes requisitos<br />

ambientais.<br />

Aviões<br />

– Aumento da eficiência da frota da <strong>TAP</strong><br />

e preparação para os futuros aviões<br />

A área de Manutenção de Aviões assegurou a manutenção total<br />

da frota da <strong>TAP</strong>, realizando um total de 315 inspeções, denotando<br />

um valor ligeiramente inferior à atividade do ano anterior (-3,4%).<br />

Esta diminuição verificada, essencialmente, ao nível das pequenas<br />

inspeções, resulta, fundamentalmente, do aumento do número<br />

de horas de voo entre inspeções, iniciado em meados de 2010,<br />

e completamente ajustado durante o ano <strong>2011</strong>. Por limitações de<br />

capacidade física dos hangares, foram deslocadas duas grandes<br />

inspeções de A340 da frota da <strong>TAP</strong>, para a <strong>TAP</strong>–Manutenção e<br />

Engenharia Brasil.<br />

Relativamente à fiabilidade técnica de Despacho Operacional, o<br />

valor global das frotas situou-se em 98,88%, sendo de realçar a<br />

melhoria significativa ao nível da frota A330, a partir de outubro de<br />

2010, tendo passado de 97,16% para 97,59%, data em que foram<br />

iniciadas ações de reorganização de processos e procedimentos<br />

da área de Manutenção Operacional, com o objetivo fundamental<br />

de elevar o nível do serviço prestado ao operador <strong>TAP</strong> Portugal.<br />

Em termos de grandes inspeções, a quota de clientes terceiros<br />

situa-se atualmente em torno dos 28%, tendo-se garantido<br />

a manutenção a aviões de operadores como a SATA, a XL, a AF,<br />

a Orbest, bem como de vários Lessors, nomeadamente a ILFC,


84 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

a Velling e a Bavaria. A manutenção dos dois A340 da FAF (Força<br />

Aérea Francesa) continuou a ser assegurada na sua totalidade,<br />

com uma fiabilidade de despacho de 99,66%, tendo sido, mais<br />

uma vez, alvo de manifestos elogios por parte do Cliente.<br />

Sendo um dos objetivos estratégicos da <strong>TAP</strong>–Manutenção e<br />

Engenharia manter-se como uma opção de manutenção atrativa<br />

para o seu cliente interno, o operador <strong>TAP</strong>, foram desenvolvidos<br />

diversos projetos, sendo de destacar:<br />

+ Limpeza exterior das aeronaves, tendo-se alterado a periodicidade<br />

e os produtos de limpeza utilizados, com o objetivo de<br />

melhorar, não só o aspeto exterior dos aviões, como também a<br />

sua performance, em termos de peso e resistência aerodinâmica;<br />

+ Recuperação das capas em pele das cadeiras de passageiros,<br />

por uma empresa especialista, evitando-se a sua substituição a<br />

custos muito elevados;<br />

+ Criação de uma Equipa de Melhoria da Cabina, com um grande<br />

enfoque no controlo da limpeza efetuada em operação à frota<br />

Wide Body (WB), bem como o controlo da correção de anomalias<br />

de cabina da frota WB, e a melhoria e controlo do IFE (Inflight<br />

Enternainment) destas frotas;<br />

+ Reforço na dotação da Área de Trouble Shooting e utilização sistemática<br />

do sistema AIRMAN, o qual permite monitorizar e identificar,<br />

durante o voo, eventuais irregularidades verificadas no<br />

avião, que necessitem de pronta atuação em terra. Esta ferramenta<br />

funciona em 30 unidades da frota <strong>TAP</strong>, permitindo, assim,<br />

um suporte técnico mais eficiente e célere.<br />

No âmbito dos projetos de cooperação e de restruturação, manteve-se<br />

deslocado, em permanência, na <strong>TAP</strong>–Manutenção e<br />

Engenharia Brasil, um elemento da Manutenção de Aviões.<br />

Verificou-se, igualmente, a deslocação de uma equipa de Técnicos<br />

de Manutenção para suporte aos aviões Airbus da frota da <strong>TAP</strong>, que<br />

foram sujeitos a respetiva inspeção, realizada na unidade do Brasil.<br />

Ao abrigo do acordo de assistência à TAAG, iniciado em 2009,<br />

foram prestados, em Luanda, serviços de consultoria na área do<br />

Planeamento e Controlo do Programa de Manutenção da frota<br />

deste operador, tendo-se mantido, igualmente, a assistência de<br />

manutenção de linha nas estações de Lisboa, Rio de Janeiro e S.<br />

Paulo.<br />

Finalmente, com o objetivo de preparação para a manutenção<br />

à futura frota A350, encontra-se um elemento da Engenharia da<br />

Manutenção de Aviões, integrado no Airline Office da Airbus, a trabalhar<br />

com a equipa deste fabricante, no desenvolvimento desta<br />

aeronave.<br />

Recursos Humanos<br />

– Orientação da formação no sentido de SAFETY<br />

No ano de <strong>2011</strong>, foram concretizadas 773 ações de formação, num<br />

volume total de 75.775 horas, em sala de aula e em contexto real<br />

de trabalho, abrangendo 8.919 formandos, valor que correspondeu<br />

a um grau de oportunidade de 94%. Este programa de formação<br />

registou, face ao ano anterior, um acréscimo de 158 ações de<br />

formação (+25,7%) e um aumento de 214 formandos envolvidos.<br />

Pela importância que o SMS, atualmente, assume na <strong>TAP</strong><br />

–Manutenção e Engenharia, são de destacar as ações de formação<br />

em Safety, as quais excederam os objetivos traçados para <strong>2011</strong>,<br />

tendo envolvido um universo de 1.134 formandos (sendo o objetivo<br />

1.000), durante 84 ações de formação (sendo o objetivo 75), num<br />

total de 322 horas de formação.<br />

O quadro médio de pessoal em <strong>2011</strong> foi de 1.933 trabalhadores,<br />

cerca de 1,6% inferior ao nível do ano anterior, tendo, em 31 de<br />

dezembro de <strong>2011</strong>, alcançado o valor de 1.917, correspondendo<br />

a uma diminuição de 25 trabalhadores, face ao valor verificado<br />

em final de 2010. Durante <strong>2011</strong>, saíram 66 trabalhadores, e foram<br />

admitidos 44, registando-se, também, a integração, no quadro permanente,<br />

de 94 trabalhadores (este valor não inclui entradas diretas<br />

do exterior para o quadro permanente).


Certificações nacionais e internacionais<br />

Portugal IPAC (Instituto Português de Acreditação): NP EN ISO / IEC 17025:2005<br />

Portugal / UE INAC / EASA: EASA Parte–145<br />

INAC / EASA: EASA Parte–M Subparte G (CAMO) e Subparte I<br />

INAC / EASA: EASA Parte–147<br />

França Força Aérea Francesa / DGA: AQAP 2120 / ISO 9001:2008<br />

UE EASA: EASA Parte–21 Subparte J (DOA)<br />

EUA FAA: 14 CFR Part 145<br />

Internacional IOSA: IATA<br />

Bureau Veritas: NP EN ISO 9001:2008 / EN 9110:2005<br />

Certificações de qualidade<br />

A <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia recebeu diversas auditorias de<br />

acompanhamento de entidades acreditadoras, como a auditoria<br />

do Bureau Veritas (referenciais ISO 9001 e EN 9110) e a auditoria<br />

do IPAC (Instituto Português de Acreditação) ao Laboratório de<br />

Calibrações, no âmbito de certificação da Norma NP EN ISO / IEC<br />

17025:2005.<br />

Em novembro, decorreu a habitual auditoria da qualidade anual<br />

do FAA (Federal Aviation Administration). Esta auditoria é essencial<br />

para a renovação anual do certificado de aprovação como FAA<br />

Repair Station, que a Unidade de Negócio detém, já, desde 7 de<br />

julho de 1983. Além de ser condição prévia para a realização de<br />

trabalhos de manutenção para operadores americanos, esta certificação<br />

é, também, um fator de prestígio para a <strong>TAP</strong>–Manutenção e<br />

Engenharia, no mercado de MRO.<br />

Durante o ano de <strong>2011</strong>, foram recebidas outras auditorias da qualidade<br />

por parte das autoridades aeronáuticas e dos operadores<br />

seus clientes, essenciais para a manutenção das várias aprovações,<br />

no âmbito da atividade.<br />

Em 2012, serão alterados os manuais, regulamentos e procedimentos<br />

da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia referentes à certificação<br />

do FAA, em consequência da entrada em vigor do acordo bilateral<br />

EU/US. Também, devido à implementação da nova Air Ops<br />

Implementing Rule da EASA, a <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia fará<br />

a necessária alteração aos procedimentos, com reflexos, principalmente,<br />

sobre a Parte M.<br />

Irá, ainda, efetivar-se a transição das normas atuais ISO 9001 e AS<br />

9110 para os novos referenciais, com a respetiva atualização de<br />

procedimentos e manuais, em antecipação da auditoria de renovação<br />

do Bureau Veritas. Durante 2012, serão, também, revistos e<br />

atualizados os procedimentos da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia,<br />

de modo a adequarem-se à revisão 5 dos ISARP da IOSA.<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 85<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong>


86 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO<br />

E DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO<br />

As tecnologias de informação procuraram, em <strong>2011</strong>, apoiar a <strong>TAP</strong> na procura e deteção de oportunidades<br />

que permitam à Empresa diferenciar-se da concorrência, mantendo intactos, no entanto,<br />

todos os objetivos de eficiência que continuadamente persegue.<br />

As inovações, que as tecnologias de informação (TI) permitem introduzir nos produtos, serviços, processos,<br />

competências e estruturas organizacionais ou relacionamento com o Cliente, prefiguram-se como contributos<br />

importantes para assegurar a adaptabilidade da <strong>TAP</strong> e a sua sobrevivência no mercado. Iniciativas de TI são,<br />

desta forma, reconhecidas como passos fundamentais para garantir a manutenção da sua competitividade,<br />

e <strong>2011</strong> foi mais um ano em que ficou evidenciada, de uma forma assinalável, a cultura inovadora da Empresa.<br />

Integradas nesta estratégia de inovação, destacam-se diversas iniciativas, visando acompanhar as mudanças<br />

de hábitos dos passageiros, nomeadamente na adoção da Internet, como canal preferencial para o relacionamento<br />

com a Empresa, e na crescente tendência para a utilização de dispositivos móveis que, durante o período<br />

de 2013 a 2015, se espera venham a ultrapassar a utilização de dispositivos fixos.<br />

A <strong>TAP</strong> privilegiou, em <strong>2011</strong>, o desenvolvimento de aplicações de acesso para as plataformas IOS dos tablets<br />

e smartphones. A solução resultante permitiu disponibilizar um novo canal aos clientes, o qual apresenta, de<br />

uma forma integrada e inovadora, o conjunto de serviços mais utilizados no relacionamento com a Empresa.<br />

Ainda, neste contexto, foi lançado o novo portal Fly<strong>TAP</strong> que, através do aumento do conteúdo funcional e da<br />

maior facilidade de utilização permitida aos passageiros, muito contribuiu para o aumento do volume de vendas<br />

ocorrido através da Internet.<br />

Em <strong>2011</strong>, ocorreram, também, inúmeras e importantes transformações nas operações da Empresa, impulsionadas<br />

pela adoção de tecnologias de informação. De destacar, a importância do estabelecimento de uma nova<br />

filosofia de operações de voo, com o sistema EFB – Electronic Flight Bag, uma iniciativa que permitirá à tripulação<br />

desenvolver as atividades de gestão de um voo de uma forma bastante mais fácil e eficiente. O nome do<br />

sistema decorre da designação atribuída à pasta com documentação – Flight Bag – transportada pelos pilotos<br />

para o cockpit do avião. O EFB visa a substituição desta documentação em papel por documentação em<br />

formato digital, instalada em computadores pessoais certificados, onde são ainda disponibilizadas aplicações<br />

para a realização de diversos cálculos necessários às operações de voo. Os benefícios mais evidentes, para<br />

além do aumento da eficácia operacional, passam pela redução dos custos associados ao processo, e pela<br />

eliminação dos diversos problemas provenientes do transporte das respetivas malas (18 Kg). Decorrente deste<br />

âmbito, a <strong>TAP</strong> foi convidada a integrar o IATA IEF Working Group, em conjunto com a British Airways, Qantas e<br />

Singapore, com o objetivo de criar um manual de best practices relacionadas com o EFB.<br />

Ainda, no contexto do desempenho operacional da Empresa, a Unidade de Manutenção e Engenharia, com a<br />

colaboração da Airbus, introduziu tecnologia de ponta nas operações diárias da oficina de reparação de motores,<br />

através da aplicação da tecnologia de RFID – Radio Frequency IDentification. A inovadora utilização desta<br />

tecnologia sem fios permite rastrear as ferramentas e os componentes dos motores, durante o processo de<br />

manutenção, desde a sua desmontagem até à remontagem, criando eficiências operacionais, aumentando a<br />

fiabilidade e melhorando a qualidade global do processo.<br />

O ano de <strong>2011</strong> ficou, também, marcado pela utilização de novas tecnologias na melhoria do relacionamento<br />

da Empresa com os seus Colaboradores. Assim, atenta às respetivas necessidades de evolução e formação,<br />

a <strong>TAP</strong> tem realizado uma forte aposta no e-Learning. A iniciativa tem obtido um significativo sucesso junto<br />

dos Colaboradores, de parceiros e outras entidades externas, as quais consideram a <strong>TAP</strong>, neste âmbito, uma<br />

empresa de best practice na utilização de novas tecnologias na inovação do processo de formação. Neste<br />

contexto, a Empresa recebeu o Prémio de Excelência em e-Learning, atribuído pela PT Inovação, tendo, também,<br />

sido convidada a participar, como vogal efetiva, na Comissão Técnica de criação da Norma Portuguesa<br />

(NP) de e-Learning, por convite do Instituto Português da Qualidade. Esta iniciativa do IPQ integra-se no Projeto<br />

Europeu de Transferência de Inovação Q-Cert-VET, um projeto financiado pela Comissão Europeia, no âmbito<br />

do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida.<br />

Ainda de referir, o início do projeto de desenvolvimento do portal do empregado. O primeiro passo foi dado com<br />

a implementação da segunda fase do Flystaff, aplicação que permitiu a automatização do processo de reserva<br />

e emissão de bilhetes de avião, proporcionando maior autonomia, flexibilidade e liberdade de acesso a facilidades<br />

de passagens, por parte de todos os Colaboradores da Empresa.


Desenvolvimentos mais representativos, em curso na Empresa<br />

<strong>TAP</strong>, S.A.<br />

Transporte Aéreo<br />

+ Common IT Platform (CITP) – Conclusão do projeto, com a migração para<br />

o sistema Departure Control System de todas as escalas operadas anteriormente<br />

no sistema <strong>TAP</strong>MATIC;<br />

+ PROS (Revenue Management) – Análise à versão PROS por lógica de O&D<br />

(Origem Destino); elaboração do Business Case e aprovação do projeto,<br />

prevendo-se a conclusão da migração no final do 1º semestre de 2012;<br />

+ Novo sistema de Loyalty – Processo de seleção do fornecedor da nova<br />

plataforma e início do projeto de implementação, cuja conclusão se prevê<br />

em Janeiro 2012;<br />

<strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia<br />

Desenvolvimentos no âmbito da plataforma integrada<br />

de sistemas de informação – COSMOS<br />

+ DRACO (Directive Airworthiness Control System) – Implementação da Fase<br />

III (final);<br />

+ GENESIS V2 (General Engine Shop Information System) – Em fase final,<br />

com produção em Junho de 2012;<br />

+ DENEB (Document Network based Management Application)<br />

– Implementação dos seguintes módulos de gestão :<br />

› Contratos (venda de serviços)<br />

› EO’s (Engineering Orders)<br />

› SB’s (sub-módulo avião e sub-módulo vendor)<br />

› Manuais de Componentes<br />

› Interface com sistema SPACE<br />

+ ARIES (Aircraft Information and Engineering System) – Módulo de carregamento<br />

automático do MDM;<br />

+ Desenvolvimento da solução RFID para a Área de Motores, sistema MEERA<br />

(Mobile Enabled Engine Repair Application). Entrada em produção formal, a<br />

26 de Janeiro 2012;<br />

<strong>TAP</strong> Serviços<br />

+ Flystaff – Conclusão da 2ªfase do projeto, permitindo o acesso à consulta<br />

do perfil e dados mestre de facilidades de passagens do colaborador, simulação<br />

de percursos e tarifas, reserva e emissão de bilhetes, no sistema GDS<br />

Amadeus, para staff em percursos <strong>TAP</strong>, de forma automatizada;<br />

+ Portal do Empregado – Início da 1ª fase de implementação, que facilitará o<br />

acesso a funcionalidades self-service, relativamente à atualização e consulta<br />

de dados do colaborador, nomeadamente, nas áreas de Administração de<br />

Pessoal e Vencimentos;<br />

+ Reformulação do portal de Recrutamento <strong>TAP</strong> – Nova imagem <strong>TAP</strong>,<br />

inclusão e automatização de novas funcionalidades visíveis pelo candidato,<br />

criação de um ambiente de backoffice para otimização da gestão de conteúdos,<br />

e produção de informação de gestão do processo de Recrutamento;<br />

+ Quiosques Multimédia RH – Instalação dos equipamentos no reduto <strong>TAP</strong>,<br />

em locais chave, permitindo ao Colaborador do Grupo <strong>TAP</strong> aceder a informação<br />

cooperativa, e realizar tarefas que, normalmente, apenas estão disponíveis<br />

nos centros de atendimento;<br />

+ e-FT – Formulário de Tráfego Eletrónico (FTE) – Implementação, em<br />

Lisboa, do sistema e–FT, com vista a otimizar o processo de preenchimento<br />

do Formulário de Tráfego, minimizando as ocorrências relacionadas com o<br />

seu preenchimento incorreto e o impacto negativo daí resultante. O novo<br />

sistema produz um FTE, com base na informação contida nas mensagens<br />

tráfego operacionais, o qual é posteriormente enviado para os sistemas da<br />

ANA–Aeroportos.<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 87<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

+ ATHOS – Projecto Business Inteligence – Continuação da criação de<br />

modelos sobre diversos clusters de informação para as diversas áreas do<br />

Transporte Aéreo;<br />

+ CARGOSPOT – Implementação progressiva do novo sistema de Carga,<br />

Correio e Revenue Accounting, que deverá concluir-se, em 2012, com o<br />

processo de faturação;<br />

+ Electronic Flight Bag (EFB) – Plataforma de computação de uso geral,<br />

que pretende reduzir ou substituir informação em papel, utilizada pelas tripulações<br />

nos voos, tendo-se verificado a entrada em produção nos voos de<br />

longo curso, no final de <strong>2011</strong>, prevendo-se a sua total operacionalidade nos<br />

voos de médio curso, no final do 1º semestre de 2012.<br />

+ Desenvolvimentos diversos na plataforma associada ao CAMPUS <strong>TAP</strong><br />

–Manutenção e Engenharia, nomeadamente, Recursos Humanos,<br />

Manutenção Aviões, Qualidade e Transformação Organizacional, entre<br />

outros;<br />

+ Desenvolvimento do módulo para Controlo de Certificação de TMA’s,<br />

e emissão automática de Certificação;<br />

+ Início da PoC (Prova de Conceito) do projeto de Mobilidade na Manutenção<br />

de Linha (acesso a informação técnica e de gestão pelos TMA’s, via plataforma<br />

ANDROID).<br />

Outros desenvolvimentos<br />

+ ADP <strong>2011</strong> – Avaliação de Desempenho e Potencial em plataforma online<br />

para a <strong>TAP</strong>;<br />

+ ADP <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia Brasil – Avaliação de Desempenho<br />

e Potencial para a <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia Brasil;<br />

+ ADP PGA – Avaliação de Desempenho e Potencial em plataforma online<br />

para a PGA.<br />

+ SIS – Simplified Interline Settlement – Reformulação dos processos do<br />

clearing house, regulados pela IATA. Transversal ao Grupo <strong>TAP</strong>, o projeto<br />

tem impacto nos processos e sistemas de faturação interline, tendo sido o<br />

foco no form P (passagens), com reflexo nos processos de faturação das<br />

receitas de tráfego;<br />

+ Integração das Receitas de Tráfego das Representações na sede<br />

<strong>TAP</strong>/LIS – Integração dos processos e respetivas regras de negócio aplicadas<br />

às delegações do Brasil, da Venezuela e de Itália, no sistema de<br />

Revenue Accounting – ARAMIS;<br />

+ Reembolsos online via Fly<strong>TAP</strong> (2ªfase) – Disponibilização do pedido de<br />

reembolso no FLY<strong>TAP</strong>, para alguns mercados;<br />

+ Plataforma de Reporting Business Inteligence para Receitas de<br />

Tráfego – Passagens – Reporting permitindo análise da receita nas vertentes<br />

rota, voo, mercado e agente, entre outras;<br />

+ SAF–T PT (Standard Audit File for Tax Purposes – Portuguese<br />

version) e Certificação de sistemas Faturação – Implementação que<br />

permitiu satisfazer os requisitos de obtenção de informação dos serviços de<br />

inspeção (DGI), e a emissão de Certificação por parte da DGCI.<br />

SPdH–Serviços Portugueses Handling, S.A. PORTUGÁLIA–Companhia Portuguesa<br />

de Transportes Aéreos, S.A.<br />

+ Netline/Crew – Regras de gestão de tripulações – Implementação dos<br />

processos automáticos de gestão e manutenção das regras aplicáveis às<br />

tripulações;<br />

+ Amos – Desenvolvimento do Business Case para análise da viabilidade do<br />

projeto de substituição da atual plataforma informática de suporte aos processos<br />

de Manutenção de Aeronaves, daí resultando a decisão da respetiva<br />

implementação, que foi iniciada após a escolha da solução mais adequada.


88 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

RECURSOS HUMANOS<br />

Em <strong>2011</strong>, prosseguiu o esforço interno de<br />

otimização de recursos, de inovação e de<br />

utilização de sinergias de escala na Gestão<br />

de Recursos Humanos (RH), alinhando as<br />

políticas de RH com a estratégia da organização<br />

e consolidando o papel de RH<br />

como parceiro de negócio, acompanhando<br />

o caráter dinâmico da organização e possibilitando<br />

vantagens competitivas que viabilizam<br />

o cumprimento de objetivos globais.<br />

De destacar, a relevância de aspetos de<br />

carácter transversal, a nível de criação de<br />

cultura da Empresa e implementação de ferramentas<br />

com o recurso a Tecnologias de<br />

Informação (RH). Nesta última vertente, o<br />

forte investimento realizado, visando a otimização<br />

da gestão, bem como a redução<br />

do custo de serviço das tarefas administrativas<br />

por empregado, perspetiva, igualmente,<br />

promover uma diminuição na relação de<br />

dependência entre os serviços de Recursos<br />

Humanos e o empregado, através de um<br />

maior grau de autonomia deste último, tornando-o,<br />

assim, responsável pelo uso e<br />

benefício proporcionados pelos sistemas.<br />

Destacam-se:<br />

+ A implementação do Portal de Comunicação<br />

do Grupo <strong>TAP</strong>: desenvolvido por<br />

recursos internos do Grupo <strong>TAP</strong>, passou a<br />

ser uma ferramenta que permitiu a todos<br />

os trabalhadores um acesso fácil às informações<br />

mais relevantes sobre o Grupo<br />

<strong>TAP</strong>. Nele podem ser consultadas, diariamente,<br />

as principais notícias sobre a<br />

<strong>TAP</strong> na Comunicação Social, nacional e<br />

estrangeira – TV, Rádio e Imprensa –, conteúdos<br />

como os Flash Informação, Jornal<br />

<strong>TAP</strong> ou as Newsletters da STAR Alliance,<br />

PGA e AIMS, entre outras.<br />

+ A implementação da 1ª fase do Fly Staff:<br />

em março de <strong>2011</strong>, passou a estar disponível<br />

uma nova ferramenta para os trabalhadores<br />

do Grupo <strong>TAP</strong> que, ao abrigo<br />

do regulamento de facilidades de passagens,<br />

procuram viagens de lazer na <strong>TAP</strong><br />

e/ou nas companhias com quem esta tem<br />

acordos. Esta aplicação, no âmbito do<br />

esforço de simplificação e desburocratização<br />

administrativa que <strong>TAP</strong> tem vindo<br />

a desenvolver, visa simplificar processos e<br />

procedimentos, ir ao encontro das necessidades<br />

dos trabalhadores, propiciando-<br />

-lhes mais informação e autonomia. Em<br />

qualquer parte em que o cliente interno se<br />

encontre – dentro ou fora das instalações<br />

<strong>TAP</strong> e com ponto de acesso à Internet –,<br />

pode aceder no endereço flystaff.tap.pt.<br />

Colaboradores a 31 dezembro<br />

das empresas do Grupo <strong>TAP</strong> (%)<br />

+ A implementação da Homepage do<br />

Grupo <strong>TAP</strong>: a pensar no cliente interno,<br />

passou a estar disponível a intranet institucional<br />

do Grupo <strong>TAP</strong>, podendo ser<br />

acedida, interna e externamente. Esta,<br />

apresentando um grafismo moderno,<br />

novos conteúdos, funcionalidades e<br />

navegação em linha com a renovação<br />

de que foi objeto a Homepage <strong>TAP</strong>,<br />

representa mais um passo no âmbito do<br />

esforço de simplificação e desburocratização<br />

administrativa que Empresa tem<br />

vindo a desenvolver. Este esforço de<br />

reestruturação e integração visa potenciar<br />

uma maior consolidação da cultura<br />

organizacional, propiciar à organização<br />

a acessibilidade informativa e documental,<br />

bem como fortalecer a modernização<br />

administrativa da Empresa.<br />

Permite, entre outras funcionalidades:<br />

a) Preenchimento e envio de formulários<br />

e impressos eletrónicos; b) Acesso aos<br />

organogramas com fotografia dos responsáveis<br />

organizacionais; c) Pesquisa<br />

de documentos; d) Pesquisa de contactos<br />

dos trabalhadores; e) Navegabilidade<br />

em harmonia com os portais do grupo<br />

<strong>TAP</strong>; f) Eventos e Projetos em Curso, por<br />

Área da <strong>TAP</strong> Serviços.<br />

+ O reforço do projeto de formação<br />

e-Conhecimento, com intensificação<br />

de oferta de ações de formação e-Learning,<br />

sendo a Formação concebida<br />

por Formadores internos, devidamente<br />

acompanhados por uma equipa técnica e<br />

pedagógica, para apoio à conceção.<br />

+ Programa Reconhecer: foi dado continuidade<br />

ao programa interno de reconhecimento<br />

de ações excecionais de<br />

55,9% <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

36,7% Transporte Aéreo<br />

6,6% Pessoal Navegante Técnico<br />

18,4% Pessoal Navegante Comercial<br />

11,6% Pessoal de Terra<br />

15,5% Manutenção e Engenharia<br />

3,6% <strong>TAP</strong> Serviços<br />

0,3% Outro Pessoal da <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

15,4% SPdH, S.A.<br />

28,7% Restantes Empresas<br />

trabalhadores, cujo objetivo estratégico<br />

organizacional é contribuir para a criação<br />

da personalidade <strong>TAP</strong>, gerando efeito<br />

multiplicador, relativamente ao que diferencia,<br />

positivamente, a organização e a<br />

torna mais eficiente, mais presente para o<br />

cliente e mais competitiva num mercado<br />

altamente concorrencial.<br />

Quadro de Colaboradores<br />

do Grupo <strong>TAP</strong><br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, o Grupo<br />

<strong>TAP</strong> (<strong>TAP</strong>, S.A. e outras empresas participadas)<br />

integrava nos seus quadros 12.395<br />

trabalhadores, menos 718, que em 31 de<br />

dezembro de 2010. Este facto decorreu,<br />

essencialmente, de reduções registadas no<br />

quadro da empresa <strong>TAP</strong>, S.A., no quadro<br />

do conjunto das restantes empresas participadas<br />

e, também, no quadro da empresa<br />

associada SPdH–Serviços Portugueses de<br />

Handling. Como alterações mais significativas<br />

na <strong>TAP</strong>, S.A., de referir as variações<br />

verificadas nos quadros das Unidades de<br />

Negócio, <strong>TAP</strong> Serviços, de Transporte Aéreo<br />

e de Manutenção e Engenharia, com reduções<br />

de 55, 39 e 25 trabalhadores, respetivamente.<br />

No quadro de pessoal da <strong>TAP</strong>,<br />

S.A. (6.934 trabalhadores) verificaram-se<br />

reduções no quadro do Pessoal Navegante<br />

Comercial (-42 Assistentes e Comissários<br />

de Bordo) e no quadro do Pessoal de<br />

Terra (-17 Colaboradores), tendo-se verificado<br />

apenas um incremento nos quadros<br />

do Pessoal Navegante Técnico (+20<br />

pilotos). No quadro de pessoal das restantes<br />

empresas (3.553 trabalhadores)<br />

registou-se a redução de 123 elementos,<br />

em grande parte devido à diminuição<br />

de 144 Colaboradores na empresa <strong>TAP</strong><br />

–Manutenção e Engenharia Brasil. Embora


Quadro de Pessoal Ativo em 31 de dezembro<br />

Número de colaboradores da <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

8.000<br />

6.000<br />

4.000<br />

2.000<br />

0<br />

com menor expressão, registaram-se, igualmente,<br />

reduções nas empresas LFP, UCS<br />

e Megasis, de 2, 5 e 7 elementos, respetivamente.<br />

Verificaram-se, ainda, acréscimos<br />

nas empresas Cateringpor (+22) e PGA<br />

+13). Por sua vez, no quadro de pessoal<br />

da empresa SPdH–Serviços Portugueses<br />

de Handling verificou- se uma redução de<br />

474 trabalhadores.<br />

No final do exercício, a <strong>TAP</strong>, S.A. incorporava<br />

55,9% da totalidade dos trabalhadores do<br />

Grupo, a SPdH–Serviços Portugueses de<br />

Handling empregava 15,4% e as Restantes<br />

Empresas 28,7%. O quadro médio de pessoal<br />

ativo da <strong>TAP</strong>, S.A. totalizava 7.010 trabalhadores,<br />

dos quais 565 localizados no<br />

estrangeiro, sendo aquele valor inferior ao<br />

registado em 2010, em 8 trabalhadores.<br />

Formação<br />

2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong><br />

A <strong>TAP</strong> detém um Centro de Formação Profissional, localizado em edifício próprio, composto por Salas de Formação adequadamente<br />

equipadas, Oficinas, Laboratórios, Salas para outra Formação Técnica, Sala para Formação à Distância (e-Learning), Mock-ups e<br />

Simuladores de Voo. Pela especificidade da realidade empresarial, a Empresa privilegia a utilização de Formadores internos.<br />

A Formação na <strong>TAP</strong> pode processar-se em duas vertentes:<br />

Pessoal Terra, Portugal<br />

Pessoal Navegante<br />

Pessoal Terra, Estrangeiro<br />

Total – Quadro 31 dez<br />

Total – Quadro Médio<br />

+ Formação Inicial: com o objetivo de preparar os novos Colaboradores para a integração na Empresa e no local de<br />

trabalho, visando um correto e adequado desempenho da função;<br />

+ Formação Contínua: com o objetivo de manter a proficiência dos seus Colaboradores, visando a qualidade e a<br />

segurança do serviço prestado, no desempenho da função.<br />

O processo de Formação na <strong>TAP</strong> incorpora Formação Técnica<br />

Específica (inicial e contínua) e Formação Transversal. A primeira<br />

vertente é dirigida ao desempenho de funções em cada Área da<br />

Empresa, correspondendo, quer a necessidades detetadas, quer ao<br />

cumprimento do normativo nacional ou internacional para a Aviação<br />

Comercial; na segunda vertente, as ações são, criteriosamente,<br />

escolhidas por forma a representar, também, uma mais-valia, quer<br />

para o Colaborador, quer para a Empresa.<br />

Quadro de Pessoal do Grupo <strong>TAP</strong><br />

Situação a 31 de dezembro <strong>2011</strong><br />

Grupo <strong>TAP</strong> 89<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Colaboradores % Total Variação<br />

Pessoal Terra, Portugal 924 7,5% 0,7% 6<br />

Pessoal Terra, Estrangeiro 520 4,2% -4,2% -23<br />

Total P. Terra Transporte Aéreo 1.444 11,6% -1,2% -17<br />

Pessoal Navegante Comercial 2.277 18,4% -1,8% -42<br />

Pessoal Navegante Técnico 822 6,6% 2,5% 20<br />

Total P. Navegante Transporte Aéreo 3.099 25,0% -0,7% -22<br />

Pessoal Transporte Aéreo 4.543 36,7% -0,9% -39<br />

Pessoal Manutenção e Engenharia Portugal* 1.917 15,5% -1,3% -25<br />

Pessoal <strong>TAP</strong> Serviços 441 3,6% -11,1% -55<br />

Restante Pessoal da <strong>TAP</strong>, S.A. 33 0,3% -5,7% -2<br />

Total <strong>TAP</strong>, S.A.** 6.934 55,9% -1,7% -121<br />

Total SPdH, S.A.*** 1.908 15,4% -19,9% -474<br />

Restantes Empresas 3.553 28,7% -3,3% -123<br />

Total <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. 12.395 100,0% -5,5% -718<br />

* Inclui pessoal no Estrangeiro, sendo um total de 26 e de 25 trabalhadores, em <strong>2011</strong> e 2010<br />

** Não inclui pessoal sem colocação e não ativo<br />

*** Empresa Associada<br />

Volume de Formação no Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>TAP</strong>, S.A. Grupo <strong>TAP</strong><br />

2010 <strong>2011</strong> Var. 2010 <strong>2011</strong> Var.<br />

Nº Ações 2.492 2.825 13,4% 5.009 5.236 4,5%<br />

Nº Formandos 17.672 18.078 2,3% 32.944 35.848 8,8%<br />

Formação 000 H 303,7 297,6 -2,0% 669,7 800,3 19,5%


90 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

OUTRAS<br />

ATIVIDADES<br />

DO GRUPO <strong>TAP</strong><br />

À semelhança da tendência<br />

na Indústria, os investimentos<br />

financeiros da <strong>TAP</strong> incidem nas<br />

áreas de: Catering, Sistemas de<br />

Informação, Lojas de Vendas em<br />

Aeroportos e a Bordo, Serviços<br />

de Saúde, Assistência em Escala,<br />

Manutenção e Engenharia.


Relativamente às restantes participações detidas pela <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A., refira-se o desenvolvimento<br />

de atividade em áreas ligadas aos negócios principais do Grupo – o Transporte Aéreo e a<br />

Manutenção e Engenharia –, concorrendo para os mesmos, através dos seus serviços, de forma<br />

a possibilitar um melhor controlo da cadeia de serviço, bem como o acréscimo de vantagens<br />

competitivas promovido por efeito sinérgico. O critério seguido para a seleção daqueles investimentos<br />

assentou no pressuposto de que o desenvolvimento das respetivas atividades contribui<br />

para o fortalecimento dos negócios principais do Grupo, através da rentabilização do capital<br />

investido, detido pela <strong>TAP</strong>, direta ou indiretamente, na totalidade ou, apenas, como parte do capital<br />

social daquele núcleo de empresas.<br />

Com o objetivo fundamental de efetuar, de forma direta e participada, o acompanhamento da<br />

gestão de algumas destas suas subsidiárias desenvolvendo atividades complementares ou colaterais<br />

aos seus negócios principais de transporte aéreo e manutenção, a <strong>TAP</strong> detém, ainda, uma<br />

empresa que funciona como holding, a <strong>TAP</strong>GER–Sociedade de Gestão e Serviços, S.A..<br />

À semelhança da tendência na Indústria, a <strong>TAP</strong> detém os seus investimentos financeiros nas<br />

áreas de: Catering, Sistemas de Informação, Lojas de Vendas em Aeroportos e a Bordo, Serviços<br />

de Saúde e Assistência em Escala.<br />

No decorrer do ano <strong>2011</strong>, verificou-se, ao nível das participações detidas pelo Grupo <strong>TAP</strong>, no<br />

Brasil, uma reestruturação empresarial. Esta operação envolveu a incorporação da empresa<br />

Aero–LB na <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia Brasil, após a respetiva cisão, operação que deu origem<br />

à empresa holding Aeropar, para a qual foi transferida 47,64% da participação que aquela<br />

sociedade detinha na <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia Brasil.<br />

Outras Participações do Grupo <strong>TAP</strong> em 31 de dezembro <strong>2011</strong><br />

EUR milhares<br />

Participação<br />

da <strong>TAP</strong> (%)<br />

Montante do<br />

Capital Social<br />

da <strong>TAP</strong><br />

Grupo <strong>TAP</strong> 91<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Resultado<br />

Líquido<br />

Portugália, S.A. 100 15.000 (1.932)<br />

Aeropar Participações, S.A. (Brasil) 100 13.303 (2.860)<br />

Manutenção de Aeronaves <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. 98,64 207.913 (62.656)<br />

<strong>TAP</strong>GER–Sociedade de Gestão e Serviços, S.A. 100 2.500 4.539<br />

Catering Cateringpor–Catering de Portugal, S.A. 51 1.785 917<br />

Lojas de Vendas em Aeroportos e a Bordo LFP–Lojas Francas de Portugal, S.A. 51 281 8.478<br />

Sistemas de Informação MEGASIS–Soc. de Serv. e Eng. Inf., S.A. 100 500 105<br />

Serviços de Saúde UCS–Cuidados Integrados de Saúde, S.A. 100 500 n/d


92 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Mesa da Assembleia Geral<br />

Presidente Dr.ª Alda Maria dos Santos Pato<br />

Secretário Dr. José Carlos Magalhães<br />

Ferreira<br />

Conselho de Administração<br />

Presidente Eng.º Fernando Abs da Cruz<br />

Souza Pinto<br />

Administrador-Delegado Eng.° Luiz Filipe<br />

Plácido Lapa<br />

Vogal Eng.º Manoel José Fontes Torres<br />

Vogal Dr. Michael Anthony Conolly<br />

Vogal Eng.º Fernando Jorge Alves Sobral<br />

Conselho Fiscal<br />

Presidente Prof. Dr. Luís Miguel Tavares de<br />

Almeida Costa<br />

Vogal Dr.ª Maria de Fátima Castanheira<br />

Cortês Damásio Geada<br />

Vogal Dr.ª Maria Paula Rodrigues da Costa<br />

Revisor oficial de contas<br />

PricewaterhouseCoopers & Associados,<br />

SROC, Lda.<br />

Sede Social<br />

Aeroporto de Lisboa<br />

Rua C – Edifício 70<br />

1749-078 Lisboa<br />

Tel. +351 218 425 500<br />

Fax +351 218 425 625<br />

Email pga@pga.pt<br />

Website www.portugalia-airlines.pt<br />

Capital Social EUR 15,000,000<br />

N.° de Contribuinte 502 030 879<br />

Atividade Principal<br />

Transporte Aéreo.<br />

PORTUGÁLIA–Companhia Portuguesa<br />

de Transportes Aéreos, S.A.<br />

Em <strong>2011</strong>, foi dado um significativo enfoque no que respeita à atividade do transporte<br />

aéreo, tendo o projeto de privatização do Grupo <strong>TAP</strong>, em que a Portugália (PGA) hoje<br />

se integra, merecido o respetivo destaque. Nesse âmbito, a PGA não se pode alhear da<br />

estratégia governamental, enquanto parte do Grupo <strong>TAP</strong>, sendo fundamentais para um<br />

bom posicionamento da companhia no cenário da privatização, os atuais padrões de<br />

produtividade, assertividade, eficiência e eficácia.<br />

No verão de <strong>2011</strong> a companhia foi chamada a responder a uma operação muito intensa,<br />

em que as inúmeras dificuldades vividas (grande parte, intrínsecas ao próprio planeamento,<br />

outras, potenciadas pela elevada utilização diária, por problemas de manutenção<br />

e pela idade da frota, entre outros fatores) se traduziram numa matriz de difícil gestão,<br />

que só com o esforço de todos se conseguiu mitigar.<br />

Entretanto, prosseguiu a consolidação do modelo de negócio resultante da reestruturação<br />

ocorrida em julho de 2007: flight capacity provider do Grupo <strong>TAP</strong>, ao abrigo de um<br />

contrato de Wet Lease com a empresa Transportes Aéreos Portugueses, S.A.. Em 2007,<br />

a companhia foi integrada no Grupo <strong>TAP</strong>, orientando-se para um novo core business,<br />

continuando, em <strong>2011</strong>, a valorização das sinergias de Grupo e das matrizes de funcionamento<br />

entretanto identificadas. A empresa manteve a operação com a mesma frota – 6<br />

Fokker 100 e 8 Embraer 145 –, com capacidades de 97 e de 49 passageiros, respetivamente.<br />

A média de Flight Hours per day manteve-se superior à registada pelas companhias<br />

congéneres europeias, a operar o mesmo tipo de equipamento, uma performance<br />

apenas possível com uma melhoria da produtividade, sempre aliada à segurança da operação.<br />

A auditoria pela IATA (auditoria IOSA–IATA Operational Safety Audit), com bons<br />

resultados, possibilitou à companhia renovar o respetivo certificado, por mais 2 anos,<br />

sendo o programa IOSA condição necessária para assegurar o registo na IATA.<br />

Iniciando um novo ciclo, foram lançadas as bases para reforçar o desenvolvimento das<br />

competências do Capital Humano, tendo os processos administrativos atingido a maturidade.<br />

Assim, foi iniciada a reorganização dos processos de gestão de R.H., reforçando as<br />

competências técnicas e implementando metodologias ao nível das melhores práticas,<br />

por forma a garantir um melhor conhecimento da performance e capacidades das pessoas,<br />

bem como a gestão desta informação, de forma automatizada, disponibilizando-a<br />

em tempo real. Ainda, por forma a proporcionar, à PGA, o acesso aos desenvolvimentos<br />

disponíveis para o Grupo, destacando-se, a título exemplificativo, o Staff Travel, foram lançadas<br />

as bases da migração para o sistema informático central. De igual modo, o acesso<br />

ao módulo de Desenvolvimento permitirá gerir, integradamente, a informação crítica ao<br />

desenvolvimento individual, nomeadamente: o modelo de competências, o descritivo de<br />

funções, a seleção e recrutamento, a formação e a avaliação de desempenho. Foi, ainda,<br />

avaliada a possibilidade de vir a adotar-se o sistema de avaliação de desempenho do<br />

Grupo, permitindo uma maior adequação ao negócio da empresa, bem como a incorporação<br />

da gestão por objetivos, possibilitando a cada um dos Colaboradores assumir-se<br />

como agente ativo na gestão da sua performance. Foi, desta forma, melhorada a comunicação<br />

e reforçada a credibilidade no processo, com reflexos no reforço de produtividade<br />

e de qualidade. Com o objetivo de introduzir mais tecnicidade nos processos de gestão<br />

de pessoas, foi realizada uma primeira abordagem à metodologia HAY, a prosseguir em<br />

2012, e que permite, de forma internacionalmente reconhecida, efetuar uma avaliação<br />

da função, nomeadamente, no âmbito das respetivas responsabilidades, competências<br />

e exigências, bem como a sua comparação com outras funções da companhia, Grupo<br />

e Setor. Acresce, ainda, a possibilidade de poder dispor de uma análise de benchmarking,<br />

permitindo identificar o posicionamento da empresa, face ao mercado, em termos<br />

remuneratórios. Ainda, de destacar: a) O reforço de métricas nos Recursos Humanos, iniciando<br />

com a apresentação dos novos indicadores de gestão; b) O reconhecimento do<br />

desempenho de excelência dos Colaboradores, incentivado e promovido pela PGA que,<br />

pelo 2º ano, participou nos programas Simpatia e Reconhecer da <strong>TAP</strong>; c) A promoção<br />

da Saúde dos Colaboradores, dando continuidade ao Programa Saúde+ promovido pela<br />

UCS. O total de Colaboradores da PGA, a 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, era de 547, sendo.<br />

68% da DOV (28% Pessoal Navegante Técnico e 40% Pessoal Navegante de Cabina) e<br />

32% do Pessoal de Terra. No total, 42% são do sexo feminino e 58% são do sexo masculino.<br />

Ainda, de referir que 38% dos Colaboradores têm idade inferior a 35 anos, e 48%<br />

tem antiguidade superior a 10 anos, sendo a idade média de 38 anos.


Desempenho operacional<br />

Verificou-se um aumento nas block-hours voadas de 4%, face a<br />

2010, relacionado maioritariamente com o facto de, em 2010, a<br />

operação ter sido penalizada com cancelamentos de operações,<br />

nomeadamente, devido à nuvem de cinzas vulcânicas (vulcão<br />

Islandês, Eyjafjallajökull), e uma diminuição de 8%, face ao orçamento,<br />

essencialmente relacionada com o ajustamento efetuado<br />

pelo Cliente, para responder às alterações do mercado.<br />

Manutenção e Engenharia<br />

Em <strong>2011</strong>, foi cumprida a totalidade das inspeções C às frotas<br />

Fokker e Embraer, tendo recorrido a terceiros para as inspeções D<br />

dos Fokker TPB e TPC, para as quais for selecionado o prestador<br />

ATB (Austrian Technik Bratislava). O ciclo de inspeções D (cada 6<br />

anos), enquadradas na manutenção de base, iniciou-se com o TPA<br />

ainda em 2010, devendo terminar em 2012. Rondando o custo em<br />

EUR 1 milhão por aeronave, a inspeção implica uma paragem de 5 a<br />

6 semanas. O programa de renovação de cabinas, em função destas<br />

paragens, foi articulado com a empresa holandesa Aeroworks,<br />

e envolveu a renovação completa dos painéis laterais e do teto da<br />

cabina, bagageiras e PSU, bem como a uniformização da iluminação,<br />

estando a substituição das cadeiras dos passageiros para a<br />

frota F100 em avaliação para 2013. Em <strong>2011</strong>, a companhia voltou<br />

a trabalhar com a <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia Brasil que,<br />

sendo um Centro de Serviço autorizado para a frota Embraer 145,<br />

supriu as necessidades da PGA, de suporte de técnicos para trabalho<br />

estrutural. Este apoio, que existirá, também, em 2012, prevê-se<br />

que ronde os EUR 125 milhares. No final de 2012, irá ser negociada<br />

a revisão geral dos trens nas oficinas da mesma empresa em<br />

Porto Alegre, com uma expectativa de volume de negócios de EUR<br />

220 milhares. Para além destes projetos, assume-se a existência de<br />

potencial para um aprofundamento das relações comerciais, noutros<br />

âmbitos, e para a geração de maiores sinergias de negócio. No<br />

que respeita aos componentes, do impacto das renegociações efetuadas<br />

em <strong>2011</strong> resultou numa redução dos custos com os contratos<br />

Pool Embraer e Abacus Fokker.<br />

Na escala do Porto verificou-se existir a capacidade instalada<br />

(mão de obra) necessária e suficiente para abarcar um novo projeto,<br />

estando, assim, em fase de instalação uma oficina de acessórios<br />

elétricos (fornos, headsets) e de enchimento de garrafas de<br />

O 2 , o que representará uma poupança anual de cerca de EUR 180<br />

milhares.<br />

Na sequência da redução de técnicos de manutenção de aeronaves<br />

que saíram da empresa em 2007, a PGA desenvolveu, em<br />

conjunto com a formação da <strong>TAP</strong>, um programa de qualificação<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 93<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

de técnicos. Este programa fortalecerá a equipa interna da PGA<br />

e permitir-lhe-á continuar a incrementar as competências e valências<br />

internas, condição imprescindível para o desenvolvimento projetado<br />

do trabalho de manutenção.<br />

Qualidade<br />

Segurança: Um elevado nível de segurança operacional é uma<br />

preocupação constante da gestão, sendo os indicadores positivos.<br />

A introdução da monitorização dos parâmetros de voo veio proporcionar<br />

uma nova ferramenta para o respetivo acompanhamento,<br />

enquanto o reporte eletrónico adicionado ao reporte escrito completa,<br />

em grande parte, o ciclo de vigilância continuada. A formação<br />

e treino dos elementos envolvidos tem sido e, prosseguirá, por<br />

forma a possibilitar enfrentar com sucesso, as exigências internas e<br />

externas, que se apresentem.<br />

Serviço de Bordo: <strong>2011</strong> foi um ano repleto de novidades e mudanças<br />

no serviço de bordo. Estas mudanças contemplaram preocupações<br />

ao nível ecológico e de qualidade do catering oferecido<br />

a bordo.<br />

Politica Ambiental: No âmbito da inclusão da aviação no regime<br />

CELE (Comércio Europeu de Licenças de Emissão), a PGA procedeu,<br />

em 2010, à monitorização das emissões (CO 2 ) das aeronaves,<br />

com vista a preparar a auditoria/verificação das Emissões anuais de<br />

CO 2 e Tonelada–Km, em fevereiro de <strong>2011</strong>, tendo sido declarada a<br />

existência da respetiva conformidade. Em setembro, a Comissão<br />

Europeia publicou o benchmark de atribuição das licenças de emissão<br />

de CO 2 para os dois períodos de comércio (2012 e 2013-2020).<br />

O valor tornado público indica que cada companhia recebe, para<br />

o ano de 2012, 0,6797 licenças por cada 1.000 ton-km reportadas<br />

no ano de 2010, sendo, no período de 2013-2020 este valor<br />

reduzido para 0,6422. Estes valores e indicadores permitem estimar<br />

a quantidade final de licenças gratuitas que serão atribuídas<br />

ao Grupo <strong>TAP</strong> (aproximadamente 1,13% do total). O processo de<br />

monitorização é gerido, autonomamente pela PGA, cabendo à <strong>TAP</strong><br />

o reporte à APA (Agência Portuguesa do Ambiente), pelo conjunto<br />

das duas companhias aéreas do Grupo, sendo que o próximo ano<br />

representa o arranque do ETS EU para a aviação, perspetivando-<br />

-se o respetivo impacto financeiro. Em <strong>2011</strong>, a Câmara Municipal<br />

de Lisboa e a Valorsul voltaram a reconhecer a consciência ambiental<br />

da PGA através da atribuição de um certificado de distinção e<br />

mérito, no âmbito da participação, no programa + valor, que consiste<br />

no encaminhamento dos resíduos orgânicos provenientes do<br />

refeitório da empresa para a Estação de Tratamento e Valorização<br />

Orgânica da Valorsul.


94 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Mesa da Assembleia Geral<br />

Presidente Dr.ª Alda Maria dos Santos Pato<br />

Vice-Presidente Dr. Carlos Pedro Silva<br />

Secretário Dr. Carlos Pedro Silva<br />

Conselho de Administração<br />

Presidente Eng.º Luís Manuel Miguel<br />

Correia da Silva<br />

Administrador-Delegado Dr. Carlos Gomes<br />

Nogueira<br />

Vogal Dr. José Manuel Fragoso de Sousa<br />

Vogal Dr. Luís Manuel da Silva Rodrigues<br />

Vogal Dr.ª Maria da Conceição dos Santos<br />

Varejão<br />

Fiscal Único<br />

Efetivo PricewaterhouseCoopers &<br />

Associados SROC, Lda.<br />

Sede Social<br />

Aeroporto de Lisboa<br />

Edifício 25-6°<br />

1700-008 Lisboa<br />

Tel. +351 218 918 700<br />

Fax +351 218 918 701<br />

Email welcome@groundforce.pt<br />

Website www.groundforce.pt<br />

Capital Social EUR 500.000<br />

N.° de Contribuinte 506 651 649<br />

Atividade Principal<br />

Prestação de serviços de assistência em<br />

escala ao transporte aéreo, bem como<br />

formação profissional conexa com a<br />

prestação destes serviços.<br />

SPdH–Serviços Portugueses de Handling, S.A.<br />

A estratégia – assegurar a sustentabilidade da empresa<br />

Ao longo do ano, foram criadas as condições para assegurar a sustentabilidade da<br />

empresa e para inverter um longo ciclo de resultados negativos. Em simultâneo, prosseguiu-se<br />

o esforço de consolidação e melhoria do processo de incremento de qualidade<br />

de serviço, da eficiência operacional e de rigoroso controlo de custos. A medição<br />

da performance – KPI’s e SLA’s, a fixação de objetivos operacionais ambiciosos, em consistência<br />

com os melhores padrões internacionais, bem como a melhoria contínua dos<br />

processos assumiram-se como preocupações centrais da gestão, top-down e transversalmente<br />

na empresa.<br />

Qualidade – elemento diferenciador da organização<br />

A Groundforce encara a Qualidade como um dos fatores estratégicos do seu desenvolvimento,<br />

considerando o cliente, externo e interno, como o ponto de convergência de<br />

todos os esforços. Com este compromisso, a empresa segue e defende uma Política de<br />

Gestão Integrada da Qualidade cumprindo, fazendo cumprir e dinamizando o Sistema<br />

de Gestão Integrada, nas vertentes Qualidade, Safety e Security, Saúde e Segurança<br />

no Trabalho e potenciando os comportamentos éticos e a responsabilidade social.<br />

Enquadradas nesta política, as Certificações ISO 9001:2008, ISO 14001:2004, OHSAS<br />

18001:2007, ISAGO/IATA e Cargo 2000 (C2K), entretanto obtidas, continuaram o seu<br />

percurso de melhoria contínua.<br />

Em relação ao Modelo de Excelência EFQM, através de uma avaliação conduzida pela<br />

Associação Portuguesa para a Qualidade, foi obtido, em março de <strong>2011</strong>, o reconhecimento<br />

de empresa Recognised for excellence – 3 stars. A atribuição deste prémio vem<br />

possibilitar solidificar e integrar, de forma coerente, todas as certificações detidas e em<br />

vias de o serem e que, a médio prazo, irão, seguramente, permitir alcançar a globalidade<br />

das boas práticas essenciais à excelência da organização.<br />

A Groundforce orgulha-se, ainda, de integrar o primeiro grupo de handlers europeus a<br />

receber, em todas as Escalas onde opera, a certificação ISAGO/IATA, de grande referência<br />

no setor, e que garante o cumprimento de todos os requisitos de safety e security.<br />

Complementarmente, convicta de que a dimensão do sucesso das empresas se apresenta<br />

cada vez mais com suporte nos interesses das várias partes interessadas, a<br />

Groundforce iniciou o processo de certificação em Responsabilidade Social – SA 8000.<br />

Com a integração da Responsabilidade Social nas suas Práticas de Gestão, a empresa<br />

estabelece, assim, o equilíbrio entre os desempenhos económico, ambiental e social.<br />

Através deste conjunto de certificações, a empresa pretende dotar-se das melhores práticas<br />

e procedimentos, já testados e reconhecidos pelo mercado, considerados como<br />

elementos diferenciadores e importantes aliados no aperfeiçoamento organizacional.<br />

O Negócio – posicionamento e atitude comercial como fatores<br />

de diferenciação<br />

Relativamente à atividade da área de Vendas, foram renovados vinte e três contratos e<br />

conquistados sete novos clientes, através de uma atitude comercial clara e ajustada,<br />

que diferencia a empresa e lhe permite proporcionar a preferência dos seus Clientes. No<br />

processo de Vendas – conceção e desenvolvimento –, são estabelecidos os interfaces<br />

técnicos e organizacionais inerentes à atividade comercial, procedendo-se à avaliação<br />

e definição dos recursos adequados aos níveis acordados no Service Level Agreement.<br />

A atividade da Groundforce é exercida num mercado cada vez mais competitivo e exigente,<br />

tornando-se de extrema importância o conhecimento detalhado dos requisitos<br />

dos Clientes, estabelecendo com estes uma relação de confiança, potenciadora de<br />

ganhos sustentados para ambas as partes. Mediar as necessidades das companhias<br />

e a resposta das áreas operacionais, bem como remeter os inquéritos de satisfação<br />

periódicos, assegurando a sua resposta e monitorizando os resultados obtidos, assumem-se<br />

igualmente, como competências da Área Comercial. Adicionalmente, a gestão<br />

cuidada e atenta de todos os serviços complementares à atividade central, frequentemente<br />

concebidos à medida dos requisitos específicos de cada Cliente, contribui para a<br />

sua satisfação. Serviços já consolidados como o Blue Lounge, a Groundcare, a Entrega<br />

de Bagagem e as Assistências Personalizadas permitem proporcionar uma oferta integrada<br />

e progressivamente mais completa, junto da carteira de Clientes potenciando,


Passageiros assistidos em Lisboa<br />

milhões<br />

9,7<br />

10,4<br />

10,5<br />

2009 2010 <strong>2011</strong><br />

<strong>TAP</strong> Terceiros<br />

também, a angariação de novos Clientes e Parceiros. Na vertente<br />

do incremento da receita, foi dada continuidade ao Programa de<br />

Maximização da Faturação, aliando mais-valias para as companhias<br />

Clientes, através da inclusão, sempre que possível, de produtos<br />

específicos passíveis de acrescer valor à sua oferta, num<br />

verdadeiro trabalho de parceria. No contexto atual, as companhias<br />

aéreas apresentam-se, de uma forma crescente, mais focadas<br />

na cobrança de itens adicionais ao preço da tarifa base, como<br />

forma de aumentar as suas receitas, assumindo-se a Groundforce,<br />

enquanto agente de handling e representante das mesmas, como<br />

o principal dinamizador desta política, cumprindo estritamente as<br />

práticas de tolerância zero dos Clientes.<br />

A Organização e os Recursos Humanos – o capital<br />

humano como fator de diferenciação da Groundforce<br />

A gestão de recursos humanos das organizações assume uma<br />

importância capital, num ambiente fortemente globalizado e competitivo,<br />

situando-se o maior fator de diferenciação no seu capital<br />

humano. A Groundforce tem vindo a consolidar um conjunto de<br />

boas práticas de gestão de recursos humanos, visando assegurar<br />

o princípio estratégico de que Pessoas motivadas, formadas e produtivas<br />

dão qualidade de serviço, que por sua vez se transforma<br />

em satisfação do cliente, e por consequência traz desenvolvimento<br />

sustentado para a empresa, que irá gerar valor para os acionistas<br />

e para as pessoas.<br />

No capítulo da Comunicação, de destacar a Newsletter Investors<br />

in People (divulgação das boas práticas de gestão das pessoas<br />

da Groundforce) e o Quick Reference sobre as Competências<br />

dos Líderes (documento que reúne, de forma sucinta, o conjunto<br />

de competências e respetivos comportamentos aplicáveis aos líderes<br />

da Groundforce). Quanto ao Portfólio de Competências,<br />

foi revisto de forma a ajustar as competências à realidade atual<br />

da empresa, tendo o processo de Avaliação de Desempenho,<br />

por competências e por objetivos, beneficiado de uma reestruturação<br />

em consonância. Para a estrutura de liderança intermédia e<br />

de topo, a implementação da Avaliação a 360º possibilitou aos<br />

Líderes da Groundforce serem avaliados por um grupo de pessoas<br />

(chefia, pares e colaboradores diretos, para além do próprio), relativamente<br />

às competências e aos comportamentos de Liderança<br />

Total de movimentos ponderados<br />

assistidos em Lisboa<br />

milhares<br />

51,1<br />

52,6 52,4<br />

2,9%<br />

-0,4%<br />

2009 2010 <strong>2011</strong><br />

<strong>TAP</strong> Terceiros Variação<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 95<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Nota prévia:<br />

Considerando que o exercício fiscal de<br />

2010 compreendeu 14 meses, os valores<br />

para efeitos de análise comparativa<br />

estão ajustados para 12 meses e<br />

excluem a escala de Faro.<br />

demonstrados em contexto real de trabalho. À semelhança dos<br />

anos anteriores, foi promovido um Inquérito de Avaliação da<br />

Satisfação dos Colaboradores, em parceria com o ONRH, considerada<br />

uma ferramenta fundamental para a elaboração de planos<br />

de ação de melhoria na empresa, com base na perceção das suas<br />

Pessoas. Ainda, no âmbito da 4ª auditoria Investors in People<br />

(IIP), a realização de entrevistas a um universo representativo de<br />

Colaboradores de todas as escalas da Groundforce permitiu analisar<br />

a evolução da empresa face aos Standards IIP. Na perspetiva<br />

da Formação, de destacar as ações em Liderança (reforço das<br />

competências dos Líderes) e Serviço ao Cliente (melhoria das<br />

competências de atendimento ao Cliente), bem como a realização<br />

do primeiro Encontro <strong>Anual</strong> de Formadores destinado à partilha<br />

de experiências entre formadores das diversas áreas, bem como à<br />

identificação de pontos de melhoria no ciclo formativo da empresa<br />

e respetivo plano de ação.<br />

O quadro de FTE (Full Time Equivalent) verificou um decréscimo de<br />

3,5%, (2.041 FTE em 2010, sem escala de Faro, para 1.977 FTE em<br />

<strong>2011</strong>) face à média do ano anterior.<br />

O desempenho operacional<br />

Em <strong>2011</strong>, a Groundforce assistiu 81.944 movimentos, 14,4 milhões<br />

de passageiros e 107 mil toneladas de carga.<br />

No âmbito da qualidade de serviço, a Groundforce tem vindo a<br />

melhorar a sua performance operacional. O número de bagagens<br />

left behind decresceu de 23 em 2010, para 21 em <strong>2011</strong> e o tempo<br />

de entrega de bagagens atingiu, em <strong>2011</strong>, um valor médio de 19<br />

minutos, na entrega da primeira bagagem (janeiro a dezembro).<br />

De referir, ainda, uma ligeira melhoria do índice de pontualidade da<br />

Groundforce, de 98,8% em 2010, para 99,3% em <strong>2011</strong> (janeiro a<br />

dezembro).<br />

O desempenho económico<br />

O volume de negócios situou-se em 106,3 EUR milhões, menos<br />

2,6% que em 2010 (excluindo Faro), refletindo o comportamento<br />

geral do mercado, caracterizado por redução da atividade de<br />

alguns clientes e por utilização de aviões de menor porte, com<br />

impacto significativo na receita.


96 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Mesa da Assembleia Geral<br />

Presidente Dr. Luis Manuel da Silva<br />

Rodrigues<br />

Secretário Dr. Bernardo Accioly Molin<br />

Conselho de Administração<br />

Presidente Dr. Luis Manuel da Silva<br />

Rodrigues<br />

Vogal Eng.º Nestor Mauro Koch<br />

Vogal Dr.ª Maria Teresa da Silva Lopes<br />

Sede Social<br />

Estrada das Canárias, 1862<br />

21941-480 Rio de Janeiro / RJ<br />

Brasil<br />

Tel. +55 21 3383 2782<br />

Fax +55 21 3383 2047<br />

Email marketing@tapme.com.br<br />

Capital Social R$ 568.022.848<br />

Atividade Principal<br />

Manutenção de Aeronaves.<br />

<strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia Brasil, S.A.<br />

No desenvolvimento da sua atividade de revisão de Aeronaves e Componentes, a <strong>TAP</strong>–<br />

Manutenção e Engenharia Brasil dispõe de dois Centros de Manutenção, com localização<br />

na cidade do Rio de Janeiro (GIG) e em Porto Alegre (POA), abrangendo, no<br />

conjunto, uma área superior a 370.000 m 2 .<br />

A empresa possui uma capacidade produtiva superior a 1.600.000 HH ano, tendo sido<br />

certificada pelos principais órgãos certificadores internacionais (EASA; FAA; TCCA;<br />

ANAC), para efetuar a revisão geral em todos os modelos de aeronaves das frotas Airbus,<br />

Boeing e Embraer (Authorized Service Center), que operam na América do Sul, para além<br />

de mais de 17.000 P/Ns de Componentes aeronáuticos (Motores; Trens de Aterragem;<br />

Acessórios e Avionica).<br />

A <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia Brasil foi eleita, pelo 2º ano consecutivo, pela Imprensa<br />

Especializada, como a Melhor MRO do Brasil.<br />

Em <strong>2011</strong>, a <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia Brasil deu continuidade ao processo de<br />

desenvolvimento de ações, visando a melhoria de seu desempenho operacional. Assim,<br />

pela primeira vez, desde que incluída no universo <strong>TAP</strong>, conseguiu-se inverter a performance<br />

económica e operacional da empresa. O esforço tem dado resultados, tanto do<br />

lado das Receitas, como dos Custos, e mostra sinais claros de sustentabilidade da tendência.<br />

Nas Receitas, verificou-se uma ampliação e diversificação da carteira de clientes,<br />

que originaram um aumento de receita de R$ 125,6 milhões para R$ 144,2 milhões, equivalente<br />

a uma variação de +15%.<br />

Entretanto, verificou-se, em <strong>2011</strong>, novamente, uma queda significativa nas despesas<br />

financeiras, decorrente, principalmente, da consolidação do REFIS, com o respetivo<br />

impacto na redução das multas sobre o passivo tributário. O resultado financeiro negativo<br />

líquido melhorou, de R$ -42,8 milhões, em 2010, para R$ -32,9 milhões, em <strong>2011</strong>.<br />

Em dezembro de 2010, foi constituída uma provisão para reestruturação do quadro de<br />

pessoal, no valor R$ 5 milhões, referente aos custos de indemnizações. O conjunto das<br />

situações cobertas por esta provisão gerou uma redução do custo de pessoal da ordem<br />

de R$ 7 milhões, em <strong>2011</strong>, sem perda da capacidade produtiva. Adicionalmente, a companhia<br />

procedeu à criação de um novo programa de redução de despesas, compreendendo<br />

medidas de redução de desperdícios, renegociação de contratos, trocas de<br />

fornecedores, mudança do administrador do fundo de pensão dos empregados, e diversas<br />

ações, gerando uma economia de, aproximadamente, R$ 25 milhões.<br />

Para 2012, a companhia mantem a sua estratégia de redução de custos, existindo já um<br />

novo programa em vigor, com uma meta de R$ 20 milhões.


Desempenho Operacional<br />

Em <strong>2011</strong>, em função da maior ocupação no nível de atividade, verificou-se<br />

uma redução das despesas com a não ocupação de pessoal,<br />

para um valor de R$ 82,4 milhões, quando em 2010 aquele<br />

valor se situou em R$ 92,2 milhões. A estratégia de vendas para<br />

2012 procura, entre outros objetivos, a redução da não ocupação<br />

de pessoal desta unidade, que apresenta, em geral, os contratos<br />

com as melhores margens e, também, aumento da eficiência. No<br />

plano de produção para 2012, a empresa está a prever reduzir a não<br />

ocupação de pessoal, no último trimestre de 2012, a 30% da capacidade<br />

disponível, fechando o ano com um valor médio de 20%.<br />

Igualmente, na área de logística, prosseguem os esforços com vista<br />

a proceder à venda dos materiais em stock, cujo saldo, em dezembro<br />

de <strong>2011</strong>, se situou em R$ 203,8 milhões, valor que compara<br />

com R$ 227,8 milhões, no ano anterior. Neste sentido, são mantidos<br />

contactos constantes com potenciais clientes, sendo, com<br />

a mesma finalidade, realizadas negociações de lotes significativos,<br />

com preços mais atrativos, para os atuais clientes.<br />

O controlo dos resultados gerados por cada unidade de negócio<br />

da empresa tem sido aperfeiçoado, visando acelerar o processo<br />

de melhoria na rentabilidade dos respetivos contratos. Em <strong>2011</strong>, foi<br />

efetuada uma revisão dos critérios de rateios de custos, bem como<br />

a atualização dos custos de administração relevantes na formação<br />

do preço de venda, além de uma melhor identificação da não ocupação<br />

de pessoal em cada projeto.<br />

Resultados<br />

A companhia apresentou, em <strong>2011</strong>, perdas de R$ 146,5 milhões,<br />

a primeira evolução positiva desde a integração no universo <strong>TAP</strong>.<br />

A consolidação dos débitos do REFIS, prevista para o próximo<br />

ano, gerou uma redução efetiva do passivo tributário de R$ 124,1<br />

milhões. Esse evento irá proporcionar uma redução das despesas<br />

financeiras anuais futuras, no montante de R$ 14 milhões.<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 97<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong>


98 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Mesa da Assembleia Geral<br />

Presidente Dr.ª Alda Maria dos Santos Pato<br />

Secretário Dr. José Carlos Magalhães<br />

Ferreira<br />

Conselho de Administração<br />

Presidente Eng.º Fernando Abs da Cruz<br />

Souza Pinto<br />

Vogal Dr. Mário Marmelo Castanheira<br />

Guilherme<br />

Vogal Dr. Michael Anthony Conolly<br />

Fiscal Único<br />

Efetivo PricewaterhouseCoopers &<br />

Associados, SROC, Lda<br />

Sede Social<br />

Aeroporto de Lisboa<br />

Campus <strong>TAP</strong>, Edifício 25 – 8°<br />

1704–801 Lisboa<br />

Tel. +351 218 415 978<br />

Fax +351 218 416 666<br />

Capital Social EUR 2.500.000<br />

N.° de Contribuinte 503 986 798<br />

Atividade Principal<br />

Prestação de serviços de consultoria<br />

e de gestão de ordem comercial, estudos<br />

e preparação de contratos e apoio a operações<br />

de comércio internacional.<br />

<strong>TAP</strong>GER–Sociedade de Gestão e Serviços, S.A.<br />

A <strong>TAP</strong>GER tem por objeto o acompanhamento da gestão das suas empresas participadas,<br />

com incidência na respetiva performance económica e financeira, bem como<br />

a prestação de assistência e apoio às empresas Lojas Francas de Portugal, S.A. e<br />

Cateringpor–Catering de Portugal, S.A., em determinadas áreas, no âmbito do Joint<br />

Venture Agreement e do Technical Service Agreement, respetivamente.<br />

Durante o exercício de <strong>2011</strong>, a <strong>TAP</strong>GER, nas respetivas Assembleias Gerais de aprovação<br />

de contas de 2010 e, em conformidade com as orientações do acionista <strong>TAP</strong>, SGPS,<br />

S.A., procedeu à nomeação dos membros dos órgãos sociais que terminaram mandato<br />

a 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, tendo estes sido reeleitos quase na totalidade, com as<br />

seguintes exceções:<br />

+ Na Cateringpor–Catering de Portugal, S.A., para o triénio <strong>2011</strong>/2013, na Comissão de<br />

Vencimentos, o Dr. Vítor Paulo do Vale Vieira substitui o Dr. Mário Marmelo Castanheira<br />

Guilherme;<br />

+ Na MEGASIS–Sociedade de Serviços e Engenharia Informática, S.A., para o triénio<br />

<strong>2011</strong>/2013, a PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda. substitui o Fiscal<br />

Único Deloitte e Associados, SROC, S.A.;<br />

+ Na UCS–Cuidados Integrados de Saúde, S.A., para o quadriénio <strong>2011</strong>/2014, a<br />

PricewaterhouseCoopers & Associados, SROC, Lda. substitui o Fiscal Único Deloitte<br />

e Associados, SROC, S.A.;<br />

+ Na LFP–Lojas Francas de Portugal, S.A., foi ratificada a cooptação de um dos membros<br />

do Conselho de Administração.<br />

Os resultados do exercício, à semelhança do que já sucedeu no ano anterior, são apresentados<br />

com base no novo normativo contabilístico (IFRS). Nesta metodologia, são<br />

considerados como proveitos os dividendos recebidos no exercício em vez dos resultados<br />

do exercício das empresas que integram o grupo da holding <strong>TAP</strong>GER, os quais são<br />

geralmente superiores aos dividendos recebidos. Apesar disso, o resultado líquido da<br />

<strong>TAP</strong>GER, em <strong>2011</strong>, ainda apresenta um crescimento de cerca de 12%, relativamente ao<br />

resultado do ano de 2010, atingindo um valor da ordem de EUR 4,5 milhões.


LFP–Lojas Francas de Portugal, S.A.<br />

O ano <strong>2011</strong> foi, novamente, de sucesso para a LFP que viu, assim, fortemente reforçada<br />

a sua posição como ator principal no panorama do retalho aeroportuário nacional.<br />

Apesar da situação macroeconómica extremamente difícil, que o país e a Europa em<br />

geral atravessam, a empresa conseguiu alcançar níveis record, quer de receita quer de<br />

resultados. Esse crescimento decorre de uma estratégia baseada na expansão da atividade,<br />

no aumento das vendas numa perspetiva like for like, bem como na introdução de<br />

práticas de gestão, visando a permanente melhoria dos rácios de rentabilidade.<br />

Neste contexto global, a empresa obteve um crescimento de vendas totais de 6,5%,<br />

para um valor de EUR 143 milhões. Para este desempenho contribui, fortemente, a<br />

expansão da atividade ao aeroporto do Funchal, bem como o crescimento das vendas<br />

like for like, na ordem dos 2,2%. A conjugação deste crescimento de vendas com a<br />

constante melhoria de práticas de gestão, garantiu a obtenção de um Resultado Líquido<br />

de cerca de EUR 8,5 milhões, representando um crescimento de 15,3%, em relação a<br />

2010. Conseguiu-se, igualmente, uma melhoria substancial nos diversos rácios operacionais<br />

e financeiros, com destaque para o crescimento da margem de EBITDA, de 8,1%<br />

para 8,8%, situando-se, agora, este valor nos EUR 12,5 milhões. Contribuíram para este<br />

excelente resultado as medidas de otimização e racionalização da gestão iniciadas em<br />

anos anteriores, nomeadamente, o aumento das margens operacionais, das receitas<br />

adicionais e, principalmente, um rigoroso controlo de custos.<br />

Apesar do acentuado decréscimo de vendas em alguns aeroportos, no segundo semestre<br />

de <strong>2011</strong>, foi possível a obtenção do resultado, que agora se evidencia. Esta resiliência<br />

que a empresa apresenta advém do facto de se encontrar bem preparada para enfrentar<br />

variações no nível de atividade, tendo para esta eventualidade vindo a adotar diversas<br />

medidas de contenção de custos, e implementado um programa de acentuada melhoria<br />

de proveitos comerciais. Acresce, ainda, o facto de a empresa apresentar uma situação<br />

económico-financeira equilibrada, financiando a concretização do seu plano de investimentos<br />

com recurso a capitais próprios e sem necessidade de passivo bancário. Esta<br />

estrutura sólida permite à LFP enfrentar o futuro com otimismo, mesmo quando as perspetivas<br />

de crescimento económico e, especificamente, do tráfego aéreo, se apresentam<br />

relativamente conservadoras.<br />

Prosseguiu, ainda, a preparação do futuro, através da concretização de parte de um<br />

sólido plano de investimentos acordado com a ANA Aeroportos, tendo decorrido a<br />

reconstrução total da loja principal do aeroporto de Lisboa, bem como a construção de<br />

novos espaços comerciais em zonas do aeroporto, a inaugurar em 2012. Estas obras<br />

complexas tiveram, infelizmente, um impacto negativo na oferta comercial durante esse<br />

período, com reflexo numa acentuada quebra de vendas nesse aeroporto. O resultado<br />

do investimento é, no entanto, muito positivo do ponto de vista comercial, tendo-se lançado<br />

conceitos novos de retalho, e esperando-se, agora, que no futuro próximo se venha<br />

a confirmar a forte aposta feita na reconversão das lojas.<br />

Ainda, de salientar que, na presença de forte contração da economia, a LFP se constitui<br />

como criador líquido de emprego tendo em média, ao longo do ano, laborado com<br />

374 colaboradores contra 349, em 2010, criando deste modo 25 postos de trabalho.<br />

A empresa tem, consistentemente, ao longo dos últimos anos reforçado os seus quadros<br />

de pessoal contribuindo, assim, ativamente para o aumento do emprego no País, e<br />

gerando valor e riqueza, não só para os seus acionistas mas, também, para os seus colaboradores<br />

e para a sociedade, em geral.<br />

Como prova do seu bom desempenho, de referir a distinção atribuída, pela 2ª vez, pela<br />

prestigiada revista EXAME, como a Melhor Empresa no Setor de Retalho a operar em<br />

Portugal, em 2010, precedendo diversas multinacionais de elevado prestígio e notoriedade.<br />

Esta distinção veio juntar-se a outras, já anteriormente obtidas, como a empresa<br />

com o Maior volume de vendas por metro quadrado e o Maior volume de vendas por trabalhador,<br />

entre todas as empresas de distribuição moderna em Portugal, segundo os<br />

dados da APED–Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição.<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 99<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Mesa da Assembleia Geral<br />

Presidente Sr. Peter Christopher Wood<br />

Secretário Dr.ª Anabela Gomes Lopes<br />

Conselho de Administração<br />

Presidente Eng.° Luiz da Gama Mór<br />

Administrador-Delegado Dr. Nuno Filipe<br />

Martins do Amaral<br />

Vogal Sr. Alex Anson<br />

Vogal Sr. Andrea Belardini<br />

Vogal Dr. Luís António Domingos<br />

Fernandes Silvério Monteiro<br />

Conselho Fiscal<br />

Presidente Dr. José Vieira dos Reis<br />

Vogal Sr. Benjamin Harmstorf<br />

Vogal Dr.ª Maria de Fátima Castanheira<br />

Cortês Damásio Geada<br />

Revisor Oficial de Contas<br />

PricewaterhouseCoopers & Associados,<br />

SROC, Lda.<br />

Sede Social<br />

Aeroporto de Lisboa<br />

Rua C, Edifício 10, Piso 0<br />

1700–008 Lisboa<br />

Tel. +351 218 415 685<br />

Fax +351 218 415 373<br />

Email geral@lfp.pt<br />

Website www.lfp.pt<br />

Capital Social EUR 550.000<br />

N.° de Contribuinte 503 346 128<br />

Atividade Principal<br />

Exploração de Lojas de Vendas em<br />

Aeroportos e de Vendas a Bordo.<br />

Vendas de Mercadorias<br />

EUR milhões<br />

150<br />

120<br />

90<br />

60<br />

30<br />

0<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

2008<br />

2009<br />

2010<br />

<strong>2011</strong>


100 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Mesa da Assembleia Geral<br />

Presidente Dr.ª Alda Maria dos Santos Pato<br />

Secretário Dr. José Carlos Magalhães<br />

Ferreira<br />

Conselho de Administração<br />

Presidente Dr. Michael Anthony Conolly<br />

Administrador-Delegado Eng.° Eduardo Jorge<br />

Dias Rodrigues<br />

Vogal Dr.ª Maria dos Prazeres Nunes<br />

Ramalho Monteiro<br />

Fiscal Único<br />

Efetivo PricewaterhouseCoopers &<br />

Associados, SROC, Lda.<br />

Sede Social<br />

Aeroporto de Lisboa<br />

Campus <strong>TAP</strong>, Edifício 19<br />

1704–801 Lisboa<br />

Tel. +351 218 416 888<br />

Fax +351 218 416 344<br />

Email servico.cliente.megasis@tap.pt<br />

Website www.megasis.pt<br />

Capital Social EUR 500.000<br />

N.° de Contribuinte 502 199 210<br />

Atividade Principal<br />

Prestação de serviços no domínio<br />

do desenvolvimento e manutenção<br />

de software informático.<br />

Utilizadores dos serviços<br />

da <strong>TAP</strong>Net<br />

Utilizadores Totais<br />

2.750<br />

3.2503.9505.1507.000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

8.000<br />

8500<br />

15.213<br />

14.381<br />

12.700<br />

10.100<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

2008<br />

e>activity (search)<br />

milhares<br />

39.352<br />

52.361<br />

2009<br />

2010<br />

75.752<br />

2009 2010 <strong>2011</strong><br />

<strong>2011</strong><br />

MEGASIS–Sociedade de Serviços<br />

e Engenharia Informática, S.A.<br />

Apesar da instabilidade política e económica, do preço do combustível e dos desastres<br />

naturais, a indústria da aviação comercial mostrou a sua capacidade de adaptação e resiliência,<br />

prosseguindo, em <strong>2011</strong>, a recuperação iniciada em 2010. A <strong>TAP</strong> não constituiu<br />

exceção, tendo ultrapassado, pelo segundo ano consecutivo, o maior volume de passageiros<br />

da sua história. A Empresa manteve, contudo, a total observância das políticas de<br />

redução de custos que têm orientado a sua atuação, não esquecendo, no entanto, os<br />

seus compromissos e obrigações no âmbito da segurança, ambiente, responsabilidade<br />

social e qualidade do serviço prestado aos seus Clientes.<br />

A atividade da Megasis não podia deixar de ser influenciada pelos objetivos e decisões<br />

do seu acionista e principal cliente. A atenção da Megasis manteve-se, como sempre,<br />

concentrada no apoio prestado às empresas do Grupo, privilegiando, na sua atuação, a<br />

prestação de serviços de tecnologias de informação com a qualidade necessária à prossecução<br />

dos objetivos estratégicos do Grupo.<br />

A inovação, reconhecida como um fator determinante para garantir a manutenção da<br />

competitividade da <strong>TAP</strong>, teve, em <strong>2011</strong>, um ano em que ficou evidenciada, de uma forma<br />

bastante assinalável, a cultura empreendedora e inovadora da Empresa. Durante <strong>2011</strong>,<br />

foram prosseguidos, desta forma, diversos projetos em áreas consideradas fundamentais<br />

para a inovação dos processos de negócio das empresas do Grupo. Citam-se, como<br />

principais exemplos:<br />

+ A introdução da tecnologia de RFID – Radio Frequency IDentification – na oficina de<br />

reparação de motores. A utilização inovadora desta tecnologia permite rastrear as ferramentas<br />

e os componentes dos motores, durante o processo de manutenção, desde<br />

a sua desmontagem até à remontagem, criando eficiências operacionais, aumentando<br />

a fiabilidade e melhorando a qualidade global do processo;<br />

+ O início do desenvolvimento do portal do empregado, com o objetivo de facilitar e<br />

melhorar o relacionamento dos colaboradores com a Empresa, através da utilização<br />

de novas tecnologias;<br />

+ O desenvolvimento de aplicações de acesso para as plataformas IOS de smartphones<br />

e tablets. A solução resultante permitiu apresentar aos Clientes um novo canal, o qual<br />

apresenta, de uma forma integrada e inovadora, o conjunto de serviços mais utilizados<br />

no relacionamento do Cliente com a <strong>TAP</strong>.<br />

+ A aposta no e-Learning, com assinalável sucesso junto dos colaboradores e dos parceiros<br />

externos, os quais consideram a <strong>TAP</strong>, nesta matéria, como empresa de best<br />

practice na utilização das novas tecnologias na inovação do processo de formação.<br />

A <strong>TAP</strong> recebeu, neste contexto, o Prémio de Excelência em e-Learning atribuído pela<br />

PT Inovação.<br />

Tendo em vista o aumento do nível de satisfação das empresas do Grupo com o suporte<br />

tecnológico providenciado, a Megasis manteve a sua concentração, em <strong>2011</strong>, na implementação<br />

da arquitetura orientada a serviços, e na estruturação do relacionamento com<br />

as empresas do Grupo, em centros de negócio com competências e conhecimentos<br />

capazes de contribuírem, de forma muito mais notória e proativa, para a melhoria dos<br />

processos de negócio e da qualidade do serviço final prestado aos clientes.<br />

Para finalizar, não pode deixar de referir-se que a Megasis cumpriu os compromissos<br />

assumidos com o acionista, aumentando a produtividade, com base no aumento da<br />

qualidade e na quantidade dos serviços prestados e mantendo, concomitantemente, os<br />

níveis de competitividade da Empresa.


CATERINGPOR–Catering de Portugal, S.A.<br />

A operação da empresa manteve um perfil de forte correlação com a evolução do tráfego<br />

aéreo no aeroporto de Lisboa, nomeadamente com o comportamento e opções de produto<br />

do seu Cliente de referência, assim como com o dos outros transportadores que aí<br />

operam. Merece, ainda destaque a indiferença da atividade, perante o crescimento das<br />

operadoras low cost, cujas opções de serviço ao passageiro não se têm refletido em<br />

abastecimentos na escala de Lisboa.<br />

O acréscimo da competitividade fez-se sentir, com intensidade, na renegociação, em<br />

<strong>2011</strong>, de novos contratos com dois dos mais importantes Clientes, cuja renovação foi<br />

garantida. Foi, ainda, possível ampliar a carteira da empresa com a angariação de um<br />

novo operador no aeroporto de Lisboa. O crescimento da atividade foi da ordem dos<br />

3,1% no número de refeições, para sensivelmente o mesmo número de voos do ano<br />

anterior (+0,7%), crescimento esse suportado pelo aumento das atividades da <strong>TAP</strong>,<br />

TAAG e Air France, negativamente compensadas pela redução de voos, passageiros<br />

transportados e nalguns casos, pelo produto das restantes transportadoras.<br />

Prosseguiu, igualmente, a consolidação da implementação dos projetos de modernização<br />

de comunicações, melhoria de controlo e simplificação de processos, bem como a<br />

respetiva disponibilização e integração com os Clientes, contribuindo, deste modo, para<br />

uma efetiva melhoria de eficiência da cadeia de valor em que a empresa, enquanto fornecedor,<br />

se integra.<br />

Nº de refeições <strong>2011</strong> 2010 var. (%) var. abs.<br />

<strong>TAP</strong> 8.238.533 7.741.374 6,4% 497.159<br />

Outras companhias 1.348.631 1.559.110 -13,5% -210.479<br />

Total 9.587.164 9.300.484 3,1% 286.680<br />

Nº de voos servidos<br />

<strong>TAP</strong> 43.017 41.870 2,7% 1.147<br />

Outras companhias 8.138 8.913 -8,7% -775<br />

Total 51.155 50.783 0,7% 372<br />

Número de Refeições<br />

milhares<br />

1.559<br />

1.274 1.371<br />

1.349<br />

9.300<br />

8.611 8.426<br />

7.585<br />

6.909<br />

9.587<br />

1.250 1.406<br />

5.658 6.178<br />

7.337 7.055 7.741 8.239<br />

2006 2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong><br />

<strong>TAP</strong> Outras companhias<br />

Número de Voos Servidos<br />

milhares<br />

37,5<br />

7,7<br />

8,1<br />

40,0<br />

29,8<br />

31,9<br />

50,0 48,7<br />

7,7 8,2<br />

<strong>TAP</strong> Outras companhias<br />

50,8 51,2<br />

8,9 8,1<br />

42,3 40,5 41,9 43,0<br />

2006 2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong><br />

Grupo <strong>TAP</strong> 101<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Mesa da Assembleia Geral<br />

Presidente Dr.ª Alda Maria dos Santos Pato<br />

Secretário Dr. José Carlos Magalhães<br />

Ferreira<br />

Conselho de Administração<br />

Presidente Eng.° Luiz da Gama Mór<br />

Administrador-Delegado Dr. Mário José<br />

Santos de Matos<br />

Vogal Sr. Sílvio Canettoly<br />

Conselho Fiscal<br />

Presidente Dr.ª Maria de Fátima<br />

Castanheira Cortês Damásio Geada<br />

Vogal Dr. Miguel de Azeredo Perdigão<br />

Vogal PricewaterhouseCoopers &<br />

Associados, SROC, Lda<br />

Sede Social<br />

Aeroporto de Lisboa<br />

Rua C, Edifício 59<br />

1749–036 Lisboa<br />

Tel. +351 21 854 7100<br />

Fax +351 21 854 7199<br />

Email catering@cateringpor.pt<br />

Website www.cateringpor.pt<br />

Capital Social EUR 3.500.000<br />

N.° de Contribuinte 502 822 112<br />

Atividade Principal<br />

Confeção e comercialização de refeições<br />

e, também, a prestação de serviços<br />

e apoio logístico a aeronaves.


102 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Mesa da Assembleia Geral<br />

Presidente Dr.ª Alda Maria dos Santos Pato<br />

Secretário Dr. José Carlos de Azevedo<br />

Magalhães Ferreira<br />

Conselho de Administração<br />

Presidente Dr. Michael Anthony Conolly<br />

Administrador-Delegado Dr.ª Maria Helena<br />

Arrobas do Carmo Paiva Peixoto<br />

Vogal Dr.ª Orlanda do Céu Silva Sampaio<br />

Pimenta d’ Aguiar<br />

Fiscal Único<br />

Efetivo PricewaterhouseCoopers &<br />

Associados, SROC, Lda.<br />

Sede Social<br />

Aeroporto de Lisboa<br />

Edifício 35<br />

Apartado 8426<br />

1804–001 Lisboa<br />

Tel. +351 218 436 300<br />

Fax +351 218 436 310<br />

Email ucs@ucs.pt<br />

Website www.ucs.pt<br />

Capital Social EUR 500.000<br />

N.° de Contribuinte 503 486 647<br />

Atividade Principal<br />

Prestação de cuidados clínicos ambulatórios<br />

(consultas, exames complementares<br />

de diagnóstico e tratamentos); exercício<br />

da atividade de segurança, higiene<br />

e saúde no trabalho; certificação médica<br />

de pilotos e controladores de tráfego<br />

aéreo; consultoria em organização<br />

e gestão de serviços de prestação<br />

de cuidados de saúde.<br />

UCS–Cuidados Integrados de Saúde, S.A.<br />

Durante <strong>2011</strong> a UCS continuou a aprofundar a sua atividade no âmbito da prevenção e<br />

promoção da saúde, bem como de consultoria permanente ao Grupo <strong>TAP</strong>.<br />

O Programa Saúde Mais encontra-se no terreno desde 2010 e, articulando-se sempre<br />

com as intervenções de âmbito estritamente ocupacional, tem-se estendido às famílias e<br />

a âmbitos tão diversificados como ações nas áreas da nutrição saudável, da prevenção<br />

do cancro da pele, ou até da preparação para o parto.<br />

A consultoria permanente ao Grupo <strong>TAP</strong> traduz-se num apoio específico que, em tempo<br />

útil, suporta todo o tipo de decisões e questões operacionais com envolvência de saúde.<br />

Este apoio decorre de uma diferenciação aeronáutica altamente especializada que, em<br />

cada instante, procura harmonizar requisitos técnicos, bem como requisitos e constrangimentos<br />

regulamentares nacionais e internacionais, com as necessidades próprias do<br />

Grupo. Assumem particular relevância os ganhos daí recorrentes, de índole operacional,<br />

de imagem e eficácia junto do passageiro e, ainda, em termos de prevenção de obstáculos<br />

organizacionais e operacionais.<br />

O progressivo conhecimento da operação e da dinâmica do negócio do Grupo, permite<br />

à UCS desenvolver a sensibilidade e acuidade necessárias para a problemática e especificidade<br />

do mesmo, que tornam os seus aportes de consultoria, neste âmbito, únicos<br />

no mercado.<br />

A prestação direta de serviços de saúde constitui a outra grande vertente da atividade da<br />

UCS. Desde 2010, tem acompanhado a tendência de não crescimento, que se observa<br />

nos serviços de saúde não estatais, em geral. Esta vertente inclui atos clínicos multifacetados,<br />

nomeadamente, as consultas médicas e outras, os exames auxiliares de diagnóstico<br />

e os atos terapêuticos. Estes serviços, além do aporte especializado em áreas<br />

sensíveis para a operação, proporcionam, também, uma acessibilidade significativa para<br />

a resolução de problemas urgentes, com mais-valias de proximidade e de tempo.<br />

Outra atividade, com grande relevância para o cumprimento de obrigações regulamentares<br />

e desenvolvimento do potencial humano do Grupo, relaciona-se com a formação<br />

em áreas da saúde e segurança. Cada vez mais, tais atividades são reguladas e auditadas,<br />

pelo que as intervenções, neste domínio, aumentam em criticidade. A UCS, neste<br />

âmbito, tem feito evoluir a sua prestação, no sentido da adaptação constante às novas<br />

realidades, com objetivos de eficácia e obtenção de elevados níveis de qualidade.<br />

Também, o cumprimento legal da vigilância de saúde dos trabalhadores e as ações de<br />

Segurança do Trabalho foram assegurados, desenvolvendo-se, igualmente, vários projetos,<br />

e levando-se a cabo auditorias e uma monitorização constante das condições de<br />

trabalho.<br />

Com acuidade crescente, a UCS procurou, em <strong>2011</strong>, potenciar as vantagens de localização<br />

e de sensibilidade única para a operação do Grupo. Estas mais-valias deverão continuar<br />

a ser otimizadas e desenvolvidas em articulação íntima com as diferentes áreas do<br />

cliente <strong>TAP</strong>, na prossecução de ganhos de saúde para os trabalhadores, bem como de<br />

acréscimos funcionais para as organizações que integram o Grupo.<br />

Atividade Clínica<br />

Atos Clínicos<br />

160.000<br />

140.000<br />

120.000<br />

100.000<br />

80.000<br />

60.000<br />

40.000<br />

20.000<br />

0<br />

2000<br />

2001<br />

2002<br />

2003<br />

2004<br />

2005<br />

2006<br />

2007<br />

2008<br />

2009<br />

2010<br />

<strong>2011</strong><br />

Exames Complementares de Diagnóstico<br />

Atos Terapêuticos<br />

Consultas


Grupo <strong>TAP</strong> 103<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong>


104 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

GESTÃO DO RISCO<br />

O processo de gestão do risco<br />

O Modelo de risco que tem vindo a ser desenvolvido e implementado<br />

na Empresa, procura, cada vez mais, fazer apelo a uma<br />

visão transversal da gestão de risco, tendo por base a abordagem<br />

COSO (Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway<br />

Commission), sendo complementada por uma abordagem focada<br />

no risco operacional, cujos owners da gestão de risco são os próprios<br />

responsáveis das áreas.<br />

Impact vs. Probability<br />

High<br />

I<br />

M<br />

P<br />

A<br />

C<br />

T<br />

Low<br />

Share<br />

Accept<br />

Medium risk<br />

PROBABILITY<br />

Mitigate & Control<br />

Control<br />

High risk<br />

Low risk Medium risk<br />

High<br />

A Empresa tem mantido, igualmente, uma atuação proativa nas<br />

vertentes de monitorização, através de processos de follow up efetivos<br />

das Auditorias desenvolvidas e respetivas recomendações,<br />

bem como na vertente de comunicação dos findings de auditoria e<br />

respetivo acompanhamento, em concordância total com as melhores<br />

práticas referenciadas pelo Institute of Internal Auditors e que<br />

fazem parte integrante do Modelo COSO.<br />

O Processo de Risk Assessment no seio do Grupo engloba um conjunto<br />

de práticas de identificação, análise, avaliação, tratamento e<br />

reporte dos principais riscos. Constitui-se como parte integrante do<br />

estilo de gestão requerido pelo Grupo aos seus Colaboradores, em<br />

linha com as boas práticas internacionais de governance do risco<br />

e em conformidade com os requisitos legais e regulatórios, tendo<br />

em consideração as diversas exigências regulatórias operacionais,<br />

nacionais e internacionais e, ainda, correspondendo às expectativas<br />

e exigências dos stakeholders internos e externos do Grupo.<br />

Modelo COSO<br />

Internal Environment<br />

Objective Setting<br />

Event Identification<br />

Risk Assessment<br />

Risk Response<br />

Control Activities<br />

Information & Communication<br />

Monitoring<br />

SUBSIDIARY<br />

BUSINESS UNIT<br />

DIVISION<br />

ENTITY-LEVEL<br />

(Committee of Sponsoring Organizations of the<br />

Treadway Commission)<br />

Com um enfoque, cada vez maior, numa análise com a vertente<br />

quantitativa devidamente suportada, tendo por base<br />

a probabilidade de ocorrência do evento e o impacto daí<br />

decorrente, em termos de consequência para a área e para<br />

a organização.<br />

Fatores de risco e a sua gestão<br />

+ Risco operacional (Segurança | Safety)<br />

Segurança – Modelo de atuação pelo qual a possibilidade de<br />

dano, para pessoas e bens é minimizada ou eliminada, através<br />

de um processo contínuo de identificação de situações com<br />

perigosidade potencial e da gestão do respetivo risco associado.<br />

+ Risco de natureza económica e financeira<br />

Sistemas de monitorização e controlo dos riscos, e consequentes<br />

impactos, decorrentes do comportamento dos mercados<br />

financeiros e da economia.<br />

+ Risco de tecnologias de informação<br />

Processo que identifica as vulnerabilidades e ameaças aos sistemas<br />

de informação utilizados pelas organizações para processar<br />

o seu negócio, e decide quais as medidas a adotar para reduzir<br />

o risco associado, levando em consideração a respetiva relação<br />

custo/benefício.<br />

+ Risco de incêndio–prevenção<br />

Sistema de gestão de Risco de Incêndio, explosão e derrames<br />

de produtos químicos. Integra os Planos de Segurança Internos,<br />

a Formação contínua dos Colaboradores, os manuais de proteção<br />

contra atmosferas explosivas (Manuais ATEX), os Exercícios<br />

de simulacro baseados em cenários de risco e um plano de<br />

Auditorias internas.


+ Risco de Manutenção e Engenharia<br />

A Gestão de Risco na <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia é inerente<br />

e está integrada nas responsabilidades definidas no âmbito das<br />

certificações aeronáuticas e acreditações detidas (1) que são obrigatórias<br />

para a garantia da continuidade da sua atividade.<br />

(1) EASA Parte 145 (Organizações de Manutenção); EASA Parte M<br />

(Aeronavegabilidade Continuada); NP EN ISO 9001:2008 (Sistemas de Gestão da<br />

Qualidade), entre outras.<br />

+ Risco de saúde e segurança do trabalho<br />

Sistema de gestão de riscos ligados à atividade profissional, que<br />

tem por base um programa sistematizado de identificação e avaliação<br />

dos riscos para a saúde e a segurança do trabalho, a respetiva<br />

valoração, e implementação de medidas de controlo, por<br />

forma a assegurar e melhorar a saúde e a segurança do trabalho<br />

na Empresa.<br />

Gestão do risco financeiro<br />

Aspetos gerais<br />

A gestão de risco financeiro foi em <strong>2011</strong>, mais ainda do que em<br />

anos anteriores, uma das pedras angulares da gestão do Grupo,<br />

dado o contexto de crescentes dificuldades da economia e comportamento<br />

adverso dos mercados financeiros. Num clima geral<br />

em que as empresas foram sendo crescentemente pressionadas<br />

entre a quebra da atividade económica e a subida dos custos de<br />

exploração, e num contexto financeiro de forte restrição de crédito<br />

por parte da banca nacional e internacional, o Grupo tentou encontrar<br />

as soluções mais adequadas para manter a estabilidade financeira<br />

indispensável ao prosseguimento da sua atividade.<br />

Risco de preço<br />

Os riscos associados ao comportamento da procura incrementaram<br />

consideravelmente durante o ano, na sequência do clima<br />

de forte instabilidade vivido pela economia europeia, com a progressiva<br />

desaceleração do PIB europeu ao longo do ano e com<br />

a ameaça de impactos negativos dessa situação para o conjunto<br />

da economia mundial. O comportamento da economia europeia foi<br />

sobremaneira determinado pelo alastrar da crise das dívidas públicas,<br />

com subidas constantes de juros nos leilões de obrigações<br />

soberanas, e nos mercados secundários, quer nos países intervencionados<br />

como Grécia e Portugal, quer em Espanha, Itália e<br />

Bélgica. As principais variáveis económicas, desde o consumo ao<br />

investimento e desde o emprego aos salários e impostos, refletiram<br />

de forma violenta as políticas de correção estrutural do endividamento<br />

dos países mais endividados, e continuaram ainda condicionadas<br />

pelas dificuldades de financiamento extremas que se<br />

verificaram. A economia portuguesa em particular esteve por diversas<br />

ocasiões, ao longo do ano, sob pressão dos mercados financeiros,<br />

tendo sido intervencionada pelo FMI/BCE/UE em maio. As<br />

medidas orçamentais, fiscais e salariais postas em prática tiveram<br />

como corolário lógico uma significativa contração do PIB, de intensidade<br />

próxima do verificado em 2009. A todo este cenário de dificuldades<br />

juntou- se o choque energético, com uma média do preço<br />

do petróleo para o conjunto do ano idêntica à registada em 2008.<br />

Em resumo, verificou-se num mesmo ano a conjugação de uma<br />

significativa retração da atividade, a segunda em 3 anos, com um<br />

novo choque petrolífero, o segundo em 4 anos.<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 105<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

A par destes desenvolvimentos, os mercados emergentes conseguiram<br />

manter uma dinâmica que contrastou com a dos mercados<br />

desenvolvidos. Não obstante, de 2010 para <strong>2011</strong>, a economia brasileira,<br />

o mercado externo mais importante da <strong>TAP</strong>, registou uma<br />

desaceleração do crescimento do PIB, ainda assim com um crescimento<br />

salutar do consumo interno. Também os mercados africanos,<br />

em particular Angola, que representa grande parte das vendas<br />

de África, se mantiveram dinâmicos.<br />

As vendas de passagens no mercado nacional representam um<br />

pouco mais da quarta parte do total de vendas, e os restantes mercados<br />

europeus cerca de 37% do total, representando a Europa<br />

em conjunto pouco menos de 2/3 do total de receita voada. O<br />

Brasil disputa com o mercado português a liderança em termos<br />

de vendas, também próximo de 25% do total. África representa<br />

receita um pouco superior a 6% do total de vendas. O mercado dos<br />

EUA tem um peso acima de 3% e o da Venezuela acima dos 2%.<br />

Esta distribuição das vendas refere-se a valores efetivamente voados<br />

pela <strong>TAP</strong>, expurgados portanto de vendas que não resultaram<br />

em transporte por parte da <strong>TAP</strong>. Por exemplo algum tráfego das<br />

rotas brasileiras com origem em diversos pontos não servidos pela<br />

<strong>TAP</strong> é vendido por esta, mas só o troço intercontinental de ligação<br />

a Portugal se materializa em receita efetiva. As vendas no mercado<br />

brasileiro são desse modo, por norma, mais elevadas que os valores<br />

voados, existindo ganhos comerciais para além dos proveitos<br />

de passagens.<br />

Apesar dos diferentes ritmos das economias das múltiplas áreas<br />

geográficas onde a <strong>TAP</strong> opera, o crescimento da atividade de<br />

transporte aéreo, a nível global e em cada mercado, está também<br />

muito dependente da política comercial e da política de preços praticada,<br />

bem como da oferta programada para cada um dos mercados<br />

em cada época IATA, o que condiciona load factors e yields.<br />

Refira-se a este nível, e em termos globais, que o tráfego premium,<br />

por exemplo, apresentou crescimento acima da média em receita<br />

efetiva no ano (embora com redução do número de bilhetes vendidos),<br />

tal como as tarifas mais baixas, tendo-se reduzido significativamente<br />

as tarifas da classe intermédia. Do efeito conjugado da<br />

oferta programada, com os respetivos ajustamentos ao longo do<br />

ano, das diversas tarifas praticadas, e da intensidade da procura<br />

registada em cada mercado resultam os principais valores e indicadores<br />

da atividade de transporte aéreo. Globalmente, a tarifa média<br />

registou uma subida, de 2010 a <strong>2011</strong>, tendo o load factor global<br />

crescido para um nível médio acima de 75%. A atividade global<br />

medida pelo número de passageiros-quilómetros utilizados, subiu,<br />

no ano, aproximadamente 10%, tendo a receita efetiva subido em<br />

percentagem equivalente. A nível da Europa, registaram-se crescimentos<br />

de atividade e receita elevados, à exceção de Portugal,<br />

mercado onde a desaceleração da atividade e da receita se fizeram<br />

sentir com mais intensidade. No mercado brasileiro, o crescimento<br />

da receita foi robusto, a dois dígitos, tendo a receita subido mais<br />

do que a atividade (medida por passageiro-quilómetro utilizado)<br />

e do que o número de passageiros. Os mercados africanos apresentaram<br />

um crescimento de receita bastante diverso de mercado<br />

para mercado, com o crescimento de Angola a ser, em parte, contrariado<br />

pela redução de receita de Moçambique e África do Sul,<br />

tendo esta última linha sido mesmo encerrada. EUA e Venezuela,<br />

por seu turno, cresceram significativamente.


106 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Refira-se ainda que, a nível de receitas de carga, por contraponto<br />

à receita de passagens, a distribuição das vendas por mercados<br />

tem um peso relativo menor no Brasil, enquanto nos EUA o peso<br />

da carga é muito superior ao das passagens. A Europa, incluindo<br />

Portugal, pesa quase 80% a nível da carga e África (contabilizada<br />

como mercado emissor, ou seja no sentido África-Portugal) tem<br />

ainda uma expressão diminuta nestas vendas. Em termos gerais,<br />

a atividade da carga cresceu, registando um comportamento positivo<br />

face ao ano anterior, a nível de receita, incluindo nesta a receita<br />

de sobretaxas de combustível, embora o volume transportado<br />

tenha sido inferior, fruto da crise económica.<br />

No cômputo global, tendo presente o complexo clima económico<br />

vivido, os resultados da atividade e proveitos do Grupo resultantes<br />

da sua atividade principal foram claramente positivos, podendo<br />

referir-se que a internacionalização e a diversificação de mercados<br />

continuam a ser uma arma importante no combate aos riscos de<br />

mercado do Grupo.<br />

Risco cambial<br />

A despeito de toda a instabilidade registada nos mercados financeiros<br />

e dos níveis elevados do preço das matérias-primas, o comportamento<br />

do eurodólar acabou por não apresentar excessiva<br />

volatilidade ao longo do ano. Em início e fim do ano, que corresponderam<br />

às fases de maior tensão na crise da dívida europeia, o euro<br />

enfraqueceu e situou-se em torno de 1,30, tendo registado uma<br />

subida a 1,40–1,45 em meados do ano, numa fase de maior acalmia<br />

dos mercados. Também face ao real brasileiro se verificou uma<br />

subida do euro na ordem de 10% a meio do ano, para 2,50, com<br />

uma baixa posterior para 2,25 em final do ano. Em qualquer caso,<br />

as volatilidades nos mercados cambiais foram menores do que as<br />

verificadas nos anos anteriores.<br />

Mais de metade das vendas de passagens aéreas da <strong>TAP</strong> são realizadas<br />

na área do euro, divididos de forma equilibrada entre Portugal<br />

e restantes países da zona euro e ainda incluindo mercados africanos<br />

com divisas em paridade fixa com o euro. Para além das vendas<br />

em euros, as vendas em outras divisas europeias, libras, franco<br />

suíço, divisas nórdicas e do leste europeu representam aproximadamente<br />

10% do total da receita de passagens. Na generalidade,<br />

e à exceção do franco suíço, as várias divisas europeias depreciaram-se<br />

face ao euro em meados do ano, tendo-se revalorizado em<br />

final do ano, quando o euro voltou a cair.<br />

As vendas no mercado brasileiro têm subjacente um cálculo tarifário<br />

em dólares, e em conjunto com o mercado norte-americano e<br />

com Angola implicam uma exposição, direta e indireta, ao dólar, no<br />

montante de aproximadamente 1/3 do total.<br />

Existe ainda exposição da receita, embora marginal, a outras divisas,<br />

como o bolívar, o metical, entre outras.<br />

Do lado dos custos, a principal fonte de exposição a risco cambial<br />

advém da fatura com combustíveis que, neste ano, tal como no<br />

anterior, sofreu um aumento muito significativo, com níveis médios<br />

de preços muito elevados. Ao contrário dos preços, sempre altos<br />

ao longo de todo o ano, a volatilidade foi menor do que em anos<br />

anteriores. A fatura com combustíveis aproximou-se de mil milhões<br />

de dólares e superou o valor record de 2008, acima dos EUR 700<br />

milhões, representando uma proporção muito significativa do total<br />

de custos do Grupo. A exposição ao dólar decorrente dos custos<br />

com combustíveis, adicionada de outras rúbricas menos importantes<br />

com encargos denominados em dólares, como leasings operacionais,<br />

de custos com manutenção, compra de equipamentos<br />

sobresselentes, ou de formação como simulador de voo, taxas de<br />

navegação e aeroportuárias, e seguros, gerou no ano uma exposição<br />

líquida global ao dólar. No que se refere à dívida, também<br />

o montante denominado em dólares subiu, em final de ano, face<br />

ao ano anterior, pela contração de uma nova operação de leasing<br />

financeiro em dólares, representando agora o peso total do dólar no<br />

passivo remunerado cerca de 13% face, aos 3% de 2010.<br />

Risco de taxa de juro<br />

Num cenário de desaceleração generalizada das economias dos<br />

países desenvolvidos, as taxas de juro diretoras dos principais bancos<br />

centrais mantiveram-se baixas, ou mesmo próximas de zero,<br />

como nos Estados Unidos. Na zona euro, as taxas oficiais subiram<br />

em meados do ano de 1% para 1,5% mas voltaram ao nível de 1%<br />

em final de ano. As taxas de mercado replicaram muito de perto<br />

este movimento, em particular a euribor a 3 meses. A despeito<br />

destas políticas de estímulo monetário, o seu alcance constituiu


apenas uma pequena ajuda num mar alteroso de dificuldades nos<br />

mercados financeiros. Por um lado, os mercados obrigacionistas<br />

europeus sofreram um período verdadeiramente tumultuoso, com<br />

as taxas de juro de diversos países a sofrerem enormes subidas, no<br />

caso português, de 7% em início do ano para 14% em final do ano<br />

nas taxas da dívida pública a 10 anos. Por outro lado, e como resultado<br />

das enormes tensões vividas nos mercados obrigacionistas<br />

e consequentes dificuldades de refinanciamento dos Estados e dos<br />

bancos, verificou-se uma contração brusca do crédito disponível,<br />

em particular nos países intervencionados, ou com déficits públicos<br />

elevados, provocando fortes subidas de margens no crédito<br />

a empresas ainda com acesso a financiamentos, e para a grande<br />

maioria, em especial PMEs, a quase impossibilidade de acesso<br />

ao crédito.<br />

Neste quadro de adversidade, também no Grupo se registaram<br />

subidas de spreads nas linhas de curto prazo existentes. O facto<br />

de as linhas de curto prazo representarem apenas cerca de 6%<br />

do passivo remunerado do Grupo permitiu, de novo, neste ano,<br />

minimizar o impacto negativo das revisões de margens praticadas<br />

pelos bancos. Por outro lado, o facto de se terem concretizado<br />

diversas operações financeiras de médio e longo prazo ao longo do<br />

ano de 2010 permitiu, igualmente, limitar a necessidade de recurso<br />

a novos empréstimos. Somente em final do ano se tornou aconselhável<br />

concretizar uma operação de financiamento que se tornou<br />

necessária, dado o consumo de recursos financeiros adicionais<br />

provocados pela alta, muito pronunciada e prolongada, do preço<br />

dos combustíveis. Consistiu esta operação num conjunto de leasings<br />

financeiros internacionais a médio prazo, em dólares, envolvendo<br />

9 aviões de médio e longo curso, propriedade da <strong>TAP</strong> após<br />

o terminus de diversos leasings de longo prazo.<br />

O endividamento global do Grupo tem-se mantido em torno de<br />

EUR 1,2 mil milhões, desde o ano transato, embora com flutuações<br />

decorrentes dos timings de amortização e renegociação de<br />

dívida, bem como resultantes da utilização de novos financiamentos.<br />

A exposição a taxa fixa e flutuante alterou-se, no ano, face ao<br />

ano anterior, passando a parcela a taxa variável de 46%, em 2010,<br />

para 42%, no ano, subindo a proporção a taxa fixa para 58% em<br />

final de ano, alteração essa que se deveu sobretudo à contração<br />

dos novos leasings. A margem média da dívida continua a manter-se<br />

em níveis moderados, embora tenha subido por força das<br />

novas operações e das significativas revisões em alta de spread em<br />

linhas de curto prazo. O prazo médio ponderado da dívida em final<br />

de ano era de 3 anos, assumindo nessa estimativa o reembolso<br />

das linhas de crédito em vigor durante o decurso de 2012. Caso<br />

isso não suceda e as linhas de curto prazo mantenham alguma<br />

permanência, a duração média dos financiamentos será superior.<br />

Excluídas as linhas de crédito, com um peso pouco significativo<br />

no quadro da dívida total, os montantes programados de reembolso<br />

dos empréstimos e leasings financeiros de médio e longo<br />

prazo estão distribuídos de forma equilibrada durante os próximos<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 107<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

6 anos, de 2012 a 2017, excetuando-se o ano de 2015, com a liquidação<br />

bullet de uma operação contraída em 2010, no montante de<br />

EUR 52 milhões. A dívida existente continua a ter um prazo máximo<br />

até 2020.<br />

Risco de preço de combustível<br />

Ao contrário do ano de 2010, em que uma proporção muito significativa<br />

do consumo de combustível foi objeto de hedging, em <strong>2011</strong><br />

tal não sucedeu, em parte devido à subida intempestiva de preços<br />

registada em final de 2010, e sobretudo em início do ano, aparentemente<br />

despoletada pelas revoltas nos vários países do norte<br />

de África e Médio-Oriente. Mesmo depois de passada a fase mais<br />

crítica da primavera árabe e da guerra na Líbia, outros fatores de<br />

instabilidade continuaram a afetar os mercados petrolíferos, com<br />

destaque, em final de ano, para a tensão militar crescente entre Irão<br />

e Estados Unidos, o que contribuiu para manter um elevado spread<br />

de risco geopolítico no preço do petróleo.<br />

A agravar a fatura de combustível do Grupo estiveram presentes,<br />

também, outros fatores como o aumento de consumo devido ao<br />

incremento da operação, em cerca de 5%, e o comportamento do<br />

euro que, ao contrário de ocasiões anteriores de subida do preço<br />

do petróleo, registou uma subida mais limitada, tendo atingido picos<br />

muito inferiores aos registados em 2008, por exemplo. A subida<br />

média do preço do jet fuel em dólares, medida pelo referencial de<br />

mercado da Platts, foi de 40% face ao ano anterior, depois de já em<br />

2010 se ter registado uma subida média de 30% do preço médio<br />

face a 2009. O preço médio do combustível de avião no ano foi de<br />

1.015 usd/tonelada, ligeiramente acima do valor médio registado<br />

em 2008, aquando do último choque petrolífero. Muito embora os<br />

máximos de <strong>2011</strong> tenham ficado aquém dos níveis extremos ocorridos<br />

em meados de 2008, próximos de 1.500 usd/tonelada, já os<br />

valores mínimos do ano (cerca de 850 usd/ton), se situaram muito<br />

acima dos mínimos de 2008 (nos 450 usd/ton), conduzindo a um<br />

resultado médio muito semelhante para o conjunto do ano.<br />

A sensibilidade da exploração do Grupo a esta componente da<br />

estrutura de custos continua muito elevada, mantendo-se os níveis<br />

estimados de repercussão de aumentos de preço nas contas do<br />

Grupo com o impacto seguinte: para um consumo padrão de 900<br />

mil toneladas por ano, uma subida do custo da tonelada de jet fuel<br />

provoca, por cada 100 usd, um agravamento de custos de USD<br />

90 milhões, equivalente a um agravamento de EUR 70 milhões na<br />

exploração, considerando um câmbio de 1,30 no eurodólar.<br />

De referir que, além das atuações em mercado decorrentes das<br />

oportunidades que as oscilações de mercado possam proporcionar,<br />

existem ainda defesas endógenas do Grupo face ao risco<br />

de preço, embora de impacto limitado, que consistem na modulação<br />

das sobretaxas de combustível. Estas sobretaxas representam<br />

presentemente um valor com alguma expressão na receita,<br />

mas claramente insuficiente para mitigar o efeito da alta de preços,


108 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

como se pode constatar com o seu aumento de 2010 para <strong>2011</strong>,<br />

aproximadamente EUR 50 milhões, muito inferior ao aumento de<br />

custo registado.<br />

Para o ano de 2012 foram levadas a cabo, em final de ano, diversas<br />

operações de cobertura de preço que deverão mitigar o impacto<br />

de novas subidas das cotações nos primeiros meses de 2012. Os<br />

contrapartes nestas operações apresentavam no ano ratings da<br />

S&P entre BB e A+.<br />

A exposição ao preço do combustível é, ao nível dos custos, o fator<br />

mais importante gerador de exposição cambial do Grupo (especialmente<br />

quando as cotações do combustível estão elevadas) dado<br />

que o mercado de jet fuel é denominado em dólares e o combustível<br />

é a principal rúbrica de custos variáveis. Uma baixa considerável<br />

no preço do combustível, por seu turno, reduz significativamente a<br />

exposição líquida do Grupo ao Dólar<br />

Risco de crédito e de liquidez<br />

Possivelmente, nunca o risco associado a níveis de liquidez baixos<br />

foi tão grande para as empresas portuguesas como no ano<br />

de <strong>2011</strong>. As dificuldades de financiamento da economia portuguesa<br />

e europeia bem como as exigências de desalavancagem das<br />

instituições bancárias nacionais por força da implementação do<br />

memorando assinado pelo governo português com o FMI/BCE/CE<br />

determinaram restrições drásticas ao crédito disponível às empresas<br />

nacionais. A crise das dívidas soberanas esteve presente como<br />

pano de fundo dos mercados de capitais ao longo de todo o ano,<br />

repercutindo-se em elevadíssimas taxas de juro de longo prazo e<br />

em indicadores de risco de incumprimento a níveis record, tal como<br />

os Credit Default Swap da República Portuguesa, que subiram de<br />

500 pontos base em início do ano para 1.000 pontos base no final<br />

do ano. Outros mercados, como o de ações, foram também penalizados<br />

em Portugal, em boa parte desvalorizados pelos títulos da<br />

banca, setor muito atingido pela própria crise de dívida soberana.<br />

Além das dificuldades de financiamento verificadas no ano, que<br />

se somaram às dificuldades crescentes de obtenção de financiamento<br />

já registadas em anos anteriores, a tesouraria das empresas<br />

foi ainda claramente pressionada em resultado do duplo choque<br />

da retração económica e da alta de preços de combustível, o que<br />

exigiu da gestão de tesouraria uma redobrada prudência e atenção,<br />

bem como a aceitação de custos marginais de financiamento<br />

mais elevados do que seria aceitável em condições de estabilidade<br />

dos mercados.<br />

Embora registando sazonalidade e descontinuidades, resultantes<br />

da atividade e da calendarização das amortizações de dívida, e<br />

resultantes ainda da contração das novas operações, a liquidez do<br />

Grupo permitiu manter o normal funcionamento de toda a atividade<br />

e ainda alimentar o esforço de expansão do transporte aéreo, além<br />

de acomodar a realização de investimentos indispensáveis, alguns<br />

dos quais imprevistos, a nível de reatores de reserva, por exemplo.<br />

Manteve-se ainda o esforço de tesouraria necessário ao financiamento<br />

das atividades do Grupo que se têm revelado deficitárias<br />

nos últimos anos. No que se refere à aplicação dos montantes<br />

disponíveis como excedentes de liquidez do Grupo, verificou-se<br />

ao longo do ano uma saudável diversificação na sua colocação<br />

entre os diversos contrapartes, tirando partido ainda da significativa<br />

competição registada entre entidades bancárias nesta matéria,<br />

procurando-se ainda mitigar o efeito adverso das descidas de<br />

rating verificadas na banca nacional em geral.<br />

No que se refere ainda à gestão das operações de financiamento<br />

no longo e no curto prazo, esta teve ainda, entre outras, a preocupação<br />

de manter uma razoável diversificação das entidades<br />

financiadoras, nacionais e estrangeiras, tendo-se verificado alguma<br />

recomposição no portfolio de contrapartes bancários, em função<br />

das dificuldades próprias de algumas entidades nacionais. Por<br />

exemplo, a nível de recebíveis ligados às vendas em Portugal, utilizados<br />

como colateral de linha de curto prazo em vigor, foram estes<br />

afetos a nova operação negociada em meados do ano com nova<br />

instituição financeira do mercado português.<br />

Além da gestão financeira no curto e longo prazo e da gestão de<br />

tesouraria, também no âmbito da gestão do ativo circulante foi<br />

sendo dado um acompanhamento rigoroso à monitorização das<br />

posições de clientes e à repercussão dos efeitos da crise económica<br />

na qualidade creditícia destes, tendo sido possível limitar o<br />

agravamento, por exemplo, das provisões a um valor pouco significativo<br />

para a dimensão da atividade.


Grupo <strong>TAP</strong> 109<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong>


110 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

DESEMPENHO<br />

ECONÓMICO-FINANCEIRO<br />

DO GRUPO <strong>TAP</strong><br />

Alterações na estrutura do Grupo<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, foram incluídas nas demonstrações financeiras as seguintes empresas subsidiárias:<br />

+ <strong>TAP</strong>–Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A.<br />

+ Transportes Aéreos Portugueses S.A. (<strong>TAP</strong>, S.A.)<br />

+ <strong>TAP</strong>GER–Sociedade de Gestão e Serviços, S.A. e empresas subsidiárias:<br />

CATERINGPOR–Catering de Portugal, S.A.<br />

L.F.P.–Lojas Francas de Portugal, S.A.<br />

U.C.S.–Cuidados Integrados de Saúde, S.A.<br />

MEGASIS–Sociedade de Serviços e Engenharia Informática, S.A.<br />

+ PORTUGÁLIA–Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A. (PORTUGÁLIA)<br />

+ AERO–LB, Participações, S.A. (AERO–LB)<br />

+ AEROPAR, Participações, S.A. (AEROPAR) e empresa subsidiária:<br />

<strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. (ex-VEM)<br />

Subsidiárias são todas as entidades sobre as quais o Grupo tem<br />

o poder de decisão em relação às políticas financeiras e operacionais,<br />

geralmente representado por mais de metade dos direitos<br />

de voto. A existência e o efeito dos direitos de voto potenciais<br />

que sejam correntemente exercíveis ou convertíveis são considerados<br />

quando se avalia se o Grupo detém o controlo sobre outra<br />

entidade. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas,<br />

correspondentes à participação de terceiros nas mesmas, são<br />

apresentados nas rúbricas de interesses não controlados, respetivamente,<br />

na posição financeira consolidada em linha própria no<br />

capital próprio e na demonstração consolidada dos resultados.<br />

Em <strong>2011</strong>, o Grupo procedeu a uma reestruturação das empresas<br />

brasileiras, tendo sido efetuada a cisão da Aero–LB, Participações,<br />

S.A. que, parcialmente foi incorporada na <strong>TAP</strong>–Manutenção e<br />

Engenharia Brasil. O remanescente deu origem à Aeropar, detida<br />

a 99% pela <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. e a 1% pela Portugália. A <strong>TAP</strong>, SGPS,<br />

S.A. passou a deter uma participação direta de 51% na <strong>TAP</strong>–<br />

Manutenção e Engenharia Brasil, sendo que a Aeropar passou a<br />

deter 47,64% daquela subsidiária.<br />

É utilizado o método de compra para contabilizar a aquisição de<br />

subsidiárias. O custo de uma aquisição é mensurado pelo justo<br />

valor dos bens entregues, dos instrumentos de capital emitidos e<br />

dos passivos incorridos, ou assumidos na data de aquisição, adicionados<br />

dos custos diretamente atribuíveis à aquisição. Os ativos<br />

identificáveis adquiridos e os passivos e passivos contingentes<br />

assumidos numa concentração empresarial são mensurados, inicialmente,<br />

ao justo valor na data de aquisição, independentemente<br />

da existência de interesses não controlados. O excesso do custo<br />

de aquisição, relativamente ao justo valor da parcela do Grupo<br />

dos ativos e passivos identificáveis adquiridos, é registado como<br />

Goodwill. As subsidiárias são consolidadas, pelo método integral,<br />

a partir da data em que o controlo é transferido para o Grupo. Se<br />

o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos<br />

da subsidiária adquirida (Goodwill negativo), a diferença é reconhecida<br />

diretamente na Demonstração dos Resultados, na rubrica<br />

Outros Rendimentos e Ganhos. As transações internas, saldos,<br />

ganhos não realizados em transações e dividendos distribuídos<br />

entre empresas do Grupo são eliminados. As perdas não realizadas<br />

são também eliminadas, exceto se a transação revelar evidência<br />

de imparidade de um ativo transferido.<br />

Foram consideradas Associadas todas as entidades sobre as<br />

quais o Grupo exerce influência significativa, mas não possui controlo,<br />

geralmente com investimentos representando entre 20% a<br />

50% dos direitos de voto.<br />

Foi qualificada como associada a seguinte entidade:<br />

+ SPdH–Serviços Portugueses de Handling, S.A. (SPdH)<br />

A SPdH encontra-se classificada com associada, dado que a<br />

AdC impôs, até à venda, que a gestão da empresa seja efetuada<br />

por um mandatário de gestão, que age em nome da Autoridade<br />

da Concorrência, gerindo a SPdH de forma independente do<br />

Grupo <strong>TAP</strong>.<br />

Os investimentos em empresas associadas são contabilizados<br />

pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com o<br />

método de equivalência patrimonial, as participações financeiras<br />

são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo valor


correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais<br />

próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas, e pelos<br />

dividendos recebidos. As diferenças entre o custo de aquisição e<br />

o justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis<br />

da associada na data de aquisição, se positivas, são reconhecidas<br />

como Goodwill e mantidas na respetiva rúbrica. Se essas<br />

diferenças forem negativas, são registadas como proveito do período<br />

na rubrica Ganhos e Perdas em empresas associadas. É feita<br />

uma avaliação dos investimentos em associadas quando existem<br />

indícios de que o ativo possa estar em imparidade, sendo registadas<br />

como custo as perdas por imparidade que se demonstrem<br />

existir, também, naquela rúbrica. Quando as perdas por imparidade<br />

reconhecidas em exercícios anteriores deixam de existir, são<br />

objeto de reversão, à exceção do Goodwill. Quando a participação<br />

do Grupo nas perdas da associada iguala ou ultrapassa o seu<br />

investimento nestas sociedades, o Grupo deixa de reconhecer perdas<br />

adicionais, exceto se tiver incorrido em responsabilidades ou<br />

efetuado pagamentos em nome destas. Os ganhos não realizados<br />

em transações com as associadas são eliminados na extensão da<br />

participação do Grupo nas mesmas. As perdas não realizadas são,<br />

também, eliminadas, exceto se a transação revelar evidência de<br />

imparidade de um bem transferido.<br />

As demonstrações financeiras consolidadas do Grupo anexas<br />

foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais<br />

de Relato Financeiro adotadas pela União Europeia (IFRS – anteriormente<br />

designadas Normas Internacionais de Contabilidade<br />

– IAS), emitidas pelo International Accounting Standards Board<br />

(IASB) e Interpretações emitidas pelo International Financial<br />

Reporting Interpretations Committee (IFRIC), ou pelo anterior<br />

Standing Interpretations Committee (SIC), em vigor à data da preparação<br />

das referidas demonstrações financeiras.<br />

Situação Económica<br />

Resultados consolidados do Grupo <strong>TAP</strong><br />

Para a Indústria do Transporte Aéreo, considerando a difícil conjuntura<br />

que as economias ocidentais enfrentam, poderá afirmar- se<br />

que o mercado de transporte aéreo se comportou, em <strong>2011</strong>, de<br />

uma forma moderadamente positiva, embora caracterizado por<br />

acentuados contrastes. Assim, verificou-se, ao longo do ano,<br />

um relativo crescimento do mercado de transporte de passageiros,<br />

embora com tendência de abrandamento, a partir do início<br />

do 2º semestre, evidenciando o impacto do progressivo enfraquecimento<br />

da confiança dos consumidores. Contrariamente, o<br />

mercado de transporte de carga, após meses consecutivos de<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 111<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

contração, indiciou uma subida, já no final do ano <strong>2011</strong>. Entretanto,<br />

embora numa conjuntura de abrandamento económico, o elevado<br />

nível dos preços do petróleo continuou a comprometer a rentabilidade<br />

da Indústria, um comportamento que se acentuou, nos últimos<br />

meses do ano, na sequência de receios de perturbações do<br />

lado da oferta, associados ao aumento das tensões geopolíticas<br />

no Médio Oriente.<br />

No âmbito das empresas da holding <strong>TAP</strong>, regendo-se pela sua linha<br />

de orientação estratégica, prosseguiu-se no sentido de promover<br />

o aumento da rentabilidade das atividades da respetiva esfera de<br />

intervenção, suportando este objetivo na permanente melhoria da<br />

qualidade associada às diversas vertentes do serviço prestado, na<br />

diferenciação do produto oferecido, na adoção das melhores práticas<br />

e no reforço da simplificação de processos, bem como no<br />

aumento persistente dos níveis de produtividade. Por outro lado,<br />

foi prosseguida uma atuação incisiva sobre a globalidade dos custos<br />

acionáveis, verificando-se a continuidade da implementação de<br />

um adequado programa de redução de custos e de otimização<br />

de receitas, integrando um conjunto diversificado de medidas, de<br />

efeito transversal a todo o grupo de empresas do universo <strong>TAP</strong>, a<br />

vigorar até 2012.<br />

O desempenho consolidado ao nível da globalidade das empresas<br />

do Grupo, no entanto, revelou-se negativo, tendo a <strong>TAP</strong> SGPS<br />

finalizado <strong>2011</strong> com um resultado líquido dos detentores do capital<br />

da empresa-mãe no valor de EUR -76,8 milhões, menos EUR 19,7<br />

milhões que os EUR -57,1 milhões registados em 2010.<br />

Contribuíram para aquele desempenho os resultados apurados<br />

para as empresas Groundforce, com EUR -11,1 milhões,<br />

e AEROPAR – empresa detentora de 47,64% do capital da <strong>TAP</strong><br />

–Manutenção e Engenharia Brasil, com EUR -2,9 milhões, tendo<br />

a empresa <strong>TAP</strong>, S.A. registado um resultado positivo, no valor de<br />

EUR 3,1 milhões. O resultado antes de impostos totalizou EUR<br />

-64,5 milhões, valor que representa uma variação de EUR -20,1<br />

milhões, face aos EUR -44,4 milhões verificados em 2010.<br />

Resultados consolidados do Grupo <strong>TAP</strong><br />

EUR milhões<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Rendimentos e Ganhos Operacionais 2.478,6 2.351,1<br />

Resultado antes de Impostos<br />

Resultado Líquido dos detentores do capital<br />

(64,5) (44,4)<br />

da empresa-mãe (76,8) (57,1)<br />

Resultado Líquido dos interesses não controlados 4,6 4,2


112 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Rendimentos e Ganhos Operacionais<br />

<strong>2011</strong><br />

Resultados Operacionais<br />

Ao nível operacional (antes de gastos de financiamento e impostos),<br />

a Empresa registou EUR -18,1 milhões, um valor inferior, em<br />

EUR 17,6 milhões ao montante verificado em 2010.<br />

Encargo com Combustíveis<br />

<strong>TAP</strong>, S.A.<br />

EUR milhões<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

var.<br />

(abs.)<br />

Total 716,9 522,9 193,9<br />

Efeito Preço – – 166,4<br />

Efeito Quantidade – – 28,7<br />

85,9% Vend. e Prest. Serv.<br />

Transporte Aéreo<br />

6,2% Vend. e Prest. Serv.<br />

Manutenção e Engenharia<br />

6,3% Vend. e Prest. Serv. Outros<br />

1,5% Outros<br />

0,1% Subsídios à Exploração<br />

De referir, com<br />

impacto relevante<br />

na expressão do<br />

resultado, o comportamento<br />

dos preços<br />

do combustível,<br />

mantendo-se em ní-<br />

veis elevados, de<br />

forma permanente,<br />

ao longo de todo<br />

o ano. De salientar, que o encargo com Combustíveis, oscilando,<br />

no período entre 2001 e 2003, num intervalo compreendido entre<br />

EUR 140 milhões e EUR 150 milhões, representou, em <strong>2011</strong>, um<br />

valor na ordem dos EUR 716,9 milhões para a empresa <strong>TAP</strong>, S.A.,<br />

mais 37,1% que em 2010, equivalendo esta evolução a EUR 193,9<br />

milhões, sendo EUR 166,4 milhões (ou seja, mais 31,8%, que em<br />

2010), atribuíveis ao efeito preço.<br />

O total de gastos e perdas operacionais, não incluindo depreciações,<br />

amortizações e leasings de avião e sobressalentes, cifrou-se<br />

em EUR 2.320,7 milhões, mais EUR 165,5 milhões, ou seja, mais<br />

7,7% do que em 2010. Excluído o encargo com o Combustível,<br />

aquela variação situou-se em -1,7%.<br />

O total de rendimentos e ganhos operacionais atingiu EUR 2.478,6<br />

milhões, montante que compara com EUR 2.351,1 milhões do ano<br />

anterior, ou seja mais 5,4%. No total de vendas e serviços prestados,<br />

verificou-se um acréscimo de EUR 123,4 milhões, mais 5,3%<br />

que o valor atingido no ano transato. Este resultado deveu- se,<br />

principalmente, ao comportamento dos proveitos gerados pelo<br />

Transporte Aéreo que registaram um incremento de EUR 137,6<br />

milhões (+6,9%). Nos proveitos de Manutenção e Engenharia verificou-se<br />

uma redução de EUR 23,0 milhões (-13,0%), tendo as<br />

outras prestações de serviços, decorrentes de atividades complementares<br />

ao core business da Empresa, apresentado, igualmente,<br />

um desempenho positivo, com um incremento de EUR 8,8 milhões<br />

(+6,0%).<br />

Gastos e Perdas Operacionais<br />

<strong>2011</strong><br />

Resultado Operacional consolidado<br />

do Grupo <strong>TAP</strong><br />

EUR milhões<br />

47,1% Custo das merc. vend.<br />

e serv. cons. e Form. e serv.<br />

externos exceto combustível<br />

30,2% Combustível<br />

22,1% Custos com o Pessoal<br />

0,6% Outros<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Rendimentos e Ganhos Operacionais 2.478,6 2.351,1<br />

Vendas e serviços prestados 2.438,9 2.315,5<br />

Transporte Aéreo 2.128,3 1.990,7<br />

Manutenção e Engenharia 154,8 177,9<br />

Outras vendas e serviços prestados 155,8 146,9<br />

Subsídios à exploração 3,3 4,6<br />

Ganhos e perdas em associadas (11,1) (44,1)<br />

Outros rendimentos e ganhos 47,6 75,1<br />

Gastos e Perdas Operacionais (2.372,2) (2.212,5)<br />

Custo das mercadorias vendidas e das matérias<br />

consumidas (188,3) (175,8)<br />

Fornecimento e serviços externos exceto<br />

combustível (930,2) (922,0)<br />

Combustível (716,9) (522,9)<br />

Gastos com pessoal (524,0) (559,7)<br />

Outros 19,1 13,0<br />

Outros gastos e perdas (31,9) (45,0)<br />

Gastos/reversões de depreciação<br />

e de amortização (122,2) (138,6)<br />

Imparidade de ativos depreciáveis/<br />

amortizáveis (perdas/reversões) (2,4) (0,4)<br />

Resultado Operacional (antes de gastos<br />

de financiamento e impostos) (18,1) (0,4)<br />

O total registado em ganhos e perdas em empresas associadas<br />

situou-se em EUR -11,1 milhões, um valor que corresponde,<br />

essencialmente, ao prejuízo do exercício da empresa SPdH.<br />

Na perspetiva dos custos, as rúbricas relacionadas com a aquisição<br />

de materiais e serviços consumidos, excluindo combustível,<br />

registou um incremento de EUR 20,6 milhões, mais 1,9%<br />

que em 2010. O total de gastos com pessoal atingiu EUR 524,0<br />

milhões, ou seja, menos EUR 35,8 milhões que no ano anterior,<br />

como reflexo das variações verificadas na globalidade das respetivas<br />

rúbricas, designadamente, em remunerações do pessoal e em<br />

outros gastos com o pessoal.


Formação Bruta de Capital Fixo<br />

EUR milhões<br />

400<br />

300<br />

200<br />

100<br />

0<br />

300,9<br />

316,3<br />

32,3<br />

Resultados Financeiros<br />

A despesa financeira líquida cifrou-se em EUR 46,4 milhões, refletindo<br />

um agravamento na ordem dos EUR 2,4 milhões, relativamente<br />

ao resultado de 2010. O comportamento registado na<br />

função financeira foi, principalmente, influenciado pelo incremento<br />

verificado em juros suportados.<br />

EBITDAR<br />

Os meios libertos de exploração para fazer face a encargos financeiros<br />

e de investimentos, medidos pelo EBITDAR (Resultados<br />

antes de Juros, Impostos, Amortizações e Rendas de leasings de<br />

frota), atingiram EUR 158,2 milhões, menos EUR 34,2 milhões que<br />

em 2010.<br />

Situação Financeira<br />

17,2 10,1<br />

2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong><br />

<strong>2011</strong><br />

O total do Ativo consolidado da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. ascendeu a<br />

EUR 1.982 milhões, enquanto o grau de utilização dos Ativos,<br />

expresso pelo rácio entre o Volume de Negócios e o total do Ativo<br />

da Empresa, atingiu 1,23.<br />

Em <strong>2011</strong>, no âmbito do Grupo <strong>TAP</strong>, o total da Formação Bruta de<br />

Capital Fixo atingiu EUR 10,1 milhões. Este valor reflete, essencialmente,<br />

os investimentos com a aquisição de material de reserva,<br />

rotáveis e equipamento de reator para as frotas aéreas, bem como<br />

na aquisição de equipamentos de placa, catering, manutenção,<br />

e informáticos, hardware e software. De destacar, ainda, naquele<br />

montante, o investimento referente à empresa <strong>TAP</strong>–Manutenção e<br />

Engenharia Brasil, relativo a reformas nos prédios em Porto Alegre<br />

e, também, no Rio de Janeiro.<br />

A análise dos indicadores económico-financeiros evidencia uma<br />

Situação Líquida da Empresa na ordem dos EUR -343,2 milhões,<br />

traduzindo um agravamento, face a 2010, de EUR 78,4 milhões.<br />

Refira-se, ainda, a existência de interesses não controlados no valor<br />

de EUR 7,8 milhões, relativos às empresas LFP–Lojas Francas de<br />

Portugal e Cateringpor.<br />

O capital da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. é composto por 1.500.000 ações<br />

nominativas, com o valor de EUR 10 cada, e é detido, integralmente,<br />

pela Parpública–Participações Públicas, SGPS, S.A.,<br />

empresa detida a 100% pelo Estado Português.<br />

58,2% Equip. Básico (Aviões+Rot. React. Reserva+Máq.<br />

e Apar. Diversa)<br />

12,2% Edifícios e Out. Construções<br />

1,0% Equip. de Transporte<br />

15,2% Equip. Administrativo<br />

13,4% Outros (Out.+Activos Intangíveis+Imob.<br />

em Curso+Ferram. e Utens.)<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 113<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

O total do Passivo da <strong>TAP</strong>, SGPS, S.A. situou-se em EUR 2.325,2<br />

milhões, sendo de EUR 1.333,1 milhões o valor relativo ao Passivo<br />

Não Corrente, e de EUR 992,1 milhões o valor referente ao Passivo<br />

Corrente, que representa, atualmente, 42,7% do total do Passivo,<br />

menos 2,0 p.p. que em 2010.<br />

No que refere à estrutura do endividamento, empréstimos bancários<br />

e locação financeira, no final de <strong>2011</strong>, o total atingiu EUR<br />

1.230,9 milhões. Os compromissos relativos a dívida remunerada<br />

corrente, com o valor de EUR 245,2 milhões, representavam<br />

19,9% do total, mais 0,4 p.p. que em 2010.


114 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

PERSPETIVAS<br />

PARA 2012<br />

Ao longo dos últimos meses de <strong>2011</strong>, as<br />

tensões subjacentes à crise da dívida soberana<br />

na área do euro passaram a envolver<br />

um conjunto cada vez mais alargado de países,<br />

reforçando a sua natureza sistémica, ao<br />

mesmo tempo que se assistiu a uma desaceleração<br />

da atividade económica, a nível<br />

global. Na presença da deterioração das<br />

condições financeiras e de um incremento<br />

do grau de incerteza, as perspetivas de<br />

crescimento atenuaram-se, situando-se as<br />

previsões para a evolução da economia global,<br />

em 2012, na ordem dos +3,3%, após<br />

um crescimento de 3,8% em <strong>2011</strong>.<br />

Esta deterioração do enquadramento<br />

macroeconómico centra-se, essencialmente,<br />

nas economias avançadas, onde<br />

se espera que o crescimento caia para<br />

1,2%, de 1,6% em <strong>2011</strong>, num quadro em<br />

que os receios sobre a sustentabilidade da<br />

dívida soberana na área do euro se têm tornado<br />

mais abrangentes, e em que a taxa<br />

de desemprego em muitas economias da<br />

OCDE permanece significativamente elevada.<br />

Nas economias de mercado emergentes,<br />

também afetadas negativamente,<br />

espera-se, no entanto, que o crescimento<br />

económico, embora mais moderado, se<br />

mantenha com valores robustos, da ordem<br />

dos 5,4%, sob o efeito da compensação do<br />

impacto negativo da contração da procura<br />

externa, pela tendência de expansão da<br />

procura interna.<br />

O crescimento económico nas principais<br />

economias avançadas deverá, contudo,<br />

apresentar-se com um comportamento diferenciado.<br />

Assim, é esperada uma aceleração<br />

da atividade económica no Japão para<br />

1,7%, de -0,9% em <strong>2011</strong>, enquanto nos<br />

EUA se deverá manter nos 1,8%; por sua<br />

vez, no Reino Unido perspetiva-se uma nova<br />

diminuição do ritmo de crescimento do PIB,<br />

para um valor da ordem dos 0,6%.<br />

Relativamente aos Estados Unidos, a procura<br />

interna continua a evidenciar uma<br />

recuperação bastante moderada, tendo<br />

a probabilidade de recessão aumentado<br />

ligeiramente. No entanto, a implementação<br />

de medidas orçamentais expansionistas<br />

poderá revelar-se positiva no curto prazo,<br />

exigindo, contudo, um plano de consolidação<br />

orçamental, que garanta a sustentabilidade<br />

da dívida pública norte-americana, a<br />

médio e longo prazos.<br />

Na área do euro, é expectável que a economia<br />

entre em recessão, embora moderada,<br />

em 2012, como resultado do incremento<br />

verificado nas taxas de juro soberanas, dos<br />

efeitos de desalavancagem do setor bancário<br />

na economia real, bem como, ainda,<br />

do impacto da consolidação fiscal adicional,<br />

anunciada pelos governos dos países<br />

da zona euro.<br />

Relativamente a Portugal, as projeções<br />

apontam para a manutenção do quadro<br />

recessivo que caracterizou a economia portuguesa<br />

ao longo de <strong>2011</strong>, no contexto do<br />

ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos,<br />

que a marcaram ao longo da<br />

última década. Assim, perspetiva-se uma<br />

redução do PIB, em 2012, da ordem dos<br />

3,4%, uma evolução sem precedente na<br />

economia portuguesa que, traduzindo uma<br />

expressiva contração da procura interna,<br />

tanto pública como privada, se apresenta<br />

fortemente condicionada pela adoção de<br />

medidas de consolidação orçamental, no<br />

âmbito do Orçamento de Estado para 2012<br />

(OE2012). A forte contração da procura<br />

interna é acompanhada por um crescimento<br />

significativo das exportações, o qual não<br />

é, no entanto, suficiente para compensar o<br />

impacto do ajustamento dos níveis de procura<br />

por parte dos agentes residentes, num<br />

quadro de desalavancagem do setor privado<br />

e de consolidação orçamental.<br />

Esta evolução da atividade económica em<br />

Portugal determinará um afastamento do<br />

produto per capita, face à média da área<br />

do euro. Contudo, a redução continuada da<br />

procura interna, tanto pública como privada,<br />

e o crescimento das exportações, implicando<br />

uma redução do peso da procura<br />

interna no PIB, apresentar-se-á determinante<br />

para um padrão de despesa agregada<br />

fundamental para assegurar as condições


de solvabilidade da dívida externa, um dos<br />

requisitos necessários para o regresso da<br />

posição de investimento internacional a uma<br />

trajetória sustentável.<br />

Refira-se, no entanto, que estas projeções<br />

estão rodeadas de grande incerteza associada,<br />

nomeadamente, à evolução futura<br />

das tensões financeiras à escala global<br />

e, em particular, à resposta institucional à<br />

crise da dívida soberana na área do euro.<br />

Adicionalmente, as vulnerabilidades observadas<br />

em algumas economias de mercado<br />

emergentes, a volatilidade nos mercados<br />

financeiros e nos preços de matérias-primas<br />

e algumas tensões geopolíticas, poderão,<br />

também, comprometer a evolução da atividade<br />

económica a nível mundial.<br />

Relativamente ao Setor do Transporte<br />

Aéreo, o maior risco para a rentabilidade<br />

das companhias de aviação durante o ano<br />

de 2012 é, sem dúvida, a crise económica<br />

que resultaria da incapacidade dos governos<br />

para resolver a crise da dívida soberana<br />

da zona euro. Segundo a IATA, perante<br />

o clima de crescentes tensões no contexto<br />

macro económico, mesmo que tomadas<br />

todas as medidas adequadas por parte<br />

das entidades responsáveis – BCE, FMI e<br />

os governos dos países –, não seria possível<br />

evitar uma recessão de curta duração<br />

na Europa, a que acresce a tendência<br />

de subida no nível de preço esperado do<br />

fuel, contribuindo para que a expetativa de<br />

lucros da Indústria, em 2012, se situe na<br />

ordem dos USD 3 mil milhões. Esta previsão<br />

para 2012 tem subjacente uma divergência<br />

acentuada do desempenho financeiro entre<br />

as diversas regiões. Assim, as companhias<br />

europeias tenderão a ser as mais atingidas<br />

pela recessão dos seus mercados internos,<br />

sendo expectável um cenário de perdas na<br />

região. Entretanto, desempenhos contrastantes<br />

são esperados por parte das companhias<br />

aéreas norte-americanas, onde<br />

cortes à capacidade oferecida permitem<br />

proporcionar alguma proteção à respetiva<br />

rentabilidade. Na Ásia, esperam-se lucros<br />

expressivos, suportados por elevados coeficientes<br />

de ocupação decorrentes da expansão<br />

do mercado doméstico Chinês.<br />

Prefigura-se, no entanto, como um risco<br />

muito significativo, a entrada da crise da<br />

dívida soberana na zona do euro numa espiral<br />

incontrolável, gerando uma crise no setor<br />

financeiro e um mais generalizado enfraquecimento<br />

económico. Estimativas produzidas<br />

com base num relatório publicado recentemente,<br />

pela OCDE, sobre a avaliação deste<br />

risco, apontam para que as perdas globais<br />

da Indústria possam atingir os USD 8,3 mil<br />

milhões. O continente Europeu seria o mais<br />

afetado, restando dúvidas se, neste cenário,<br />

qualquer região seja capaz de evitar perdas.<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 115<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Por outro lado, na vertente dos custos,<br />

perspetiva-se a existência de uma continuada<br />

pressão sobre a rentabilidade das<br />

companhias aéreas, sendo expectável, em<br />

particular, a manutenção, em níveis elevados,<br />

do preço de combustível de avião,<br />

uma rubrica que, em <strong>2011</strong>, representou, já,<br />

para a <strong>TAP</strong>, S.A., 33,8% do total de Gastos<br />

Operacionais da empresa, mais 7,0 p.p. que<br />

em 2010.<br />

Ainda, de referir em 2012, a entrada<br />

num período caracterizado pelo<br />

incremento do número de taxas,<br />

que irão incidir sobre os passageiros,<br />

com a aplicação à aviação das<br />

medidas contidas no Comércio<br />

Europeu de Licenças de Emissão<br />

(CELE), destinado a abranger a<br />

totalidade dos voos com partida ou<br />

chegada à União Europeia.<br />

As companhias aéreas transportam cerca<br />

de 3 mil milhões de pessoas por ano, e<br />

mais de um terço do valor dos bens que são<br />

comercializados internacionalmente é transportado<br />

por via aérea. Fazer chegar pessoas<br />

e bens aos seus destinos da forma mais eficiente<br />

melhora a competitividade, sendo<br />

determinante que os países adotem uma<br />

visão estratégica da indústria do transporte<br />

aéreo, que reconheça o seu valor como


116 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

um catalisador para o crescimento económico.<br />

Investimentos em infraestruturas que<br />

possibilitem às aeronaves operações com<br />

mínimo de atraso, utilizações mais eficientes<br />

de combustível e menores emissões de<br />

carbono, através de melhores rotas, representam<br />

contributos importantes a permitir<br />

alcançar, de forma integral, os benefícios<br />

económicos da aviação e, desta forma, promover<br />

um crescimento sustentado da economia,<br />

a nível global.<br />

Para a <strong>TAP</strong>, na perspetiva de um cenário de<br />

conjuntura caracterizada por aumento de<br />

desemprego, adensamento de pressões<br />

sociais e diminuição do poder de compra,<br />

a que acrescem as tendências de subida<br />

das taxas de juro e dos preços do combustível,<br />

a Empresa propõe-se, em 2012, continuar<br />

a assumir como principal objetivo o<br />

crescimento sustentado dos resultados do<br />

Grupo <strong>TAP</strong>, enfrentando os desafios e não<br />

abdicando de uma visão de longo prazo<br />

na construção do seu futuro. Neste sentido,<br />

constitui-se como seu primeiro desígnio<br />

alcançar a maximização da rentabilidade<br />

dos seus diferentes negócios, com vista a<br />

possibilitar, de forma sustentada, a sua trajetória<br />

de consolidação de resultados líquidos<br />

positivos e de criação de valor.<br />

Com níveis superiores de concorrência,<br />

a que acresce a adoção de<br />

estratégias que possibilitem ajustamentos<br />

rápidos a mudanças súbitas<br />

nos mercados, como sejam<br />

uma crescente sofisticação no<br />

plano comercial, a diversificação<br />

das receitas, o desenvolvimento<br />

de segmentos robustos ou um progressivo<br />

esforço de escala, o ano<br />

de 2012 prefigura-se como mais<br />

um ano de exigentes desafios.<br />

Assim, perspetiva-se, como necessário,<br />

prosseguir na consolidação da estratégia<br />

seguida pela Empresa, num cenário de<br />

crescimento limitado e promovendo a otimização<br />

e flexibilização da sua estrutura organizativa<br />

e de custos. Neste sentido, a <strong>TAP</strong><br />

propõe-se continuar uma atuação incisiva<br />

sobre a globalidade dos custos acionáveis,<br />

por forma a verificar-se a continuação da<br />

implementação do programa de redução de<br />

custos e de otimização de receitas, a vigorar<br />

até 2012, fundamentado numa visão focada<br />

no Cliente e numa organização interna baseada<br />

nas melhores práticas. Prevê-se, ainda,<br />

continuar a perseguir a melhoria comercial,<br />

privilegiando uma estratégia de consolidação<br />

do crescimento efetuado em anos<br />

recentes, e prosseguindo o esforço na estimulação<br />

do load factor, com intensificada<br />

agressividade comercial.<br />

Por outro lado, representando a exploração<br />

de novos mercados uma ferramenta fundamental<br />

para a consolidação da Empresa<br />

a nível internacional, de referir, como objetivo<br />

para 2012, a criação de novas ligações.<br />

De destacar, neste âmbito, o início da operação<br />

para novos destinos de médio curso<br />

com elevado potencial, diversificando a<br />

rede europeia e alargando a visibilidade<br />

da <strong>TAP</strong>, enquanto companhia de tráfego<br />

de ligação entre a Europa e Brasil e África.<br />

Perspetiva-se, assim, em junho, o início das<br />

operações para Berlim e para Turim, possibilitando<br />

estas novas rotas incrementar o<br />

número de ligações semanais entre Portugal<br />

e a Alemanha, e Portugal e Itália, num<br />

esforço centrado na exploração de nichos<br />

específicos de mercado.<br />

Ainda, considerando-se como indissociável<br />

do futuro da Companhia a qualidade do serviço<br />

prestado aos seus passageiros, constitui-se<br />

como objetivo da <strong>TAP</strong>, para 2012,<br />

prosseguir a respetiva melhoria com suporte<br />

em inovação tecnológica, promovendo,<br />

paralelamente, a utilização eficiente e eficaz<br />

dos meios existentes. Na mesma linha,<br />

mantém-se o empenhamento da Empresa<br />

em continuar a persecução de esforços, no<br />

sentido da melhoria do seu posicionamento,<br />

quer na vertente da pontualidade, quer no<br />

que refere a irregularidades de bagagem.<br />

Ainda, num reforço do papel da <strong>TAP</strong> como<br />

montra mundial da essência portuguesa,<br />

em vertentes como a cultura, a gastronomia<br />

ou a enologia, continuarão em 2012<br />

no serviço a bordo dos aviões, as criações<br />

gastronómicas de seis dos mais reputados<br />

chefes de cozinha de Portugal, apresentando<br />

ao mundo o caracter único da cozinha<br />

portuguesa.<br />

No âmbito da constituição das frotas, na<br />

sequência de um clima económico e social<br />

adverso, não se encontram previstas quaisquer<br />

alterações estruturais, tanto na frota da<br />

<strong>TAP</strong>, como na da PGA, para o ano de 2012.<br />

Ao longo deste ano, e aplicando uma política<br />

de continuidade, serão desenvolvidas<br />

iniciativas, relativamente à cabina dos aviões,<br />

visando melhorar o serviço prestado<br />

ao Cliente. De destacar, neste âmbito, a<br />

instalação de um sistema de IFE, de última<br />

geração, e de novas cadeiras de classe económica,<br />

na frota A340. Decorrente da assinatura<br />

do contrato, em 2007, entre a <strong>TAP</strong> e<br />

a Airbus, para a aquisição dos novos Airbus<br />

A350XWB, prevê-se, em 2012, o início da<br />

especificação destes novos aviões de longo<br />

curso, procedimento inicialmente programado<br />

para <strong>2011</strong>, e que sofreu adiamento<br />

na sequência do atraso sofrido pelo projeto.<br />

Relativamente ao negócio de Manutenção<br />

e Engenharia em Portugal, prevê-se, em<br />

2012, a transição das normas atuais ISO<br />

9001 e AS 9110 para os novos referenciais,<br />

com a respetiva atualização de procedimentos<br />

e manuais, em antecipação da auditoria<br />

de renovação do Bureau Veritas. De realçar,<br />

que os novos referenciais contemplam


novos processos como Configuration<br />

Management e Risk Management. No<br />

âmbito do Acordo Bilateral EU-US, serão<br />

revistos e adaptados os procedimentos da<br />

Qualidade e da Segurança, com vista à alteração<br />

dos requisitos da certificação como<br />

FAA Repair Station. Serão, também, sujeitos<br />

a revisão e atualização, os procedimentos<br />

da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia,<br />

de forma a adequarem-se à revisão 5 dos<br />

ISARP da IOSA.<br />

Estando neste momento em fase avançada<br />

de preparação, 2012 será o ano de publicação<br />

da versão inicial do Manual SMS,<br />

encontrando-se igualmente prevista a publicação,<br />

pela primeira vez, do Annual Safety<br />

Report da <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia,<br />

a que se seguirá a primeira reunião do SRB–<br />

Safety Review Board desta Unidade de<br />

Negócio, onde serão definidos os objetivos,<br />

indicadores e metas de Safety para 2012.<br />

Serão, também, criadas e definidas as responsabilidades,<br />

bem como estabelecidas<br />

as interações para as estruturas organizacionais<br />

de suporte ao SMS, que ainda não<br />

foram designadas, nomeadamente: Safety<br />

Office Manutenção e Engenharia; SAG<br />

(Safety Action Group); SRB (Safety Review<br />

Board). Será, ainda, dado início à criação,<br />

desenvolvimento e implementação dos processos<br />

preditivos e proativos do SMS da<br />

<strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia. Os procedimentos<br />

de ERP (Emergency Response<br />

Plan) da Manutenção e Engenharia, serão<br />

objeto de atualização, em articulação com o<br />

respetivo plano da <strong>TAP</strong>, e serão desenvolvidos<br />

procedimentos específicos para aplicação<br />

em situações de emergência típicas das<br />

atividades de manutenção.<br />

A introdução do novo produto CF6-80C2 na<br />

Capability List da área de Motores encontra-se<br />

em fase de implementação, esperando-<br />

se que a conclusão do processo<br />

ocorra antes do final do primeiro semestre<br />

de 2012.<br />

Além da capacidade já instalada para várias<br />

unidades do sistema de entretenimento<br />

eX2, a área de Componentes prevê, para<br />

2012, novos investimentos para unidades<br />

do A340 pós-retrofit e sistema 2000e (A330<br />

antigo). Pretende-se, igualmente, modificar<br />

o banco de oxigénio, de forma a permitir o<br />

ensaio de reguladores, e dotar a oficina de<br />

apoio mecânico com diversos equipamentos<br />

(fresa vertical, fresadora semi-CNC), possibilitando<br />

trabalhos em peças e ferramentas de<br />

grande dimensão e/ou geometria complexa.<br />

Igualmente, de crucial importância, em<br />

2012, a tomada de decisões, no que concerne<br />

à manutenção de componentes, relativas<br />

ao modo de suporte da nova frota A350.<br />

No negócio de Manutenção e Engenharia<br />

no Brasil, no ano de 2012 deverá prosseguir<br />

a inversão da difícil situação económica<br />

da empresa, como resultado da conjugação<br />

de três fatores: i) Uma nova dinâmica comercial,<br />

abrindo novos mercados geográficos<br />

e de competências, alicerçada numa reestruturação<br />

significativa da operação de produção<br />

nos últimos anos; ii) A determinação<br />

da gestão em questionar e combater todos<br />

os custos não decisivos para a qualidade<br />

da produção; iii) O início de recuperação<br />

de mercado, no seguimento da recuperação<br />

do setor da aviação, na região. Neste<br />

contexto, a empresa tem sido alvo de atenção<br />

por parte de outras MRO interessadas<br />

em aumentar a sua capacidade na região,<br />

sendo expectáveis, nesse sentido, desenvolvimentos<br />

durante o ano.<br />

Para a empresa de prestação de serviços<br />

de assistência em escala SPdH, o ano de<br />

2012 será, estruturalmente, determinante.<br />

Cumprindo o determinado por decisão da<br />

Autoridade da Concorrência, o Grupo <strong>TAP</strong><br />

deverá consumar a alienação do controlo<br />

da empresa e, consequentemente, transferir<br />

o controlo de gestão para o novo acionista<br />

maioritário, que resulte do processo<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 117<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

de venda. Operacionalmente, apesar de um<br />

processo de transição inevitável, espera- se<br />

que o novo operador continue o esforço<br />

de melhoria contínua em que a SPdH tem<br />

estado empenhada nos 3 últimos anos.<br />

Como condicionamento adicional, deverá<br />

considerar-se o processo do concurso<br />

público internacional para a atribuição de<br />

novas licenças de handling nos aeroportos<br />

de Portugal, lançado no final de <strong>2011</strong> pelo<br />

regulador, INAC. O período da licença será<br />

novamente por 7 anos. Todo o processo<br />

será seguramente exigente, mas para o qual<br />

a empresa se tem preparado.<br />

Ainda, de referir, o continuado empenho da<br />

Empresa no cumprimento do seus compromissos<br />

de Responsabilidade Social, e<br />

de contributo para a Preservação do meio<br />

Ambiente, através do desenvolvimento de<br />

uma multiplicidade de iniciativas nestas<br />

vertentes.<br />

Igualmente, numa perspetiva estratégica,<br />

de referir o papel da <strong>TAP</strong>, continuadamente<br />

eleito pela Gestão da Empresa, como fator<br />

determinante na dinamização do turismo<br />

nacional, atuando no sentido da promoção<br />

da imagem do País e do consequente<br />

desenvolvimento económico. Neste sentido,<br />

de realçar, que mais de dois terços<br />

das receitas geradas pela <strong>TAP</strong> são obtidos<br />

no exterior, realidade de destacada importância,<br />

com impacto direto na geração de<br />

emprego e criação de riqueza para o País.<br />

Visa-se, em resumo, continuar o<br />

processo de transformação da <strong>TAP</strong><br />

numa Empresa sólida no espaço<br />

Europeu, apta a explorar, com oportunidade,<br />

todas as potencialidades<br />

do nicho de mercado em que<br />

opera, e a diferenciar-se pela sua<br />

eficiência operacional e pelo valor<br />

agregado dos serviços que presta.


HISTÓRIA DA <strong>TAP</strong><br />

A criação dos Transportes<br />

Aéreos Portugueses (<strong>TAP</strong>)<br />

1945, 14 de março<br />

Os Transportes Aéreos Portugueses são instituídos<br />

como uma secção do Secretariado<br />

da Aeronáutica Civil. Inicia-se o recrutamento<br />

de quadros técnicos nas Escolas<br />

Aeronáuticas Militar e Naval, tendo sido efetuada<br />

a especialização de um grupo de 11<br />

pilotos na BOAC (British Overseas Airways<br />

Corporation).<br />

São adquiridos os primeiros dois aviões<br />

DC-3 Dakota, de 21 passageiros.<br />

1946<br />

É realizado o primeiro Curso Geral de Pilotos<br />

em Portugal e abre, em 19 de Setembro, a<br />

primeira linha comercial, Lisboa-Madrid.<br />

A 31 de dezembro, é inaugurada a rota<br />

Lisboa-Luanda-Lourenço Marques, a Linha<br />

Aérea Imperial. Com 12 escalas e 15 dias de<br />

operação (ida e volta), é a mais extensa linha<br />

mundial, operada com DC-3.<br />

1948<br />

Os <strong>TAP</strong> tornam-se membros efetivos da<br />

IATA. Têm início as linhas de Paris e de<br />

Sevilha.<br />

É adotada uma nova imagem e a primeira<br />

loja de vendas é aberta.<br />

1950<br />

A Manutenção e Engenharia dá início à<br />

prestação de assistência técnica, nos aeroportos<br />

de Lisboa e Porto, a aviões de companhias<br />

estrangeiras sem disponibilidade de<br />

meios próprios para efetuar a manutenção<br />

das suas aeronaves.<br />

A transformação<br />

em empresa privada<br />

1953, 1 de junho<br />

Os Transportes Aéreos Portugueses<br />

adquirem o estatuto de Empresa privada<br />

(S.A.R.L.) com capitais mistos, de maioria<br />

estatal.<br />

1955<br />

A rede da Companhia integra já um total de<br />

8 destinos e o primeiro avião quadrimotor,<br />

o Lockheed L-1049G Super Constellation,<br />

entra em serviço, passando a operar na<br />

linha de África com a redução substancial do<br />

tempo de voo.<br />

1960<br />

É efetuada a viagem inaugural Lisboa-<br />

-Goa que dura perto de 19 horas e tem início<br />

o Voo da Amizade entre Lisboa e Rio de<br />

Janeiro.<br />

1962<br />

Em julho, a <strong>TAP</strong> recebe o primeiro dos três<br />

Caravelle VI-R, entrando na era do jato.<br />

A primeira companhia<br />

europeia a operar<br />

exclusivamente com jatos<br />

1967<br />

O primeiro B727 chega à Empresa, sendo<br />

retirado o último Super-Constellation. A<br />

<strong>TAP</strong> torna-se, assim, a primeira companhia<br />

Europeia a operar exclusivamente com<br />

jatos.<br />

1968<br />

A Manutenção e Engenharia vê ampliadas<br />

as suas infra-estruturas, sendo inaugurado<br />

o Centro de Revisão e Ensaio de Motores de<br />

Avião, dotado do mais moderno apetrechamento<br />

tecnológico da época.<br />

1971<br />

Os serviços da empresa transferem-se para<br />

novas instalações no aeroporto de Lisboa, e<br />

são inauguradas novas infra-estruturas oficinais,<br />

incluindo o Hangar 6.<br />

1972<br />

Os dois primeiros de quatro Boeing 747-200<br />

passam a integrar a frota da Empresa.<br />

A <strong>TAP</strong> participa em 50% do capital da<br />

empresa Açoreana SATA, assumindo a presidência<br />

do Conselho de Administração.<br />

1974<br />

A rede da <strong>TAP</strong> inclui mais de 40 destinos<br />

localizados em quatro continentes, operados<br />

por uma frota de 32 aviões tecnologicamente<br />

avançados.<br />

É iniciado o serviço computorizado de<br />

Reservas, de load-control e de check-in,<br />

com o Sistema <strong>TAP</strong>MATIC.<br />

A <strong>TAP</strong> torna-se na primeira companhia<br />

Europeia a executar as grandes revisões<br />

completas dos reatores JT9-D dos B747.


A nacionalização da <strong>TAP</strong><br />

1975, 16 de abril<br />

A <strong>TAP</strong> transforma-se em empresa pública<br />

pelo Decreto-Lei n° 205-E/75.<br />

1978<br />

A Manutenção e Engenharia é distinguida<br />

pela revista internacional Air Transport<br />

World, com o prémio Technical Management<br />

Award.<br />

1979<br />

É implementado o programa de modernização<br />

da Empresa, que altera, também, a sua<br />

designação para <strong>TAP</strong>–Air Portugal.<br />

Tem início o serviço computorizado de reservas<br />

de espaço para Carga (CARGOMATIC).<br />

O reforço da frota da <strong>TAP</strong><br />

1983<br />

Chegam à Empresa os primeiros aviões<br />

Boeing 737-200 para o médio curso e o<br />

Lockheed 1011-500 Tristar para o longo<br />

curso.<br />

É atribuído à Manutenção e Engenharia,<br />

pela primeira vez, pela Federal Aviation<br />

Administration dos EUA (FAA), o certificado<br />

de Repair Station, com o mais amplo licenciamento<br />

para reparação de aviões e seus<br />

componentes. A <strong>TAP</strong> ganha o concurso<br />

internacional para as grandes inspeções<br />

de 35 aviões B727-100 da Federal Express<br />

Corporation (FEC).<br />

1987<br />

A Manutenção e Engenharia procede a um<br />

extenso programa de modificações estruturais<br />

em aviões Douglas DC10 da FEC, facto<br />

que ocorre, pela primeira vez, em todo o<br />

mundo.<br />

1988<br />

Inicia a operação o primeiro A310-300.<br />

1989<br />

A <strong>TAP</strong> é a primeira companhia aérea a estabelecer<br />

ligações terra-ar via satélite e ocorre<br />

o primeiro curso de pilotos inteiramente realizado<br />

em Portugal.<br />

1991, 17 de agosto<br />

A <strong>TAP</strong> adquire o estatuto de Sociedade<br />

Anónima (<strong>TAP</strong>, S.A.) de capitais maioritariamente<br />

públicos, pelo Decreto-Lei n° 312/91.<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 119<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

A <strong>TAP</strong> entra na era Airbus<br />

1992<br />

São recebidos os primeiros A320, equipados<br />

com a mais avançada tecnologia, controlos<br />

fly-by-wire.<br />

1994<br />

Integram a frota da <strong>TAP</strong> os dois primeiros<br />

A340-300, e é efetuado o lançamento<br />

do Plano Estratégico de Saneamento<br />

Económico-Financeiro (PESEF).<br />

1996<br />

A <strong>TAP</strong> abre o seu próprio website, e é<br />

tomada a decisão de renovação da frota de<br />

médio curso.<br />

É atribuído, pela Airbus, o Award for<br />

Operational Excellence, relativo ao melhor<br />

desempenho operacional, a nível mundial,<br />

da frota A340.<br />

1997<br />

Os dois primeiros aviões A319 integram<br />

a frota da <strong>TAP</strong> e é introduzida, nos voos<br />

domésticos, a tecnologia de ponta do<br />

Electronic Ticketing (ET).<br />

É assinado o acordo de aliança estratégica<br />

com o SAirGroup.<br />

1998<br />

A <strong>TAP</strong> torna-se membro fundador do<br />

Qualiflyer Group.<br />

A Federal Aviation Administration dos EUA<br />

(FAA) renova a certificação da Unidade<br />

de Negócio de Manutenção e Engenharia<br />

como Repair Station.<br />

1999<br />

É estabelecido o 1° acordo de cooperação<br />

com a empresa Oficinas Gerais de Material<br />

Aeronáutica (OGMA).


120 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

A recuperação da <strong>TAP</strong><br />

2000<br />

É criado o QTC–Quick Transfer Center, sistema<br />

de ligações rápidas para passageiros<br />

em trânsito no aeroporto de Lisboa.<br />

É atribuído, pela Airbus, o Award for<br />

Operational Excellence, pelo melhor desempenho<br />

operacional, a nível mundial, relativamente<br />

à frota A319.<br />

O sistema da Qualidade da Manutenção<br />

e Engenharia obtém a 1ª certificação atribuída<br />

pela APCER em conformidade com<br />

a Norma NP EN ISO 9002, com o âmbito<br />

de empresa de Manutenção de Aviões,<br />

Motores e Componentes.<br />

2001<br />

É adotada uma estratégia de hub, com<br />

o aeroporto de Lisboa como centro das<br />

operações.<br />

O SAirGroup, tendo por base problemas<br />

internos, é forçado a desistir da intenção de<br />

participação em 34% do capital da <strong>TAP</strong>.<br />

É assinado o Contrato de Consórcio para a<br />

cooperação na área de grande manutenção<br />

de aviões Airbus, da família A320, nas instalações<br />

da empresa OGMA.<br />

2003, 26 de abril<br />

É criado o Grupo <strong>TAP</strong>, com a constituição<br />

de uma sociedade gestora de participações<br />

sociais, a <strong>TAP</strong>, SGPS, na sequência<br />

de um processo de reestruturação empresarial,<br />

que envolveu, também, a criação da<br />

empresa SPdH–Serviços Portugueses de<br />

Handling, S.A. pelo Decreto-Lei n° 87/2003.<br />

A <strong>TAP</strong> é distinguida, pela Airbus, recebendo<br />

o Award for Operational Excellence, devido<br />

ao melhor desempenho operacional, a nível<br />

mundial, relativamente à frota A310, que<br />

recebe também o Highest Daily Utilization<br />

Award.<br />

APCER e IQNet certificam o Sistema da<br />

Qualidade da Manutenção e Engenharia em<br />

conformidade com a Norma ISO 9001:2000.<br />

2004<br />

A estratégia adotada pela <strong>TAP</strong> é considerada<br />

como um case-study, no âmbito académico,<br />

por Harvard.<br />

A <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia e a FEC<br />

celebram 20 anos de cooperação técnica.<br />

2005<br />

É apresentada a nova imagem institucional<br />

da Empresa (<strong>TAP</strong> Portugal).<br />

A <strong>TAP</strong> integra, como companhia-membro<br />

a STAR Alliance, a maior aliança global de<br />

companhias aéreas.<br />

A <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia integra<br />

a Rede de Organizações de Manutenção<br />

Airbus (Airbus MRO Network).<br />

A <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia ganha<br />

concurso para manutenção integral de dois<br />

Airbus A340 da Força Aérea Francesa.<br />

A Airbus atribui à <strong>TAP</strong> o Award for<br />

Operational Excellence, relativo ao melhor<br />

desempenho operacional, a nível mundial,<br />

da frota A310.<br />

2006<br />

É iniciada a renovação da frota de longo<br />

curso, composta por equipamentos A310<br />

e A340, com a receção do primeiro Airbus<br />

330-200 para operação das rotas do Brasil,<br />

EUA e África.<br />

A <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia e a Air<br />

France Industries celebram 10 anos de cooperação<br />

técnica e renovam contrato.<br />

O Grupo <strong>TAP</strong> e o Grupo OMNI assinam um<br />

contrato para a venda da totalidade das<br />

ações da White–Airways, S.A..<br />

2007<br />

A <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia obtém a<br />

certificação como Organização de Projeto<br />

(DOA–Design Organisation Approval) da<br />

Agência Europeia para a Segurança da<br />

Aviação (EASA–European Aviation Safety<br />

Agency).<br />

Após a emissão do parecer da Autoridade<br />

da Concorrência, de não oposição à operação,<br />

foi efetuada a aquisição, pela <strong>TAP</strong>, da<br />

totalidade do capital social da Portugália–<br />

Companhia Portuguesa de Transportes<br />

Aéreos, S.A., tendo sido intermediária a<br />

empresa Gertiserv–Sociedade de Gestão e<br />

Serviços, S.A., constituída para o efeito.<br />

A IATA, Associação Internacional do<br />

Transporte Aéreo, anuncia, que Fernando<br />

Pinto, CEO da <strong>TAP</strong>, inicia o mandato de<br />

um ano como Presidente do Conselho de<br />

Governação da Associação, elegendo o<br />

meio ambiente e a segurança operacional<br />

como prioridades.<br />

A <strong>TAP</strong> assina com a Airbus o contrato para<br />

a aquisição de 12 aviões A350 XWB, com<br />

opção para mais 3 unidades e, também,<br />

uma carta de intenções para mais 8 aparelhos<br />

da família A320.


2008<br />

É realizado o voo inaugural para Belo<br />

Horizonte, totalizando oito destinos entre a<br />

Europa e o Brasil.<br />

A frota da <strong>TAP</strong> é reforçada com o novo aparelho<br />

de médio curso A319.<br />

Emissão de bilhetes <strong>TAP</strong>, 100% em formato<br />

eletrónico.<br />

A <strong>TAP</strong> imprime uma significativa mudança<br />

no seu modelo comercial, com o lançamento<br />

da Campanha Liberdade de Escolha.<br />

1 Voo, 5 Formas de Viajar.<br />

No Aeroporto de Lisboa, a <strong>TAP</strong> inaugura o<br />

novo Espaço Premium (Premium Customer<br />

Center) e efetua a abertura do novo lounge.<br />

É integrado na frota o 9º avião A330-200,<br />

recebido diretamente da Airbus.<br />

É inaugurada a operação entre Lisboa e<br />

Casablanca.<br />

A posição da Globália na SPdH (50,1%)<br />

é adquirida por três instituições financeiras,<br />

o Banco de Investimento Global – BIG<br />

(19,94%), o Banco de Investimento, S.A.<br />

– BANIF (15,1%) e o Banco Invest, S.A.<br />

(15,1%).<br />

É efetuada a extinção da empresa<br />

GERTISERV, S.A., por fusão entre esta e a<br />

empresa Portugália.<br />

2009<br />

É recebido o primeiro de seis novos aviões<br />

Airbus A320-214.<br />

A atividade de Manutenção de Motores<br />

da <strong>TAP</strong> recebe a licença ambiental relativa<br />

à Prevenção e Controlo Integrados da<br />

Poluição (Diploma PCIP).<br />

A <strong>TAP</strong> é a primeira companhia aérea, a<br />

nível mundial, a lançar o Programa de<br />

Compensação de Emissões de CO 2 .<br />

Alargamento da Rede na Europa, a<br />

Moscovo, Varsóvia, Helsínquia e Valência.<br />

A <strong>TAP</strong> prossegue no esforço de alienação<br />

da posição que foi obrigada a readquirir, a<br />

maioria do capital da SPdH, tendo as ações<br />

correspondentes sido entregues a uma entidade<br />

independente, a EUROPARTNERS,<br />

que detém um papel ativo na concretização<br />

das decisões da AdC.<br />

2010<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 121<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

A empresa Lojas Francas de Portugal efetua<br />

a abertura de um novo espaço comercial<br />

integrado no novo conceito Just for<br />

Travellers, no aeroporto de Lisboa.<br />

A <strong>TAP</strong> é a primeira empresa portuguesa, no<br />

setor do Turismo, a criar um canal oficial no<br />

YouTube.<br />

É concretizada a migração do sistema de<br />

reservas e inventário para a plataforma<br />

Amadeus Altéa e é dado início ao processo<br />

de migração do sistema de Controlo de<br />

Partidas.<br />

A empresa <strong>TAP</strong>–Manutenção e Engenharia<br />

Brasil recebe a qualificação, atribuída pelo<br />

fabricante Embraer, como centro de serviços<br />

autorizado no Brasil (Embraer Authorized<br />

Service Center – EASC).<br />

A <strong>TAP</strong> realiza o voo de regresso a Roma de<br />

Sua Santidade o Papa Bento XVI, por ocasião<br />

da Sua Viagem Apostólica a Portugal.<br />

Início das operações para Argel, para<br />

Marraquexe e para o Aeroporto de<br />

Viracopos, em Campinas (estado de São<br />

Paulo).


03<br />

<strong>Relatório</strong><br />

de Prestação<br />

de Contas<br />

<strong>TAP</strong>, SGPS, S.A.


Índice<br />

DemonsTRAções FinAnCeiRAs ConsoliDADAs<br />

31 de dezembro de <strong>2011</strong><br />

126 POSIÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA<br />

127 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS<br />

128 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RENDIMENTO INTEGRAL<br />

128 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO<br />

129 DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA<br />

130 NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS<br />

130 1. Atividade económica do Grupo <strong>TAP</strong><br />

2. Políticas contabilísticas e critérios valorimétricos<br />

2.1. Bases de preparação<br />

2.2. Comparabilidade<br />

2.3. Bases de consolidação<br />

2.3.1. Subsidiárias<br />

131 2.3.2. Associadas<br />

132 2.4. Relato por segmentos<br />

2.5. Conversão cambial<br />

2.5.1. Moeda funcional e de relato<br />

2.5.2. Saldos e transações expressos em moeda estrangeira<br />

133 2.5.3. Empresas do Grupo<br />

2.6. Ativos intangíveis<br />

2.7. Goodwill<br />

134 2.8. Ativos fixos tangíveis<br />

2.9. Propriedades de investimento<br />

135 2.10. Imparidade de ativos não correntes<br />

2.11. Investimentos financeiros<br />

136 2.12. Instrumentos financeiros derivados<br />

2.13. Imposto sobre o rendimento<br />

137 2.14. Inventários<br />

2.15. Valores a receber correntes<br />

2.16. Caixa e seus equivalentes<br />

2.17. Capital social e ações próprias<br />

2.18. Financiamentos obtidos / passivos remunerados<br />

138 2.19. Encargos financeiros com empréstimos<br />

2.20. Provisões<br />

2.21. Benefícios pós-emprego<br />

2.22. Valores a pagar correntes<br />

2.23. Subsídios<br />

139 2.24. Locações<br />

2.25. Distribuição de dividendos<br />

2.26. Rédito e especialização dos exercícios<br />

140 2.27. Ativos e passivos contingentes<br />

2.28. Eventos subsequentes<br />

2.29. Novas normas, alterações e interpretações a normas existentes<br />

141 2.30. Estimativas e julgamentos contabilísticos relevantes<br />

142 3. Políticas de gestão do risco financeiro<br />

148 4. Trabalhadores ao serviço<br />

5. Ativos fixos tangíveis<br />

150 6. Propriedades de investimento


151 7. Goodwill<br />

152 8. Ativos intangíveis<br />

10. Participações financeiras – método da equivalência patrimonial<br />

153 11. Participações financeiras – outros métodos<br />

13. Outros ativos financeiros<br />

15. Ativos e passivos por impostos diferidos<br />

155 16. Adiantamentos a fornecedores<br />

156 17. Estado e outros entes públicos<br />

157 18. Outras contas a receber<br />

158 19. Diferimentos<br />

159 20. Inventários<br />

160 21. Clientes<br />

22. Caixa e depósitos bancários<br />

161 24. Instrumentos de capital próprio<br />

162 25. Interesses não controlados – demonstração da posição financeira<br />

26. Provisões<br />

164 27. Financiamentos obtidos<br />

168 28. Responsabilidades com benefícios pós-emprego<br />

173 29. Adiantamentos de clientes<br />

30. Fornecedores<br />

174 31. Outras contas a pagar<br />

175 32. Documentos pendentes de voo<br />

176 35. Vendas e serviços prestados<br />

36. Subsídios à exploração<br />

37. Ganhos e perdas em associadas<br />

177 38. Variação da produção<br />

39. Trabalhos para a própria entidade<br />

40. Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas<br />

178 41. Fornecimentos e serviços externos<br />

42. Gastos com o pessoal<br />

179 43. Ajustamentos de inventários (perdas / reversões)<br />

44. Imparidade de dívidas a receber (perdas / reversões)<br />

45. Provisões (aumentos / reduções)<br />

180 46. Imparidade de ativos<br />

47. Aumentos / reduções de justo valor<br />

48. Outros rendimentos e ganhos<br />

181 49. Outros gastos e perdas<br />

50. Gastos / reversões de depreciação e de amortização<br />

51. Juros e rendimentos e gastos similares obtidos / suportados<br />

52. Imposto sobre o rendimento do exercício<br />

182 53. Interesses não controlados – resultado líquido<br />

55. Relato por segmentos<br />

184 56. Entidades relacionadas<br />

185 57. Ativos e passivos contingentes<br />

187 58. Detalhe dos ativos e passivos financeiros<br />

188 60. Compromissos<br />

61. Eventos subsequentes<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 125<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong>


126 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Posição FinAnCeiRA ConsoliDADA<br />

31 DE DEzEmbRO DE <strong>2011</strong> E 2010<br />

VAlOREs Em mIlhAREs DE EuROs<br />

ATiVo nota <strong>2011</strong> 2010<br />

Ativo não corrente<br />

Ativos fixos tangíveis 5 952.332 1.066.344<br />

Propriedades de investimento 6 2.862 2.607<br />

Goodwill 7 206.395 211.015<br />

Outros ativos intangíveis 8 1.424 1.447<br />

Outros ativos financeiros 13 3.258 2.966<br />

Ativos por impostos diferidos 15 23.758 24.459<br />

Outras contas a receber 18 34.398 27.231<br />

1.224.427 1.336.069<br />

Ativo corrente<br />

Inventários 20 142.429 148.590<br />

Clientes 21 250.482 223.212<br />

Adiantamentos a fornecedores 16 11.221 3.465<br />

Estado e outros entes públicos 17 18.620 15.833<br />

Outras contas a receber 18 156.615 124.669<br />

Diferimentos 19 10.805 12.308<br />

Caixa e depósitos bancários 22 167.365 222.677<br />

757.537 750.754<br />

ToTAl Do ATiVo 1.981.964 2.086.823<br />

CAPiTAl PRÓPRio e PAssiVo<br />

Capital próprio<br />

Capital 24 15.000 15.000<br />

Reservas legais 24 3.000 3.000<br />

Reservas de conversão cambial 24 (6.867) (5.024)<br />

Reservas de justo valor 24 (1.236) (1.006)<br />

Ajustamentos em partes de capital (2.260) (2.260)<br />

Resultados transitados 24 (281.876) (224.773)<br />

Resultado líquido do exercício 24 (76.807) (57.103)<br />

ToTAl Do CAPiTAl PRÓPRio Do GRUPo (351.046) (272.166)<br />

Interesses não controlados 25 7.801 7.355<br />

ToTAl Do CAPiTAl PRÓPRio (343.245) (264.811)<br />

Passivo não corrente<br />

Provisões 26 158.086 159.575<br />

Financiamentos obtidos 27 985.709 1.028.060<br />

Responsabilidades com benefícios pós-emprego 28 78.540 88.393<br />

Passivos por impostos diferidos 15 23.933 24.683<br />

Estado e outros entes públicos 17 84.868 –<br />

Outras contas a pagar 31 1.958 1.032<br />

1.333.094 1.301.743<br />

Passivo corrente<br />

Fornecedores 30 165.081 142.619<br />

Adiantamentos de clientes 29 1.202 3.574<br />

Estado e outros entes públicos 17 29.087 147.062<br />

Financiamentos obtidos 27 245.209 248.995<br />

Outras contas a pagar 31 222.633 215.787<br />

Documentos pendentes de voo 32 263.510 239.237<br />

Diferimentos 19 65.393 52.617<br />

992.115 1.049.891<br />

ToTAl Do PAssiVo 2.325.209 2.351.634<br />

ToTAl Do CAPiTAl PRÓPRio e Do PAssiVo 1.981.964 2.086.823


DemonsTRAção ConsoliDADA Dos ResUlTADos<br />

31 DE DEzEmbRO DE <strong>2011</strong> E 2010<br />

VAlOREs Em mIlhAREs DE EuROs<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 127<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

nota <strong>2011</strong> 2010<br />

Vendas e serviços prestados 35 2.438.880 2.315.521<br />

subsídios à exploração 36 3.253 4.565<br />

Ganhos e perdas em associadas 37 (11.124) (44.066)<br />

Variação da produção 38 10.512 (838)<br />

Trabalhos para a própria entidade 39 950 2.406<br />

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 40 (188.272) (175.829)<br />

Fornecimentos e serviços externos 41 (1.647.060) (1.444.939)<br />

Gastos com o pessoal 42 (523.970) (559.721)<br />

Ajustamentos de inventários (perdas/reversões) 43 (2.448) 3.966<br />

Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 44 588 4.307<br />

Provisões (aumentos/reduções) 45 12.603 3.701<br />

Imparidade de ativos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) 46 (3.400) (500)<br />

Aumentos/reduções de justo valor 47 255 –<br />

Outros rendimentos e ganhos 48 47.638 75.108<br />

Outros gastos e perdas 49 (31.932) (45.040)<br />

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 106.473 138.641<br />

Gastos/reversões de depreciação e de amortização 50 (122.190) (138.622)<br />

Imparidade de activos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) 46 (2.350) (440)<br />

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (18.067) (421)<br />

Juros e rendimentos similares obtidos 51 8.596 6.896<br />

Juros e gastos similares suportados 51 (55.032) (50.893)<br />

Resultado antes de impostos (64.503) (44.418)<br />

Imposto sobre o rendimento do exercício 52 (7.700) (8.497)<br />

Resultado líquido do exercício (72.203) (52.915)<br />

Resultado líquido dos detentores do capital da empresa-mãe (76.807) (57.103)<br />

Resultado líquido dos interesses não controlados 53 4.604 4.188<br />

Resultado básico e diluído por acção (euros) 24 (51) (38)


128 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

DemonsTRAção ConsoliDADA Do RenDimenTo inTeGRAl<br />

31 DE DEzEmbRO DE <strong>2011</strong> E 2010<br />

VAlOREs Em mIlhAREs DE EuROs<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Resultado líquido<br />

Outro rendimento integral<br />

(72.203) (52.915)<br />

Ganhos e perdas com conversão cambial (1.843) 2.399<br />

Ganhos e perdas em instrumentos de cobertura de fluxos de caixa (230) (5.354)<br />

Outros ganhos e perdas – (777)<br />

Rendimento reconhecido diretamente no capital próprio (2.073) (3.732)<br />

Rendimento integral (74.276) (56.647)<br />

Atribuível a:<br />

Acionistas da <strong>TAP</strong> (78.880) (60.835)<br />

Interesses não controlados 4.604 4.188<br />

ToTAl Dos RenDimenTos e GAsTos ReConheCiDos no exeRCÍCio (74.276) (56.647)<br />

DemonsTRAção ConsoliDADA<br />

DAs AlTeRAções no CAPiTAl PRÓPRio<br />

31 DE DEzEmbRO DE <strong>2011</strong> E 2010<br />

VAlOREs Em mIlhAREs DE EuROs<br />

Capital<br />

Reservas<br />

legais<br />

Reservas de<br />

conversão<br />

cambial<br />

Reservas<br />

de justo<br />

valor<br />

Ajustamentos<br />

de partes<br />

de capital<br />

Resultados<br />

transitados<br />

Resultado<br />

líquido do<br />

exercício<br />

subtotal<br />

(antes de<br />

interesses não<br />

controlados)<br />

interesses<br />

não<br />

controlados Total<br />

Posição FinAnCeiRA<br />

em 01-JAn-2010 15.000 3.000 (7.423) 4.348 (2.260) (220.454) (3.542) (211.331) 6.705 (204.626)<br />

Transacções com proprietários<br />

de capital em 2010<br />

Aplicação de resultados e<br />

– – – – – (3.542) 3.542 – (3.538) (3.538)<br />

distribuição de lucros e reservas<br />

Distribuição de dividendos<br />

– – – – – (3.542) 3.542 – – –<br />

aos interesses não controlados – – – – – – – – (3.538) (3.538)<br />

Rendimento integral em 2010 – – 2.399 (5.354) – (777) (57.103) (60.835) 4.188 (56.647)<br />

Resultado líquido do exercício – – – – – – (57.103) (57.103) 4.188 (52.915)<br />

Outro rendimento integral – – 2.399 (5.354) – (777) – (3.732) – (3.732)<br />

Posição FinAnCeiRA<br />

em 31-Dez-2010 15.000 3.000 (5.024) (1.006) (2.260) (224.773) (57.103) (272.166) 7.355 (264.811)<br />

Transacções com proprietários<br />

de capital em <strong>2011</strong><br />

Aplicação de resultados e<br />

– – – – – (57.103) 57.103 – (4.158) (4.158)<br />

distribuição de lucros e reservas<br />

Distribuição de dividendos<br />

– – – – – (57.103) 57.103 – – –<br />

aos interesses não controlados – – – – – – – – (4.158) (4.158)<br />

Rendimento integral em <strong>2011</strong> – – (1.843) (230) – – (76.807) (78.880) 4.604 (74.276)<br />

Resultado líquido do exercício – – – – – – (76.807) (76.807) 4.604 (72.203)<br />

Outro rendimento integral – – (1.843) (230) – – – (2.073) – (2.073)<br />

Posição FinAnCeiRA<br />

em 31-Dez-<strong>2011</strong> 15.000 3.000 (6.867) (1.236) (2.260) (281.876) (76.807) (351.046) 7.801 (343.245)


DemonsTRAção ConsoliDADA Dos FlUxos De CAixA<br />

31 DE DEzEmbRO DE <strong>2011</strong> E 2010<br />

VAlOREs Em mIlhAREs DE EuROs<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 129<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

nota <strong>2011</strong> 2010<br />

Atividades operacionais:<br />

Recebimentos de clientes 2.564.215 2.468.901<br />

Pagamentos a fornecedores (1.861.259) (1.776.895)<br />

Pagamentos ao pessoal (425.419) (434.626)<br />

Pagamento / recebimento de imposto sobre o rendimento (13.042) (5.350)<br />

Outros recebimentos / pagamentos relativos à atividade operacional (166.341) (58.587)<br />

FlUxos De CAixA DAs ATiViDADes oPeRACionAis<br />

Atividades de investimento:<br />

Recebimentos provenientes de:<br />

98.154 193.443<br />

Outros activos fixos tangíveis 217 738<br />

Investimentos financeiros 157 319<br />

Juros e rendimentos similares 8.531 5.827<br />

Empréstimos concedidos 77.000 37.398<br />

Dividendos – 30<br />

Pagamentos respeitantes a:<br />

85.905 44.312<br />

Outros activos fixos tangíveis (16.685) (9.957)<br />

Empréstimos concedidos (118.660) (73.000)<br />

(135.345) (82.957)<br />

FlUxos De CAixA DAs ATiViDADes De inVesTimenTo<br />

Atividades de financiamento:<br />

Recebimentos provenientes de:<br />

(49.440) (38.645)<br />

Financiamentos obtidos 143.210 179.697<br />

Pagamentos respeitantes a:<br />

143.210 179.697<br />

Financiamentos obtidos (125.520) (82.209)<br />

Contratos de locação financeira (106.720) (124.900)<br />

Juros e gastos similares (44.366) (44.885)<br />

Dividendos (4.160) (3.464)<br />

(280.766) (255.458)<br />

FlUxos De CAixA DAs ACTiViDADes De FinAnCiAmenTo (137.556) (75.761)<br />

Variações de caixa e seus equivalentes (88.842) 79.037<br />

Efeito das diferenças de câmbio 6.103 12.580<br />

Caixa e seus equivalentes no início do período 207.754 116.137<br />

Caixa e seus equivalentes no fim do período 22 125.015 207.754


130 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

noTAs Às DemonsTRAções FinAnCeiRAs<br />

1. Atividade económica do Grupo <strong>TAP</strong><br />

O Grupo <strong>TAP</strong>, constituído pela <strong>TAP</strong> – Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. (<strong>TAP</strong> SGPS) e suas subsidiárias (o Grupo <strong>TAP</strong> ou o Grupo)<br />

tem a sua sede no Aeroporto de Lisboa e dedica-se à exploração do setor de transporte aéreo de passageiros, carga e correio, execução de<br />

trabalhos de manutenção e engenharia, prestação de serviços de assistência em escala ao transporte aéreo, exploração de espaços comerciais<br />

em aeroportos (free shops) e catering para aviação.<br />

A <strong>TAP</strong> – Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. foi constituída em 25 de junho de 2003 no âmbito do Decreto-Lei n.º 87/2003, de 26 de<br />

abril, cujo capital foi integralmente realizado em espécie pela Parpública – Participações Públicas, SGPS, S.A. (“Parpública”), por entrada das<br />

ações representativas da totalidade do capital social da sociedade Transportes Aéreos Portugueses, S.A. (<strong>TAP</strong>, S.A.).<br />

+ Sede Social – Aeroporto de Lisboa, Edifício 25<br />

+ Capital Social – Euros 15.000.000<br />

+ N.I.P.C. – 506 623 602<br />

As demonstrações financeiras consolidadas, ora reportadas, foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração de 23 de março de<br />

2012.<br />

Os membros do Conselho de Administração que assinam o presente relatório, declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação<br />

nele constante foi elaborada em conformidade com as Normas Contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do<br />

ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados das empresas incluídas no perímetro de consolidação do Grupo.<br />

2. Políticas contabilísticas e critérios valorimétricos<br />

As principais políticas contabilísticas aplicadas na elaboração destas demonstrações financeiras consolidadas estão descritas abaixo.<br />

2.1. Bases de preparação<br />

As presentes demonstrações financeiras consolidadas do Grupo foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de<br />

Relato Financeiro adotadas pela União Europeia (IFRS – anteriormente designadas Normas Internacionais de Contabilidade – IAS) emitidas<br />

pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e com as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations<br />

Committee (“IFRIC”) ou pelo anterior Standing Interpretations Committee (“SIC”), em vigor à data da preparação das referidas demonstrações<br />

financeiras.<br />

As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e<br />

registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Nota 2.3.1), e tomando por base o custo histórico, exceto os instrumentos<br />

financeiros derivados, ativos disponíveis para venda, propriedades de investimento e os programas de fidelização de clientes, que se encontram<br />

registados ao justo valor.<br />

A preparação das demonstrações financeiras exige a utilização de estimativas e julgamentos relevantes na aplicação das políticas contabilísticas<br />

do Grupo. As principais asserções que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade, ou os pressupostos e estimativas mais<br />

significativas para a preparação das referidas demonstrações financeiras, estão divulgados na Nota 2.30.<br />

2.2. Comparabilidade<br />

Os valores constantes das demonstrações financeiras consolidadas do exercício findo em 31 de dezembro de 2010 são comparáveis em todos<br />

os aspetos significativos com os valores do exercício de <strong>2011</strong>.<br />

2.3. Bases de consolidação<br />

2.3.1. Subsidiárias<br />

Subsidiárias são todas as entidades sobre as quais o Grupo tem o poder de decisão sobre as políticas financeiras e operacionais, geralmente<br />

representado por mais de metade dos direitos de voto. A existência e o efeito dos direitos de voto potenciais que sejam correntemente exercíveis<br />

ou convertíveis são considerados quando se avalia se o Grupo detém o controlo sobre outra entidade.


Grupo <strong>TAP</strong> 131<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

O capital próprio e o resultado líquido destas empresas, correspondentes à participação de terceiros nas mesmas, são apresentados nas<br />

rubricas de interesses não controlados, respetivamente, na posição financeira consolidada em linha própria no capital próprio e na demonstração<br />

consolidada dos resultados. As empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas encontram-se detalhadas abaixo:<br />

sede<br />

Detentores % do capital % do capital<br />

Firma<br />

social Atividade Principal de Capital detido <strong>2011</strong> detido 2010<br />

<strong>TAP</strong>–Transportes Aéreos<br />

Gestão e administração de participações<br />

Portugueses, sGPs, s.A. lisboa<br />

sociais Parpública 100,00% 100,00%<br />

Transportes Aéreos Portugueses, s.A. lisboa Atividades aeronáuticas <strong>TAP</strong> sGPs 100,00% 100,00%<br />

<strong>TAP</strong>GER–sociedade de Gestão e serviços, s.A. (“<strong>TAP</strong>GER”) lisboa Prestação de serviços de gestão <strong>TAP</strong> sGPs 100,00% 100,00%<br />

PORTuGÁlIA – Companhia Portuguesa de Transportes<br />

Aéreos, s.A. (“Portugália”) lisboa Actividades aeronáuticas <strong>TAP</strong> sGPs 100,00% 100,00%<br />

CATERINGPOR–Catering de Portugal, s.A. (“Cateringpor”) lisboa Catering <strong>TAP</strong>GER 51,00% 51,00%<br />

l.F.P.–lojas Francas de Portugal, s.A. (“lFP”) lisboa Exploração de free shop <strong>TAP</strong>GER 51,00% 51,00%<br />

mEGAsIs–soc. de serviços e Engenharia Informática, s.A. lisboa<br />

Engenharia e prestação de serviços<br />

informáticos <strong>TAP</strong>GER 100,00% 100,00%<br />

u.C.s.–Cuidados Integrados de saúde, s.A. (“uCs”) lisboa Prestação de cuidados de saúde <strong>TAP</strong>GER 100,00% 100,00%<br />

Aero–lb, Participações, s.A. (“Aero–lb”) brasil<br />

Aeropar, Participações, s.A. (“Aeropar”) brasil<br />

Gestão e administração de participações<br />

sociais<br />

Gestão e administração de participações<br />

sociais<br />

<strong>TAP</strong> – manutenção e Engenharia brasil, s.A. (ex-VEm) (“<strong>TAP</strong><br />

mE brasil”) brasil manutenção e engenharia<br />

<strong>TAP</strong> sGPs<br />

Portugália<br />

<strong>TAP</strong> sGPs<br />

Portugália<br />

Aeropar<br />

<strong>TAP</strong> sGPs<br />

n/a<br />

n/a<br />

99,00%<br />

1,00%<br />

47,64%<br />

51,00%<br />

99,00%<br />

1,00%<br />

n/a<br />

n/a<br />

Em <strong>2011</strong> o Grupo procedeu a uma reestruturação das empresas brasileiras, tendo sido efetuada a cisão da Aero–LB que, parcialmente, foi<br />

incorporada na <strong>TAP</strong> ME Brasil. O remanescente deu origem à Aeropar, detida a 99% pela <strong>TAP</strong> SGPS e a 1% pela Portugália. A <strong>TAP</strong> SGPS passou<br />

a deter uma participação direta de 51% na <strong>TAP</strong> ME Brasil, sendo que a Aeropar passou a deter 47,64% daquela subsidiária.<br />

É utilizado o método de compra para contabilizar a aquisição de subsidiárias. O custo de uma aquisição é mensurado pelo justo valor dos<br />

bens entregues, dos instrumentos de capital emitidos e dos passivos incorridos, ou assumidos na data de aquisição, adicionados dos custos<br />

diretamente atribuíveis à aquisição.<br />

Os ativos identificáveis adquiridos e os passivos e passivos contingentes assumidos numa concentração empresarial são mensurados inicialmente<br />

ao justo valor na data de aquisição, independentemente da existência de interesses não controlados. O excesso do custo de aquisição<br />

relativamente ao justo valor da parcela do Grupo dos ativos e passivos identificáveis adquiridos é registado como goodwill que se encontra<br />

detalhado na Nota 7.<br />

As subsidiárias são consolidadas, pelo método integral, a partir da data em que o controlo é transferido para o Grupo.<br />

Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos ativos líquidos da subsidiária adquirida (goodwill negativo), a diferença é reconhecida<br />

diretamente na demonstração dos resultados na rubrica “Outros rendimentos e ganhos”.<br />

As transações internas, saldos, ganhos não realizados em transações e dividendos distribuídos entre empresas do grupo são eliminados. As<br />

perdas não realizadas são também eliminadas, exceto se a transação revelar evidência de imparidade de um ativo transferido.<br />

As políticas contabilísticas das subsidiárias foram alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adotadas<br />

pelo Grupo.<br />

2.3.2. Associadas<br />

Associadas são todas as entidades sobre as quais o Grupo exerce influência significativa mas não possui controlo, geralmente com investimentos<br />

representando entre 20% a 50% dos direitos de voto. Os investimentos em associadas são contabilizados pelo método de equivalência<br />

patrimonial.<br />

De acordo com o método de equivalência patrimonial, as participações financeiras são registadas pelo seu custo de aquisição, ajustado pelo<br />

valor correspondente à participação do Grupo nas variações dos capitais próprios (incluindo o resultado líquido) das associadas, e pelos dividendos<br />

recebidos.<br />

n/a<br />

n/a


132 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

As diferenças entre o custo de aquisição e o justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis da associada na data de<br />

aquisição, se positivas, são reconhecidas como goodwill e mantidas na respetiva rubrica. Se essas diferenças forem negativas são registadas<br />

como ganho do exercício na rubrica “Ganhos e perdas em associadas”.<br />

É feita uma avaliação dos investimentos em associadas, quando existem indícios de que o ativo possa estar em imparidade, sendo registadas<br />

como gasto as perdas por imparidade que se demonstrem existir também naquela rubrica. Quando as perdas por imparidade reconhecidas<br />

em exercícios anteriores deixam de existir são objeto de reversão à exceção do goodwill.<br />

Quando a participação do Grupo nas perdas da associada iguala ou ultrapassa o seu investimento nestas sociedades, o Grupo deixa de reconhecer<br />

perdas adicionais, exceto se tiver incorrido em responsabilidades ou efetuado pagamentos em nome destas. Os ganhos não realizados<br />

em transações com as associadas são eliminados na extensão da participação do Grupo nas mesmas. As perdas não realizadas são também<br />

eliminadas, exceto se a transação revelar evidência de imparidade de um bem transferido.<br />

As políticas contabilísticas de associadas são alteradas, sempre que necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adotadas<br />

pelo Grupo.<br />

A entidade que se qualifica como associada é a seguinte:<br />

Firma sede social<br />

Actividade<br />

principal<br />

Detentores<br />

de capital<br />

% do capital detido<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

sPdh – serviços Portugueses de handling, s.A. (“sPdh”) lisboa handling <strong>TAP</strong> sGPs 43,90% 43,90%<br />

PORTuGÁlIA 6,00% 6,00%<br />

<strong>TAP</strong>, s.A. 50,10% 50,10%<br />

A SPdH encontra-se classificada como associada na medida em que a Autoridade da Concorrência (“AdC”) impôs, até à venda, que a gestão<br />

desta empresa seja efetuada por um mandatário de gestão, que age em nome da AdC, gerindo a SPdH de forma independente do Grupo <strong>TAP</strong>.<br />

Os investimentos em associadas encontram-se detalhados nas Notas 10 e 26.<br />

2.4. Relato por segmentos<br />

O Grupo apresenta os segmentos operacionais baseados na informação de gestão produzida internamente. De facto, os segmentos operacionais<br />

são reportados de forma consistente com o modelo interno de informação de gestão, providenciado ao principal responsável pela<br />

tomada de decisões operacionais da entidade, o qual é responsável pela alocação de recursos ao segmento e pela avaliação do seu desempenho,<br />

assim como pela tomada de decisões estratégicas.<br />

Segmento de negócio é um grupo de ativos e operações do Grupo que estão sujeitos a riscos e retornos diferentes dos de outros segmentos<br />

de negócio.<br />

Foram identificados cinco segmentos de negócio: transporte aéreo, manutenção e engenharia, free shop, catering e outros.<br />

Segmento geográfico é uma área individualizada comprometida em fornecer produtos ou serviços num ambiente económico particular e que<br />

está sujeito a riscos e benefícios diferentes daqueles segmentos que operam em outros ambientes económicos. O segmento geográfico é<br />

definido com base no país destino dos bens e serviços vendidos pelo Grupo, o qual no caso do transporte aéreo e free shop se entende como<br />

o país de destino do voo.<br />

As políticas contabilísticas do relato por segmentos são utilizadas de forma consistente no Grupo. Todos os réditos inter-segmentais são a<br />

preços de mercado e eliminados na consolidação. A informação relativa aos segmentos identificados encontra-se apresentada na Nota 55.<br />

2.5. Conversão cambial<br />

2.5.1. Moeda funcional e de relato<br />

Os elementos incluídos nas demonstrações financeiras de cada uma das entidades do Grupo são mensurados utilizando a moeda do ambiente<br />

económico em que a entidade opera (moeda funcional). As demonstrações financeiras consolidadas são apresentadas em milhares de Euros,<br />

sendo esta a moeda funcional e de relato do Grupo.<br />

2.5.2. Saldos e transações expressos em moeda estrangeira<br />

Todos os ativos e passivos do Grupo, expressos em moeda estrangeira, foram convertidos para Euros utilizando as taxas de câmbio vigentes<br />

na data da posição financeira.


Grupo <strong>TAP</strong> 133<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e<br />

as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data da posição financeira, foram registadas como rendimentos e gastos na demonstração<br />

consolidada dos resultados do exercício.<br />

2.5.3. Empresas do Grupo<br />

Os resultados e a posição financeira de todas as entidades do Grupo, que possuam uma moeda funcional diferente da sua moeda de relato,<br />

são convertidos para a moeda de relato como segue:<br />

+ (i) Os ativos e passivos de cada posição financeira são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data das demonstrações financeiras consolidadas.<br />

As diferenças de câmbio, resultantes desta conversão, são reconhecidas como componente separada no capital próprio, na<br />

rubrica “Reservas de conversão cambial”.<br />

+ (ii)Os rendimentos e os gastos de cada demonstração dos resultados são convertidos pela taxa de câmbio média do exercício de reporte,<br />

a não ser que a taxa média não seja uma aproximação razoável do efeito cumulativo das taxas em vigor nas datas das transações. Neste<br />

caso, os rendimentos e os gastos são convertidos pelas taxas de câmbio em vigor nas datas das transações.<br />

As diferenças de câmbio resultantes de um item monetário, que faça parte do investimento líquido numa unidade operacional estrangeira, são<br />

reconhecidas numa componente separada do capital próprio e, aquando da alienação do investimento líquido ou liquidação desses montantes,<br />

são reconhecidas nos resultados.<br />

As cotações de moeda estrangeira utilizadas para conversão das demonstrações financeiras expressas em moeda diferente do Euro ou para<br />

a atualização de saldos expressos em moeda estrangeira, foram como segue:<br />

moeda <strong>2011</strong> 2010<br />

bRl 2,4159 2,2177<br />

usD 1,2939 1,3362<br />

Relativamente às subsidiárias brasileiras, os resultados mensais foram convertidos à taxa do último dia de cada mês, conforme segue:<br />

2.6. Ativos intangíveis<br />

mês <strong>2011</strong> 2010<br />

janeiro 2,2962 2,6006<br />

fevereiro 2,2932 2,4719<br />

março 2,3058 2,4043<br />

abril 2,3464 2,2959<br />

maio 2,2758 2,2343<br />

junho 2,2601 2,2082<br />

julho 2,2431 2,2924<br />

agosto 2,3135 2,2347<br />

setembro 2,5067 2,3201<br />

outubro 2,3647 2,3638<br />

novembro 2,4341 2,2373<br />

dezembro 2,4159 2,2177<br />

Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição deduzido de amortizações e perdas por imparidade, pelo método das<br />

quotas constantes, durante um período que varia entre 3 e 10 anos.<br />

2.7. Goodwill<br />

O goodwill representa o excesso do custo de aquisição face ao justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis nas subsidiárias<br />

na data de aquisição.<br />

O goodwill não é amortizado e encontra-se sujeito a testes de imparidade, numa base mínima anual. As perdas por imparidade relativas<br />

a goodwill não podem ser revertidas. Ganhos ou perdas decorrentes da venda do controlo de uma entidade incluem o valor do goodwill<br />

correspondente.


134 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

2.8. Ativos fixos tangíveis<br />

Os ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2004 (data de transição para IFRS), encontram-se registados ao custo de aquisição,<br />

ou custo de aquisição reavaliado de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal até àquela data, deduzido das<br />

depreciações e das perdas por imparidade acumuladas.<br />

Adicionalmente, à data da transição, a subsidiária <strong>TAP</strong>, S.A. aplicou a exceção prevista na IFRS 1 – Primeira Aplicação das Normas Internacionais<br />

de Relato Financeiro, pela qual se poderá considerar como custo considerado (deemed cost) o justo valor de algumas categorias de bens,<br />

reportado à data de transição (1 de janeiro de 2004).<br />

Assim, com efeitos a 1 de janeiro de 2004, os bens pertencentes à categoria de edifícios da referida subsidiária, foram revalorizados para o<br />

correspondente justo valor a essa data. O justo valor desses itens, do ativo fixo tangível, foi determinado por um estudo de avaliação patrimonial<br />

efetuado por uma entidade especializada independente (Colliers P&I), a qual procedeu igualmente à determinação do período de vida útil<br />

remanescente desses bens, à data de transição.<br />

Os ativos fixos tangíveis, adquiridos posteriormente à data de transição, são apresentados ao custo de aquisição deduzido de depreciações<br />

e perdas por imparidade. O custo de aquisição inclui todos os dispêndios diretamente atribuíveis à aquisição dos bens.<br />

Os custos subsequentes são incluídos no custo de aquisição do bem ou reconhecidos como ativos separados, conforme apropriado, somente<br />

quando é provável que benefícios económicos futuros fluirão para a empresa e o respetivo custo possa ser mensurado com fiabilidade. Os<br />

demais dispêndios com reparações e manutenção são reconhecidos como um gasto no exercício em que são incorridos.<br />

As depreciações são calculadas sobre o custo de aquisição, sendo utilizado o método das quotas constantes por duodécimos, utilizando-se<br />

as taxas que melhor refletem a sua vida útil estimada, como segue:<br />

Anos de vida útil Valor residual<br />

Edifícios e outras construções<br />

Equipamento básico:<br />

Equipamento de voo:<br />

20 – 50 –<br />

Frota aérea 16 10%<br />

Frota aérea em regime de locação financeira 16 10%<br />

Reatores de reserva e sobressalentes 16 10%<br />

Reatores de reserva em regime de locação financeira 16 10%<br />

Outro equipamento básico 7 – 16 0 – 10%<br />

Equipamento de transporte 4 – 10 –<br />

Ferramentas e utensílios 8 – 16 0 – 10%<br />

Equipamento administrativo 5 – 16 –<br />

Outros ativos fixos tangíveis 10 –<br />

Os valores residuais dos ativos e as respetivas vidas úteis são revistos e ajustados, se necessário, na data de relato. Se a quantia escriturada<br />

é superior ao valor recuperável do ativo, procede-se ao seu reajustamento para o valor recuperável estimado mediante o registo de perdas<br />

por imparidade (Nota 2.10).<br />

Os ganhos ou perdas, provenientes do abate ou alienação, são determinados pela diferença entre os recebimentos das alienações deduzidos<br />

dos custos de transação e a quantia escriturada dos ativos, e são reconhecidos na demonstração dos resultados, como rendimentos e<br />

ganhos ou gastos e perdas operacionais.<br />

2.9. Propriedades de investimento<br />

As propriedades de investimento são imóveis (terrenos, edifícios ou partes de edifícios) detidos com o objetivo de valorização do capital, obtenção<br />

de rendas, ou ambas. As propriedades de investimento foram valorizadas ao justo valor na data da transição para as IFRS, sendo valorizadas<br />

subsequentemente de acordo com o modelo do justo valor, o qual é aplicado a todos os ativos classificados como propriedades de<br />

investimento.<br />

O justo valor das propriedades de investimento é determinado com base em avaliações efetuadas por avaliadores externos tendo em consideração<br />

as condições da sua utilização ou o melhor uso, consoante se encontre arrendado ou não.


2.10. imparidade de ativos não correntes<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 135<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Os ativos não correntes, que não têm uma vida útil definida, não estão sujeitos a amortização, mas são objeto de testes de imparidade anuais.<br />

Os ativos sujeitos a amortização/depreciação são revistos quanto à imparidade sempre que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem<br />

que o valor pelo qual se encontram escriturados possa não ser recuperável.<br />

Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante do excesso da quantia escriturada do ativo face ao seu valor recuperável. A quantia<br />

recuperável é a mais alta de entre o justo valor de um ativo, deduzido dos gastos para venda, e o seu valor de uso.<br />

Para a realização de testes de imparidade, os ativos são agrupados ao mais baixo nível no qual se possam identificar separadamente fluxos<br />

de caixa (unidades geradoras de fluxos de caixa a que pertence o ativo), quando não seja possível fazê-lo individualmente, para cada ativo.<br />

A reversão de perdas por imparidade, reconhecidas em exercícios anteriores, é registada quando se conclui que as perdas por imparidade<br />

reconhecidas já não existem ou diminuíram (com exceção das perdas por imparidade do goodwill – ver Nota 2.7).<br />

A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados nas rubricas “Imparidade de ativos não depreciáveis<br />

/ amortizáveis” e “Imparidade de ativos depreciáveis / amortizáveis”, a não ser que o ativo tenha sido reavaliado, situação em que a reversão<br />

corresponderá a um acréscimo da reavaliação. Contudo, a reversão da perda por imparidade é efetuada, até ao limite da quantia que estaria<br />

reconhecida (líquida de amortização ou depreciação), caso a perda por imparidade não tivesse sido registada em períodos anteriores.<br />

2.11. investimentos financeiros<br />

O Grupo classifica os seus investimentos nas seguintes categorias: empréstimos concedidos e contas a receber, ativos financeiros ao justo<br />

valor através de resultados, investimentos detidos até à maturidade e ativos financeiros disponíveis para venda. A classificação depende do<br />

objetivo de aquisição do investimento. A classificação é determinada, no momento do reconhecimento inicial dos investimentos, e reavaliada<br />

em cada data de relato.<br />

Todas as aquisições e alienações destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda,<br />

independentemente da data de liquidação financeira.<br />

Os investimentos são, inicialmente registados, pelo seu valor de aquisição, sendo o justo valor equivalente ao preço pago e a pagar, incluindo<br />

despesas de transação. A mensuração subsequente depende da categoria em que o investimento se insere, como segue:<br />

empréstimos concedidos e contas a receber<br />

Os empréstimos concedidos e contas a receber são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e que não são<br />

cotados num mercado ativo. São originados quando o Grupo fornece dinheiro, bens ou serviços diretamente a um devedor, sem intenção de<br />

negociar a dívida.<br />

São incluídos nos ativos correntes, exceto quando se tratam de ativos com maturidades superiores a 12 meses após a data da posição financeira,<br />

sendo nesse caso classificados como ativos não correntes.<br />

Os empréstimos concedidos e contas a receber são mensurados inicialmente ao justo valor e posteriormente ao custo amortizado.<br />

Os empréstimos concedidos e contas a receber são incluídos na demonstração da posição financeira na rubrica “Outras contas a receber<br />

correntes”.<br />

Ativos financeiros ao justo valor através de resultados<br />

Um ativo financeiro é classificado nesta categoria se adquirido principalmente com o objetivo de venda a curto prazo ou se assim designado<br />

pelos gestores. Os ativos desta categoria são classificados como correntes se forem detidos para negociação ou sejam realizáveis no período<br />

até 12 meses da data de relato. Estes investimentos são mensurados ao justo valor através da demonstração dos resultados.<br />

investimentos detidos até à maturidade<br />

Os investimentos detidos até à maturidade são ativos financeiros não derivados, com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades fixas,<br />

que o Grupo tem intenção e capacidade para manter até à maturidade. Esta categoria de investimento está registada ao custo amortizado<br />

pelo método da taxa de juro efetiva.


136 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Ativos financeiros disponíveis para venda<br />

Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que são designados nesta categoria ou que não são classificados<br />

em nenhuma das outras categorias. São incluídos em ativos não correntes, exceto se os gestores entenderem alienar o investimento<br />

num prazo até 12 meses após a data de relato. Estes investimentos financeiros são contabilizados ao valor de mercado, entendido como o<br />

respetivo valor de cotação, à data da posição financeira.<br />

Se não existir mercado ativo, o Grupo determina o justo valor através da aplicação de técnicas de avaliação, que incluem o uso de transações<br />

comerciais recentes, a referência a outros instrumentos com características semelhantes, a análise de fluxos de caixa descontados e modelos<br />

de avaliação de opções modificados para incorporar as características específicas do emitente.<br />

As mais e menos valias potenciais resultantes são registadas diretamente na reserva de justo valor, exceto no caso de existência de imparidade,<br />

até que o investimento financeiro seja vendido, recebido ou de qualquer forma alienado, momento em que o ganho ou perda acumulado,<br />

anteriormente reconhecido na reserva de justo valor é incluído no resultado líquido do exercício.<br />

Caso não exista um valor de mercado ou não o seja possível determinar, os investimentos em causa são mantidos ao custo de aquisição. São<br />

reconhecidas perdas por imparidade para a redução de valor nos casos que se justifiquem.<br />

O Grupo avalia, em cada data de relato, se há uma evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros sofreram<br />

uma perda por imparidade. Se existir uma diminuição no justo valor por um período prolongado dos ativos disponíveis para venda, a perda<br />

cumulativa – calculada pela diferença entre o custo de aquisição e o justo valor corrente, deduzida de qualquer perda por imparidade nesse<br />

ativo financeiro, que já tenha sido reconhecida em resultados – é anulada através do capital próprio e reconhecida no resultado do exercício.<br />

Uma perda por imparidade reconhecida, relativamente a ativos financeiros disponíveis para venda, é revertida se a perda tiver sido causada<br />

por eventos externos específicos de natureza excecional que não se espera que se repitam, mas que acontecimentos externos posteriores<br />

tenham feito reverter, sendo que nestas circunstâncias a reversão não afeta a demonstração dos resultados, registando-se a subsequente flutuação<br />

positiva do ativo na reserva de justo valor.<br />

2.12. instrumentos financeiros derivados<br />

O Grupo utiliza derivados com o objetivo de gerir os riscos financeiros e operacionais a que se encontra sujeito. Sempre que as expectativas<br />

de evolução de taxas de juro e do preço do jet fuel o justifiquem, o Grupo procura contratar operações de proteção contra movimentos adversos,<br />

através de instrumentos financeiros derivados, tais como interest rate swaps (“IRS”), swaps e opções.<br />

Na seleção de instrumentos financeiros derivados são, essencialmente, valorizados os aspetos económicos dos mesmos. Os instrumentos<br />

financeiros derivados são registados na demonstração da posição financeira pelo seu justo valor.<br />

Na medida em que sejam consideradas coberturas eficazes (cobertura de fluxos de caixa), as variações no justo valor são inicialmente registadas<br />

por contrapartida de capitais próprios e posteriormente em resultados do exercício operacionais, para os instrumentos de jet fuel, e resultados<br />

financeiros líquidos para os instrumentos de taxa de juro, na sua data de liquidação.<br />

Desta forma, e em termos líquidos, os gastos associados aos financiamentos cobertos são periodizados à taxa inerente à operação de cobertura<br />

contratada. Os ganhos ou perdas decorrentes de rescisão antecipada deste tipo de instrumento, são reconhecidos em resultados, quando<br />

a operação coberta também afetar resultados.<br />

Sempre que possível, o justo valor dos derivados é estimado com base em instrumentos cotados. Na ausência de preços de mercado, o justo<br />

valor dos derivados é estimado através do método de fluxos de caixa descontados e modelos de valorização de opções, de acordo com pressupostos<br />

geralmente utilizados no mercado. O justo valor dos instrumentos financeiros derivados encontra-se incluído, essencialmente, nas<br />

rubricas de outras contas a receber correntes e de outras contas a pagar correntes e não correntes.<br />

2.13. imposto sobre o rendimento<br />

O imposto sobre o rendimento inclui imposto corrente e imposto diferido. O imposto corrente sobre o rendimento é determinado com base<br />

nos resultados líquidos, ajustados em conformidade com a legislação fiscal vigente à data de relato.<br />

O imposto diferido é calculado com base na responsabilidade de balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos<br />

ativos e passivos e a respetiva base de tributação. Para a determinação do imposto diferido é utilizada a taxa fiscal que se espera estar em<br />

vigor no período em que as diferenças temporárias serão revertidas.<br />

São reconhecidos impostos diferidos ativos sempre que exista razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais poderão<br />

ser utilizados. Os impostos diferidos ativos são revistos periodicamente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos<br />

possam ser utilizados.


Grupo <strong>TAP</strong> 137<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Os impostos diferidos são registados como gasto ou rendimento do exercício, exceto se resultarem de valores registados diretamente em<br />

capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.<br />

2.14. inventários<br />

Os inventários encontram-se valorizados de acordo com os seguintes critérios:<br />

mercadorias e matérias-primas<br />

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao mais baixo de entre o custo de aquisição e<br />

o valor realizável líquido. O custo de aquisição inclui as despesas incorridas até ao armazenamento, utilizando-se o custo médio ponderado<br />

como método de custeio.<br />

O material recuperado internamente encontra-se valorizado ao custo.<br />

Produtos e trabalhos em curso<br />

Os produtos e trabalhos em curso encontram-se valorizados ao mais baixo de entre o custo de produção (que inclui o custo das matérias-primas<br />

incorporadas, mão-de-obra e gastos gerais de fabrico, tomando por base o nível normal de produção) e o valor realizável líquido.<br />

O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda estimado deduzido dos custos estimados de acabamento e de comercialização. As<br />

diferenças entre o custo e o valor realizável líquido, se inferior, são registadas na rubrica “Ajustamentos de inventários”.<br />

2.15. Valores a receber correntes<br />

Os saldos de clientes e outros valores a receber correntes são, inicialmente, contabilizados ao justo valor sendo subsequentemente mensurados<br />

ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade, necessárias para os colocar ao seu valor realizável líquido esperado (Nota 18).<br />

As perdas por imparidade são registadas quando existe uma evidência objetiva de que o Grupo não receberá os referidos montantes em dívida<br />

conforme as condições originais das contas a receber.<br />

2.16. Caixa e seus equivalentes<br />

A rubrica de caixa e equivalentes de caixa inclui caixa, depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo com maturidade inicial até 3<br />

meses, que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de flutuações de valor. Para efeitos da demonstração dos fluxos de<br />

caixa, esta rubrica inclui também os descobertos bancários, os quais são apresentados na demonstração da posição financeira, no passivo<br />

corrente, na rubrica “Financiamentos obtidos”.<br />

2.17. Capital social e ações próprias<br />

As ações ordinárias são classificadas no capital próprio (Nota 24).<br />

Os gastos diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou outros instrumentos de capital próprio são apresentados como uma dedução,<br />

líquida de impostos, ao valor recebido resultante da emissão.<br />

Os gastos diretamente imputáveis à emissão de novas ações ou opções, para a aquisição de um negócio, são incluídos no custo de aquisição,<br />

como parte do valor da compra.<br />

As ações próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição, como uma redução do capital próprio, na rubrica “Ações próprias” sendo os<br />

ganhos ou perdas inerentes à sua alienação registados em outras reservas. Em conformidade com a legislação comercial aplicável, enquanto<br />

as ações próprias se mantiverem na posse da sociedade, é indisponível uma reserva de montante igual ao seu custo de aquisição.<br />

2.18. Financiamentos obtidos / passivos remunerados<br />

Os passivos remunerados são, inicialmente, reconhecidos ao justo valor, líquidos dos custos de transação incorridos sendo, subsequentemente<br />

apresentados ao custo amortizado. Qualquer diferença entre os recebimentos (líquidos dos custos de transação) e o valor de reembolso<br />

é reconhecida na demonstração dos resultados ao longo do período da dívida, utilizando o método da taxa de juro efetiva.


138 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

A dívida remunerada é classificada no passivo corrente, exceto se o Grupo possuir um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo<br />

por, pelo menos, 12 meses após a data da posição financeira (Nota 27).<br />

2.19. encargos financeiros com empréstimos<br />

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos são, geralmente, reconhecidos como gastos financeiros, de acordo com o princípio<br />

da especialização dos exercícios.<br />

Os encargos financeiros de empréstimos diretamente relacionados com a aquisição, construção (caso o período de construção ou desenvolvimento<br />

exceda um ano) ou produção de ativos fixos são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo.<br />

A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e é interrompida<br />

após o início de utilização ou quando a execução do projeto em causa se encontre suspensa ou substancialmente concluída.<br />

Qualquer ganho diretamente relacionado com um investimento específico é deduzido ao custo do referido ativo.<br />

2.20. Provisões<br />

São reconhecidas provisões sempre que o Grupo tenha uma obrigação legal ou construtiva, como resultado de acontecimentos passados,<br />

seja provável que uma saída de fluxos e/ou de recursos se torne necessária para liquidar a obrigação e possa ser efetuada uma estimativa fiável<br />

do montante da obrigação.<br />

Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras. As provisões são revistas na data de relato e ajustadas de modo a refletir<br />

a melhor estimativa a essa data (Nota 26).<br />

2.21. Benefícios pós-emprego<br />

Algumas subsidiárias do Grupo assumiram o compromisso de pagar aos seus empregados prestações pecuniárias a título de complementos<br />

de pensões de reforma, cuidados de saúde e prémios de jubilação.<br />

Conforme referido na Nota 28, o Grupo constituiu fundos de pensões autónomos como forma de financiar uma parte das suas responsabilidades<br />

por aqueles pagamentos. De acordo com o IAS 19, as empresas que atribuem benefícios pós-emprego reconhecem os custos com a<br />

atribuição destes benefícios à medida que os serviços são prestados pelos empregados beneficiários. Deste modo a responsabilidade total<br />

do Grupo é estimada anualmente para cada plano separadamente, por uma entidade especializada e independente de acordo com o método<br />

das unidades de crédito projetadas.<br />

Os custos por responsabilidades passadas, que resultem da implementação de um novo plano ou acréscimos dos benefícios atribuídos, são<br />

reconhecidos imediatamente nos resultados do Grupo.<br />

A responsabilidade assim determinada é apresentada na demonstração da posição financeira, deduzida do valor de mercado dos fundos<br />

constituídos, na rubrica “Responsabilidades com benefícios pós-emprego”, no passivo não corrente.<br />

Os desvios atuariais, resultantes das diferenças entre os pressupostos utilizados para efeito de apuramento de responsabilidades e o que efetivamente<br />

ocorreu (bem como de alterações efetuadas aos mesmos e do diferencial entre o valor esperado da rentabilidade dos ativos dos<br />

fundos e a rentabilidade real) são reconhecidos nos resultados do exercício.<br />

Os ganhos e perdas gerados por um corte ou uma liquidação de um plano de pensões de benefícios definidos são reconhecidos em resultados<br />

do exercício quando o corte ou a liquidação ocorrer. Um corte ocorre quando se verifica uma redução material no número de empregados<br />

ou o plano é alterado de forma a que os benefícios atribuídos sejam reduzidos, com efeito material.<br />

2.22. Valores a pagar correntes<br />

Os saldos de fornecedores e valores a pagar correntes são inicialmente registados ao justo valor sendo subsequentemente mensurados ao<br />

custo amortizado (Nota 30 e 31).<br />

2.23. subsídios<br />

Os subsídios estatais só são reconhecidos após existir segurança de que o Grupo cumprirá as condições inerentes aos mesmos e que os<br />

subsídios serão recebidos.<br />

Os subsídios à exploração, recebidos com o objetivo de compensar o Grupo por gastos incorridos, são registados na demonstração dos resultados<br />

de forma sistemática durante os períodos em que são reconhecidos os gastos que aqueles subsídios visam compensar.


Grupo <strong>TAP</strong> 139<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Os subsídios ao investimento recebidos com o objetivo de compensar o Grupo por investimentos efetuados em ativos imobilizados são incluídos<br />

na rubrica “Outras contas a pagar correntes” e são reconhecidos em resultados, durante a vida útil estimada do respetivo ativo subsidiado,<br />

por dedução ao valor das amortizações.<br />

2.24. locações<br />

Os ativos fixos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados<br />

pelo método financeiro.<br />

De acordo com este método o custo do ativo é registado no ativo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo na<br />

rubrica de financiamentos obtidos, os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do ativo, calculada conforme descrito na Nota 2.8,<br />

são registados como gastos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.<br />

As locações, em que uma parte significativa dos riscos e benefícios da propriedade é assumida pelo locador, sendo o Grupo, o locatário, são<br />

classificadas como locações operacionais. Os pagamentos efetuados nas locações operacionais, líquidos de quaisquer incentivos recebidos<br />

do locador, são registados na demonstração dos resultados durante o período da locação.<br />

2.25. Distribuição de dividendos<br />

A distribuição de dividendos aos detentores do capital é reconhecida como um passivo nas demonstrações financeiras do Grupo no exercício<br />

em que os dividendos são aprovados pelo acionista e até ao momento da sua liquidação.<br />

2.26. Rédito e especialização dos exercícios<br />

Os rendimentos decorrentes de vendas são reconhecidos na demonstração dos resultados consolidada quando os riscos e benefícios inerentes<br />

à posse dos ativos são transferidos para o comprador e o montante dos rendimentos possa ser razoavelmente quantificado.<br />

O valor da venda do transporte de passageiros e carga é, no momento da venda, registado como um passivo na rubrica “Documentos pendentes<br />

de voo”. Quando o transporte é efetuado ou a venda é cancelada, o valor da venda é transferido desta rubrica para rendimentos do<br />

exercício ou para uma conta a pagar consoante o transporte tenha sido: i) efetuado pelo Grupo ou a venda cancelada sem direito a reembolso,<br />

ii) efetuado por outra transportadora aérea ou a venda cancelada com direito a reembolso, respetivamente, por um montante geralmente diferente<br />

do registado no momento da venda. São efetuadas análises periódicas do saldo da rubrica “Documentos pendentes de voo”, de forma<br />

a corrigir os saldos dos bilhetes vendidos a fim de verificar os que já foram voados ou cujos cupões perderam a validade, não podendo, portanto,<br />

ser voados ou reembolsados.<br />

As comissões, atribuídas pelo Grupo na venda de bilhetes, são diferidas e registadas como gastos do exercício, de acordo com a periodização<br />

entre exercícios das respetivas receitas de transporte.<br />

No programa passageiro frequente “<strong>TAP</strong> Victoria”, o Grupo segue o procedimento de, em condições definidas e com base nos voos efetuados,<br />

atribuir milhas aos clientes aderentes ao referido programa de fidelização, as quais podem, posteriormente, ser utilizadas na realização de<br />

voos com condições preferenciais, nomeadamente tarifas reduzidas. Com base no número de milhas atribuídas e não utilizadas nem caducadas<br />

no final de cada exercício, e na valorização unitária atribuída, ao justo valor, o Grupo procede ao diferimento da receita correspondente à<br />

estimativa do valor percecionado pelo cliente na atribuição das milhas.<br />

Para o reconhecimento dos rendimentos dos contratos de manutenção, foi adotado o método da obra completa. De acordo com este método,<br />

os rendimentos diretamente relacionados com as obras em curso, são reconhecidos na demonstração dos resultados, até ao ponto em que<br />

seja provável a recuperação dos gastos incorridos do contrato.<br />

Os custos do contrato são reconhecidos como um gasto no exercício em que ocorrem. Quando for provável que os custos totais do contrato<br />

excedam o rédito total do contrato, a perda esperada é reconhecida como um gasto.<br />

A faturação provisória de trabalhos de manutenção para terceiros, que ainda se encontram em curso à data de 31 de dezembro de <strong>2011</strong>,<br />

encontra-se contabilizada nas rubricas de diferimentos.<br />

As vendas são reconhecidas líquidas de impostos, descontos e outros custos inerentes à sua concretização, pelo justo valor do montante<br />

recebido ou a receber.<br />

Os juros recebidos são reconhecidos pelo princípio da especialização do exercício, tendo em consideração o montante em dívida e a taxa de<br />

juro efetiva durante o período até à maturidade.<br />

As empresas do Grupo registam os seus rendimentos e gastos, à medida em que são gerados, de acordo com o princípio da especialização<br />

dos exercícios, independentemente do momento em que são recebidos ou pagos.


140 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes rendimentos e gastos são registadas nas rubricas de diferimentos,<br />

contas a receber correntes e contas a pagar correntes (Notas 19, 18 e 31, respetivamente).<br />

2.27. Ativos e passivos contingentes<br />

Os passivos contingentes, em que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja apenas possível, não<br />

são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas, sendo divulgados nas notas, a menos que a possibilidade de se concretizar<br />

a saída de fundos, afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objeto de divulgação.<br />

São reconhecidas provisões para passivos que satisfaçam as condições previstas na Nota 2.20.<br />

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras consolidadas mas são divulgados no anexo quando é provável<br />

a existência de um benefício económico futuro.<br />

2.28. eventos subsequentes<br />

Os eventos, após a data de relato, que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam naquela data, são refletidos nas<br />

demonstrações financeiras consolidadas.<br />

Os eventos, após a data de relato, que proporcionem informação sobre condições que ocorram após aquela data, são divulgados, se materiais,<br />

no anexo às demonstrações financeiras consolidadas.<br />

2.29. novas normas, alterações e interpretações a normas existentes<br />

Novas normas e interpretações de aplicação mandatória em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>:<br />

As interpretações e alterações a normas existentes identificadas abaixo, são de aplicação obrigatória pelo IASB, para os exercícios que se iniciem<br />

em 1 de janeiro de <strong>2011</strong>:<br />

novas normas em vigor Data de aplicação *<br />

IAs 32 (alteração) – Instrumentos financeiros: Apresentação 1 de Janeiro de <strong>2011</strong><br />

IFRs 1 (alteração) – Adoção pela primeira vez das IFRs 1 de Janeiro de <strong>2011</strong><br />

IAs 24 (alteração) – Partes relacionadas<br />

IFRIC 14 (alteração) – IAs 19: limitação aos ativos decorrentes de planos de benefícios definidos<br />

1 de Janeiro de <strong>2011</strong><br />

e a sua interação com requisitos de contribuições mínimas 1 de Janeiro de <strong>2011</strong><br />

IFRIC 19 – Regularização de passivos financeiros com instrumentos de capital 1 de Janeiro de <strong>2011</strong><br />

* Exercícios iniciados em ou após<br />

melhoria anual das normas em 2010 (a aplicar<br />

para os exercícios que se iniciem após 1 de janeiro de <strong>2011</strong>) Data de aplicação *<br />

IFRs 1 – Adoção pela primeira vez das IFRs 1 de Janeiro de <strong>2011</strong><br />

IFRs 3 – Concentrações de atividades empresariais 1 de Janeiro de <strong>2011</strong><br />

IFRs 7 – Instrumentos financeiros: divulgações 1 de Janeiro de <strong>2011</strong><br />

IAs 1 – Apresentação das demonstrações financeiras 1 de Janeiro de <strong>2011</strong><br />

IAs 27 – Demonstrações financeiras separadas e consolidadas 1 de Janeiro de <strong>2011</strong><br />

IAs 34 – Relato financeiro intercalar 1 de Janeiro de <strong>2011</strong><br />

IFRIC 13 – Programas de fidelização de clientes 1 de Janeiro de <strong>2011</strong><br />

* Exercícios iniciados em ou após<br />

Adicionalmente, como parte do processo de revisão da consistência da aplicação prática das IAS/IFRS, o IASB decidiu fazer melhorias às normas<br />

com o objetivo de clarificar algumas das inconsistências identificadas.<br />

A introdução destas interpretações e a alteração das normas referidas anteriormente não tiveram impactos relevantes nas demonstrações<br />

financeiras do Grupo.<br />

Novas normas e interpretações de aplicação não mandatória em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>:


Grupo <strong>TAP</strong> 141<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Existem novas normas, alterações e interpretações efetuadas a normas existentes, que apesar de já estarem publicadas, a sua aplicação<br />

apenas é obrigatória para exercícios anuais, que se iniciem em ou após 1 de julho de <strong>2011</strong>, que o Grupo decidiu não adotar antecipadamente<br />

neste exercício, como segue:<br />

novas normas aprovadas pela Comissão europeia Data de aplicação *<br />

IRFS 7 (alteração) – Instrumentos financeiros: Divulgações 1 de julho de <strong>2011</strong><br />

* Exercícios iniciados em ou após<br />

novas normas não aprovadas pela Comissão europeia Data de aplicação *<br />

IFRs 1 (alteração) – Adoção pela primeira vez das IFRs 1 de julho de <strong>2011</strong><br />

IAs 12 (alteração) – Impostos sobre o rendimento 1 de janeiro de 2012<br />

IAs 1 (alteração) – Apresentação de demonstrações financeiras 1 de janeiro de 2012<br />

IFRs 9 (novo) – Instrumentos financeiros – classificação e mensuração 1 de janeiro de 2013<br />

IFRs 10 (novo) – Demonstrações financeiras consolidadas 1 de janeiro de 2013<br />

IFRs 11 (novo) – Acordos conjuntos 1 de janeiro de 2013<br />

IFRs 12 (novo) – Divulgação de interesses em outras entidades 1 de janeiro de 2013<br />

IFRs 13 (novo) – Justo valor: mensuração e divulgação 1 de janeiro de 2013<br />

IAs 27 (revisão <strong>2011</strong>) – Demonstrações financeiras separadas 1 de janeiro de 2013<br />

IAs 28 (revisão <strong>2011</strong>) – Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos 1 de janeiro de 2013<br />

IAs 19 (revisão <strong>2011</strong>) – benefícios aos empregados 1 de janeiro de 2013<br />

IFRs 7 (alteração) – Divulgações – compensação de ativos e passivos financeiros 1 de janeiro de 2013<br />

IAs 32 (alteração) – Compensação de ativos e passivos financeiros 1 de janeiro de 2014<br />

IFRIC 20 (nova) – Custos de remoção na fase de produção de uma mina de superfície<br />

* Exercícios iniciados em ou após<br />

1 de janeiro de 2013<br />

O Grupo não concluiu ainda o apuramento de todos os impactos decorrentes da aplicação das normas supra pelo que optou pela sua não<br />

adoção antecipada. Contudo, não espera que estas venham a produzir efeitos materialmente relevantes sobre a sua posição patrimonial e<br />

resultados.<br />

2.30. estimativas e julgamentos contabilísticos relevantes<br />

A preparação das demonstrações financeiras consolidadas exige que a gestão do Grupo efetue julgamentos e estimativas que afetam os montantes<br />

de rendimentos, gastos, ativos, passivos e divulgações à data de relato.<br />

Estas estimativas são determinadas pelos julgamentos da gestão do Grupo, baseados: (i) na melhor informação e conhecimento de eventos<br />

presentes e em alguns casos em relatos de peritos independentes e (ii) nas ações que o Grupo considera poder vir a desenvolver no futuro.<br />

Todavia, na data de concretização das operações, os seus resultados poderão ser diferentes destas estimativas.<br />

As estimativas e as premissas que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor contabilístico dos ativos e<br />

passivos no exercício seguinte são apresentadas abaixo:<br />

imparidade do goodwill<br />

O Grupo testa anualmente, para efeitos de análise de imparidade, o goodwill que regista na demonstração da posição financeira, de acordo<br />

com a política contabilística indicada na Nota 2.7. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa são determinados com<br />

base no cálculo de valores de uso. Esses cálculos exigem o uso de estimativas.<br />

imposto sobre o rendimento<br />

O Grupo reconhece passivos para liquidações adicionais de impostos que possam resultar de revisões pelas autoridades fiscais. Quando o<br />

resultado final destas situações é diferente dos valores inicialmente registados, as diferenças terão impacto no imposto sobre o rendimento e<br />

nas provisões para impostos, no exercício em que tais diferenças se constatam.<br />

Pressupostos atuariais<br />

As responsabilidades, referentes a planos de benefícios a empregados com benefícios definidos, são calculadas com base em determinados<br />

pressupostos atuariais. Alterações nestes pressupostos podem ter um impacto relevante naquelas responsabilidades.


142 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Reconhecimento de provisões e ajustamentos<br />

O Grupo tem diversos processos judiciais em curso para os quais, com base na opinião dos seus advogados, efetua um julgamento para<br />

determinar se deve ser registada uma provisão para essas contingências.<br />

Os ajustamentos de contas a receber são calculados, essencialmente, com base na antiguidade das contas a receber, o perfil de risco dos<br />

clientes e a situação financeira dos mesmos.<br />

Os ajustamentos de existências são calculados com base em critérios que atendem à natureza, finalidade de utilização, antiguidade e rotação<br />

de materiais.<br />

Programa de fidelização de clientes<br />

O Grupo procede ao diferimento de receita, no âmbito do programa de fidelização de clientes “<strong>TAP</strong> Victoria”, com base no valor unitário da<br />

milha, ao justo valor percecionado pelo cliente. Alterações nos pressupostos utilizados pelo Grupo, no cálculo desta estimativa, podem ter<br />

um impacto significativo.<br />

3. Políticas de gestão do risco financeiro<br />

A gestão de risco financeiro foi, também em <strong>2011</strong>, uma das pedras angulares da gestão do Grupo, dado o contexto de crescentes dificuldades<br />

da economia e o comportamento adverso dos mercados financeiros. Num clima geral, em que as empresas foram sendo crescentemente<br />

pressionadas entre a quebra da atividade económica e a subida dos custos de exploração, e num contexto financeiro de forte restrição de crédito<br />

por parte da banca nacional e internacional, o Grupo tentou encontrar as soluções mais adequadas para manter a estabilidade financeira<br />

indispensável ao prosseguimento da sua atividade.<br />

Risco de preço<br />

Os riscos, associados ao comportamento da procura, aumentaram consideravelmente durante o ano, na sequência do clima de forte instabilidade<br />

vivido pela economia europeia, com a progressiva desaceleração do PIB europeu ao longo do ano, e com a ameaça de impactos negativos<br />

dessa situação para o conjunto da economia mundial.<br />

O comportamento da economia europeia foi, sobremaneira, determinado pelo alastrar da crise das dívidas públicas, com subidas constantes<br />

de juros nos leilões de obrigações soberanas, e nos mercados secundários, quer nos países intervencionados como Grécia e Portugal, quer,<br />

nomeadamente, em Espanha, Itália e Bélgica. As principais variáveis económicas, desde o consumo ao investimento e do emprego aos salários<br />

e impostos, refletiram de forma violenta as políticas de correção estrutural dos países mais endividados, e continuaram ainda condicionadas<br />

pelas dificuldades de financiamento extremas que se verificaram.<br />

A economia portuguesa, em particular, esteve por diversas ocasiões, ao longo do ano, sob pressão dos mercados financeiros, tendo sido<br />

intervencionada pelo FMI/BCE/CE em maio. As medidas orçamentais, fiscais e salariais postas em prática, tiveram como corolário lógico uma<br />

significativa contração do PIB, próxima da verificada em 2009. A todo este cenário de dificuldades, juntou-se o choque energético, com uma<br />

média do preço do petróleo, para o conjunto do ano, idêntica à registada em 2008. Em resumo, verificou-se num mesmo ano a conjugação<br />

de uma significativa retração da atividade, a segunda em 3 anos, com um novo choque petrolífero, o segundo em 4 anos.<br />

A par destes desenvolvimentos, os mercados emergentes conseguiram manter uma dinâmica que contrastou com a dos mercados desenvolvidos.<br />

Não obstante, de 2010 para <strong>2011</strong>, a economia brasileira, o mercado externo mais importante do Grupo <strong>TAP</strong>, registou uma desaceleração<br />

do crescimento do PIB, ainda assim com um crescimento do consumo interno. Os mercados africanos, em particular Angola, que<br />

representa grande parte das vendas de África, se mantiveram dinâmicos.<br />

As vendas de passagens, no mercado nacional, representam um pouco mais da quarta parte do total de vendas, os restantes mercados europeus<br />

cerca de 37% do total, representando a Europa, no seu conjunto, pouco menos de 2/3 do total de receita efetiva. O Brasil disputa com<br />

o mercado português a liderança em termos de vendas, também próximo de 25% do total. África representa receita um pouco superior a 6%<br />

do total. O mercado dos EUA tem um peso acima de 3% e o da Venezuela acima dos 2%. Esta distribuição das vendas, refere-se a valores<br />

efetivamente voados pelo Grupo, expurgados, portanto, de vendas que não resultaram em transporte. Por exemplo, algum tráfego das rotas<br />

brasileiras, com origem em diversos pontos não servidos pela Grupo, é vendido por este, mas só o troço intercontinental de ligação a Portugal<br />

se materializa em receita efetiva. As vendas no mercado brasileiro são, desse modo, por norma, mais elevadas que os valores voados, existindo<br />

ganhos comerciais para além dos rendimentos de passagens.<br />

Apesar dos diferentes ritmos das economias das múltiplas áreas geográficas onde o Grupo opera, o crescimento da atividade de transporte<br />

aéreo, a nível global e em cada mercado, está também muito dependente da política comercial e da política de preços praticada, bem como<br />

da oferta programada para cada um dos mercados em cada época IATA, o que condiciona load factors e yields. Refira-se a este nível, e em<br />

termos globais, que o tráfego premium, por exemplo, apresentou crescimento acima da média em receita efetiva no ano (embora com redução<br />

do número de bilhetes vendidos), tal como as tarifas mais baixas, tendo-se reduzido significativamente as tarifas da classe intermédia.


Grupo <strong>TAP</strong> 143<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Do efeito conjugado da oferta programada, com os respetivos ajustamentos ao longo do ano, das diversas tarifas praticadas, e da intensidade<br />

da procura registada em cada mercado resultam os principais valores e indicadores da atividade de transporte aéreo.<br />

Globalmente, a tarifa média registou uma subida, de 2010 a <strong>2011</strong>, tendo o load factor global crescido para um nível médio acima de 75%. A<br />

atividade global, medida pelo número de passageiros por quilómetros utilizados (“PKU”), subiu, no ano, quase 10%, tendo a receita efetiva<br />

subido em percentagem equivalente.<br />

A nível da Europa, registaram-se crescimentos de atividade e receita elevados, à exceção de Portugal, mercado onde a desaceleração, da atividade<br />

e da receita, se fez sentir com mais intensidade.<br />

No mercado brasileiro, o crescimento da receita foi expressivo, a dois dígitos, tendo a receita subido mais do que a atividade (medida por PKU)<br />

e do que o número de passageiros.<br />

Os mercados africanos apresentaram um crescimento de receita bastante diverso de mercado para mercado, com o crescimento de Angola<br />

a ser em parte contrariado pela redução de receita de Moçambique e África do Sul, tendo esta última linha sido mesmo encerrada. EUA e<br />

Venezuela, por seu turno, cresceram significativamente.<br />

Refira-se, ainda, que, a nível de receitas de carga, por contraponto à receita de passagens, a distribuição das vendas por mercados tem um<br />

peso relativo menor no Brasil, enquanto que, nos EUA o peso da carga é muito superior ao das passagens. A Europa, incluindo Portugal, pesa<br />

quase 80% a nível da carga e África (contabilizada como mercado emissor, ou seja no sentido África-Portugal) tem ainda uma expressão diminuta<br />

nestas vendas. Em termos gerais, a atividade da carga cresceu, registando um comportamento positivo face ao ano anterior, a nível de<br />

receita, incluindo nesta a receita de sobretaxas de combustível, embora o volume transportado tenha sido inferior, fruto da crise económica.<br />

No cômputo global, tendo presente o complexo clima económico vivido, os resultados da atividade e rendimentos do Grupo, resultantes da<br />

sua atividade principal, foram claramente positivos, podendo referir-se que a internacionalização e a diversificação de mercados, continuam a<br />

ser um meio importante no combate aos riscos de mercado do Grupo.<br />

Risco de preço de combustível<br />

Ao contrário do ano de 2010, em que uma proporção muito significativa do consumo de combustível foi objeto de hedging, em <strong>2011</strong> tal não<br />

sucedeu, em parte devido à subida “intempestiva” de preços registada no final de 2010, e sobretudo no início do ano, aparentemente causada<br />

pelas revoltas nos vários países do norte de África e Médio-Oriente. Mesmo depois de passada a fase mais crítica da primavera árabe e<br />

da guerra na Líbia, outros fatores de instabilidade continuaram a afetar os mercados petrolíferos, com destaque, em final de ano, para a tensão<br />

militar crescente entre Irão e Estados Unidos, o que contribuiu para manter um elevado prémio de risco geopolítico no preço do petróleo.<br />

A agravar a fatura de combustível do Grupo estiveram também presentes, outros fatores, como o aumento de consumo devido ao aumento<br />

da operação, em cerca de 5%, e o comportamento do Euro face ao Dólar, que, ao contrário de ocasiões anteriores de subida do preço do<br />

petróleo, registou uma valorização mais limitada, tendo atingido picos muito inferiores aos registados em 2008, por exemplo. A subida média<br />

do preço do jet fuel em Dólares, medida pelo referencial de mercado da Platts, foi de 40% face ao ano anterior, depois de já em 2010 se ter<br />

registado uma subida média de 30% do preço médio face a 2009. O preço médio do combustível de avião, no ano, foi de 1.015 USD/tonelada,<br />

ligeiramente acima do valor médio registado em 2008, aquando do último choque petrolífero. Muito embora os máximos de <strong>2011</strong> tenham<br />

ficado aquém dos níveis extremos ocorridos em meados de 2008, próximos de 1.500 USD/tonelada, já os valores mínimos do ano, cerca de<br />

850 USD/tonelada, se situaram muito acima dos mínimos de 2008 (450 USD/tonelada), conduzindo a um resultado médio muito semelhante<br />

para o conjunto do ano.<br />

A sensibilidade da exploração do Grupo a esta componente da estrutura de gastos continua muito elevada, com impactos significativos nas<br />

contas do Grupo. Para um consumo padrão de 900 mil toneladas por ano, uma variação de 100 USD no preço da tonelada de jet fuel, provoca<br />

uma variação nos custos de 90 milhões de USD, equivalente a cerca de 70 milhões de Euros, considerando um câmbio de 1,30 no Eurodólar.<br />

De referir que, além das atuações em mercado, decorrentes das oportunidades que as oscilações de preço possam proporcionar, existem<br />

ainda defesas endógenas do Grupo face ao risco de preço, embora de impacto limitado, que consistem na modulação das sobretaxas de<br />

combustível. Estas sobretaxas representam, presentemente, um valor com alguma expressão na receita, mas claramente insuficiente para<br />

mitigar o efeito da alta de preços, como se pode constatar com o seu aumento de 2010 para <strong>2011</strong>, aproximadamente, 50 milhões de Euros,<br />

muito inferior ao aumento de gasto registado.<br />

Para o ano de 2012 foram levadas a cabo, no final do ano de <strong>2011</strong>, diversas operações de cobertura de preço que deverão mitigar o impacto<br />

de novas subidas das cotações nos primeiros meses de 2012. As contrapartes nestas operações apresentavam, no ano, ratings da Standard<br />

& Poor’s entre BB e A+.<br />

A exposição ao preço do combustível é, ao nível dos custos, o fator mais importante gerador de exposição cambial do Grupo (especialmente<br />

quando as cotações do combustível estão elevadas) dado que o mercado de jet fuel é denominado em Dólares e o combustível é a principal<br />

rubrica de gastos variáveis. Uma baixa considerável no preço do combustível, por seu turno, reduz significativamente a exposição líquida do<br />

Grupo face ao Dólar.


144 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Risco cambial<br />

Apesar de toda a instabilidade registada nos mercados financeiros e dos níveis elevados do preço das matérias-primas, o comportamento do<br />

Euro face ao Dólar acabou por não apresentar excessiva volatilidade ao longo do ano. No início e no fim do ano, que corresponderam às fases<br />

de maior tensão na crise da dívida europeia, o Euro enfraqueceu e situou-se em torno de 1,30, tendo registado uma subida a 1,40-1,45 em<br />

meados do ano, numa fase de maior acalmia dos mercados. Também face ao Real brasileiro se verificou uma subida do Euro, durante o ano.<br />

Em qualquer caso, as volatilidades nos mercados cambiais foram menores do que as verificadas nos anos anteriores.<br />

Mais de metade das vendas de passagens aéreas do Grupo, são realizadas na área do Euro, divididas de forma equilibrada entre Portugal e<br />

restantes países da zona Euro e ainda incluindo mercados africanos com moedas em paridade fixa com a divisa europeia. Para além das vendas<br />

em Euros, as vendas em outras divisas europeias, libra, franco suíço, divisas nórdicas e do leste europeu, representam aproximadamente<br />

10% do total da receita de passagens. Na generalidade, e à exceção do franco suíço, as várias divisas europeias depreciaram-se face ao Euro<br />

em meados do ano, tendo-se revalorizado no final do ano.<br />

As vendas no mercado brasileiro têm, subjacente, um cálculo tarifário em Dólares, e em conjunto com o mercado norte-americano e com<br />

Angola implicam uma exposição, direta e indireta, ao Dólar, no montante de aproximadamente 1/3 do total. Existe ainda exposição da receita,<br />

embora marginal, a outras divisas, como o bolívar e o metical.<br />

Do lado dos custos, a principal fonte de exposição ao risco cambial advém da fatura com combustíveis que, neste ano, tal como no anterior,<br />

sofreu um aumento muito significativo, com níveis médios de preços muito elevados. Ao contrário dos preços, sempre altos ao longo de todo<br />

o ano, a volatilidade foi menor do que em anos anteriores. A fatura com combustíveis aproximou-se de mil milhões de Dólares e superou o<br />

valor record de 2008, acima dos 700 milhões de Euros, representando uma proporção muito significativa do total de gastos do Grupo. De referir<br />

outras rubricas de menor expressão, de encargos denominados em Dólares, tais como: leasings operacionais, gastos com manutenção,<br />

compra de equipamentos sobressalentes, formação com simulador de voo, taxas de navegação e aeroportuárias e seguros.<br />

No que se refere à dívida, também o montante denominado em Dólares subiu, no final de ano, face ao ano anterior, pela contração de novas<br />

operações de leasing financeiro, representando agora o peso total do Dólar, no passivo remunerado, cerca de 13% face aos 3% de 2010.<br />

A exposição do Grupo ao risco de taxa de câmbio, a 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, com base nos valores da posição financeira, dos ativos<br />

e passivos financeiros do Grupo, em divisas, convertidos para Euros aos câmbios em vigor à data de relato, apresenta-se como segue:<br />

<strong>2011</strong> UsD BRl outras Total<br />

ATIVOS<br />

Caixa e equivalentes de caixa 11.435 6.741 31.548 49.724<br />

Contas a receber – clientes 54.782 89.468 14.864 159.114<br />

Contas a receber – outros 24.010 24.032 2.825 50.867<br />

90.227 120.241 49.237 259.705<br />

PASSIVOS<br />

Passivos remunerados 155.083 – – 155.083<br />

Contas a pagar – fornecedores 24.040 15.602 5.147 44.789<br />

Contas a pagar – outros 8.451 4.043 725 13.219<br />

187.574 19.645 5.872 213.091<br />

2010 UsD BRl outras Total<br />

ATIVOS<br />

Caixa e equivalentes de caixa 18.449 12.610 20.973 52.032<br />

Contas a receber – clientes 29.912 97.523 24.969 152.404<br />

Contas a receber – outros 22.042 17.892 4.135 44.069<br />

70.403 128.025 50.077 248.505<br />

PASSIVOS<br />

Passivos remunerados 38.792 – – 38.792<br />

Contas a pagar – fornecedores 15.865 13.967 3.994 33.826<br />

Contas a pagar – outros 159 4.697 268 5.124<br />

54.816 18.664 4.262 77.742<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, uma variação (positiva ou negativa) de 10%, de todas as taxas de câmbio com referência ao Euro, resultaria num<br />

impacto nos resultados do exercício de, aproximadamente, 4.661 milhares de Euros.


Risco de taxa de juro<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 145<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Num cenário de desaceleração generalizada das economias dos países desenvolvidos, as taxas de juro diretoras dos principais bancos centrais,<br />

mantiveram-se baixas, ou mesmo próximas de zero, como nos Estados Unidos. Na zona Euro, as taxas oficiais subiram em meados do<br />

ano de 1% para 1,5% mas voltaram ao nível de 1% no final do ano. As taxas de mercado replicaram muito de perto este movimento, em particular<br />

a Euribor a 3 meses.<br />

Por um lado, os mercados obrigacionistas europeus sofreram um ano verdadeiramente tumultuoso, com as taxas de juro de diversos países<br />

a sofrerem enormes subidas, no caso português nas taxas da dívida pública a 10 anos, de 7% no início do ano para 14% no final do ano.<br />

Por outro lado, e como resultado das enormes tensões vividas nos mercados obrigacionistas e consequentes dificuldades de refinanciamento<br />

dos Estados e dos bancos, verificou-se uma contração brusca do crédito disponível, em particular nos países intervencionados, ou com deficits<br />

públicos elevados, provocando fortes subidas de margens no crédito a empresas ainda com acesso a financiamentos e, para a grande<br />

maioria, em especial pequenas e médias empresas, a quase impossibilidade de acesso a crédito.<br />

Neste quadro de adversidade, também no Grupo, se registaram subidas de spreads nas linhas de curto prazo existentes. O facto de as linhas<br />

de curto prazo, representarem apenas cerca de 6% do passivo remunerado do Grupo permitiu, de novo, neste ano, minimizar o impacto<br />

negativo das revisões de margens praticadas pelos bancos. Por outro lado, o facto de se terem concretizado diversas operações financeiras<br />

de médio e longo prazo, ao longo do ano de 2010, permitiu, igualmente, limitar a necessidade de recurso a novos empréstimos. Somente, no<br />

final do ano, se tornou aconselhável concretizar uma operação de financiamento, necessária, dado o consumo de recursos financeiros adicionais<br />

provocados pela alta, muito pronunciada e prolongada, do preço dos combustíveis. Consistiu esta operação num conjunto de leasings<br />

financeiros internacionais, a médio prazo, em Dólares, envolvendo 9 aviões de médio e longo curso, propriedade do Grupo, na sequência do<br />

terminus de diversos leasings de longo prazo.<br />

O endividamento global do Grupo tem-se mantido em torno de 1,2 mil milhões de Euros, desde o ano transato, embora com flutuações decorrentes<br />

dos timings de amortização e renegociação de dívida, bem como resultantes da utilização de novos financiamentos. A exposição a taxa<br />

fixa e flutuante alterou-se, face ao ano anterior, passando a parcela a taxa variável de 46% em 2010 para 42% no ano, subindo a proporção a<br />

taxa fixa para 58% no final do ano, alteração essa que se deveu, sobretudo, à contratação dos novos leasings.<br />

A margem média da dívida continua a manter-se em níveis moderados, embora tenha subido por força das novas operações e das significativas<br />

revisões em alta de spread em linhas de curto prazo. O prazo médio ponderado da dívida no final do ano era de 3 anos, assumindo nessa<br />

estimativa o reembolso das linhas de crédito de curto prazo durante o decurso de 2012. Caso isso não suceda e as linhas de curto prazo mantenham<br />

alguma permanência, a duração média dos financiamentos será ligeiramente superior. Excluídas as linhas de crédito, com um peso<br />

pouco significativo no quadro da dívida total, os montantes programados de reembolso dos empréstimos e leasings financeiros de médio e longo<br />

prazo estão distribuídos de forma equilibrada durante os próximos 6 anos, de 2012 a 2017, excetuando-se o ano de 2015, com a liquidação<br />

bullet de uma operação contraída em 2010, no montante de 52 milhões de Euros. A dívida existente continua a ter um prazo máximo até 2020.<br />

No quadro do passivo remunerado abaixo, englobando capital e juros, assumiram-se os pressupostos relativos a taxas de juro de mercado e<br />

câmbio do Eurodólar, como segue: 3% para a Euribor, 1,75% para a Libor do Dólar e 1,2939 no Eurodólar. Os valores de passivo expressam<br />

os valores a pagar nos prazos indicados, incluindo a estimativa de todos os fluxos de caixa contratuais com amortização e juros, não descontados,<br />

até ao final da vida dos empréstimos. Considerou-se um pressuposto simplificador de ritmo de amortização intra-anual linear para<br />

efeito de cálculo dos juros futuros:<br />

<strong>2011</strong> < 1 ano 1-2 anos 3-5 anos 6-10 anos Total<br />

Empréstimos 151.328 96.471 310.254 50.204 608.257<br />

locações financeiras 137.371 133.065 324.397 189.238 784.071<br />

ToTAl 288.699 229.536 634.651 239.442 1.392.328<br />

Empréstimos taxa fixa 51.747 51.648 203.143 49.047 355.585<br />

locações financeiras taxa fixa 67.168 67.212 193.499 137.717 465.596<br />

ToTAl TAxA FixA 118.915 118.860 396.642 186.764 821.181<br />

2010 < 1 ano 1-2 anos 3-5 anos 6-10 anos Total<br />

Empréstimos 160.565 85.607 310.878 135.671 692.721<br />

locações financeiras 131.747 119.340 321.236 190.979 763.302<br />

ToTAl 292.312 204.947 632.114 326.650 1.456.023<br />

Empréstimos taxa fixa 51.747 51.748 205.703 98.134 407.332<br />

locações financeiras taxa fixa 72.906 49.609 158.039 106.791 387.345<br />

ToTAl TAxA FixA 124.653 101.357 363.742 204.925 794.677<br />

O Grupo <strong>TAP</strong> utiliza a técnica da análise de sensibilidade que mede as alterações estimadas nos resultados, de um aumento ou diminuição<br />

imediato das taxas de juros de mercado, com todas as outras variáveis constantes. Esta análise é apenas para fins ilustrativos, já que na prática<br />

as taxas de mercado raramente se alteram isoladamente.


146 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

A análise de sensibilidade é baseada nos seguintes pressupostos:<br />

+ Alterações nas taxas de juro de mercado afetam os rendimentos ou despesas de juros de instrumentos financeiros variáveis;<br />

+ Alterações nas taxas de juro de mercado apenas afetam os rendimentos ou despesas de juros, em relação a instrumentos financeiros com<br />

taxas de juro fixas, se estes estiverem reconhecidos ao justo valor.<br />

Sob estes pressupostos, um aumento ou diminuição de 0,5% em taxas de juro de mercado, para todas as moedas em que o Grupo tem<br />

empréstimos, a 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, resultaria numa diminuição ou aumento do lucro antes de imposto de, aproximadamente, 6.441<br />

milhares de Euros.<br />

Na Nota 27 encontra-se apresentado o detalhe da dívida bancária remunerada com a indicação da entidade financiadora e respetivo indexante.<br />

Risco de crédito e de liquidez<br />

Possivelmente, nunca o risco associado a níveis de liquidez baixos foi tão grande, para as empresas portuguesas, como no ano de <strong>2011</strong>. As<br />

dificuldades de financiamento da economia portuguesa e europeia, bem como as exigências de desalavancagem das instituições bancárias<br />

nacionais, por força da implementação do memorando assinado pelo governo português com o FMI/BCE/CE, determinaram restrições drásticas<br />

ao crédito disponível às empresas nacionais.<br />

A crise das dívidas soberanas esteve presente como pano de fundo dos mercados de capitais ao longo de todo o ano, repercutindo-se em<br />

elevadíssimas taxas de juro de longo prazo e em indicadores de risco de incumprimento a níveis record, tal como os Credit Default Swap da<br />

República Portuguesa, que subiram de 500 pontos base em início do ano para 1.000 pontos base no final do ano. Outros mercados, como<br />

o de ações, foram também penalizados em Portugal, em boa parte desvalorizados pelos títulos da banca, setor muito atingido pela própria<br />

crise de dívida soberana.<br />

Além do agravamento das dificuldades de financiamento verificadas no ano, que se somaram às dificuldades crescentes de obtenção de<br />

financiamento já registadas em anos anteriores, a tesouraria das empresas foi, ainda, claramente pressionada em resultado do duplo choque<br />

da retração económica e da alta de preços de combustível, o que exigiu da gestão de tesouraria uma redobrada prudência e atenção, bem<br />

como a aceitação de custos marginais de financiamento mais elevados do que seria razoável em condições de estabilidade dos mercados.<br />

Embora registando sazonalidade e descontinuidades, resultantes da atividade e da calendarização das amortizações de dívida, e resultantes<br />

ainda da contração das novas operações, a liquidez do Grupo permitiu manter o normal funcionamento de toda a atividade e ainda alimentar<br />

o esforço de expansão do transporte aéreo, além de acomodar a realização de investimentos indispensáveis, alguns dos quais imprevistos,<br />

a nível de reatores de reserva, por exemplo.<br />

Manteve-se, ainda, o esforço de tesouraria necessário ao financiamento das atividades do Grupo que se têm revelado deficitárias nos últimos<br />

anos. No que se refere à aplicação dos montantes disponíveis de excedentes de liquidez do Grupo, verificou-se, ao longo do ano, uma saudável<br />

diversificação na sua colocação entre as diversas contrapartes, tirando partido da significativa competição registada entre entidades bancárias<br />

nesta matéria, procurando-se mitigar o efeito adverso das descidas de rating verificadas na banca nacional em geral.<br />

No final de <strong>2011</strong>, e após as alterações na dívida verificadas ao longo do ano, as responsabilidades de curto prazo do passivo remunerado,<br />

incluindo a estimativa de todos os fluxos de caixa contratuais com amortização e juros, não descontados, atingiram os valores constantes do<br />

quadro seguinte:<br />

1º semestre 2º semestre<br />

Amortização<br />

Empréstimos 95.714 34.123<br />

locações financeiras 49.244 60.822<br />

ToTAl 144.958 94.945<br />

Juros<br />

Empréstimos 11.955 9.536<br />

locações financeiras 13.299 14.006<br />

ToTAl 25.254 23.542<br />

No que se refere, ainda, à gestão das operações de financiamento no longo e no curto prazo, esta teve, também, a preocupação de manter<br />

uma razoável diversificação das entidades financiadoras, nacionais e estrangeiras, tendo-se verificado alguma recomposição no portfólio de<br />

contrapartes bancários, em função das dificuldades próprias de algumas entidades nacionais. Por exemplo, a nível de recebíveis ligados às<br />

vendas em Portugal, utilizados como colateral de linha de curto prazo em vigor, foram estes afetos a nova operação negociada, em meados<br />

do ano, com nova instituição financeira do mercado português.


Grupo <strong>TAP</strong> 147<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Além da gestão financeira, no curto e longo prazo, e da gestão de tesouraria, também no âmbito da gestão do ativo circulante foi sendo dado<br />

um acompanhamento rigoroso à monitorização das posições de clientes e à repercussão dos efeitos da crise económica na qualidade creditícia<br />

destes, tendo sido possível limitar o agravamento, por exemplo, dos ajustamentos a um valor pouco significativo para a dimensão da atividade.<br />

O quadro seguinte apresenta elementos relativos à posição de liquidez do Grupo a 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, bem como saldos de<br />

contas a receber, que refletem o risco máximo de crédito nessas mesmas datas:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Ativos não correntes<br />

Depósitos judiciais – brasil (Nota 18) 22.221 16.283<br />

Associadas e outros ativos não correntes 15.435 13.914<br />

Ativos correntes<br />

Caixa e equivalentes de caixa 167.365 222.677<br />

Contas a receber – clientes 250.482 223.212<br />

Associadas e outros ativos correntes 167.836 128.134<br />

623.339 604.220<br />

Exposição ao risco de crédito fora de balanço<br />

Garantias prestadas (Nota 60) 44.849 37.999<br />

Outros compromissos (Nota 27 e 60) 218.876 241.871<br />

263.725 279.870<br />

A qualidade de risco de crédito e liquidez do Grupo, em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, face a ativos financeiros (caixa e equivalentes de<br />

caixa e instrumentos financeiros derivados), cujas contrapartes sejam instituições financeiras, detalha-se como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

AA – 290<br />

AA- 1.107 373<br />

A+ 81 20.006<br />

A 15.765 487<br />

A- – 59.391<br />

bbb+ – 2.125<br />

bbb 4.087 5.183<br />

bbb- 32.339 96.709<br />

bb+ 1.088 –<br />

bb 52.773 –<br />

bb- 25.050 –<br />

Outros 35.289 37.935<br />

167.579 222.499<br />

Instrumentos financeiros derivados 429 –<br />

Depósitos bancários (Nota 22) 167.150 222.499<br />

167.579 222.499<br />

A rubrica “Outros” contém valores referentes a diversas instituições internacionais, para as quais não foi possível obter a notação de rating.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, os saldos a receber de clientes apresentavam a seguinte estrutura de antiguidade, considerando como<br />

referência a data de vencimento dos valores em aberto:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Valores não vencidos 180.782 107.359<br />

de 1 a 90 dias 44.810 39.994<br />

de 91 a 180 dias 7.407 8.920<br />

de 181 a 270 dias 10.982 6.161<br />

de 271 a 365 dias 1.330 53.890<br />

a mais de 366 dias 73.908 77.781<br />

319.219 294.105<br />

Imparidades (Nota 21) (68.737) (70.893)<br />

sAlDo lÍqUiDo (noTA 21) 250.482 223.212


148 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Os valores apresentados correspondem aos valores em aberto, face aos prazos de vencimento contratados. Apesar de existirem atrasos na<br />

liquidação de alguns valores face a esses prazos, tal não resulta na identificação de situações de imparidade para além das consideradas através<br />

das correspondentes perdas.<br />

Do valor total de contas a receber de clientes, os saldos das companhias de aviação e de agências de viagens, conforme identificado na Nota 21,<br />

são regularizados, principalmente, através do sistema IATA Clearing House, o que minimiza, substancialmente, o risco de crédito do Grupo <strong>TAP</strong>.<br />

4. Trabalhadores ao serviço<br />

Durante os exercícios de <strong>2011</strong> e 2010 o número médio de trabalhadores ao serviço, da empresa e de todas as subsidiárias, foi de 10.806 e<br />

de 10.886, respetivamente.<br />

<strong>2011</strong><br />

Transporte<br />

Aéreo<br />

manutenção Free shop Catering outros Total<br />

Portugal 4.573 1.905 388 513 786 8.165<br />

brasil 127 2.091 – – – 2.218<br />

Outros 410 13 – – – 423<br />

5.110 4.009 388 513 786 10.806<br />

2010<br />

Transporte<br />

Aéreo<br />

manutenção Free shop Catering outros Total<br />

Portugal 4.513 1.942 366 499 830 8.150<br />

brasil 119 2.187 – – – 2.306<br />

Outros 420 10 – – – 430<br />

5.052 4.139 366 499 830 10.886<br />

5. Ativos fixos tangíveis<br />

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, o movimento ocorrido no valor dos ativos fixos tangíveis, bem como nas<br />

respetivas depreciações acumuladas, foi o seguinte:


Ativos fixos tangíveis<br />

<strong>2011</strong><br />

Terrenos<br />

e recursos<br />

naturais<br />

edifícios<br />

e outras<br />

construções<br />

equipamento<br />

básico<br />

equipamento<br />

de transporte<br />

Ferramentas<br />

e utensílios<br />

equipamento<br />

Administrativo<br />

outras<br />

imobilizações<br />

corpóreas<br />

outros ativos<br />

em curso<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 149<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Adiantamentos<br />

por conta de<br />

ativos fixos<br />

tangíveis ToTAl<br />

Ativo Bruto<br />

saldo inicial 46.042 348.599 2.146.151 5.232 32.069 71.488 20.092 4.252 6.802 2.680.727<br />

Adições – – 7.980 96 1.063 1.521 2.698 6.675 338 20.371<br />

Perdas de imparidade<br />

reconhecidas (Nota 46) (3.400) – (2.350) – – – – – – (5.750)<br />

Alienações – – (15.604) (53) (1) – (2) – – (15.660)<br />

Outras transferências /<br />

abates (351) 1.592 (6.750) (95) 446 (5.919) (100) (1.880) – (13.057)<br />

Diferenças de câmbio (112) (360) (1.636) (8) (894) (410) – (294) – (3.714)<br />

saldo final 42.179 349.831 2.127.791 5.172 32.683 66.680 22.688 8.753 7.140 2.662.917<br />

Depreciações<br />

Acumuladas<br />

saldo inicial – 224.971 1.282.908 4.874 17.850 66.488 17.292 – – 1.614.383<br />

Dotações (Nota 50) – 6.016 110.931 233 1.762 1.959 780 – – 121.681<br />

Alienações – – (11.746) (45 ) (1) – (2) – – (11.794)<br />

Outras transferências /<br />

abates – 30 (5.690) (95) (33) (5.775) (100) – – (11.663)<br />

Diferenças de câmbio – (104) (1.240) (7) (310) (361) – – – (2.022)<br />

saldo final – 230.913 1.375.163 4.960 19.268 62.311 17.970 – – 1.710.585<br />

VAloR lÍqUiDo 42.179 118.918 752.628 212 13.415 4.369 4.718 8.753 7.140 952.332<br />

Ativos fixos tangíveis<br />

2010<br />

Terrenos<br />

e recursos<br />

naturais<br />

edifícios<br />

e outras<br />

construções<br />

equipamento<br />

básico<br />

equipamento<br />

de transporte<br />

Ferramentas<br />

e utensílios<br />

equipamento<br />

Administrativo<br />

outras<br />

imobilizações<br />

corpóreas<br />

outros ativos<br />

em curso<br />

Adiantamentos<br />

por conta de<br />

ativos fixos<br />

tangíveis ToTAl<br />

Ativo Bruto<br />

saldo inicial 46.699 348.782 2.163.017 5.282 20.345 69.529 11.774 2.122 6.321 2.673.871<br />

Adições – 1.827 11.294 45 2.125 1.095 1.181 4.332 – 21.899<br />

Perdas de imparidade<br />

reconhecidas (Nota 46) (500) (440) – – – – – – – (940)<br />

Alienações (28) (489) (933) (43) – (54) (10) – – (1.557)<br />

Outras transferências /<br />

abates (288) (1.336) (29.954) (64) 8.452 (1.275) 7.147 (2.440) 481 (19.277)<br />

Diferenças de câmbio 159 255 2.727 12 1.147 2.193 – 238 – 6.731<br />

saldo final 46.042 348.599 2.146.151 5.232 32.069 71.488 20.092 4.252 6.802 2.680.727<br />

Depreciações<br />

Acumuladas<br />

saldo inicial – 219.348 1.173.627 4.615 13.700 63.582 10.473 – – 1.485.345<br />

Dotações (Nota 50) – 5.947 127.780 332 984 2.250 661 – – 137.954<br />

Alienações – (80) (873) (43) – (49) (10) – – (1.054)<br />

Outras transferências /<br />

abates – (315) (19.660) (40) 2.892 (1.131) 6.168 – – (12.087)<br />

Diferenças de câmbio – 71 2.034 10 274 1.836 – – – 4.225<br />

saldo final – 224.971 1.282.908 4.874 17.850 66.488 17.292 – – 1.614.383<br />

VAloR lÍqUiDo 46.042 123.628 863.243 358 14.219 5.000 2.800 4.252 6.802 1.066.344<br />

O aumento, no montante de 7.980 milhares de Euros, registado na rubrica “Equipamento básico” refere-se, essencialmente, à aquisição de<br />

sobressalentes, equipamento de frota e equipamento de manutenção nos montantes de 4.496 milhares de Euros, 1.129 milhares de Euros e<br />

996 milhares de Euros, respetivamente.<br />

As alienações de equipamento básico referem-se, essencialmente, à alienação de um simulador de voo, cujo valor líquido contabilístico ascendia<br />

a 3.610 milhares de Euros, o que gerou uma menos-valia de 2.051 milhares de Euros.<br />

As transferências e abates de equipamento básico respeitam, essencialmente, a abates de sobressalentes por sucata e outros equipamentos<br />

diversos de manutenção.


150 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 a rubrica “Equipamento básico” tem a seguinte composição:<br />

Valor<br />

bruto<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Amortizações<br />

acumuladas<br />

Valor<br />

líquido<br />

Valor<br />

bruto<br />

Amortizações<br />

acumuladas<br />

Valor<br />

líquido<br />

Equipamento básico<br />

Equipamento de voo<br />

Frota aérea 375.691 (332.456) 43.235 601.433 (436.373) 165.060<br />

Reactores de reserva 47.075 (26.782) 20.293 49.425 (23.927) 25.498<br />

sobressalentes 148.462 (111.438) 37.024 148.137 (110.835) 37.302<br />

571.228 (470.676) 100.552 798.995 (571.135) 227.860<br />

Equipamento de voo em regime de locação financeira<br />

Frota aérea 1.435.916 (808.920) 626.996 1.209.524 (609.030) 600.494<br />

Reactores de reserva 6.867 (2.124) 4.743 6.867 (1.738) 5.129<br />

1.442.783 (811.044) 631.739 1.216.391 (610.768) 605.623<br />

Máquinas e aparelhagem diversa 113.780 (93.443) 20.337 130.765 (101.005) 29.760<br />

2.127.791 (1.375.163) 752.628 2.146.151 (1.282.908) 863.243<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, a frota aérea do Grupo, decompõe-se da seguinte forma:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Propriedade locação locação<br />

Propriedade locação locação<br />

Grupo <strong>TAP</strong> Financeira operacional ToTAl Grupo <strong>TAP</strong> Financeira operacional Total<br />

Airbus A340 4 – – 4 4 – – 4<br />

Airbus A310 – – – – – – 1 1<br />

Airbus A330 – 11 1 12 3 8 1 12<br />

Airbus A319 – 15 4 19 3 11 4 19<br />

Airbus A320 – 5 12 17 – 5 12 17<br />

Airbus A321 – 2 1 3 – 2 1 3<br />

Fokker 100 – 6 – 6 – 6 – 6<br />

Embraer 145 – 8 – 8 – 8 – 8<br />

4 47 18 69 10 41 19 70<br />

De referir, que o avião Airbus A310, em regime de locação operacional, em 2010, não se encontrava afeto à operação naquela data.<br />

O aumento verificado na rubrica “Outros ativos em curso”, no montante de 6.675 milhares de Euros, refere-se, essencialmente, à aquisição<br />

de um simulador de voo A320.<br />

A rubrica “Adiantamentos por conta de ativos fixos tangíveis” refere-se, essencialmente, a adiantamentos efetuados para a aquisição futura<br />

de aeronaves.<br />

6. Propriedades de investimento<br />

À data de 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, a rubrica de propriedades de investimento, refere-se ao valor atribuído a dois imóveis em Maputo<br />

(Moçambique), os quais se encontram arrendados a terceiros, e dois apartamentos em Sacavém.<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Saldo inicial 2.607 1.287<br />

Ajustamento de justo valor – ganhos e perdas líquidos (Nota 47) 255 –<br />

Outras variações – 1.320<br />

saldo final 2.862 2.607<br />

O justo valor das propriedades de investimento, foi determinado por avaliador independente, com qualificação profissional reconhecida,<br />

tendo os métodos e pressupostos significativos aplicados na determinação do justo valor das propriedades sido suportado por evidências<br />

do mercado.


Grupo <strong>TAP</strong> 151<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

As quantias reconhecidas nos lucros ou prejuízos do exercício, associadas a rendimentos de rendas e gastos operacionais diretos, são imateriais<br />

no conjunto das demonstrações financeiras do Grupo.<br />

7. Goodwill<br />

No decurso dos exercícios de <strong>2011</strong> e 2010, o movimento ocorrido na rubrica “Goodwill”, foi conforme segue:<br />

<strong>2011</strong> saldo inicial<br />

Variação<br />

Cambial<br />

saldo Final<br />

Transporte Aéreo 63.099 – 63.099<br />

manutenção e Engenharia brasil 147.916 (4.620) 143.296<br />

211.015 (4.620) 206.395<br />

2010 saldo inicial<br />

Variação<br />

Cambial<br />

saldo Final<br />

Transporte Aéreo 63.099 – 63.099<br />

manutenção e Engenharia brasil 141.333 6.583 147.916<br />

204.432 6.583 211.015<br />

O montante de 4.620 milhares de Euros, refere-se, à variação cambial, da parte do goodwill da Manutenção e Engenharia Brasil, que se encontra<br />

denominada em Reais (124.880.960 BRL).<br />

Conforme preconizado pela IAS 36, o goodwill encontra-se sujeito a testes de imparidade efetuados numa base anual, conforme política contabilística<br />

descrita na Nota 2.7.<br />

O goodwill é atribuído às unidades geradoras de fluxos de caixa (CGU’s) do Grupo, identificadas de acordo com o segmento de negócio e<br />

com o país da operação, conforme segue:<br />

<strong>2011</strong><br />

Transporte<br />

Aéreo<br />

manutenção Total<br />

Portugal 63.099 – 63.099<br />

brasil – 143.296 143.296<br />

63.099 143.296 206.395<br />

2010<br />

Transporte<br />

Aéreo<br />

manutenção Total<br />

Portugal 63.099 – 63.099<br />

brasil – 147.916 147.916<br />

63.099 147.916 211.015<br />

Para efeitos de testes de imparidade, o valor recuperável das CGU’s, é determinado com base no valor em uso, de acordo com o método dos<br />

fluxos de caixa descontados. Os cálculos baseiam-se no desempenho histórico e nas expectativas de desenvolvimento do negócio com a<br />

atual estrutura produtiva, sendo, por norma, utilizado o orçamento para o ano seguinte e uma estimativa dos fluxos de caixa para um período<br />

subsequente de 4 anos.<br />

No caso da unidade de negócio da Manutenção e Engenharia Brasil, foi utilizado um orçamento para o ano seguinte, e uma estimativa para o período<br />

subsequente de 9 anos, que incorporou, nomeadamente, a recuperação dos prejuízos fiscais existentes na estimativa de fluxos de caixa.<br />

Em resultado dos testes de imparidade efetuados às diferentes CGU’s, não foram identificadas perdas por imparidade no goodwill.


152 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Os principais pressupostos utilizados para efeitos de testes de imparidade foram os seguintes:<br />

31 de dezembro de <strong>2011</strong> Portugal Brasil<br />

Taxa de desconto* 8,90% 14,50%<br />

CAGR da receita** 8,30% 14,20%<br />

Crescimento na perpetuidade 0,00% 4,00%<br />

Taxa de imposto 26,50% 34,00%<br />

31 de dezembro de 2010 Portugal Brasil<br />

Taxa de desconto* 8,90% 14,50%<br />

CAGR da receita** 0,00% 13,20%<br />

Crescimento na perpetuidade 0,00% 4,00%<br />

Taxa de imposto 26,50% 34,00%<br />

* Taxa de desconto líquida de impostos<br />

** Compound Annual Growth Rate da receita- taxa de crescimento, ano após ano, de um investimento durante um<br />

determinado período de tempo<br />

Os testes de imparidade, realizados em <strong>2011</strong>, sustentam a recuperabilidade da quantia escriturada das referidas unidades geradoras de caixa.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, o valor contabilístico da unidade do transporte aéreo ascende a 119.202 milhares de Euros, sendo que o valor<br />

contabilístico da unidade de manutenção no Brasil é negativo em 168.757 milhares de Euros.<br />

8. Ativos intangíveis<br />

No decurso dos exercícios de <strong>2011</strong> e 2010, o movimento ocorrido na rubrica “Outros ativos intangíveis”, foi conforme segue:<br />

Despesas de<br />

investigação e de<br />

desenvolvimento<br />

Propriedade<br />

industrial<br />

e outros direitos<br />

Programas<br />

computador Ativos em curso Total<br />

Custo de aquisição<br />

saldo a 1 de janeiro de 2010 20.053 11.952 – – 32.005<br />

Aquisições / alienações – – – – –<br />

saldo a 31 de dezembro de 2010 20.053 11.952 – – 32.005<br />

Aquisições – – – 248 248<br />

Regularizações, transferências e abates – – 769 – 769<br />

saldo a 31 de dezembro de <strong>2011</strong> 20.053 11.952 769 248 33.022<br />

Amort. acumuladas e perdas por imparidade<br />

saldo a 1 de janeiro de 2010 (20.053) (9.837) – – (29.890)<br />

Amortizações e perdas por imparidade (Nota 50) – (668) – – (668)<br />

saldo a 31 de dezembro de 2010 (20.053) (10.505) – – (30.558)<br />

Amortizações e perdas por imparidade (Nota 50) – (404) (105) – (509)<br />

Regularizações, transferências e abates – – (531) – (531)<br />

saldo a 31 de dezembro de <strong>2011</strong> (20.053) (10.909) (636) – (31.598)<br />

Valor líquido a 1 de janeiro de 2010 – 2.115 – – 2.115<br />

Valor líquido a 31 de dezembro de 2010 – 1.447 – – 1.447<br />

Valor líquido a 31 de dezembro de <strong>2011</strong> – 1.043 133 248 1.424<br />

A rubrica “Propriedade industrial e outros direitos”, no montante líquido de 1.043 milhares de Euros, respeita à licença de manutenção, concedida<br />

pela CFM International, S.A. (“CFMI”), no montante de 5.000 milhares de USD, durante um período de 10 anos. Esta licença garante a<br />

possibilidade ao Grupo de prestar, a terceiros, informação e suporte técnicos relacionados com reatores que a <strong>TAP</strong>, S.A. não opera atualmente<br />

e é amortizada em quotas constantes durante aquele período.<br />

10. Participações financeiras – método da equivalência patrimonial<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 o Grupo <strong>TAP</strong> não possuía, valores no ativo, de participações financeiras registadas pelo método da equivalência<br />

patrimonial (ver a rubrica “Provisões para investimentos financeiros” na Nota 26).


11. Participações financeiras – outros métodos<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 153<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 o Grupo <strong>TAP</strong> não possuía, valores no ativo, de participações financeiras registadas por outros métodos.<br />

13. outros ativos financeiros<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 os outros ativos financeiros apresentavam-se do seguinte modo:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

não<br />

não<br />

Correntes correntes Correntes correntes<br />

Empréstimos concedidos e contas a receber – 3.258 – 2.966<br />

– 3.258 – 2.966<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, os outros ativos financeiros não correntes, decompõem-se do seguinte modo:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Empréstimo salvor hotéis moçambique 1.853 1.578<br />

sITA Group Foundation 666 666<br />

Depósitos bancários em moçambique 541 524<br />

Outros 198 198<br />

3.258 2.966<br />

O empréstimo à Salvor Hotéis Moçambique resultou da disponibilização, em 1997, de fundos detidos pela <strong>TAP</strong>, S.A., e que apenas podiam<br />

ser utilizados para investimento em Moçambique. Em 31 de dezembro de 2008, os referidos montantes encontravam-se totalmente ajustados<br />

em virtude das restrições quanto à transferência de fundos para o exterior. No início de 2010, a empresa recebeu 3.250 milhares de USD,<br />

o que representa um montante de 2.261 milhares Euros, pelo que foi revertido o ajustamento nesse montante, ainda em 2009. Em 2010 foi<br />

assinado um acordo de reembolso do restante saldo, pelo que foi revertido o ajustamento remanescente, no montante de 1.788 milhares de<br />

Euros (ver Nota 44).<br />

O montante apresentado, relativo a SITA Group Foundation, refere-se a 437.070 certificados (títulos de capital não cotados) daquela empresa,<br />

entidade fundada pela Société International de Télécommunications Aéronautiques.<br />

O movimento ocorrido nesta rubrica, nos exercícios de <strong>2011</strong> e 2010, foi como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

saldo inicial a 1 de janeiro de <strong>2011</strong> 2.966 3.395<br />

Aquisições – –<br />

Diminuições (157) (2.298)<br />

Variação cambial 67 81<br />

Outros movimentos 382 1.788<br />

Saldo final a 31 de dezembro de <strong>2011</strong> 3.258 2.966<br />

A diminuição verificada em 2010 respeita, essencialmente, ao reembolso de 2.261 milhares de Euros do empréstimo concedido à Salvor<br />

Hotéis Moçambique.<br />

15. Ativos e passivos por impostos diferidos<br />

O Grupo <strong>TAP</strong> reconhece nas suas demonstrações financeiras o efeito fiscal das diferenças temporárias entre ativos e passivos numa base contabilística<br />

e fiscal, sendo o mesmo reconhecido com base nas seguintes taxas agregadas de imposto: 25%, no caso de ativos por impostos<br />

diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis e 29% nos casos dos restantes ativos e passivos por impostos diferidos.


154 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Não obstante, na <strong>TAP</strong>, S.A., embora as diferenças temporárias ativas sejam significativamente superiores às diferenças temporárias passivas,<br />

a <strong>TAP</strong>, S.A. reconhece apenas as diferenças temporárias ativas até à concorrência das diferenças temporárias passivas, dado não existirem,<br />

expectativas concretas de lucros fiscais futuros, suficientes para os utilizar para além desses montantes. Assim, na data de cada posição financeira,<br />

é efetuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos ativos por impostos diferidos, no sentido de reconhecer ativos<br />

por impostos diferidos não registados anteriormente, por não terem preenchido as condições para o seu registo, e/ou para reduzir o montante<br />

dos impostos diferidos ativos registados em função da expectativa atual da sua recuperação futura.<br />

As principais diferenças temporárias entre os valores contabilísticos e tributáveis, em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, os correspondentes<br />

ativos e passivos por impostos diferidos e o respetivo efeito nos resultados dos exercícios de <strong>2011</strong> e 2010, são como segue:<br />

<strong>2011</strong> saldo inicial<br />

Variações com efeitos<br />

em Resultados<br />

(nota 52)<br />

Variações<br />

com efeitos<br />

no Capital Próprio saldo Final<br />

Ativos por impostos diferidos<br />

Prejuízos fiscais reportáveis 2.790 (708) – 2.082<br />

Responsabilidades com benefícios de reforma 17.044 (1.588) – 15.456<br />

Perdas de imparidade em existências 4.625 1.595 – 6.220<br />

24.459 (701) – 23.758<br />

Passivos por impostos diferidos<br />

Reavaliações efetuadas 24.683 (750) – 23.933<br />

24.683 (750) – 23.933<br />

49<br />

2010 saldo inicial<br />

Variações com efeitos<br />

em Resultados<br />

(nota 52)<br />

Variações<br />

com efeitos<br />

no Capital Próprio saldo Final<br />

Ativos por impostos diferidos<br />

Prejuízos fiscais reportáveis 3.499 (709) – 2.790<br />

Responsabilidades com benefícios de reforma 12.474 3.854 716 17.044<br />

Perdas de imparidade em existências 8.248 (3.623) – 4.625<br />

24.221 (478) 716 24.459<br />

Passivos por impostos diferidos<br />

Reavaliações efetuadas 24.064 (874) 1.493 24.683<br />

24.064 (874) 1.493 24.683<br />

396 (777)<br />

Prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido ativo<br />

Os prejuízos fiscais sobre os quais o Grupo considera, em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, não existir a capacidade de dedução a lucros tributáveis<br />

futuros, e como tal sem imposto diferido ativo, detalham-se conforme segue:<br />

1 de janeiro de <strong>2011</strong> 2005 2006 2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong> Total<br />

<strong>TAP</strong> sGPs 1.040 4.085 2.331 1.765 1.526 14.262 n/a 25.009<br />

<strong>TAP</strong>, s.A. – – – 154,573 – – n/a 154.573<br />

Portugália 34.070 39.340 27.979 156 – 3.238 n/a 104.783<br />

<strong>TAP</strong> mE brasil 24.777 43.182 54.501 28.553 109.865 48.181 n/a 309.059<br />

59.887 86.607 84.811 185.047 111.391 65.681 n/a 593.424<br />

Utilização de prejuízos fiscais<br />

reportáveis em <strong>2011</strong><br />

2005 2006 2007 2008 2009 2010 <strong>2011</strong> Total<br />

<strong>TAP</strong> sGPs – – – – – – – –<br />

<strong>TAP</strong>, s.A. – – – (2.844) – – – (2.844)<br />

Portugália – – – – – – – –<br />

<strong>TAP</strong> mE brasil (24.777) (43.182) (54.501) (27.067) – – – (149.527)<br />

(24.777) (43.182) (54.501) (29.911) – – – (152.371)<br />

31 de dezembro de <strong>2011</strong> 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />

<strong>2011</strong><br />

(provisório)<br />

Total<br />

<strong>TAP</strong> sGPs n/a 4.085 2.331 1.765 1.526 14.262 4.868 28.837<br />

<strong>TAP</strong>, s.A. n/a – – 151.729 – – – 151.729<br />

Portugália n/a 39.340 27.979 156 – 3.238 1.891 72.604<br />

<strong>TAP</strong> mE brasil n/a – – 1.486 109.865 48.181 16.359 175.891<br />

n/a 43.425 30.310 155.136 111.391 65.681 23.118 429.061<br />

Ano limite de Dedução n/a 2012 2013 2014 2015 2014 2015


Grupo <strong>TAP</strong> 155<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

No exercício de 2006, a subsidiária <strong>TAP</strong>, S.A. realizou, ao abrigo do Decreto-Lei nº 453/99, de 5 de novembro, uma operação de securitização<br />

de créditos futuros, na qual o Deutsche Bank actuou como lead manager, tendo os créditos futuros sido adquiridos pela Tagus – Sociedade<br />

de Titularização de Créditos, S.A.<br />

Em resultado desta operação, e por força do disposto no n.º 1 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 219/2001, de 4 de agosto, o montante de<br />

230.000 milhares de Euros, foi acrescido para efeitos de determinação do lucro tributável do exercício de 2006. Refira-se que, ao lucro tributável<br />

apurado, foram deduzidos os prejuízos fiscais reportáveis dos exercícios de 2000 e 2001.<br />

O passivo registado pela <strong>TAP</strong>, S.A., que corresponde ao montante recebido pela venda dos créditos futuros, no valor de 230.000 milhares de<br />

Euros, líquido de despesas com a operação no montante de 779 milhares de Euros, está a ser reembolsado, até dezembro de 2016, à medida<br />

que ocorra a entrega dos créditos cedidos à sociedade de titularização de créditos. O custo financeiro associado ao passivo originado, com<br />

a alienação destes créditos, está em linha com as taxas de mercado.<br />

O relatório elaborado pela Inspeção Fiscal em 2009, apresenta um entendimento divergente do preconizado pelo Grupo, fundamentalmente<br />

baseado na não aplicabilidade do disposto do Decreto-Lei nº219/2001, de 4 de agosto, entendendo a Administração Fiscal que a referida<br />

operação constitui um passivo financeiro, não originando, por si só, o apuramento de qualquer rendimento ou resultado tributável em IRC,<br />

concluindo que não se justifica qualquer ajustamento fiscal no ano da realização da operação de securitização.<br />

O Conselho de Administração, suportado no parecer dos seus advogados e consultores fiscais, entende que lhe assiste inteira razão no procedimento<br />

adotado, pelo que tem vindo a proceder ao exercício do seu legítimo direito de contestação.<br />

Salientamos que os prejuízos fiscais reportáveis, acima apresentados, encontram-se ajustados da correção acima referida.<br />

De acordo com a legislação em vigor no Brasil, nomeadamente a Lei 11.941 de 2009, é possível utilizar prejuízos fiscais reportáveis através<br />

da consolidação do parcelamento especial de alguns débitos fiscais. Assim, no exercício de <strong>2011</strong>, a <strong>TAP</strong> ME Brasil optou por utilizar os seus<br />

prejuízos, através do abatimento dos juros da dívida em 34% (alíquota dos impostos), o que resultou na eliminação de prejuízos fiscais reportáveis<br />

no montante de 149.527 milhares de Euros.<br />

16. Adiantamentos a fornecedores<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Conta corrente 11.221 3.465<br />

11.221 3.465<br />

O montante registado em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 refere-se às seguintes entidades:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

sR Technics 3.988 –<br />

Eurocontrol – Eu 1.573 –<br />

GE Aviation Cts 1.288 –<br />

Airbus 996 138<br />

sITA 496 501<br />

INAC – Inst. Nacional de Aviação Civil 236 7<br />

Chapman Freeborn Airchartering 230 252<br />

marshall Aerospace 181 –<br />

honeywell Intellectual Properties 145 –<br />

FRb serviços de Alimentação ltda. 113 75<br />

Império bonança – Companhia de seguros – 737<br />

sPdh (Nota 56) – 434<br />

boeing Commercial Airplane Comp. – 226<br />

Outros 1.975 1.095<br />

11.221 3.465


156 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

17. estado e outros entes públicos<br />

Os saldos com o Estado e outros entes públicos detalham-se como segue:<br />

Correntes<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

não<br />

correntes<br />

Total Correntes<br />

não<br />

correntes<br />

Ativo<br />

Imposto sobre o rendimento a receber 1.986 – 1.986 601 – 601<br />

Outros 16.634 – 16.634 15.232 – 15.232<br />

18.620 – 18.620 15.833 – 15.833<br />

Passivo<br />

Imposto sobre o rendimento a pagar 1.245 – 1.245 4.556 – 4.556<br />

Outros 27.842 84.868 112.710 142.506 – 142.506<br />

29.087 84.868 113.955 147.062 – 147.062<br />

Os valores referentes aos exercícios de <strong>2011</strong> e 2010 são segregados da seguinte forma:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Devedor Credor Devedor Credor<br />

Estado – subsídios a realizar:<br />

Indemnizações compensatórias<br />

Estado e Outros Entes Públicos:<br />

6.864 – 6.318 –<br />

IRC 1.986 1.245 601 4.556<br />

IRs – 6.134 – 10.980<br />

IVA 5.108 466 3.917 902<br />

segurança social – 7.984 – 13.627<br />

Estado – brasil 3.525 98.002 4.519 116.837<br />

Outros 1.137 124 478 160<br />

18.620 113.955 15.833 147.062<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, o montante registado na rubrica “Indemnizações compensatórias” inclui o parcial da tarifa suportada pelo Estado<br />

referente às rotas da Região Autónoma dos Açores, de parte do exercício de 2010 (2º semestre) e do exercício de <strong>2011</strong>, no montante total de<br />

4.661 milhares de Euros. Estes montantes correspondem a bilhetes vendidos pela <strong>TAP</strong>, S.A., podendo ser voados por esta ou por companhias<br />

terceiras. Esta rubrica inclui, ainda, o montante de 2.203 milhares de Euros, a receber do Estado relativo a encaminhamentos entre ilhas<br />

na Região Autónoma dos Açores.<br />

Os montantes, referentes aos anos de 2010 e <strong>2011</strong>, não se encontram ainda aferidos e verificados pela Inspeção Geral de Finanças, nem aprovados<br />

pelo Governo, não sendo contudo esperadas correções significativas aos valores registados pela <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

O saldo devedor do IVA refere-se aos pedidos de reembolsos efetuados, relativos aos meses de outubro, novembro e dezembro de <strong>2011</strong>,<br />

cujo recebimento ainda não se verificou.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 a rubrica “Estado – Brasil” tem a seguinte decomposição:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Devedor Credor Devedor Credor<br />

Corrente:<br />

REFIs – 7.395 – 103.684<br />

Outros<br />

Não corrente:<br />

3.525 5.739 4.519 13.153<br />

REFIs – 84.868 – –<br />

3.525 98.002 4.519 116.837<br />

A subsidiária <strong>TAP</strong> ME Brasil aderiu, em 2009, ao programa de refinanciamento fiscal, denominado REFIS, pelo que compensou parte dos juros<br />

e multas de contingências com imposto de renda e contribuição social diferidos, sobre a totalidade dos prejuízos fiscais e base negativa de<br />

contribuição social, tendo reduzido à sua dívida o montante de 49.448 milhares de Euros.<br />

Em 2010, a responsabilidade assumida pela subsidiária, registada na rubrica provisões, foi reclassificada para a rubrica “Estado e outros entes<br />

públicos” (Nota 26).<br />

Total


Grupo <strong>TAP</strong> 157<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

O Decreto-Lei n.º 258/98, de 17 de agosto, revogou as isenções fiscais de que a <strong>TAP</strong>, S.A. havia vindo a beneficiar, e que tinham sido estabelecidas<br />

na base XII anexa ao Decreto-Lei nº 39.188, de 25 de abril de 1953, e nos Decretos-Lei nº 39.673, de 22 de maio de 1954, nº 41.000,<br />

de 12 de fevereiro de 1957 e nº 44.373, de 29 de maio de 1962, pelo que deixou de estar isenta do pagamento, ao Estado, de impostos e<br />

contribuições.<br />

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais das empresas, com sede em Portugal, incluídas na consolidação, estão sujeitas a<br />

revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando<br />

tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações,<br />

casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongados ou suspensos. O Conselho de Administração do Grupo entende<br />

que, as eventuais correções resultantes de revisões/inspeções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos, não terão<br />

um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>.<br />

Nos termos do artigo nº 88 do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, as empresas do Grupo (com sede em Portugal)<br />

estão sujeitas a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas naquele artigo.<br />

18. outras contas a receber<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e de 2010, a rubrica “Outras contas a receber”, decompõe-se como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

não<br />

não<br />

Correntes correntes Correntes correntes<br />

Empresas associadas (Nota 56) 119.824 3.700 74.786 3.700<br />

Pessoal 8.661 – 9.248 –<br />

Acréscimos de ganhos 5.048 – 8.480 –<br />

Outros 27.659 32.619 36.783 25.452<br />

Ajustamentos de imparidade de outros devedores (4.577) (1.921) (4.628) (1.921)<br />

156.615 34.398 124.669 27.231<br />

A rubrica “Empresas associadas – não correntes”, no montante de 3.700 milhares de Euros, respeita a prestações acessórias de capital, concedidas<br />

à SPdH (Nota 26).<br />

O valor registado na rubrica “Empresas associadas – correntes”, em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, respeita, essencialmente, a empréstimos concedidos<br />

pela <strong>TAP</strong> SGPS à SPdH, no valor de 118.660 milhares de Euros (2010: 73.000 milhares de Euros), remunerados a taxas normais de<br />

mercado, acrescidos de juros por liquidar no montante de 719 milhares de Euros (2010: 520 milhares de Euros). Na sequência do acordo de<br />

venda de 50,1% do capital da SPdH, o montante total de 119.379 milhares de Euros, foi convertido em prestações acessórias, para cobertura<br />

de prejuízos, por decisão da Assembleia Geral realizada em 31 de janeiro de 2012 (Nota 61).<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 o valor registado na rubrica “Acréscimos de ganhos” decompõe-se do seguinte modo:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Venda de milhas a parceiros 2.471 1.521<br />

Juros a receber 701 1.066<br />

Hedging de combustível 429 2.997<br />

Outros 1.447 2.896<br />

5.048 8.480<br />

O montante evidenciado na rubrica de hedging de combustível, a 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, detalha-se como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Justo valor de swaps de jet fuel (Nota 24) 429 –<br />

Especialização do ganho do exercício – 2.997<br />

429 2.997


158 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 o valor registado na rubrica “Outros – não correntes” corresponde, essencialmente, a:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Depósitos judiciais – brasil 22.221 16.283<br />

Depósitos cativos 4.556 3.307<br />

Depósitos de garantia (Nota 27) 3.550 3.250<br />

sITA – société Internationale de Télécommunications Aéronautiques 356 361<br />

Outros 1.936 2.251<br />

32.619 25.452<br />

Os depósitos cativos respeitam à garantia, da prestação futura de serviços de manutenção, aos aviões da FAF (Força Aérea Francesa).<br />

Os depósitos de garantia são constituídos pela <strong>TAP</strong>, S.A., no âmbito dos contratos de locação operacional para aviões e reatores que serão<br />

devolvidos, sem juros, à medida que esses aviões forem sendo restituídos aos locadores.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, o valor registado na rubrica “Outros – correntes” corresponde, essencialmente, a:<br />

19. Diferimentos<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Outros valores a receber de fornecedores 9.722 12.115<br />

Faturação Interline e outros 6.773 8.400<br />

Devedores – brasil 2.790 3.356<br />

IVA das Representações 1.199 1.411<br />

Cauções e garantias 253 655<br />

Outros 6.922 10.846<br />

27.659 36.783<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e de 2010 a rubrica de diferimentos detalha-se como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Diferimentos ativos 10.805 12.308<br />

10.805 12.308<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Diferimentos passivos 65.393 52.617<br />

65.393 52.617<br />

O montante registado na rubrica “Diferimentos ativos”, em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, detalha-se conforme segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Comissões 3.232 5.323<br />

Rendas e alugueres 2.337 1.428<br />

Leasings de aviões 1.975 1.948<br />

seguros 1.820 1.983<br />

Outros gastos diferidos 1.441 1.626<br />

10.805 12.308<br />

As comissões respeitam a montantes pagos a agentes por bilhetes vendidos, mas ainda não voados e não caducados, até 31 de dezembro<br />

de <strong>2011</strong> e 2010.


O montante registado na rubrica “Diferimentos passivos”, em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, é detalhado do seguinte modo:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Trabalhos para companhias de aviação 35.125 18.989<br />

Programa de fidelização de clientes 28.341 29.976<br />

Fornecimento de combustíveis 875 1.750<br />

Reservas overhaul 127 123<br />

Outros 925 1.779<br />

65.393 52.617<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 159<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

O montante de 35.125 milhares de Euros (2010: 18.989 milhares de Euros), registado na rubrica “Trabalhos para companhias de aviação”, refere-<br />

-se a faturação provisória de trabalhos de manutenção para terceiros que ainda se encontram em curso à data de 31 de dezembro de <strong>2011</strong>.<br />

No âmbito da aplicação do IFRIC 13 – Programa de fidelização de clientes, a atribuição de milhas aos clientes, aderentes ao programa de fidelização<br />

denominado “<strong>TAP</strong> Victoria”, é diferida com base no valor unitário da milha, percecionado pelo cliente (Nota 2.26).<br />

A rubrica “Fornecimento de combustíveis”, no montante de 875 milhares de Euros (2010: 1.750 milhares de Euros), refere-se ao diferimento<br />

de descontos obtidos em 2008, para a compra de combustível durante o período de 2010 a 2012.<br />

20. inventários<br />

O detalhe dos inventários em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 é como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

mercadorias 12.982 11.833<br />

Produtos e trabalhos em curso 23.431 15.219<br />

matérias-primas, subsidiárias e de consumo 163.759 180.714<br />

Perdas por imparidade de inventários (57.743) (59.176)<br />

142.429 148.590<br />

A rubrica “Produtos e trabalhos em curso” corresponde ao valor dos materiais e horas aplicados em obras de manutenção de aeronaves para<br />

terceiros que ainda se encontram em curso.<br />

As matérias-primas, subsidiárias e de consumo referem-se a material técnico para utilização na reparação de aeronaves próprias e nas obras<br />

realizadas para outras companhias de aviação.<br />

O movimento ocorrido na rubrica de perdas por imparidade de inventários, nos exercícios de 2010 e <strong>2011</strong>, é conforme segue:<br />

saldo inicial a 1 de janeiro de 2010 59.889<br />

Reforço (Nota 43) 11.058<br />

Reversões (Nota 43) (15.024)<br />

utilizações (52)<br />

Ajustamento cambial 3.305<br />

saldo final a 31 de dezembro 2010 59.176<br />

Reforço (Nota 43) 3.140<br />

Reversões (Nota 43) (692)<br />

utilizações (2.108)<br />

Ajustamento cambial (1.773)<br />

saldo final a 31 de dezembro <strong>2011</strong> 57.743


160 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

21. Clientes<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 a rubrica de clientes detalha-se como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Clientes, conta corrente 283.129 259.036<br />

Clientes de cobrança duvidosa 36.090 35.069<br />

Perdas de imparidade acumuladas (68.737) (70.893)<br />

250.482 223.212<br />

A decomposição desta rubrica, por tipo de cliente, é conforme segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Entidades privadas 94.303 72.234<br />

Agências de viagem 85.671 77.856<br />

Companhias de aviação 62.645 53.971<br />

sPdh (Nota 56) 1.636 6.344<br />

Grupo ANA – Aeroportos de Portugal (Nota 56) 39 324<br />

Outros 6.188 12.483<br />

250.482 223.212<br />

Os saldos a receber, de agências de viagens e de companhias de aviação, são regularizados, principalmente, através do sistema IATA Clearing<br />

House.<br />

O movimento ocorrido na rubrica de perdas de imparidade acumuladas de clientes, nos exercícios de 2010 e <strong>2011</strong>, é como segue:<br />

saldo inicial a 1 de janeiro de 2010 71.205<br />

Reforço (Nota 44) 6.922<br />

Reversões (Nota 44) (9.441)<br />

utilizações (26)<br />

Ajustamento cambial 2.233<br />

saldo final a 31 de dezembro 2010 70.893<br />

Reforço (Nota 44) 4.647<br />

Reversões (Nota 44) (5.218)<br />

utilizações (360)<br />

Ajustamento cambial (1.225)<br />

saldo final a 31 de dezembro <strong>2011</strong> 68.737<br />

22. Caixa e depósitos bancários<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, o detalhe de caixa e equivalentes de caixa apresenta os seguintes valores:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Depósitos a prazo 106.766 162.982<br />

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 60.384 59.517<br />

Numerário 215 178<br />

167.365 222.677<br />

Descobertos bancários (nota 27) 42.350 14.923<br />

Caixa e seus equivalentes 125.015 207.754<br />

O volume de disponibilidades apresentado pelo Grupo <strong>TAP</strong> resulta, essencialmente, das disponibilidades da <strong>TAP</strong>, S.A., no montante de 156.848<br />

milhares de Euros (2010: 205.671 milhares de Euros).<br />

Os excedentes de tesouraria são, normalmente, investidos em aplicações financeiras de curto prazo, vencendo juros a taxas normais de<br />

mercado.


24. instrumentos de capital próprio<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 161<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

O capital nominal do Grupo <strong>TAP</strong>, no valor de 15.000 milhares de Euros, é composto por 1.500.000 ações nominativas de 10 Euros cada e é<br />

detido a 100% pela Parpública – Participações Públicas, SGPS, S.A.<br />

Reservas legais<br />

A reserva legal foi constituída em conformidade com o artigo 295º do Código das Sociedades Comerciais, o qual prevê que esta seja dotada<br />

com um mínimo de 5% do resultado líquido do exercício até à concorrência de um valor correspondente à quinta parte do capital social. Esta<br />

reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser incorporada no capital ou utilizada para absorver prejuízos<br />

depois de esgotadas as outras reservas.<br />

Reservas de conversão cambial<br />

As diferenças de câmbio, resultantes da transposição de unidades operacionais em moeda estrangeira, são registadas no capital próprio,<br />

nesta rubrica.<br />

<strong>2011</strong><br />

entidade saldo inicial Aumentos Diminuições saldo Final<br />

<strong>TAP</strong> mE brasil e Aeropar:<br />

Conversão das demonstrações financeiras (30.973) 19.574 – (11.399)<br />

Extensão do investimento líquido na <strong>TAP</strong> mE brasil 25.949 – (21.417) 4.532<br />

(5.024) 19.574 (21.417) (6.867)<br />

2010<br />

entidade saldo inicial Aumentos Diminuições saldo Final<br />

sEAP–serviços, Administração e Participações lda.<br />

Conversão das demonstrações financeiras (2.385) 2.385 – –<br />

<strong>TAP</strong> mE brasil e Aero–lb:<br />

Conversão das demonstrações financeiras (12.536) – (18.437) (30.973)<br />

Extensão do investimento líquido na Aero–lb 7.498 18.451 – 25.949<br />

(7.423) 20.836 (18.437) (5.024)<br />

O aumento de 19.574 milhares de Euros respeita à apropriação, pelo Grupo, das diferenças cambiais resultantes da conversão das demonstrações<br />

financeiras das sociedades que operam no Brasil.<br />

A redução de 21.417 milhares de Euros, ocorrida em <strong>2011</strong>, respeita às diferenças de câmbio desfavoráveis, provenientes dos financiamentos<br />

concedidos, a médio e longo prazo, à <strong>TAP</strong> ME Brasil, cuja liquidação não é provável que ocorra num futuro previsível, sendo, em substância,<br />

uma extensão do investimento líquido do Grupo naquela entidade estrangeira.<br />

Na sequência da reestruturação das empresas brasileiras, ocorrida em <strong>2011</strong>, tendo sido efetuada a cisão da Aero–LB que, parcialmente, foi<br />

incorporada na <strong>TAP</strong> ME Brasil (Nota 2.3.1), os financiamentos acima mencionados passaram a ser concedidos diretamente à <strong>TAP</strong> ME Brasil,<br />

sendo que em 2010 eram concedidos diretamente à Aero–LB.<br />

Em 2010, o Grupo procedeu à alienação da Air Macau e, consequentemente, à liquidação da SEAP–Serviços, Administração e Participações<br />

Lda. (“SEAP”), pelo que, a reserva de conversão cambial das demonstrações financeiras desta subsidiária, foi desreconhecida por resultados,<br />

originando uma menos-valia de 829 milhares de Euros (Nota 37).<br />

Justo valor de instrumentos financeiros derivados<br />

O montante de 1.236 milhares de Euros, apresentado na rubrica “Reservas de justo valor”, corresponde ao justo valor dos instrumentos financeiros<br />

classificados como de cobertura, da subsidiária <strong>TAP</strong>, S.A., contabilizados em conformidade com a política descrita na Nota 2.12.


162 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados, decompõe-se como segue:<br />

início maturidade<br />

<strong>2011</strong><br />

líquido<br />

2010<br />

líquido<br />

Cobertura<br />

Swaps de taxa de juro (Notas 31 e 58)<br />

TTK 15-06-2000 15-06-<strong>2011</strong> – (108)<br />

TNG 18-06-1999 17-02-<strong>2011</strong> – (35)<br />

TNI 22-05-2000 22-05-<strong>2011</strong> – (116)<br />

TOl 26-11-2009 26-11-2019 (1.665) (747)<br />

Swaps de jet fuel (Notas 18 e 58) 429 –<br />

(1.236) (1.006)<br />

A rubrica “Resultados transitados” corresponde aos resultados líquidos dos exercícios anteriores, conforme deliberações efetuadas nas<br />

Assembleias Gerais. Encontram-se, ainda, registadas nesta rubrica as alterações decorrentes da aplicação, pela primeira vez, das Normas<br />

Internacionais de Relato Financeiro.<br />

Resultado por ação<br />

Não existem instrumentos financeiros convertíveis sobre as ações da <strong>TAP</strong> SGPS, pelo que não existe diluição dos resultados.<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Resultado atribuível ao acionista da <strong>TAP</strong> sGPs (76.807) (57.103)<br />

Número médio ponderado de ações 1.500.000 1.500.000<br />

Resultado básico por ação (valor em Euros) (51) (38)<br />

Resultado diluído por ação (valor em Euros) (51) (38)<br />

25. interesses não controlados – demonstração da posição financeira<br />

Os interesses não controlados que figuram na demonstração da posição financeira decompõem-se como segue:<br />

26. Provisões<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Interesses não controlados de capital próprio<br />

Cateringpor 2.509 2.614<br />

lFP 5.292 4.741<br />

7.801 7.355<br />

No decurso dos exercícios de <strong>2011</strong> e 2010 realizaram-se os seguintes movimentos nas rubricas de provisões:<br />

<strong>2011</strong><br />

saldo<br />

inicial Aumentos<br />

Diminuições<br />

por utilização<br />

montantes<br />

não<br />

utilizados<br />

revertidos<br />

Variação<br />

cambial<br />

outros<br />

movimentos saldo Final<br />

Provisões<br />

Provisão para processos judiciais em curso (Nota 45) 38.615 2.059 (241) (14.630) (1.920) 1.941 25.824<br />

Provisão para investimentos financeiros (Nota 37) 115.661 11.124 – – – – 126.785<br />

Outras provisões (Nota 45) 5.299 31 (1.606) (63) (324) 2.140 5.477<br />

159.575 13.214 (1.847) (14.693) (2.244) 4.081 158.086<br />

2010<br />

saldo<br />

inicial Aumentos<br />

Diminuições<br />

por utilização<br />

montantes<br />

não<br />

utilizados<br />

revertidos<br />

Variação<br />

cambial<br />

outros<br />

movimentos saldo Final<br />

Provisões<br />

Provisão para processos judiciais em curso (Nota 45) 36.358 12.839 (206) (16.055) 3.301 2.378 38.615<br />

Fianças a associadas (Nota 45) 387 – – (387) – – –<br />

Provisão para investimentos financeiros (Nota 37) 72.105 43.556 – – – – 115.661<br />

Outras provisões (Nota 45) 25.189 61 (661) (159) 3.170 (22.301) 5.299<br />

134.039 56.456 (867) (16.601) 6.471 (19.923) 159.575


Grupo <strong>TAP</strong> 163<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Destes movimentos, resultaram ganhos de 12.603 milhares de Euros e 3.701 milhares de Euros, em <strong>2011</strong> e 2010, respetivamente, registados<br />

na rubrica provisões (Nota 45). O montante de 11.124 milhares de Euros, referente à provisão para capitais próprios negativos, encontra-se<br />

registado na rubrica de ganhos e perdas em associadas (Nota 37).<br />

Provisão para processos judiciais em curso<br />

As provisões para processos judiciais em curso são constituídas de acordo com as avaliações de risco efetuadas pelo Grupo e pelos seus consultores<br />

legais, baseadas em taxas de sucesso históricas, por natureza de processo e probabilidade de desfecho desfavorável para o Grupo.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, a provisão existente, no montante de 25.824 milhares de Euros, destina-se a fazer face a diversos processos<br />

judiciais intentados contra o Grupo, no país e no estrangeiro.<br />

O detalhe da provisão para processos judiciais em curso é conforme segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Grupo <strong>TAP</strong> (sem a subsidiária <strong>TAP</strong> mE brasil) 6.249 13.246<br />

subsidiária <strong>TAP</strong> mE brasil 19.575 25.369<br />

25.824 38.615<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, a subsidiária <strong>TAP</strong> ME Brasil possuía cerca de 2.042 ações laborais (2.062 ações em 31 de dezembro de 2010).<br />

A subsidiária é devedora solidária do passivo laboral pela migração de funcionários da VARIG para a <strong>TAP</strong> ME Brasil em 2001 e 2002. Há ações<br />

laborais propostas por ex-funcionários da VARIG, contra a subsidiária e contra a <strong>TAP</strong>, S.A., devido à demissão dos funcionários da VARIG após<br />

o leilão judicial de venda da unidade produtiva desta empresa, ocorrido em julho de 2006.<br />

Provisão para investimentos financeiros<br />

A rubrica “Provisão para investimentos financeiros”, no montante de 126.785 milhares de Euros, refere-se à apropriação da totalidade do capital<br />

próprio negativo da SPdH (ver Nota 2.3.2), acrescida do montante de 3.700 milhares de Euros, relativo a prestações acessórias de capital,<br />

concedidas à SPdH pela <strong>TAP</strong> SGPS, que se encontra registado na rubrica “Outras contas a receber – não correntes” (Nota 18).<br />

O aumento registado nesta rubrica, no montante de 11.124 milhares de Euros, respeita à apropriação da totalidade do prejuízo desta associada<br />

e encontra-se registado na rubrica “Ganhos e perdas em associadas” (Nota 37).<br />

Em março de 2009, um consórcio de três bancos (BIG, Banif e Banco Invest) transferiu para a <strong>TAP</strong>, S.A. a participação detida na SPdH (50,1%)<br />

por 31,6 milhões de Euros. Na mesma data, e durante o período de pendência do processo de concentração na Autoridade da Concorrência,<br />

a <strong>TAP</strong>, S.A. transferiu o exercício dos seus direitos de voto e supervisão, enquanto acionista maioritária da SPdH, para uma entidade independente<br />

do Grupo <strong>TAP</strong>.<br />

A Autoridade da Concorrência (“AdC”) deliberou, em 19 de novembro de 2009, após uma investigação aprofundada, adotar uma decisão de<br />

proibição, relativamente à operação de concentração, que consistia na aquisição, pela <strong>TAP</strong>, S.A., do controlo exclusivo da SPdH, mediante a<br />

aquisição de uma participação de 50,1% do capital social da SPdH.<br />

A AdC impôs, assim, a obrigação de separação da SPdH, mediante a alienação, por parte do Grupo <strong>TAP</strong>, das ações referentes a, pelo menos,<br />

50,1% do capital social da SPdH. Até à venda, o regulador impôs que a gestão da SPdH seja efetuada por um mandatário de gestão, que age<br />

em nome da Autoridade da Concorrência, gerindo a SPdH de forma independente do Grupo.<br />

A 5 de dezembro de <strong>2011</strong>, a <strong>TAP</strong>, S.A. chegou a um acordo de princípio com o Grupo URBANOS para aquisição, por parte deste, de 50,1%<br />

do capital da SPdH. A Autoridade da Concorrência já deu o seu parecer favorável sobre a operação, pelo que concretização deste negócio<br />

está agora dependente da avaliação do Governo.<br />

Assim, as presentes demonstrações financeiras incluem provisões para fazer face à apropriação da totalidade dos prejuízos e do capital próprio<br />

da SPdH.


164 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, a informação financeira relativa à empresa associada SPdH–Serviços Portugueses de Handling, S.A.,<br />

é conforme segue:<br />

outras provisões<br />

<strong>2011</strong> Total do activo Capital próprio<br />

Resultado líquido<br />

do exercício<br />

sPdh–serviços Portugueses de handling, s.A.. 24.703 (123.085) (11.124)<br />

2010 Total do activo Capital próprio<br />

Resultado líquido<br />

do exercício<br />

sPdh–serviços Portugueses de handling, s.A.. 33.391 (111.961) (43.556)<br />

Esta rubrica é decomposta da seguinte forma:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

subsidiária <strong>TAP</strong> mE brasil<br />

Provisão para contingências tributárias<br />

Restantes subsidiárias<br />

4.053 3.823<br />

Outras provisões 1.424 1.476<br />

5.477 5.299<br />

Provisão para contingências tributárias<br />

A subsidiária <strong>TAP</strong> ME Brasil é parte envolvida em processos tributários que se encontram a decorrer, tanto na esfera administrativa como na<br />

judicial, os quais, quando aplicáveis, são garantidos por depósitos judiciais e/ou penhora de bens.<br />

A subsidiária <strong>TAP</strong> ME Brasil aderiu, em 2009, ao programa de refinanciamento fiscal e parcelou a totalidade das contingências federais, cuja<br />

probabilidade de êxito se encontrava classificada como remota.<br />

A movimentação ocorrida na provisão para contingências tributárias foi conforme segue:<br />

27. Financiamentos obtidos<br />

saldo em 1 de janeiro de 2010 23.398<br />

Redução por pagamentos efetuados (444)<br />

Variação cambial 3.170<br />

Outros movimentos 2.071<br />

Transferência para Estado e outros entes públicos (Nota 17) (24.372)<br />

saldo em 31 de dezembro de 2010 3.823<br />

Redução por pagamentos efetuados (1.586)<br />

Variação cambial (324)<br />

Outros movimentos 2.140<br />

saldo em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> 4.053<br />

Os financiamentos obtidos apresentam o seguinte detalhe:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Corrente não corrente Corrente não corrente<br />

Empréstimos bancários 90.725 413.872 125.705 470.294<br />

Passivos por locação financeira 112.134 571.837 108.367 557.766<br />

Descobertos bancários (Nota 22) 42.350 – 14.923 –<br />

245.209 985.709 248.995 1.028.060


Dívida líquida remunerada<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e de 2010 a dívida líquida remunerada detalha-se como segue:<br />

Dívida bancária remunerada<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Dívida a terceiros remunerada<br />

Não corrente 985.709 1.028.060<br />

Corrente 245.209 248.995<br />

1.230.918 1.277.055<br />

Caixa e seus equivalentes (Nota 22)<br />

Numerário 215 178<br />

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 60.384 59.517<br />

Outras aplicações de tesouraria 106.766 162.982<br />

167.365 222.677<br />

Dívida líquida remunerada 1.063.553 1.054.378<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, a dívida bancária remunerada, corrente e não corrente, detalha-se como segue:<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 165<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

<strong>2011</strong> 2010 indexante<br />

Não correntes<br />

<strong>TAP</strong> SGPS<br />

Empréstimo bancário bCP 3.741 4.318 Euribor 3m<br />

Empréstimo bancário Deutsche bank<br />

<strong>TAP</strong>, S.A.<br />

50.772 50.142 Taxa fixa<br />

Tagus – sociedade de Titularização de Créditos, s.A. 128.143 155.676 Euribor 3m<br />

Empréstimo bancário Deutsche bank 221.216 260.158 Taxa fixa<br />

C. mútuo bPP 10.000 – Euribor 3m<br />

Correntes<br />

<strong>TAP</strong> SGPS<br />

413.872 470.294<br />

Empréstimo bancário bCP 591 560 Euribor 3m<br />

Empréstimo bancário Deutsche bank 1.434 1.433 Taxa fixa<br />

linha de Crédito bPI 4.013 – Euribor 1m<br />

Descoberto bancário bEs<br />

<strong>TAP</strong>, S.A.<br />

7.493 – Euribor 1m<br />

Descoberto bancário 34.857 14.923 Vários<br />

Tagus – sociedade de Titularização de Créditos, s.A. 27.657 26.069 Euribor 3m<br />

linha de crédito bCP 10.249 40.192 Euribor 1m<br />

linha de crédito banco Popular 6.013 16.146 Euribor 3m<br />

Empréstimo bancário Deutsche bank 40.685 39.290 Taxa fixa<br />

C. mútuo bPP 83 – Euribor 3m<br />

Diversos – Financiamento frota – 2.015 Vários<br />

133.075 140.628<br />

DÍViDA BAnCáRiA RemUneRADA 546.947 610.922<br />

O montante de 128.143 milhares de Euros, corresponde a um passivo gerado no âmbito de uma operação de securitização de créditos futuros,<br />

realizada pela <strong>TAP</strong>, S.A. em dezembro de 2006, ao abrigo do Decreto-Lei nº 453/99, de 5 de novembro, na qual o Deutsche Bank atuou<br />

como lead manager, tendo os créditos futuros sido adquiridos pela Tagus – Sociedade de Titularização de Créditos, S.A.


166 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

A análise da dívida bancária remunerada, por maturidade e por tipo de taxa de juro, em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, pode ser efetuada<br />

como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Por maturidades<br />

Até 1 ano 133.075 140.628<br />

De 1 ano até 2 anos 79.858 66.468<br />

De 2 anos até 3 anos 73.459 69.842<br />

De 3 anos até 4 anos 129.698 73.445<br />

De 4 anos até 5 anos 81.704 129.684<br />

superior a 5 anos 49.153 130.855<br />

Por tipo de taxa de juro<br />

Taxa variável<br />

546.947 610.922<br />

Expira num ano 90.956 99.904<br />

Expira entre 1 e 2 anos 39.860 28.116<br />

Expira entre 2 e 3 anos 31.650 29.857<br />

mais de 3 anos 70.374 102.021<br />

Taxa fixa<br />

232.840 259.898<br />

Expira num ano 42.119 40.724<br />

Expira entre 1 e 2 anos 39.998 38.352<br />

Expira entre 2 e 3 anos 41.809 39.985<br />

mais de 3 anos 190.181 231.963<br />

314.107 351.024<br />

546.947 610.922<br />

A totalidade, dos empréstimos obtidos, apresenta como moeda funcional o Euro.<br />

O montante global de responsabilidades, acrescido dos juros vincendos, encontra-se apresentado no capítulo referente ao risco de taxa de<br />

juro (Nota 3).<br />

locação financeira<br />

O Grupo regista no seu ativo fixo tangível os ativos adquiridos em regime de locação financeira. Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> o Grupo tinha<br />

assumido compromissos decorrentes de contratos de locação financeira em conformidade com o descrito na Nota 5, encontrando-se o capital<br />

em dívida incluído na posição financeira na rubrica “Financiamentos obtidos”, como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Dívidas respeitantes a locação financeira<br />

Equipamento básico 683.926 666.133<br />

Outros ativos fixos tangíveis 45 –<br />

683.971 666.133<br />

Pagamentos futuros de capital<br />

Até 1 ano 112.134 108.367<br />

De 1 ano até 5 anos 390.317 378.752<br />

mais de 5 anos 181.520 179.014<br />

683.971 666.133<br />

As locações financeiras, por moeda funcional, apresentam o seguinte detalhe:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

locação financeira em EuR 528.888 627.341<br />

locação financeira em usD 155.083 38.792<br />

683.971 666.133


Grupo <strong>TAP</strong> 167<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

A análise dos passivos por locação financeira, por maturidade e por tipo de taxa de juro, em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, pode ser efetuada<br />

como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Por maturidades<br />

Até 1 ano 112.134 108.367<br />

De 1 a 2 anos 109.233 97.804<br />

De 2 a 3 anos 98.111 96.579<br />

De 3 a 4 anos 113.020 85.124<br />

De 4 a 5 anos 69.953 99.245<br />

mais de 5 anos 181.520 179.014<br />

Por tipo de taxa de juro<br />

Taxa variável<br />

683.971 666.133<br />

Expira num ano 60.439 46.915<br />

Expira entre 1 e 2 anos 57.113 58.600<br />

Expira entre 2 e 3 anos 44.614 56.704<br />

mais de 3 anos 121.882 166.107<br />

Taxa fixa<br />

284.048 328.326<br />

Expira num ano 51.695 61.451<br />

Expira entre 1 e 2 anos 52.120 39.204<br />

Expira entre 2 e 3 anos 53.497 39.875<br />

mais de 3 anos 242.611 197.277<br />

399.923 337.807<br />

683.971 666.133<br />

O montante global de responsabilidades, acrescido dos juros vincendos, encontra-se apresentado no capítulo referente ao risco de taxa de<br />

juro (Nota 3).<br />

locação operacional<br />

Conforme referido na Nota 2.24, estas responsabilidades não se encontram registadas na posição financeira do Grupo. Estes contratos têm<br />

durações variáveis que podem ir até aos 8 anos, podendo ser prorrogados por vontade expressa das partes contraentes.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, existiam em regime de locação operacional, 18 aeronaves, conforme detalhe na Nota 5.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 existiam compromissos financeiros, assumidos pela subsidiária <strong>TAP</strong>, S.A., relativos a rendas de locação<br />

operacional de aviões, no montante de 218.876 milhares de Euros (295.483 milhares de USD) e 241.871 milhares de Euros (314.432 milhares<br />

de USD), respetivamente (Nota 60).<br />

Os planos de reembolso das rendas das locações operacionais detalham-se como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Até 1 ano 49.551 50.209<br />

De 1 a 2 anos 35.829 43.213<br />

De 2 a 3 anos 28.431 30.591<br />

De 3 a 4 anos 26.947 22.811<br />

mais de 4 anos 78.118 95.047<br />

218.876 241.871<br />

Nestes contratos existiam depósitos de garantia constituídos, no montante global de 3.550 milhares de Euros em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e<br />

3.250 milhares de Euros em 31 de dezembro de 2010 (Nota 18), que serão devolvidos ao Grupo, à medida que os aviões são restituídos aos<br />

locadores.


168 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Financial covenants<br />

Os financial covenants constantes dos contratos de leasing e financiamento são os usuais em operações desta natureza, incluindo disposições<br />

como obrigatoriedade de manutenção da atividade como operador aéreo, compromissos de fornecimento periódico de informação<br />

financeira disponível, bem como, no caso específico de leasings financeiros, obrigações de caráter operacional relativas a registos nas entidades<br />

oficiais, informações relativas às aeronaves em leasing, estrito cumprimento de toda a regulamentação, procedimentos definidos pelas<br />

autoridades, entre outros.<br />

28. Responsabilidades com benefícios pós-emprego<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Responsabilidade por serviços passados no início do exercício 88.393 87.784<br />

Custo de juros 12.702 11.677<br />

Custo do serviço corrente 3.111 3.281<br />

Contribuições para fundo de pensões (14.631) (15.931)<br />

Ganhos e perdas atuariais (954) 3.678<br />

Alterações cambiais nos planos mensurados numa moeda diferente (2.303) 3.586<br />

Rendimento ativos do fundo (7.778) (5.682)<br />

Responsabilidade por serviços passados no final do exercício 78.540 88.393<br />

Os principais pressupostos atuariais, utilizados na elaboração dos estudos, podem ser apresentados como segue:<br />

Portugal Brasil Portugal Brasil<br />

<strong>2011</strong> <strong>2011</strong> 2010 2010<br />

Tábua de mortalidade TV 88/90 AT2000 TV 88/90 AT2000<br />

Tábua de invalidez EKV1980 IAPb-57 EVK 1980 IAPb-57<br />

Taxa de desconto 4,75% 10,78% 4,75% 10,35%<br />

Taxa de rendimento do fundo<br />

Taxa de crescimento<br />

4,75% 11,64% 4,75% 10,90%<br />

salários 1,50% 7,10% 1,50% 6,49%<br />

Pensões 1,00% 5,00% 1,00% 4,40%<br />

Tendência dos custos médicos 1,50% – 1,50% –


Grupo <strong>TAP</strong> 169<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

As responsabilidades das diversas empresas do Grupo <strong>TAP</strong> foram determinadas por estudos atuariais reportados a 31 de dezembro de <strong>2011</strong><br />

e 2010, elaborados por entidades independentes, individualmente para cada uma das empresas, utilizando o método Unidade de Crédito<br />

Projetado. As responsabilidades para os exercícios de 2006 a <strong>2011</strong> detalham-se como segue:<br />

<strong>2011</strong><br />

Pensões<br />

Viva<br />

Antes de<br />

1997 Ativos<br />

Atos<br />

médicos<br />

Prémios<br />

Jubileu<br />

Representação<br />

inglaterra Brasil Total<br />

Responsabilidades por serviços passados<br />

Ativos 2.579 – – – 39.340 12.440 – 54.359<br />

Pré-reformados – – 2.321 299 – – 84.995 87.615<br />

Aposentados 8.899 40.985 – 2.682 – – – 52.566<br />

Valor de mercado dos fundos (14.719) – – – (29.845) (11.683) (59.753) (116.000)<br />

insuficiência / (excesso) (3.241) 40.985 2.321 2.981 9.495 757 25.242 78.540<br />

2010<br />

Pensões<br />

Viva<br />

Antes de<br />

1997 Ativos<br />

Atos<br />

médicos<br />

Prémios<br />

Jubileu<br />

Representação<br />

inglaterra Brasil Total<br />

Responsabilidades por serviços passados<br />

Ativos 4.854 – – – 37.398 8.956 – 51.208<br />

Pré-reformados – – 820 197 – – 83.569 84.586<br />

Aposentados 6.562 45.000 – 2.942 – 3.424 – 57.928<br />

Valor de mercado dos fundos (15.467) – – – (25.543) (10.370) (53.949) (105.329)<br />

insuficiência / (excesso) (4.051) 45.000 820 3.139 11.855 2.010 29.620 88.393<br />

2009<br />

Pensões<br />

Viva<br />

Antes de<br />

1997 Ativos<br />

Atos<br />

médicos<br />

Prémios<br />

Jubileu<br />

Representação<br />

inglaterra Brasil Total<br />

Responsabilidades por serviços passados<br />

Ativos 3.389 – – – 37.214 14.418 – 55.021<br />

Pré-reformados – – 1.247 115 – – 60.419 61.781<br />

Aposentados 6.723 44.606 – 3.356 – 1.220 – 55.905<br />

Valor de mercado dos fundos (15.149) – – – (22.988) (13.130) (33.656) (84.923)<br />

insuficiência / (excesso) (5.037) 44.606 1.247 3.471 14.226 2.508 26.763 87.784<br />

2008<br />

Pensões<br />

Viva<br />

Antes de<br />

1997 Ativos<br />

Atos<br />

médicos<br />

Prémios<br />

Jubileu<br />

Representação<br />

inglaterra Brasil Total<br />

Responsabilidades por serviços passados<br />

Ativos 7.219 – 2.843 – 32.641 15.638 – 58.341<br />

Pré-reformados – – 1.064 136 – – 40.436 41.636<br />

Aposentados 10.568 44.139 – 3.362 – – – 58.069<br />

Valor de mercado dos fundos (8.819) – – – (18.154) (13.130) (20.775) (60.878)<br />

insuficiência / (excesso) 8.968 44.139 3.907 3.498 14.487 2.508 19.661 97.168<br />

2007<br />

Pensões<br />

Viva<br />

Antes de<br />

1997 Ativos<br />

Atos<br />

médicos<br />

Prémios<br />

Jubileu<br />

Representação<br />

inglaterra Brasil Total<br />

Responsabilidades por serviços passados<br />

Ativos 3.737 – 6.968 – 18.682 15.638 – 45.025<br />

Pré-reformados – – 2.170 218 – – – 2.388<br />

Aposentados 10.512 44.457 – 4.663 – – – 59.632<br />

Valor de mercado dos fundos (9.900) – – – (13.631) (13.130) – (36.661)<br />

insuficiência / (excesso) 4.349 44.457 9.138 4.881 5.051 2.508 – 70.384<br />

2006<br />

Pensões<br />

Viva<br />

Antes de<br />

1997 Ativos<br />

Atos<br />

médicos<br />

Prémios<br />

Jubileu<br />

Representação<br />

inglaterra Brasil Total<br />

Responsabilidades por serviços passados<br />

Ativos 9.644 – – – 20.888 14.729 – 45.261<br />

Pré-reformados – – 1.827 242 – – – 2.069<br />

Aposentados 10.538 45.563 – 5.097 – – – 61.198<br />

Valor de mercado dos fundos (6.444) – – – (12.019) (10.738) – (29.201)<br />

insuficiência / (excesso) 13.738 45.563 1.827 5.339 8.869 3.991 – 79.327<br />

O excesso de financiamento registado em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, no montante de 3.241 milhares de Euros, é reembolsável nos termos<br />

da lei e/ou dispensa contribuições futuras.


170 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

evolução das responsabilidades com pensões e outros benefícios pós-emprego<br />

A evolução das responsabilidades assumidas, refletidas na demonstração da posição financeira consolidada, em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e<br />

2010, é conforme segue:<br />

<strong>2011</strong><br />

evolução das responsabilidades<br />

Pensões<br />

Viva<br />

Antes<br />

de 1997 Ativos<br />

Atos<br />

médicos<br />

Prémios Representação<br />

Jubileu inglaterra Brasil Total<br />

Responsabilidades no início do exercício 11.416 45.000 820 3.139 37.398 12.380 83.569 193.722<br />

Variação cambial<br />

Valores registados nos resultados do exercício:<br />

– – – – – 377 (7.132) (6.755)<br />

serviços correntes 353 – – – 2.536 – 222 3.111<br />

Custo dos juros 630 2.137 39 149 1.782 – 7.965 12.702<br />

Desvios atuariais (921) (6.152) 1.462 (307) (1.465) 166 5.358 (1.859)<br />

benefícios pagos – – – – (911) (483) (4.987) (6.381)<br />

Custos de serviços passados – – – – – – – –<br />

Responsabilidades no fim do exercício 11.478 40.985 2.321 2.981 39.340 12.440 84.995 194.540<br />

2010<br />

evolução das responsabilidades<br />

Pensões<br />

Viva<br />

Antes<br />

de 1997 Ativos<br />

Atos<br />

médicos<br />

Prémios Representação<br />

Jubileu inglaterra Brasil Total<br />

Responsabilidades no início do exercício 10.112 44.606 1.247 3.471 37.215 15.638 60.418 172.707<br />

Variação cambial<br />

Valores registados nos resultados do exercício:<br />

– – – – – (2.342) 8.690 6.348<br />

serviços correntes 193 – – – 2.870 – 218 3.281<br />

Custo dos juros 592 2.119 59 165 1.655 – 7.087 11.677<br />

Desvios atuariais 519 (1.725) (486) (497) (1.766) (916) 11.393 6.522<br />

benefícios pagos – – – – (2.576) – (4.237) (6.813)<br />

Custos de serviços passados – – – – – – – –<br />

Responsabilidades no fim do exercício 11.416 45.000 820 3.139 37.398 12.380 83.569 193.722<br />

Caso a taxa de tendência dos custos médicos registe um aumento ou decréscimo de um ponto percentual, o respetivo impacto nas responsabilidades<br />

do Grupo, a 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e de 2010, é o seguinte:<br />

Taxa <strong>2011</strong> 2010<br />

Taxa de crescimento anual dos custos médicos 1,50% 2.981 3.139<br />

Aumento de 1% na taxa de tendência dos custos médicos 2,50% 3.222 3.405<br />

Decréscimo de 1% na taxa de tendência dos custos médicos 0,50% 2.768 2.905<br />

Gastos suportados com pensões e outros benefícios pós-emprego<br />

Relativamente aos gastos suportados com pensões e outros benefícios pós-emprego, o detalhe é conforme segue:<br />

<strong>2011</strong><br />

Pensões<br />

Viva<br />

Antes<br />

de 1997 Ativos<br />

Atos<br />

médicos<br />

Prémios<br />

Jubileu<br />

Representação<br />

inglaterra Brasil Total<br />

Valores refletidos na demonstração dos resultados<br />

serviços correntes 353 – – – 2.536 – 222 3.111<br />

Custo dos juros 630 2.137 39 149 1.782 – 7.965 12.702<br />

Retorno dos ativos do plano 748 – – – (1.213) (1.111) (6.202) (7.778)<br />

(Ganhos)/Perdas atuariais 5.174 (6.152) 1.462 (307) (1.041) (142) 5.653 4.647<br />

6.905 (4.015) 1.501 (158) 2.064 (1.253) 7.638 12.682<br />

2010<br />

Pensões<br />

Viva<br />

Antes<br />

de 1997 Ativos<br />

Atos<br />

médicos<br />

Prémios<br />

Jubileu<br />

Representação<br />

inglaterra Brasil Total<br />

Valores refletidos na demonstração dos resultados<br />

serviços correntes 193 – – – 2.870 – 218 3.281<br />

Custo dos juros 592 2.119 59 165 1.655 – 7.087 11.677<br />

Retorno dos ativos do plano (318) – – – (1.091) (633) (3.640) (5.682)<br />

(Ganhos)/Perdas atuariais 6.766 (1.725) (486) (497) (1.379) 135 5.099 7.913<br />

7.233 394 (427) (332) 2.055 (498) 8.764 17.189


Grupo <strong>TAP</strong> 171<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Os gastos com pensões e outros benefícios pós-emprego, dos exercícios de <strong>2011</strong> e 2010, encontram-se registados na rubrica de gastos<br />

com o pessoal (Nota 42).<br />

evolução dos fundos afetos aos planos de benefícios com pensões<br />

Nos exercícios de <strong>2011</strong> e 2010 a evolução do património dos fundos foi conforme segue:<br />

evolução do património<br />

Pensões Prémios<br />

<strong>2011</strong><br />

Representação<br />

dos fundos<br />

Viva Jubileu<br />

inglaterra Brasil Total<br />

saldo inicial 15.467 25.543 10.370 53.949 105.329<br />

Variação cambial – – 316 (4.767) (4.451)<br />

Dotação efetuada no exercício – 4.425 370 9.836 14.631<br />

Rendimento dos fundos no exercício (748) 1.213 1.111 6.202 7.778<br />

Desvios atuariais – (424) – (480) (904)<br />

benefícios pagos – (912) (484) (4.987) (6.383)<br />

sAlDo FinAl 14.719 29.845 11.683 59.753 116.000<br />

evolução do património<br />

Pensões Prémios<br />

2010<br />

Representação<br />

dos fundos<br />

Viva Jubileu<br />

inglaterra Brasil Total<br />

saldo inicial 15.149 22.988 13.130 33.656 84.923<br />

Variação cambial – – (1.967) 4.727 2.760<br />

Dotação efetuada no exercício – 4.425 1.637 9.869 15.931<br />

Rendimento dos fundos no exercício 318 1.091 633 3.640 5.682<br />

Desvios atuariais – (387) (3.063) 6.294 2.844<br />

benefícios pagos – (2.574) – (4.237) (6.811)<br />

sAlDo FinAl 15.467 25.543 10.370 53.949 105.329<br />

A composição dos fundos e respetiva categoria das quantias incluídas no justo valor dos ativos do plano, em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010,<br />

é conforme segue:<br />

nível de Pensões Prémios Representação<br />

<strong>2011</strong><br />

Justo Valor Viva Jubileu inglaterra Brasil Total<br />

Ações 1 3.268 800 7.399 5.659 17.126<br />

Produtos derivados 2 15 – – – 15<br />

Obrigações 1 3.224 26.243 3.171 47.509 80.147<br />

Dívida Pública 1 4.283 – – – 4.283<br />

Imobiliário 1 978 126 – 1.434 2.538<br />

liquidez 1 2.951 2.272 – 5.151 10.374<br />

Outras aplicações correntes 1 – 404 1.113 – 1.517<br />

14.719 29.845 11.683 59.753 116.000<br />

nível de Pensões Prémios Representação<br />

2010<br />

Justo Valor Viva Jubileu inglaterra Brasil Total<br />

Ações 1 3.940 823 6.568 7.267 18.598<br />

Produtos derivados 2 18 – – – 18<br />

Obrigações 1 3.469 22.644 2.815 45.306 74.234<br />

Dívida Pública 1 5.811 – – – 5.811<br />

Imobiliário 1 1.001 109 – 1.360 2.470<br />

liquidez 1 1.220 1.590 – 16 2.826<br />

Outras aplicações correntes 1 8 377 987 – 1.372<br />

15.467 25.543 10.370 53.949 105.329


172 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Pensões – Transportes Aéreos Portugueses, s.A.<br />

De acordo com as normas vigentes na <strong>TAP</strong>, S.A., esta assegura aos empregados admitidos até 31 de maio de 1993 a diferença entre a pensão<br />

de reforma, por limite de idade ou invalidez, atribuída pela Segurança Social, e um montante mínimo garantido pela <strong>TAP</strong>, S.A.. Este montante<br />

corresponde a uma percentagem fixa do vencimento pensionável à data da reforma, por cada ano de serviço na empresa, até um máximo de<br />

20 anos, conforme segue:<br />

+ Pessoal navegante (pilotos e técnicos de voo) – 3,2% por ano de serviço<br />

+ Pessoal de terra e pessoal navegante de cabina – 4% por ano de serviço<br />

Adicionalmente, a <strong>TAP</strong>, S.A. assumiu responsabilidades pelo pagamento de prestações de pré-reforma, de modo a que o montante a receber<br />

em situação de pré-reforma se situe entre 75% e 100% do valor que o empregado receberia no ativo.<br />

Em outubro de 2008 foi alterado o acordo de empresa com o Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (“SPAC”), o qual teve como principais<br />

alterações:<br />

+ Pilotos admitidos até 31 de maio de 2007: o plano de pensões pressupõe a bonificação do tempo de serviço garantida pelo Estado (de 15%<br />

ou 10%, conforme a data de início da carreira contributiva) e a possibilidade de bonificação adicional (até 25% ou 30%) por opção do beneficiário<br />

na data da passagem à reforma (esta bonificação adicional será encargo da <strong>TAP</strong>, S.A.);<br />

+ Pilotos admitidos a partir de 1 de junho de 2007: o plano de pensões é constituído por um regime de contribuição definida, no montante de<br />

7,5% da remuneração de base efetivamente auferida (14 vezes por ano), do qual 80% é encargo da <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

A <strong>TAP</strong>, S.A. tem registado, a totalidade das suas responsabilidades com serviços passados pelo pagamento de complementos de pensões e<br />

prestações de pré-reforma, referente ao plano de benefício definido.<br />

A quantificação das responsabilidades teve em devida consideração que, nos termos expressos da regulamentação coletiva que consagra<br />

o plano de pensões referido, a pensão total garantida pela <strong>TAP</strong>, S.A., ou seja, pensão da segurança social e complemento de reforma, nunca<br />

será superior ao valor da remuneração base mensal líquida de IRS e Segurança Social no ativo. Esta premissa não é aplicável, por não estar<br />

consagrada na regulamentação coletiva respetiva ao pessoal navegante técnico, para o qual aquele limite não existe e o salário pensionável é<br />

constituído pelo vencimento base da tabela de remunerações, adicionado do vencimento do exercício e das senioridades.<br />

Pensões – <strong>TAP</strong> me Brasil<br />

Plano de Benefícios II – VEM (Componente de benefícios definidos)<br />

A subsidiária patrocina um plano de pensões aos seus empregados, gerido pelo Instituto AERUS de Segurança Social e denominado Plano de<br />

Benefícios II – VEM. Apesar de se tratar de um plano cujo benefício é de “contribuição definida”, o plano também oferece benefícios de invalidez<br />

e morte sob o conceito de “benefícios definidos”, além de garantir benefícios especiais a um grupo de empregados oriundos da VARIG,<br />

que foram absorvidos no quadro da subsidiária, aquando da cisão das operações desta empresa.<br />

A partir de 1 de janeiro de 2002, a subsidiária tornou-se uma das patrocinadoras do Instituto AERUS de Segurança Social (“AERUS”), por meio<br />

do plano de reforma complementar, na modalidade de contribuição definida, denominado Plano de Benefícios II – VEM.<br />

Em 2008, a subsidiária solicitou a transferência do administrador do fundo de benefícios dos seus empregados da entidade AERUS. Este processo<br />

foi recusado pela sociedade gestora do fundo AERUS que alegou que a <strong>TAP</strong> ME Brasil possuía dívidas não reconhecidas na transferência<br />

de responsabilidades com benefícios pós-emprego, por ser co-responsável pelo deficit dos fundos de pensões de outros patrocinadores.<br />

A <strong>TAP</strong> ME Brasil está a questionar a validade jurídica da referida dívida e o Conselho de Administração, suportado pelos pareceres preliminares<br />

dos seus advogados e consultores externos, entende que a referida dívida não é da sua responsabilidade, razão pela qual não reconheceu<br />

qualquer provisão para fazer face ao referido processo (Nota 57).<br />

Assim, apenas a componente de benefício definido, referida anteriormente, se encontra registada na rubrica “Responsabilidades com benefícios<br />

pós-emprego”.<br />

Prémio de jubilação – PnT – Transportes Aéreos Portugueses, s.A.<br />

O Acordo de Empresa da <strong>TAP</strong>, S.A., celebrado com o SPAC prevê a garantia, por parte da <strong>TAP</strong>, S.A., para além de um plano de pensões, de<br />

um prémio de jubilação a cada piloto, a ser pago de uma só vez no momento da reforma por velhice, cuja garantia financeira advém dos capitais<br />

acumulados num seguro de capitalização coletiva constituído pela <strong>TAP</strong>, S.A. em nome dos pilotos. Os princípios subjacentes à apólice de<br />

reforma coletiva celebrada com a companhia seguradora, que reproduzem este Plano de Benefícios de Reforma dos Pilotos, são como segue:<br />

+ (i) Condições de admissão: Pilotos que se encontrem em efetividade de serviço;<br />

+ (ii) Idade normal de reforma: 65 anos;


+ (iii) Garantias: Cada participante terá direito, na data da reforma a um capital de 16 vezes o último salário mensal declarado.<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 173<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

O financiamento do Plano de Benefícios é efetuado através da apólice, que é reforçada pelas contribuições (prémios) efetuadas pela <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

e pelo rendimento obtido a partir das aplicações financeiras realizadas pela companhia seguradora num Fundo Autónomo que suporta esta<br />

modalidade de seguro.<br />

Em outubro de 2008, foi alterado o acordo de empresa com o SPAC, o qual teve como principais alterações:<br />

+ Pilotos admitidos até 31 de maio de 2007: o jubileu é mantido, mas apenas será devido no caso de, na data da reforma, estar constituído<br />

o direito à pensão completa, podendo o capital ser aumentado por cada ano completo de prestação de serviço, após a formação da pensão<br />

completa;<br />

+ Pilotos admitidos a partir de 1 de junho de 2007: não existe direito ao prémio de jubilação.<br />

Cuidados de saúde – Transportes Aéreos Portugueses, s.A.<br />

A <strong>TAP</strong>, S.A. assegura aos pré-reformados e reformados antecipadamente, que tenham idade inferior a 65 anos, um plano de saúde que lhes<br />

dá acesso a serviços médicos a uma taxa reduzida. Por outro lado, a <strong>TAP</strong>, S.A. vem facultando aos reformados, a título de liberalidade, a possibilidade<br />

de acesso e de utilização dos serviços médicos da UCS, pelos quais pagarão, por cada ato clínico, uma parcela do custo do serviço,<br />

sendo a parte restante suportada pela <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

A <strong>TAP</strong>, S.A. entende que o, facto de permitir aos seus ex-trabalhadores reformados, a utilização dos serviços de saúde prestados na UCS,<br />

não constitui uma obrigação, mas tão-somente uma liberalidade em cada momento concedida, pelo que não terá que registar qualquer responsabilidade<br />

com a prestação de cuidados de saúde, relativamente aos trabalhadores presentemente no ativo, para o período após a cessação<br />

da sua atividade laboral na empresa. Desta forma, a esta data, a provisão existente cobre a totalidade das responsabilidades com atos<br />

médicos com pré-reformados e reformados antecipadamente, tendo a referida responsabilidade sido determinada com base em estudo atuarial<br />

calculado por entidade independente.<br />

29. Adiantamentos de clientes<br />

O saldo da rubrica de adiantamentos de clientes apresenta a seguinte composição em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010:<br />

30. Fornecedores<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

ministère de la Défense 400 465<br />

linhas Aéreas de Angola – TAAG 193 –<br />

Diversas agências de viagem 56 77<br />

Passageiros diversos 37 55<br />

sPdh (Nota 56) 4 2.667<br />

Outros 512 310<br />

1.202 3.574<br />

O saldo da rubrica de fornecedores apresenta a seguinte composição em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Fornecedores – conta corrente 146.150 115.849<br />

Fornecedores – faturas em receção e conferência 18.931 26.770<br />

165.081 142.619


174 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

O saldo da rubrica “Fornecedores – conta corrente” apresenta a seguinte composição em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010:<br />

31. outras contas a pagar<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Petrogal 24.899 10.013<br />

Eurocontrol – Eu 9.119 –<br />

Grupo ANA – Aeroportos de Portugal (Nota 56) 7.984 7.814<br />

sPdh (Nota 56) 6.831 12.871<br />

Petrobras Distribuidora 6.777 6.268<br />

Fornecedores da <strong>TAP</strong> mE brasil 4.400 5.738<br />

Amadeus It Group, s.A. 3.592 4.115<br />

Fornecedores da Representação do brasil 3.344 2.920<br />

bP Portugal – Comércio de combustíveis e lubrificantes s.A. 2.382 1.648<br />

shell brasil, ltda. 2.208 697<br />

AsECNA 2.120 919<br />

Gestmin Power – unipessoal, lda. 2.054 1.457<br />

sonangol 1.986 1.114<br />

NAV – Emp. Pub. Nav. Aérea Portugal 1.736 1.290<br />

INAC – Inst. Nac. Aviação Civil 1.604 1.150<br />

Galp Energia Espanha, s.A.u. 1.463 945<br />

REPsOl Portuguesa, s.A. 1.275 1.298<br />

Galileo International 1.219 671<br />

Rolls-Royce Corporation 1.197 8<br />

ADP – Aeroports de Paris 1.070 779<br />

CFm International, s.A. 1.058 417<br />

siemens e Iberlim ACE 1.043 1.173<br />

Rolls-Royce Plc 1.022 1.411<br />

Outros 55.767 51.133<br />

146.150 115.849<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 a rubrica “Outras contas a pagar” decompõe-se como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Correntes não correntes Correntes não correntes<br />

Acréscimos de gastos 150.712 – 141.922 –<br />

Fornecedores de imobilizado 2.684 – 2.930 –<br />

Pessoal 2.236 – 4.481 –<br />

Empresas associadas (Nota 56) 737 – 717 –<br />

sindicatos 276 – 301 –<br />

Outros 65.988 1.958 65.436 1.032<br />

222.633 1.958 215.787 1.032<br />

Acréscimos de gastos<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 a rubrica “Acréscimos de gastos” detalha-se do seguinte modo:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Remunerações 41.174 62.463<br />

Reservas de manutenção 18.408 11.894<br />

Combustíveis de avião 13.952 4.191<br />

Encargos especiais da atividade de venda 11.295 10.718<br />

Comissões a pagar a entidades não residentes 9.998 7.238<br />

Conservação e reparação de material 5.576 2.294<br />

Assistência por terceiros 4.579 4.261<br />

Remunerações – pessoal navegante 4.292 10.162<br />

Taxas de embarque de passageiros 3.175 1.377<br />

Booking fees 2.943 287<br />

Trabalhos especializados 1.975 6.218<br />

Taxas de aterragem 1.163 1.225<br />

segurança social outras entidades – brasil 1.097 1.159<br />

seguros a liquidar 835 360<br />

Taxas de navegação aérea 603 447<br />

Comissões 524 292<br />

Outros 29.123 17.336<br />

150.712 141.922


Grupo <strong>TAP</strong> 175<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Nos termos do Orçamento de Estado para 2012 não foi registada a estimativa do gasto, à data de 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, referente ao subsídio<br />

de férias a liquidar em 2012.<br />

outros – não correntes<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, esta rubrica é composta, essencialmente, pelo justo valor dos instrumentos financeiros derivados,<br />

nomeadamente swaps de taxa de juro, nos montantes de 1.665 milhares de Euros e 747 milhares de Euros, respetivamente (Notas 24 e 58).<br />

outros – correntes<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 a rubrica “Outros – correntes” detalha-se do seguinte modo:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Taxas e impostos 45.517 41.119<br />

Indemnizações de acidentes de trabalho 892 1.463<br />

saldos a pagar a clientes 1.296 1.104<br />

Swaps taxa juro (Notas 24 e 58) – 259<br />

Outros 18.283 22.208<br />

65.988 66.153<br />

A rubrica de taxas e impostos refere-se, essencialmente, a valores a pagar a diversas entidades, relacionados com taxas cobradas aos clientes<br />

nos bilhetes emitidos.<br />

32. Documentos pendentes de voo<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 a responsabilidade do Grupo, relativamente a bilhetes emitidos e não utilizados, registada na rubrica<br />

“Documentos pendentes de voo”, era a seguinte:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Passageiros 248.647 238.298<br />

Carga 14.863 939<br />

263.510 239.237<br />

Durante os exercícios de <strong>2011</strong> e 2010, com base nas análises parciais e periódicas que são efetuadas a esta rubrica (Nota 2.26), resultaram<br />

ajustamentos às receitas de transporte de passageiros e de carga, respetivamente, nos montantes de 56.095 milhares de Euros (3,7% da<br />

receita voada) e 59.345 milhares de Euros (3% da receita voada), que foram reconhecidos na rubrica “Vendas e serviços prestados”.


176 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

35. Vendas e serviços prestados<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, as vendas e serviços prestados apresentam-se como segue:<br />

36. subsídios à exploração<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Vendas<br />

mercado interno<br />

Transporte aéreo e manutenção 2.011 2.445<br />

Catering 4.378 5.383<br />

lojas Francas 17.342 16.180<br />

Cuidados de saúde<br />

mercado externo<br />

124 –<br />

Transporte aéreo e manutenção 7.571 2.918<br />

lojas Francas 125.436 117.876<br />

156.862 144.802<br />

Serviços prestados<br />

mercado interno<br />

Transporte aéreo e manutenção 154.266 217.154<br />

Catering 1.231 1.348<br />

Cuidados de saúde 3.809 –<br />

Tecnologias de informação 3.368 5.862<br />

mercado externo<br />

Transporte aéreo e manutenção 2.119.274 1.946.079<br />

Tecnologias de informação 70 276<br />

2.282.018 2.170.719<br />

2.438.880 2.315.521<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 os subsídios à exploração apresentam-se como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Outros rendimentos e ganhos 3.253 4.565<br />

3.253 4.565<br />

O Grupo reconhece, anualmente, os subsídios a receber do Estado relativamente à comparticipação no preço de venda do bilhete para passageiros<br />

com destino ou origem no arquipélago dos Açores, desde que os passageiros se enquadrem no regime legal aplicável. O montante<br />

reconhecido, em cada exercício, corresponde, à estimativa do Grupo, do valor a receber por bilhetes voados, no próprio exercício, por passageiros<br />

abrangidos pelo benefício.<br />

37. Ganhos e perdas em associadas<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 a rubrica ganhos e perdas em associadas detalha-se do seguinte modo:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Ganhos<br />

Academia Aeronáutica de Évora, s.A. – 319<br />

– 319<br />

Perdas<br />

sEAP (Nota 24) – 829<br />

sPdh (Nota 26) 11.124 43.556<br />

11.124 44.385<br />

11.124 44.066<br />

Os valores registados nesta rubrica, em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, correspondem ao prejuízo do exercício da SPdH, conforme descrito na Nota<br />

2.3.2 e na Nota 26, decorrente da aplicação do método de equivalência patrimonial.


Grupo <strong>TAP</strong> 177<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Adicionalmente, em 2010, o Grupo procedeu à alienação da participação na Academia Aeronáutica de Évora, S.A., o que gerou uma mais-<br />

-valia de 319 milhares de Euros.<br />

Ainda em 2010, na sequência da alienação da participação do Grupo na Air Macau, procedeu-se à extinção da SEAP, gerando uma menos-<br />

-valia de 829 milhares de Euros.<br />

38. Variação da produção<br />

A variação da produção em <strong>2011</strong> e 2010 foi como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Inventários iniciais (15.219) (8.131)<br />

Regularização de inventários 2.300 (7.926)<br />

Inventários finais 23.431 15.219<br />

10.512 (838)<br />

39. Trabalhos para a própria entidade<br />

Os trabalhos para a própria entidade, em <strong>2011</strong> e 2010, nos montantes de 950 milhares de Euros e 2.406 milhares de Euros, respetivamente,<br />

referem-se a gastos com pessoal e outros incluídos no custo de aquisição/produção de inventários, com duração superior a um ano.<br />

40. Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas<br />

O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas em <strong>2011</strong> e 2010 foi como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

matérias-primas,<br />

matérias-primas,<br />

subsidiárias<br />

subsidiárias<br />

mercadorias<br />

e de consumo mercadorias<br />

e de consumo<br />

Inventários iniciais 11.833 180.714 11.152 167.199<br />

Compras 84.687 67.102 77.851 118.531<br />

Regularização de inventários 10.652 10.025 8.633 (14.990)<br />

Inventários finais (12.982) (163.759) (11.833) (180.714)<br />

94.190 94.082 85.803 90.026<br />

188.272 175.829


178 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

41. Fornecimentos e serviços externos<br />

Os fornecimentos e serviços externos são decompostos como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Combustíveis de avião 716.867 522.933<br />

serviços de handling 157.667 149.526<br />

Taxas de navegação aérea 135.318 132.644<br />

Trabalhos especializados 76.309 82.007<br />

Conservação e reparação de equipamento de voo 69.564 66.176<br />

Comissões 64.582 64.333<br />

Taxas de aterragem 53.655 51.383<br />

Rendas e alugueres 51.105 54.243<br />

locação operacional de aeronaves (Nota 27) 50.293 56.298<br />

Despesas a bordo 42.662 41.929<br />

Encargos especiais de venda – transporte aéreo 39.409 36.705<br />

Alojamento e alimentação nas escalas 21.737 21.395<br />

Conservação e reparação de outros ativos 17.132 18.501<br />

subcontratos 14.699 11.620<br />

seguros 8.113 8.163<br />

honorários 5.171 2.854<br />

Vigilância e segurança 3.471 3.811<br />

Outros gastos com fornecimentos e serviços externos 119.306 120.418<br />

1.647.060 1.444.939<br />

O aumento dos gastos relacionados com fornecimentos e serviços externos deve-se, essencialmente, ao aumento da atividade face ao período<br />

homólogo acompanhado do aumento do preço médio do jet fuel (ver Nota 3).<br />

A rubrica “Outros gastos com fornecimentos e serviços externos” apresenta o seguinte detalhe:<br />

42. Gastos com o pessoal<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Taxas de controlo de tráfego aéreo 20.133 19.196<br />

Encargos com bagagem de carga e correio 18.836 19.800<br />

Publicidade e propaganda 11.244 6.736<br />

Fretamento de aviões 9.386 9.557<br />

Comunicação 8.661 8.596<br />

Outras irregularidades 6.098 4.723<br />

Irregularidades operacionais 4.815 7.584<br />

Electricidade 4.456 3.721<br />

Transporte de mercadorias 4.289 3.071<br />

Despesas em terra com passageiros da classe executiva 4.231 3.304<br />

Deslocações e estadas 3.337 3.603<br />

Passageiros em trânsito 1.845 2.412<br />

Facilidades nos aeroportos 1.585 5.171<br />

Outros 20.390 22.944<br />

119.306 120.418<br />

Os gastos com o pessoal podem ser decompostos conforme segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Remunerações do pessoal 389.990 406.701<br />

Encargos sociais 79.024 82.973<br />

Outros gastos com o pessoal 42.274 52.858<br />

Gastos com benefícios pós-emprego (Nota 28) 12.682 17.189<br />

523.970 559.721<br />

As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais do Grupo <strong>TAP</strong>, em <strong>2011</strong>, foram:<br />

+ Conselho de Administração: 3.251 milhares de Euros<br />

+ Assembleia Geral: 5 milhares de Euros<br />

+ Conselho Fiscal / Fiscal Único: 92 milhares de Euros


outros gastos com o pessoal<br />

Os outros gastos incorridos com o pessoal detalham-se do seguinte modo:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

seguros 14.865 11.564<br />

Gastos de ação social 9.996 12.657<br />

Comparticipação de refeições 4.639 4.900<br />

seguro de acidentes de trabalho 2.904 3.464<br />

Outros 9.870 20.273<br />

42.274 52.858<br />

43. Ajustamentos de inventários (perdas / reversões)<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 a rubrica detalha-se como segue:<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 179<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Reversão de<br />

Reversão de<br />

Perdas em<br />

ajustamentos Perdas em<br />

ajustamentos em<br />

inventários<br />

em inventários inventários<br />

inventários<br />

matérias-primas, subsidiárias e de consumo (Nota 20) 3.140 (692) 11.058 (15.024)<br />

3.140 (692) 11.058 (15.024)<br />

2.448 (3.966)<br />

44. imparidade de dívidas a receber (perdas / reversões)<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 esta rubrica detalha-se conforme segue:<br />

Ajustamentos<br />

em contas a<br />

receber<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Reversão de<br />

ajustamentos<br />

em contas a receber<br />

Ajustamentos<br />

em contas a<br />

receber<br />

Reversão de<br />

ajustamentos<br />

em contas a receber<br />

Clientes (Nota 21) 4,647 (5.218) 6.922 (9.441)<br />

Outras contas a receber – correntes 107 (124) – –<br />

Outros ativos financeiros (Nota 13) – – – (1.788)<br />

4.754 (5.342) 6.922 (11.229)<br />

(588) (4.307)<br />

45. Provisões (aumentos / reduções)<br />

O detalhe do valor apurado na rubrica de provisões, líquidas de dotações e reversões, para os exercícios findos em 31 de dezembro de <strong>2011</strong><br />

e 2010, é o seguinte:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Provisão para processos judiciais em curso (12.571) (3.216)<br />

Fianças a associadas – (387)<br />

Outras provisões (32) (98)<br />

(12.603) (3.701)


180 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

46. imparidade de ativos<br />

A imparidade de ativos fixos, depreciáveis e não depreciáveis, reconhecida em <strong>2011</strong> e 2010, detalha-se como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Ativos fixos depreciáveis (Nota 5)<br />

Edifícios e outras construções – 440<br />

Equipamento básico 2.350 –<br />

2.350 440<br />

Ativos fixos não depreciáveis (Nota 5)<br />

Terrenos e recursos naturais 3.400 500<br />

3.400 500<br />

5.750 940<br />

47. Aumentos / reduções de justo valor<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> foi reconhecido, nos resultados do exercício, um ganho de 255 milhares de Euros (Nota 6) resultantes da variação<br />

de justo valor das propriedades de investimento.<br />

48. outros rendimentos e ganhos<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 a rubrica outros rendimentos e ganhos detalha-se como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Rendimentos suplementares 42.787 57.518<br />

Ganhos em ativos fixos 2.606 2.547<br />

Ganhos em existências 714 2.279<br />

Descontos de pronto pagamento obtidos 380 223<br />

Diferenças de câmbio favoráveis operacionais – 10.294<br />

Outros rendimentos e ganhos 1.151 2.247<br />

47.638 75.108<br />

A rubrica “Rendimentos suplementares” apresenta a seguinte composição em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Venda de milhas <strong>TAP</strong> 15.060 12.185<br />

material de armazém recuperado 5.560 19.592<br />

Publicidade 4.403 3.671<br />

Rendas e sublocações 3.853 2.334<br />

Aluguer de aeronaves 1.733 2.392<br />

Outras 12.178 17.344<br />

42.787 57.518<br />

A variação ocorrida na rubrica “Material de armazém recuperado”, face ao exercício anterior, deve-se, essencialmente, ao facto da subsidiária<br />

<strong>TAP</strong> ME Brasil ter diminuído, em <strong>2011</strong>, a utilização de parte da sua mão-de-obra disponível para recuperar spare parts, em consequência do<br />

aumento de atividade para terceiros no Brasil.


49. outros gastos e perdas<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e de 2010 a rubrica de outros gastos e perdas detalha-se como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Outros gastos e perdas de serviços financeiros 9.541 15.031<br />

Impostos 7.884 7.937<br />

Diferenças de câmbio desfavoráveis operacionais 5.604 –<br />

Perdas em ativos fixos 3.196 1.732<br />

Perdas em existências 2.882 9.821<br />

multas e penalidades 265 4.207<br />

Outros 2.560 6.312<br />

31.932 45.040<br />

50. Gastos / reversões de depreciação e de amortização<br />

O valor desta rubrica é composto conforme segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Ativos fixos tangíveis (Nota 5)<br />

Edifícios e outras construções 6.016 5.947<br />

Equipamento básico 110.931 127.780<br />

Equipamento de transporte 233 332<br />

Ferramentas e utensílios 1.762 984<br />

Equipamento administrativo 1.959 2.250<br />

Outros ativos fixos tangíveis 780 661<br />

121.681 137.954<br />

Outros ativos intangíveis (Nota 8)<br />

Outros ativos intangíveis 509 668<br />

509 668<br />

122.190 138.622<br />

51. Juros e rendimentos e gastos similares obtidos / suportados<br />

Os juros e rendimentos e gastos similares, incorridos e obtidos em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, detalham-se como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Rendimentos e ganhos<br />

Juros obtidos de investimentos 8.596 6.896<br />

8.596 6.896<br />

Gastos e perdas<br />

Juros suportados de financiamentos 44.524 44.977<br />

Diferenças de câmbio desfavoráveis 8.195 3.159<br />

Outros gastos e perdas financeiros 2.313 2.757<br />

55.032 50.893<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 a rubrica de juros suportados refere-se a juros de financiamento.<br />

52. imposto sobre o rendimento do exercício<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 181<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

As empresas do Grupo, com sede em Portugal, são tributadas em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), com<br />

base nos seus resultados individuais, à taxa normal de 25%. Ao IRC acresce Derrama a uma taxa que varia entre 1,5% e 4%, a qual incide<br />

igualmente sobre o lucro tributável, resultando numa taxa de imposto agregada de cerca de 29%.


182 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Nos termos do artigo nº 88 do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, as empresas do Grupo, com sede em Portugal,<br />

encontram-se sujeitas a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas naquele artigo.<br />

Nos termos do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, os rendimentos e ganhos e os gastos e perdas, assim como<br />

as variações patrimoniais relevadas na contabilidade, em consequência da utilização do método da equivalência patrimonial, não concorrem<br />

para a determinação do lucro tributável.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 a rubrica “Imposto sobre o rendimento do exercício” apresenta o seguinte detalhe:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Imposto corrente 7.749 8.893<br />

Imposto diferido (Nota 15) (49) (396)<br />

7.700 8.497<br />

O imposto corrente de <strong>2011</strong> refere-se, essencialmente, ao imposto corrente da subsidiária <strong>TAP</strong>, S.A., o qual ascende a 2.907 milhares de<br />

Euros (2010: 5.015 milhares de Euros), que inclui a Derrama, que incide sobre o lucro tributável, e tributação autónoma das ajudas de custo<br />

do pessoal navegante.<br />

A reconciliação da taxa efetiva de imposto nos exercícios de <strong>2011</strong> e 2010 é evidenciada como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Resultado antes de impostos (64.503) (44.418)<br />

Taxa nominal de imposto 29 % 29 %<br />

(18.706) (12.881)<br />

Diferenças permanentes 18.897 14.383<br />

Reversão/(reforço) de impostos diferidos ativos relativos a prejuízos fiscais 708 709<br />

Insuficiência/(excesso) de estimativa para impostos do exercício anterior (1.065) (340)<br />

utilização prejuízos fiscais reportáveis de exercícios anteriores sem IDA (711) (11.171)<br />

Prejuízos fiscais reportáveis do exercício sem IDA 5.780 15.072<br />

Tributação autónoma e outras formas de tributação 2.797 2.725<br />

Imposto sobre o rendimento 7.700 8.497<br />

Taxa efetiva de imposto (11,94%) (19,13%)<br />

Imposto corrente 7.749 8.893<br />

Imposto diferido (49) (396)<br />

7.700 8.497<br />

53. interesses não controlados – resultado líquido<br />

Os interesses não controlados, presentes na demonstração dos resultados, a 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 detalham-se como segue:<br />

55. Relato por segmentos<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Interesses não controlados de resultado líquido<br />

Cateringpor 450 584<br />

lFP 4.154 3.604<br />

4.604 4.188<br />

Foram identificados os seguintes segmentos de negócio: transporte aéreo, manutenção, free shop, catering e outros. Os resultados, ativos e<br />

passivos de cada segmento, correspondem àqueles que lhe são diretamente atribuíveis, bem como os que, numa base razoável, lhes podem<br />

ser atribuídos.


segmentos de negócio<br />

A informação financeira, por segmentos de negócio, do exercício de <strong>2011</strong>, analisa-se como segue:<br />

Transporte<br />

Aéreo<br />

manutenção<br />

Portugal Brasil Free<br />

shop<br />

Catering Holdings<br />

e outros<br />

Anulações<br />

intersegmentais<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 183<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Consolidado<br />

RÉDITOS<br />

Réditos 2.194.025 92.566 64.131 142.779 36.698 47.651 (138.970) 2.438.880<br />

Resultados operacionais 31.629 9.795 (61.479) 11.710 1.199 (10.921) – (18.067)<br />

Resultados financeiros líquidos externos (36.258) – (4.212) 86 93 (6.145) – (46.436)<br />

Parte de perdas líquidas em associadas – – – – – (11.124) – (11.124)<br />

Imposto sobre o rendimento (3.986) – – (3.327) (345) (42) – (7.700)<br />

Interesses minoritários – – – 4.154 450 – – 4.604<br />

Resultado líquido do exercício (8.615) 9.795 (65.691) 8.469 947 (17.108) – (72.203)<br />

OUTRAS INFORMAÇÕES<br />

Total dos ativos segmentais 2.013.474 – 150.021 24.323 12.823 578.999 (797.676) 1.981.964<br />

Total de passivos segmentais 1.964.978 – 461.909 13.523 7.704 674.771 (797.676) 2.325.209<br />

Amortizações e perdas por imparidade (109.915) (10.494) (2.598) (781) (767) (3.385) – (127.940)<br />

CAPEX 9.527 2.911 2.034 2.552 365 813 – 18.203<br />

Dívida líquida remunerada 1.004.969 – (661) (4.510) (2.923) 66.678 – 1.063.553<br />

A informação financeira, por segmentos de negócio, do exercício de 2010, analisa-se como segue:<br />

Transporte<br />

Aéreo<br />

manutenção<br />

Portugal Brasil Free<br />

shop<br />

Catering Holdings<br />

e outros<br />

Anulações<br />

intersegmentais<br />

Consolidado<br />

RÉDITOS<br />

Réditos 2.054.592 126.541 52.495 134.056 36.326 41.371 (129.860) 2.315.521<br />

Resultados operacionais 75.824 25.685 (74.149) 10.102 1.613 (39.496) – (421)<br />

Resultados financeiros líquidos externos (37.502) – (621) 127 32 (6.033) – (43.997)<br />

Parte de perdas líquidas em associadas – – – – – (44.066) – (44.066)<br />

Imposto sobre o rendimento (5.210) – – (2.881) (397) (9) – (8.497)<br />

Interesses minoritários – – – 3.604 584 – – 4.188<br />

Resultado líquido do exercício 33.112 25.685 (74.770) 7.348 1.248 (45.538) – (52.915)<br />

OUTRAS INFORMAÇÕES<br />

Total dos ativos segmentais 2.096.272 – 165.627 24.438 12.801 623.565 (835.880) 2.086.823<br />

Total de passivos segmentais 2.049.114 – 418.682 14.805 7.497 697.416 (835.880) 2.351.634<br />

Amortizações e perdas por imparidade (124.267) (8.797) (3.866) (710) (793) (1.129) – (139.562)<br />

CAPEX 2.626 6.927 8.429 1.000 315 1.616 – 20.913<br />

Dívida líquida remunerada 1.014.228 – (3.294) (7.933) (4.332) 55.709 – 1.054.378<br />

O segmento de Manutenção – Portugal encontra-se incluído na estrutura da subsidiária <strong>TAP</strong>, S.A., razão pela qual não são apresentados os<br />

seus ativos e passivos separadamente.<br />

segmentos geográficos<br />

<strong>2011</strong><br />

Transporte<br />

Aéreo<br />

manutenção<br />

Portugal Brasil Free<br />

shop<br />

Catering Holdings<br />

e outros<br />

Anulações<br />

intersegmentais<br />

Consolidado<br />

Vendas e serviços prestados:<br />

Continente e ilhas 201.339 16.058 – 17.342 36.698 47.580 (138.970) 180.047<br />

Europa 737.126 43.248 – 82.764 – – – 863.138<br />

Atlântico sul 767.645 8.869 64.131 20.860 – – – 861.505<br />

Atlântico Norte 85.412 5.939 – 2.406 – – – 93.757<br />

Atlântico médio 49.527 – – 1.407 – – – 50.934<br />

África 352.976 17.111 – 16.718 – 71 – 386.876<br />

Outros – 1.341 – 1.282 – – – 2.623<br />

2.194.025 92.566 64.131 142.779 36.698 47.651 (138.970) 2.438.880


184 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

2010<br />

Transporte<br />

Aéreo<br />

manutenção<br />

Portugal Brasil Free<br />

shop<br />

Catering holdings<br />

e outros<br />

Anulações<br />

intersegmentais<br />

Consolidado<br />

Vendas e serviços prestados:<br />

Continente e ilhas 200.640 31.045 – 16.180 36.326 41.095 (129.860) 195.426<br />

Europa 693.698 64.788 – 77.759 – – – 836.245<br />

Atlântico sul 699.420 6.920 52.495 19.637 – – – 778.472<br />

Atlântico Norte 72.102 9.863 – 2.259 – – – 84.224<br />

Atlântico médio 43.187 – – 1.321 – – – 44.508<br />

África 345.543 13.532 – 15.697 – 276 – 375.048<br />

Outros 2 393 – 1.203 – – – 1.598<br />

2.054.592 126.541 52.495 134.056 36.326 41.371 (129.860) 2.315.521<br />

56. entidades relacionadas<br />

Os saldos e transações entre as empresas do grupo que integram o perímetro de consolidação são eliminados no processo de consolidação,<br />

não sendo alvo de divulgação na presente nota. Os saldos e transações entre o Grupo e as empresas associadas (consolidadas por equivalência<br />

patrimonial) encontram-se discriminados nos quadros abaixo. Os termos ou condições praticados entre o Grupo e as partes relacionadas<br />

são substancialmente idênticos aos termos que normalmente seriam contratados entre entidades independentes em operações comparáveis.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 os saldos com partes relacionadas decompõem-se como segue:<br />

<strong>2011</strong><br />

outras contas<br />

a receber<br />

não correntes<br />

(nota 18)<br />

Clientes<br />

(nota 21)<br />

Ativos<br />

Adiantamentos<br />

a fornecedores<br />

(nota 16)<br />

outras contas<br />

a receber<br />

correntes<br />

(nota 18) Diferimentos<br />

Acionista<br />

Parpública–Participações Públicas, sGPs, s.A. – – – – –<br />

Empresas associadas<br />

sPdh–serviços Portugueses de handling, s.A. 3.700 1.636 – 119.824 –<br />

Outras entidades relacionadas<br />

Grupo ANA – Aeroportos de Portugal – 39 – 98 604<br />

3.700 1.675 – 119.922 604<br />

<strong>2011</strong><br />

outras contas<br />

a pagar<br />

não correntes<br />

Fornecedores<br />

(nota 30)<br />

Passivos<br />

Adiantamentos<br />

de clientes<br />

(nota 29)<br />

outras contas<br />

a pagar<br />

correntes<br />

(nota 31) Diferimentos<br />

Acionista<br />

Parpública–Participações Públicas, sGPs, s.A. – – – – –<br />

Empresas associadas<br />

sPdh–serviços Portugueses de handling, s.A. – (6.831) (4) (737) (92)<br />

Outras entidades relacionadas<br />

Grupo ANA – Aeroportos de Portugal – (7.984) – (1.670) –<br />

– (14.815) (4) (2.407) (92)<br />

2010<br />

outras contas<br />

a receber não<br />

correntes<br />

(nota 18)<br />

Clientes<br />

(nota 21)<br />

Activos<br />

Adiantamentos<br />

a fornecedores<br />

(nota 16)<br />

outras contas<br />

a receber<br />

correntes<br />

(nota 18) Diferimentos<br />

Acionista<br />

Parpública–Participações Públicas, sGPs, s.A. – – – – –<br />

Empresas associadas<br />

sPdh–serviços Portugueses de handling, s.A. 3.700 6.344 434 74.786 2<br />

Outras entidades relacionadas<br />

Grupo ANA – Aeroportos de Portugal – 324 – – 558<br />

3.700 6.668 434 74.786 560


2010<br />

outras contas<br />

a pagar<br />

não correntes<br />

Fornecedores<br />

(nota 30)<br />

Passivos<br />

Adiantamentos<br />

de clientes<br />

(nota 29)<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 185<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

outras contas<br />

a pagar<br />

correntes<br />

(nota 31) Diferimentos<br />

Acionista<br />

Parpública–Participações Públicas, sGPs, s.A. – – – – –<br />

Empresas associadas<br />

sPdh–serviços Portugueses de handling, s.A. – (12.871) (2.667) (717) (92)<br />

Outras entidades relacionadas<br />

Grupo ANA – Aeroportos de Portugal – (7.814) – (1.981) (1)<br />

– (20.685) (2.667) (2.698) (93)<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 as transações ocorridas entre partes relacionadas decompõe-se como segue:<br />

<strong>2011</strong><br />

Fornecimentos<br />

e serviços externos<br />

outros gastos<br />

e perdas<br />

Vendas e serviços<br />

prestados<br />

outros rendimentos<br />

e ganhos<br />

Custos<br />

financeiros<br />

Acionista<br />

Parpública–Participações Públicas, sGPs, s.A. – – – – –<br />

Empresas associadas<br />

sPdh–serviços Portugueses de handling, s.A. (79.780) – 9.795 1.487 1.785<br />

Outras entidades relacionadas<br />

Grupo ANA - Aeroportos de Portugal (70.630) (250) 64 8 –<br />

(150.410) (250) 9.859 1.495 1.785<br />

2010<br />

Fornecimentos<br />

e serviços externos<br />

outros gastos<br />

e perdas<br />

Vendas e serviços<br />

prestados<br />

outros rendimentos<br />

e ganhos<br />

Custos<br />

financeiros<br />

Acionista<br />

Parpública–Participações Públicas, sGPs, s.A. – – – – –<br />

Empresas associadas<br />

sPdh–serviços Portugueses de handling, s.A. (78.278) (19) 10.414 1.565 517<br />

Outras entidades relacionadas<br />

Grupo ANA - Aeroportos de Portugal (67.640) (155) 82 468 –<br />

(145.918) (174) 10.496 2.033 517<br />

57. Ativos e passivos contingentes<br />

Ativos contingentes<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 o Grupo não possuía ativos contingentes.<br />

Passivos contingentes<br />

A subsidiária brasileira <strong>TAP</strong> ME Brasil possui ações de naturezas tributária, cívil e laboral, envolvendo riscos de perda classificados pela<br />

Administração como possíveis, com base na avaliação dos seus consultores jurídicos, para as quais não foi constituída provisão.<br />

Ações laborais<br />

+ (i) FGTS não depositado entre 2002/2004 e Periculosidade/Insalubridade<br />

Valor: 75.212 milhares de Euros<br />

A principal ação laboral trata-se de um processo movido pelo sindicato onde é reclamado o depósito do FGTS entre o período 2002 e 2004<br />

de todos os funcionários de Porto Alegre.


186 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

A outra ação refere-se, ao requerimento de pagamento adicional de insalubridade e periculosidade, para todos os funcionários que exercem<br />

a função de auxiliar de manutenção de aeronaves em Porto Alegre. Após análise da prova pericial, foi concluído que as atividades exercidas<br />

não se caracterizam como perigosas ou insalubres. O processo encontra-se no TST (Brasília) com recurso do Sindicato para ser julgado.<br />

A <strong>TAP</strong> ME Brasil entende, baseada em informações provenientes dos seus advogados, que destes processos não resultarão impactos materialmente<br />

relevantes, suscetíveis de afetar as suas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>.<br />

Ações fiscais<br />

+ (ii) Execução fiscal de obrigação de pagamento de ICMS – Imposto na importação de mercadorias<br />

Valor: 117.260 milhares de Euros<br />

Em março de 2009, foi lavrado um auto de infração contra a <strong>TAP</strong> ME Brasil sobre a suposta exigência do pagamento de ICMS, o qual incide<br />

sobre a importação de mercadorias. A subsidiária apresentou impugnação administrativa sobre o auto de infração que foi julgado procedente.<br />

Em dezembro de 2009, o recurso do Estado foi julgado procedente no Conselho de Contribuintes. De acordo com os advogados desta subsidiária,<br />

a probabilidade de perda é possível na esfera administrativa e remota na esfera judicial.<br />

+ (iii) Execução fiscal de obrigações acessórias de ICMS – Imposto na importação de mercadorias<br />

Valor: 10.708 milhares de Euros<br />

Em dezembro de 2007, a subsidiária foi notificada, no âmbito de uma execução fiscal, proposta pela Fazenda do Estado de São Paulo<br />

(Guarulhos), relativa a obrigações acessórias de ICMS. A subsidiária realizou a penhora de 2% da faturação, bem como a suspensão da execução<br />

com as razões para a revisão da execução fiscal. Atualmente, a subsidiária está a aguardar a decisão do Juiz em relação à suspensão<br />

da execução. A probabilidade de êxito por parte da subsidiária é considerada possível.<br />

+ (iv) Auto de infração de II/IPI/PIS/COFINS – Importação<br />

Valor: 82.299 milhares de Euros<br />

A subsidiária foi notificada pela Reserva Federal, em 16 de outubro de 2007, que entendeu não serem aplicáveis às operações de importação<br />

da subsidiária a isenção de II e IPI e a alíquota 0% de PIS e COFINS. Aguarda-se o julgamento da defesa apresentada pela subsidiária. A <strong>TAP</strong><br />

ME Brasil entende, baseada em informações provenientes dos seus advogados, que deste processo não resultarão impactos materialmente<br />

relevantes, suscetíveis de afetar as suas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>. A probabilidade de êxito por parte da subsidiária<br />

é considerada possível.<br />

outras<br />

+ (v) Fundo AERUS – fundo de pensões Brasil<br />

Valor: 16.500 milhares de Euros<br />

Em 2009, a sociedade gestora do fundo AERUS (fundo de pensões Brasil) alegou que a <strong>TAP</strong> ME Brasil possuía dívidas, não reconhecidas na<br />

transferência de responsabilidades com benefícios pós-emprego para o referido fundo, de cerca de 16,5 milhões de Euros (40 milhões de Reais),<br />

por ser co-responsável pelo deficit dos fundos de pensões de outros patrocinadores (VARIG e VASP). Segundo a avaliação da Administração<br />

da <strong>TAP</strong> ME Brasil, fundamentada na opinião dos seus assessores jurídicos, a dívida apresentada pela AERUS não possui fundamentação legal.<br />

A estimativa de probabilidade de que a <strong>TAP</strong> ME Brasil venha a pagar essa dívida é remota. Consequentemente, em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>,<br />

a subsidiária não registou qualquer provisão para fazer face a esta contingência (Nota 28).<br />

+ (vi) Ativos penhorados<br />

Valor: 21.384 milhares de Euros<br />

A subsidiária <strong>TAP</strong> ME Brasil possui diversos bens ativos penhorados, no valor de 21.384 milhares de Euros (25.852 milhares de Euros em 2010),<br />

que se referem a garantias requeridas em processos fiscais e laborais. Entre os bens encontram-se veículos, computadores, componentes,<br />

itens dos hangares do Rio de Janeiro e Porto Alegre, entre outros.<br />

A divulgação do passivo contingente, efetuada em 31 de dezembro de 2010, referente ao auto de infração IRPJ/CSLL/PIS/COFINS do exercício<br />

de 2002, não é aplicável à data de 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, dado que em <strong>2011</strong> foi realizado um trabalho para identificação de documentação<br />

comprovativa das despesas. Em posse da documentação, os advogados da subsidiária <strong>TAP</strong> ME Brasil classificam as probabilidades<br />

de perda como remotas, em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>.<br />

A Câmara Municipal de Lisboa interpôs, em exercícios anteriores, no Supremo Tribunal Administrativo, um recurso que se encontra pendente<br />

da decisão do Governo Português, consubstanciado no Decreto-Lei n.º 351/89, de 13 de outubro, ao abrigo do qual se processou a transferência<br />

para a propriedade da <strong>TAP</strong>, S.A. dos terrenos, edifícios e outras construções, utilizados pelo Grupo <strong>TAP</strong>, e localizados junto do Aeroporto<br />

de Lisboa, desafetando-os do domínio público. Paralelamente, foi colocada uma ação cível, cuja tramitação depende do desfecho do processo<br />

atrás referido. A <strong>TAP</strong>, S.A. entende, baseada em informações provenientes dos seus advogados, que, do desfecho destes processos judiciais,<br />

não resultarão impactos materiais, suscetíveis de afetar as suas demonstrações financeiras, em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>.


58. Detalhe dos ativos e passivos financeiros<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 187<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

A reconciliação das posições financeiras consolidadas, em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, com as diversas categorias dos ativos e passivos<br />

financeiros, nelas incluídas, detalha-se como segue:<br />

<strong>2011</strong><br />

instrumentos financeiros<br />

derivados designados como<br />

instrumentos de cobertura<br />

Créditos e valores<br />

a receber<br />

outros passivos<br />

financeiros<br />

Ativos e passivos<br />

não financeiros Total<br />

Ativos<br />

Outros ativos não correntes – 37.656 – – 37.656<br />

Valores a receber correntes 429 417.889 – 29.425 447.742<br />

Caixa e seus equivalentes – 167.365 – – 167.365<br />

ToTAl ATiVos 429 622.910 – 29.425 652.764<br />

Passivos<br />

Passivos remunerados não correntes – – (985.709) – (985.709)<br />

Outros passivos não correntes (1.665) – (293) (84.868) (86.826)<br />

Passivos remunerados correntes – – (245.209) – (245.209)<br />

Valores a pagar correntes – – (388.916) (357.990) (746.906)<br />

ToTAl PAssiVos (1.665) – (1.620.127) (442.858) (2.064.650)<br />

2010<br />

instrumentos financeiros<br />

derivados designados como<br />

instrumentos de cobertura<br />

Créditos e valores<br />

a receber<br />

outros passivos<br />

financeiros<br />

Ativos e passivos<br />

não financeiros Total<br />

Ativos<br />

Outros ativos não correntes – 30.197 – – 30.197<br />

Valores a receber correntes – 351.346 – 28.141 379.487<br />

Caixa e seus equivalentes – 222.677 – – 222.677<br />

ToTAl ATiVos – 604.220 – 28.141 632.361<br />

Passivos<br />

Passivos remunerados não correntes – – (1.028.060) – (1.028.060)<br />

Outros passivos não correntes (747) – (285) – (1.032)<br />

Passivos remunerados correntes – – (248.995) – (248.995)<br />

Valores a pagar correntes (259) – (361.721) (438.916) (800.896)<br />

ToTAl PAssiVos (1.006) – (1.639.061) (438.916) (2.078.983)<br />

Na tabela que se segue, apresentam-se os ativos e passivos, mensurados ao justo valor a 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, de acordo com<br />

os seguintes níveis de hierarquia de justo valor previstos na IFRS 7:<br />

Nível 1: justo valor de instrumentos financeiros baseado em cotações de mercados líquidos ativos à data de referência de relato;<br />

Nível 2: o justo valor de instrumentos financeiros não é determinado com base em cotações de mercado ativo, mas sim com recurso a modelos<br />

de avaliação. Os principais inputs dos modelos utilizados são observáveis no mercado; e<br />

Nível 3: o justo valor de instrumentos financeiros não é determinado com base em cotações de mercado ativo, mas sim com recurso a modelos<br />

de avaliação, cujos principais inputs não são observáveis no mercado.<br />

Ativos mensurados ao justo valor<br />

<strong>2011</strong> Total nível 1 nível 2 nível 3<br />

Ativos financeiros ao justo valor reconhecidos em reservas – derivados de cobertura 429 – 429 –<br />

2010 Total nível 1 nível 2 nível 3<br />

Ativos financeiros ao justo valor reconhecidos em reservas – derivados de cobertura – – – –<br />

Passivos mensurados ao justo valor<br />

<strong>2011</strong> Total nível 1 nível 2 nível 3<br />

Passivos financeiros ao justo valor reconhecidos em reservas – derivados de cobertura 1.665 – 1.665 –<br />

2010 Total nível 1 nível 2 nível 3<br />

Passivos financeiros ao justo valor reconhecidos em reservas – derivados de cobertura 1.006 – 1.006 –


188 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

instrumentos financeiros derivados<br />

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados encontra-se incluído na rubrica de valores a pagar, quando negativo, e na rubrica de valores<br />

a receber, quando positivo.<br />

No decurso de <strong>2011</strong> e 2010, a variação do justo valor dos instrumentos financeiros derivados, foi registada em capitais próprios.<br />

A decomposição do justo valor dos instrumentos financeiros derivados encontra-se detalhada na Nota 24.<br />

Créditos e valores a receber<br />

Estes valores são reconhecidos ao seu justo valor, correspondendo ao seu valor nominal, deduzido de eventuais imparidades identificadas<br />

no decurso da análise dos riscos de crédito.<br />

outros passivos financeiros<br />

Estes valores são reconhecidos pelo seu custo amortizado, correspondendo ao valor dos respetivos fluxos de caixa, descontados pela taxa<br />

efetiva de juro associada a cada um dos passivos.<br />

60. Compromissos<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 as garantias prestadas pelo Grupo decompõem-se como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Garantias bancárias prestadas pela <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

Estado Português – Exploração das linhas dos Açores 2.715 4.460<br />

Natwest – "Acquiring" referente a cartões de crédito 2.514 5.855<br />

Tribunal do Trabalho 3.440 2.674<br />

Aeronaves 15.891 10.318<br />

Combustíveis 4.317 2.997<br />

Outras 8.646 4.198<br />

Garantias bancárias prestadas pela LFP<br />

Contratos de concessão de licenças de exploração das lojas Francas 6.336 6.336<br />

Garantias bancárias prestadas por outras Empresas do Grupo 393 399<br />

Cauções prestadas a seguradoras 162 762<br />

44.414 37.999<br />

O reforço efetuado, durante o corrente exercício, nas garantias bancárias prestadas pelo Grupo <strong>TAP</strong>, referentes a aeronaves, prende-se, essencialmente,<br />

com os contratos de locação operacional.<br />

Compromissos de compra<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> existiam compromissos financeiros, assumidos pela subsidiária <strong>TAP</strong>, S.A., relativos a rendas de locação operacional<br />

de aviões, no montante de 218.876 milhares de Euros (241.871 milhares de Euros em 31 de dezembro de 2010) (Nota 27).<br />

Adicionalmente, está contratada com a Airbus a compra futura de doze aeronaves Airbus A350, com mais três de opção, a receber entre<br />

2015 e 2017.<br />

61. eventos subsequentes<br />

Na sequência do acordo de venda de 50,1% do capital da SPdH, os empréstimos concedidos pela <strong>TAP</strong> SGPS a esta associada, no montante<br />

total de 119.379 milhares de Euros, até 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, foram convertidos em prestações acessórias, para cobertura de prejuízos,<br />

por decisão da Assembleia Geral realizada em 31 de janeiro de 2012 (Nota 18).


TÉCniCo oFiCiAl De ConTAs<br />

Sandra Candeias Matos da Luz<br />

Conselho De ADminisTRAção exeCUTiVo<br />

Presidente Fernando Abs da Cruz Souza Pinto<br />

Vogal Luís Manuel da Silva Rodrigues<br />

Vogal Fernando Jorge Alves Sobral<br />

Vogal Luiz da Gama Mór<br />

Vogal Manoel José Fontes Torres<br />

Vogal Michael Anthony Conolly<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 189<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong>


190 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

RelATÓRio<br />

De AUDiToRiA<br />

Certificação<br />

legal das Contas<br />

Consolidadas<br />

inTRoDUção<br />

1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas da <strong>TAP</strong><br />

– Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. as quais compreendem<br />

a Demonstração da posição financeira consolidada em 31<br />

de dezembro de <strong>2011</strong> (que evidencia um total de EUR 1.981.964<br />

milhares e um total de capital próprio negativo de EUR 343.245<br />

milhares, o qual inclui um total de interesses minoritários de EUR<br />

7.801 milhares e um resultado líquido consolidado negativo de<br />

EUR 76.807 milhares), a Demonstração consolidada dos resultados,<br />

a Demonstração consolidada do rendimento integral, a<br />

Demonstração consolidada das alterações no capital próprio e a<br />

Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo<br />

naquela data, e o correspondente anexo.<br />

ResPonsABiliDADes<br />

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração Executivo<br />

a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que<br />

apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira<br />

do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o<br />

resultado e o rendimento integral consolidado das suas operações,<br />

as alterações no capital próprio consolidado e os fluxos de<br />

caixa consolidados, a adoção de políticas e critérios contabilísticos<br />

adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno<br />

apropriados, bem como a informação de quaisquer factos relevantes<br />

que tenham influenciado a actividade, a posição financeira<br />

ou os resultados das empresas incluídas no perímetro da<br />

consolidação.<br />

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião<br />

profissional e independente. baseada no nosso exame daquelas<br />

demonstrações financeiras.


ÂmBiTo<br />

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as<br />

Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem<br />

dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo<br />

seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de<br />

segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas<br />

estão isentas de distorções materialmente relevantes.<br />

Para tanto o referido exame incluiu:<br />

+ a verificação de as demonstrações financeiras das empresas<br />

incluídas na consolidação terem sido apropriadamente<br />

examinadas e, para os casos significativos em que o não<br />

tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do<br />

suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação<br />

das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos<br />

pelo Conselho de Administração Executivo, utilizadas na<br />

sua preparação;<br />

+ a verificação das operações de consolidação e da aplicação<br />

do método da equivalência patrimonial;<br />

+ a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilisticas<br />

adotadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação,<br />

tendo em conta as circunstâncias;<br />

+ a verificação da aplicabilldade do princípio da continuidade; e<br />

+ a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação<br />

das demonstrações financeiras consolidadas.<br />

5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância<br />

da informação financeira constante do relatório consolidado de<br />

gestão com as demonstrações financeiras consolidadas.<br />

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável<br />

para a expressão da nossa opinião.<br />

oPinião<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 191<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas<br />

apresentam de forma verdadeira e apropriada em todos<br />

os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada<br />

da <strong>TAP</strong>–Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A.,<br />

em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, o resultado e o rendimento integral<br />

consolidado das suas operações, as alterações no capital próprio<br />

consolidado e os fluxos de caixa consolidados no exercício findo<br />

naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais<br />

de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia.<br />

RelATo soBRe oUTRos<br />

ReqUisiTos leGAis<br />

8. É também nossa opinião que a informação financeira constante<br />

do relatório consolidado de gestão é concordante com as<br />

demonstrações financeiras consolidadas do exercício.<br />

ÊnFAse<br />

9. Sem afetar a opinião expressa nos parágrafos anteriores, chamamos<br />

a atenção para o facto de se encontrar perdida mais de<br />

metade do capital social da Empresa, situação enquadrável no<br />

artigo 35.° do Código das Sociedades Comerciais, a qual obriga<br />

à sua regularização nas condições nele estabelecidas.<br />

lisboa, 10 de abril de 2012<br />

oliveira, Reis & Associados, sRoC, lDA.<br />

Representada por<br />

José Vieira dos Reis, ROC nº 359


192 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

PRoPosTA<br />

De APliCAção<br />

De ResUlTADos<br />

A <strong>TAP</strong> – Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A., apresentou<br />

um resultado líquido negativo no montante de EUR 75.608.201 no<br />

exercício de <strong>2011</strong>.<br />

Propõe-se, assim, que o resultado líquido negativo do exercício seja<br />

transferido, na totalidade, para lucros retidos, de acordo com a legislação<br />

em vigor e com os estatutos da Empresa.<br />

Face ao montante negativo do resultado líquido no final do exercício,<br />

sendo o total do capital próprio negativo em EUR 377.759.564,<br />

e dando cumprimento ao disposto no art. 35º do Código das<br />

Sociedades Comerciais, o Conselho de Administração irá propor,<br />

para sua cobertura, o seguinte:<br />

+ Entrada de dinheiro no montante de EUR 385.300.000.<br />

lisboa, 14 de março de 2012<br />

Conselho De ADminisTRAção<br />

exeCUTiVo<br />

PRESIDENTE<br />

Fernando Abs da Cruz Souza Pinto<br />

VOGAIS<br />

Luís Manuel da Silva Rodrigues<br />

Fernando Jorge Alves Sobral<br />

Luiz da Gama Mór<br />

Manoel José Fontes Torres<br />

Michael Anthony Conolly


Grupo <strong>TAP</strong> 193<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong>


Índice<br />

DemonsTRAções FinAnCeiRAs inDiViDUAis<br />

31 de dezembro de <strong>2011</strong><br />

196 DEMONSTRAÇÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA<br />

197 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS<br />

197 DEMONSTRAÇÃO DO RENDIMENTO INTEGRAL<br />

198 DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO<br />

198 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA<br />

199 ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS<br />

199 Introdução<br />

1. Resumo das principais políticas contabilísticas<br />

205 2. Julgamentos e estimativas<br />

206 3. Políticas de gestão do risco financeiro<br />

208 4. Classes de instrumentos financeiros<br />

209 5. Outras contas a receber<br />

6. Partes de capital em subsidiárias e associadas<br />

210 7. Estado<br />

8. Caixa e seus equivalentes<br />

9. Capital<br />

211 10. Reservas<br />

11. Provisões<br />

212 12. Passivos remunerados<br />

213 13. Outras contas a pagar<br />

14. Ganhos/(perdas) relativos a partes de capital<br />

15. Fornecimentos e serviços externos<br />

214 16. Gastos com pessoal<br />

17. Outros gastos e perdas<br />

18. Custos líquidos de financiamento<br />

19. Imposto sobre o rendimento<br />

215 20. Resultados por ação<br />

216 21. Entidades relacionadas<br />

22. Eventos subsequentes


Grupo <strong>TAP</strong> 195<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong>


196 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

DemonsTRAção DA Posição FinAnCeiRA<br />

VAlOREs Em EuROs<br />

ATiVo nota <strong>2011</strong> 2010<br />

Ativos não correntes<br />

Outras contas a receber 5 281.608.276 220.246.123<br />

Partes de capital em subsidiárias e associadas 6 25.525.665 25.118.375<br />

307.133.941 245.364.498<br />

Ativos correntes<br />

Outras contas a receber 5 122.765.885 75.006.643<br />

Estado 7 262.639 30<br />

Caixa e seus equivalentes 8 1.405.770 353.568<br />

124.434.294 75.360.241<br />

ToTAl Do ATiVo 431.568.235 320.724.739<br />

CAPiTAl PRÓPRio e PAssiVo<br />

Capital e reservas<br />

Capital social 9 15.000.000 15.000.000<br />

Reserva legal 10 3.000.000 3.000.000<br />

Reservas de conversão cambial – 25.949.018<br />

Outras reservas 10 (7.744.323) (7.744.323)<br />

lucros retidos (312.407.040) (193.276.671)<br />

lucros retidos do exercício (75.608.201) (145.079.387)<br />

ToTAl Do CAPiTAl PRÓPRio (377.759.564) (302.151.363)<br />

Passivos não correntes<br />

Provisões 11 273.800.279 220.775.124<br />

Passivos remunerados 12 54.512.840 54.460.072<br />

Outras contas a pagar 13 4.456.037 3.237.522<br />

332.769.156 278.472.718<br />

Passivos correntes<br />

Passivos remunerados 12 13.531.172 1.993.342<br />

Outras contas a pagar 13 462.883.102 342.410.042<br />

Estado 7 144.369 –<br />

476.558.643 344.403.384<br />

ToTAl Do PAssiVo 809.327.799 622.876.102<br />

ToTAl Do CAPiTAl PRÓPRio e PAssiVo 431.568.235 320.724.739<br />

O anexo faz parte integrante da demonstração da posição financeira em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>.


DemonsTRAção Dos ResUlTADos<br />

VAlOREs Em EuROs<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 197<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

nota <strong>2011</strong> 2010<br />

Ganhos/(perdas) relativos a partes de capital 14 (49.025.155) (142.145.502)<br />

Outros ganhos operacionais 23.921 –<br />

(49.001.234) (142.145.502)<br />

Gastos e perdas<br />

Fornecimentos e serviços externos 15 (543.272) (733.257)<br />

Gastos com o pessoal 16 (6.275) (4.906)<br />

Imparidade de contas a receber 5 – (7.951)<br />

Outros gastos e perdas 17 (518.799) (154.145)<br />

Resultados operacionais (50.069.580) (143.045.761)<br />

Custos líquidos de financiamento 18 (25.538.621) (2.033.626)<br />

Resultados antes de impostos (75.608.201) (145.079.387)<br />

Imposto sobre o rendimento 19 – –<br />

Resultado líquido do exercício (75.608.201) (145.079.387)<br />

lucros retidos do exercício (75.608.201) (145.079.387)<br />

Resultado por ação<br />

Resultado básico e diluído por ação 20 (50) (97)<br />

O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>.<br />

DemonsTRAção Do RenDimenTo inTeGRAl<br />

VAlOREs Em EuROs<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Lucros retidos do exercício (75.608.201) (145.079.387)<br />

Diferenças de conversão cambial – 18.450.909<br />

Rendimento reconhecido diretamente no capital próprio – 18.450.909<br />

RenDimenTo inTeGRAl Do exeRCÍCio (75.608.201) (126.628.478)<br />

Atribuível a:<br />

Acionistas da <strong>TAP</strong> sGPs (75.608.201) (126.628.478)<br />

Interesses não controlados – –<br />

(75.608.201) (126.628.478)<br />

O anexo faz parte integrante da demonstração do rendimento integral em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>.


198 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

DemonsTRAção DAs AlTeRAções no CAPiTAl PRÓPRio<br />

VAlOREs Em EuROs<br />

Capital<br />

social<br />

Reservas<br />

Reserva de conversão<br />

legal cambial<br />

outras<br />

reservas<br />

lucros<br />

retidos<br />

lucros<br />

retidos do<br />

exercício Total<br />

Capital próprio em 1 de janeiro de 2010 15.000.000 3.000.000 7.498.109 – (133.258.153) (60.018.518) (167.778.562)<br />

Aplicação do resultado líquido do exercício 2009 – – – – (60.018.518) 60.018.518 –<br />

Fusão com a Reaching Force, sGPs, s.A. – – – (7.744.323) – – (7.744.323)<br />

Conversão cambial da extensão do investimento líquido – – 18.450.909 – – – 18.450.909<br />

Resultado líquido do exercício – – – – – (145.079.387) (145.079.387)<br />

Capital próprio em 31 de dezembro de 2010 15.000.000 3.000.000 25.949.018 (7.744.323) (193.276.671) (145.079.387) (302.151.363)<br />

Aplicação do resultado líquido do exercício 2010 – – – – (145.079.387) 145.079.387 –<br />

Conversão cambial da extensão do investimento líquido – – (25.949.018) – 25.949.018 – –<br />

Resultado líquido do exercício – – – – – (75.608.201) (75.608.201)<br />

Capital próprio em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> 15.000.000 3.000.000 – (7.744.323) (312.407.040) (75.608.201) (377.759.564)<br />

O anexo faz parte integrante da demonstração das alterações no capital próprio em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>.<br />

DemonsTRAção Dos FlUxos De CAixA<br />

VAlOREs Em EuROs<br />

nota <strong>2011</strong> 2010<br />

ATIVIDADES OPERACIONAIS<br />

Pagamentos a fornecedores (898.375) (55.599)<br />

Pagamentos ao pessoal (1.040) (1.040)<br />

Fluxos gerados pelas operações (899.415) (56.639)<br />

(Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento 9.343 (2.004)<br />

Outros (pagamentos)/recebimentos da atividade operacional 713.723 (405.488)<br />

Fluxos das atividades operacionais (1) (176.349) (464.131)<br />

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO<br />

Recebimentos provenientes de:<br />

Dividendos 4.000.000 2.795.000<br />

Empréstimos concedidos 73.900.000 35.000.000<br />

Juros e proveitos similares 1.585.660 293.677<br />

79.485.660 38.088.677<br />

Pagamentos respeitantes a:<br />

Empréstimos concedidos (197.558.546) (168.328.447)<br />

(197.558.546) (168.328.447)<br />

Fluxos das atividades de investimento (2) (118.072.886) (130.239.770)<br />

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO<br />

Recebimentos provenientes de:<br />

Empréstimos obtidos 511.911.000 388.960.003<br />

Pagamentos respeitantes a:<br />

Empréstimos obtidos (381.637.274) (257.536.942)<br />

Juros e custos similares (18.460.912) (385.604)<br />

(400.098.186) (257.922.546)<br />

Fluxos das atividades de financiamento (3) 111.812.814 131.037.457<br />

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1)+(2)+(3) (6.436.421) 333.556<br />

EFEITO DAs DIFERENÇAs DE CÂmbIO (3.930) –<br />

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO EXERCÍCIO 353.568 20.012<br />

CAixA e seUs eqUiVAlenTes no Fim Do exeRCÍCio 8 (6.086.783) 353.568<br />

O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>.


Anexo às demonstrações financeiras<br />

introdução<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 199<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

A <strong>TAP</strong> – Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. (“Empresa” ou “<strong>TAP</strong> SGPS”) é uma sociedade anónima de capitais públicos, com sede<br />

em Lisboa, constituída em 25 de junho de 2003, no âmbito do Decreto-Lei n.º 87/2003, de 26 de Abril, cujo capital foi integralmente realizado<br />

em espécie pela Parpública – Participações Públicas, SGPS, S.A., por entrada das ações representativas da totalidade do capital social da<br />

sociedade Transportes Aéreos Portugueses, S.A. (“<strong>TAP</strong>, S.A.”).<br />

+ Sede Social – Aeroporto de Lisboa, Edifício 25<br />

+ Capital Social – Euros 15.000.000<br />

+ N.I.P.C. – 506 623 602<br />

A Empresa tem por objeto a gestão de participações sociais em outras sociedades, como forma indireta do exercício de atividades económicas.<br />

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 14 de março de 2012.<br />

Os membros do Conselho de Administração que assinam o presente relatório, declaram que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação<br />

nele constante foi elaborada em conformidade com as Normas Contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do<br />

ativo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Empresa.<br />

1. Resumo das principais políticas contabilísticas<br />

As principais políticas de contabilidade aplicadas na elaboração das demonstrações financeiras estão descritas abaixo.<br />

1.1. Base de Preparação<br />

As demonstrações financeiras foram preparadas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro adotadas pela União<br />

Europeia (IFRS – anteriormente designadas Normas Internacionais de Contabilidade – IAS) emitidas pelo International Accounting Standards<br />

Board (IASB) e com as Interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC) ou pelo anterior Standing<br />

Interpretations Committee (SIC), em vigor à data da preparação das referidas demonstrações financeiras.<br />

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos<br />

da empresa e tomando por base o custo histórico.<br />

A preparação das demonstrações financeiras exige a utilização de estimativas e julgamentos relevantes na aplicação das políticas contabilísticas.<br />

As principais asserções que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade, ou os pressupostos e estimativas mais significativas<br />

para a preparação das referidas demonstrações financeiras estão divulgados na Nota 2.<br />

1.2. Comparabilidade das demonstrações financeiras<br />

Os elementos constantes nas presentes demonstrações financeiras são, na sua totalidade, comparáveis com os do exercício anterior.<br />

1.3. novas normas, alterações e interpretações a normas existentes<br />

+ a) Novas normas e interpretações de aplicação mandatória em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>:<br />

As interpretações e alterações a normas existentes identificadas abaixo, são de aplicação obrigatória pelo IASB, para os exercícios que se iniciaram<br />

em 1 de janeiro de <strong>2011</strong>:


200 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

novas normas em vigor Data de aplicação *<br />

IAs 32 (alteração) – Instrumentos financeiros: Apresentação 1 de janeiro de <strong>2011</strong><br />

IFRs 1 (alteração) – Adoção pela primeira vez das IFRs 1 de janeiro de <strong>2011</strong><br />

IAs 24 (alteração) – Partes relacionadas<br />

IFRIC 14 (alteração) – IAs 19: limitação aos ativos decorrentes de planos de benefícios definidos<br />

1 de janeiro de <strong>2011</strong><br />

e a sua interação com requisitos de contribuições mínimas 1 de janeiro de <strong>2011</strong><br />

IFRIC 19 – Regularização de passivos financeiros com instrumentos de capital<br />

* Exercícios iniciados em ou após<br />

1 de janeiro de <strong>2011</strong><br />

melhoria anual das normas em 2010 (a aplicar para<br />

os exercícios que se iniciem após 1 de janeiro de <strong>2011</strong>) Data de aplicação *<br />

IFRs 1 – Adoção pela primeira vez das IFRs 1 de janeiro de <strong>2011</strong><br />

IFRs 3 – Concentrações de atividades empresariais 1 de janeiro de <strong>2011</strong><br />

IFRs 7 – Instrumentos financeiros: divulgações 1 de janeiro de <strong>2011</strong><br />

IAs 1 – Apresentação das demonstrações financeiras 1 de janeiro de <strong>2011</strong><br />

IAs 27 – Demonstrações financeiras separadas e consolidadas 1 de janeiro de <strong>2011</strong><br />

IAs 34 – Relato financeiro intercalar 1 de janeiro de <strong>2011</strong><br />

IFRIC 13 – Programas de fidelização de clientes 1 de janeiro de <strong>2011</strong><br />

* Exercícios iniciados em ou após<br />

Adicionalmente, como parte do processo de revisão da consistência da aplicação prática das IAS/IFRS, o IASB decidiu fazer melhorias às normas<br />

com o objetivo de clarificar algumas das inconsistências identificadas.<br />

A introdução destas interpretações e a alteração das normas referidas anteriormente não tiveram impactos relevantes nas demonstrações<br />

da Empresa.<br />

+ b) Novas normas e interpretações de aplicação não mandatória em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>:<br />

Existem novas normas, alterações e interpretações efetuadas a normas existentes, que, apesar de já estarem publicadas, a sua aplicação apenas<br />

é obrigatória para períodos anuais, que se iniciem em ou após 1 de julho de <strong>2011</strong>, que a Empresa decidiu não adotar antecipadamente:<br />

novas normas aprovadas pela Comissão europeia Data de aplicação *<br />

IRFs 7 (alteração) – Instrumentos financeiros: Divulgações 1 de julho de <strong>2011</strong><br />

* Exercícios iniciados em ou após<br />

novas normas não aprovadas pela Comissão europeia Data de aplicação *<br />

IFRs 1 (alteração) – Adoção pela primeira vez das IFRs 1 de julho de <strong>2011</strong><br />

IAs 12 (alteração) – Impostos sobre o rendimento 1 de janeiro de 2012<br />

IAs 1 (alteração) – Apresentação de demonstrações financeiras 1 de janeiro de 2012<br />

IFRs 9 (novo) – Instrumentos financeiros – classificação e mensuração 1 de janeiro de 2013<br />

IFRs 10 (novo) – Demonstrações financeiras consolidadas 1 de janeiro de 2013<br />

IFRs 11 (novo) – Acordos conjuntos 1 de janeiro de 2013<br />

IFRs 12 (novo) – Divulgação de interesses em outras entidades 1 de janeiro de 2013<br />

IFRs 13 (novo) – Justo valor: mensuração e divulgação 1 de janeiro de 2013<br />

IAs 27 (revisão <strong>2011</strong>) – Demonstrações financeiras separadas 1 de janeiro de 2013<br />

IAs 28 (revisão <strong>2011</strong>) – Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos 1 de janeiro de 2013<br />

IAs 19 (revisão <strong>2011</strong>) – benefícios aos empregados 1 de janeiro de 2013<br />

IFRs 7 (alteração) – Divulgações – compensação de ativos e passivos financeiros 1 de janeiro de 2013<br />

IAs 32 (alteração) – Compensação de ativos e passivos financeiros 1 de janeiro de 2014<br />

IFRIC 20 (nova) – Custos de remoção na fase de produção de uma mina de superfície 1 de janeiro de 2013<br />

* Exercícios iniciados em ou após<br />

A Empresa não concluiu ainda o apuramento de todos os impactos decorrentes da aplicação das normas supra pelo que optou pela sua não<br />

adoção antecipada. Contudo, não espera que estas venham a produzir efeitos materialmente relevantes sobre a sua posição patrimonial e<br />

resultados.<br />

1.4. Partes de capital em subsidiárias e associadas<br />

Os investimentos representativos de partes de capital em subsidiárias e associadas encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido<br />

das perdas de imparidade, quando estas se verifiquem.


Grupo <strong>TAP</strong> 201<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Depois de o interesse da investidora ser reduzido a zero, a <strong>TAP</strong> SGPS reconhece um passivo para fazer face às responsabilidades adicionais<br />

resultante de (i) obrigações legais ou construtivas incorridas ou pagamentos efetuados a favor das subsidiárias e associadas, (ii) expectativa<br />

de geração de caixa da subsidiária ou associada insuficiente para fazer face às obrigações legais ou construtivas incorridas e (iii) impossibilidade<br />

de apurar o justo valor dos referidos investimentos com fiabilidade.<br />

Os dividendos recebidos das empresas subsidiárias e associadas são registados como ganhos financeiros quando atribuídos.<br />

No âmbito da transição para as IFRS com efeitos a 1 de janeiro de 2009, a <strong>TAP</strong> SGPS deixou de aplicar o método de equivalência patrimonial<br />

na valorização dos investimentos financeiros nas suas demonstrações financeiras individuais, tendo o mesmo sido considerado como deemed<br />

cost na data da transição.<br />

1.5. Conversão cambial<br />

+ i) Moeda funcional e de apresentação<br />

Os itens incluídos nas demonstrações financeiras da Empresa, estão mensurados na moeda do seu ambiente económico, o Euro. Deste modo,<br />

as demonstrações financeiras da <strong>TAP</strong> SGPS e respetivas notas deste anexo são apresentadas em Euros, salvo indicação explícita em contrário.<br />

+ ii) Transações e saldos<br />

As transações em moedas diferentes do Euro são convertidas na moeda funcional utilizando as taxas de câmbio à data das transações. Os<br />

ganhos ou perdas cambiais resultantes do pagamento/ recebimento das transações bem como da conversão pela taxa de câmbio à data do<br />

balanço, dos ativos e dos passivos monetários denominados em moeda estrangeira, são reconhecidos na demonstração dos resultados, na<br />

rubrica de custos líquidos de financiamento, se relacionados com empréstimos ou em outros ganhos ou perdas operacionais.<br />

+ iii) Cotações utilizadas<br />

As cotações de moeda estrangeira utilizadas para conversão de saldos expressos em moeda estrangeira, foram como segue:<br />

1.6. imparidade de ativos<br />

+ i) Imparidade de ativos não financeiros<br />

moeda <strong>2011</strong> 2010<br />

usD 1.2939 1.3362<br />

bRl 2.4159 2.2177<br />

Os ativos da <strong>TAP</strong> SGPS são analisados à data de cada relato por forma a detetar indicações de eventuais perdas por imparidade. Se essa indicação<br />

existir, o valor recuperável do ativo é avaliado.<br />

É determinado o valor recuperável dos ativos da <strong>TAP</strong> SGPS para os quais existem indicações de potenciais perdas por imparidade. Sempre<br />

que o valor contabilístico de um ativo, ou da unidade geradora de caixa onde o mesmo se encontra inserido, excede a quantia recuperável, é<br />

reduzido até ao montante recuperável sendo esta perda por imparidade reconhecida nos resultados do exercício.<br />

+ ii) Determinação da quantia recuperável dos ativos<br />

A quantia recuperável das contas a receber corresponde ao valor atual dos futuros recebimentos esperados utilizando como fator de desconto<br />

a taxa de juro efetiva implícita na operação original.<br />

Para os restantes ativos, a quantia recuperável é a mais alta de entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso.<br />

Na determinação do valor de uso de um ativo, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados utilizando uma taxa de desconto antes<br />

de impostos que reflete as avaliações correntes de mercado do valor temporal do dinheiro e os riscos específicos do ativo em questão.<br />

A quantia recuperável dos ativos, que por si só não geram fluxos de caixa independentes, é determinada em conjunto com a unidade geradora<br />

de caixa onde os mesmos se encontram inseridos.<br />

Uma perda por imparidade reconhecida num valor a receber de médio e longo prazo só é revertida caso a justificação para o aumento da respetiva<br />

quantia recuperável assente num acontecimento com ocorrência após a data do reconhecimento da perda por imparidade.


202 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

As perdas por imparidade relativas a outros ativos são revertidas sempre que existam alterações nas estimativas usadas para a determinação<br />

da respetiva quantia recuperável. As perdas por imparidade são revertidas até ao valor que o ativo teria caso a perda por imparidade não<br />

tivesse sido reconhecida.<br />

+ iii) Imparidade de ativos financeiros<br />

A <strong>TAP</strong> SGPS analisa, a cada data de relato, se existe evidência objetiva que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros se encontra<br />

em imparidade.<br />

+ iv) Devedores e outros ativos financeiros<br />

São registadas perdas por imparidade quando existem indicadores objetivos que a <strong>TAP</strong> SGPS não irá receber todos os montantes a que tinha<br />

direito de acordo com os termos originais dos contratos estabelecidos.<br />

O ajustamento para perdas por imparidade é determinado pela diferença entre o valor recuperável e o valor de balanço do ativo financeiro e é<br />

registado por contrapartida de resultados do exercício. O valor de balanço destes ativos é reduzido para o valor recuperável através da utilização<br />

de uma conta de ajustamentos. Quando um montante a receber de clientes e devedores é considerado irrecuperável é abatido por utilização<br />

da conta de ajustamentos para perdas de imparidade. As recuperações subsequentes de montantes que tenham sido abatidos são<br />

registadas em resultados.<br />

Quando valores a receber de clientes ou de outros devedores que se encontrem vencidos, são objeto de renegociação dos seus termos, deixam<br />

de ser considerados como vencidos e passam a ser tratados como novos créditos.<br />

1.7. Ativos financeiros<br />

Os ativos financeiros são reconhecidos na demonstração da posição financeira na data de negociação ou contratação, que é a data em que<br />

a Empresa se compromete a adquirir ou alienar o ativo. No momento inicial, os ativos financeiros são reconhecidos pelo justo valor acrescido<br />

de custos de transação diretamente atribuíveis, exceto para os ativos ao justo valor através de resultados em que os custos de transação são<br />

imediatamente reconhecidos em resultados. Estes ativos são desreconhecidos quando: (i) expiram os direitos contratuais da Empresa ao<br />

recebimento dos seus fluxos de caixa; (ii) a Empresa tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção<br />

ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, a Empresa tenha<br />

transferido o controlo sobre os ativos.<br />

Os ativos e passivos financeiros são compensados e apresentados pelo valor líquido, quando e só quando, a Empresa tem o direito a compensar<br />

os montantes reconhecidos e tem a intenção de liquidar pelo valor líquido.<br />

A <strong>TAP</strong> SGPS classifica os seus ativos financeiros nas seguintes categorias: ativos financeiros ao justo valor através de resultados, empréstimos<br />

concedidos e contas a receber, ativos financeiros disponíveis para venda e investimentos detidos até à maturidade. A classificação depende<br />

do objetivo de aquisição do investimento. A classificação é determinada no momento de reconhecimento inicial dos investimentos, sendo essa<br />

classificação reavaliada em cada data de relato.<br />

Todas as aquisições e alienações destes investimentos são reconhecidas à data da assinatura dos respetivos contratos de compra e venda,<br />

independentemente da data de liquidação financeira.<br />

Os investimentos são inicialmente registados pelo seu valor de aquisição, sendo o justo valor equivalente ao preço pago, incluindo despesas<br />

de transação. A mensuração subsequente depende da categoria em que o investimento se insere, como segue:<br />

+ Ativos financeiros ao justo valor através de resultados<br />

São classificados nesta categoria os ativos financeiros não derivados adquiridos com o objetivo de vender no curto prazo ou se assim designados<br />

pelos gestores. Nesta categoria integram-se também os derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura.<br />

Os ganhos e perdas resultantes da alteração de justo valor de ativos mensurados ao justo valor através de resultados são reconhecidos em<br />

resultados do exercício em que ocorrem.<br />

+ Ativos financeiros disponíveis para venda<br />

Os ativos financeiros disponíveis para venda são ativos financeiros não derivados que são designados nesta categoria ou que não são classificados<br />

em nenhuma das outras categorias. São incluídos em ativos não correntes, exceto se os gestores entenderem alienar o investimento<br />

num prazo até 12 meses após a data de relato. Estes investimentos financeiros são contabilizados ao valor de mercado, entendido como o<br />

respetivo valor de cotação à data de relato.


Grupo <strong>TAP</strong> 203<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Se não existir mercado ativo, a Empresa determina o justo valor através da aplicação de técnicas de avaliação, que incluem o uso de transações<br />

comerciais recentes, a referência a outros instrumentos com características semelhantes, a análise de fluxos de caixa descontados e<br />

modelos de avaliação de opções modificados para incorporar as características específicas do emitente.<br />

As mais e menos valias potenciais resultantes são registadas diretamente na reserva de justo valor até que o investimento financeiro seja vendido,<br />

recebido ou de qualquer forma alienado, momento em que o ganho ou perda acumulado, anteriormente reconhecido na reserva de justo<br />

valor é incluído no resultado líquido do exercício.<br />

Caso não exista um valor de mercado ou não o seja possível determinar, os investimentos em causa são mantidos ao custo de aquisição. São<br />

reconhecidas perdas por imparidade para a redução de valor nos casos que se justifiquem.<br />

A Empresa avalia, em cada data de balanço, se há uma evidência objetiva de que um ativo financeiro ou um grupo de ativos financeiros sofreram<br />

uma perda por imparidade. Se existir uma diminuição no justo valor por um período prolongado dos ativos disponíveis para venda, a perda<br />

cumulativa – calculada pela diferença entre o custo de aquisição e o justo valor corrente, menos qualquer perda por imparidade nesse ativo<br />

financeiro que já foi reconhecida em resultados – é anulada através do capital próprio e reconhecida no resultado do exercício.<br />

Uma perda por imparidade reconhecida relativamente a ativos financeiros disponíveis para venda é revertida se a perda tiver sido causada por<br />

eventos externos específicos de natureza excecional que não se espera que se repitam mas que acontecimentos externos posteriores tenham<br />

feito reverter, sendo que nestas circunstâncias a reversão não afeta a demonstração dos resultados, registando-se a subsequente flutuação<br />

positiva do ativo na reserva de justo valor.<br />

+ Investimentos detidos até à maturidade<br />

Os investimentos detidos até à maturidade são ativos financeiros não derivados, com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades fixas,<br />

que a Empresa tem intenção e capacidade para manter até à maturidade. Esta categoria de investimento está registada ao custo amortizado<br />

pelo método da taxa de juro efetiva.<br />

+ Empréstimos concedidos e contas a receber<br />

Os empréstimos concedidos e contas a receber são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e que não são<br />

cotados num mercado ativo. São originados quando a Empresa fornece dinheiro, bens ou serviços diretamente a um devedor, sem intenção<br />

de negociar a dívida.<br />

São incluídos nos ativos correntes, exceto quando se tratam de ativos com maturidades superiores a 12 meses após a data do balanço, sendo<br />

nesse caso classificados como ativos não correntes.<br />

1.8. Contas a receber correntes<br />

Os saldos de clientes e outros valores a receber correntes são inicialmente contabilizados ao justo valor e subsequentemente são registados<br />

ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade, necessárias para os colocar ao seu valor realizável líquido esperado (Nota 5).<br />

As perdas por imparidade são registadas quando existe uma evidência objetiva de que a Empresa não receberá os referidos montantes em<br />

dívida conforme as condições originais das contas a receber.<br />

1.9. Caixa e equivalentes de caixa<br />

A rubrica de caixa e equivalentes de caixa inclui caixa, depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo com maturidade inicial até 3<br />

meses, que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de flutuações de valor. Para efeitos da demonstração de fluxos de<br />

caixa esta rubrica inclui também os descobertos bancários, os quais são apresentados na demonstração da posição financeira, no passivo<br />

corrente, na rubrica “Passivos remunerados”.<br />

1.10. Capital social<br />

As ações ordinárias são classificadas no capital próprio. Os custos diretamente atribuíveis à emissão de novas ações ou opções são apresentados<br />

no capital próprio como uma dedução, líquida de impostos, ao valor recebido resultante da emissão.<br />

Os custos diretamente imputáveis à emissão de novas ações ou opções, para a aquisição de um negócio são incluídos no custo de aquisição,<br />

como parte do valor da compra.


204 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

1.11. Passivos remunerados<br />

Os passivos remunerados são inicialmente reconhecidos ao justo valor, líquido de custos de transação incorridos sendo, subsequentemente<br />

apresentados ao custo amortizado. Qualquer diferença entre os recebimentos (líquidos de custos de transação) e o valor de reembolso é reconhecida<br />

na demonstração dos resultados ao longo do período da dívida, utilizando o método da taxa de juro efetiva.<br />

A dívida remunerada é classificada no passivo corrente, exceto se a Empresa possuir um direito incondicional de diferir a liquidação do passivo<br />

por, pelo menos, 12 meses após a data do relato financeiro (Nota 12).<br />

1.12. encargos financeiros com empréstimos<br />

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos são geralmente reconhecidos como custos de financiamento, de acordo com o princípio<br />

da especialização dos exercícios.<br />

Os encargos financeiros de empréstimos diretamente relacionados com a aquisição, construção (caso o período de construção ou desenvolvimento<br />

exceda um ano) ou produção de ativos fixos são capitalizados, fazendo parte do custo do ativo.<br />

A capitalização destes encargos começa após o início da preparação das atividades de construção ou desenvolvimento do ativo e é interrompida<br />

após o início de utilização ou quando a execução do projeto em causa se encontre suspensa ou substancialmente concluída.<br />

Qualquer ganho diretamente relacionado com um investimento específico é deduzido ao custo do referido ativo.<br />

1.13. imposto sobre o rendimento<br />

O imposto sobre o rendimento do exercício compreende os impostos correntes e os impostos diferidos. Os impostos sobre o rendimento são<br />

registados na demonstração dos resultados, exceto quando estão relacionados com itens que sejam reconhecidos diretamente nos capitais<br />

próprios. O valor de imposto corrente a pagar é determinado com base no resultado antes de impostos, ajustado de acordo com as regras<br />

fiscais em vigor.<br />

O imposto diferido é calculado com base na responsabilidade de balanço, sobre as diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos<br />

ativos e passivos e a respetiva base de tributação. Para a determinação do imposto diferido é utilizada a taxa fiscal que se espera estar em<br />

vigor no exercício em que as diferenças temporárias serão revertidas.<br />

São reconhecidos impostos diferidos ativos sempre que exista razoável segurança de que serão gerados lucros futuros contra os quais poderão<br />

ser utilizados. Os impostos diferidos ativos são revistos periodicamente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmos<br />

possam ser utilizados.<br />

Os impostos diferidos ativos são reconhecidos na medida em que seja provável que existam lucros tributáveis futuros disponíveis para a utilização<br />

da diferença temporária. Os impostos diferidos passivos são reconhecidos sobre todas as diferenças temporárias tributáveis, exceto<br />

as relacionadas com: i) o reconhecimento inicial do goodwill ou ii) o reconhecimento inicial de ativos e passivos, que não resultem de uma concentração<br />

de atividades, e que à data da transação não afetem o resultado contabilístico ou fiscal. No que se refere às diferenças temporárias<br />

tributáveis relacionadas com investimentos em filiais, estas não devem ser reconhecidas na medida em que: i) a empresa mãe tem capacidade<br />

para controlar o exercício da reversão da diferença temporária e ii) é provável que a diferença temporária não reverta num futuro próximo.<br />

Os impostos diferidos são registados como gastos ou rendimentos do exercício, exceto se resultarem de valores registados diretamente em<br />

capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma rubrica.<br />

1.14. Provisões<br />

São reconhecidas provisões sempre que a Empresa tenha uma obrigação legal, contratual ou construtiva, como resultado de acontecimentos<br />

passados, seja provável que uma saída de fluxos e/ou de recursos se torne necessária para liquidar a obrigação e possa ser efetuada uma<br />

estimativa fiável do montante da obrigação.<br />

Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras. As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a<br />

refletir a melhor estimativa a essa data (Nota 11).


1.15. Ativos e passivos contingentes<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 205<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Os passivos contingentes em que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja apenas possível, não<br />

são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados nas notas, a menos que a possibilidade de se concretizar a saída de fundos<br />

afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso em que não são objeto de divulgação.<br />

São reconhecidas provisões para passivos que satisfaçam as condições previstas na Nota 1.14.<br />

Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras mas são divulgados no anexo quando é provável a existência<br />

de um benefício económico futuro.<br />

1.16. especialização dos exercícios<br />

Os rendimentos e gastos são registados no exercício a que se referem, independentemente do seu pagamento ou recebimento, de acordo<br />

com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes<br />

réditos e gastos são reconhecidas como ativos ou passivos, se qualificarem como tal.<br />

1.17. Demonstração dos fluxos de caixa<br />

A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com o método direto. A Empresa classifica na rubrica de caixa e equivalentes de<br />

caixa os ativos com maturidade inferior a três meses, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. Para efeitos da demonstração<br />

dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende também os descobertos bancários os quais são apresentados<br />

na demonstração da posição financeira, no passivo corrente, na rubrica “Passivos remunerados”.<br />

A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. As atividades<br />

operacionais englobam os recebimentos de clientes e os pagamentos a fornecedores, ao pessoal e outros relacionados com a atividade<br />

operacional.<br />

Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeadamente, as aquisições e alienações de investimentos em empresas<br />

participadas e recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e venda de ativos intangíveis e tangíveis.<br />

As atividades de financiamento abrangem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de<br />

locação financeira, compra e venda de ações próprias e pagamento de dividendos.<br />

1.18. eventos subsequentes<br />

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam<br />

a essa data são considerados na preparação das demonstrações financeiras do exercício.<br />

Os eventos ocorridos após a data da demonstração da posição financeira que proporcionem informação sobre condições que ocorram após<br />

essa data são divulgados nas notas às demonstrações financeiras, caso sejam materialmente relevantes.<br />

2. Julgamentos e estimativas<br />

A preparação de demonstrações financeiras exige que a gestão da Empresa efetue julgamentos e estimativas que afetam os montantes de<br />

rendimentos, gastos, ativos, passivos e divulgações à data da demonstração da posição financeira.<br />

Estas estimativas são determinadas pelos julgamentos da gestão da <strong>TAP</strong> SGPS, baseados: (i) na melhor informação e conhecimento de eventos<br />

presentes e em alguns casos em relatos de peritos independentes e (ii) nas ações que a Empresa considera poder vir a desenvolver no<br />

futuro. Todavia, na data de concretização das operações, os seus resultados poderão ser diferentes destas estimativas.<br />

As estimativas e as premissas que apresentam um risco significativo de originar um ajustamento material no valor contabilístico dos ativos e<br />

passivos no exercício seguinte são apresentadas abaixo:


206 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

+ i) Imparidade de partes de capital<br />

Em regra, o registo de imparidade num investimento de acordo com as IFRS é efetuado quando o valor da demonstração da posição financeira<br />

do investimento excede o valor atual dos fluxos de caixa futuros. O cálculo do valor atual dos fluxos de caixa estimados e a decisão de considerar<br />

a imparidade permanente envolve julgamento e reside substancialmente na análise da gestão em relação ao desenvolvimento futuro das<br />

suas associadas. Na mensuração da imparidade são utilizados preços de mercado, se disponíveis, ou outros parâmetros de avaliação, baseados<br />

na informação disponível das associadas. No sentido de determinar se a imparidade é permanente, a Empresa considera a capacidade<br />

e a intenção de deter o investimento por um período razoável de tempo que seja suficiente para uma previsão da recuperação do justo valor<br />

até (ou acima) do valor da demonstração da posição financeira, incluindo uma análise de fatores como os resultados esperados da associada,<br />

o enquadramento económico e o estado do setor. Os valores recuperáveis das unidades geradoras de fluxos de caixa são determinados com<br />

base no cálculo de valores de uso. Esses cálculos exigem o uso de estimativas.<br />

+ ii) Provisões<br />

A Empresa analisa de forma periódica eventuais obrigações que resultem de eventos passados e que devam ser objeto de reconhecimento<br />

ou divulgação.<br />

A subjetividade inerente à determinação da probabilidade e montante de recursos internos necessários para o pagamento das obrigações<br />

poderá conduzir a ajustamentos significativos, quer por variação dos pressupostos utilizados, quer pelo futuro reconhecimento de provisões<br />

anteriormente divulgadas como passivos contingentes.<br />

3. Políticas de gestão do risco financeiro<br />

O desempenho, em termos de gestão de risco, da <strong>TAP</strong> SGPS, manteve-se condicionado pela evolução das várias empresas detidas e das<br />

suas atividades subjacentes. A <strong>TAP</strong> SGPS continuou a levar a cabo o seu papel estruturante, de orientação estratégica e de apoio às empresas<br />

dela diretamente dependentes. A <strong>TAP</strong> Manutenção e Engenharia Brasil, S.A. (“<strong>TAP</strong> ME Brasil”) e a SPdH–Serviços Portugueses de Handling,<br />

S.A. (“SPdH”) em particular, beneficiaram do apoio da Empresa a nível de tesouraria, na definição do seu quadro estratégico futuro e na resolução<br />

dos respetivos problemas estruturais.<br />

Tendo em conta a diversidade de fatores económicos com implicações no universo empresarial da <strong>TAP</strong> SGPS, verificou-se a capacidade por<br />

parte da holding de se adaptar e reagir aos acontecimentos que foram moldando o ano.<br />

Na atividade de transporte aéreo, apesar do violento impacto de custos com combustível, foi possível atingir o break-even, no conjunto da <strong>TAP</strong>,<br />

S.A. e Portugália – Companhia Portuguesa de Transportes Aéreos, S.A. (“PGA”).<br />

As atividades complementares ao transporte aéreo, das subsidiárias detidas pela <strong>TAP</strong>GER – Sociedade de Gestão e Serviços, S.A. (“<strong>TAP</strong>GER”),<br />

nomeadamente o fornecimento de refeições a bordo, o comércio a retalho nos aeroportos e vendas a bordo, os serviços de engenharia informática<br />

e a prestação de cuidados de saúde, revelaram-se positivas no seu conjunto.<br />

Em sentido oposto, a atividade de manutenção no Brasil manteve-se deficitária. Por outro lado, o facto de se tratar de ativos da Empresa<br />

denominados em moeda estrangeira implicou, no ano, impactos cambiais negativos resultantes da atualização cambial dos empréstimos em<br />

vigor concedidos pela empresa-mãe. De resto, estas perdas potenciais, por natureza reversíveis, foram responsáveis por uma parte significativa<br />

dos resultados negativos da <strong>TAP</strong> SGPS. Apesar de todos os impactos negativos verificados até à data, o contexto macroeconómico da<br />

economia brasileira continua a oferecer perspetivas positivas e potencialidades significativas para uma atividade em pleno desenvolvimento<br />

na América Latina, como é a indústria da aviação.<br />

A problemática relativa à SPdH foi sendo gerida ao longo do ano de forma a concretizar a solução final de alienação da participação e, simultaneamente,<br />

de forma a reduzir significativamente o déficit de exploração, essencialmente resultante de elevados custos de mão-de-obra.<br />

Na demonstração da posição financeira da <strong>TAP</strong> SGPS merecem relevância ao nível do ativo os empréstimos à <strong>TAP</strong> ME Brasil e à SPdH. Refira-se<br />

que o financiamento destas empresas deficitárias, pela <strong>TAP</strong> SGPS, foi conseguido na sua quase totalidade através de empréstimos obtidos<br />

junto da <strong>TAP</strong>, S.A. Adicionalmente, a <strong>TAP</strong> SGPS realizou ainda operações junto de entidades financeiras nacionais e estrangeiras contraídas<br />

nos mercados nacional e internacional, denominadas em Euros, com uma maturidade predominantemente de médio prazo e que vencem<br />

juros, na sua maioria (77% do total), a taxa fixa, com um adequado custo médio ponderado da dívida.


Risco de crédito e liquidez<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 207<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

O risco de crédito é definido como a probabilidade de ocorrer um prejuízo financeiro resultante do incumprimento de obrigações contratuais<br />

de pagamento de uma contraparte. A Empresa é uma sociedade gestora de participações sociais, não tendo qualquer atividade comercial<br />

relevante para além das atividades normais de um gestor de portfólio de participações e de prestação de serviços às suas subsidiárias.<br />

Como tal numa base regular, a Empresa só está exposta ao risco de crédito decorrente de instrumentos financeiros (aplicações e depósitos<br />

em bancos e outras instituições financeiras), ou de empréstimos concedidos a subsidiárias.<br />

O risco de crédito da <strong>TAP</strong> SGPS resulta, essencialmente, das perspetivas e potencialidades das empresas participadas, dentro do contexto<br />

económico global e dentro do quadro legal nacional e internacional, o que pode traduzir-se em processos de venda das participações de<br />

características radicalmente diferentes como ilustrada pelo caso da SPdH.<br />

Adicionalmente, a <strong>TAP</strong> SGPS poderá estar também exposta ao risco de crédito resultante da sua atividade de gestor de portfolio (venda participações),<br />

mas nessas situações excecionais são implementados mecanismos e ações, decididas caso a caso (exigência de garantias bancárias,<br />

obtenção de colaterais, entre outros).<br />

No caso dos empréstimos a subsidiárias, não existe nenhuma política de gestão de risco de crédito específica, uma vez que a concessão de<br />

empréstimos a subsidiárias faz parte da atividade normal da Empresa.<br />

O quadro seguinte apresenta elementos relativos à posição de liquidez da Empresa em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, bem como saldos<br />

de contas a receber, que refletem o risco de crédito nessas mesmas datas:<br />

Risco de taxa de juro<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Ativos<br />

Caixa e seus equivalentes 1.405.770 353.568<br />

Estado 262.639 30<br />

Outras contas a receber 122.765.885 75.006.643<br />

124.434.294 75.360.241<br />

A <strong>TAP</strong> SGPS, dada a sua dimensão como Empresa individual, não leva a cabo usualmente operações com derivados para cobertura de<br />

exposição à taxa de juro, coberturas essas que são efetuadas ao nível da <strong>TAP</strong>, S.A. Contudo, pode referir-se que o endividamento bancário<br />

da Empresa, em final de <strong>2011</strong>, é composto em cerca de 77% por financiamento a taxa fixa, sendo o restante montante indexado à Euribor.<br />

No quadro do passivo remunerado abaixo apresentado, englobando capital e juros, assumiram-se os pressupostos relativos a taxas de juro<br />

de mercado, como segue: 4,75% para a taxa de juro fixa e 3% para a taxa de juro variável. Note-se que o indexante dos passivos, com taxa<br />

variável, é a Euribor. Os valores de passivo expressam os valores a pagar nos prazos indicados, incluindo a estimativa de todos os fluxos de<br />

caixa contratuais com amortização e juros, não descontados, até ao final da vida dos empréstimos. Considerou-se um pressuposto simplificador<br />

de ritmo de amortização intra-anual linear para efeito de cálculo dos juros futuros:<br />

<strong>2011</strong> < 1 ano 1-2 anos 3-5 anos 6-10 anos Total<br />

Total Empréstimos 15.253.032 3.232.691 57.996.538 1.157.174 77.639.435<br />

Empréstimos taxa fixa 2.511.167 2.504.306 55.756.458 – 60.771.931<br />

<strong>2011</strong> < 1 ano 1-2 anos 3-5 anos 6-10 anos Total<br />

Total Empréstimos 711.996 720.379 65.488.323 1.913.554 68.834.252<br />

Empréstimos taxa fixa – – 63.276.237 – 63.276.237<br />

Adicionalmente na Nota 12 encontra-se apresentado o detalhe da dívida bancária remunerada com a indicação da entidade financiadora e<br />

respetivo indexante.<br />

Risco de taxa de câmbio<br />

A exposição cambial da <strong>TAP</strong> SGPS ocorre, presentemente, por via da sua participação na <strong>TAP</strong> ME Brasil diretamente e através da sua participada<br />

Aeropar Participações, S.A. (“Aeropar”). Deve referir-se que o comportamento do Real brasileiro teve um efeito desfavorável na demonstração<br />

da posição financeira da <strong>TAP</strong> SGPS.


208 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

A exposição da Empresa ao risco de taxa de câmbio em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010, com base nos valores de balanço dos ativos e passivos<br />

financeiros, convertidos para Euros aos câmbios em vigor à data de balanço, apresentam-se como segue:<br />

Risco de preço e de mercado<br />

<strong>2011</strong> BRl UsD Total<br />

ATIVOS<br />

Caixa e equivalentes de caixa – 31.270 31.270<br />

Outras contas a receber 277.052.493 – 277.052.493<br />

Partes de capital em subsidiárias e associadas – 12.865.755 12.865.755<br />

277.052.493 12.897.025 289.949.518<br />

PASSIVOS<br />

Outras contas a pagar – – –<br />

– – –<br />

2010<br />

ATIVOS<br />

BRl UsD Total<br />

Outras contas a receber 216.939.440 – 216.939.440<br />

Partes de capital em subsidiárias e associadas – 12.458.465 12.458.465<br />

PASSIVOS<br />

216.939.440 12.458.465 229.397.905<br />

Outras contas a pagar – (432.941) (432.941)<br />

– (432.941) (432.941)<br />

A <strong>TAP</strong> SGPS está exposta aos riscos decorrentes do valor dos investimentos realizados nas suas participações financeiras, efetuados geralmente<br />

tendo em conta objetivos estratégicos, uma vez que a Empresa não transaciona ativamente estes investimentos. Estes investimentos<br />

são apresentados na Nota 6.<br />

4. Classes de instrumentos financeiros<br />

As políticas contabilísticas apresentadas na Nota 1.7. foram aplicadas de acordo com as classes abaixo apresentadas:<br />

<strong>2011</strong><br />

Créditos<br />

e valores<br />

a receber<br />

outros passivos<br />

financeiros<br />

Activos e<br />

passivos não<br />

financeiros Total<br />

Ativos<br />

Outras contas a receber não correntes 281.608.276 – – 281.608.276<br />

Outras contas a receber correntes 122.765.885 – – 122.765.885<br />

Caixa e seus equivalentes 1.405.770 – – 1.405.770<br />

405.779.931 – – 405.779.931<br />

Passivos<br />

Passivos remunerados não correntes – (54.512.840) – (54.512.840)<br />

Outras contas a pagar não correntes – (4.456.037) – (4.456.037)<br />

Passivos remunerados correntes – (13.531.172) – (13.531.172)<br />

Outras contas a pagar correntes – (462.883.102) – (462.883.102)<br />

– (535.383.151) – (535.383.151)<br />

2010<br />

Créditos<br />

e valores<br />

a receber<br />

outros passivos<br />

financeiros<br />

Activos e<br />

passivos não<br />

financeiros Total<br />

Ativos<br />

Outras contas a receber não correntes 220.246.123 – – 220.246.123<br />

Outras contas a receber correntes 75.006.673 – – 75.006.673<br />

Caixa e seus equivalentes 353.568 – – 353.568<br />

295.606.364 – – 295.606.364<br />

Passivos<br />

Passivos remunerados não correntes – (54.460.072) – (54.460.072)<br />

Outras contas a pagar não correntes – (3.237.522) – (3.237.522)<br />

Passivos remunerados correntes – (1.993.342) – (1.993.342)<br />

Outras contas a pagar correntes – (342.410.042) – (342.410.042)<br />

– (402.100.978) – (402.100.978)


5. outras contas a receber<br />

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 a decomposição da rubrica “Outras contas a receber” é conforme segue:<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 209<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

não<br />

não<br />

Correntes correntes Total Correntes correntes Total<br />

Empréstimos a empresas do grupo (Nota 21) 122.765.885 277.052.495 399.818.380 75.006.643 216.939.440 291.946.083<br />

Depósitos de garantia – 4.555.781 4.555.781 – 3.306.683 3.306.683<br />

Outros devedores 7.951 – 7.951 7.951 – 7.951<br />

Imparidades (7.951) – (7.951) (7.951) – (7.951)<br />

outras contas a receber 122.765.885 281.608.276 404.374.161 75.006.643 220.246.123 295.252.766<br />

Para os exercícios apresentados não existem diferenças entre os valores contabilísticos e o seu justo valor. Os saldos a receber não correntes<br />

vencem juros a taxas de mercado.<br />

O saldo a receber não corrente de empresas do grupo, no montante de 277.052.495 Euros corresponde a um empréstimo concedido em<br />

Reais à <strong>TAP</strong> ME Brasil (entidade detida direta e indiretamente em 98,64%), que vence juros a taxas normais de mercado (2010: 216.939.440<br />

Euros a receber da Aero–LB). Este saldo inclui o montante de 11.257.302 Euros (2010: 7.084.058 Euros) que se refere a juros a receber daqueles<br />

empréstimos.<br />

O saldo a receber corrente de empresas do grupo, no montante de 122.765.885 Euros (2010: 75.006.643 Euros), corresponde, essencialmente,<br />

a: (i) empréstimo concedido à SPdH no montante de 118.659.903 Euros (2010: 73.000.000 Euros), que vence juros a taxas normais<br />

de mercado, acrescido de juros por liquidar no montante de 718.862 Euros (2010: 519.873 Euros) e (ii) montante a receber da <strong>TAP</strong>, S.A. pela<br />

venda da Air Macau no montante de 1.487.599 Euros.<br />

6. Partes de capital em subsidiárias e associadas<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 o detalhe das partes de capital em subsidiárias e associadas era como segue:<br />

<strong>2011</strong> % detida<br />

saldo<br />

inicial Aumentos Diminuições<br />

saldo<br />

final<br />

Provisão<br />

(nota 11)<br />

Partes de capital<br />

Transportes Aéreos Portugueses, s.A. ("<strong>TAP</strong>, s.A.") 100,00% – – – – –<br />

<strong>TAP</strong>GER–soc. de Gestão e serviços, s.A. ("<strong>TAP</strong>GER") 100,00% 9.992.142 – – 9.992.142 –<br />

Portugália–Comp. Portuguesa de Transp. Aéreos, s.A. ("PGA") 100,00% 2.667.768 – – 2.667.768 –<br />

sPdh–serviços Portugueses de handling, s.A. ("sPdh") 43,90% – – – – 115.477.549<br />

<strong>TAP</strong> mE brasil e Aeropar Participações, s.A. ("Aeropar") c) 51,00% e 99,00% – – – – 158.322.730<br />

Outros instrumentos de capital<br />

<strong>TAP</strong> mE brasil 51,00% 12.458.465 407.290 – 12.865.755 –<br />

25.118.375 407.290 – 25.525.665 273.800.279<br />

2010 % detida<br />

saldo<br />

inicial Aumentos Diminuições<br />

saldo<br />

final<br />

Provisão<br />

(nota 11)<br />

Partes de capital<br />

Transportes Aéreos Portugueses, s.A. ("<strong>TAP</strong>, s.A.") 100,00% – – – – –<br />

<strong>TAP</strong>GER–soc. de Gestão e serviços, s.A. ("<strong>TAP</strong>GER") 100,00% 9.992.142 – – 9.992.142 –<br />

Portugália–Comp. Portuguesa de Transp. Aéreos, s.A. ("PGA") 100,00% 2.667.768 – – 2.667.768 –<br />

sPdh–serviços Portugueses de handling, s.A. ("sPdh") 43,90% – – – – 105.021.104<br />

Reaching Force, sGPs, s.A. ("Reaching Force") a) – 7.269.275 – (7.269.275) – –<br />

Aero–lb, Participações, s.A. ("Aero–lb") c) 99,00% – – – – 115.754.020<br />

sEAP–serviços, Administração e Participações, lda. ("sEAP") b) – 1.982.484 – (1.982.484) – –<br />

Outros instrumentos de capital<br />

Aero–lb, Participações, s.A. ("Aero–lb") 99,00% – 12.458.465 – 12.458.465 –<br />

21.911.669 12.458.465 (9.251.759) 25.118.375 220.775.124


210 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

+ a) Durante o exercício de 2010, a <strong>TAP</strong> SGPS efetuou a fusão por incorporação da Reaching Force, da qual resultou uma reserva de fusão,<br />

registada na rubrica “Outras reservas” (Nota 10).<br />

+ b) Em 2010 a Empresa alienou a participação indireta na Air Macau e consequentemente extinguiu a SEAP, o que originou uma menos-valia<br />

no montante de 494.885 Euros (Nota 14).<br />

+ c) Em <strong>2011</strong> a Empresa procedeu a uma reestruturação das empresas brasileiras, tendo sido efetuada a cisão da Aero–LB, Participações,<br />

S.A. que, parcialmente fundiu na <strong>TAP</strong> ME Brasil. A <strong>TAP</strong> SGPS passou a deter uma participação direta de 51% na <strong>TAP</strong> ME Brasil e o remanescente<br />

deu origem à Aeropar Participações, S.A., detida a 99% pela <strong>TAP</strong> SGPS.<br />

Em Março de 2009, um consórcio de três bancos (BIG, Banif e Banco Invest) transferiu para a <strong>TAP</strong>, S.A. a participação detida na SPdH (50,1%)<br />

por 31,6 milhões de Euros. Na mesma data e durante o período de pendência do processo de concentração na Autoridade da Concorrência<br />

(“AdC”), a <strong>TAP</strong>, S.A. transferiu o exercício dos seus direitos de voto e supervisão, enquanto acionista maioritária da SPdH, para uma entidade<br />

independente do Grupo <strong>TAP</strong>.<br />

A AdC deliberou, em 19 de novembro de 2009, após uma investigação aprofundada, adotar uma decisão de proibição relativamente à operação<br />

de concentração que consistia na aquisição, pela <strong>TAP</strong>, S.A., do controlo exclusivo da SPdH, mediante a aquisição de uma participação<br />

de 50,1% do capital social da SPdH.<br />

A AdC impôs assim a obrigação de separação da SPdH mediante a alienação, por parte do Grupo <strong>TAP</strong>, das ações referentes a, pelo menos,<br />

50,1% do capital social da SPdH. Até à venda, o regulador impôs que a gestão da SPdH seja efetuada por um mandatário de gestão, que age<br />

em nome da Autoridade da Concorrência, gerindo a SPdH de forma independente do Grupo.<br />

A 5 de dezembro de <strong>2011</strong>, a <strong>TAP</strong>, S.A. chegou a um acordo de princípio com o Grupo URBANOS para aquisição, por parte deste, de 50,1%<br />

do capital da SPdH. A Autoridade da Concorrência já deu o seu parecer favorável sobre a operação, pelo que a concretização deste negócio<br />

está agora dependente da avaliação do Governo.<br />

7. estado<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 esta rubrica tinha a seguinte composição:<br />

8. Caixa e seus equivalentes<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Ativo Passivo Ativo Passivo<br />

Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas:<br />

Pagamento especial por conta 1.000 – – –<br />

Retenções na fonte efetuadas por/a terceiros 261.639 144.369 30 –<br />

262.639 144.369 30 –<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa apresenta os seguintes valores:<br />

9. Capital<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Caixa – –<br />

Descobertos bancários (Nota 12) (7.492.553) –<br />

Depósitos bancários (Nota 12) 1.405.770 353.568<br />

Caixa e equivalentes de caixa (6.086.783) 353.568<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 o capital social da <strong>TAP</strong> SGPS encontrava-se totalmente subscrito e realizado, sendo representado por<br />

1.500.000 ações com o valor nominal de 10 Euros.<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 o capital da Empresa era totalmente detido pela Parpública, Participações Públicas, SGPS, S.A.


10. Reservas<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 as rubricas “Reserva legal” e “Outras reservas” decompõem-se como segue:<br />

Reserva legal<br />

Reserva legal outras reservas<br />

1 de janeiro de 2010 3.000.000 –<br />

Aumento – (7.744.323)<br />

31 de dezembro de 2010 3.000.000 (7.744.323)<br />

Redução/Aumento – –<br />

31 de dezembro de <strong>2011</strong> 3.000.000 (7.744.323)<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 211<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que<br />

esta represente pelo menos 20% do capital.<br />

Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da sociedade, mas poderá ser utilizada para absorver prejuízos, depois de<br />

esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.<br />

Outras reservas<br />

Esta rubrica, no montante negativo de 7.744.323 Euros, refere-se à reserva de fusão, constituída em 2010, resultante da fusão por incorporação<br />

da Reaching Force, SGPS, S.A.<br />

11. Provisões<br />

A evolução das provisões em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 é como segue:<br />

<strong>2011</strong> saldo inicial<br />

Aumentos<br />

(nota 14) saldo final<br />

Responsabilidades decorrentes do investimento financeiro na sPdh 105.021.104 10.456.445 115.477.549<br />

Responsabilidades decorrentes do investimento financeiro na Aeropar e <strong>TAP</strong> mE brasil 115.754.020 42.568.710 158.322.730<br />

220.775.124 53.025.155 273.800.279<br />

2010 saldo inicial<br />

Aumentos<br />

(nota 14) saldo final<br />

Responsabilidades decorrentes do investimento financeiro na sPdh 64.078.566 40.942.538 105.021.104<br />

Responsabilidades decorrentes do investimento financeiro na Aero–lb – 115.754.020 115.754.020<br />

64.078.566 156.696.558 220.775.124<br />

As variações registadas no exercício de <strong>2011</strong> decorrem do reforço da provisão para responsabilidades adicionais decorrentes das participadas<br />

SPdH, <strong>TAP</strong> ME Brasil e Aeropar, ponderadas da capacidade de geração de fluxos de caixa destas empresas, bem como dos compromissos<br />

assumidos (Nota 6).<br />

O montante de 115.754.020 Euros, relativo a 2010, foi registado conforme segue:<br />

Perdas relativas a partes de capital (Nota 14) 103.503.079<br />

Provisão para responsabilidades decorrentes da fusão por incorporação da Reaching Force 12.250.941<br />

115.754.020


212 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

12. Passivos remunerados<br />

Dívida líquida remunerada<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e de 2010 a dívida líquida remunerada detalha-se como segue:<br />

Dívida bancária remunerada<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Dívida a terceiros remunerada<br />

Não corrente 54.512.840 54.460.072<br />

Corrente 13.531.172 1.993.342<br />

68.044.012 56.453.414<br />

Caixa e seus equivalentes<br />

Numerário – –<br />

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis (Nota 8) 1.405.770 353.568<br />

Outras aplicações de tesouraria – –<br />

1.405.770 353.568<br />

Dívida líquida remunerada 66.638.242 56.099.846<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 a dívida bancária remunerada corrente e não corrente detalha-se como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010 indexante<br />

Não correntes<br />

Empréstimo bancário bCP 3.740.925 4.317.925 Euribor 3m<br />

Empréstimo bancário Deutsche bank 50.771.915 50.142.147 Taxa fixa<br />

Correntes<br />

54.512.840 54.460.072<br />

Empréstimo bancário bCP 591.211 559.964 Euribor 3m<br />

Empréstimo bancário Deutsche bank 1.434.033 1.433.378 Taxa fixa<br />

linha de crédito bPI 4.008.506 – Euribor 1m<br />

Descoberto bancário (Nota 8) 7.492.553 – Euribor 1m<br />

Outros 4.869 –<br />

13.531.172 1.993.342<br />

68.044.012 56.453.414<br />

Os prazos de reembolso relativamente à dívida bancária remunerada detalham-se como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Até 1 ano 13.531.172 1.993.342<br />

1 a 2 anos 39.244 576.999<br />

2 a 3 anos 78.617 606.394<br />

3 a 4 anos 52.567.489 637.287<br />

4 a 5 anos 703.875 50.811.901<br />

mais de 5 anos 1.123.615 1.827.491<br />

68.044.012 56.453.414<br />

O montante global de responsabilidades acrescido dos juros vincendos encontra-se apresentado no capítulo referente ao risco de taxa de juro.<br />

A análise por maturidade da dívida por tipo de taxa de juro detalha-se como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Taxa variável<br />

até 1 ano 12.097.139 559.964<br />

1 a 2 anos 606.394 576.999<br />

2 a 3 anos 637.287 606.394<br />

mais de 3 anos 2.497.244 3.134.532<br />

Taxa fixa<br />

15.838.064 4.877.889<br />

até 1 ano 1.434.033 1.433.378<br />

mais de 2 anos 50.771.915 50.142.147<br />

52.205.948 51.575.525<br />

68.044.012 56.453.414


A totalidade da dívida bancária remunerada apresenta como moeda funcional o Euro.<br />

13. outras contas a pagar<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 o detalhe da rubrica de “Outras contas a pagar” é como segue:<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 213<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

não<br />

não<br />

Corrente corrente Total Corrente corrente Total<br />

Empréstimos de empresas do grupo 461.366.462 – 461.366.462 341.878.781 – 341.878.781<br />

Outros credores – empresas do grupo 1.309.224 4.456.037 5.765.261 253.194 3.237.522 3.490.716<br />

Outros credores – – – 117.207 – 117.207<br />

Fornecedores 4.244 – 4.244 – – –<br />

Acréscimos de gastos 103.428 – 103.428 91.699 – 91.699<br />

Ganhos diferidos 99.744 – 99.744 69.161 – 69.161<br />

462.883.102 4.456.037 467.339.139 342.410.042 3.237.522 345.647.564<br />

empréstimos de empresas do grupo<br />

O saldo a pagar decompõe-se do seguinte modo:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Transportes Aéreos Portugueses, s.A. 454.282.203 332.793.084<br />

<strong>TAP</strong>GER–soc. de Gestão e serviços, s.A. 872.661 1.869.078<br />

Portugália–Companhia Portuguesa de Transp. Aéreos, s.A. 6.211.598 7.216.619<br />

461.366.462 341.878.781<br />

O saldo a pagar à <strong>TAP</strong>, S.A., no montante de 454.282.203 Euros (2010: 332.793.084 Euros) inclui, em 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, o montante<br />

de 447.172.900 Euros (2010: 317.465.000 Euros) relativo a um empréstimo de curto prazo. O valor remanescente em dívida refere-se a juros<br />

a pagar e a pagamentos efetuados pela <strong>TAP</strong>, S.A. por conta da Empresa.<br />

O saldo a pagar à PGA, no montante de 6.211.598 Euros respeita, essencialmente, a um empréstimo obtido de 6.000.000 Euros, de curto<br />

prazo remunerado a taxas normais de mercado, acrescido de juros.<br />

14. Ganhos/(perdas) relativos a partes de capital<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e de 2010 o detalhe dos ganhos/(perdas) relativos a partes de capital era o seguinte:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Dividendos recebidos<br />

<strong>TAP</strong>GER 4.000.000 2.795.000<br />

Ganhos/(perdas) na alienação de investimentos (Nota 6) – (494.885)<br />

Provisão para responsabilidades na participada sPdh (Nota 11) (10.456.445) (40.942.538)<br />

Provisão para responsabilidades na subsidiária Aero–lb (Nota 11) – (103.503.079)<br />

Provisão para responsabilidades nas subsidiárias Aeropar e <strong>TAP</strong> mE brasil (Nota 11) (42.568.710) –<br />

(49.025.155) (142.145.502)<br />

15. Fornecimentos e serviços externos<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 esta rubrica tinha a seguinte composição:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Trabalhos especializados 540.664 696.429<br />

honorários – 36.000<br />

Contencioso e notariado 2.574 828<br />

Outros 34 –<br />

543.272 733.257


214 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

16. Gastos com pessoal<br />

Os gastos com pessoal, incorridos durante os exercícios de <strong>2011</strong> e 2010, foram como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Remunerações fixas 1.370 1.370<br />

seguro de vida 4.905 3.536<br />

6.275 4.906<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 a Empresa não possuía quaisquer colaboradores.<br />

17. outros gastos e perdas<br />

Em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 a rubrica “Outros gastos e perdas” decompõe-se como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Impostos 214.237 133.031<br />

Retenções não recuperáveis 299.003 –<br />

serviços bancários 5.528 2.799<br />

Outros 31 18.315<br />

518.799 154.145<br />

18. Custos líquidos de financiamento<br />

O detalhe dos custos líquidos de financiamento dos exercícios de <strong>2011</strong> e 2010 é como segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Juros suportados (10.845.280) (6.060.472)<br />

Diferenças de câmbio desfavoráveis (21.416.859) –<br />

Juros obtidos 6.723.518 4.026.846<br />

(25.538.621) (2.033.626)<br />

As diferenças de câmbio desfavoráveis reconhecidas a 31 de dezembro de <strong>2011</strong> resultam, essencialmente, da variação desfavorável do Euro<br />

face ao Real na sequência da atualização cambial do empréstimo concedido em Reais à <strong>TAP</strong> ME Brasil.<br />

19. imposto sobre o rendimento<br />

O imposto sobre o rendimento apresenta-se nulo em 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e de 2010.<br />

A reconciliação do montante de imposto do exercício é conforme segue:


<strong>2011</strong> 2010<br />

Imposto corrente – –<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Resultado antes de impostos (75.608.201) (145.079.387)<br />

Taxa nominal de imposto 26,50% 26,50%<br />

Imposto esperado (20.036.173) (38.446.038)<br />

Diferenças permanentes (a) 18.746.377 37.670.665<br />

Tributação autónoma – –<br />

Prejuízos fiscais reportáveis do exercício sem AID 1.216.789 731.484<br />

Outros ajustamentos 73.007 43.889<br />

– –<br />

Taxa efetiva de imposto 0,00% 0,00%<br />

(a) Este valor respeita a:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Anulação de dividendos recebidos (4.000.000) (2.795.000)<br />

Perdas na alienação de investimentos – 494.885<br />

Provisões não dedutíveis 53.025.155 144.445.617<br />

Ajustamentos/imparidade não aceites como custo – 7.951<br />

Outros ajustamentos não dedutíveis 21.715.891 –<br />

70.741.046 142.153.453<br />

imPACTo FisCAl 26,5% 18.746.377 37.670.665<br />

A taxa de imposto adotada na determinação do montante de imposto nas demonstrações financeiras é conforme segue:<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Taxa de imposto 25,00% 25,00%<br />

Derrama 1,50% 1,50%<br />

26,50% 26,50%<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 215<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Por não existirem expectativas na geração de lucro tributável no futuro, a Empresa não reconheceu impostos diferidos ativos associados aos<br />

prejuízos fiscais acumulados, que se detalham como segue:<br />

20. Resultados por ação<br />

exercício de origem<br />

Valor reportável<br />

no exercício<br />

exercício<br />

de reporte<br />

2006 4.084.748 2012<br />

2007 2.330.580 2013<br />

2008 1.765.228 2014<br />

2009 1.526.270 2015<br />

2010 14.261.979 2014<br />

<strong>2011</strong> (estimado) 4.867.154<br />

28.835.959<br />

2015<br />

Não existem instrumentos financeiros convertíveis sobre as ações da <strong>TAP</strong> SGPS, pelo que não existe diluição de resultados.<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

Resultado atribuível ao acionista (75.608.201) (145.079.387)<br />

Número médio ponderado de ações 1.500.000 1.500.000<br />

Resultado básico e diluído por ação (50) (97)


216 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

21. entidades relacionadas<br />

Os saldos e transações com entidades relacionadas a 31 de dezembro de <strong>2011</strong> e 2010 são como segue:<br />

<strong>2011</strong><br />

Saldos:<br />

Outras contas a receber (Nota 5)<br />

<strong>TAP</strong>, s.A. <strong>TAP</strong>GeR PGA sPdh<br />

<strong>TAP</strong> me<br />

Brasil Aero–lB megasis Total<br />

Não correntes – – – – 277.052.495 – – 227.052.495<br />

Correntes 1.486.685 125 – 119.378.765 – – 1.900.310 122.765.885<br />

1.486.685 125 – 119.378.765 277.052.495 – 1.900.310 460.047.464<br />

Outras contas a pagar (Nota 13)<br />

Não correntes 4.456.037 – – – – – – 4.456.037<br />

Correntes 455.591.427 872.661 6.211.598 – – – – 462.675.686<br />

Transações:<br />

460.047.464 872.661 6.211.598 – – – – 467.131.723<br />

Compras e serviços recebidos – – – – – – – –<br />

Juros suportados (6.938.866) (104.589) (230.155) – – – – (7.273.610)<br />

Juros obtidos – – – 1.784.547 821.049 4.117.511 310 6.723.417<br />

Dividendos recebidos – 4.000.000 – – – – – 4.000.000<br />

(6.938.866) 3.895.411 (230.155) 1.784.547 821.049 4.117.511 310 3.449.807<br />

2010<br />

Saldos:<br />

Outras contas a receber (Nota 5)<br />

<strong>TAP</strong>, s.A. <strong>TAP</strong>GeR PGA sPdh<br />

<strong>TAP</strong> me<br />

Brasil Aero–lB megasis Total<br />

Não correntes – – – – – 216.939.440 – 216.939.440<br />

Correntes 1.486.685 85 – 73.519.873 – – – 75.006.643<br />

Outras contas a pagar (Nota 13)<br />

1.486.685 85 – 73.519.873 – 216.939.440 – 291.946.083<br />

Não correntes 3.237.522 – – – – – – 3.237.522<br />

Correntes 333.046.278 1.869.078 7.216.619 – – – – 342.131.975<br />

336.283.800 1.869.078 7.216.619 – – – – 345.369.497<br />

Transações:<br />

Compras e serviços recebidos (252.773) – – – – – – (252.773)<br />

Juros suportados (3.171.416) (53.473) (318.317) – – – – (3.543.206)<br />

Juros obtidos – – – 517.449 – 3.509.255 – 4.026.704<br />

Dividendos recebidos – 2.795.000 – – – – – 2.795.000<br />

Alienação investimentos financeiros – – – – – – (494.885) (494.885)<br />

(3.424.189) 2.741.527 (318.317) 517.449 – 3.509.255 (494.885) 2.530.840<br />

Consideram-se partes relacionadas todas as subsidiárias, associadas e entidades conjuntamente controladas pertencentes ao Grupo <strong>TAP</strong><br />

conforme identificadas nas demonstrações financeiras consolidadas.<br />

Os membros do Conselho de Administração Executivo e do Conselho Geral de Supervisão são remunerados, exclusivamente, pelas funções<br />

exercidas na <strong>TAP</strong>, S.A., não auferindo qualquer remuneração pelas funções exercidas na <strong>TAP</strong> SGPS.<br />

As remunerações auferidas pelos membros da Mesa de Assembleia Geral e Revisor Oficial de Contas da <strong>TAP</strong> SGPS apresentam-se em <strong>2011</strong><br />

e 2010 como segue:<br />

22. eventos subsequentes<br />

<strong>2011</strong> 2010<br />

senhas de presença<br />

Presidente 640 640<br />

Vice-Presidente 400 400<br />

secretário 330 330<br />

Revisor Oficial de Contas 16.974 16.629<br />

18.344 17.999<br />

Na sequência do acordo de venda de 50,1% do capital da SPdH, os empréstimos concedidos até 31 de dezembro de <strong>2011</strong>, no montante de<br />

119.378.765 Euros (Nota 21), foram convertidos em prestações acessórias, para cobertura de prejuízos, por decisão da Assembleia Geral<br />

realizada em 31 de janeiro de 2012.


TÉCniCo oFiCiAl De ConTAs<br />

Sandra Candeias Matos da Luz<br />

Conselho De ADminisTRAção exeCUTiVo<br />

Presidente Fernando Abs da Cruz Souza Pinto<br />

Vogal Luís Manuel da Silva Rodrigues<br />

Vogal Fernando Jorge Alves Sobral<br />

Vogal Luiz da Gama Mór<br />

Vogal Manoel José Fontes Torres<br />

Vogal Michael Anthony Conolly<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 217<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong>


04<br />

<strong>Relatório</strong><br />

do Conselho<br />

Geral e de<br />

supervisão<br />

<strong>2011</strong><br />

<strong>TAP</strong>, SGPS


220 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

1. No exercício das respetivas competências estatutárias, o<br />

Conselho Geral e de Supervisão (CGS) levou a efeito em <strong>2011</strong><br />

a sua atividade de supervisão do Grupo <strong>TAP</strong>. Os trabalhos das<br />

reuniões encontram-se documentados nas respetivas atas.<br />

2. Participaram também nas reuniões do CGS o Presidente<br />

do Conselho de Administração Executivo (CAE) e os<br />

Administradores responsáveis pelas matérias em análise.<br />

Quando se tratou da apreciação das contas de 2010, do orçamento<br />

para 2012 e da revisão do plano estratégico, houve participação<br />

plena do CAE nas reuniões. O Presidente do CGS<br />

acompanhou regularmente a gestão da Empresa, tendo assistido<br />

às reuniões formais do CAE.<br />

3. O CGS tomou conhecimento oportuno das deliberações do<br />

CAE que, nos termos estatutários, lhe foram submetidas para<br />

apreciação e deliberação, bem como das respetivas fundamentações<br />

e esclarecimentos.<br />

4. A supervisão realizada pelo CGS ao longo de <strong>2011</strong> abrangeu<br />

o universo das empresas do Grupo <strong>TAP</strong>, com especial relevo<br />

para a <strong>TAP</strong>, S.A., negócio fulcral do Grupo, e desenvolveu-se<br />

tanto no âmbito da gestão operacional e financeira, como no da<br />

definição estratégica. Para o efeito, o CGS procedeu à análise<br />

e amplo debate, com a administração executiva, das questões<br />

relevantes que nesses domínios se vieram a colocar, tanto a<br />

nível do Grupo como a nível das empresas associadas, tendo,<br />

nos termos dos estatutos, emitido pareceres ou recomendações<br />

sempre que as circunstâncias o justificaram.<br />

5. No desempenho das suas funções, o CGS reuniu formalmente<br />

nove vezes durante o ano, tendo sido coadjuvado<br />

pelas Comissões especializadas de Auditoria (CEA) e de<br />

Sustentabilidade e Governo Societário (CESGS), bem como<br />

por grupos de trabalho criados ad-hoc pelo próprio Conselho<br />

para tratamento de assuntos específicos, nomeadamente para<br />

o acompanhamento dos processos de reestruturação da <strong>TAP</strong><br />

M&E Brasil, de revisão dos estatutos da <strong>TAP</strong>, S.A., e de aplicação<br />

da política remuneratória. Estas comissões e grupos prestaram<br />

ao Conselho qualificada assistência em matérias das<br />

suas competências, próprias ou delegadas, designadamente<br />

nas que envolvem a verificação do cumprimento dos estatutos<br />

e preceitos legais aplicáveis.<br />

6. Em <strong>2011</strong> tiveram lugar oito reuniões da CEA, algumas das<br />

quais com a participação do Revisor Oficial de Contas, Auditor<br />

Externo, e Auditoria Interna da Empresa. Ao longo do ano, a<br />

CEA continuou a dedicar especial atenção, entre outros assuntos,<br />

ao desenvolvimento dos processos de reestruturação, em<br />

curso, das participadas SPdH e <strong>TAP</strong> M&E Brasil, pelo relevante<br />

impacto financeiro que tiveram nas contas do Grupo. De igual<br />

modo, a CEA acompanhou atentamente a evolução quer do<br />

nível de endividamento do Grupo, quer da sua tesouraria, cuja<br />

gestão assumiu especial acuidade num contexto de rarefação<br />

generalizada do crédito nos mercados internacionais. A<br />

CEA verificou ter-se mantido o curso de amortização normal da<br />

dívida e terem sido assegurados, ao longo do exercício, níveis<br />

de liquidez adequados ao regular funcionamento do Grupo.<br />

De salientar ainda que o CGS acompanhou, através nomeadamente<br />

da intervenção da CEA, os trabalhos desenvolvidos<br />

na <strong>TAP</strong> com vista a avaliar o previsível impacto, nas contas de<br />

2012, da introdução na UE do anunciado regime de emissão<br />

de CO 2 .<br />

7. A CESGS reuniu sete vezes durante o ano. A Comissão supervisionou<br />

o processo de elaboração do <strong>Relatório</strong> do Governo<br />

Societário e de Sustentabilidade de 2010. Também no âmbito<br />

das suas competências, a CESGS levou a efeito a supervisão<br />

das empresas associadas do Grupo <strong>TAP</strong>, na perspetiva da sua<br />

sustentabilidade. Para o efeito, tiveram lugar, ao longo do ano,<br />

reuniões da CESGS com os responsáveis das respetivas administrações<br />

executivas, em que foi analisada e debatida a evolução<br />

dos negócios dessas associadas, avaliando o seu impacto<br />

na sustentabilidade do Grupo. Neste contexto, merece destaque<br />

o acompanhamento regular dos processos de reestruturação<br />

da SPdH e da <strong>TAP</strong> M&E Brasil. O amplo debate efetuado<br />

sobre a matéria, com a participação conjunta do CAE, habilitou<br />

o CGS a emitir, nos termos estatutários, pareceres e recomendações<br />

fundamentadas tendo em vista a definição de orientações<br />

estratégicas adequadas.<br />

8. Nas reuniões do CGS com a Administração Executiva, ao longo<br />

do ano, para além do enquadramento geral da atividade do<br />

Grupo e do acompanhamento do desempenho específico das<br />

diversas unidades de negócio, foram objeto de atenta análise<br />

e debate outros assuntos de especial acuidade ou relevância<br />

estratégica para a sustentabilidade da <strong>TAP</strong>: implementação do<br />

plano de redução de custos; incidência na Empresa da aplicação<br />

das medidas de consolidação orçamental; revisão do<br />

plano estratégico 2012-15; evolução da posição concorrencial<br />

da <strong>TAP</strong> no contexto do transporte aéreo global, nomeadamente<br />

face ao desafio das companhias low cost; investimentos mais<br />

significativos (ex: simulador de vôo); perspetivas de recapitalização<br />

da <strong>TAP</strong>.


9. O Conselho apreciou o relatório de gestão e contas de <strong>2011</strong>.<br />

Neste exercício merece destaque o resultado positivo da <strong>TAP</strong>,<br />

S.A., negócio central do Grupo, alcançado num ano em que o<br />

pronunciado aumento do preço do combustível (32% no caso<br />

da <strong>TAP</strong>), agravou substancialmente os custos de exploração da<br />

generalidade das companhias de aviação, acarretando pesados<br />

prejuízos para muitas delas. Em consequência, os custos<br />

do combustível passaram a representar 34,6% (contra 27,7%<br />

em 2010) do total dos custos de exploração da Empresa. Para<br />

o resultado positivo da <strong>TAP</strong>, S.A. concorreram principalmente: o<br />

aumento significativo da operação (+ 5,9%), o aumento da taxa<br />

de ocupação (+ 1,78 p.p.), e ganhos de eficiência resultantes<br />

da implementação do plano de redução de custos (excluindo<br />

o combustível, os custos de exploração foram reduzidos em<br />

EUR 9 milhões). De destacar também a significativa redução,<br />

em 5,1%, dos custos com pessoal. O resultado da <strong>TAP</strong>, S.A.<br />

não foi, no entanto, suficiente para compensar os prejuízos das<br />

associadas deficitárias, SPdH e <strong>TAP</strong> M&E Brasil, pelo que o<br />

resultado consolidado do Grupo se revelou negativo no exercício.<br />

A nível do Grupo, entende o CGS relevar ainda os empenhados<br />

esforços desenvolvidos pela Empresa, e os progressos já<br />

alcançados, nos seguintes domínios: implementação do plano<br />

de transformação organizacional (nomeadamente dos programas<br />

de mobilidade e de formação para o desenvolvimento de<br />

lideranças); ajustamento interno às rigorosas medidas de consolidação<br />

orçamental; e implementação dos planos de reestruturação<br />

das associadas deficitárias. Nestas circunstâncias,<br />

e atentos a recomendação da CEA e os relatórios do ROC e do<br />

Auditor Externo, o CGS deliberou, nos termos legais e estatutários,<br />

emitir parecer favorável sobre o referido relatório de gestão<br />

e contas, recomendando a sua aprovação pela Assembleia<br />

Geral da <strong>TAP</strong>, SGPS.<br />

10. Completa-se no exercício em análise, o mandato dos órgãos<br />

sociais da <strong>TAP</strong> para o triénio 2009-<strong>2011</strong>. Completam-se também<br />

em <strong>2011</strong> seis anos de vigência do modelo dualista de<br />

governo societário instituído na <strong>TAP</strong> em 2006. Entende assim<br />

o CGS dever deixar aqui expressa a avaliação positiva que faz<br />

deste período de funcionamento do referido modelo de governação.<br />

Com efeito, o CGS considera que a interação dialética<br />

desenvolvida, no quadro deste modelo, entre o órgão executivo<br />

e o órgão de supervisão – em ambiente de cooperação construtiva<br />

e com respeito mútuo pelas respetivas competências<br />

próprias –, contribuiu decisivamente para a definição e desenvolvimento<br />

dos objetivos da <strong>TAP</strong>, nomeadamente na procura e<br />

aprofundamento das melhores soluções e na tomada de decisões<br />

mais críticas para o Grupo, num período de turbulência e<br />

incerteza.<br />

Grupo <strong>TAP</strong> 221<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

11. O CGS deseja expressar o seu agradecimento à administração,<br />

trabalhadores e colaboradores da <strong>TAP</strong>, pelo significativo<br />

contributo pessoal que deram – refletido no desempenho da<br />

Empresa em <strong>2011</strong> – para o desenvolvimento e sustentabilidade<br />

do Grupo.<br />

lisboa, 29 de março de 2012<br />

o Conselho GeRAl e De sUPeRVisão<br />

Manuel Soares Pinto Barbosa<br />

Carlos Alberto Veiga Anjos<br />

João Luís Traça Borges de Assunção<br />

Luís Manuel dos Santos Silva Patrão<br />

Maria do Rosário Miranda Andrade Ribeiro Vítor<br />

Rui Manuel Azevedo Pereira da Silva<br />

Vítor Cabrita Neto


222 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

ABReViATURAs e GlossáRio<br />

ABREVIATURAS<br />

AeA<br />

APCeR<br />

eAsA<br />

iATA<br />

inAC<br />

iPAC<br />

iso<br />

qTC<br />

Association of European Airlines<br />

Associação Portuguesa de Certificação<br />

Agência Europeia para a Segurança da Aviação<br />

International Air Transport Association<br />

Instituto Nacional de Aviação Civil<br />

Instituto Português de Acreditação<br />

International Standards Organization<br />

Quick Transfer Center<br />

GLOSSÁRIO Block Hours Número de horas entre partida e chegada de um voo, medido o tempo a partir do<br />

momento em que são retirados ou colocados os calços.<br />

Co2 Dióxido de Carbono<br />

Gás que naturalmente faz parte da composição da atmosfera e que resulta, também,<br />

da combustão de combustíveis fósseis (carvão, petróleo).<br />

O aumento da sua proporção na atmosfera pode conduzir ao aquecimento global e<br />

consequentes alterações climáticas.<br />

Code-Share Código repartido<br />

Acordo entre duas companhias a operar em parceria, mediante a qual oferecem<br />

serviços no mesmo avião, mantendo os respetivos códigos IATA, números de voo<br />

e marcas.<br />

Hub Termo utilizado para designar a base operacional de uma companhia aérea, em que<br />

chegadas e partidas são coordenadas, por forma a reduzir ao máximo, o tempo de<br />

trânsito. O Hub da <strong>TAP</strong> em Lisboa, encontra-se estruturado em três ondas diárias<br />

de chegadas e partidas, por forma a aumentar o número de oportunidades de ligações<br />

aos clientes da <strong>TAP</strong>.<br />

Hub and Spoke Modelo de operação que possibilita a ligação entre destinos com menor fluxo de<br />

tráfego entre si, através de um aeroporto hub, sempre que não seja exequível um<br />

serviço directo.<br />

Load Factor<br />

de passageiros<br />

Número total de passageiro-quilómetros (PKU) dividido pelo número total de<br />

lugar-quilómetros (PKO).<br />

Multi-hub Sistema de operação por conexão entre diversos hubs, que possibilita uma oferta<br />

acrescida de destinos através do acesso às diversas redes que se desenvolvem a<br />

partir de cada hub.<br />

PKo Lugar-quilómetro<br />

Número total de lugares disponíveis para venda multiplicado pelo número de quilómetros<br />

voados.<br />

PKU Passageiro-quilómetro<br />

Número total de passageiros multiplicado pelo número de quilómetros voados.<br />

Pontualidade Standard da Industria, medido pela percentagem do número de voos com partidas<br />

até 15 minutos após a hora da partida publicada em horário.<br />

Regularidade Percentagem de voos efetivamente realizados, do total de voos planeados.<br />

Revenue Management Técnica utilizada na otimização da receita de cada voo, através da procura sistemática<br />

do equilíbrio entre a ocupação do voo e as tarifas oferecidas.<br />

TKU Global Número total de toneladas de passageiros, de carga e de correio multiplicado pelo<br />

número de quilómetros voados.<br />

TKU Carga e Correio Número total de toneladas de carga e de correio multiplicado pelo número de<br />

quilómetros voados.<br />

Yield de Passageiros Receita do tráfego de passageiros dividida pelo número total de passageiro-<br />

-quilómetros (PKU).


Grupo <strong>TAP</strong> 223<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong>


224 Grupo <strong>TAP</strong><br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong><br />

Ficha técnica<br />

<strong>TAP</strong>, sGPs, s.A.<br />

Apartado 50194, 1704-801 Lisboa<br />

Tel. +351 218 415 000<br />

Fax +351 218 415 774<br />

CipC no 506623602<br />

Design e Produção Gráfica<br />

Fotografia<br />

Add Comunicação<br />

<strong>TAP</strong> PORTUGAL<br />

Tiragem<br />

550 Exemplares<br />

Depósito Legal<br />

182.801/12<br />

Julho 2012


Grupo <strong>TAP</strong> 225<br />

<strong>Relatório</strong> <strong>Anual</strong> <strong>2011</strong>


Aberdeen<br />

Accra<br />

Alicante<br />

Almeria<br />

Amsterdão<br />

Ancara<br />

Antália<br />

Argel<br />

Astúrias<br />

Atenas<br />

Atlanta<br />

Bamako<br />

Banguecoque<br />

Barcelona<br />

Bari<br />

Belém<br />

Belfast<br />

Belgrado<br />

Belo Horizonte<br />

Berlim<br />

Bilbau<br />

Billund<br />

Birmingham<br />

Bissau<br />

Boa Vista<br />

Bolonha<br />

Bordéus<br />

Boston<br />

Brasília<br />

Bratislava<br />

Bremen<br />

Bruxelas<br />

Bucareste<br />

Budapeste<br />

Buenos Aires<br />

Calgary<br />

Campo Grande<br />

Caracas<br />

Casablanca<br />

Charlotte<br />

Chicago<br />

Cidade do Cabo<br />

Colónia<br />

Copenhaga<br />

Cuiaba<br />

Curitiba<br />

Dakar<br />

Dallas<br />

Denver<br />

Detroit<br />

Dresden<br />

Dublin<br />

Dubrovnik<br />

Durban<br />

Dusseldorf<br />

East London<br />

Edimburgo<br />

Estocolmo<br />

Estrasburgo<br />

Estugarda<br />

Faro<br />

Florença<br />

Florianopolis<br />

Fortaleza<br />

Forte Ventura<br />

Frankfurt<br />

Funchal<br />

Gdansk<br />

Genebra<br />

Glasgow<br />

Goiania<br />

Gotemburgo<br />

Granada<br />

Graz<br />

Hamburgo<br />

Hanover<br />

Helsínquia<br />

Heraklion<br />

Hong Kong<br />

Horta<br />

Houston<br />

Ibiza<br />

Ilhéus<br />

Imperatriz<br />

Istambul<br />

Izmir<br />

João Pessoa<br />

Kiev<br />

Klagenfurt<br />

La Corunha<br />

Lanzarote<br />

Larnaca<br />

Las Palmas<br />

Las Vegas<br />

Leipzig<br />

Leopolis<br />

Linz<br />

Lisboa<br />

Londres<br />

Londrina<br />

Los Angeles<br />

Luanda<br />

Luxemburgo<br />

Luxor<br />

Lyon<br />

Macapa<br />

Maceió<br />

Madrid<br />

Málaga<br />

Manaus<br />

Manchester<br />

Maputo<br />

Maraba<br />

Marraquexe<br />

Marselha<br />

Menorca<br />

Miami<br />

Miconos<br />

Milão<br />

Minneapolis<br />

Montreal<br />

Moscovo<br />

Mostar<br />

Munster<br />

Munique<br />

Nápoles<br />

Natal<br />

Nice<br />

Nova Iorque<br />

Nova Orleães<br />

Nuremberga<br />

Orlando<br />

Oslo<br />

Ottawa<br />

Palermo<br />

Palma de Maiorca<br />

Palmas<br />

Pamplona<br />

Paris<br />

Pequim<br />

Pico<br />

Pisa<br />

Ponta Delgada<br />

Port Elizabeth<br />

Porto<br />

Porto Alegre<br />

Porto Santo<br />

Porto Seguro<br />

Porto Velho<br />

Poznan<br />

Praga<br />

Praia<br />

Pristina<br />

Recife<br />

Rhodes<br />

Riga<br />

Rio Branco<br />

Rio de Janeiro<br />

Roma<br />

Rzeszow<br />

Sal<br />

Salvador<br />

Salzburgo<br />

San Diego<br />

San Francisco<br />

Santa Maria<br />

Santarém<br />

Santiago de Compostela<br />

São Luiz<br />

São Paulo<br />

São Tomé<br />

São Vicente<br />

Seattle<br />

Sevilha<br />

Sharm El Sheikh<br />

Simferopol<br />

Singapura<br />

Sofia<br />

Tallim<br />

Tenerife<br />

Terceira<br />

Teresina<br />

Thessaloniki<br />

Timisoara<br />

Toronto<br />

Toulouse<br />

Trieste<br />

Turim<br />

Valência<br />

Vancouver<br />

Varsóvia<br />

Veneza<br />

Verona<br />

Viena<br />

Vigo<br />

Vitoria<br />

Washington DC<br />

Zagreb<br />

Zurique<br />

Xangai<br />

<strong>TAP</strong>, SGPS, S.A.<br />

Apartado 50194, 1704-801 Lisboa<br />

Tel. +351 218 415 000<br />

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www.flytap.com

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