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Caderno de Resumos (PDF) - Sociedade Brasileira de Estomatologia

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Santos PINTO JR<br />

Os Tumores malignos da bainha <strong>de</strong> nervos periféricos<br />

(TMBNP) possuem várias sinonímias, como<br />

Neurofibrossarcoma e Schwannoma maligno, e po<strong>de</strong>m<br />

surgir “<strong>de</strong> novo” ou estar associados com a Neurofibromatose<br />

tipo 1. Compreen<strong>de</strong>m cerca <strong>de</strong> 5-10% <strong>de</strong> todos os sarcomas<br />

<strong>de</strong> tecido mole, não havendo consenso sobre o critério<br />

diagnóstico microscópico <strong>de</strong>ssas lesões. O presente caso<br />

clínico refere-se a paciente melano<strong>de</strong>rma, 27 anos, com<br />

queixa principal <strong>de</strong> proptose, assimetria facial e obstrução<br />

nasal do lado esquerdo. Após biópsia incisional com<br />

diagnóstico histopatológico <strong>de</strong> Leiomioma, a paciente foi<br />

submetida à excisão cirúrgica da lesão, via acesso endoral.<br />

Os cortes microscópicos revelaram neoplasia mesenquimal<br />

maligna exibindo áreas hipercelularizadas bem como<br />

mixói<strong>de</strong>s, caracterizada por feixes entrecruzados <strong>de</strong> fibras<br />

nervosas e pela proliferação <strong>de</strong> células ora alongadas ora<br />

fusiformes, apresentando discreto pleomorfismo e mitoses<br />

freqüentes, inclusive atípicas. Imunopositivida<strong>de</strong> difusa para<br />

S-100 e negativida<strong>de</strong> para EMA e GLUT-1 também foram<br />

observadas, e o diagnóstico final <strong>de</strong> TMBNP <strong>de</strong> baixo grau <strong>de</strong><br />

malignida<strong>de</strong> foi estabelecido. No controle pós-operatório, a<br />

paciente não exibe comprometimento cognitivo, porém<br />

apresenta novo crescimento da massa neoplásica em cerca<br />

<strong>de</strong> 30%. Nesses casos, o rápido diagnóstico tem implicações<br />

significantes no manejo do paciente <strong>de</strong>vido ao<br />

comportamento agressivo da neoplasia e <strong>de</strong> sua alta taxa <strong>de</strong><br />

recorrência.<br />

44-Título: SEQUÊNCIA DE MÖERBIUS<br />

Autores: Antônio Fernando Pereira FALCÃO; Alexandra Alves<br />

Soares MOTA; An<strong>de</strong>rson Jambeiro <strong>de</strong> SOUZA; Luana Costa<br />

BASTOS<br />

A Seqüência <strong>de</strong> Möebius é uma doença rara caracterizada<br />

pela paralisia congênita dos 6º e 7º pares <strong>de</strong> nervos<br />

cranianos. Outros nervos cranianos po<strong>de</strong>m ser afetados,<br />

po<strong>de</strong>ndo ocorrer anomalias esqueléticas, orofaciais e retardo<br />

mental. O diagnóstico é dado logo ao nascimento, pelo fácies<br />

inexpressivo, fendas palpebrais entreabertas durante o sono,<br />

dificulda<strong>de</strong>s na sucção e estrabismo convergente. Estimase<br />

que no Brasil existam em torno <strong>de</strong> 100 casos, e nos<br />

Estados Unidos, em torno <strong>de</strong> 1000 crianças portadoras <strong>de</strong>ssa<br />

doença. Sua etiopatogenia ainda não está perfeitamente<br />

esclarecida, sugerindo-se a relação com múltiplos fatores<br />

etiológicos. O paciente L. F. J. S., acompanhado <strong>de</strong> sua<br />

genitora, compareceu ao Ambulatório <strong>de</strong> <strong>Estomatologia</strong>.<br />

Foram realizados os exames clínico-anamnésico e<br />

complementar, no caso, radiográfico. Não foi <strong>de</strong>tectado<br />

retardo mental. As alterações que mais se <strong>de</strong>stacaram no<br />

exame físico foram: estrabismo, má-oclusão, sindactilia e<br />

palato ogival. Com a radiografia panorâmica, foi constatada<br />

anodontia das unida<strong>de</strong>s 1.2, 1.1, 2.1, 2.2, 3.5 e 4.2. Foi relatada<br />

a realização <strong>de</strong> cirurgia <strong>de</strong> estrabismo aos 2 anos, fazendo<br />

uso <strong>de</strong> lentes corretivas, e correção <strong>de</strong> sindactilia na mão<br />

esquerda aos 3 anos. Ele foi encaminhado para tratamento<br />

na disciplina <strong>de</strong> Odontopediatria. Em virtu<strong>de</strong> das alterações<br />

sistêmicas da Seqüência <strong>de</strong> Möebius, observa-se que a<br />

conduta apropriada varia <strong>de</strong> acordo com a gravida<strong>de</strong> e tipo<br />

das malformações presentes. A conduta odontológica <strong>de</strong>ve<br />

ser direcionada à correção cirúrgica das malformações e<br />

orientações quanto à higiene oral.<br />

45-Título: CARCINOMA DE CÉLULAS FUSIFORMES<br />

AVANÇADO EM MAXILA: RELATO DE CASO<br />

Autores: Simone <strong>de</strong> Queiroz Chaves LOURENÇO; Danielle<br />

Resen<strong>de</strong> CAMISASCA*; William Napolitano CORRÊA;<br />

Alexandre Perez MARQUES; Marcelo Rocha GONÇALVES<br />

FILHO<br />

O carcinoma <strong>de</strong> células fusiformes, variante rara do<br />

carcinoma <strong>de</strong> células escamosas, apresenta dois tipos<br />

XV Congresso Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Estomatologia</strong><br />

14<br />

celulares morfologicamente distintos, epitelial e<br />

mesenquimal. Também <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> carcinossarcoma,<br />

carcinoma pleomórfico e pseudo-sarcoma, afeta mais idosos<br />

do sexo masculino. A ressecção cirúrgica associada à<br />

radioterapia tem sido o tratamento <strong>de</strong> escolha, com taxas<br />

mais elevadas <strong>de</strong> sobrevida para tumores iniciais em laringe.<br />

Contribuem para um prognóstico negativo o padrão ulcerativo<br />

e histórico <strong>de</strong> radioterapia. O paciente A.P.S., 74 anos,<br />

feo<strong>de</strong>rma apresentou aumento <strong>de</strong> volume em hemiface<br />

esquerda e proptose do globo ocular ipsilateral. Negou<br />

tabagismo, etilismo e radioterapia prévia. Relatou evolução<br />

<strong>de</strong> cinco meses da lesão, com dor espontânea. A radiografia<br />

panorâmica mostrou imagem radiopaca, sem limites<br />

<strong>de</strong>finidos, esten<strong>de</strong>ndo-se do rebordo alveolar por toda maxila<br />

esquerda. Foi feita tomografia computadorizada <strong>de</strong> seios <strong>de</strong><br />

face, com cortes axiais e coronais, sem injeção <strong>de</strong> contraste.<br />

Notou-se formação expansiva sólida abaulando a superfície<br />

cutânea, comprometendo maxila, parte da musculatura do<br />

espaço mastigador, rebordo alveolar superior, seio maxilar,<br />

fossa nasal, fossa infratemporal e seio frontal no lado<br />

esquerdo. Foi realizada biópsia incisional da lesão e o exame<br />

histopatológico resultou no diagnóstico <strong>de</strong> carcinoma <strong>de</strong><br />

células fusiformes, sendo positivo para pancitoceratina e<br />

vimentina. O paciente foi encaminhado para tratamento,<br />

<strong>de</strong>vido à extensão da lesão e à ida<strong>de</strong> avançada, optou-se por<br />

radioterapia exclusiva; contudo, o paciente faleceu quatro<br />

meses <strong>de</strong>pois.<br />

46-Título: OSTEOCONDROMA EM REGIÃO DE CABEÇA DA<br />

MANDÍBULA: RELATO DE CASO<br />

Autores: Fernanda Paula YAMAMOTO; Ricardo Wagner<br />

MODES; Brunno Santos <strong>de</strong> Freitas SILVA; Suzana Orsini<br />

Machado <strong>de</strong> SOUSA; Ney Soares <strong>de</strong> ARAÚJO<br />

O osteocondroma é a lesão óssea benigna mais comum do<br />

esqueleto, acometendo <strong>de</strong> 35 a 50% das lesões ósseas.<br />

Porém, a apresentação em região maxilofacial é rara. A<br />

predileção pelo envolvimento em ossos longos <strong>de</strong>ve-se ao<br />

<strong>de</strong>senvolvimento endocondral <strong>de</strong>stas estruturas. Na região<br />

maxilofacial, a cabeça da mandíbula e o processo coronói<strong>de</strong><br />

são os sítios mais afetados. O presente caso refere-se a<br />

paciente leuco<strong>de</strong>rma, sexo feminino, 24 anos, que<br />

apresentava gran<strong>de</strong> assimetria facial progressiva, tendo<br />

iniciado há um ano e seis meses, referida pela paciente,<br />

assim como mordida cruzada posterior e sintomatologia. Em<br />

radiografia panorâmica, constatou-se gran<strong>de</strong> aumento <strong>de</strong><br />

volume em região da cabeça da mandíbula do lado esquerdo<br />

com <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> semelhante ao osso adjacente. Em<br />

tomografia computadorizada, em cortes axiais e coronais,<br />

observaram-se <strong>de</strong>formida<strong>de</strong>s, predominando aumento das<br />

dimensões e irregularida<strong>de</strong> no contorno da face articular da<br />

mesma área, observados também em reconstrução 3-D. A<br />

cintilografia mostrou aumento na captação do radiofármaco,<br />

sugerindo na ativida<strong>de</strong> osteogênica anormal na articulação<br />

têmporo-mandibular esquerda. Após biópsia excisional,<br />

foram analisados os cortes histológicos que revelaram<br />

fragmento <strong>de</strong> tecido ósseo, apresentando recobrimento<br />

cartilagionoso assim como ilhotas condrói<strong>de</strong>s no interior do<br />

osso trabecular regular. O tratamento foi condilectomia e a<br />

fim <strong>de</strong> conter a oclusão, foi utilizado barra <strong>de</strong> Eric com elásticos<br />

e a paciente encontra-se em acompanhamento para avaliar<br />

a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cirurgia ortognática.<br />

47-Título: LÍQUEN PLANO EROSIVO ASSOCIADO COM LÚPUS<br />

ERITEMATOSO SISTÊMICO<br />

Autores: Gabriel Fiorelli BERNINI; Letícia Rodrigues NERY;<br />

Florence Zumbaio MISTRO; Sérgio KIGNEL<br />

O líquen plano erosivo e o lúpus eritematoso são lesões<br />

ulcerativas da mucosa bucal. O lúpus eritematoso sistêmico<br />

é uma doença auto-imune, <strong>de</strong> etiologia <strong>de</strong>sconhecida que<br />

acomete mais mulheres do que homens. O líquen plano é

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