Caderno de Resumos (PDF) - Sociedade Brasileira de Estomatologia
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mandíbula é rara. O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é <strong>de</strong>screver um<br />
caso <strong>de</strong> COA mandibular. Paciente ELS, gênero feminino, 15<br />
anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, procurou atendimento queixando-se <strong>de</strong><br />
tumefação facial dolorosa com 8 meses <strong>de</strong> evolução. Exame<br />
extra-bucal revelou aumento <strong>de</strong> volume em face, lado direito,<br />
recoberto por pele <strong>de</strong> coloração normal, apresentando<br />
consistência firme, doloroso à palpação e medindo cerca <strong>de</strong><br />
6 cm. Ao exame intra-bucal foi observado abaulamento em<br />
ramo ascen<strong>de</strong>nte da mandíbula. Radiografia panorâmica<br />
mostrou lesão osteolítica, expansiva e multilocular<br />
envolvendo todo o ramo mandibular direito. Tomografia<br />
computadorizada <strong>de</strong> face revelou lesão expansiva com<br />
septações em ângulo mandibular e rompimento das corticais<br />
ósseas vestibular e lingual. Ameloblastoma e COA foram as<br />
hipóteses diagnósticas. Sob anestesia local, foi realizada<br />
biópsia incisional e análise microscópica revelou a presença<br />
<strong>de</strong> várias cavida<strong>de</strong>s formadas por células fusiformes<br />
entremeadas por células gigantes e preenchidas por<br />
hemácias, confirmando diagnóstico <strong>de</strong> COA. Paciente foi<br />
submetida a tratamento cirúrgico, sob anestesia geral, on<strong>de</strong><br />
foi realizada curetagem vigorosa <strong>de</strong> toda lesão. Atualmente<br />
paciente está sob acompanhamento clínico e radiográfico e<br />
não apresenta sinais <strong>de</strong> recidiva após 18 meses <strong>de</strong><br />
tratamento.<br />
10-Título: USO DA BIOLOGIA MOLECULAR NO DIAGNÓSTICO<br />
DO FIBROMA OSSIFICANTE<br />
Autores: Carolina Cavalieri GOMES; Flávio Juliano PIMENTA;<br />
Wagner Henriques CASTRO; Luiz DE MARCO; Ricardo<br />
Santiago GOMEZ<br />
Paciente sexo feminino, 30 anos, feo<strong>de</strong>rma, compareceu à<br />
clínica <strong>de</strong> estomatologia com queixa <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> volume<br />
no lado esquerdo da mandíbula. No exame clínico extra-bucal<br />
e intra-bucal foi observado aumento <strong>de</strong> volume na região<br />
posterior esquerda <strong>de</strong> mandíbula. Na radiografia panorâmica,<br />
foi observada uma lesão radiolúcida, multilocular e <strong>de</strong> limites<br />
bem <strong>de</strong>finidos. A punção aspirativa foi negativa para líquido.<br />
Com a hipótese clínica <strong>de</strong> tumor odontogênico benigno foi<br />
realizada biópsia incisional. Os aspectos clínicos,<br />
radiográficos e histológicos indicaram o diagnóstico <strong>de</strong><br />
fibroma ossificante (FO). Sob anestesia geral, foi realizada<br />
ressecção do tumor. Consi<strong>de</strong>rando que alterações no<br />
HRPT2, gene supressor <strong>de</strong> tumor, são <strong>de</strong>scritas no FO<br />
esporádico ou associado à síndrome do hiperparatireoidismo<br />
e tumores dos maxilares, análise <strong>de</strong> seqüenciamento <strong>de</strong><br />
DNA foi realizada em um fragmento do tumor e em células<br />
circulantes da paciente. Os resultados mostraram duas<br />
mutações somáticas no gene HRPT2 nas células tumorais.<br />
Neste relato <strong>de</strong>monstramos o uso da biologia molecular<br />
como instrumento auxiliar no diagnóstico <strong>de</strong> lesões fibroósseas<br />
benignas.<br />
11-Título: OSTEOMIELITE CRÔNICA PRIMÁRIA SIMULANDO<br />
DISPLASIA FIBROSA EM MANDÍBULA<br />
Autores: Michele <strong>de</strong> Fátima Tavares RAMOS; Danyel Elias<br />
da Cruz Perez; Marcílio A. Nascimento; Aline Oliveira Costa<br />
Benevi<strong>de</strong>s; André Caroli Rocha<br />
Osteomielite Crônica Primária (OCP) é uma inflamação<br />
óssea sem etiologia <strong>de</strong>finida, acometendo principalmente<br />
mandíbula <strong>de</strong> crianças do sexo feminino. A OCP caracterizase<br />
por episódios <strong>de</strong> dor, e<strong>de</strong>ma, trismo, linfa<strong>de</strong>nopatia<br />
regional, abscesso, fístula intra ou extra-oral e seqüestro<br />
ósseo.<br />
Paciente RS, sexo feminino, 10 anos, leuco<strong>de</strong>rma,<br />
compareceu queixando-se <strong>de</strong> dor e e<strong>de</strong>ma em face. Ao exame<br />
clínico observou-se aumento <strong>de</strong> volume na face (lado<br />
esquerdo), com discreto aumento na região retromolar. Na<br />
tomografia computadorizada percebe-se expansão,<br />
espessamento da cortical óssea e <strong>de</strong>formida<strong>de</strong> no ramo<br />
esquerdo da mandíbula. A hipótese diagnostica foi displasia<br />
XV Congresso Brasileiro <strong>de</strong> <strong>Estomatologia</strong><br />
21<br />
fibrosa, sendo realizada biópsia incisional, observou-se<br />
fragmentos ósseos maduros em arranjos trabeculares<br />
envoltos em estroma fibroso. O resultado é compatível com<br />
displasia fibrosa. Durante o acompanhamento observaramse<br />
episódios <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> volume com inflamação na<br />
região, causando trismo e linfa<strong>de</strong>nomegalia regional. Após<br />
estes períodos, o processo inflamatório <strong>de</strong>saparecia,<br />
diminuindo a assimetria. Foi solicitado cintilografia óssea,<br />
caracterizando intensa ativida<strong>de</strong> metabólica na região. Com<br />
os resultados obtidos chegou-se ao diagnostico <strong>de</strong> OCP.<br />
A paciente encontra-se em acompanhamento, nos estágios<br />
agudos faz tratamento com antiinflamatório para controle álgico.<br />
12-Título: LÚPUS ERITEMATOSO DISCÓIDE EM<br />
ADOLESCENTE: RELATO DE CASO PRÓ-DIAGNÓSE.<br />
Autores: Andreia BUFALINO*; Cláudia Maria NAVARRO;<br />
Tatiana PEREIRA; Ségio DELORT; Maria Regina SPOSTO<br />
As ulcerações em semimucosa e pele adjacente à boca<br />
po<strong>de</strong>m representar manifestações clínicas da ação <strong>de</strong><br />
agentes locais ou doenças sistêmicas. Objetivo: Apresentar<br />
relato <strong>de</strong> caso, discutir e tentar elucidar o diagnóstico e<br />
tratamento. Paciente R.A.D., 16 anos, gênero masculino,<br />
procurou o Serviço <strong>de</strong> Medicina Bucal com lesões ulceradas<br />
e dor em semimucosa labial e pele adjacente. A história<br />
médica revelou Síndrome Alcoólica Fetal. Os diagnósticos<br />
prováveis: ulceração traumática (Queilite actínica ou erosiva)<br />
ou doença imunomediada (Lúpus Eritematoso (LE), Pênfigo,<br />
Penfigói<strong>de</strong>), serão discutidos. Foram realizadas 2 biopsias<br />
e as análises histológicas foram inconclusivas, sendo a<br />
segunda sugestiva <strong>de</strong> LE. Exames laboratoriais (hemograma,<br />
células LE, FAN, VHS, PCR, Waaler-Rose) não confirmaram<br />
a hipótese <strong>de</strong> LE Sistêmico. Houve evolução do quadro com<br />
aparecimento <strong>de</strong> úlceras em mãos, orelhas, nariz e pele<br />
adjacente à mucosa labial. As condutas terapêuticas<br />
adotadas foram: orientações para eliminar hábito <strong>de</strong> passar<br />
a língua nos lábios, uso <strong>de</strong> filtro solar, uso tópico <strong>de</strong> antibiótico<br />
e corticói<strong>de</strong>. As lesões adquiriram forma clínica <strong>de</strong> crosta e<br />
pápulas que persistem resistentes aos tratamentos, com<br />
remissão e exacerbação. Mesmo tendo havido melhora no<br />
quadro clínico, ainda, três anos após o início do atendimento<br />
não foi possível estabelecer o diagnóstico <strong>de</strong>finitivo.<br />
(Agra<strong>de</strong>cimento ao Prof Dr. Cleverton Roberto Andra<strong>de</strong>).<br />
13- Título: MIELOMA MÚLTIPLO COM ENVOLVIMENTO DA<br />
MANDÍBULA: RELATO DE CASO.<br />
Autores: Cristina ZARDETTO*; Giuliano Saraceni Issa<br />
COSSOLIN; Daniel Henrique KOGA; Sérgio Rocha ARAÚJO;<br />
Marcos Martins CURI<br />
Mieloma múltiplo é uma condição óssea neoplásica originária<br />
<strong>de</strong> células da medula óssea, que acomete mais<br />
frequentemente pessoas acima dos 50 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. O<br />
principal sintoma é a dor óssea que muitas vezes está<br />
associada à fratura patológica do osso envolvido. Essa<br />
condição apresenta uma maior incidência no sexo masculino.<br />
O envolvimento bucal ocorre com mais freqüência no osso<br />
mandibular, principalmente ramo, ângulo e corpo, e<br />
geralmente está associado à aumento volumétrico, dor local<br />
e mobilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ntária. Paciente AJN, 68 anos, feminino,<br />
leuco<strong>de</strong>rma, encaminhada para avaliação <strong>de</strong> aumento<br />
volumétrico <strong>de</strong> mandíbula D com 1 mês <strong>de</strong> evolução. História<br />
médica pregressa revelava que a paciente estava em<br />
tratamento oncológico para mieloma múltiplo nos últimos 2<br />
anos, tratamento esse que envolvia cirurgias para lesões<br />
ósseas <strong>de</strong> coluna e úmero e quimioterapia associada a<br />
bisfosfonato. À oroscopia, notava-se aumento volumétrico<br />
<strong>de</strong> corpo <strong>de</strong> mandíbula D, medindo aproximadamente 5,0 x<br />
4,0 cm <strong>de</strong> diâmetros, recoberta por mucosas íntegras e <strong>de</strong><br />
coloração levemente avermelhada. Exames radiográficos e<br />
TC mostravam lesão expansiva e <strong>de</strong>strutiva provocando<br />
fratura do corpo mandibular D. Frente a história médica