Manual de procedimentos e gestão do voluntariado - Sesc
Manual de procedimentos e gestão do voluntariado - Sesc
Manual de procedimentos e gestão do voluntariado - Sesc
Transforme seus PDFs em revista digital e aumente sua receita!
Otimize suas revistas digitais para SEO, use backlinks fortes e conteúdo multimídia para aumentar sua visibilidade e receita.
SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO<br />
Presi<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Conselho Nacional <strong>do</strong> SESC<br />
Antonio Oliveira Santos<br />
Diretor Geral <strong>do</strong> Departamento Nacional <strong>do</strong> SESC<br />
Maron Emile Abi-Abib<br />
Consultoria da Direção Geral<br />
Juvenal Ferreira Fortes Filho<br />
Divisão Administrativa e Financeira<br />
João Carlos Gomes Roldão<br />
Divisão <strong>de</strong> Planejamento e Desenvolvimento<br />
Luís Fernan<strong>do</strong> <strong>de</strong> Mello Costa<br />
Divisão <strong>de</strong> Programas Sociais<br />
Álvaro <strong>de</strong> Melo Salmito<br />
FICHA CATALOGRÁFICA<br />
SESC.DN.DPD.GEP<br />
<strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>procedimentos</strong> e <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong>: Mesa Brasil SESC/<br />
Cláudia Márcia Santos Barros (coor<strong>de</strong>nação).- Rio <strong>de</strong> Janeiro: SESC,<br />
Departamento Nacional, 2007.<br />
59p.; 29 x 21cm<br />
ISBN 978-85-89336-26-0<br />
1. Trabalho voluntário. 2. Programa Mesa Brasil SESC. I. Barros,<br />
Cláudia Márcia Santos. II. Título.<br />
CDD 361.37<br />
PUBLICAÇÃO<br />
Coor<strong>de</strong>nação<br />
Gerência <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s e Pesquisas / DPD<br />
Sebastião Henriques Chaves<br />
Gerência <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> / DPS<br />
Irlan<strong>do</strong> Tenório Moreira<br />
Conteú<strong>do</strong><br />
Gerência <strong>de</strong> Estu<strong>do</strong>s e Pesquisas / DPD<br />
Cláudia Márcia Santos Barros (Coor<strong>de</strong>nação)<br />
Gerência <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> / DPS<br />
Ana Cristina Correia Gue<strong>de</strong>s Barros (Supervisão técnica)<br />
Facilita<strong>do</strong>res<br />
RIOVOLUNTÁRIO – Voluntaria<strong>do</strong> Empresarial (Consultor<br />
<strong>de</strong> Conteú<strong>do</strong>)<br />
Heloísa Coelho (Diretora Executiva)<br />
EDIÇÃO<br />
Assessoria <strong>de</strong> Divulgação e Promoção / DG<br />
Christiane Caetano<br />
Projeto Gráfico<br />
Assessoria <strong>de</strong> Divulgação e Promoção / DG<br />
An<strong>de</strong>rson Oliveira e Mario Saladini<br />
Revisão <strong>de</strong> Texto<br />
Rosane Carneiro
05<br />
07<br />
09<br />
10<br />
10<br />
11<br />
12<br />
13<br />
14<br />
15<br />
15<br />
16<br />
17<br />
18<br />
18<br />
18<br />
19<br />
19<br />
19<br />
19<br />
20<br />
20<br />
20<br />
20<br />
21<br />
22<br />
24<br />
25<br />
26<br />
26<br />
26<br />
28<br />
32<br />
32<br />
34<br />
34<br />
35<br />
36<br />
36<br />
37<br />
39<br />
40<br />
40<br />
41<br />
41<br />
APRESENTAÇÃO<br />
INTRODUÇÃO<br />
1. CONCEITOS BÁSICOS DE VOLUNTARIADO<br />
2. VOLUNTARIADO NO BRASIL<br />
2.1. Datas e Fatos<br />
3. LEGISLAÇÃO<br />
3.1. Uma leitura sobre a Lei<br />
4. ÉTICA NO SERVIÇO VOLUNTÁRIO<br />
4.1. Motivação para ser voluntário<br />
4.2. Princípios básicos <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong><br />
4.3. Visão e atitu<strong>de</strong>s <strong>do</strong> voluntário<br />
4.4. Direitos e responsabilida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> voluntário<br />
4.5. Direitos e responsabilida<strong>de</strong>s da instituição<br />
5. VOLUNTÁRIOS DO PROGRAMA MESA BRASIL SESC<br />
5.1. Por que trabalhar com voluntários no MESA BRASIL SESC?<br />
5.2. Participação <strong>do</strong>s voluntários no MESA BRASIL SESC<br />
5.3. Possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> serviço voluntário no MESA BRASIL SESC<br />
5.3.1. Voluntários da Área Técnica<br />
5.3.2. Voluntários da Área Operacional<br />
5.3.3. Voluntários da Área Administrativa<br />
6. GERENCIAMENTO<br />
6.1. Composição da equipe<br />
6.1.1. Funções <strong>do</strong> Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Voluntários<br />
6.1.2. Característica <strong>do</strong> Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Voluntários<br />
6.2. Planejamento<br />
6.3. Desenhan<strong>do</strong> o Projeto <strong>de</strong> Voluntários no MESA BRASIL SESC<br />
6.3.1. Objetivos <strong>do</strong> Projeto<br />
6.3.2. Descrição das tarefas<br />
6.4. Admissão <strong>do</strong> voluntário<br />
6.4.1. Preparação<br />
6.4.2. Recrutamento<br />
6.4.3. Seleção<br />
6.5. Incorporação <strong>do</strong> voluntário<br />
6.5.1. Capacitação<br />
6.5.2. Voluntários organiza<strong>do</strong>s em equipes<br />
6.5.3. Integração – Profissionais <strong>do</strong> Departamento Regional e Voluntários<br />
6.5.4. Administração <strong>de</strong> conflitos<br />
6.6. Manutenção <strong>do</strong> voluntário<br />
6.6.1. Reforço à motivação <strong>do</strong>s voluntários<br />
6.6.2. Reconhecimento<br />
6.6.3. Supervisão e Avaliação<br />
6.6.4. Remanejamento <strong>do</strong> voluntário<br />
6.7. Desligamento<br />
6.7.1. Desligamento pela instituição social<br />
6.7.2. Solicitação <strong>de</strong> <strong>de</strong>sligamento pelo voluntário<br />
S U M Á R I O
42<br />
43<br />
45<br />
46<br />
47<br />
48<br />
49<br />
50<br />
54<br />
56<br />
57<br />
59<br />
ANEXOS - Instrumentos <strong>de</strong> apoio para a <strong>gestão</strong> <strong>de</strong> voluntários<br />
ANEXO I - Termo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são ao Serviço Voluntário e Lei <strong>do</strong> Serviço Voluntário<br />
ANEXO II - Regimento Interno<br />
ANEXO III - Ficha cadastral <strong>de</strong> voluntários<br />
ANEXO IV - Diagnóstico por funcionário<br />
ANEXO V - Descritivo <strong>de</strong> função<br />
ANEXO VI - Ficha <strong>de</strong> avaliação periódica <strong>do</strong> voluntário<br />
ANEXO VII - Questionário <strong>de</strong> motivação pessoal<br />
ANEXO VIII - Ficha <strong>de</strong> auto-avaliação <strong>do</strong> serviço voluntário<br />
ANEXO IX - Certifica<strong>do</strong> pelo serviço voluntário<br />
ANEXO X - Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> projeto<br />
BIBLIOGRAFIA
APRESENTAÇÃO<br />
A elaboração e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> manuais técnico-operacionais constituem-se priorida<strong>de</strong>s<br />
estratégicas <strong>do</strong> Departamento Nacional <strong>do</strong> SESC, na perspectiva <strong>de</strong> contribuir para o aprimoramento<br />
técnico permanente das equipes <strong>do</strong>s Departamentos Regionais, com efeitos para a qualificação crescente<br />
das ações <strong>de</strong>senvolvidas em suas diferentes esferas <strong>de</strong> atuação.<br />
Consiste em uma forma também <strong>de</strong> garantir uma certa unida<strong>de</strong> das ações programáticas, sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong><br />
vista as especificida<strong>de</strong>s locais que, por sinal, são contempladas e se constituem em objeto <strong>de</strong> sistematização<br />
analítica nesses <strong>do</strong>cumentos, com vistas ao aprendiza<strong>do</strong> a partir das diferentes experiências.<br />
É o caso <strong>de</strong>ste <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>procedimentos</strong> e <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC,<br />
elabora<strong>do</strong> em resposta à necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sistematizar e dinamizar o trabalho voluntário – componente<br />
fundamental para a consolidação das diretrizes fixadas em torno da melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e <strong>do</strong><br />
fortalecimento da cidadania por meio da responsabilida<strong>de</strong> social compartilhada.<br />
A<strong>do</strong>ta-se a abordagem contemporânea <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> como forma <strong>de</strong> ação cívica que tem como<br />
objetivo a mobilização e o engajamento em torno <strong>de</strong> problemas da coletivida<strong>de</strong>, supon<strong>do</strong> uma atuação<br />
qualificada e, <strong>de</strong>sse mo<strong>do</strong>, requeren<strong>do</strong> a formação <strong>de</strong> equipes <strong>de</strong> voluntários administradas com boas<br />
práticas <strong>de</strong> gerência e criterioso planejamento.<br />
Acreditamos que a presente publicação possibilitará a instrumentalização técnica das equipes para o<br />
enfrentamento <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>safio, contribuin<strong>do</strong> para a difusão da cultura da solidarieda<strong>de</strong> e da cidadania, em<br />
conformida<strong>de</strong> com os objetivos institucionais.<br />
Maron Emile Abi-Abib<br />
Diretor-Geral
INTRODUÇÃO<br />
Este é um manual <strong>de</strong> orientação técnica <strong>de</strong>stina<strong>do</strong> a instrumentalizar os coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res e as equipes <strong>de</strong><br />
execução <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC, nos diferentes Departamentos Regionais, para o processo<br />
<strong>de</strong> implantação e <strong>gestão</strong> <strong>de</strong> seus Projetos <strong>de</strong> Voluntaria<strong>do</strong>.<br />
O <strong>Manual</strong> <strong>de</strong> <strong>procedimentos</strong> e <strong>gestão</strong> <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> vem aten<strong>de</strong>r a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sistematizar e<br />
dinamizar o trabalho voluntário no MESA BRASIL SESC e é um <strong>do</strong>cumento que integra o conjunto <strong>de</strong> ações<br />
estratégicas que vêm sen<strong>do</strong> implementadas pelo Departamento Nacional, visan<strong>do</strong> ao aprimoramento<br />
técnico das equipes <strong>do</strong>s Departamentos Regionais e a padronização <strong>de</strong> critérios e <strong>procedimentos</strong> que<br />
contribuam para a unida<strong>de</strong> das ações programáticas, sem per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista as especificida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada<br />
localida<strong>de</strong>.<br />
Este <strong>do</strong>cumento foi, assim, elabora<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma didática, procuran<strong>do</strong> sistematizar a experiência já<br />
adquirida pelas equipes nos Departamentos Regionais, aliada ao conhecimento construí<strong>do</strong> na interlocução<br />
com parceiros e com a equipe gestora no Departamento Nacional.<br />
A intenção na organização <strong>do</strong> texto foi proporcionar às equipes um material <strong>de</strong> caráter objetivo e <strong>de</strong><br />
consulta permanente na estruturação organizacional e meto<strong>do</strong>lógica <strong>do</strong>s projetos <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> – seus<br />
aspectos <strong>de</strong> planejamento, acompanhamento e avaliação.<br />
Inicia-se pela abordagem conceitual <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong>, apresentan<strong>do</strong> as concepções a<strong>do</strong>tadas<br />
contemporaneamente e que guardam correspondência com as diretrizes fixadas para a ação institucional,<br />
alian<strong>do</strong> os princípios <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> social compartilhada, exercício da cidadania e promoção da<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />
Na seqüência analisa-se brevemente os aspectos históricos e políticos <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong>, listan<strong>do</strong>-se<br />
os principais acontecimentos que contribuíram para a promoção e o fortalecimento <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> no<br />
Brasil. Um marco <strong>de</strong> fundamental importância é a promulgação da lei que dispõe sobre as condições <strong>do</strong><br />
serviço voluntário e esse <strong>do</strong>cumento legal é analisa<strong>do</strong> neste manual, tecen<strong>do</strong>-se comentários atinentes<br />
aos <strong>procedimentos</strong> para sua aplicação no contexto <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC.<br />
O tema das bases éticas subjacentes à implantação e ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong><br />
é trata<strong>do</strong> tanto na dimensão das motivações, valores e atitu<strong>de</strong>s que levam às opções individuais pelo<br />
serviço voluntário, quanto na esfera <strong>do</strong>s princípios que o regem no âmbito das organizações.
As duas últimas seções <strong>de</strong>ste manual <strong>de</strong>dicam-se ao <strong>de</strong>talhamento das possibilida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> trabalho<br />
voluntário no Programa MESA BRASIL SESC e <strong>do</strong>s respectivos <strong>procedimentos</strong> <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> necessários ao<br />
êxito <strong>do</strong>s projetos <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong>.<br />
Por fim, os anexos apresentam instrumentos <strong>de</strong> apoio para a <strong>gestão</strong>, seleciona<strong>do</strong>s a partir das<br />
experiências vivenciadas pelas equipes <strong>do</strong>s Departamentos Regionais, assim como resultantes <strong>de</strong> pesquisa<br />
em publicações <strong>de</strong> organizações <strong>de</strong>dicadas ao incentivo e à consolidação <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> no país.<br />
A implementação <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> no contexto <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC vem sen<strong>do</strong><br />
feita <strong>de</strong> forma cuida<strong>do</strong>sa pelas equipes <strong>do</strong>s Departamentos Regionais e preten<strong>de</strong>mos que a publicação<br />
<strong>de</strong>ste manual contribua para a sistematização <strong>do</strong> trabalho no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> sua qualificação crescente.<br />
Mas também esperamos que este <strong>do</strong>cumento possa ser dinamiza<strong>do</strong>, como resulta<strong>do</strong> da atuação<br />
<strong>do</strong>s técnicos em resposta aos <strong>de</strong>safios coloca<strong>do</strong>s pela prática, <strong>do</strong>s aprendiza<strong>do</strong>s proporciona<strong>do</strong>s pela<br />
integração e convivência com os parceiros, com os voluntários e o público beneficiário e <strong>do</strong> intercâmbio<br />
<strong>de</strong> experiências efetiva<strong>do</strong> pelas equipes nos diferentes Departamentos Regionais <strong>do</strong> SESC.
C<br />
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
1 - C O N C E I T O S B Á S I C O S D E V O L U N T A R I A D O<br />
om as transformações que vêm acontecen<strong>do</strong> nas relações entre o Esta<strong>do</strong> e a Socieda<strong>de</strong>, abrin<strong>do</strong><br />
novas possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> participação da socieda<strong>de</strong> civil nos processos <strong>de</strong>cisórios <strong>do</strong> país, a<br />
ação voluntária vem toman<strong>do</strong> espaço privilegia<strong>do</strong> no âmbito das práticas produtivas concretas,<br />
chegan<strong>do</strong> mesmo a ser consi<strong>de</strong>rada fundamental para que os projetos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento tenham resulta<strong>do</strong>.<br />
A ação voluntária para ser eficiente e eficaz <strong>de</strong>ve compor um feixe <strong>de</strong> ações fundadas no princípio da<br />
solidarieda<strong>de</strong> e <strong>de</strong>ve estar em consonância com políticas públicas que favoreçam a inclusão social e<br />
a redução das enormes <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> nosso país – esse é o senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> no Programa<br />
MESA BRASIL SESC, conjugan<strong>do</strong> esforços para o <strong>de</strong>senvolvimento e a justiça social, soman<strong>do</strong> vonta<strong>de</strong>s,<br />
princípios, energias, sentimentos e solidarieda<strong>de</strong>s.<br />
O voluntaria<strong>do</strong> que nasce <strong>de</strong>sse encontro da solidarieda<strong>de</strong> com a cidadania não substitui o Esta<strong>do</strong> nem<br />
se choca com o trabalho remunera<strong>do</strong>, mas exprime, isto sim, a capacida<strong>de</strong> da socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> assumir responsabilida<strong>de</strong>s<br />
no esforço coletivo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> estratégias e canais <strong>de</strong> atuação para enfrentamento<br />
<strong>do</strong>s problemas sociais.<br />
Mesmo consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> esses princípios, não existe um conceito absoluto sobre o que é ser voluntário,<br />
sen<strong>do</strong> possível, contu<strong>do</strong>, partir <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>finição mínima sobre o termo, apoian<strong>do</strong>-se sobre conceituações<br />
<strong>de</strong> diversas organizações, <strong>de</strong>ntre as quais po<strong>de</strong>mos citar:<br />
Voluntário é um “ator social e um agente <strong>de</strong> transformação, que presta serviços não<br />
remunera<strong>do</strong>s em benefício da comunida<strong>de</strong> <strong>do</strong>an<strong>do</strong> seu tempo e conhecimentos, realiza<br />
um serviço gera<strong>do</strong> pela energia <strong>de</strong> seu impulso solidário, aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> tanto às necessida<strong>de</strong>s<br />
<strong>do</strong> próximo ou aos imperativos <strong>de</strong> uma causa, como às suas próprias motivações<br />
pessoais, sejam estas <strong>de</strong> caráter religioso, cultural, filosófico, político ou emocional”.<br />
Fundação Abrinq – Abril <strong>de</strong> 1996<br />
“O voluntário é o jovem ou o adulto que, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao seu interesse pessoal e ao seu espírito<br />
cívico, <strong>de</strong>dica parte <strong>de</strong> seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas <strong>de</strong><br />
ativida<strong>de</strong>s, organizadas ou não, <strong>de</strong> bem-estar social ou outros campos...”<br />
Organização das Nações Unidas - ONU<br />
“Trata-se <strong>de</strong> um serviço comprometi<strong>do</strong> com a socieda<strong>de</strong> e alicerça<strong>do</strong> na liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
escolha. O voluntaria<strong>do</strong> promove um mun<strong>do</strong> melhor e torna-se um valor para todas as<br />
socieda<strong>de</strong>s.”<br />
International Association for Volunteer Efforts - Iave<br />
No serviço voluntário o dinheiro não é o objetivo final, nem a medida <strong>de</strong> referência. Cooperação, responsabilida<strong>de</strong>,<br />
compromisso, solidarieda<strong>de</strong>, tolerância, <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> ser abstrações para se tornarem realida<strong>de</strong>.
10<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
O<br />
2 - V O L U N T A R I A D O N O B R A S I L<br />
voluntário é, principalmente, alguém que contribui com suas habilida<strong>de</strong>s, competências e espírito<br />
solidário para o fortalecimento da equipe da instituição. Seu serviço não <strong>de</strong>ve substituir o <strong>de</strong><br />
um funcionário remunera<strong>do</strong>; sua participação <strong>de</strong>ve estar limitada a ativida<strong>de</strong>s complementares,<br />
amplian<strong>do</strong> o alcance <strong>do</strong> serviço social, nas ativida<strong>de</strong>s culturais, educativas e ambientais.<br />
O voluntaria<strong>do</strong> é um produto histórico e mesmo que possamos i<strong>de</strong>ntificar características peculiares aos<br />
diferentes momentos da evolução <strong>do</strong> pensamento e da ação voluntária, o fato é que sempre esteve e está<br />
permea<strong>do</strong> pela generosida<strong>de</strong> e a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> justiça, unidas a um sentimento <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> pessoal<br />
sobre seu esforço i<strong>de</strong>ológico e comunitário.<br />
Po<strong>de</strong>mos i<strong>de</strong>ntificar a década <strong>de</strong> 90 como um marco histórico para a atual forma <strong>de</strong> conceber a ação<br />
voluntária, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o voluntário como um cidadão que, motiva<strong>do</strong> por valores <strong>de</strong> participação e<br />
solidarieda<strong>de</strong>, <strong>do</strong>a o seu tempo, serviço e talento <strong>de</strong> maneira espontânea e não remunerada, em prol <strong>de</strong><br />
causas <strong>de</strong> interesse social e comunitário.<br />
Esse novo mo<strong>de</strong>lo baseia-se e pratica o princípio <strong>de</strong> “aproximação vital”: quanto mais próxima <strong>de</strong> um<br />
problema estiver uma instituição social, com recursos humanos e seus serviços, mais a<strong>de</strong>quada será a<br />
intervenção e maior a participação das pessoas na busca <strong>de</strong> soluções.<br />
Hoje não é possível conceber uma ação social eficiente sem o envolvimento da comunida<strong>de</strong>. Não haverá<br />
soluções efetivas e sustentáveis sem a participação das pessoas envolvidas no processo.<br />
Dentro <strong>de</strong>ssa realida<strong>de</strong>, o voluntaria<strong>do</strong> assume e assumirá cada vez mais um papel <strong>de</strong>cisivo, pois participar<br />
significa ter a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> assumir responsabilida<strong>de</strong>s e investir tempo, serviço e <strong>de</strong>dicação na<br />
solução <strong>de</strong> problemas e nas exigências comunitárias e solidárias.<br />
2.1<br />
DATAS E FATOS<br />
1543 - Fundada, na Vila <strong>de</strong> Santos, a Santa Casa <strong>de</strong> Misericórdia;<br />
1863 - Surge o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, para prestar assistência médica em áreas <strong>de</strong><br />
conflito arma<strong>do</strong>;<br />
1908 - A Cruz Vermelha chega ao Brasil;<br />
1910 - O Escotismo se estabelece no país, com o objetivo <strong>de</strong> “ajudar o próximo em toda e qualquer<br />
ocasião”;<br />
1935 - É promulgada a Lei <strong>de</strong> Utilida<strong>de</strong> Pública, para regular a colaboração <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> com as instituições<br />
filantrópicas;<br />
1942 - Getúlio Vargas funda a Legião Brasileira <strong>de</strong> Assistência (LBA). A primeira-dama, Darci Vargas, foi<br />
a primeira presi<strong>de</strong>nte;<br />
1961 - Surge a Associação <strong>de</strong> Pais e Amigos <strong>de</strong> Excepcionais (Apae);<br />
1967 - O governo cria o Projeto Ron<strong>do</strong>n, que leva universitários brasileiros para dar assistência às comunida<strong>de</strong>s<br />
carentes no interior <strong>do</strong> país;<br />
1983 - É criada a Pastoral da Criança, para combater a mortalida<strong>de</strong> infantil;<br />
1990 - A Iniciativa Voluntária começa a buscar parcerias com a classe empresarial;
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
1993 - Betinho cria a Ação da Cidadania Contra a Miséria e pela Vida, que organiza a socieda<strong>de</strong> para<br />
combater a fome;<br />
1995 - FHC cria o Comunida<strong>de</strong> Solidária, para tentar se a<strong>de</strong>quar às exigências <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>rno voluntaria<strong>do</strong>.<br />
Ruth Car<strong>do</strong>so assume a presidência <strong>do</strong> Conselho;<br />
1997 - Criação <strong>do</strong>s Centros <strong>de</strong> Voluntaria<strong>do</strong> no país;<br />
1998 - É promulgada a Lei 9.608, que dispõe sobre as condições <strong>do</strong> serviço voluntário;<br />
1999 - É promulgada a Lei 9.790, que qualifica as organizações da socieda<strong>de</strong> civil <strong>de</strong> direito público e<br />
disciplina o termo <strong>de</strong> parcerias;<br />
2001 - Ano Internacional <strong>do</strong> Voluntário, instituí<strong>do</strong> pela Organização das Nações Unidas;<br />
2003 - O Programa Fome Zero é cria<strong>do</strong> pelo governo fe<strong>de</strong>ral, Lula como presi<strong>de</strong>nte, convidan<strong>do</strong> toda a<br />
socieda<strong>de</strong> a se mobilizar contra a fome.<br />
O<br />
“O voluntário somente tem senti<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> não esquece o horizonte da emancipação<br />
(...) O voluntaria<strong>do</strong> não é um álibi para diminuir os compromissos <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, mas para<br />
exigi-los. (...) A ação voluntária requer reciprocida<strong>de</strong>: não é orientada simplesmente para<br />
a assistência <strong>do</strong> outro, mas para o crescimento <strong>de</strong> ambos, embora as suas contribuições<br />
sejam diferentes.”<br />
3 - L E G I S L A Ç Ã O<br />
García Roca<br />
serviço voluntário po<strong>de</strong> ser realiza<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> que atue em diferentes setores da<br />
área social e comunitária. No entanto, nem todas as instituições abrem suas portas para este tipo<br />
<strong>de</strong> serviço.<br />
Via <strong>de</strong> regra, isso acontece por dificulda<strong>de</strong>s da própria instituição em se organizar a<strong>de</strong>quadamente para<br />
receber os voluntários, <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> experiências negativas ou dificulda<strong>de</strong>s legais que tiveram em seu<br />
relacionamento com voluntários.<br />
O problema foi equaciona<strong>do</strong> com a aprovação pelo Congresso Nacional, em fevereiro <strong>de</strong> 1998, da Lei<br />
sobre o Serviço Voluntário. Esta lei tem <strong>do</strong>is gran<strong>de</strong>s méritos:<br />
• O reconhecimento da especificida<strong>de</strong> <strong>do</strong> serviço voluntário dá um status próprio a uma realida<strong>de</strong> que,<br />
no Brasil, ainda é pouco conhecida e valorizada;<br />
• O claro estabelecimento da distinção entre voluntário e emprega<strong>do</strong>. A lei protege as organizações<br />
contra a ação <strong>de</strong> alguns poucos que se apresentavam e trabalhavam como voluntários para, em seguida,<br />
tentar forjar um vínculo empregatício com a instituição com a qual colaboravam.<br />
Essa atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> poucos inibia a ação <strong>de</strong> muitos, na medida em que as organizações que necessitavam <strong>de</strong><br />
voluntários hesitavam em mobilizá-los, receosas <strong>de</strong> se verem surpreendidas por ações trabalhistas in<strong>de</strong>vidas.<br />
11
12<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
O candidato ao serviço voluntário agora assina um Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são ao Serviço Voluntário junto à organização<br />
on<strong>de</strong> vai prestar o serviço, no qual <strong>de</strong>clara conhecer a legislação específica 1 .<br />
3.1<br />
UMA LEITURA SOBRE A LEI<br />
Como vimos, o serviço voluntário é <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> pela Lei 9.608, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1998, a qual legisla<br />
como voluntaria<strong>do</strong> a ativida<strong>de</strong> não remunerada prestada por pessoa física a entida<strong>de</strong> pública, <strong>de</strong> qualquer<br />
natureza, ou a instituição privada <strong>de</strong> fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais,<br />
científicos, recreativos ou <strong>de</strong> assistência social, inclusive mutualida<strong>de</strong>. Segun<strong>do</strong> <strong>de</strong>fine a Lei, o<br />
serviço voluntário não gera vínculo empregatício nem obrigação <strong>de</strong> natureza trabalhista, previ<strong>de</strong>nciária<br />
ou afim.<br />
É bom ter claro que serviço voluntário não é estágio, não po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, portanto, ser certifica<strong>do</strong> como tal. No<br />
entanto é inegável que, para o recém-forma<strong>do</strong>, trata-se <strong>de</strong> uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> adquirir prática no seu<br />
campo profissional, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> inclusive ser cita<strong>do</strong> no seu currículo como enriquecimento e experiência<br />
na área.<br />
A Lei autoriza o ressarcimento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas feitas pelo voluntário, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que estas sejam expressamente<br />
autorizadas pela entida<strong>de</strong> toma<strong>do</strong>ra, e sejam comprovadamente realizadas no <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<br />
voluntárias. É recomendável que a organização preveja hipóteses e/ou limites <strong>de</strong> reembolso <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas,<br />
bem como exija relatórios comprovan<strong>do</strong> sua vinculação ao serviço voluntário. É também requisito legal<br />
que o serviço voluntário esteja previsto em contrato escrito – Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são ao Serviço Voluntário.<br />
• Colocan<strong>do</strong> em prática a legislação<br />
O Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são <strong>de</strong>ve:<br />
1. Conter a correta i<strong>de</strong>ntificação <strong>do</strong> presta<strong>do</strong>r e toma<strong>do</strong>r <strong>de</strong> serviços voluntários<br />
2. Indicar a natureza <strong>do</strong>s serviços e as condições para o seu exercício. (Esse requisito é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong><br />
essencial para o afastamento e a <strong>de</strong>sobrigação <strong>de</strong> vínculo <strong>de</strong> emprego passível <strong>de</strong> fiscalização trabalhista<br />
e <strong>de</strong> Po<strong>de</strong>r Judiciário, orienta<strong>do</strong>s que são pelo conceito <strong>de</strong> contrato realida<strong>de</strong> em lugar <strong>do</strong><br />
contrato formal.)<br />
3. Conter a Lei 9.608 transcrita no verso da página.<br />
4. Ser emiti<strong>do</strong> em duas vias, sen<strong>do</strong> uma para os voluntários e a outra para a instituição.<br />
5. Ser assina<strong>do</strong> pelo responsável pela instituição e pelo voluntário.<br />
6. Ser assina<strong>do</strong> por duas testemunhas.<br />
7. Deve ser arquiva<strong>do</strong> e conserva<strong>do</strong> por três anos após o <strong>de</strong>sligamento <strong>do</strong> voluntário, pois é a prova<br />
<strong>do</strong>cumental da não-existência <strong>de</strong> vínculo trabalhista.<br />
8. A vigência <strong>do</strong> Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são não é pre<strong>de</strong>terminada por nenhum aspecto legal. Recomendamos<br />
que ao fim da relação entre o voluntário e o Departamento Regional faça-se constar no termo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são<br />
uma anotação referente à finalização da prestação <strong>de</strong> serviço.<br />
É recomendável, ainda, a elaboração <strong>de</strong> um Regimento Interno que normatize a ação voluntária. O corpo<br />
<strong>de</strong> voluntários da organização social <strong>de</strong>ve estar sujeito à obediência <strong>de</strong> um regimento interno, que discipline<br />
as normas <strong>de</strong> conduta e os <strong>procedimentos</strong> durante o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> exercício da função.<br />
Apesar <strong>de</strong> o serviço não ser remunera<strong>do</strong>, ele requer gran<strong>de</strong> senso <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>, interesse e<br />
1 Você vai encontrar um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são ao Serviço Voluntário no Anexo I <strong>de</strong>ste <strong>Manual</strong>.
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
profissionalismo. Assim, no regimento interno, o Departamento Regional <strong>de</strong>ve discorrer <strong>de</strong> forma clara e<br />
direta sobre to<strong>do</strong>s os pontos que possam garantir a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sse serviço, como, por exemplo, pontualida<strong>de</strong><br />
e assiduida<strong>de</strong>; participação em reuniões, treinamentos e eventos; uso <strong>de</strong> telefone e <strong>de</strong>mais equipamentos<br />
da organização; formas <strong>de</strong> trajar-se e <strong>do</strong> contacto com pacientes e/ou clientes da organização etc.<br />
Quanto mais claras e especificadas as normas, menos “mal-entendi<strong>do</strong>s” po<strong>de</strong>rão advir. Esse <strong>do</strong>cumento<br />
entregue ao novo voluntário servirá como instrumento <strong>de</strong> consulta permanente.<br />
Materiais <strong>de</strong> apoio:<br />
Lei <strong>do</strong> Voluntaria<strong>do</strong>: Anexo I<br />
Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são: Anexo I<br />
Regimento interno: Anexo II<br />
E<br />
4 - É T I C A N O S E R V I Ç O V O L U N T Á R I O<br />
m setembro <strong>de</strong> 1990 em Paris, a International Association for Volunteer Efforts (Iave), redigiu<br />
uma <strong>de</strong>claração inspirada na Declaração Mundial <strong>do</strong>s Direitos Humanos, <strong>de</strong> 1948, e na Convenção<br />
<strong>do</strong>s Direitos da Criança, <strong>de</strong> 1989. Os voluntários reuni<strong>do</strong>s para essa iniciativa da Iave<br />
<strong>de</strong>clararam: “a sua fé na ação voluntária como uma força criativa que:<br />
• Respeita a dignida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todas as pessoas e a sua disposição para melhorar as suas vidas e exercer<br />
os seus direitos como cidadãos;<br />
• Ajuda a resolver problemas sociais e ambientais; e<br />
• Constrói um mun<strong>do</strong> mais humano e justo, promoven<strong>do</strong> a cooperação internacional.”<br />
Os voluntários reuni<strong>do</strong>s pela Iave convidaram então os governos, as organizações internacionais, as<br />
empresas e os meios <strong>de</strong> comunicação a se unirem a eles “na criação <strong>de</strong> um ambiente universal que promova<br />
e mantenha um voluntaria<strong>do</strong> efetivo no mun<strong>do</strong>, como um sinal <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> entre as nações e<br />
entre to<strong>do</strong>s os seres humanos”.<br />
Importante saber:<br />
Iave - International Association for Volunteer Efforts, é uma organização não-governamental inteiramente<br />
gerenciada por voluntários, que atua no mun<strong>do</strong> to<strong>do</strong> com o objetivo <strong>de</strong> apoiar, fortalecer e promover o<br />
voluntaria<strong>do</strong>. Maiores informações: http://www.iave.org/about_sp.cfm<br />
13
14<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
4.1<br />
MOTIVAÇÃO PARA SER VOLUNTÁRIO<br />
Ao falar da filosofia da ação voluntária surge uma pergunta simples, mas básica: o que leva uma pessoa<br />
a ser voluntária?<br />
Ao ensaiar uma resposta po<strong>de</strong>ríamos tentar expressá-la com vários sentimentos como: solidarieda<strong>de</strong>,<br />
amor ao próximo, vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser útil a alguém, vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer diferença, etc. É possível salientar que<br />
alguns voluntários enfatizam as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> realização pessoal através <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong>, enquanto<br />
outros dão maior importância ao serviço, ao <strong>de</strong>ver e à retribuição por benefícios recebi<strong>do</strong>s.<br />
Enfim, a resposta po<strong>de</strong> ser tão variada quanto os sonhos e as expectativas <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> cada ser humano<br />
<strong>do</strong> nosso planeta, pois cada voluntário terá a sua motivação pessoal, mesmo que em um primeiro momento<br />
ela não fique tão clara e visível, nem mesmo para o próprio voluntário.<br />
Aceitar as diversas motivações também compreen<strong>de</strong> o reconhecimento, pois é extremamente legítimo<br />
que um voluntário espere algo em troca pelo seu serviço voluntário. Nada relaciona<strong>do</strong> a recursos financeiros,<br />
mas sim a uma via <strong>de</strong> mão dupla on<strong>de</strong> o voluntário, além <strong>de</strong> <strong>do</strong>ar talento, carinho, tempo, <strong>de</strong>dicação,<br />
etc., também recebe novas experiências, oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aprendiza<strong>do</strong>, prazer <strong>de</strong> se sentir útil, criação<br />
<strong>de</strong> novos vínculos <strong>de</strong> pertencimento, afirmação <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> comunitário.<br />
Por isso conhecer, enten<strong>de</strong>r e aceitar a motivação <strong>de</strong> cada voluntário po<strong>de</strong> ser a chave <strong>do</strong> sucesso para<br />
um projeto <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong>, mesmo que isso signifique abrir mão <strong>de</strong> um ótimo potencial voluntário. Veja<br />
este exemplo:<br />
“O Sr. Antonio é um excelente artesão, e ficou saben<strong>do</strong> que o SESC, através <strong>do</strong> Programa MESA<br />
BRASIL SESC, está receben<strong>do</strong> voluntários para fortalecimento <strong>de</strong> suas ações. Mesmo sem saber<br />
que ações são estas ele procurou o SESC, pois sempre quis ser voluntário, ensinan<strong>do</strong> o seu ofício<br />
em comunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> baixa renda, a fim <strong>de</strong> contribuir para a geração <strong>de</strong> receita para muitas famílias.<br />
Lá, foi recebi<strong>do</strong> pela Assistente Social <strong>do</strong> Programa, que lhe apresentou o MESA BRASIL SESC e<br />
as suas necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong>. Com isso o Sr. Antônio viu que não havia a vaga <strong>de</strong> oficineiro<br />
<strong>de</strong> artesanato, mas que havia outras oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ser útil à sua comunida<strong>de</strong>.”<br />
A partir <strong>de</strong>sse ponto po<strong>de</strong>mos ter basicamente <strong>do</strong>is <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramentos:<br />
1º. O Sr. Antônio reafirma que a sua motivação em ser voluntário está estritamente ligada à sua<br />
profissão; logo, o que ele quer fazer é dar aulas <strong>de</strong> artesanato.<br />
2º. O Sr. Antônio reafirma a sua intenção <strong>de</strong> dar aulas <strong>de</strong> artesanato, mas diz que, acima <strong>de</strong> tu<strong>do</strong>,<br />
a sua motivação é para ajudar a comunida<strong>de</strong>, logo quer ajudar no que for útil.<br />
Percebam que, como no exemplo acima, a <strong>de</strong>cisão final <strong>de</strong>ve ser <strong>do</strong> sujeito que se candidata a voluntário.<br />
Ele não <strong>de</strong>ve ser pressiona<strong>do</strong> a assumir uma ativida<strong>de</strong> que não corresponda ao seu interesse,<br />
expresso <strong>de</strong> uma forma muito tranqüila pela atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> dizer “quero fazer...”.
4.2<br />
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
Segun<strong>do</strong> a motivação pessoal e a livre escolha, os princípios básicos <strong>do</strong> voluntário são:<br />
• Reconhecer e respeitar a dignida<strong>de</strong> e a cultura <strong>de</strong> cada ser humano;<br />
• Reconhecer o direito <strong>de</strong> cada homem, mulher e criança <strong>de</strong> associar-se livremente, sem distinção <strong>de</strong><br />
raça, religião, condição física, social, econômica ou outra;<br />
• Oferecer seus serviços aos <strong>de</strong>mais, sem qualquer remuneração, individualmente ou através <strong>do</strong> esforço<br />
conjunto;<br />
• Detectar as necessida<strong>de</strong>s e estimular a participação da comunida<strong>de</strong> na resolução <strong>do</strong>s próprios problemas;<br />
• Promover a responsabilida<strong>de</strong> social, a participação cidadã, a comunida<strong>de</strong>, a solidarieda<strong>de</strong> internacional;<br />
• Melhorar a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, fornecen<strong>do</strong> respostas aos gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>safios <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> <strong>de</strong> hoje.<br />
É importante lembrar que: O serviço voluntário promove o crescimento pessoal e propicia a aquisição<br />
<strong>de</strong> habilida<strong>de</strong>s e conhecimentos, ajudan<strong>do</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> potencial pessoal e da auto-estima,<br />
capacitan<strong>do</strong> a pessoa a participar ativamente na resolução <strong>de</strong> seus problemas e da coletivida<strong>de</strong>.<br />
4.3<br />
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO VOLUNTARIADO<br />
VISÃO E ATITUDES DO VOLUNTÁRIO<br />
Os VALORES fundamentais da filosofia <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> social dão significa<strong>do</strong> e transcendência à ação<br />
voluntária e representam o i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> uma motivação consciente. Eles são:<br />
• Igualda<strong>de</strong> entre homens e mulheres;<br />
• Respeito à dignida<strong>de</strong> humana;<br />
• Justiça social: direito a uma vida digna;<br />
• Solidarieda<strong>de</strong> humana e ajuda recíproca;<br />
• Democracia como forma <strong>de</strong> convivência social, direito <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s à participação e à possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
tomar <strong>de</strong>cisões;<br />
• Ajudar os outros a enfrentarem suas necessida<strong>de</strong>s e problemas;<br />
• Enfrentar o pessimismo e as crises <strong>de</strong> valores;<br />
• Ter fé em si mesmo e nas próprias potencialida<strong>de</strong>s;<br />
• Responsabilida<strong>de</strong> pessoal: compromisso.<br />
As ATITUDES, no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> viver <strong>de</strong> fato os valores, são:<br />
• Perceber e apreciar a cultura, os valores <strong>do</strong>s outros;<br />
15
16<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
• Estabelecer comunicação, diálogo;<br />
• Ser persistente, responsável e disciplina<strong>do</strong>;<br />
• Ter entusiasmo, iniciativa, otimismo;<br />
• Cooperar, trabalhar em equipe;<br />
• Receber e dar ao mesmo tempo;<br />
• Apren<strong>de</strong>r e ensinar ao mesmo tempo;<br />
• Adquirir a formação e o treinamento necessários;<br />
• Estar disposto ao crescimento pessoal.<br />
4.4<br />
DIREITOS E RESPONSABILIDADES DO VOLUNTÁRIO<br />
To<strong>do</strong> voluntário tem DIREITO a:<br />
• Desempenhar uma tarefa que o valorize e seja um <strong>de</strong>safio para ampliar habilida<strong>de</strong>s ou <strong>de</strong>senvolver<br />
outras;<br />
• Obter uma <strong>de</strong>scrição clara <strong>de</strong> suas tarefas e responsabilida<strong>de</strong>s;<br />
• Participar das <strong>de</strong>cisões com relação ao seu trabalho;<br />
• Contar com os recursos indispensáveis para o trabalho voluntário;<br />
• Receber capacitação e supervisão para melhorar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> sua tarefa, assim como a informação<br />
completa sobre a tarefa que <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>senvolver.<br />
• Respeito aos termos acorda<strong>do</strong>s quanto à sua <strong>de</strong>dicação, tempo <strong>do</strong>a<strong>do</strong> etc. e não ser <strong>de</strong>srespeita<strong>do</strong><br />
na disponibilida<strong>de</strong> assumida;<br />
• Receber reconhecimento e estímulo;<br />
• Ter oportunida<strong>de</strong>s para o melhor aproveitamento <strong>de</strong> suas capacida<strong>de</strong>s, receben<strong>do</strong> tarefas e responsabilida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os seus conhecimentos, experiência e interesse.<br />
To<strong>do</strong> voluntário tem a RESPONSABILIDADE <strong>de</strong>:<br />
• Conhecer a instituição e/ou a comunida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> presta serviços (a fim <strong>de</strong> trabalhar levan<strong>do</strong> em conta<br />
essa realida<strong>de</strong> social) e as tarefas que lhe foram atribuídas;<br />
• Escolher cuida<strong>do</strong>samente a área on<strong>de</strong> <strong>de</strong>seja atuar conforme seus interesses, objetivos e habilida<strong>de</strong>s<br />
pessoais, garantin<strong>do</strong> um trabalho eficiente;<br />
• Ser responsável no cumprimento <strong>do</strong>s compromissos contraí<strong>do</strong>s livremente como voluntário. Só se<br />
comprometer com o que <strong>de</strong> fato pu<strong>de</strong>r fazer;<br />
• Respeitar valores e crenças das pessoas com as quais trabalha;<br />
• Aproveitar as capacitações oferecidas, através <strong>de</strong> uma atitu<strong>de</strong> aberta e flexível;
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
• Trabalhar <strong>de</strong> forma integrada e coor<strong>de</strong>nada com a entida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> presta serviço;<br />
• Manter os assuntos confi<strong>de</strong>nciais em absoluto sigilo;<br />
• Acolher <strong>de</strong> forma receptiva a coor<strong>de</strong>nação e a supervisão <strong>de</strong> seu trabalho;<br />
• Usar <strong>de</strong> bom senso para resolver imprevistos, além <strong>de</strong> informar os responsáveis.<br />
4.5<br />
A instituição toma<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> serviço voluntário tem DIREITO a:<br />
• Instituir regras <strong>de</strong> Regulamento Interno para o recebimento <strong>de</strong> voluntários em suas instalações;<br />
• Selecionar o voluntário a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> à ativida<strong>de</strong>;<br />
• Solicitar assinatura <strong>do</strong> voluntário no Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são;<br />
• Contar com o voluntário no dia e horário estabeleci<strong>do</strong>s;<br />
• Avaliar o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> voluntário;<br />
• Desligar o voluntário, quan<strong>do</strong> este <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r ou não mais se a<strong>de</strong>quar às necessida<strong>de</strong>s da<br />
Instituição.<br />
A instituição toma<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> serviço voluntário tem a RESPONSABILIDADE <strong>de</strong>:<br />
• Oferecer estrutura para realização da ativida<strong>de</strong> voluntária;<br />
• Avaliar periodicamente as tarefas <strong>do</strong> voluntário;<br />
• Manter o canal <strong>de</strong> comunicação com o voluntário sempre claro e atualiza<strong>do</strong>;<br />
• Estabelecer postura a<strong>de</strong>quada às normas da instituição;<br />
• Orientar, treinar e acompanhar o serviço <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> pelo voluntário;<br />
• Organizar as tarefas e os recursos;<br />
• Proporcionar troca <strong>de</strong> experiências e estímulo ao serviço voluntário;<br />
• Respeitar as individualida<strong>de</strong>s, como profissional e cidadão;<br />
• Valorizar, incentivar e reconhecer a participação <strong>do</strong>s voluntários.<br />
Importante saber:<br />
DIREITOS E RESPONSABILIDADES DA INSTITUIÇÃO<br />
Não é obrigatório a instituição fornecer aos voluntários benefícios como vale-trasnsporte, vale-refeição,<br />
seguro saú<strong>de</strong>, etc.; estes são direitos <strong>do</strong>s funcionários e caracterizam, portanto, o vínculo empregatício;<br />
qualquer ajuda <strong>de</strong> custo com transporte ou alimentação <strong>de</strong>verá ser negociada previamente, autorizada<br />
pelo responsável e <strong>de</strong>vidamente comprovada pelo voluntário, conforme previsto pela lei.<br />
17
18<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
5 - V O L U N T Á R I O S D O P R O G R A M A M E S A B R A S I L S E S C<br />
5.1<br />
O <strong>de</strong>senvolvimento e o sucesso <strong>do</strong> MESA BRASIL SESC está intimamente liga<strong>do</strong> à participação e à a<strong>de</strong>são<br />
da comunida<strong>de</strong>. Por isto, além <strong>do</strong> envolvimento <strong>de</strong> empresas e entida<strong>de</strong>s sociais, abre campo para<br />
a prática <strong>de</strong> ações voluntárias, quan<strong>do</strong> pessoas, motivadas por valores <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> e responsabilida<strong>de</strong>,<br />
<strong>do</strong>am seu tempo, trabalho e talento, <strong>de</strong> maneira espontânea e não remunerada, em prol <strong>do</strong> bem<br />
comum.<br />
A inserção <strong>de</strong> voluntários neste Programa significa po<strong>de</strong>r contar com forças adicionais para a resolução<br />
<strong>de</strong> um problema tão sério, como é o caso da segurança alimentar em nosso país.<br />
Ten<strong>do</strong> como base <strong>de</strong> sustentação a parceria, a implantação <strong>do</strong> trabalho voluntário no MESA BRASIL<br />
SESC agrega valores importantíssimos as suas ações. O Programa tem no voluntaria<strong>do</strong> uma das suas<br />
principais diretrizes, pois acredita que o voluntário é um cidadão com potencial <strong>de</strong> realizar intensas transformações<br />
sociais em prol da causa <strong>de</strong> seus semelhantes, por meio da realização <strong>de</strong> ações nas áreas <strong>de</strong><br />
educação, saú<strong>de</strong> e assistência social que venham contribuir para a qualida<strong>de</strong> e a segurança alimentar e<br />
nutricional <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> parcela da socieda<strong>de</strong> em situação <strong>de</strong> vulnerabilida<strong>de</strong>.<br />
Em uma <strong>de</strong>mocracia, como é o caso <strong>do</strong> Brasil, a participação na resolução <strong>do</strong>s problemas da socieda<strong>de</strong><br />
é um direito e um <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> cada cidadão. Por isso a participação voluntária <strong>de</strong> cidadãos brasileiros no<br />
Programa MESA BRASIL SESC é uma oportunida<strong>de</strong> que o SESC oferece à comunida<strong>de</strong> para que sejam<br />
agentes <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> suas próprias realida<strong>de</strong>s.<br />
5.2<br />
POR QUE TRABALHAR COM VOLUNTÁRIOS NO MESA BRASIL SESC?<br />
PARTICIPAÇÃO DOS VOLUNTÁRIOS NO MESA BRASIL SESC<br />
Para <strong>de</strong>finirmos a participação <strong>de</strong> voluntários no Programa MESA BRASIL SESC é importante ter em<br />
mente que o SESC tem um potencial bastante gran<strong>de</strong> no que se refere à mobilização <strong>de</strong> recursos para o<br />
cumprimento <strong>do</strong>s objetivos <strong>de</strong>sse Programa, mas sem dúvida a participação <strong>de</strong> voluntários em diversas<br />
ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apoio, como vocês po<strong>de</strong>rão ver neste manual, tem o potencial <strong>de</strong> otimizar os resulta<strong>do</strong>s a<br />
serem alcança<strong>do</strong>s.<br />
Ao tratarmos <strong>do</strong> alcance <strong>do</strong> Projeto <strong>de</strong> Voluntaria<strong>do</strong> <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC, não po<strong>de</strong>mos<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir o que é, e quais os níveis <strong>de</strong> participação.<br />
Se enten<strong>de</strong>mos o serviço voluntário como forma <strong>de</strong> participação cidadã e partimos <strong>do</strong> princípio <strong>de</strong> que<br />
a participação é um direito <strong>de</strong> toda pessoa <strong>de</strong> se envolver no próprio <strong>de</strong>stino e no <strong>de</strong>stino da comunida<strong>de</strong>,<br />
é <strong>de</strong>sejável que to<strong>do</strong>s participem na maior quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas possíveis e no mais alto grau.<br />
É claro que, como em toda ação coletiva, os processos participativos <strong>de</strong> trabalho requerem duas condições<br />
indispensáveis:<br />
• normas que <strong>de</strong>terminem a participação no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão;<br />
• uma forma <strong>de</strong> compor ou combinar <strong>de</strong>cisões individuais (por exemplo, por votação <strong>de</strong> maioria<br />
simples) que visa à formação da vonta<strong>de</strong> coletiva.<br />
Acreditamos que o processo <strong>de</strong> trabalho se qualifica quan<strong>do</strong>, como resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> um processo participativo<br />
cuida<strong>do</strong>so, gradua<strong>do</strong> e respeitoso das diferenças entre as pessoas, atinge-se maior participação na<br />
tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões, permitin<strong>do</strong> influências mútuas entre voluntários e instituição. Esse nível <strong>de</strong> participação<br />
correspon<strong>de</strong> a um voluntaria<strong>do</strong> concebi<strong>do</strong> como agente <strong>de</strong> transformação social.<br />
Quem po<strong>de</strong> participar como voluntário <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC?<br />
To<strong>do</strong> e qualquer cidadão brasileiro po<strong>de</strong> se candidatar a voluntário <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC,<br />
em um <strong>do</strong>s Departamentos Regionais, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve receber orientações sobre o processo <strong>de</strong> admissão <strong>de</strong><br />
voluntário da unida<strong>de</strong>.
Importante saber:<br />
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
Juridicamente é <strong>de</strong>saconselhável que funcionários <strong>do</strong> Departamento Regional atuem como voluntários<br />
nas ações <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC, pois isto caracterizaria uma dupla relação contratual, um<br />
contrato <strong>de</strong> trabalho com o SESC e o Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são ao Serviço Voluntário. Essa relação, em uma<br />
análise judicial, caso ocorra alguma reclamação trabalhista por parte <strong>do</strong> funcionário, terá uma gran<strong>de</strong><br />
chance <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminar ganho <strong>de</strong> causa para o funcionário, pois o juiz ten<strong>de</strong> a avaliar que não fica claro<br />
on<strong>de</strong> começa uma ativida<strong>de</strong> e termina a outra.<br />
5.3<br />
5.3.1<br />
Algumas das possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ação voluntária na área técnica <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC são:<br />
• Ministrar palestras, cursos e treinamentos diversos, com o objetivo <strong>de</strong> contribuir para ações educativas<br />
inseridas no Programa.<br />
Ex.:<br />
- Oficina <strong>de</strong> aproveitamento integral <strong>de</strong> alimentos;<br />
- Palestra sobre Lei Orgânica da Assistência Social - Loas.<br />
• Captar <strong>do</strong>a<strong>do</strong>res com o objetivo <strong>de</strong> ampliar os parceiros <strong>do</strong> Programa.<br />
Ex.:<br />
5.3.2<br />
- Divulgar o Programa em empresas <strong>do</strong> ramo <strong>de</strong> alimentos.<br />
Algumas das possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ação voluntária na área operacional <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC são:<br />
• Coletar, selecionar e distribuir alimentos, com o objetivo <strong>de</strong> agilizar a entrega para as entida<strong>de</strong>s receptoras;<br />
• Apoiar no <strong>de</strong>senvolvimento das ações educativas;<br />
• Auxiliar na arrecadação <strong>de</strong> <strong>do</strong>ações.<br />
Ex.:<br />
5.3.3<br />
POSSIBILIDADES DE SERVIÇO VOLUNTÁRIO NO MESA BRASIL SESC<br />
Voluntários da Área Técnica<br />
Voluntários da Área Operacional<br />
- Atuar em campanhas e eventos na coleta e armazenagem <strong>do</strong>s alimentos.<br />
Voluntários da Área Administrativa<br />
Algumas das possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ação voluntária na área administrativa <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC são:<br />
• Apoio na digitação <strong>de</strong> fichas <strong>de</strong> cadastro <strong>de</strong> instituições;<br />
• Atendimento telefônico para esclarecimento <strong>de</strong> dúvidas;<br />
• Organização <strong>de</strong> arquivos.<br />
1
20<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
6 - G E R E N C I A M E N T O<br />
6.1<br />
Para <strong>de</strong>senvolvimento das ações técnicas e operacionais <strong>do</strong> MESA BRASIL SESC, preconiza-se a contratação,<br />
para formação <strong>de</strong> quadro próprio e exclusivo, <strong>do</strong>s seguintes profissionais: coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r, assistente<br />
social, nutricionista, auxiliar administrativo, motorista e ajudante. Participam ainda <strong>do</strong> Programa estagiários<br />
das duas áreas técnicas.<br />
O trabalho voluntário, nesse contexto, vem somar-se ao trabalho executa<strong>do</strong> por esses profissionais, no<br />
senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> alcançar os objetivos <strong>do</strong> Programa.<br />
Importante saber:<br />
Não se recomenda a inserção <strong>de</strong> voluntários nessas funções técnicas e operacionais estratégicas <strong>do</strong><br />
Programa, on<strong>de</strong> o vínculo trabalhista e empregatício é fundamental para o êxito <strong>do</strong> trabalho.<br />
6.1.1<br />
• Planejar os serviços voluntários com base no estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s e recursos disponíveis.<br />
• Garantir o cumprimento <strong>do</strong>s aspectos legais e normativos relaciona<strong>do</strong>s à implantação <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong><br />
voluntaria<strong>do</strong>.<br />
• Elaborar o Descritivo <strong>de</strong> Função.<br />
• Planejar e organizar ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recrutamento e seleção <strong>de</strong> voluntários.<br />
• Planejar, executar e/ou supervisionar as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> capacitação <strong>do</strong>s voluntários para o <strong>de</strong>sempenho<br />
<strong>de</strong> suas funções.<br />
• Supervisionar a equipe <strong>de</strong> voluntários.<br />
• Promover a integração <strong>do</strong>s voluntários e <strong>de</strong>stes com a equipe remunerada.<br />
• Realizar reuniões <strong>de</strong> planejamento, acompanhamento e avaliação <strong>do</strong> trabalho.<br />
6.1.2<br />
COMPOSIÇÃO DA EQUIPE<br />
Funções <strong>do</strong> Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Voluntários<br />
Características <strong>do</strong> Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Voluntários<br />
O Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Voluntários precisará ter várias habilida<strong>de</strong>s específicas. Numa situação i<strong>de</strong>al, o profissional<br />
<strong>de</strong>verá possuir:<br />
• Capacida<strong>de</strong> para perceber as necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> contexto social;<br />
• Habilida<strong>de</strong> para ouvir e envolver o outro;<br />
• Capacida<strong>de</strong> para estabelecer uma comunicação efetiva;<br />
• Disposição para integrar-se a grupos e trabalhar em equipe;<br />
• Habilida<strong>de</strong> para planejar, organizar, <strong>de</strong>legar e supervisionar projetos;
• Capacida<strong>de</strong> para refletir acerca <strong>de</strong> sua prática e conceitualizar sobre a ação;<br />
• Capacida<strong>de</strong> para gerar mudanças e para motivar tais mudanças;<br />
• Habilida<strong>de</strong> para avaliar a tarefa;<br />
• Habilida<strong>de</strong> para estabelecer uma comunicação intra e interinstitucional;<br />
• Habilida<strong>de</strong> para o recrutamento e a motivação <strong>de</strong> futuros voluntários;<br />
• Envolvimento consciente e comprometi<strong>do</strong> com os projetos;<br />
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
• Capacida<strong>de</strong> para coor<strong>de</strong>nar grupos, habilida<strong>de</strong> para assumir uma li<strong>de</strong>rança <strong>de</strong>mocrática e <strong>de</strong> ser um<br />
facilita<strong>do</strong>r da tarefa grupal;<br />
• Conhecimento das técnicas grupais;<br />
• Habilida<strong>de</strong> na negociação e resolução <strong>de</strong> conflitos;<br />
• Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão;<br />
• Capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> facilitar os vínculos com outras instituições.<br />
6.2<br />
PLANEJAMENTO<br />
Da mesma forma que acontece com relação aos <strong>de</strong>mais componentes <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL<br />
SESC, planejar a implantação <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> voluntários é essencial para o seu sucesso, <strong>de</strong>mandan<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>dicação, comprometimento e boas práticas <strong>de</strong> gerência.<br />
Po<strong>de</strong>mos começar pelo exame <strong>de</strong> algumas questões:<br />
• O serviço que os voluntários realizarão é relevante?<br />
• Envolver voluntários vai aumentar ou melhorar os serviços presta<strong>do</strong>s aopúblico beneficiário?<br />
• Os voluntários complementarão o trabalho das equipes remuneradas?<br />
• As tarefas propostas são a<strong>de</strong>quadas para serem realizadas por voluntários?<br />
• Teremos um profissional para fazer o acompanhamento <strong>do</strong> serviço realiza<strong>do</strong> por voluntários?<br />
Ao ter claras as respostas a essas questões, será mais fácil garantir as condições organizacionais necessárias<br />
para que os voluntários se sintam sempre parte integrante da organização e da equipe. Este compromisso<br />
permitirá que os resulta<strong>do</strong>s traça<strong>do</strong>s para o projeto <strong>de</strong> voluntários atinja o êxito planeja<strong>do</strong>.<br />
Como realizar esse “bom planejamento”?<br />
É preciso realizar brainstormings (reuniões <strong>de</strong> criação) periódicos, promover dinâmicas <strong>de</strong> reflexão,<br />
informação e <strong>de</strong>liberação, além <strong>de</strong> longas discussões até chegar ao consenso na elaboração <strong>do</strong> projeto.<br />
As Diretrizes para o Campo <strong>do</strong> Voluntaria<strong>do</strong>, publicadas pela Association of Volunteer Bureaus, em<br />
1978, são um bom ponto <strong>de</strong> partida. Elas recomendam:<br />
21
22<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
• Elaborar planos lógicos, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os objetivos e metas da instituição;<br />
• Estabelecer objetivos a curto e longo prazo, revê-los e revisá-los com freqüência;<br />
• Incentivar o comprometimento da comunida<strong>de</strong> com o programa ou serviço;<br />
• Consi<strong>de</strong>rar a viabilida<strong>de</strong> da implantação <strong>do</strong>s serviços propostos;<br />
• Abranger no <strong>de</strong>senho to<strong>do</strong> o futuro <strong>de</strong>senvolvimento, o que inclui: recrutamento, seleção, encaminhamento/colocação,<br />
treinamento, supervisão, avaliação e reconhecimento, além <strong>de</strong> manutenção da<br />
motivação;<br />
• Definir as habilida<strong>de</strong>s específicas requeridas;<br />
• Estimular um plano <strong>de</strong> ações públicas.<br />
6.3<br />
DESENHANDO O PROJETO DE VOLUNTÁRIOS NO MESA BRASIL SESC<br />
Ao <strong>de</strong>senhar o projeto <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC no seu Departamento Regional,<br />
é fundamental garantir a articulação com a estrutura organizacional <strong>do</strong> Órgão Regional como um to<strong>do</strong><br />
e com os Projetos/Ativida<strong>de</strong>s realiza<strong>do</strong>s nas diferentes áreas.<br />
Ainda que o alcance <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong>penda <strong>de</strong> muitos fatores, planejar essa articulação permite avaliar em<br />
que medida o programa modifica, transforma e se insere na dinâmica, na cultura e na estrutura organizacional<br />
da instituição.<br />
A estrutura <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> voluntários <strong>de</strong>ve ser sólida mas flexível, inova<strong>do</strong>ra mas a<strong>de</strong>quada à realida<strong>de</strong>,<br />
simples mas operativa, autônoma mas ligada à visão e à missão <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC e,<br />
portanto, <strong>do</strong> SESC.<br />
Ao <strong>de</strong>senhar o projeto <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> é bom lembrar também <strong>de</strong>:<br />
• Incluir objetivos claros que contribuam para o êxito <strong>do</strong> projeto em questão e da missão da instituição;<br />
• Colocar em igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> condições o serviço voluntário e o trabalho remunera<strong>do</strong>, uma vez que ambos<br />
têm importância significativa no êxito da missão e, portanto, <strong>de</strong>vem ser bem planeja<strong>do</strong>s;<br />
• Consi<strong>de</strong>rar as motivações, necessida<strong>de</strong>s, interesses e habilida<strong>de</strong>s <strong>do</strong>s voluntários;<br />
• Oferecer aos voluntários a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serem produtivos e <strong>de</strong> usufruir <strong>do</strong> respeito das pessoas<br />
com as quais trabalham;<br />
• Conhecer as áreas <strong>de</strong> ação da instituição;<br />
• Prever <strong>de</strong>legação <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s;<br />
• Complementar e enriquecer o trabalho <strong>do</strong> pessoal remunera<strong>do</strong>; porém, nunca substituí-lo.<br />
Na concepção <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> <strong>de</strong>vem ser contempla<strong>do</strong>s os seguintes aspectos meto<strong>do</strong>lógicos<br />
e organizacionais:
Descrição clara <strong>do</strong> serviço voluntário a ser realiza<strong>do</strong><br />
• O que precisamos fazer?<br />
• Por que este serviço é importante?<br />
• Como se encaixa esta tarefa na estrutura <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC?<br />
Compromisso e envolvimento das equipes remuneradas<br />
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
• As equipes <strong>de</strong>vem colaborar no <strong>de</strong>senho <strong>do</strong> programa, bem como na alocação <strong>do</strong>s voluntários.<br />
• Esclarecer sempre dúvidas e temores <strong>de</strong> “concorrência”.<br />
Recrutamento <strong>de</strong> voluntários bem planeja<strong>do</strong><br />
• Determinar o tipo <strong>de</strong> talentos específicos que se quer recrutar.<br />
• Definir as características/atributos: Faixa etária. Profissão. Habilida<strong>de</strong>s. Preferências.<br />
Seleção criteriosa<br />
• Entrevistas pessoais.<br />
• Questionários, fichas <strong>de</strong> inscrição.<br />
• Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são. Compromisso e responsabilida<strong>de</strong>s.<br />
Perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> Adaptação e Treinamento a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s<br />
• O voluntário precisará <strong>de</strong>:<br />
- informações <strong>de</strong>talhadas.<br />
- orientação e treinamento.<br />
- experiências práticas com voluntários antigos.<br />
- tempo para absorver a cultura organizacional.<br />
Supervisão <strong>do</strong> trabalho<br />
• Estar sempre disponível para respon<strong>de</strong>r perguntas.<br />
• Diretrizes claras.<br />
• Mostrar apreço e reconhecimento.<br />
23
24<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
Registro das ações<br />
• Arquivo das entrevistas, termos <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são.<br />
• Registro das horas trabalhadas.<br />
• Avaliações <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho.<br />
Reconhecimento e valorização <strong>do</strong>s voluntários<br />
• Agra<strong>de</strong>cer sempre.<br />
• Reconhecer méritos.<br />
• Prêmios simbólicos ou eventos especiais.<br />
Avaliação sistemática levan<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração<br />
• Confiabilida<strong>de</strong>.<br />
• Relações interpessoais.<br />
• Qualida<strong>de</strong>s pessoais e habilida<strong>de</strong>s específicas.<br />
Todas estas premissas que se traduzem em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>verão ser realizadas pela pessoa que for responsável<br />
pela coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC.<br />
6.3.1<br />
Os projetos <strong>de</strong> voluntários <strong>de</strong>vem formular objetivos suplementares que se aplicam à organização, aos<br />
clientes, aos voluntários e à comunida<strong>de</strong>.<br />
Em geral, to<strong>do</strong>s os projetos preten<strong>de</strong>m implantar, melhorar ou ampliar serviços através <strong>do</strong> envolvimento<br />
<strong>de</strong> voluntários. Além disso querem, em geral, <strong>de</strong>senvolver serviços específicos <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> para atingir<br />
necessida<strong>de</strong>s específicas <strong>do</strong>s beneficia<strong>do</strong>s.<br />
Porém é preciso formular objetivos específicos, mensuráveis, concretos e realistas.<br />
Po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>scritos brevemente, com um verbo no infinitivo, especifican<strong>do</strong> a ação necessária, situan<strong>do</strong>-a<br />
no tempo e, se possível, com resulta<strong>do</strong>s quantitativos revistos.<br />
Exemplos:<br />
Objetivos <strong>do</strong> Projeto<br />
• Recrutar <strong>do</strong>is voluntários para captação <strong>de</strong> <strong>do</strong>a<strong>do</strong>res, em abril <strong>de</strong> 2007, para ampliarem, em 10%, o<br />
quantitativo <strong>de</strong> <strong>do</strong>a<strong>do</strong>res no exercício corrente;<br />
• Implementar um programa <strong>de</strong> cursos para 20 instituições cadastradas, com o auxílio <strong>de</strong> <strong>de</strong>z nutricionistas<br />
voluntárias(os), em março <strong>de</strong> 2007.
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
Estabelecen<strong>do</strong> com precisão cada objetivo específico po<strong>de</strong>remos conhecer o número e o perfil <strong>do</strong>s<br />
voluntários <strong>de</strong> que necessitamos, a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> horas <strong>de</strong> serviço totais e individuais, e assim preparar<br />
as <strong>de</strong>scrições escritas das tarefas a realizar.<br />
6.3.2<br />
Preparar-se para receber cada novo voluntário compreen<strong>de</strong> elaborar um Descritivo <strong>de</strong> Função, que<br />
ajuda a i<strong>de</strong>ntificar o perfil <strong>do</strong> voluntário <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>, a carga horária necessária, as ativida<strong>de</strong>s a serem <strong>de</strong>senvolvidas,<br />
como também permite acompanhar os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>sse serviço.<br />
A relação com o voluntário <strong>de</strong>ve ser CLARA: é importante que ele conheça <strong>de</strong> maneira precisa e concreta<br />
o serviço que tem <strong>de</strong> executar a fim <strong>de</strong> assumir conscientemente seu compromisso.<br />
É responsabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r planejar os serviços voluntários, <strong>de</strong>screven<strong>do</strong> as tarefas, sempre<br />
antes <strong>do</strong> recrutamento, basea<strong>do</strong> na informação obtida no planejamento <strong>do</strong> programa e entregar ao voluntário<br />
uma cópia. O planejamento <strong>de</strong>ve ser realiza<strong>do</strong> juntamente com o responsável pela área que receberá<br />
o voluntário diretamente.<br />
A <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong> tarefas é uma ferramenta essencial tanto para recrutar como para avaliar o serviço<br />
voluntário. Documentadas por escrito, evitarão sempre mal-entendi<strong>do</strong>s.<br />
Um pequeno exercício para ajudar:<br />
1. Peça aos funcionários remunera<strong>do</strong>s que façam uma lista <strong>do</strong> que teriam gosta<strong>do</strong> <strong>de</strong> realizar na<br />
semana anterior mas não pu<strong>de</strong>ram fazer por falta <strong>de</strong> tempo.<br />
2. Peça também para mencionar os projetos ou ativida<strong>de</strong>s que gostariam <strong>de</strong> começar se tivessem<br />
mais tempo.<br />
3. Analise a lista para verificar quais <strong>de</strong>ssas tarefas po<strong>de</strong>riam ser realizadas por voluntários.<br />
Importante saber:<br />
Descrição das Tarefas<br />
Ao planejar a alocação <strong>de</strong> voluntários no Programa MESA BRASIL SESC, é importante saber que não<br />
é recomendável 2 que o voluntário preste mais que seis horas semanais <strong>de</strong> serviço voluntário no Departamento<br />
Regional, para que não se corra o risco <strong>de</strong> uma futura alegação <strong>de</strong> vínculo empregatício, o que<br />
po<strong>de</strong> ocorrer mesmo ten<strong>do</strong> o Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são ao Serviço Voluntário assina<strong>do</strong> entre o voluntário e o<br />
Departamento Regional, pois, segun<strong>do</strong> os artigos 2º e 3º da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT),<br />
serão qualifica<strong>do</strong>s como vínculo trabalhista relações laborais que possuam os seguintes elementos: pessoalida<strong>de</strong>,<br />
continuida<strong>de</strong>, subordinação e onerosida<strong>de</strong>.<br />
Ou seja, o voluntário atuan<strong>do</strong> mais <strong>de</strong> seis horas no Programa MESA BRASIL SESC implica um maior risco <strong>de</strong>:<br />
• Estar realizan<strong>do</strong> alguma ativida<strong>de</strong> que só ele executa no projeto (pessoalida<strong>de</strong>);<br />
• Ter uma ativida<strong>de</strong> que executa continuamente nos mesmos dias e horários da semana (continuida<strong>de</strong>);<br />
• Receber orientações e apresentar informações sobre os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s sempre a uma<br />
mesma pessoa, com regularida<strong>de</strong> (subordinação);<br />
• Vir a solicitar auxílio para custos com alimentação e transporte, por ter uma <strong>de</strong>dicação consi<strong>de</strong>rável<br />
com o projeto (onerosida<strong>de</strong>).<br />
2 Recomendação dada pela ONG RIOVOLUNTÁRIO, especializada em voluntaria<strong>do</strong>.<br />
25
26<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
RESUMINDO...<br />
Antes <strong>de</strong> planejar um projeto <strong>de</strong> voluntários, precisamos saber...<br />
Por que se realiza o trabalho? (Diagnóstico da realida<strong>de</strong>)<br />
O que <strong>de</strong>ve ser feito? (Objetivos)<br />
Como <strong>de</strong>ve ser feito? (Estratégias)<br />
On<strong>de</strong> será feito? (Lugar)<br />
De que forma será feito? (Méto<strong>do</strong>)<br />
Com que recursos se conta para a sua execução? (Recursos)<br />
Quan<strong>do</strong> será feito? (Tempos <strong>de</strong> realização/Etapas)<br />
Com quem será feito? (Equipe)<br />
Para quem será feito? (Beneficiários)<br />
Instrumentos sugeri<strong>do</strong>s:<br />
Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Projeto: Anexo X<br />
Diagnóstico por Funcionário: Anexo IV<br />
Descritivo <strong>de</strong> Função: Anexo V<br />
6.4<br />
6.4.1<br />
ADMISSÃO DO VOLUNTÁRIO<br />
A preparação é fundamental, pois é a partir <strong>de</strong>la, já com as informações coletadas na <strong>de</strong>scrição das<br />
tarefas a serem realizadas por voluntários, que o coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong> projeto po<strong>de</strong>rá correlacionar o perfil <strong>do</strong><br />
candidato às competências exigidas pela vaga e verificar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua a<strong>de</strong>quação, bem como<br />
propiciará subsídios suficientes para a integração <strong>do</strong> voluntário, passan<strong>do</strong>-lhe <strong>de</strong>talhes sobre on<strong>de</strong> ele<br />
estará efetivamente fazen<strong>do</strong> diferença, o que é muito importante para a motivação e a permanência <strong>do</strong><br />
voluntário.<br />
6.4.2.<br />
Preparação<br />
Recrutamento<br />
On<strong>de</strong> e como encontrar pessoas que queiram ser voluntárias? Como convidá-las a participar? Não são<br />
poucos os indivíduos que gostariam <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicar parte <strong>de</strong> seu tempo livre para realização <strong>de</strong> algum tipo <strong>de</strong><br />
serviço voluntário, mas não sabem como nem on<strong>de</strong> fazê-lo.<br />
Por outro la<strong>do</strong>, os voluntários <strong>de</strong>sejam encontrar serviços através <strong>do</strong>s quais possam ter a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> dar parte <strong>de</strong> seu tempo livre e conseguir uma autêntica satisfação. Além das <strong>do</strong>nas <strong>de</strong> casa, fonte<br />
tradicional <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong>, existem outros que querem ser úteis:
• Aposenta<strong>do</strong>s;<br />
• Pessoas que estão em uma fase <strong>de</strong> transição em suas vidas;<br />
• Pessoas que estão mudan<strong>do</strong> <strong>de</strong> profissão;<br />
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
• Membros <strong>de</strong> diversas igrejas, grupos <strong>de</strong> auto-ajuda, das associações <strong>de</strong> bairro;<br />
• Pessoas em recuperação <strong>de</strong> uma <strong>do</strong>ença, <strong>de</strong>pendência química ou trauma emocional;<br />
• Pais que <strong>de</strong>sejam participar das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seus filhos;<br />
• Adultos que <strong>de</strong>sejam estar em contato com crianças;<br />
• Pessoas que <strong>de</strong>sejam praticar um hobby ou interesse particular;<br />
To<strong>do</strong>s eles constituem fontes <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong>.<br />
Os méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> voluntários po<strong>de</strong>m ser diversos, entretanto, são sempre <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s em<br />
função <strong>do</strong>s objetivos e expectativas das pessoas a quem se quer atingir. A instituição precisa, antes <strong>de</strong><br />
qualquer coisa, saber que público quer captar, que tipo <strong>de</strong> voluntários irá satisfazer as suas necessida<strong>de</strong>s.<br />
Só assim po<strong>de</strong>-se <strong>de</strong>terminar on<strong>de</strong> e que tipo <strong>de</strong> estratégias utilizar.<br />
É aconselhável que a entida<strong>de</strong> esteja sempre divulgan<strong>do</strong> o seu trabalho, com vistas à captação <strong>de</strong> novos<br />
voluntários. Isso porque sempre existem novos projetos a serem implanta<strong>do</strong>s, objetivos a serem amplia<strong>do</strong>s<br />
ou <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> se aten<strong>de</strong>r a um público maior. Além disso, é preciso garantir o número <strong>de</strong> voluntários<br />
atuantes, pois as pessoas <strong>de</strong>sgastam-se, têm novas preocupações ou oportunida<strong>de</strong>s e, muitas vezes,<br />
surgem mudanças que impe<strong>de</strong>m a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação a uma <strong>de</strong>terminada causa social.<br />
Devi<strong>do</strong> ao fato <strong>de</strong> que nem todas as pessoas que se oferecem em uma instituição permanecem (as estatísticas<br />
indicam que <strong>de</strong> cada oito voluntários que se apresentam apenas um <strong>de</strong>les fica por um ano ou mais<br />
<strong>de</strong>sempenhan<strong>do</strong> serviços constantes), é preciso captar mais pessoas <strong>do</strong> que as que preten<strong>de</strong>m sair.<br />
Essa dinâmica <strong>de</strong> movimentação <strong>de</strong> voluntários po<strong>de</strong>ria ser representada por um funil, que na sua larga<br />
boca superior recebe to<strong>do</strong>s os candidatos que lá a<strong>de</strong>ntram para um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> conhecimento da entida<strong>de</strong><br />
e também <strong>de</strong> suas próprias reações. Nesse perío<strong>do</strong> existem uns “furinhos laterais” por on<strong>de</strong> muitos <strong>de</strong>les<br />
“passam” em busca <strong>de</strong> novos rumos e experiências.<br />
O próximo segmento <strong>de</strong>sse funil imaginário é uma zona <strong>de</strong> muito serviço em que o voluntário “veste a<br />
camisa” e está ávi<strong>do</strong> <strong>de</strong> realizações.<br />
Finalmente, temos a saída natural após longo perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> serviços realiza<strong>do</strong>s. É compreensível, e até<br />
certo ponto normal, que os voluntários procurem “novas paradas”. Existem, também, tarefas que por<br />
serem <strong>de</strong>terminadas extinguem-se ao serem cumpridas.<br />
Aceito isso, é preciso alimentar constantemente o gran<strong>de</strong> funil!<br />
I<strong>de</strong>ntificar os objetivos <strong>do</strong> grupo-alvo e mostrar – por meio <strong>do</strong> material <strong>de</strong> recrutamento – o grau <strong>de</strong><br />
satisfação que o programa po<strong>de</strong>rá proporcionar é um caminho eficaz.<br />
Isso po<strong>de</strong> parecer mero marketing, mas, se queremos que o voluntaria<strong>do</strong> possa competir com outros<br />
usos <strong>do</strong> tempo disponível, precisamos saber quem queremos atrair. Só assim saberemos on<strong>de</strong> encontrar<br />
essas pessoas e que méto<strong>do</strong>s usar.<br />
27
28<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
É preciso lançar mão <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os instrumentos da comunicação. Vale fazer:<br />
• Propaganda na televisão, rádio, jornais, seja paga (se houver verbas) seja espaço conquista<strong>do</strong><br />
(por releases, assessoria <strong>de</strong> imprensa);<br />
• Folhetos informativos, envian<strong>do</strong>-os a associações e entida<strong>de</strong>s, públicas ou privadas;<br />
• Posters e materiais visuais chamativos;<br />
• Faixas <strong>de</strong> propaganda e o próprio “boca-a-boca”;<br />
• Internet.<br />
SEMPRE <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>staca<strong>do</strong>s:<br />
1. O título <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> voluntários, sua missão e compromissos.<br />
2. Algumas frases sobre o serviço da instituição.<br />
3. O número <strong>de</strong> telefone e o contato para mais informações.<br />
6.4.3<br />
Seleção<br />
Outro mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> captar voluntários é organizar palestras abertas ao público sobre o serviço <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>.<br />
Quan<strong>do</strong> divulgadas e realizadas competentemente dão aos participantes uma informação útil e<br />
po<strong>de</strong>m ser usadas como sessões <strong>de</strong> pré-formação <strong>do</strong>s possíveis voluntários. Po<strong>de</strong>-se falar <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong><br />
voluntaria<strong>do</strong> e no final fazer entrevista com os candidatos.<br />
O recrutamento <strong>de</strong> voluntários através <strong>do</strong>s próprios voluntários é um <strong>do</strong>s melhores méto<strong>do</strong>s. É o<br />
chama<strong>do</strong> boca-a-boca. Se os voluntários estão realmente comprometi<strong>do</strong>s e motiva<strong>do</strong>s falarão com seus<br />
amigos <strong>de</strong> um mo<strong>do</strong> persuasivo e sincero.<br />
Os projetos <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> po<strong>de</strong>m também formar “voluntários comunica<strong>do</strong>res”, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> profissionais<br />
<strong>de</strong> diferentes áreas (educação, meio ambiente, saú<strong>de</strong>) que conhecem os problemas sociais da sua<br />
comunida<strong>de</strong>, e que atuam junto ao público (nas escolas, nas empresas, e <strong>de</strong>mais instituições).<br />
Esses “comunica<strong>do</strong>res” po<strong>de</strong>m convidar os públicos a que têm acesso a se atualizar sobre a importância<br />
<strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> para a solução <strong>de</strong> problemas sociais. Serão assim multiplica<strong>do</strong>res da filosofia <strong>do</strong><br />
voluntaria<strong>do</strong> e eficazes recruta<strong>do</strong>res <strong>de</strong> candidatos interessa<strong>do</strong>s.<br />
Não basta apenas acolher as pessoas que se oferecem como voluntárias na organização. É fundamental<br />
que ao ser acolhida essa pessoa tanto atenda às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> serviço <strong>do</strong> Programa<br />
MESA BRASIL SESC, como também tenha as suas aspirações e motivações como voluntária atendidas.<br />
Para isso o processo <strong>de</strong> seleção é uma importante etapa a ser cumprida.<br />
Em nosso universo organizacional, o processo seletivo serve como um mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> direcionar a pessoa<br />
a<strong>de</strong>quada para a execução <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s específicas. Desse mo<strong>do</strong>, são realiza<strong>do</strong>s <strong>procedimentos</strong> como<br />
entrevista, avaliação <strong>de</strong> currículo, aplicação <strong>de</strong> dinâmicas <strong>de</strong> grupo, etc., para que se faça uma triagem, e<br />
que por intermédio <strong>de</strong>ssa prática possam ser apontadas as pessoas que apresentem perfis e personalida-
<strong>de</strong>s mais próximos <strong>do</strong> necessário para a organização.<br />
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
A seleção <strong>de</strong> voluntários tem como base a linha filosófica a<strong>do</strong>tada pelo Departamento Regional com relação<br />
aos seus recursos humanos. Da mesma forma que a escolha por <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> profissional para <strong>de</strong>sempenhar<br />
alguma ativida<strong>de</strong> na organização se dará pelo preenchimento <strong>do</strong>s requisitos pre<strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s para<br />
os diferentes cargos, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> características subjetivas, conhecimentos e aptidões que possam ser<br />
eficazmente empreendi<strong>do</strong>s nos programas, também o processo seletivo <strong>de</strong> voluntários serve como um<br />
mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> direcionar a pessoa a<strong>de</strong>quada para a execução <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s específicas.<br />
Mas a melhor regra ainda é a sensibilida<strong>de</strong> e o bom senso. A melhor maneira <strong>de</strong> conhecer uma pessoa<br />
é ouvin<strong>do</strong> e não falan<strong>do</strong>, e com isto ter condições <strong>de</strong> avaliar o perfil <strong>do</strong> candidato, diminuin<strong>do</strong> a possibilida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> se selecionar voluntários apenas aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> a aspectos pouco criteriosos e carrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> valor<br />
subjetivo, tais como: amabilida<strong>de</strong>, sociabilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>senvoltura.<br />
A seleção criteriosa <strong>do</strong> voluntário e sua a<strong>de</strong>quada colocação em ativida<strong>de</strong>s para as quais está capacita<strong>do</strong><br />
é o que garante seu bom <strong>de</strong>sempenho. Portanto, é importante ter claro que o serviço voluntário <strong>de</strong>ve<br />
proporcionar prazer para quem o realiza. Se o voluntário não se sentir adapta<strong>do</strong> ao serviço para o qual<br />
foi <strong>de</strong>signa<strong>do</strong>, certamente este representará um far<strong>do</strong> e ele <strong>de</strong>senvolverá uma noção negativa <strong>do</strong> trabalho<br />
voluntário, afastan<strong>do</strong>-se inevitavelmente da ativida<strong>de</strong>.<br />
A tarefa <strong>de</strong> seleção bem realizada <strong>de</strong>ve...<br />
• Lembrar que para cooptar voluntários a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s é necessário <strong>de</strong>finir e consi<strong>de</strong>rar certas qualida<strong>de</strong>s<br />
e motivações apropriadas. Não po<strong>de</strong>mos selecionar apenas pessoas amáveis ou agradáveis (segun<strong>do</strong><br />
nosso critério), ou somente aqueles que têm vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar;<br />
• Contar com a habilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> nas entrevistas, evitan<strong>do</strong> uma seleção<br />
<strong>de</strong>ficiente;<br />
• Ser cauteloso no momento da seleção e não fazer propaganda excessiva, evitan<strong>do</strong> correr o risco <strong>de</strong><br />
admitir o voluntário erra<strong>do</strong>.<br />
PRESTE ATENÇÃO<br />
Um processo <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong>ficiente po<strong>de</strong> prejudicar outros voluntários ou causar problemas ao serviço<br />
das equipes profissionais e até aos beneficiários.<br />
Importante saber:<br />
Ao apresentar com clareza as tarefas que os voluntários <strong>de</strong>vem realizar é possível que eles mesmos<br />
<strong>de</strong>sistam no momento da seleção, o que resultará num ganho <strong>de</strong> tempo e energia para to<strong>do</strong>s.<br />
Para um bom processo <strong>de</strong> seleção são indica<strong>do</strong>s alguns passos:<br />
a) Cadastro<br />
O processo <strong>de</strong> cadastro é o início da relação <strong>do</strong> voluntário com o Departamento Regional. É o momento<br />
on<strong>de</strong> o voluntário vai estar <strong>de</strong>claran<strong>do</strong> textualmente quem ele é, sua formação, suas expectativas <strong>de</strong><br />
atuação voluntária, etc.<br />
2
30<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
Algumas das formas <strong>de</strong> cadastramento são:<br />
1. Pessoal e individualmente, on<strong>de</strong> o Departamento Regional po<strong>de</strong> estabelecer como sen<strong>do</strong> o seu procedimento<br />
padrão, ou seja: to<strong>do</strong> voluntário que tenha interesse em atuar no Programa MESA BRASIL SESC<br />
passará por uma entrevista inicial para a realização <strong>do</strong> cadastro, ten<strong>do</strong> dias e horários próprios para essa<br />
ativida<strong>de</strong>;<br />
2. Palestra, que é um procedimento que po<strong>de</strong> ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> como forma <strong>de</strong> sensibilização <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong><br />
número <strong>de</strong> pessoas que gradativamente po<strong>de</strong>rão estar sen<strong>do</strong> chamadas para uma entrevista <strong>de</strong> admissão,<br />
na medida das necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Programa;<br />
3. Cadastro via telefone ou Internet, que se constitui em uma opção para facilitar a manifestação <strong>de</strong><br />
interesse <strong>de</strong> atuação <strong>do</strong>s possíveis voluntários, exigin<strong>do</strong>, contu<strong>do</strong>, maior atenção na hora <strong>de</strong> selecionar<br />
os voluntários para a ação propriamente dita.<br />
O procedimento <strong>de</strong> cadastro pessoal e individual, apesar <strong>de</strong> mais exigente, favorece um conhecimento<br />
mais aprofunda<strong>do</strong> <strong>de</strong> cada possível voluntário, crian<strong>do</strong> um vínculo direto entre entrevista<strong>do</strong>r e voluntário.<br />
Nas palestras <strong>de</strong> sensibilização explica-se a importância <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong>, as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ação no<br />
Programa, <strong>de</strong>bate-se sobre as motivações das pessoas para a realização <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> trabalho, enfatizan<strong>do</strong><br />
as responsabilida<strong>de</strong>s geradas. Fican<strong>do</strong> claras as regras da relação <strong>de</strong> trabalho, diminuem os riscos<br />
<strong>de</strong> conflitos entre voluntário e Departamento Regional.<br />
Um procedimento mais simples que po<strong>de</strong> ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> é anotar numa espécie <strong>de</strong> ficha <strong>de</strong> inscrição os<br />
da<strong>do</strong>s gerais <strong>de</strong> cada candidato a voluntário que procurar o Departamento Regional (seja via telefone,<br />
e-mail, pessoalmente, etc.) para <strong>de</strong>pois convidá-lo para uma entrevista ou oficina. Só então será feito o<br />
preenchimento <strong>de</strong> uma ficha cadastral mais <strong>de</strong>talhada com informações sobre a formação <strong>do</strong> voluntário,<br />
seus conhecimentos, <strong>de</strong>sejos e expectativas, disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo, etc.<br />
b) Entrevista<br />
As entrevistas realizadas com os possíveis voluntários <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>senvolvidas <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as<br />
necessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> Programa MESA BRASIL SESC. Para tanto, o Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong>verá agendar horário para<br />
entrevista individual, <strong>de</strong>marcan<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início a singularida<strong>de</strong> e as características particulares <strong>de</strong> cada<br />
candidato.<br />
Para a dinâmica da entrevista, faz-se necessário também que o Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r tenha em mãos o formulário<br />
<strong>de</strong> cadastro <strong>de</strong>vidamente preenchi<strong>do</strong>. Desse mo<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>-se pensar numa entrevista com maior<br />
flui<strong>de</strong>z. A ficha cadastral proporciona também um <strong>do</strong>cumento escrito para o arquivo.<br />
Nesta ocasião, <strong>de</strong>ve-se falar sobre as várias oportunida<strong>de</strong>s oferecidas a voluntários, valen<strong>do</strong>-se da <strong>de</strong>scrição<br />
específica <strong>de</strong> tarefas.<br />
Ao entrevistar o potencial voluntário é aconselhável:<br />
• Perguntar por que está interessa<strong>do</strong> em <strong>de</strong>senvolver um <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> serviço;<br />
• Averiguar o que ele po<strong>de</strong> oferecer ao Programa; e,<br />
• Quais funções físicas ou intelectuais gostaria <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar.<br />
É bom conhecer os hobbies e interesses <strong>do</strong> candidato, sua família e serviço. Uma boa maneira <strong>de</strong>
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
começar uma entrevista é falar sobre os da<strong>do</strong>s forneci<strong>do</strong>s pelo próprio voluntário ao preencher a ficha<br />
cadastral.<br />
Aspectos como um hobby pouco freqüente, alguma afinida<strong>de</strong> que o entrevista<strong>do</strong>r e a pessoa têm em comum,<br />
uma experiência anterior, são assuntos que ajudam quebrar o gelo que se instala na entrevista.<br />
Durante a entrevista, é fundamental que a pessoa que esteja empenhada em dirigir o processo mantenha-se<br />
flexível <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a escutar tu<strong>do</strong> o que está sen<strong>do</strong> verbaliza<strong>do</strong> pelo candidato, fazen<strong>do</strong> observações,<br />
para que num momento posterior possa intervir esclarecen<strong>do</strong>, se necessário, por meio <strong>de</strong> uma linguagem<br />
acessível, todas as dúvidas ou críticas afloradas. Essa pessoa também <strong>de</strong>verá ser sensível para perceber<br />
atitu<strong>de</strong>s, valores, concepções e comportamentos subjacentes ao discurso <strong>do</strong> sujeito que se constituam<br />
como produtivos ou não para os serviços voluntários.<br />
Lembre-se: se o voluntário necessário não aparecer, é melhor esperar.<br />
Vale ressaltar que, antes <strong>de</strong> iniciar o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> seleção, a equipe da organização <strong>de</strong>verá ser comunicada<br />
sobre o processo, em especial recepcionistas e secretárias, que eventualmente po<strong>de</strong>rão receber telefonemas<br />
ou aten<strong>de</strong>r na se<strong>de</strong> da organização pessoas solicitan<strong>do</strong> contatos, entrevistas ou infor-mações<br />
extras.<br />
c) Admissão<br />
A tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão final sobre a escalação <strong>do</strong> candidato <strong>de</strong>verá ser regida pelo estabelecimento <strong>de</strong><br />
um prazo, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> o candidato ser comunica<strong>do</strong> em relação ao tempo que ele terá que esperar para obter<br />
uma resposta. To<strong>do</strong>s os candidatos <strong>de</strong>verão ser contata<strong>do</strong>s sobre o parecer <strong>do</strong> seu processo, seja ele<br />
favorável ou não.<br />
A organização <strong>de</strong>verá sentir-se tranqüila para contra-indicar candidatos que não preencham os requisitos<br />
preestabeleci<strong>do</strong>s. Nesses casos, é importante fazer a ressalva <strong>de</strong> que po<strong>de</strong>rão se adaptar melhor a<br />
outras organizações on<strong>de</strong> potencialida<strong>de</strong>s serão mais bem aproveitadas, minimizan<strong>do</strong>, assim, qualquer<br />
possível sensação <strong>de</strong> menos-valia ou baixa estima pela sua recusa como voluntários <strong>do</strong> Programa MESA<br />
BRASIL SESC. Os candidatos aptos a ingressarem como voluntários no Programa <strong>de</strong>verão ser contacta<strong>do</strong>s<br />
e solicita<strong>do</strong>s para retornarem à instituição.<br />
Nesse momento <strong>de</strong>ve ser apresentada ao candidato a Lei <strong>do</strong> Serviço Voluntário para que tome conhecimento<br />
<strong>de</strong> seus direitos e <strong>de</strong>veres, além <strong>do</strong> Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são ao Serviço Voluntário, que equivale ao<br />
contrato <strong>de</strong> trabalho numa empresa. Este <strong>do</strong>cumento <strong>de</strong>ve ser assina<strong>do</strong> por ele no seu primeiro dia <strong>de</strong><br />
trabalho voluntário.<br />
Também <strong>de</strong>ve ser apresenta<strong>do</strong>, por escrito, o <strong>Manual</strong> <strong>do</strong> voluntário com orientações gerais, bem como a<br />
proposta <strong>de</strong> treinamento e a data para o início das ativida<strong>de</strong>s, reafirman<strong>do</strong> o quanto significativa e valiosa<br />
será a contribuição que o voluntário po<strong>de</strong>rá prestar participan<strong>do</strong> das ativida<strong>de</strong>s institucionais.<br />
d) Não-admissão<br />
É importante que se dê um retorno ao voluntário que participou <strong>de</strong> um processo seletivo e não po<strong>de</strong>rá<br />
ser aproveita<strong>do</strong>.<br />
Quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>vemos dizer NÃO a um potencial voluntário <strong>de</strong>vemos ser honestos sem <strong>de</strong>monstrar à pessoa<br />
31
32<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
que ela não se ajusta às necessida<strong>de</strong>s.<br />
Por exemplo, se dizemos a uma pessoa que não tem a capacitação específica suficiente para <strong>de</strong>termina<strong>do</strong><br />
serviço também específico, fornecemos um da<strong>do</strong> objetivo que será menos <strong>do</strong>loroso que uma negativa<br />
subjetiva. Dizer NÃO é uma tarefa difícil e <strong>de</strong>vemos usar <strong>de</strong> muita sensibilida<strong>de</strong> e cuida<strong>do</strong>.<br />
O i<strong>de</strong>al é que o Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r o motive e o auxilie na busca <strong>de</strong> outras organizações ou outro tipo <strong>de</strong> serviço<br />
voluntário mais apropria<strong>do</strong> a suas habilida<strong>de</strong>s e interesses. É necessário que isso seja feito <strong>de</strong> maneira<br />
simples e natural, sem constranger o voluntário.<br />
É importante que, no transcorrer da entrevista e na <strong>de</strong>scrição das ativida<strong>de</strong>s, o próprio candidato perceba<br />
que não se adapta a nenhuma <strong>de</strong>las e busque outras oportunida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong> seu serviço seja mais bem<br />
aproveita<strong>do</strong>.<br />
Caso a <strong>de</strong>finição pelo não-aproveitamento aconteça posteriormente à entrevista, o Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong>verá<br />
enviar-lhe correspondência agra<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> o interesse e motivan<strong>do</strong>-o a buscar uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço<br />
mais a<strong>de</strong>quada a suas habilida<strong>de</strong>s e anseios.<br />
Instrumentos sugeri<strong>do</strong>s:<br />
Ficha Cadastral <strong>de</strong> Voluntários: Anexo III<br />
6.5<br />
6.5.1<br />
INCORPORAÇÃO DO VOLUNTÁRIO<br />
Capacitação<br />
Dentre os fatores importantes para o sucesso da equipe <strong>de</strong> voluntários está a capacitação. Não só pelos<br />
motivos <strong>de</strong> torná-los aptos para o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> tarefas, mas também porque um voluntário bem orienta<strong>do</strong><br />
e treina<strong>do</strong> é mais confiante, mais seguro, e isto faz com que ele aproveite bem o seu tempo, tornan<strong>do</strong><br />
mais produtivas suas horas <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação.<br />
O programa <strong>de</strong> capacitação <strong>de</strong>ve ser estuda<strong>do</strong> com cuida<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ve prever uma progressivida<strong>de</strong> que permita<br />
que os conhecimentos sejam adquiri<strong>do</strong>s <strong>de</strong> forma or<strong>de</strong>nada, partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> geral para o específico.<br />
A <strong>do</strong>sagem também merece atenção para não “entupir” os voluntários <strong>de</strong> informações em um primeiro<br />
momento, mas que também permita que toda a informação seja oferecida antes que o voluntário se veja<br />
frente às suas funções. Conferências, <strong>de</strong>bates, utilização <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s audiovisuais, jogos <strong>de</strong> papéis,<br />
estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> casos, dinâmicas <strong>de</strong> grupo, simulações são formas <strong>de</strong> enriquecer e variar os méto<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />
treinamento.<br />
Quanto ao conteú<strong>do</strong>, as capacitações po<strong>de</strong>m prever informações sobre:<br />
• SESC: Sua missão, seus objetivos, seus planos futuros e sua história, além <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s suficientes que<br />
permitam o voluntário enten<strong>de</strong>r o que é e como funciona o Programa MESA BRASIL SESC.<br />
• MESA BRASIL SESC: Missão, visão, histórico, o que é, diretrizes, mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> atuação, como funciona,<br />
atores envolvi<strong>do</strong>s, resulta<strong>do</strong>s, metas, etc.;<br />
• Contextualização e áreas <strong>de</strong> atuação: Da<strong>do</strong>s sobre a pobreza e a fome no país, o que é Segurança
Alimentar e Nutricional, política <strong>de</strong> Assistência Social, etc.<br />
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
• A função ou rotina específica que será <strong>de</strong>sempenhada: Neste caso trata-se <strong>de</strong> ensinar e treinar no<br />
que o voluntário irá exatamente fazer. Neste momento, não só a presença <strong>de</strong> especialistas é importante,<br />
como, também, a <strong>de</strong> voluntários mais experientes.<br />
• Consi<strong>de</strong>rações sobre a área social e a participação cidadã: Os voluntários se interessarão por<br />
assuntos liga<strong>do</strong>s ao trabalho social e ao voluntaria<strong>do</strong> <strong>de</strong> maneira geral. Isto dará oportunida<strong>de</strong> à reflexão<br />
sobre a relevância <strong>do</strong> seu papel na socieda<strong>de</strong>, contribuin<strong>do</strong> para que se tornem mais conscientes<br />
e motiva<strong>do</strong>s.<br />
• Atualização: Criar oportunida<strong>de</strong>s para “aprimorar aprendiza<strong>do</strong>s” traz inúmeros benefícios. Isto po<strong>de</strong><br />
acontecer através <strong>de</strong> reuniões <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> experiências entre voluntários mais antigos na organização<br />
e os novatos; ou ainda oficinas <strong>de</strong> aprimoramento conjunto, on<strong>de</strong> to<strong>do</strong>s possam esclarecer dúvidas e<br />
relatar aprendiza<strong>do</strong>s adquiri<strong>do</strong>s na equipe, entre outras dinâmicas.<br />
A capacitação <strong>de</strong>ve ser sempre um momento <strong>de</strong> estímulo aos voluntários. Geralmente ela está ligada ao<br />
<strong>de</strong>safio, e <strong>de</strong>ve ser conduzida <strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>monstrar a confiança que a equipe <strong>de</strong>posita nos treinan<strong>do</strong>s,<br />
e nunca tornar-se uma oportunida<strong>de</strong> para que os mais experientes aproveitem para <strong>de</strong>monstrar sua superiorida<strong>de</strong><br />
e <strong>do</strong>mínio da situação.<br />
Su<strong>gestão</strong> <strong>de</strong> tópicos a serem aborda<strong>do</strong>s na capacitação <strong>de</strong> voluntários:<br />
• O que é ser voluntário?<br />
• História <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong> & terceiro setor<br />
• O que é preciso ser para ser voluntário?<br />
• O que motiva ser voluntário?<br />
• O que se ganha sen<strong>do</strong> voluntário?<br />
• Valores éticos da ação voluntária<br />
• Direitos e responsabilida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> voluntário<br />
• Direitos e responsabilida<strong>de</strong>s da organização que recebe o voluntário<br />
• Lei <strong>do</strong> Serviço Voluntário / Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são<br />
• Possíveis áreas <strong>de</strong> atuação<br />
• Tipos <strong>de</strong> públicos a serem beneficia<strong>do</strong>s<br />
• Tipos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> a serem realizadas<br />
33
34<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
6.5.2<br />
Voluntários Organiza<strong>do</strong>s em Equipes<br />
A capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> captação <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra voluntária é associada à habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se construir uma<br />
<strong>gestão</strong> <strong>de</strong> equipe que esteja voltada para o tratamento e a regulação <strong>de</strong> conflitos. A insatisfação com a<br />
postura e as ações da organização po<strong>de</strong> levar o voluntário a se <strong>de</strong>dicar a outra causa/instituição.<br />
O voluntário não <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>senvolver sua ação isoladamente, sem oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trocas e <strong>de</strong> crescimento<br />
pessoal. É importante que ele se sinta como parte <strong>de</strong> uma equipe que trabalha para atingir <strong>de</strong>termina<strong>do</strong><br />
objetivo.<br />
À medida que o número <strong>de</strong> voluntários aumenta, o Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Voluntários <strong>de</strong>ve formar equipes,<br />
levan<strong>do</strong> em consi<strong>de</strong>ração que para facilitar sua administração as equipes não <strong>de</strong>vem ser gran<strong>de</strong>s (<strong>de</strong> 10<br />
a 12 pessoas e, se possível, <strong>de</strong>vem ser constituídas por pessoas <strong>de</strong> diferentes especialida<strong>de</strong>s, diferentes<br />
perfis, que, no conjunto, se complementam).<br />
Um grupo <strong>de</strong> pessoas no serviço po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> equipe quan<strong>do</strong>:<br />
• Tem consciência <strong>de</strong> seus objetivos;<br />
• Está engaja<strong>do</strong> para alcançá-los <strong>de</strong> forma compartilhada e organizada;<br />
• A comunicação entre seus integrantes é efetiva;<br />
• Opiniões divergentes são estimuladas;<br />
• É competente para administrar os próprios conflitos;<br />
• Possui confiança mútua e consciência <strong>de</strong> pertencimento;<br />
• Os riscos são assumi<strong>do</strong>s;<br />
• As habilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> seus integrantes são complementares;<br />
• Há investimento constante em seu próprio <strong>de</strong>senvolvimento;<br />
• Presta atenção constante (controle) em seu mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> atuar;<br />
• Procura resolver os problemas que afetam seu funcionamento, <strong>de</strong> forma sistematizada;<br />
• Existe um compromisso.<br />
Os voluntários precisam saber que fazem parte <strong>de</strong> um to<strong>do</strong> e que os objetivos <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s para eles<br />
fazem parte <strong>do</strong>s objetivos globais <strong>do</strong> SESC.<br />
Tão importante quanto a integração entre voluntários é fundamental que a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> voluntários<br />
tenha a preocupação <strong>de</strong> integrá-los com os funcionários <strong>do</strong> Departamento Regional, pois são estes que<br />
vão permitir ou não a verda<strong>de</strong>ira integração entre as equipes.<br />
6.5.3<br />
Integração – Profissionais <strong>do</strong> Departamento Regional e Voluntários<br />
Para que a integração entre a equipe profissional <strong>do</strong> Departamento Regional e os voluntários aconteça<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a chegada <strong>do</strong> voluntário ao SESC, é importante o envolvimento da equipe <strong>de</strong> funcionários <strong>do</strong> Programa<br />
MESA BRASIL SESC e Ativida<strong>de</strong>s correlacionadas no planejamento e na organização <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong>
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
voluntários. Caso não seja possível, é necessária uma orientação específica para estes funcionários.<br />
A orientação sobre o projeto também <strong>de</strong>ve ser dada aos novos funcionários. Esta orientação po<strong>de</strong> ser<br />
dada por um grupo misto (funcionários já envolvi<strong>do</strong>s e voluntários antigos).<br />
Com o propósito <strong>de</strong> preparar a<strong>de</strong>quadamente os profissionais a aceitarem e trabalharem com os voluntários,<br />
os seguintes pontos <strong>de</strong>vem ser incluí<strong>do</strong>s:<br />
• Os benefícios da participação voluntária para o público beneficia<strong>do</strong> pelo MESA BRASIL SESC, para<br />
a organização, e para a comunida<strong>de</strong>;<br />
• Como os serviços voluntários são <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s;<br />
• Como é conduzi<strong>do</strong> o recrutamento <strong>de</strong> voluntários;<br />
• Processo <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> voluntários e seus <strong>procedimentos</strong>;<br />
• Treinamento <strong>de</strong> voluntários;<br />
• Supervisão e avaliação <strong>de</strong> voluntários;<br />
• A administração e o financiamento <strong>do</strong> programa <strong>de</strong> voluntários.<br />
Alguns meios para diminuir a resistência <strong>do</strong>s funcionários e formar uma equipe com os voluntários:<br />
• Concentrar a atenção na missão da organização e nos objetivos, envolven<strong>do</strong> os funcionários no<br />
planejamento da inserção <strong>de</strong> voluntários na equipe;<br />
• Fazer da formação <strong>de</strong> equipes uma priorida<strong>de</strong> estabelecida;<br />
• Envolver os funcionários e voluntários em to<strong>do</strong>s os aspectos <strong>do</strong> planejamento, gerência e solução<br />
<strong>de</strong> problemas das instituições e grupos atendi<strong>do</strong>s;<br />
• Criar um clima organizacional que valorize tanto os voluntários quanto os funcionários;<br />
• Definir claramente as responsabilida<strong>de</strong>s;<br />
• Conhecer a avaliação <strong>do</strong>s funcionários sobre o Programa <strong>do</strong> Voluntaria<strong>do</strong>;<br />
• Manter um contato permanente com os profissionais que trabalham com Voluntários.<br />
A motivação <strong>do</strong>s funcionários <strong>de</strong> uma organização para trabalhar com voluntários po<strong>de</strong> ser mantida,<br />
se o Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Voluntaria<strong>do</strong> reforçar constantemente a importância <strong>do</strong> serviço <strong>do</strong> voluntário, e<br />
fomentar a inter-relação e a participação entre os funcionários e os voluntários.<br />
Os profissionais <strong>de</strong>vem ter a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discutir abertamente com seus companheiros sobre a<br />
importância <strong>de</strong> trabalhar com voluntários, as técnicas empregadas para esse fim e a possibilida<strong>de</strong> real <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolver, em conjunto, objetivos, planos e responsabilida<strong>de</strong>s.<br />
6.5.4<br />
Administração <strong>de</strong> Conflitos<br />
O Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Voluntários tem que estar preocupa<strong>do</strong> em proporcionar um ambiente harmônico em<br />
sua equipe, preocupan<strong>do</strong>-se com cada um individualmente e ao mesmo tempo verifican<strong>do</strong> como cada<br />
uma <strong>de</strong>ssas individualida<strong>de</strong>s contribui com a personalida<strong>de</strong> da equipe.<br />
35
36<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
Estar atento antes que o conflito aconteça é sempre o melhor remédio. O Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r experiente percebe<br />
os embriões <strong>de</strong> algum tipo <strong>de</strong> atrito e evita que a situação se instaure, colocan<strong>do</strong>-se sempre pronto<br />
para aconselhar os integrantes da sua equipe.<br />
Mas a preocupação e o esforço em obter um ambiente <strong>de</strong> harmonia não significa que não haverá conflitos.<br />
E a existência <strong>de</strong> conflitos não traz, <strong>de</strong> forma alguma, uma conotação negativa à equipe. Pessoas<br />
têm opiniões diversas, e é esta diversida<strong>de</strong> que gera o conflito, mas é esta diversida<strong>de</strong>, também, que traz<br />
riqueza à equipe, pois significa que as pessoas têm diversas formas <strong>de</strong> ver, conduzir e solucionar uma<br />
situação.<br />
Assim, um ambiente salutar tem discordância e conflito; o que às vezes torna a diferença <strong>de</strong> opiniões<br />
perniciosa para a equipe é a forma <strong>de</strong> resolvê-la.<br />
O Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Voluntários <strong>de</strong>ve ter habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolver conflitos e isto significa conhecer técnicas<br />
<strong>de</strong> aconselhamento, mediação e negociação. Vejamos alguns exemplos:<br />
• O aconselhamento é uma técnica on<strong>de</strong> o conselheiro procura enten<strong>de</strong>r o outro e oferecer oportunida<strong>de</strong>s<br />
para que este reflita e veja a situação por outros ângulos.<br />
O primeiro passo para se fazer aconselhamento é aceitar e valorizar a diversida<strong>de</strong>. A equipe <strong>de</strong> serviço<br />
é um mosaico <strong>de</strong> peças diferentes que integradas formam um conjunto harmonioso. A diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
uma parte completa o outro e enriquece o to<strong>do</strong>!<br />
O aconselhamento geralmente é indica<strong>do</strong> antes <strong>de</strong> instaurar-se o conflito. Normalmente nem existem<br />
<strong>do</strong>is la<strong>do</strong>s envolvi<strong>do</strong>s – é a pessoa que começa a se sentir incomodada, <strong>de</strong>scontente, não mais à vonta<strong>de</strong><br />
na instituição. O lí<strong>de</strong>r da equipe que tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perceber isso, e é hábil na solução, presta<br />
um gran<strong>de</strong> serviço ao seu grupo, evitan<strong>do</strong> a geração <strong>de</strong> um conflito que sempre é <strong>de</strong>sgastante.<br />
Mesmo existin<strong>do</strong> duas partes envolvidas, quan<strong>do</strong> estiver no início duas sessões <strong>de</strong> aconselhamento<br />
separadas po<strong>de</strong>rão resolver a questão, sem que uma parte venha a saber o que foi feito com a outra.<br />
• A mediação e a negociação ocorrem geralmente quan<strong>do</strong> o conflito está instala<strong>do</strong>. Ela prevê uma<br />
série <strong>de</strong> etapas, on<strong>de</strong> o media<strong>do</strong>r <strong>de</strong>verá ter paciência em ouvir as duas partes, ora separadas e ora<br />
conjuntamente. Procuran<strong>do</strong> enten<strong>de</strong>r a questão e oferecer oportunida<strong>de</strong> para que cada qual reflita<br />
sobre outros pontos <strong>de</strong> vista, o media<strong>do</strong>r <strong>de</strong>verá se empenhar em encontrar soluções conciliatórias<br />
que satisfaçam ambas as partes.<br />
6.6<br />
6.6.1<br />
MANUTENÇÃO DO VOLUNTÁRIO<br />
Reforço à Motivação <strong>do</strong>s Voluntários<br />
Voluntários motiva<strong>do</strong>s e inspira<strong>do</strong>s energizam uma organização. Os voluntários ficam<br />
motiva<strong>do</strong>s a mudar o mun<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> são trata<strong>do</strong>s com flexibilida<strong>de</strong> e respeito. 3<br />
No voluntaria<strong>do</strong> a motivação é tu<strong>do</strong>, pois estamos diante <strong>de</strong> um i<strong>de</strong>alista, alguém que para si não quer<br />
nada <strong>de</strong> concreto ou material. São aspirações muito abstratas que merecem toda atenção, durante to<strong>do</strong> o<br />
tempo que o voluntário permanecer na organização, principalmente no início <strong>de</strong>ssa relação.<br />
As satisfações pessoais <strong>de</strong> um voluntário são sempre abstratas:<br />
• a satisfação <strong>de</strong> contribuir com a diminuição <strong>do</strong> sofrimento ou das injustiças;<br />
3 Burke, Mary An. Recuiting Volunteers
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
• a realização em trazer alegria ou contribuir com a auto-suficiência <strong>de</strong> outras pessoas;<br />
• sentir-se um agente construtor <strong>de</strong> sua comunida<strong>de</strong>;<br />
• sentir-se respeita<strong>do</strong>, visto com dignida<strong>de</strong> e como exemplo pelos <strong>de</strong>mais.<br />
Assim como ele não recebe nada material em troca e não me<strong>de</strong> os esforços feitos com salários, o que o<br />
irá motivar são também coisas <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m subjetiva:<br />
• ver que está conquistan<strong>do</strong> seus objetivos;<br />
• sentir-se aceito, aprova<strong>do</strong>, valoriza<strong>do</strong>;<br />
• ser trata<strong>do</strong> com respeito, dignida<strong>de</strong>.<br />
Enfim, fazer parte <strong>de</strong> um time anima<strong>do</strong>, que o quer bem e reconhecer que seu empenho é honesto e<br />
produtivo. Para que isto ocorra é preciso manter o entusiasmo “em alta”.<br />
De forma prática isso significa que o gestor <strong>do</strong>s voluntários e todas as pessoas que tenham contato com<br />
os voluntários na organização precisam:<br />
• Estar sempre em contato com os voluntários para respon<strong>de</strong>r a possíveis dúvidas, e para que eles se<br />
sintam realmente parte da equipe;<br />
• Tornar claras, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início das ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> voluntário, as orientações com relação ao uso <strong>do</strong> telefone,<br />
entradas <strong>de</strong> acesso na organização, horários, ativida<strong>de</strong>s a serem <strong>de</strong>senvolvidas, pessoa a quem<br />
se reportar, enfim, todas as informações que <strong>de</strong> alguma forma po<strong>de</strong>m impactar nas suas ativida<strong>de</strong>s<br />
como voluntário;<br />
• Saber a hora <strong>de</strong> elogiar, bem como ajustar possíveis <strong>de</strong>svios <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> nos serviços presta<strong>do</strong>s,<br />
toman<strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> para que as críticas sejam sempre construtivas e sejam feitas em particular com<br />
cada voluntário e membro da equipe;<br />
• Apresentar os resulta<strong>do</strong>s da organização, apontan<strong>do</strong> sempre para o voluntário on<strong>de</strong> a sua participação<br />
fez a diferença;<br />
• Manter sempre o voluntário ocupa<strong>do</strong> com ativida<strong>de</strong>s que sejam necessárias para a organização, bem<br />
como motiva<strong>do</strong>ra para o voluntário. As pessoas que não têm certeza <strong>de</strong> estar sen<strong>do</strong> úteis (ou bem<br />
aproveitadas) ten<strong>de</strong>m a procurar outro lugar para colaborar;<br />
• Apresentar o SESC sempre <strong>de</strong> uma forma organizada em sua estrutura e realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s,<br />
pois a segurança <strong>de</strong> estar contribuin<strong>do</strong> para uma organização que é realmente comprometida com a<br />
sua causa é muito motiva<strong>do</strong>r para os voluntários.<br />
Outro fator que é absolutamente importante para a manutenção da motivação é o sistema <strong>de</strong> reconhecimento.<br />
As necessida<strong>de</strong>s por recompensas variam <strong>de</strong> pessoas para pessoas. Alguns necessitam mais <strong>do</strong><br />
que outros da aprovação <strong>do</strong> seu serviço, porém, todas se sentem lisonjeadas quan<strong>do</strong> <strong>de</strong> alguma forma o<br />
seu esforço é reconheci<strong>do</strong>.<br />
6.6.2<br />
Reconhecimento<br />
Na escola, na família, no serviço, no convívio social ou na ativida<strong>de</strong> voluntária, o reconhecimento é um<br />
<strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s combustíveis <strong>do</strong> ser humano. Por mais abnega<strong>do</strong> que seja um indivíduo, ver o resulta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />
37
38<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
seu esforço voluntário valoriza<strong>do</strong> afaga a alma, traz satisfação pessoal e um certo senso <strong>de</strong> essencialida<strong>de</strong>.<br />
A simples constatação <strong>do</strong>s benefícios que a ação voluntária gera já é, por si só, um forte estímulo para<br />
continuar o serviço. Porém, quan<strong>do</strong> o mérito <strong>de</strong>ssa ação é conheci<strong>do</strong> e oficialmente reconheci<strong>do</strong>, os<br />
ânimos parecem renovar-se.<br />
Mas nem toda forma <strong>de</strong> reconhecimento surte os mesmos efeitos nas pessoas. Alguns voluntários sentem-se<br />
melhor quan<strong>do</strong> os seus esforços são valoriza<strong>do</strong>s num círculo restrito <strong>de</strong> colegas, no serviço ou<br />
na comunida<strong>de</strong>. Outros apreciam ver a sua história no informativo da instituição, servin<strong>do</strong> como exemplo<br />
para suscitar novas ações. Outros, ainda, gostam <strong>de</strong> se sentir elos <strong>de</strong> uma corrente, membros <strong>de</strong> um<br />
time, daí a valorização <strong>do</strong> serviço em equipe ser mais importante.<br />
Parte <strong>do</strong> sucesso da estratégia <strong>de</strong> valorização e reconhecimento é <strong>de</strong>scobrir qual a maneira mais a<strong>de</strong>quada<br />
<strong>de</strong> homenagear seus voluntários, sobretu<strong>do</strong> aqueles que realmente se <strong>de</strong>stacaram, sem diminuir o<br />
serviço <strong>do</strong>s outros. Afinal, as políticas <strong>de</strong> reconhecimento e valorização <strong>de</strong>vem servir como estimulação e<br />
não como instrumento <strong>de</strong> competição. Um <strong>do</strong>s segre<strong>do</strong>s para evitar esse risco é não <strong>de</strong>ixar que o grupo<br />
<strong>de</strong> voluntários perca <strong>de</strong> vista a dimensão da solidarieda<strong>de</strong> e da cidadania, o compromisso maior espera<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong> cada um na promoção <strong>do</strong> bem comum.<br />
Listamos, a seguir, algumas sugestões <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> valorização e reconhecimento. Na dúvida, comece<br />
com um sincero “muito obriga<strong>do</strong>”, que é <strong>de</strong> longe a expressão mais utilizada nos eventos e conferências<br />
das organizações <strong>de</strong> fomento ao voluntaria<strong>do</strong> em países como os Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e Canadá, que são<br />
especialistas em manter contingentes <strong>de</strong> voluntários sempre a postos.<br />
Formas <strong>de</strong> valorização e reconhecimento:<br />
• Premiações por equipe, baseadas em critérios claros, objetivos e, <strong>de</strong> preferência, que tenham si<strong>do</strong><br />
<strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s com a participação <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os voluntários. Recomenda-se que o prêmio seja mais simbólico<br />
<strong>do</strong> que material, em sintonia com a própria causa, e que seja algo <strong>de</strong>seja<strong>do</strong> pelos voluntários — um<br />
certifica<strong>do</strong>, troféu, um curso <strong>de</strong> capacitação, etc.<br />
• Divulgação das ações <strong>do</strong> voluntário ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas equipes <strong>de</strong> voluntários nos veículos <strong>de</strong><br />
comunicação da organização (boletins, murais, ví<strong>de</strong>o-jornais, revistas, intranet);<br />
• Indicação <strong>de</strong> voluntários para falarem com a imprensa;<br />
• Distribuição <strong>de</strong> broches (pins) e camisetas;<br />
• Envio <strong>de</strong> cartas <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimento assinadas pela direção <strong>do</strong> Departamento Regional;<br />
• Convite aos voluntários para que apresentem suas experiências aos <strong>de</strong>mais colegas da empresa;<br />
• Visita <strong>do</strong>s diretores e gerentes <strong>de</strong> Unida<strong>de</strong> ao local <strong>de</strong> trabalho <strong>do</strong> voluntários;<br />
• Realização <strong>de</strong> eventos especiais.<br />
O reconhecimento <strong>de</strong>ve ser:<br />
• Personaliza<strong>do</strong><br />
• Basea<strong>do</strong> nas necessida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong>sejos <strong>do</strong> voluntário
• Mereci<strong>do</strong><br />
• Imediato<br />
• Contínuo<br />
• Criativo<br />
• Inova<strong>do</strong>r<br />
• Diverti<strong>do</strong><br />
• Varia<strong>do</strong><br />
• Foca<strong>do</strong><br />
• Amplamente divulga<strong>do</strong><br />
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
Como última observação cabe lembrar a necessida<strong>de</strong> <strong>do</strong> agra<strong>de</strong>cimento quan<strong>do</strong> alguém se retira da<br />
instituição. Recomenda-se valorizar sempre o serviço que foi feito, transforman<strong>do</strong> esta situação em uma<br />
sensação <strong>de</strong> “<strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong>”, e por isso merece<strong>do</strong>r <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimentos por parte da Direção Regional<br />
ou seu representante.<br />
O fato <strong>de</strong> se valorizar aquele que se retira com o <strong>de</strong>ver cumpri<strong>do</strong> é um fator <strong>de</strong> motivação para que<br />
outras pessoas sigam aquele exemplo dignifica<strong>do</strong> por to<strong>do</strong>s, e em última análise, uma forma <strong>de</strong> contribuirmos<br />
para uma cultura <strong>de</strong> valorização e incentivo <strong>do</strong> voluntaria<strong>do</strong>.<br />
6.6.3<br />
Supervisão e Avaliação<br />
O acompanhamento contínuo e sistemático <strong>do</strong> trabalho da equipe <strong>de</strong> voluntários, discutin<strong>do</strong> com seus<br />
integrantes e com a equipe remunerada os avanços e <strong>de</strong>safios a enfrentar, é uma forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver<br />
nas equipes um senso <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> pelos resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> trabalho e facilitar a i<strong>de</strong>ntificação das<br />
falhas, assim como as formas <strong>de</strong> corrigi-las.<br />
A supervisão das ativida<strong>de</strong>s e a avaliação <strong>do</strong> <strong>de</strong>sempenho apóiam-se, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> geral, sobre os direitos<br />
e <strong>de</strong>veres <strong>do</strong> voluntário e <strong>de</strong>verão estar baseadas em critérios claros relaciona<strong>do</strong>s aos objetivos <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s<br />
no projeto <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong>.<br />
É sempre interessante dar oportunida<strong>de</strong> ao voluntário <strong>de</strong> fazer a sua auto-avaliação, assim como <strong>de</strong> discutir<br />
e apresentar suas contribuições acerca <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> trabalho em espaços <strong>de</strong> reunião <strong>de</strong> equipe.<br />
Uma forma <strong>de</strong> gerenciar o voluntaria<strong>do</strong> <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a pre<strong>de</strong>finir uma avaliação sistemática é optar por<br />
Termos <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são com prazo <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>. Estabelece-se um prazo e, no término <strong>de</strong>ste, faz-se uma<br />
avaliação que <strong>de</strong>ve ser bilateral e que po<strong>de</strong>rá resultar em:<br />
• Renovação <strong>do</strong> contrato: as partes estão satisfeitas, o voluntário continuará a colaborar na mesma<br />
situação.<br />
• Renegociação da relação: a avaliação po<strong>de</strong>rá <strong>de</strong>terminar o estabelecimento <strong>de</strong> novas metas com<br />
prazo <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> para realização <strong>de</strong> nova avaliação, ou concluir pelo remanejamento <strong>do</strong> voluntário<br />
no próprio Programa, ou ainda, por seu <strong>de</strong>sligamento.<br />
3
40<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
Instrumentos sugeri<strong>do</strong>s:<br />
Ficha <strong>de</strong> Avaliação Periódica <strong>do</strong> Voluntário: Anexo VI<br />
Questionário <strong>de</strong> Motivação Pessoal: Anexo VII<br />
Ficha <strong>de</strong> Auto-Avaliação <strong>do</strong> Serviço Voluntário: Anexo VIII<br />
Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Certifica<strong>do</strong> <strong>de</strong> Agra<strong>de</strong>cimento pelo Serviço Voluntário: Anexo IX<br />
6.6.4<br />
Caso o Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> voluntários entenda que o voluntário será mais bem aproveita<strong>do</strong> em outra função,<br />
ou que para evitar algum tipo <strong>de</strong> conflito é melhor que ele seja posiciona<strong>do</strong> em outra área ou ativida<strong>de</strong>,<br />
<strong>de</strong>verá tratar o assunto com muito cuida<strong>do</strong>. Apresentamos algumas orientações nesse senti<strong>do</strong>:<br />
• Ter cuida<strong>do</strong> para que o remanejamento seja fruto exclusivamente da comparação entre as necessida<strong>de</strong>s<br />
da função e o <strong>de</strong>sempenho <strong>do</strong> voluntário, sem que para isto ocorram antipatias ou simpatias e<br />
outras manifestações <strong>de</strong> cunho pessoal.<br />
• Consultar o voluntário sobre o assunto, expon<strong>do</strong> a necessida<strong>de</strong> da organização, pois a mudança não<br />
po<strong>de</strong> acontecer sem a concordância <strong>do</strong> voluntário;<br />
• O remanejamento po<strong>de</strong> ser apresenta<strong>do</strong> tanto como uma transferência para outra função, como<br />
para uma promoção a um cargo <strong>de</strong> maior responsabilida<strong>de</strong>. Isto po<strong>de</strong> fazer toda diferença na hora <strong>de</strong><br />
comunicar o voluntário;<br />
• Deve-se também fazer um acompanhamento <strong>de</strong> adaptação à nova equipe on<strong>de</strong> o voluntário foi<br />
inseri<strong>do</strong>.<br />
Se a <strong>de</strong>cisão pelo remanejamento resultar da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> evitar conflitos e, após ter sugeri<strong>do</strong> várias<br />
soluções, a única saída for pedir que o voluntário se afaste, é aconselhável chegar a um acor<strong>do</strong>. Porém,<br />
<strong>de</strong>ve-se oferecer aos voluntários outras oportunida<strong>de</strong>s antes <strong>de</strong> aconselhar o seu afastamento: orientação<br />
específica, estabelecer um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> observação, após o qual se <strong>de</strong>ve realizar uma nova avaliação <strong>de</strong> seu<br />
<strong>de</strong>sempenho, como também a realização <strong>de</strong> outro tipo <strong>de</strong> tarefa.<br />
Os voluntários são um importante recurso humano e <strong>de</strong>ve-se tentar que não aban<strong>do</strong>nem a organização,<br />
a menos que sua atuação seja prejudicial ao programa.<br />
6.7<br />
Remanejamento <strong>do</strong> Voluntário<br />
DESLIGAMENTO<br />
Uma das coisas difíceis <strong>de</strong> se aceitar é que a relação <strong>de</strong> serviço voluntário acaba.<br />
A sensação <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> uma pessoa com a qual se convive há tanto tempo e o vislumbre da dificulda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> encontrar novo colabora<strong>do</strong>r faz com que se tomem atitu<strong>de</strong>s até certo ponto injustas com quem está se<br />
retiran<strong>do</strong> – o que faz com que ele se sinta mal por “aban<strong>do</strong>nar” seu serviço.<br />
O término da relação entre voluntário e organização social é uma etapa que não se po<strong>de</strong> ignorar, pois<br />
po<strong>de</strong> acontecer por motivos inerentes a ambas as partes.<br />
Depois <strong>de</strong> um tempo <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação, o voluntário sente vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> parar ou <strong>de</strong> ir trabalhar em outra<br />
organização. Isto <strong>de</strong>ve ser visto com normalida<strong>de</strong> e apoia<strong>do</strong>, enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> que o Programa MESA BRASIL
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
SESC contribuiu com a socieda<strong>de</strong> como um to<strong>do</strong> envian<strong>do</strong> um voluntário treina<strong>do</strong> para uma Organização<br />
similar.<br />
6.7.1<br />
Quan<strong>do</strong> um voluntário não se adapta ao Programa, o melhor é ajudá-lo a perceber isso <strong>de</strong> um mo<strong>do</strong><br />
objetivo, sugerin<strong>do</strong> outras organizações ou um tipo <strong>de</strong> serviço voluntário mais apropria<strong>do</strong> a suas capacida<strong>de</strong>s.<br />
Um <strong>de</strong>sempenho ineficiente não é a única razão para afastar um voluntário da organização. Existem<br />
outras razões <strong>de</strong> maior peso e importância como motivos éticos e morais (divulgar informações confi<strong>de</strong>nciais<br />
sobre os beneficiários, fazer uma ofensa grave a outros voluntários ou aos funcionários, tirar<br />
proveito da vulnerabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s beneficiários, etc.).<br />
O <strong>de</strong>sgaste natural da relação ou o término da ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhada também po<strong>de</strong> culminar com<br />
o <strong>de</strong>sligamento provisório ou <strong>de</strong>finitivo <strong>do</strong> voluntário. Em to<strong>do</strong>s os casos, mas principalmente neste, é<br />
importante que fique claro o motivo <strong>do</strong> afastamento <strong>do</strong> voluntário, para a manutenção <strong>de</strong> uma boa relação<br />
e talvez até um possível retorno.<br />
6.7.2<br />
Qualquer motivo alega<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve ser respeita<strong>do</strong> e aceito, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que tenha si<strong>do</strong> uma <strong>de</strong>cisão madura<br />
e consciente.<br />
Importante saber:<br />
Desligamento pela Instituição Social<br />
Solicitação <strong>de</strong> Desligamento pelo Voluntário<br />
• Recomendamos que o fim da relação entre o voluntário e o Departamento Regional aconteça <strong>de</strong><br />
comum acor<strong>do</strong>, fazen<strong>do</strong> constar no Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são uma anotação assinada por ambas as partes,<br />
referente a esta finalização da prestação <strong>do</strong> serviço voluntário.<br />
• Não se <strong>de</strong>ve esquecer o agra<strong>de</strong>cimento pela <strong>de</strong>dicação e pela contribuição dadas à organização.<br />
• Não é necessário a utilização <strong>de</strong> Termo <strong>de</strong> Desligamento/Desistência.<br />
41
Anexos<br />
Anexo I<br />
Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são ao Serviço Voluntário<br />
Lei <strong>do</strong> Serviço Voluntário<br />
Anexo II<br />
Regimento Interno<br />
Anexo III<br />
Ficha Cadastral <strong>de</strong> Voluntários<br />
Anexo IV<br />
Diagnóstico por Funcionário<br />
Anexo V<br />
Descritivo <strong>de</strong> Função<br />
Anexo VI<br />
Ficha <strong>de</strong> Avaliação Periódica <strong>do</strong> Voluntário<br />
Anexo VII<br />
Questionário <strong>de</strong> Motivação Pessoal<br />
Anexo VIII<br />
Ficha <strong>de</strong> Auto-Avaliação <strong>do</strong> Serviço Voluntário<br />
Anexo IX<br />
Certifica<strong>do</strong> pelo Serviço Voluntário<br />
Anexo X<br />
Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Projeto
ANEXO I<br />
TERMO DE ADESÃO AO SERVIÇO VOLUNTÁRIO<br />
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
Nome da instituição que receberá o serviço voluntário:______________________________________<br />
En<strong>de</strong>reço:_________________________________________________________________________<br />
CNPJ:____________________________________________________________________________<br />
Área <strong>de</strong> atuação: ___________________________________________________________________<br />
Nome <strong>do</strong> voluntário(a):_______________________________________________________________<br />
Documento <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>:_________________ CPF:____________________Tel._________________<br />
En<strong>de</strong>reço: _________________________________________________________________________<br />
O serviço voluntário a ser <strong>de</strong>sempenha<strong>do</strong> junto a esta instituição, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com a Lei nº. 9.608 <strong>de</strong><br />
18/2/1998, no verso transcrita, será o <strong>de</strong>________________________________________________<br />
________________________________________que é ativida<strong>de</strong> não remunerada, e não gera vínculo<br />
empregatício nem funcional, ou quaisquer obrigações trabalhistas, previ<strong>de</strong>nciárias e afins. Será realiza<strong>do</strong><br />
às___________________________________ no horário_____________________.<br />
Os resulta<strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s são___________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
• As <strong>de</strong>spesas a serem ressarcidas <strong>de</strong>verão antecipadamente ter autorização expressa.<br />
• O presente Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são estará em vigor a partir da data <strong>de</strong> sua assinatura pelas partes interessadas<br />
e po<strong>de</strong>rá ser rescindi<strong>do</strong> a qualquer momento mediante comunicação escrita <strong>de</strong> uma das partes a outra,<br />
com antecedência mínima <strong>de</strong> três dias, motivan<strong>do</strong> a <strong>de</strong>cisão.<br />
Declaro estar ciente da legislação específica sobre serviço voluntário e aceito atuar como voluntário(a)<br />
nos termos <strong>do</strong> presente Termo <strong>de</strong> A<strong>de</strong>são.<br />
______________________________________ _______________________<br />
Cida<strong>de</strong> Data<br />
______________________________________<br />
Assinatura <strong>do</strong> voluntário<br />
______________________________________ ____________________________________<br />
Testemunha Testemunha<br />
__________________________________________________________________________________<br />
Nome e assinatura <strong>do</strong> responsável pela instituição/cargo que ocupa<br />
DESLIGAMENTO<br />
Data:________________ Iniciativa: ( ) Voluntário ( ) Instituição<br />
Motivo:___________________________________________________________________________<br />
_________________________________ ______________________________________<br />
Assinatura Responsável pela instituição Assinatura <strong>do</strong> voluntário(a)<br />
43
44<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
Lei nº .608, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1 8<br />
LEI DO SERVIÇO VOLUNTÁRIO<br />
Dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências.<br />
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA<br />
Faço saber que o Congresso Nacional <strong>de</strong>creta e eu sanciono a seguinte Lei:<br />
Artigo 1 - Consi<strong>de</strong>ra-se serviço voluntário, para fins <strong>de</strong>sta Lei, a ativida<strong>de</strong> não remunerada, prestada por<br />
pessoa física a entida<strong>de</strong> pública <strong>de</strong> qualquer natureza ou instituição privada <strong>de</strong> fins não lucrativos, que<br />
tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou <strong>de</strong> assistência social, inclusive,<br />
mutualida<strong>de</strong>.<br />
Parágrafo Único: O serviço voluntário não gera vínculo empregatício nem obrigação <strong>de</strong> natureza trabalhista,<br />
previ<strong>de</strong>nciária ou afim.<br />
Artigo 2 - O serviço voluntário será exerci<strong>do</strong> mediante a celebração <strong>de</strong> termo <strong>de</strong> a<strong>de</strong>são entre a entida<strong>de</strong>,<br />
pública ou privada, e o presta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> serviço voluntário, <strong>de</strong>le <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> constar o objeto e as condições <strong>do</strong><br />
seu exercício.<br />
Artigo 3 - O presta<strong>do</strong>r <strong>do</strong> serviço voluntário po<strong>de</strong>rá ser ressarci<strong>do</strong> pelas <strong>de</strong>spesas que comprovadamente<br />
realizar no <strong>de</strong>sempenho das ativida<strong>de</strong>s voluntárias.<br />
Parágrafo Único: As <strong>de</strong>spesas a serem ressarcidas <strong>de</strong>verão estar expressamente autorizadas pela entida<strong>de</strong><br />
a que for presta<strong>do</strong> o serviço voluntário.<br />
Artigo 4 - Esta Lei entra em vigor na data <strong>de</strong> sua publicação.<br />
Artigo 5 - Revogam-se as disposições em contrário.<br />
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO<br />
Brasília, 18 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 1998
ANEXO II<br />
REGIMENTO INTERNO<br />
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
O voluntário é aquele que <strong>do</strong>a seu tempo, serviço, talento em prol <strong>de</strong> uma causa em que acredita. Prestar<br />
um serviço voluntário não é uma atitu<strong>de</strong> casual, <strong>de</strong>ve ser realiza<strong>do</strong> com consciência, responsabilida<strong>de</strong> e<br />
comprometimento, portanto requer algumas condições básicas:<br />
1. I<strong>de</strong>ntificar-se com a missão e os objetivos da organização social.<br />
2. Ser assíduo e pontual nos dias <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s para o serviço voluntário. Seu setor <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e seu horário<br />
serão <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s em função <strong>de</strong> suas aptidões e seus interesses evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong>s na entrevista e nas<br />
necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada área <strong>de</strong> atuação.<br />
3. Notificar eventuais faltas com antecedência para viabilizar sua substituição.<br />
4. Comunicar os perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> folga <strong>de</strong>sejáveis com antecedência.<br />
5. Participar das reuniões e cursos para os quais for convoca<strong>do</strong>.<br />
6. Ouvir atentamente todas as instruções para cumpri-las em to<strong>do</strong>s os seus <strong>de</strong>talhes.<br />
7. Aceitar supervisão, controle e eventuais críticas <strong>de</strong> seus coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res.<br />
8. Não assumir o lugar <strong>do</strong> técnico ou <strong>do</strong> profissional, procuran<strong>do</strong> colaborar com eles.<br />
. Não criticar e nem procurar modificar a rotina <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong> nenhum setor. To<strong>do</strong>s os problemas e sugestões<br />
<strong>de</strong>vem ser leva<strong>do</strong>s à Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Voluntários, que irá tomar as providências necessárias.<br />
10. Trabalhar em harmonia tanto na sua equipe <strong>de</strong> voluntários, como na equipe contratada.<br />
11. Usar telefones, computa<strong>do</strong>res, enfim, to<strong>do</strong>s os equipamentos <strong>do</strong> escritório somente para tarefas<br />
ligadas ao seu serviço voluntário na organização.<br />
12. Não usar o nome da organização para angariar fun<strong>do</strong>s, pedir <strong>do</strong>nativos, obter regalias.<br />
13. Apresentar relatório <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas autorizadas pela coor<strong>de</strong>nação, para reembolso.<br />
14. Não são permitidas vendas <strong>de</strong> qualquer espécie, arrecadação <strong>de</strong> valores, abaixo-assina<strong>do</strong>s, no ambiente<br />
<strong>de</strong> serviço.<br />
15. Manter atualiza<strong>do</strong>s en<strong>de</strong>reço e telefone <strong>de</strong> contato.<br />
16. Não dar <strong>de</strong>clarações à imprensa ou participar <strong>de</strong> palestras, <strong>de</strong>bates etc., em nome da entida<strong>de</strong>, sem<br />
autorização prévia da diretoria da organização.<br />
17. Em caso <strong>de</strong> afastamento ou <strong>de</strong>sligamento, comunicar com antecedência a Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Voluntários.<br />
18. Para manipulação <strong>do</strong>s alimentos, <strong>de</strong>verá estar <strong>de</strong>vidamente paramenta<strong>do</strong>.<br />
1 . Utilizar crachás nas <strong>de</strong>pendências da instituição.<br />
20. Zelar pelo material recebi<strong>do</strong>.<br />
45
46<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
ANEXO III<br />
FICHA CADASTRAL DE VOLUNTÁRIOS<br />
1. Nome completo: _________________________________________________________________<br />
Data <strong>de</strong> nascimento: ____/____/____ I<strong>de</strong>nt.:___________________ CPF:__________________<br />
Sexo: M F Esta<strong>do</strong> Civil: ___________________ Nacionalida<strong>de</strong>: ___________________<br />
En<strong>de</strong>reço resi<strong>de</strong>ncial: ________________________________________________________________<br />
Bairro: ___________________ Cida<strong>de</strong>: ___________________ CEP: _____________________<br />
Tel Res.:___________________ Fax.:___________________ E-mail:______________________<br />
Tel. Com.:___________________ Tel. Cel.:___________________<br />
Preferência para contato: residência trabalho<br />
2. Situação Profissional:<br />
Aposenta<strong>do</strong> Desemprega<strong>do</strong> Emprega<strong>do</strong> Do Lar Autônomo Estudante<br />
3. Escolarida<strong>de</strong>: (I<strong>de</strong>ntifique a área)<br />
Fundamental: _______________ Superior: ____________________<br />
Médio: ____________________ Curso Ténico: ____________________<br />
Completo Incompleto Cursan<strong>do</strong><br />
4. Preferências para a atuação voluntária:<br />
Com o que gostaria <strong>de</strong> atuar como voluntário? Indique sua preferência.<br />
Coletan<strong>do</strong>, selecionan<strong>do</strong> e distribuin<strong>do</strong> alimentos Apoian<strong>do</strong> ações educativas<br />
Auxilian<strong>do</strong> campanhas e eventos Desenvolven<strong>do</strong> tarefas administrativas<br />
Ministran<strong>do</strong> palestras e cursos Captan<strong>do</strong> novos <strong>do</strong>a<strong>do</strong>res Outros<br />
Quais dias da semana você tem disponibilida<strong>de</strong> para o serviço voluntário?<br />
2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ªfeira<br />
6ª feira Sába<strong>do</strong> Domingo<br />
Perío<strong>do</strong> para o serviço voluntário:<br />
Manhã Tar<strong>de</strong> Noite<br />
Pessoa <strong>de</strong> Contato:<br />
Nome: _______________________________________________________<br />
Telefone:__________________<br />
Data: ____/____/ 200__ Assinatura: ____________________________________________
ANEXO IV<br />
DIAGNóSTICO POR FUNCIONÁRIO<br />
ÁREA: _______________________________________<br />
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
1. Faça uma lista das tarefas que você gostaria <strong>de</strong> ter realiza<strong>do</strong> na semana anterior, mas não pô<strong>de</strong> fazer.<br />
1.<br />
2.<br />
3.<br />
4.<br />
5.<br />
TAREFAS MOTIVOS<br />
2. Você gostaria <strong>de</strong> contar com um voluntário para ajudá-lo em seu trabalho?<br />
Sim Não<br />
3. Em que tarefa um voluntário po<strong>de</strong>ria ser útil?<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________<br />
_______________________________________________________________________________________________________________________<br />
47
48<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
MODELO PARA DESCRITIVO DE FUNÇÃO<br />
Objetivos<br />
Ativida<strong>de</strong>s<br />
Qualificação<br />
Carga Horária<br />
Local<br />
Supervisão<br />
Indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Êxito<br />
Benefícios<br />
ANEXO V<br />
DESCRITIVO DE FUNÇÃO<br />
TÍTULO SELECIONADOR DE ALIMENTOS<br />
EXEMPLO DE DESCRITIVO DE FUNÇÃO DE VOLUNTÁRIO<br />
TÍTULO SELECIONADOR DE ALIMENTOS<br />
Objetivos Selecionar alimentos recebi<strong>do</strong>s pelo MBS.<br />
Ativida<strong>de</strong>s<br />
Qualificação<br />
Carga Horária<br />
Separar alimentos por categoria;<br />
Descartar os alimentos impróprios para o consumo;<br />
Acondicionar em embalagens apropriadas;<br />
Separar os alimentos para as instituições conveniadas.<br />
Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunicação;<br />
Paciente;<br />
Observa<strong>do</strong>r.<br />
Total <strong>de</strong> 3 a 6 horas semanais, <strong>de</strong> segunda a quinta- feira com<br />
escalas diárias <strong>de</strong>:<br />
9h às 12h<br />
14h às 17h<br />
17h às 20h<br />
Local Se<strong>de</strong> <strong>do</strong> SESC.<br />
Supervisão<br />
Indica<strong>do</strong>res <strong>de</strong> Êxito<br />
Reporta-se à Coor<strong>de</strong>nação geral da unida<strong>de</strong> e à Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong><br />
Voluntários, com acompanhamento das ativida<strong>de</strong>s no dia-a-dia e<br />
avaliações sistemáticas.<br />
Bom relacionamento com a equipe <strong>de</strong> voluntários;<br />
Alto nível <strong>de</strong> aproveitamento <strong>do</strong>s alimentos.
Data: ____/____/____<br />
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
ANEXO VI<br />
FICHA DE AVALIAÇÃO PERIóDICA DO VOLUNTÁRIO<br />
Nome <strong>do</strong> voluntário: _________________________________________________________________<br />
Avaliação nº.: ___________________<br />
Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r da área on<strong>de</strong> o voluntário está aloca<strong>do</strong>: _______________________________________<br />
1. No geral, o voluntário tem se entrosa<strong>do</strong> com a organização?<br />
sim algumas vezes não<br />
Por quê? __________________________________________________________________________<br />
_________________________________________________________________________________<br />
2. O voluntário tem se empenha<strong>do</strong> para realizar as tarefas propostas?<br />
sim algumas vezes não<br />
Comentário: ________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
3. O trabalho realiza<strong>do</strong> pelo voluntário tem atingi<strong>do</strong> os objetivos propostos?<br />
sim não<br />
4. Ocorreu, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a última avaliação, algum fato relevante com relação ao comportamento <strong>do</strong> voluntá-<br />
rio que valha a pena ser <strong>de</strong>scrito?<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
5. Como você avalia o trabalho <strong>do</strong> voluntário no último perío<strong>do</strong>:<br />
ótimo bom regular insatisfatório<br />
Comentário: ________________________________________________________________________<br />
__ _______________________________________________________________________________<br />
* Esta ficha <strong>de</strong>ve ser preenchida pelo responsável direto pela ativida<strong>de</strong> <strong>do</strong> voluntário.<br />
4
50<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
ANEXO VII<br />
QUESTIONÁRIO DE MOTIVAÇÃO PESSOAL<br />
INSTRUÇÕES<br />
Leia cuida<strong>do</strong>samente cada frase incompleta e distribua 10 pontos nos três diferentes complementos.<br />
Marque mais pontos ao complemento com o qual se i<strong>de</strong>ntificam mais ou menos pontos aos <strong>de</strong>mais.<br />
Exemplo:<br />
O que eu mais <strong>de</strong>sejo na vida é...<br />
a) ser rico e famoso; 4<br />
b) ser aprecia<strong>do</strong> pelos <strong>de</strong>mais; 6<br />
c) me <strong>de</strong>dicar às artes plásticas. 0<br />
Você po<strong>de</strong> utilizar qualquer combinação que some <strong>de</strong>z pontos. Verifique se não há nem mais nem<br />
menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>z pontos no seu somatório. Este questionário não é um exame nem tem respostas boas ou<br />
más. Somente busca a obtenção <strong>de</strong> informações úteis para o seu conhecimento pela instituição. Por-<br />
tanto, é importante o que você realmente é e não o que gostaria <strong>de</strong> ser. Uma vez termina<strong>do</strong> o inventário,<br />
some as colunas e transporte os totais para o resumo.<br />
1. Sinto-me melhor com os outros quan<strong>do</strong>...<br />
a) eu dirijo<br />
b) eles me aceitam<br />
c) apren<strong>do</strong> alguma coisa com eles<br />
2. Obtenho o melhor <strong>de</strong> mim sen<strong>do</strong>...<br />
a) oportunista<br />
b) amistoso<br />
c) verda<strong>de</strong>iro comigo mesmo<br />
3. Sinto-me bem comigo mesmo quan<strong>do</strong>...<br />
a) procuro ser lí<strong>de</strong>r<br />
b) adapto-me ao grupo<br />
c) atuo por um i<strong>de</strong>al<br />
4. Eu me esforço mais quan<strong>do</strong>...<br />
a) existe dinheiro no meio<br />
b) reconhecem meu esforço<br />
c) gosto <strong>do</strong> que tenho <strong>de</strong> fazer<br />
5. Ao me relacionar com os outros penso...<br />
a) na influência que possuem<br />
b) na confiança que <strong>de</strong>positam em mim<br />
c) no que significam para meu <strong>de</strong>senvolvimento pessoal
6. Tenho mais me<strong>do</strong>...<br />
a) da pobreza<br />
b) da solidão<br />
c) da falta <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> na vida<br />
7. Costumo impressionar aos <strong>de</strong>mais me apresentan<strong>do</strong> como...<br />
a) uma pessoa astuta e sagaz<br />
b) carinhosa e comprometida<br />
c) culta e inteligente<br />
8. Diante <strong>do</strong> fracasso eu...<br />
a) sinto que <strong>de</strong>srespeitaram meus direitos<br />
b) procuro consolo nos outros<br />
c) procuro uma explicação que me aju<strong>de</strong> a melhorar<br />
. O que mais valorizo é...<br />
a) o êxito econômico<br />
b) a companhia <strong>de</strong> minha família<br />
c) os êxitos profissionais<br />
10. Para vencer as dificulda<strong>de</strong>s eu...<br />
a) uso todas as minhas forças<br />
b) preciso <strong>de</strong> ajuda <strong>do</strong>s <strong>de</strong>mais<br />
c) conto com a minha formação interior<br />
RESULTADOS DOS TESTES<br />
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
Em geral, quem tem mais “respostas (a)” relaciona-se mais com o PODER, quem tem mais “respostas<br />
(b)” relaciona-se com EMOÇÃO E AFEIÇÃO e a maioria <strong>de</strong> “respostas (c)” indica propensão à REALI-<br />
ZAÇÃO PESSOAL. Abaixo, <strong>de</strong>lineamos como tratar com cada tipo <strong>de</strong> candidato a voluntário.<br />
Com pessoas motivadas pelo po<strong>de</strong>r (maioria <strong>de</strong> ponto a):<br />
• Trabalho que lhes permitam persuadir as pessoas.<br />
• Trabalhos que lhes permitam interagir com os membros <strong>do</strong>s Conselhos e altos dirigentes.<br />
• Trabalhos que lhes ofereçam oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensinar aos outros.<br />
• Reconhecimento que atesta sua influência.<br />
• Socializar com pessoas <strong>de</strong> autorida<strong>de</strong> e certa influência.<br />
• Solicitar suas sugestões sobre formas com que a instituição po<strong>de</strong>ria obter mais reconhecimento e<br />
impacto na socieda<strong>de</strong>.<br />
• Cartas <strong>de</strong> recomendação que mencionem o impacto e a importância <strong>de</strong> suas ações em to<strong>do</strong>s os meios<br />
<strong>de</strong> comunicação da comunida<strong>de</strong> possíveis.<br />
• Cartas aos familiares enfatizan<strong>do</strong> o impacto obti<strong>do</strong> para beneficiar a instituição, os clientes, a comunida<strong>de</strong>.<br />
• Trabalhos que ofereçam maior responsabilida<strong>de</strong> e autorida<strong>de</strong>.<br />
• Uma <strong>de</strong>scrição <strong>do</strong> trabalho e <strong>do</strong> cargo que impressione bem.<br />
51
52<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
• Notas personalizadas <strong>do</strong>s supervisores e altos dirigentes agra<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> seu aporte para melhorar a<br />
comunida<strong>de</strong>.<br />
• Programas que levem seus nomes.<br />
• Oportunida<strong>de</strong> para contribuir com o estabelecimento das metas.<br />
• Oportunida<strong>de</strong>s para inovar, questionar e <strong>de</strong>bater as <strong>de</strong>cisões.<br />
• Permitir que exprimam suas idéias.<br />
• Apresentá-las a pessoas influentes.<br />
• Oportunida<strong>de</strong>s para negociar.<br />
• Oportunida<strong>de</strong> para ven<strong>de</strong>r os serviços da organização.<br />
• Oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>gestão</strong> com os corpos legislativos e comitês.<br />
• Compartilhan<strong>do</strong> aspirações organizacionais.<br />
• Envolvimento nas <strong>de</strong>cisões que afetam o futuro da organização.<br />
• Contatos na área <strong>de</strong> relações públicas e <strong>de</strong> mídia.<br />
• Oportunida<strong>de</strong>s para treinamentos fora da organização.<br />
• Formar parte <strong>de</strong> mesas-re<strong>do</strong>ndas e <strong>de</strong>bates públicos.<br />
• Oportunida<strong>de</strong>s para escrever artigos, publicações, livros etc.<br />
Com pessoas motivadas pelo afeto e emoção (maioria <strong>de</strong> pontos b):<br />
• Reconhecimento na presença <strong>de</strong> colegas e membros da família.<br />
• Menção nos boletins ou comunica<strong>do</strong>s internos da empresa.<br />
• Nome ou fotografia em áreas públicas da organização.<br />
• Um bilhete personaliza<strong>do</strong> envia<strong>do</strong> pelo supervisor na empresa.<br />
• Um supervisor que se lembre <strong>do</strong> aniversário ou datas importantes.<br />
• Oportunida<strong>de</strong>s para socializar seu trabalho.<br />
• Cartas a membros da família agra<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> que compartilhem o tempo <strong>do</strong> voluntário com a organização.<br />
• Cartas <strong>de</strong> clientes ou <strong>de</strong> outras organizações da comunida<strong>de</strong>.<br />
• Avaliações que mostrem o êxito com talentos interpessoais.<br />
• Felicitações junto a seus amigos.<br />
• Expressar afeto e apreço pelo seu trabalho.<br />
• Treinamentos e capacitações personaliza<strong>do</strong>s no trabalho.<br />
• Oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cumprimentar ou dar as boas-vindas em eventos especiais.<br />
Com pessoas motivadas por realização pessoal (maioria <strong>de</strong> pontos c):<br />
• Oportunida<strong>de</strong>s para participar em tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões relativas a metas e resulta<strong>do</strong>s.<br />
• Delegação <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>s.<br />
• Oportunida<strong>de</strong>s para criar idéias inova<strong>do</strong>ras e conseguir suas metas.<br />
• Divulgar em locais públicos placas e reconhecimentos.<br />
• Cartas <strong>de</strong> recomendação e reconhecimento aos seus superiores ou aos jornais por um trabalho específico.<br />
• Trabalho com avaliações constantes para marcar os êxitos.<br />
• Algum prêmio ou reconhecimento por um programa específico.<br />
• Cartas aos membros da família.<br />
• Trabalhos que ofereçam maior responsabilida<strong>de</strong>.<br />
• Trabalhos com metas claras e fáceis <strong>de</strong> medir.<br />
• Trabalhos que ofereçam oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> superar um recor<strong>de</strong> numérico (financeiro, clientes atendi<strong>do</strong>s,<br />
tempo etc.).
• Notas personalizadas <strong>do</strong> supervisor.<br />
• Oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se sentirem parte integrante <strong>do</strong> to<strong>do</strong>.<br />
• Capacitações interativas.<br />
• Convites para participar em melhoras <strong>de</strong> eficiência da organização.<br />
• Oportunida<strong>de</strong>s para visitar e inspecionar instalações da organização.<br />
• Tomar cuida<strong>do</strong> para que o seu tempo não seja <strong>de</strong>sperdiça<strong>do</strong>.<br />
• Informan<strong>do</strong> com antecedência a pauta das reuniões.<br />
• Compartilhan<strong>do</strong> as necessida<strong>de</strong>s institucionais.<br />
• Cartas <strong>de</strong> felicitação <strong>do</strong>s Conselhos diretivos por resulta<strong>do</strong>s específicos.<br />
• Oportunida<strong>de</strong>s para questionar as <strong>de</strong>cisões.<br />
• Envolvimento nas <strong>de</strong>cisões que venham a afetá-los.<br />
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
53
54<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
ANEXO VIII<br />
FICHA DE AUTO-AVALIAÇÃO DO SERVIÇO VOLUNTÁRIO<br />
Nome: ____________________________________________________________________________<br />
Equipe <strong>de</strong> Trabalho: __________________________________________________________________<br />
Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r Técnico: ________________________________________________________________<br />
1. Como você se sente em relação ao seu <strong>de</strong>sempenho no trabalho?<br />
Está satisfatório? Po<strong>de</strong>ria melhorar? Como?<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
2. Você está receben<strong>do</strong> informações suficientes a respeito <strong>de</strong> seu <strong>de</strong>sempenho na organização social?<br />
Comente:<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
3. Sente-se motiva<strong>do</strong> para realizar seu trabalho? Por quê?<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
4. Sente-se satisfeito com a organização social? Comente.<br />
sim, sempre às vezes sim, outras não não (justifique)<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
5. Seu trabalho é <strong>de</strong>vidamente reconheci<strong>do</strong> pela coor<strong>de</strong>nação da equipe? E pela organização social?<br />
sim, sempre às vezes sim, outras não não<br />
Comente:<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
6. Dê su<strong>gestão</strong> <strong>do</strong> que po<strong>de</strong> ser feito pela organização para melhorar o <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> seu trabalho.<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
__________________________________________________________________________________<br />
7. Seu trabalho na organização:<br />
Dia da semana: _______________________ Tempo: ___________________ horas<br />
8. Atualize seus da<strong>do</strong>s:<br />
En<strong>de</strong>reço: _________________________________________________________________________<br />
Bairro:________________ Cida<strong>de</strong>:________________________ CEP:________________<br />
Telefone 1:________________________ Telefone 2:________________________<br />
Telefone 3:________________________ E-mail: ___________________________<br />
Importante: Todas as informações e comentários aqui conti<strong>do</strong>s são relevantes para a melhoria <strong>do</strong> trabalho<br />
da equipe e da organização.<br />
55
56<br />
SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />
ANEXO IX<br />
CERTIFICADO PELO SERVIÇO VOLUNTÁRIO
ANEXO X<br />
MODELO DE PROJETO<br />
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
TóPICOS A SEREM CONSIDERADOS NA ELABORAÇÃO DE UM PROJETO DE VOLUNTARIADO<br />
1. Introdução<br />
2. Apresentação<br />
3. Justificativa<br />
4. Objetivos<br />
4.1 Gerais<br />
4.2 Específicos<br />
5. Metas<br />
6. Missão<br />
7. Meto<strong>do</strong>logia<br />
7.1 Recrutamento<br />
7.2 Seleção<br />
7.3 A<strong>de</strong>são<br />
7.4 Capacitação/Integração<br />
7.5 Monitoramento/Avaliação<br />
7.6 Desligamento<br />
8. Descritivo <strong>de</strong> Função<br />
. Recursos<br />
9.1 Humano<br />
9.2 Material<br />
9.3 Financeiro<br />
10. Avaliação<br />
11. Bibliografia<br />
12. Anexos<br />
57
Bibliografia
MANUAL DE PROCEDIMENTOS E GESTÃO DO VOLUNTARIADO MESA BRASIL SESC<br />
ALLAN, Jane. Como i<strong>de</strong>ntificar e resolver problemas em sua equipe. São Paulo: Nobel, 1992. 198p.<br />
BURKE, Mary Ann; LILJENSTOLPE, Carl. Recruiting volunteers: a gui<strong>de</strong> for non-profits. Los Altos, CA:<br />
Crisp, 1992. 90p.<br />
CAMICAZA, Elena; GUERRERO, Miguel; DIOS, Rubén <strong>de</strong>. Planificación estratégica: meto<strong>do</strong>logía y plan<br />
estratégico <strong>de</strong> las organizaciones comunitarias. Buenos Aires: Centro Nacional <strong>de</strong> Organizaciones <strong>de</strong> la<br />
Comunidad, 1998. Não pagina<strong>do</strong>. (Capacitación a distancia en gestión <strong>de</strong> organizaciones comunitarias, 2).<br />
CAMPBELL, Katherine Noyes; ELLIS, Susan J. Gui<strong>de</strong> to volunteers management. Phila<strong>de</strong>lphia: Energize,<br />
1998.<br />
CENTRO DE VOLUNTARIADO DE SÃO PAULO. Gerenciamento <strong>de</strong> voluntários: estruturação e implementação<br />
<strong>de</strong> programas <strong>de</strong> voluntaria<strong>do</strong> em organizações sociais. São Paulo, 2001.<br />
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão <strong>de</strong> pessoas. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Campus, 1999. 457p.<br />
CURITIBA (PR). Prefeitura. Mo<strong>de</strong>lo colaborativo: experiência e aprendiza<strong>do</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento comunitário<br />
em Curitiba. Curitiba, 2002. 72p.<br />
GALIANO CORULLÓN, Mónica Beatriz (Org.). Planejamento e gerenciamento <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> voluntários:<br />
o papel <strong>do</strong> coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r. [S.l.]: Conselho da Comunida<strong>de</strong> Solidária, [19--]. Não pagina<strong>do</strong>.<br />
MACLEOD, Flora. Motivating and managing today´s volunteers: how to build and lead a terrific team.<br />
North Vancouver: Self-Counsel , 1993. 173p.<br />
MORRISON, Emily Kittle. Lea<strong>de</strong>rship skills: <strong>de</strong>veloping volunteers for organizational success. Tucson:<br />
Fisher Books, 1994. 223p.<br />
RANDOLPH, W. Allan; POSNER, Barry Z. Gerencia <strong>de</strong> proyectos: cómo dirigir exitosamente equipos <strong>de</strong><br />
trabajo. Santafé <strong>de</strong> Bogotá: McGraw-Hill, c1993. 162p.<br />
RIOVOLUNTÁRIO. <strong>Manual</strong> básico para administra<strong>do</strong>res <strong>de</strong> recursos humanos. Rio <strong>de</strong> Janeiro, [19--].<br />
51p.<br />
SCAVUZZO, José; MAIZTEGUI, Graciela. Planificación operativa. Buenos Aires: Centro Nacional <strong>de</strong><br />
Organizaciones <strong>de</strong> la Comunidad, 1998. 77p. (Capacitación a distancia en gestión <strong>de</strong> organizaciones<br />
comunitarias, 3).<br />
SCHEIER, Ivan H. Building staff/volunteer relations. Phila<strong>de</strong>lphia: Energize, 1996.<br />
SURDO, Eduar<strong>do</strong>. La magia <strong>de</strong> trabajar en equipo. Buenos Aires: Granica, 1998. 220p.<br />
VINEYARD, Sue. Secrets of motivation: how to get & keep volunteers & paid staff. Downers Grove: Heritage<br />
Arts, 1991.<br />
WEISS, Donald H. Como resolver (ou evitar) conflitos no trabalho. São Paulo: Nobel, 1994.<br />
WISINSKI, Jerry. Como resolver conflitos no trabalho. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Campus, 1995. 91p. (Trabalho<br />
eficaz).<br />
5
Papel Reciclato 90g/m2<br />
Fonte Helvetica Con<strong>de</strong>nsed - corpo 10