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O fim do reinado das 1550 - Portugal Ferroviário

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João Cunha<br />

Uma UTE 2240 sobre o viaduto <strong>do</strong> Côa, Maio de 2008<br />

gastasse cerca de 75 contos, dinheiro<br />

que veio depois a ser reembolsa<strong>do</strong><br />

pelo esta<strong>do</strong> Português, já que era<br />

este o responsável pelo suportar <strong>das</strong><br />

despesas adicionais.<br />

Entre tantas peripécias, deslizes<br />

financeiros e burocracia, o viaduto<br />

estava finalmente pronto a receber<br />

os comboios de passageiros e<br />

de merca<strong>do</strong>rias sem restrições, e<br />

voltava a normalidade tão necessária<br />

à tão importante ligação ferroviária<br />

desde o litoral até à fronteira com<br />

Espanha.<br />

Passaram-se 40 anos e a linha da<br />

Beira Alta foi-se afirman<strong>do</strong> cada<br />

vez mais como um <strong>do</strong>s principais<br />

acessos ferroviários entre <strong>Portugal</strong><br />

e Espanha (e resto da Europa),<br />

importância essa que leva a que<br />

em 1988 surja a EBA (Equipa<br />

Modernização da Linha da Beira<br />

Alta), de mo<strong>do</strong> a preparar a tão<br />

ansiada modernização, necessária<br />

para um aumento de segurança e<br />

da capacidade de transporte (tinha<br />

havi<strong>do</strong> três anos antes o terrível<br />

acidente de Alcafache causa<strong>do</strong><br />

pela inoperância <strong>do</strong>s sistemas de<br />

segurança da altura).<br />

O viaduto <strong>do</strong> Côa durante as obras<br />

de modernização é então alvo de<br />

uma completa vistoria e de uma total<br />

renovação de via, que englobou a<br />

substituição de travessas de madeira<br />

por travessas de betão em bi-bloco e<br />

a completa substituição <strong>do</strong> balastro<br />

existente por outro completamente<br />

novo. É prepara<strong>do</strong> o viaduto para<br />

a passagem de to<strong>do</strong>s os sistemas<br />

necessários à sinalização e ao<br />

Controle Automático de Velocidade<br />

(Convel), assim como são coloca<strong>do</strong>s<br />

exteriormente os postes referentes<br />

à catenária permitin<strong>do</strong> a completa<br />

electrificação entre a Pampilhosa e<br />

Vilar Formoso. É em 1996 que as<br />

obras são da<strong>das</strong> por termina<strong>das</strong>,<br />

deixan<strong>do</strong> a linha da Beira Alta e<br />

o Viaduto <strong>do</strong> Côa em condições<br />

perfeitas para a passagem <strong>do</strong>s<br />

mais varia<strong>do</strong>s tipos de comboio.<br />

Ainda hoje, o Viaduto <strong>do</strong> Côa, 64<br />

anos depois da sua construção<br />

permite a passagem <strong>das</strong> cargas<br />

máximas autoriza<strong>das</strong> na rede<br />

ferroviária nacional (categoria D4),<br />

o que nos leva a crer que estará aí<br />

balasTro<br />

durante mais alguns anos a servir<br />

o tráfego ferroviário entre comboios<br />

internacionais de merca<strong>do</strong>rias e<br />

comboios regionais e internacionais<br />

de passageiros.<br />

Agradecimento especial ao Sr<br />

António Fonseca<br />

Bibliografia:<br />

• Gazeta <strong>do</strong>s Caminhos de Ferro<br />

(vários números)<br />

• Boletim da CP nº227<br />

• Revista FER XXI (vários<br />

números)<br />

Foto Eng Azeve<strong>do</strong> Nazaré<br />

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