ALIMENTAÇÃO POR SONDA Nº. 15 Data da emissão - Hospital ...

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO
NORTE
SECRETARIA DE SAÚDE PÚBLICA
HOSPITAL MONSENHOR
WALFREDO GURGEL
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
AGENTE:
Enfermeiro e Técnico de enfermagem.
Procedimento
Operacional Padrão:
ALIMENTAÇÃO
POR SONDA
Nº. 15
Data da
emissão:
Maio /2009
Revisado em
Maio/2010
DEFINIÇÃO:
A alimentação ministrada por sonda envolve a deposição de uma fórmula nutritiva
líquida diretamente no estomago (o que é conhecido como gavagem gástrica), no
duodeno ou no jejuno.
Soluções nutrientes líquidas são fornecidas em diversas fórmulas para administração
através de uma sonda nasogástrica, sonda para dieta de pequeno calibre, sonda de
gastrostomia ou jejunostomia.
OBJETIVOS:
Manter a nutrição e a hidratação adequada nos clientes impossibilitados de receber
dieta por via oral. Está indicado nos casos de anorexia extrema, lesões na boca, cirurgias
orais, dificuldades na deglutição, clientes inconscientes e com síndromes neurológicas.
MATERIAL NECESSÁRIO:
Para dietas gástricas
Fórmula nutritiva.
Recipiente graduado.
Água (frasco).
Equipo com fecho regulador de fluxo.
Toalha ou protetor para roupa de cama.
Seringa de20 ml com ponta adaptadora.
Estetoscópio.
Opcional: bomba de infusão e equipo específico para dieta.

Para dietas duodenais ou jejunais
Fórmula nutritiva.
Equipo de administração enteral contendo um recipiente para gavagem.
Fecho do tipo roller ou regulador de fluxo, e conector de sonda.
Suporte para infusão.
Seringa de 20 ml com ponta adaptadora.
Água (frasco).
Opcional: equipo de administração por bomba (para bomba de infusão
enteral).
PROCEDIMENTO: Administração de Dieta Gástrica
1. Proporcionar privacidade e lave as mãos.
2. Informar ao cliente que ele irá receber alimentação através da sonda e
explique o procedimento. Se possível, forneça um horário das
nutrições subseqüentes.
3. Cobrir seu tórax com uma toalha ou protetor (para a sua proteção e
também das roupas de cama) contra derramamentos.
4. Elevar a cabeceira da cama para uma posição semi-Fowler ou Fowler
alta, para prevenir aspiração por refluxo gastresofágico e para
promover digestão.
5. Verificar o posicionamento da sonda para a dieta, para certificar que o
dispositivo não migrou desde a última alimentação. A administração
de nutrientes através da sonda mal posicionada pode resultar em
ingresso da fórmula nutritiva nos pulmões do cliente.
6. Verificar a desobstrução e a posição da sonda, retirar a tampa ou
plugue da sonda para dieta e usar a seringa para injetar 5 a 10 ml de ar
através da sonda. Ao mesmo tempo, ausculte o estômago do cliente.
Para confirmar o posicionamento da sonda no estômago, aspire
também conteúdo gástrico.
7. Avaliar o esvaziamento gástrico, aspirar e medir o conteúdo gástrico
residual. Suspender alimentação se o volume residual for maior que o
volume predeterminado na prescrição médica. Volte a instilar
qualquer aspirado que tenha sido obtido.
8. Conectar o conteúdo da bolsa de gavagem à sonda para dieta.
9. Retirar o ar do tubo e acople-o à sonda para dieta.
10. Abrir o fecho de regulagem no tubo da bolsa de gavagem e ajustar
apropriadamente a velocidade de fluxo. Se estiver usando uma
seringa, encha a seringa com fórmula nutritiva e libere a sonda para
dieta, para possibilitar que a fórmula flua pelo interior da seringa. A
altura de posicionamento da seringa determinará a velocidade de
fluxo. Quando a seringa estiver 3/4 vazia, coloque mais fórmula
nutritiva em seu interior.

11. Evitar que penetre ar na sonda e no estômago do cliente, jamais
permita que a seringa esvazie completamente. Sempre administre
lentamente a alimentação por sonda, para evitar distensão súbita do
estômago, o que pode causar náuseas, vômitos, cólicas ou diarréias.
12. Irrigar a tubulação adicionando cerca de 50 ml de água à bolsa de
gavagem ou à seringa; irrigue manualmente a tubulação usando uma
seringa com embolo. Esse procedimento manterá a desobstrução da
tubulação mediante remoção do excesso de fórmula nutritiva.
13. Irrigar a sonda para a dieta de 4 em 4 h, para ajudar a prevenir oclusão
da sonda. Se o cliente estiver sob nutrição contínua.
14. Monitorar o esvaziamento gástrico também de 4 em 4 h.
15. Suspender a alimentação gástrica após o término (dependendo do
equipamento que está usando), feche o grampo de regulagem no tubo
da bolsa de gavagem, desconecte a seringa da sonda para dieta ou
desligue o controlador de infusão.
16. Cobrir a ponta da sonda para dieta com o plugue ou com a tampa,
para prevenir vazamento e contaminação da sonda.
17. Deixar o cliente em uma posição semi-Fowler ou Fowler alta durante
pelo menos 30 minutos.
18. Trocar os equipos a cada 24 h.
PROCEDIMENTO: Administração de Nutrientes por Via Duodenal e Jejunal
1. Proporcionar privacidade e lave as mãos.
2. Informar ao cliente que ele irá receber alimentação através de sonda e
explicar o procedimento. Se possível, forneça o horário das nutrições
subseqüentes.
3. Elevar a cabeceira da cama e coloque o cliente em uma posição Fowler baixa.
4. Abrir o equipo de administração enteral e pendure o recipiente de gavagem
no suporte para infusão.
5. Medir o comprimento para verificar o posicionamento da sonda se estiver
sendo utilizada uma sonda nasoduodenal.
6. Abrir o grampo de fluxo e regule o fluxo para a velocidade desejada. Para
regulara a velocidade usando uma bomba de infusão volumétrica, seguir as
instruções do fabricante para regulagem do equipamento.
7. Irrigar a sonda de 4 em 4 h com água, para mantê-la desobstruída e
proporcionar hidratação.
8. Irrigar sonda de jejunostomia, de 2 em 2 h, para prevenir acúmulo de fórmula
nutritiva na sonda.
9. Trocar o equipamento a cada 24 h ou conforme a norma da instituição.
10. Registrar a data, o volume da fórmula nutritiva e o volume de água no
formulário de ingestão e excreção.
11. Anotar o volume do conteúdo gástrico residual; a verificação do
posicionamento da sonda; a quantidade, o tipo, a hora da alimentação; e
desobstrução da sonda.
12. Registrar qualquer alteração em relação a tolerância do cliente à alimentação.

OBSERVAÇÕES:
Se inicialmente a solução nutritiva não fluir através da seringa, acople o embolo e
aperte-o suavemente, para iniciar o fluxo. Em seguida, retire o embolo. Jamais
use o embolo para forçar a fórmula nutritiva através da sonda.
Se o cliente ficar nauseado ou vomitar, interrompa imediatamente a
administração da fórmula.
Para reduzir o desconforto orofaríngeo causado pela sonda, permita que o cliente
escove os dentes ou cuide regularmente de suas dentaduras, e incentive
freqüentes gargarejos. Se o cliente estiver inconsciente, administre cuidados
orais.
Use hidratante labial em lábios secos e rachados.
Limpe as narinas do cliente com swabs com ponta de algodão, aplique
lubrificante na mucosa, e avalie pele quanto a sinais de lesão ou descontinuidade.
Durante alimentação contínua, avalie freqüentemente o cliente quanto a distensão
abdominal.
Se o cliente apresentar diarréia, administre fórmulas nutritivas menos, freqüentes
e menos concentradas. E também se certifique de que a fórmula nutritiva não está
gelada e que o produto foi armazenado segundo as normas adequadas.
Medicamentos podem ser administrados por meio de sonda para dieta. Triture os
comprimidos ou abra as cápsulas e dilua o seu conteúdo em água, antes de
administrá-lo. Certifique-se de irrigar a sonda depois, para que haja garantia de
completa instilação do medicamento.
Sondas de pequeno calibre podem dobrar-se, se suspeitar desse problema, tente
trocar o cliente de posição, ou puxe a sonda por alguns centímetros, e reinicie o
procedimento. Jamais use um arame-guia para reposicionar a sonda.
Verifique a cada hora a velocidade do fluxo da fórmula nutritiva.
No caso de alimentação duodenal ou jejunal, muitos clientes toleram melhor um
gotejamento contínuo, em comparação com administrações em bolo.
Administração em bolo pode causar complicações tais como hiperglicemia e
diarréia.
Ver junto com SCIH normatização para freqüência de troca de sondas para
dietas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. Archer E... et al;. Procedimentos e Protocolos; revisão técnica
Marléa Chagas Moreira e Sônia Regina e Souza. – Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2005.
2. Dirce L.P.et al. Manual de Procedimentos em Pediatria- São
Caetano do Sul, SP;Yendis Editora, 2006.
Preparado por:
Enfª Edna Marta Mendes da Silva
COREN – 37665
Aprovado pelo SCIH: