Sistemas de proteção em higiene e segurança do trabalho Objetivo ...
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INTRODUÇÃO A ENGENHARIA DE SEGURANÇA – 02 s<strong>em</strong> 2009<br />
PROF. DANIEL BRAATZ – DEP/UFSCar<br />
TEXTO 04<br />
<strong>Sist<strong>em</strong>as</strong> <strong>de</strong> <strong>proteção</strong> <strong>em</strong> <strong>higiene</strong> e <strong>segurança</strong> <strong>do</strong> <strong>trabalho</strong><br />
<strong>Objetivo</strong><br />
Sist<strong>em</strong>atizar os mo<strong>de</strong>los clássicos <strong>de</strong> <strong>proteção</strong> <strong>de</strong> <strong>segurança</strong> e <strong>higiene</strong> <strong>do</strong> <strong>trabalho</strong> <strong>em</strong> ambientes <strong>de</strong><br />
<strong>trabalho</strong>.<br />
Introdução<br />
Antes <strong>de</strong> falar <strong>em</strong> tendência <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual (EPI) ou Coletiva<br />
(EPC), é necessário substituir as palavras ou idéias <strong>de</strong> equipamentos por méto<strong>do</strong>s ou sist<strong>em</strong>as. Isto<br />
porque nos cursos universitários e <strong>de</strong>ntro da filosofia e terminologia <strong>de</strong> Higiene Industrial as<br />
palavras méto<strong>do</strong> ou sist<strong>em</strong>as são mais abrangentes e, portanto, mais corretas.<br />
Se para aten<strong>de</strong>r a um probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> a indicação é um protetor auditivo, estamos nos referin<strong>do</strong><br />
precisamente a um méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>proteção</strong> individual <strong>do</strong> que a um equipamento. O mesmo se diz <strong>em</strong><br />
relação a um protetor respiratório que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> vários tipos, mas s<strong>em</strong>pre configuran<strong>do</strong> um<br />
méto<strong>do</strong> e n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre um equipamento, como por ex<strong>em</strong>plo um protetor respiratório <strong>de</strong>scartável que<br />
constitui um méto<strong>do</strong> e não um equipamento.<br />
Ambos os méto<strong>do</strong>s s<strong>em</strong>pre serão utiliza<strong>do</strong>s e continuarão a coexistir, até que seja minimizada ou<br />
eliminada a presença <strong>do</strong> hom<strong>em</strong> nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> risco, o que é bastante difícil. A escolha <strong>de</strong> um<br />
<strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s pelos profissionais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>do</strong> aperfeiçoamento tecnológico <strong>do</strong>s sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> <strong>proteção</strong>;<br />
da vonta<strong>de</strong> (política) das <strong>em</strong>presas <strong>em</strong> implantar os sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> <strong>proteção</strong> coletiva, quan<strong>do</strong> viável<br />
técnica e economicamente; <strong>do</strong> preparo e formação <strong>do</strong> pessoal encarrega<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s<br />
programas preventivos, e da força <strong>de</strong> convicção que os representantes <strong>de</strong> ambos os sist<strong>em</strong>as tiver<strong>em</strong><br />
na oferta <strong>de</strong> seus produtos.<br />
Conceitos<br />
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC), no campo da <strong>higiene</strong> e <strong>segurança</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>trabalho</strong>, é uma expressão genérica que po<strong>de</strong> significar sist<strong>em</strong>as, técnicas, méto<strong>do</strong>s, procedimentos<br />
ou equipamentos que têm a função <strong>de</strong> proteger as pessoas nos ambientes <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong> eliminan<strong>do</strong> ou<br />
reduzin<strong>do</strong> a <strong>em</strong>issão <strong>de</strong> agentes agressores à saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma coletiva, ou seja, efetivada no ambiente<br />
ou parte <strong>de</strong>ste <strong>de</strong> forma a proteger todas as pessoas uniform<strong>em</strong>ente.<br />
A <strong>proteção</strong> coletiva po<strong>de</strong> ser classificada <strong>em</strong>:<br />
a) Proteção na fonte gera<strong>do</strong>ra – sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>proteção</strong> que isola a fonte gera<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> ambiente<br />
on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>ria atuar. Este isolamento po<strong>de</strong> significar a redução da <strong>em</strong>issão <strong>do</strong> agente, por<br />
ex<strong>em</strong>plo um sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> coifa sobre um equipamento para retirada <strong>de</strong> gases gera<strong>do</strong>s por este<br />
equipamento; ou a eliminação <strong>do</strong> agente, como por ex<strong>em</strong>plo a substituição <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> uma<br />
máquina que <strong>em</strong>itia ruí<strong>do</strong>s.<br />
b) Proteção no percurso – sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>proteção</strong> que isola ou reduz a <strong>em</strong>issão <strong>de</strong> um agente<br />
ambiental no percurso entre a fonte gera<strong>do</strong>ra e o receptor (trabalha<strong>do</strong>r). Ex<strong>em</strong>plo: placa<br />
antirruí<strong>do</strong> separan<strong>do</strong> setores <strong>de</strong> uma <strong>em</strong>presa.
Po<strong>de</strong>-se, então, enten<strong>de</strong>r <strong>proteção</strong> coletiva como sen<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os méto<strong>do</strong>s, tecnologias ou<br />
equipamentos utiliza<strong>do</strong>s com o fim <strong>de</strong> diminuir a exposição <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r a certos contaminantes<br />
atmosféricos, esteja ele presente na forma <strong>de</strong> matéria ou energia. Portanto, por este conceito o termo<br />
<strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser reconheci<strong>do</strong> somente como um equipamento e inclui as alterações no processo,<br />
mudanças <strong>de</strong> matérias-primas, alterações <strong>de</strong> layout, medidas administrativas, etc.<br />
Estes conceitos r<strong>em</strong>et<strong>em</strong> para a preocupação <strong>de</strong> que a exposição a agressores ocupacionais comece<br />
na fase <strong>do</strong> projeto das instalações.<br />
As edificações <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser projetadas <strong>de</strong> tal forma que dissip<strong>em</strong> calor ou promovam uma ventilação<br />
natural para não permitir a concentração <strong>de</strong> contaminantes atmosféricos <strong>em</strong> seu interior, ou ainda<br />
que seja apropriada para que não intensifique a reverberação <strong>do</strong> ruí<strong>do</strong> gera<strong>do</strong> pelas máquinas e<br />
equipamentos que ali vão ser instala<strong>do</strong>s.<br />
Os equipamentos po<strong>de</strong>m ser adquiri<strong>do</strong>s ten<strong>do</strong>-se como base não somente sua capacida<strong>de</strong> produtiva<br />
e o seu preço, mas também a energia acústica que ele gera e seu isolamento, tanto térmico quanto as<br />
<strong>em</strong>issões <strong>de</strong> contaminantes atmosféricos. Uma vez concluídas as edificações, a compra e instalações<br />
<strong>de</strong> equipamentos, será mais difícil para os engenheiros resolver<strong>em</strong> os probl<strong>em</strong>as gera<strong>do</strong>s, pois vão<br />
ser necessárias mais horas <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> e soluções mais engenhosas.<br />
A aplicação <strong>de</strong>stes conceitos <strong>de</strong>ve ser feita por tipo <strong>de</strong> <strong>em</strong>presa, pois seja por questões <strong>de</strong> conforto,<br />
ou mesmo <strong>de</strong> risco à saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong>r, <strong>em</strong> menor ou maior escala, os <strong>em</strong>presários <strong>de</strong>v<strong>em</strong><br />
s<strong>em</strong>pre procurar promover um ambiente mais agradável para o trabalha<strong>do</strong>r produzir mais e melhor.<br />
Isto passa pelos conceitos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> total.<br />
Princípios <strong>de</strong> aplicação EPI x EPC<br />
Entre as vantagens <strong>de</strong> usar os sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> <strong>proteção</strong> coletiva, quan<strong>do</strong> possível, está a <strong>de</strong> abranger a<br />
totalida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res expostos direta e indiretamente, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da vonta<strong>de</strong> <strong>do</strong> pessoal<br />
exposto <strong>em</strong> utilizá-los ou não, e são mais fáceis <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> controla<strong>do</strong>s <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong><br />
manutenção. Não exig<strong>em</strong> atenção ou fiscalização <strong>de</strong> uso, por parte <strong>do</strong>s responsáveis pela Higiene e<br />
Segurança, programas administrativos <strong>de</strong> distribuição, higienização, substituição, controle <strong>de</strong><br />
estoques, programas educativos <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>s para os trabalha<strong>do</strong>res.<br />
Certas situações ou <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s tipos <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s laborais só po<strong>de</strong>m ser controladas com EPI.<br />
Por ex<strong>em</strong>plo, os mergulha<strong>do</strong>res, <strong>em</strong> ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> lazer ou <strong>em</strong> função específica <strong>de</strong> exploração<br />
submarina, só po<strong>de</strong>m trabalhar com EPIs apropria<strong>do</strong>s. As explorações espaciais também, e com<br />
EPIs altamente sofistica<strong>do</strong>s.<br />
Às vezes é necessário combinar os <strong>do</strong>is processos <strong>de</strong> controle. Em indústrias <strong>de</strong> produtos<br />
farmacêuticos, on<strong>de</strong> há geração <strong>de</strong> poeiras oriundas <strong>do</strong>s diversos componentes, o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong><br />
exaustão no drageamento é necessário. Mas, po<strong>de</strong> não ser suficiente, pela gran<strong>de</strong> difusibilida<strong>de</strong> das<br />
poeiras. Usa-se então o EPI, cuida<strong>do</strong>samente escolhi<strong>do</strong>, on<strong>de</strong> o monitoramento biológico e os<br />
exames médicos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser rigorosos para se <strong>de</strong>tectar alterações precoces na saú<strong>de</strong> <strong>do</strong>s indivíduos<br />
expostos.<br />
N<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre é preciso ou possível usar o EPC, por ex<strong>em</strong>plo, quan<strong>do</strong> o t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> exposição for curto<br />
e o Limite <strong>de</strong> Tolerância (LT) for eleva<strong>do</strong>. Neste caso, trata-se <strong>de</strong> um eventual probl<strong>em</strong>a <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>sconforto <strong>do</strong> que risco à saú<strong>de</strong>. Também não seria possível, ou necessário, economicamente e por<br />
vezes tecnicamente. Em algumas fábricas <strong>de</strong> produtos alcoólicos o teor <strong>de</strong> álcool na atmosfera <strong>do</strong>s<br />
locais <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong> n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre exige EPI ou mesmo EPC. Mas po<strong>de</strong>-se a<strong>do</strong>tar um EPC econômico,
como a diluição ou insuflamento <strong>de</strong> ar que baixará a concentração <strong>de</strong> álcool, inclusive para valores<br />
abaixo <strong>do</strong> limite <strong>de</strong> explosivida<strong>de</strong>.<br />
Numa fábrica <strong>de</strong> baterias, on<strong>de</strong> o chumbo representa sério risco <strong>de</strong> intoxicação, é praticamente<br />
impossível o uso exclusivo <strong>de</strong> EPI. A experiência mostra que é freqüente o aparecimento <strong>de</strong><br />
indivíduos intoxica<strong>do</strong>s, porque não usam convenient<strong>em</strong>ente o protetor respiratório, ou por causa da<br />
qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes e, mesmo assim, por melhores que sejam, s<strong>em</strong>pre permit<strong>em</strong> vazamentos. Por não<br />
ser<strong>em</strong> cômo<strong>do</strong>s, <strong>em</strong> certos perío<strong>do</strong>s, <strong>de</strong>ixam <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> usa<strong>do</strong>s, fican<strong>do</strong> sujeitos à contaminação<br />
interna e se tornam o veículo <strong>de</strong> transporte <strong>do</strong> contaminante para o interior das veias respiratórias <strong>do</strong><br />
usuário.<br />
Apesar das estatísticas oficiais <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes no país não correspon<strong>de</strong>r<strong>em</strong> à realida<strong>de</strong>, o quadro que<br />
se t<strong>em</strong> já é aterra<strong>do</strong>r o suficiente. Segun<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s da Divisão <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> e Segurança <strong>do</strong> Trabalha<strong>do</strong>r<br />
da DRT/SP, mais da meta<strong>de</strong> <strong>do</strong>s aci<strong>de</strong>ntes fatais que acontecer<strong>em</strong> no país, na construção civil e na<br />
indústria, são motiva<strong>do</strong>s por quedas e isto está diretamente relaciona<strong>do</strong> à falta <strong>de</strong> Equipamentos <strong>de</strong><br />
Proteção Coletiva.<br />
Embora o texto da NR-6 afirme que os EPIs só <strong>de</strong>vam ser utiliza<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> as medidas <strong>de</strong> <strong>proteção</strong><br />
coletiva falhar<strong>em</strong>, a relação custo-benefício entre um e outro não t<strong>em</strong> si<strong>do</strong> consi<strong>de</strong>rada com muito<br />
entusiasmo. A solução <strong>do</strong>s probl<strong>em</strong>as ocupacionais está longe <strong>de</strong> ser uma das priorida<strong>de</strong>s. Quan<strong>do</strong><br />
muito há preocupação <strong>em</strong> arranjar uma maneira rápida e barata <strong>de</strong> satisfazer a legislação.<br />
Se muitos trabalha<strong>do</strong>res atuam numa área com poucas fontes <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong>, é mais econômico fazer o<br />
seu controle nas fontes. O contrário, quan<strong>do</strong> exist<strong>em</strong> poucos trabalha<strong>do</strong>res e muitas fontes, a<br />
alternativa é colocar os trabalha<strong>do</strong>res <strong>em</strong> cabines <strong>de</strong> controle com possível automatização <strong>do</strong><br />
processo, s<strong>em</strong> que precis<strong>em</strong> sair da cabine. A longo prazo é s<strong>em</strong>pre mais indica<strong>do</strong> solucionar o<br />
probl<strong>em</strong>a na fonte ou próximo a ela, <strong>do</strong> que no receptor.<br />
Em monta<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> automóveis, muitas vezes a cabine <strong>de</strong> pintura consegue diminuir a concentração<br />
<strong>de</strong> solvente no ambiente até seis vezes acima <strong>do</strong> limite <strong>de</strong> exposição. Neste caso, é necessário o uso<br />
simultâneo <strong>de</strong> um respira<strong>do</strong>r que consiga reduzir a concentração <strong>do</strong> ar inala<strong>do</strong> até abaixo <strong>do</strong> limite<br />
<strong>de</strong> exposição. Isso ocorre porque o sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> exaustão algumas vezes é dimensiona<strong>do</strong> para uma<br />
<strong>de</strong>terminada produção na linha <strong>de</strong> montag<strong>em</strong> que po<strong>de</strong> não correspon<strong>de</strong>r à realida<strong>de</strong>.<br />
Os ambientes com <strong>em</strong>issão <strong>de</strong> agentes químicos no ar, como o <strong>trabalho</strong> <strong>em</strong> fundição, metalúrgica,<br />
mineração, si<strong>de</strong>rurgia, química e petroquímica, exig<strong>em</strong> a instalação <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> ventilação local<br />
exaustora. Se não houver um controle ambiental, o trabalha<strong>do</strong>r irá respirar poeiras, névoas, fumos,<br />
gases e vapores tóxicos <strong>em</strong> quantida<strong>de</strong>s que prejudicarão sua saú<strong>de</strong>, geran<strong>do</strong> pneumoconioses ou<br />
intoxicações que colocarão <strong>em</strong> risco sua vida.<br />
<strong>Sist<strong>em</strong>as</strong> <strong>de</strong> <strong>proteção</strong><br />
As práticas b<strong>em</strong> sucedidas na substituição <strong>de</strong> EPI por EPC se esten<strong>de</strong>m mais aos probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong><br />
Higiene Industrial <strong>do</strong> que aos <strong>de</strong> Segurança. Estes últimos estão basea<strong>do</strong>s nas teorias <strong>de</strong> <strong>segurança</strong><br />
<strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as que abrang<strong>em</strong> to<strong>do</strong> o conhecimento <strong>do</strong>s processos envolvi<strong>do</strong>s e a meto<strong>do</strong>logia <strong>de</strong><br />
cálculo <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s índices e parâmetros eu <strong>de</strong>fin<strong>em</strong> <strong>de</strong>terminada situação <strong>de</strong> risco, sua<br />
extensão e seus efeitos. Não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser um méto<strong>do</strong> ou sist<strong>em</strong>a <strong>de</strong> <strong>proteção</strong> coletiva abrangente<br />
(Segurança e Higiene), mediante o qual se controla to<strong>do</strong> o ambiente contra a ação <strong>de</strong> uma infinida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> agentes químicos, poeiras, ruí<strong>do</strong>s, calor; b<strong>em</strong> como os aci<strong>de</strong>ntes.
<strong>Sist<strong>em</strong>as</strong> especiais <strong>de</strong> ventilação para captação <strong>de</strong> poluentes, tratamento e <strong>de</strong>stino final b<strong>em</strong> como<br />
isolamento <strong>de</strong> calor, com suas diversas partes constituintes, são sist<strong>em</strong>as macros e complexos <strong>de</strong><br />
controle. Teriam conseqüências graves ao meio ambiente, tanto interno quanto externo se não<br />
existiss<strong>em</strong>. Nesses casos, seria impraticável o uso <strong>de</strong> EPI, <strong>em</strong>bora estes tenham que ser utiliza<strong>do</strong>s<br />
como meio auxiliares ou compl<strong>em</strong>entares <strong>de</strong> controle e <strong>em</strong>ergências. Mas <strong>em</strong> uma escala mais<br />
reduzida, também, exist<strong>em</strong> práticas b<strong>em</strong>-sucedidas na substituição <strong>de</strong> EPI por EPC.<br />
Substituição <strong>do</strong> agente nocivo por outro inócuo ou menos nocivo. A literatura e a prática <strong>de</strong> <strong>higiene</strong><br />
nos indicam uma série <strong>de</strong> ex<strong>em</strong>plos. Nas operações <strong>de</strong> pintura é comum a utilização <strong>de</strong> tintas à base<br />
<strong>de</strong> água <strong>em</strong> vez <strong>de</strong> solventes (hidrocarbonetos aromáticos) e quan<strong>do</strong> estes são necessários, procurase<br />
<strong>em</strong>pregar os que possu<strong>em</strong> maior limite <strong>de</strong> tolerância. O <strong>em</strong>prego <strong>de</strong> esferas <strong>de</strong> aço, como<br />
material abrasivo no lugar <strong>de</strong> areia, também é uma prática conhecida.<br />
Emprego <strong>de</strong> méto<strong>do</strong>s úmi<strong>do</strong>s no lugar <strong>de</strong> processos a seco. É freqüente verificarmos trabalha<strong>do</strong>res<br />
varren<strong>do</strong> o piso <strong>do</strong>s locais <strong>de</strong> <strong>trabalho</strong> com vassouras comuns, com o piso seco. Uma ligeira<br />
umidificação evitaria a dispersão <strong>de</strong> poeiras. Este méto<strong>do</strong> ligeiramente modifica<strong>do</strong> é utiliza<strong>do</strong> <strong>em</strong><br />
algumas pedreiras e <strong>de</strong>smonte <strong>de</strong> jazidas minerais, evitan<strong>do</strong>-se a geração <strong>de</strong> poeiras pelo ambiente.<br />
Por vezes <strong>em</strong>pregam-se juntamente com água pulverizada, líqui<strong>do</strong>s capazes <strong>de</strong> agregar as partículas<br />
<strong>de</strong> poeiras fazen<strong>do</strong>-as cair mais rapidamente, impedin<strong>do</strong>-a <strong>de</strong> permanecer na atmosfera respirável<br />
<strong>de</strong> <strong>trabalho</strong>. Interessante verificar a preocupação no méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> não molhar excessivamente o<br />
material com a água utilizada, para não ocasionar conseqüências in<strong>de</strong>sejáveis ao produto, caso <strong>de</strong><br />
pedras britadas on<strong>de</strong> a água vai influir na futura relação água cimento <strong>do</strong> concreto, com redução <strong>de</strong><br />
resistência. O mesmo sist<strong>em</strong>a po<strong>de</strong> ser utiliza<strong>do</strong> <strong>em</strong> masseiras na indústria <strong>de</strong> cerâmica, na mistura<br />
e preparação da matéria-prima (massa).<br />
São ex<strong>em</strong>plos <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> <strong>proteção</strong>:<br />
Enclausuramento – Um equipamento constituí<strong>do</strong> <strong>de</strong> um motor-ventila<strong>do</strong>r e uma tubulação com<br />
dispositivo <strong>de</strong> secag<strong>em</strong> e recalque <strong>de</strong> produtos <strong>em</strong> pó estava instala<strong>do</strong> <strong>em</strong> uma sala <strong>em</strong> um andar<br />
on<strong>de</strong> havia outras operações (laboratórios, escritórios, etc.). O ruí<strong>do</strong> na sala era <strong>de</strong><br />
aproximadamente 92 dBA. Um enclausuramento parcial foi concebi<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong>-se uma abertura<br />
para a ventilação <strong>do</strong> motor e <strong>de</strong> uma peça importante <strong>do</strong> sist<strong>em</strong>a que não podia esquentar além <strong>de</strong><br />
certo limite. O material escolhi<strong>do</strong> foi ma<strong>de</strong>ira pesa<strong>do</strong> com cerca <strong>de</strong> 1,5 cm <strong>de</strong> espessura <strong>de</strong> lã <strong>de</strong><br />
vidro (2,5 cm) na parte interna, vedações <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminadas juntas, resultan<strong>do</strong> <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> instala<strong>do</strong>, 76<br />
dBA.<br />
Supressores – Instalação <strong>de</strong> supressores <strong>de</strong> ruí<strong>do</strong> <strong>em</strong> válvulas <strong>de</strong> escapes <strong>de</strong> ar. Redução <strong>de</strong> 14 dBA<br />
com eliminação <strong>de</strong> protetores auditivos no setor.<br />
Bicos <strong>de</strong> ar – Substituição <strong>de</strong> bicos <strong>de</strong> ar comprimi<strong>do</strong> com um único orifício central, por outro<br />
conten<strong>do</strong> orifícios laterais <strong>em</strong> torno <strong>do</strong> central, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a modificar a turbulência <strong>do</strong> ar na saída.<br />
Redução <strong>de</strong> até 20 dB.<br />
Queda – Diminuição da altura <strong>de</strong> queda <strong>do</strong>s objetos <strong>em</strong> caixas <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> materiais metálicos,<br />
revestimento interno das caixas com borracha dura, plástico resistente, ma<strong>de</strong>ira e até tiras <strong>de</strong> pneus<br />
velhos. Custos compatíveis com os resulta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> amortecimento <strong>do</strong>s ruí<strong>do</strong>s <strong>de</strong> impacto anteriores.<br />
Choque <strong>de</strong> metais – Colocação <strong>de</strong> borracha (tiras <strong>de</strong> pneus) entre tampas <strong>de</strong> caixa <strong>de</strong> aço e<br />
limita<strong>do</strong>res <strong>de</strong> aberturas <strong>de</strong> tampas (cilindros <strong>de</strong> aço) evitan<strong>do</strong> choque metal contra metal. Custo<br />
irrisório face aos resulta<strong>do</strong>s.
Calor – Colocação <strong>de</strong> chapas ou folhas <strong>de</strong> alumínio poli<strong>do</strong> entre fontes <strong>de</strong> calor radiante (fornos,<br />
estufas, maçaricos <strong>de</strong> aquecimento, etc.) e o opera<strong>do</strong>r. O alumínio reflete <strong>de</strong> volta para orig<strong>em</strong> 98%<br />
<strong>do</strong> calor irradia<strong>do</strong>, obrigan<strong>do</strong> inclusive a regulag<strong>em</strong> <strong>do</strong> abastecimento <strong>de</strong> energia com conseqüente<br />
economia.<br />
Evaporação – Cobertura <strong>de</strong> superfície <strong>do</strong>s líqui<strong>do</strong>s conti<strong>do</strong>s nos tanques <strong>de</strong> tratamento superficiais<br />
<strong>de</strong> metais (galvanoplastias) por líqui<strong>do</strong> inertes, não miscíveis com o banho ou esferas plásticas<br />
diminuin<strong>do</strong> a evaporação para o ambiente.<br />
Ventilação – <strong>Sist<strong>em</strong>as</strong> <strong>de</strong> ventilação local exaustora b<strong>em</strong> projeta<strong>do</strong>s e instala<strong>do</strong>s juntos as fontes <strong>de</strong><br />
<strong>em</strong>issão <strong>de</strong> agentes químicos diversos; galvanoplastias, cadinhos <strong>de</strong> fundições, sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> abrasão<br />
e polimento <strong>de</strong> metais, indústrias <strong>de</strong> móveis, indústrias cerâmicas, etc.<br />
Jatos <strong>de</strong> ar – Sopramento <strong>de</strong> ar <strong>em</strong> direção contrária à presença <strong>de</strong> trabalha<strong>do</strong>res, através <strong>de</strong><br />
dispositivos que forma cortinas ou jatos <strong>de</strong> ar dirigi<strong>do</strong>s. Recurso utiliza<strong>do</strong> para conforto térmico ou<br />
diluição <strong>de</strong> contaminantes e r<strong>em</strong>oção <strong>de</strong> o<strong>do</strong>res.<br />
Engrenagens <strong>de</strong> plástico – Utilização <strong>de</strong> engrenagens <strong>de</strong> plástico resistente (celeron e outros) <strong>em</strong><br />
lugar <strong>de</strong> aço. Emprego <strong>de</strong> placas <strong>do</strong> mesmo material <strong>de</strong> espessura e furação convenientes, on<strong>de</strong> há<br />
choques <strong>de</strong> peças constantes contra os mesmos e quan<strong>do</strong> elas serv<strong>em</strong> <strong>de</strong> tampo <strong>de</strong> mesas. Aplicação<br />
viável <strong>em</strong> indústrias gráficas on<strong>de</strong> o acerto das folhas <strong>de</strong> papéis <strong>do</strong>s livros é feito manualmente<br />
sobre a mesa, ocasionan<strong>do</strong> impactos constantes. Os ex<strong>em</strong>plos são muitos e além <strong>do</strong> custo material,<br />
interessa o custo social e a saú<strong>de</strong> preservada. Esta não t<strong>em</strong> preço.<br />
Construção civil – Neste setor on<strong>de</strong> o número <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes é muito eleva<strong>do</strong> as recomendações <strong>de</strong><br />
<strong>proteção</strong> <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser:<br />
.Proteção <strong>do</strong> poço <strong>de</strong> eleva<strong>do</strong>r na frente e <strong>de</strong>ntro para evitar que o trabalha<strong>do</strong>r eventualmente<br />
possa escorregar e cair;<br />
.Proteção <strong>de</strong> shaft (aberturas que são feitas no piso para passar a tubulação);<br />
.Proteção na periferia <strong>em</strong> to<strong>do</strong>s os andares para a execução <strong>de</strong> algum serviço <strong>de</strong> alvenaria<br />
como assentar um tijolo;<br />
.Aterramento elétrico das máquinas e equipamentos, principalmente <strong>de</strong> gruas e torres <strong>de</strong><br />
guinchos. Muitas vezes o choque, associa<strong>do</strong> à altura que o trabalha<strong>do</strong>r se encontra, acaba<br />
provocan<strong>do</strong> a sua morte;<br />
.Tapumes e galerias para evitar o acesso <strong>de</strong> pessoas alheias às ativida<strong>de</strong>s da obra e proteg<strong>em</strong><br />
os transeuntes da projeção <strong>de</strong> materiais. Isola a obra <strong>de</strong> outros canteiros, prédios e<br />
ambientes;<br />
.Guarda-corpos são anteparos rígi<strong>do</strong>s, com travessão superior, intermediário e rodapé, com<br />
tela ou outro dispositivo que garanta o fechamento seguro das aberturas.<br />
.Plataformas, são <strong>de</strong> <strong>do</strong>is tipos, a principal que <strong>de</strong>ve ser instalada no entorno <strong>do</strong> edifício após<br />
a concretag<strong>em</strong> da 1º laje (1 pé direito acima <strong>do</strong> terreno) e só retirada após o término <strong>do</strong>
evestimento; e a secundária que <strong>de</strong>ve ser instalada a cada 3 pavimentos, sen<strong>do</strong> retirada após<br />
a vedação da periferia até a plataforma superior estiver concluída.<br />
.Tela protetora contra projeção <strong>de</strong> materiais e ferramentas. O perímetro da construção <strong>de</strong><br />
edifícios <strong>de</strong>ve ser fecha<strong>do</strong> com tela a partir da plataforma principal <strong>de</strong> <strong>proteção</strong><br />
Sinalização <strong>de</strong> <strong>segurança</strong>:<br />
A sinalização <strong>de</strong> <strong>segurança</strong> t<strong>em</strong> por objetivo i<strong>de</strong>ntificar, através das cores, os equipamentos <strong>de</strong><br />
<strong>segurança</strong>, <strong>de</strong>limitações <strong>de</strong> áreas, i<strong>de</strong>ntificação das canalizações <strong>em</strong>pregadas nas indústrias para a<br />
condução <strong>de</strong> líqui<strong>do</strong>s e gases, advertin<strong>do</strong> contra riscos <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte.<br />
É usa<strong>do</strong> para distinguir equipamentos <strong>de</strong> <strong>proteção</strong> e combate a incêndio.<br />
Em canalizações e utiliza<strong>do</strong> para i<strong>de</strong>ntificar gás não liquefeito. Ex.: Nitrogênio.<br />
É <strong>em</strong>prega<strong>do</strong> <strong>em</strong> passarelas e corre<strong>do</strong>res <strong>de</strong> circulação, por meio <strong>de</strong> faixas, áreas <strong>de</strong>stinadas<br />
à armazenag<strong>em</strong>, etc.<br />
É <strong>em</strong>prega<strong>do</strong> para indicar as canalizações <strong>de</strong> inflamáveis e combustíveis <strong>de</strong> alta viscosida<strong>de</strong>.<br />
Ex.: óleo lubrificante etc.<br />
É a cor que caracteriza <strong>segurança</strong>. Emprega<strong>do</strong> para i<strong>de</strong>ntificar canalizações <strong>de</strong> água,<br />
chuveiro <strong>de</strong> <strong>em</strong>ergências armários <strong>de</strong> EPI etc.<br />
É <strong>em</strong>prega<strong>do</strong> para i<strong>de</strong>ntificar canalizações <strong>de</strong> áci<strong>do</strong>s, partes moveis <strong>de</strong> maquinas e<br />
equipamentos etc.<br />
Usa<strong>do</strong> para i<strong>de</strong>ntificar canalizações <strong>em</strong> vácuo.<br />
Para i<strong>de</strong>ntificar eletrodutos.<br />
Po<strong>de</strong> ser a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> a critério da <strong>em</strong>presa, para i<strong>de</strong>ntificar qualquer fluí<strong>do</strong> não i<strong>de</strong>ntificável<br />
pelas <strong>de</strong>mais cores.<br />
Lilás usa<strong>do</strong> para canalizações que contenha álcalis. Ex.: soda caustica, hidróxi<strong>do</strong> <strong>de</strong> amônia<br />
etc.<br />
Alumínio usa<strong>do</strong> <strong>em</strong> canalizações conten<strong>do</strong> gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis <strong>de</strong><br />
baixa viscosida<strong>de</strong>. Ex.: óleo diesel, gasolina, querosene etc.
Púrpura e usa<strong>do</strong> para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas<br />
penetrantes <strong>de</strong> partículas nucleares. Ex.: portas e aberturas que dão acesso a locais on<strong>de</strong> se<br />
manipulam ou armazenam materiais radioativos ou contamina<strong>do</strong>s pela radioativida<strong>de</strong>.<br />
Critérios para escolha <strong>de</strong> sist<strong>em</strong>as <strong>de</strong> <strong>proteção</strong><br />
a) Análise <strong>do</strong>s requisitos legais e outros requisitos normativos envolvi<strong>do</strong>s (ex<strong>em</strong>plos: NR-12-<br />
Máquinas e Equipamentos; NR-13-Cal<strong>de</strong>iras e Vasos sob Pressão).<br />
b) Análise <strong>de</strong> perigos/risco e aspectos/impactos ambientais característicos (físicos, químicos,<br />
biológicos, ergonômicos <strong>em</strong> causar aci<strong>de</strong>ntes/<strong>em</strong>ergências/poluição).<br />
c) Análise das medidas preventivas <strong>do</strong>s perigos/riscos e aspectos/impactos existentes ou<br />
disponíveis para fornecimento pelo fabricante como acessórios.<br />
d) Análise <strong>do</strong>s riscos <strong>do</strong> ambiente on<strong>de</strong> tais máquinas e equipamentos serão instala<strong>do</strong>s.<br />
e) Histórico <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes, <strong>em</strong>ergências e ocorrências anormais.<br />
f) Performance <strong>em</strong> termos <strong>de</strong> produção e/ou energia consumida.<br />
g) Análise <strong>de</strong> custo-benefício das diversas propostas <strong>em</strong> relação ao preço inicial da máquina ou<br />
equipamento, e custos anualiza<strong>do</strong>s para sua operação, manutenção e <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> resíduos.<br />
h) Comparação <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s da análise <strong>de</strong> riscos <strong>em</strong> relação às análises <strong>de</strong> valor.