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Revista Feicon.pdf - 123Achei

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mercado empresarial<br />

Caiçara Clube, no pé do morro. O futuro condomínio<br />

Enseada das Orquídeas terá 528 unidades com até 153<br />

m². As torres diferem da maioria dos edifícios da orla,<br />

que em geral têm entre 10 e 15 andares. Quem não mora<br />

nelas tem duas alternativas para uma visão panorâmica<br />

da orla e dos jardins: a Ilha Porchat, em São Vicente, e o<br />

Morro do Itararé.<br />

Uma das frequentadoras, Alessandra do Carmo, de 30<br />

anos, afirma que estranhou o espigão. “Mataram a vista,<br />

que é muito bonita. É exagerado. Poderia ter a metade do<br />

tamanho”, afirmou, ao contemplar o cenário em um dos<br />

banquinhos do mirante.<br />

O instrutor de paraglider Marcelo Calhau explica que,<br />

especialmente quando o vento vem de leste, as torres<br />

podem produzir um fenômeno chamado rotor, que faz<br />

com que o vento gire ao encontrar um obstáculo, sem<br />

continuar o trajeto normal.<br />

Isso prejudica o esporte, tanto que voos em direção à<br />

orla de São Vicente têm sido preferenciais em relação aos<br />

que iam para as praias de Santos. “A vista também ficou<br />

esquisita”, opina o esportista.<br />

O turista paranaense Alcimar Alves dos Santos, de 40<br />

anos, é outro crítico. Ele questionou por que a prefeitura<br />

permitiu a construção em vez de aproveitar a vista como<br />

ponto turístico. “Se ficasse mais alguns quarteirões dentro<br />

da cidade não atrapalharia em nada. Na orla deveriam ficar<br />

os prédios mais baixos.”<br />

aprovação<br />

O secretário de Planejamento de Santos, Bechara<br />

Abdalla Pestana Neves, afirma que o projeto passou<br />

por diversos departamentos e que apenas recebeu aval<br />

após analisados os impactos que teria em infraestrutura,<br />

meio ambiente, trânsito. Admite, contudo, que não foi<br />

analisado um possível impacto visual ou turístico.<br />

A construtora Gafisa diz que o condomínio é desenvolvido<br />

“respeitando todas as exigências necessárias<br />

e tem todas as autorizações para ser construído com<br />

essas características e nessa localização”. A construtora<br />

informou ainda que o bairro passa por revitalização e<br />

incorpora agora o conceito de “condomínio-clube”.<br />

O crescimento da oferta imobiliária retrata o desenvolvimento<br />

da região, impulsionada pelas descobertas do<br />

pré-sal e o crescimento do porto.O m² supera R$ 6 mil<br />

na orla, valor semelhante a áreas nobres de São Paulo.<br />

Por isso, a chegada dos prédios altos é vista com<br />

bons olhos por muitos santistas. “É um sinal de crescimento,<br />

de que o dinheiro está vindo para a região”, diz<br />

Renata Silva, de 25 anos, para quem a arquitetura dos<br />

novos empreendimentos deixa a cidade com mais cara<br />

de “moderna”.<br />

Os espigões do bairro de José Menino refletem essa<br />

nova tendência na orla. Outro prédio, no bairro do<br />

Gonzaga, chama a atenção por seus 29 andares de apartamentos.<br />

Na Ponta da Praia, vários se destacam.<br />

Fonte: O Estado de S. Paulo ME<br />

desenvolvimento<br />

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