livro hemorragia sentimental 2004

HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
71

Projeto gráfico, diagramação: Gisela Costa Pinheiro Monteiro
(gisela.gisdesign@yahoo.com.br)
Lima, Marcelo. Hemorragia Sentimental. 2. ed. Rio de Janeiro,
2004, 2009. 70 p. Il.
© Marcelo Lima, 2004
Todos os direitos desta edição reservados ao autor.
Vedada, nos termos da lei, a reprodução total ou parcial deste livro.
Imagens:
GRAVE, João e NETTO, Coelho (org.). Lello Universal. Porto: Lello e
Irmão Editores, s.d.

MARCELO LIMA
X

Criar a magia, identificando os sentimentos através das
palavras e suas entonações, é possivelmente o caminho
poético. Dar asas ao menino dentro de cada adulto, do
sofrimento frente o prazer, de tornar arte o drama, de
gritar calado diante dos momentos opressivos e fazer
das dificuldades o entendimento... foi a trilha que
Marcelo Lima, optou com arrojo e sentido em seu viver.
A identificação é provável em cada leitor, de algum
momento que não foi escrito, mas, guardado, lembrado,
adormecido ou atingido fortemente nas trapaças da
sorte do aprender a amar, ... do grande desafio dos barcos
quando partem de seus portos seguros, da luta com as
intempéries travadas em mar aberto, no sentido de alcançar
seu destino sem perder demais sua verdadeira rota.
Eis aqui, alguns momentos delicados desta travessia, em
que Marcelo Lima narra com propriedade sentida e limpa na
inteireza de alguém que reconhece seus reais desafios.
José Amâncio

DEZESSEIS ANOS ............................................................................... 13
MUNDO IMPERFEITO ........................................................................... 14
MEU CORAÇÃO (MINHA CABEÇA) .......................................................... 16
MEU AMOR ....................................................................................... 18
APENAS MAIS UMA CRIANÇA ............................................................... 20
PRIMEIRA FLOR ................................................................................. 22
CRIAÇÃO .......................................................................................... 24
LIÇÕES DE AMOR ............................................................................... 25
DIA VINTE E SEIS .............................................................................. 26
SAMBA DE ATEUS ............................................................................... 28
MENOS QUE DEUSA, MAIS QUE MULHER ................................................. 29
VIVER SEM VOCÊ................................................................................ 30
OLHOS ABERTOS ................................................................................ 32
A DISTÂNCIA .................................................................................... 34
APENAS ISSO TUDO ............................................................................ 35
FRENTE A FRENTE .............................................................................. 36
TREVAS ............................................................................................ 37
EU EM DEUS ..................................................................................... 39
VOCÊ E EU ........................................................................................ 40
SAUDADE DE UM TEMPO ..................................................................... 42
BEBIDAS VIRADAS ............................................................................. 43
MUDANÇA ........................................................................................ 45
O QUE QUERO SABER .......................................................................... 46
A FALTA ........................................................................................... 47
UM CAVALHEIRO ................................................................................ 48
ESSA DOR MEU AMOR ......................................................................... 49
A DOR DE NOVO ................................................................................ 51
19 DE MAIO...................................................................................... 52
AMBIGUIDADE SENTIMENTAL ............................................................... 54
ANJOS ............................................................................................. 56
AS MARCAS DO SEU AMOR ................................................................... 57
A SOLUÇÃO É NÃO BATER .................................................................... 58
DEMOCRACIA SENTIMENTAL ................................................................. 59
ETERNAMENTE SEU ............................................................................ 60
ANJO AGORA .................................................................................... 62
UM CORAÇÃO NAS TREVAS ................................................................... 63
SOBREVIVER ..................................................................................... 65

Apreciem este trabalho
com moderação.

12
MARCELO LIMA

c
DEZESSEIS ANOS
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
Tenho dezesseis anos de vida e um peregrino coração.
Dezesseis anos peregrinos e uma maravilhosa recordação!
Tenho dezesseis anos de vida e cedo já tive uma flor.
Dezesseis anos floridos e saudades de um amor.
Tenho dezesseis anos de vida sem a certeza de ter vivido
um amor.
Dezesseis anos sentidos e a certeza de sentir uma dor.
Tenho dezesseis anos na vida e um peito batendo forte.
Dezesseis anos pensativos, e quando penso na vida não
temo a morte morrida!
Tenho dezesseis anos vividos e o temor da morte em
vida!
Tenho dezesseis anos de vida e sei que eles vão passar.
Dezesseis anos passageiros tripulantes de um vôo que
não vai voltar.
Rio, 1995.
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MUNDO IMPERFEITO
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MARCELO LIMA
Meu mundo não é perfeito.
Imagine uma terra distante,
Aonde o equilíbrio é rarefeito
E o desespero perseverante.
Tente imaginar o lugar,
Aonde as àguas do mar,
Não servem para nadar
Apenas pra se afogar.
Com olhos fechados parece impossível
Ter força contra essa dor horrível!
Mas, eu sei que preciso transformar
A vontade de chorar, na vontade de lutar!!!
Com uma nervosa calma, meu coração bate,
Tendo medo que minha esperança se mate.
Vivendo a incerteza de como agir, do que fazer
Afastando cada vez mais a esperança de vencer.
Não é sua falta que causa essa dor,
É a falta que sinto de meu próprio amor.
h

HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
É a falta que sinto de meu próprio corpo
Que ficou assim, frio, parecendo morto!
Com olhos fechados parece impossível
Ter força contra essa dor horrível!
Mas, eu sei que preciso transformar
A vontade de chorar, na vontade de lutar!!!
Rio, 1996.
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MARCELO LIMA
MEU CORAÇÃO (MINHA CABEÇA)
Pensamentos tristes.
Medo de coisas que ainda não existem.
Rostos, lembranças,
Misturados com esperanças.
Emoções guardadas.
Chances desperdiçadas.
Sonhos de terror
Dores de amor.
Aflição e ansiedade,
Convivem com a felicidade.
Agitação e confusão,
Disputam espaço com uma solução.
Desejos e vontades,
Nem sempre dizem a verdade.
Dúvidas, incertezas,
Necessidade de defesas.
i

s
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
Melodias e canções,
Segundas intenções,
Desperdício de tempo,
São causas de muito sofrimento.
Poesias tentam expressar
O que a voz não consegue falar.
A mente pode fazer,
Um céu para morar, um inferno para viver.
Rio, 26 de novembro de 1997.
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MEU AMOR
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MARCELO LIMA
Meu amor não ama quem se entrega.
Com você foi assim, ele não nega
Que seu mistério
Me fascinava.
E quando você me desejava,
Sabia esconder.
Fingia não querer.
Tentando imaginar
O que você pensava.
Se você realmente gostava de mim,
Eu ficava maluco, e assim
Nunca tinha a certeza
Do seu amor.
E essa dor
Me fazia te querer
Cada vez mais e mais...
Todavia, tudo o que desejei
E conquistei,
Sempre perdeu a graça.
O esgotamento do meu desejo,
É meu maior demônio, a pior desgraça!
t

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HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
Mas, seu jeito alimentava
Minha insegurança
Como álcool alimenta fogo.
E assim, eu te desejaria pra sempre!
Como uma criança,
Que deseja um brinquedo
E nunca o tem.
O medo de só brincar com ele,
Sem nunca ser seu dono,
Coroa o desejo no trono
Da eternidade!
E na verdade
Era como ter e não ter amor.
O desejo nunca era saciado!
Então, sabendo que você me amava,
Eu me esforçava,
Pra não me sentir amado!
Porque se assim fosse, seria celado.
Estaria acabado meu desejo.
Pois, teria você pra mim
E não teria mais medo!
Rio, 31 de janeiro de 1999.
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MARCELO LIMA
APENAS MAIS UMA CRIANÇA
No fundo ainda sou uma criança,
Que quer aprender o ritmo dessa dança
Que é a vida, que nem sempre conta nossas histórias
Da maneira como queríamos ouví-las.
Escuto uma música e sinto um mundo tão triste
Que dentro de mim ainda existe,
E isso me faz pensar porque o medo do futuro
Cada vez me afasta mais da esperança que procuro!
Hoje quero gritar até ficar rouco
Que quando errei, só queria acertar,
E mesmo assim isso me deixa louco
Sabendo que perco as coisas porque não sei me controlar!
Caminho somente em uma direção.
Na direção que aponta meu coração.
Será que essas frases dizem a verdade?
Não importa agora, só quero minha liberdade
a

n
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
E não uma medalha de honra,
Por ter escapado do estado de coma.
Estou vivo de novo e choro todo dia
Lembrando daquele filme em que você aparecia.
Escrevo uma carta com meu próprio sangue,
E digo o quanto você me foi importante e grande.
Pego a prancha e então entro no mar,
Olhando para a areia, queria que você estivesse lá
MAS, VOCÊ NÃO ESTÁ.!
Rio, 1997.
21

PRIMEIRA FLOR
22
MARCELO LIMA
Lembro quando te dei a primeira flor.
Foi o prenúncio de um grande amor
Que estava por vir, e explodiu intensamente!
Um amor que não se explica, se sente.
Porém, um amor que em breve não existiria mais.
E ainda não sou totalmente capaz
De entender porque amores são mortais.
Acredito que exista céu e inferno,
E que o inferno é estar longe de Deus.
Mas, não será também não mais sentir os braços teus?
No céu, já fui muito feliz um dia.
Eu, bobo, nem sabia
Que chegar ao céu, era ter você ao meu lado.
O inferno fez meu coração tornar-se calado,
E ensinou a apagar do passado
A hsitória de um garoto que já foi amado.
Mas, porque os versos tem que ser rimados,
Os garotos deixarem de ser amados,
Os corações tornassem calados,
E porque deve ser ensinado a ser apagado o passado?
Antes os versos rimavam com amor
Agora eles rimam com dor.
Esperei tanto e você voltou.
Mas, voltou sem seu amor!
Você o esqueceu em algum lugar!
e

d
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
O que eu vou dizer ao luar
Quando sem você eu o comtemplar?
As àguas do mar onde nossos corpos já estiveram,
Outro dia no ouvido me disseram,
Que nunca viram um casal tão belo!
As lágrimas que foram choradas
Nos sonhos foram amadas
Na esperança de não mais chorar
Por um amor que se perdeu no mar.
O meu coração voltará a fazer,
O que o inferno o fez esquecer.
A transformar cravos em flores,
Como a primeira flor que havia te dado,
Aquela que um amor havia pré- anunciado.
Mas, que em breve havia se acabado.
Rio, 8 de abril de 1996.
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CRIAÇÃO
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MARCELO LIMA
Me dê um sorriso.
E dele criarei uma flor.
Me diga alguma coisa,
E de suas palavras criarei um jardim.
Olhe em meus olhos,
E dos teus olhos eu criarei a vida.
Me dê um beijo,
E de tua boca criarei o céu.
Abrace meu corpo,
E de te abraçar criarei a terra.
Me dê seu amor,
E dele, criarei o mundo...
... E um mundo será pequeno
Pra conter o que sinto
Quando te vejo.
Rio, 28 de janeiro de 1999.
a

n
LIÇÕES DE AMOR
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
Eu quero aprender a não machucar
As pessoas que eu mais quero amar.
Eu quero aprender a superar
Todos os medos de fracassar.
Quero aprender a aceitar
Que o amor pode acabar.
Quero aprender a me tornar
Disposto para trabalhar.
Quero aprender a aprender
O que eu possa fazer
Para conseguir viver
Estando longe de você!
Rio, 1996.
25

DIA VINTE E SEIS
26
MARCELO LIMA
Mais um dia vinte e seis.
A tristeza grita outra vez
Por um coração que sabia como voar
E hoje usa muletas para andar.
À noite, quando o corpo cansado
Busca na cama ser revitalizado
Morre em um quarto tenebroso e obscuro.
Quarto esse que torna-se um muro
Muro, que trava os sonhos e liberta os pesadelos.
O coração afoga-se em apelos
Que certamente não serão respondidos.
Irão se tornar perdidos!
Ou talvez sepultados no pior pesadelo,
Transformando um quarto em um enterro.
Onde a balada fúnebre anuncia
Que a felicidade se distancia.
i

e
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
Percebe-se então, que o plano preparado
Infelizmente saiu errado.
Psiu!... Silêncio! O coração precisa ser escutado!
O coração então, canta em um tom desconsolado
Que: As lágrimas choradas
Nos sonhos foram amadas.
Nas esperança de não mais chorar
Por um amor que se perdeu no mar.
Rio, 7 de julho de 1996.
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SAMBA DE ATEUS
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MARCELO LIMA
E num futuro bem distante,
Quando pensar naquele instante
Em que o amor não foi artista
Foi simplesmente um sambista
Que desfilava a passarela que é teu corpo
Se perdendo na ilusão do teu rosto,
E transformando a tristeza nos olhos teus
Na letra de um samba de ateus.
Eu possa parar e até chorar,
Pelo coração que está a nadar,
Contra a correnteza dos olhos teus...
Mas o coração tem fé em Deus
Mesmo que seja um Deus de ateus...
Rio, 1996.
l

a
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
MENOS QUE DEUSA, MAIS QUE MULHER
Te quero pra sempre,
Num louco e incessante querer.
Quero você pro que der e vier.
Menos que Deusa, mais que mulher!
Sentir o perfume do teu corpo,
É a cura da loucura que deixa morto
O meu coração quando está longe de você!
Te quero, com uma violenta calma de amor.
Quero na alegria e na dor, quero teu interior
Fazendo parte de mim!
Quero minha semente no teu jardim...
Rio, 1996.
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VIVER SEM VOCÊ
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MARCELO LIMA
Ainda lembro como tudo começou.
Como dói aceitar que seu amor acabou.!
Porque o meu, ainda está aqui, dentro de mim.
Mas, daqui pra frente, verei a vida com novos olhos.
Olhos que esperam ansiosos um outro amor,
Para preencher o vazio que você deixou.
E o que eu posso fazer?
Aprender a viver sem você!
Ontem, você voltou pra mim,
E as coisas voltaram a ser mágicas.
Pena que os sonhos sempre chegam ao fim.
De volta a realidade, a única coisa que tenho é uma foto sua,
E as lembranças de quando estávamos juntos.
E o que eu posso fazer?
Aprender a viver sem você!
a

n
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
As pessoas dizem: As lembranças são boas menino!
Mas, quando penso em você, a única coisa que sinto,
É a dor de lhe perder.
Com o tempo, talvez eu consiga tirar você do meu coração.
Pois, agora você está lá.
E o que eu posso fazer?
Aprender a viver sem você!
Rio, 1996.
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OLHOS ABERTOS
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MARCELO LIMA
Fecho os olhos e o que vejo é:
Uma batalha travada dentro de um coração.
Um guerreiro em busca de perdão
Por um erro que não teve culpa.
Mas, isso não lhe serve de desculpa
Para que não dê a vida por está luta!
Usando uma armadura branca,
Tem na segurança uma aliada manca.
E no pensamento, a triste, mas realidade
De que na derrota não há crueldade,
Apenas um leve toque de maldade.
Armado apenas de coragem
Inicia o duelo como um selvagem.
E pensa: De que vale seus olhos estarem fechados
Se o que precisa vencer não são acontecimentos passados?
São acontecimentos presentes, e estão bem na sua frente.
d

HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
Então, os olhos resolve abrir
Para de novo recair
Na melancolia que trazem os olhos abertos,
Que fazem da vida um soneto sem versos.
Triste por dentro o coração chora.
E agora, nele mora
Além de uma grande batalha,
Um guerreiro coberto por uma mortalha.
Rio, 8 de junho de 1996.
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A DISTÂNCIA
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MARCELO LIMA
Venho dizer meu amor
Que a distância é muito triste,
Mas, não chega a ser dor.
Não! Não quero falar de dores.
Falarei de algo mais mágico,
Que tal falar de amores?
Muitos tentam entendê-los
Poucos o conseguem.
O mais importante não é entendê-los, é vivê-los!
Se o amor for de verdade
Vai romper todas as barreiras
Do que chamamos realidade.
O imaginável será possível.
Entender é difícil,
Que possível será o imaginável?
Rio, 25 de outubro de 1995.
Obs: primeiro poema escrito
Para o primeiro amor da minha vida!
e

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APENAS ISSO TUDO
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
Eu queria não ligar e não estar nem aí
Mas, tudo se transforma quando você não está aqui.
Eu quero realmente entender o porque,
De me sentir assim, tão longe de mim mesmo sem você.
Rio,26 de setembro de 1997.
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FRENTE A FRENTE
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MARCELO LIMA
Porque o espeto que perfura meu coração
Tem o nome de amor,
Se nem ao menos uma oração
Tem poder para diminuir minha dor?
Eu já estava quase te esquecendo
E a chama que queima em meu peito quase se apagando,
Mas, de repente vi tudo renascendo
E a antiga dor aumentando.
Sentado em frente a minha dor,
Tenho dúvidas se em mim existe amor.
Pois, ontem quando a vi,
Não sei armar o que senti.
Rio, 1996.
a

TREVAS
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
Preso em alguma terra,
Crucificado por alguma cruz.
Ameaçado por minha própria fera.
Tudo são trevas, não vejo luz!
Mas ainda há salvação!
Amar a minha tristeza
E me conceder o meu perdão
Que me agradecerei com certeza.
Como me dói estar triste.
Me dói mais estar com vida
E saber que meu inferno existe
E meu coração nele habita.
Não gosto aonde acordo toda noite.
Te reconheci ontem e te chamei.
Pedi ajuda, mas, você segurava uma foice
E quando te olhei de novo chorei.
Me dói te ver do outro lado
E confirmar que não existe eternamente.
Mas, ainda tenho meu pégaso alado
Que quer voar suavemente.
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MARCELO LIMA
A noite acabou e o dia raiou.
Agora vou levantar.
A dor não acabou, apenas descansou
Mas, de noite vai voltar.
Rio, 1996.
o

n
EU EM DEUS
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
Meu pai, o encontro que tenho contigo
És para mim como um abrigo,
Onde busco forças para ser feliz.
E sei que através do coração você me diz
Que tudo pode ser transformado.
O que é mal pode ser mudado.
E no contato com você, o meu amor
Irá se desabrochar como uma linda flor.
Pai, me ajuda a acordar.
Me ensina a amar.
Para que eu possa aprender a olhar
As coisas que vejo e não consigo enxergar.
Oh! Senhor! Pai que habita meu interior
Me deste uma alma e me concedeste o amor.
Quando estou só sempre sinto sua presença,
No brilho dos meus olhos tua força é intensa.
Dentro do meu coração guardo tuas palavras.
E haverá um dia que elas serão como asas
Que me levarão até o encontro de teu poder.
E depois desse momento saberei realmente o que é viver.
Rio, 1997.
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VOCÊ E EU
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MARCELO LIMA
... E então, eu que de noite
Ao ouvir as vozes do silêncio
Deitado sobre o manto de meus versos
E me sentindo submerso por minhas próprias palavras
Decidi daqui pra frente apenas jogar
Sem a responsabilidade de acertar.
Eu quero apenas lapidar nas estrelas e na lua
A dimensão dessa beleza que é só tua, só tua
Quero morrer em teus braços e nascer em teus lábios
Perder a noção do tempo e da hora
Esquecer o mundo todo lá fora
Olhar apenas nos teus olhos
Desejar infinitamente teu corpo
Mesmo que no infinito eu esteja morto
Quero aproveitar e construir
Um aparelho para que a morte eu possa iludir
E assim estar sempre a teu lado
Mesmo que seja calado
Mesmo que esteja drogado
Embriagado e viciado no perfume da tua pele
i

s
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
Despertaste em mim
A vontade de transformar
Tudo o que é dor
Em tudo o que é amor
A vontade de anunciar o fim do chorar
O fim de chorar, o fim do chorar
A importância de sempre amar
De sempre amar.
Rio, 1996.
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42
MARCELO LIMA
SAUDADE DE UM TEMPO
Paro de pensar e, em um instante o que sinto
Nasce em uma folha de papel.
Tantas vozes dentro de uma só voz,
Querendo gritar, querendo dizer algo.
Um coração que eu não tenho comunicação.
Que em uma canção tocada
Talvez por um violão, pede perdão.
Canta um perdão triste e nem sabe
Se resiste a tanta dor.
Sinto uma agonia profunda
E meu coração então afunda.
Não acho mais graça nas ondas do mar.
Pois, elas parecem não querer mais cantar
A canção que eu mais gostava.
Aquela que falava sobre a bem amada.
Uma canção que tornou-se sem vida e sem morte.
Será a morte a mulher que espero,
Para cicatrizar as feridas deixadas pela vida?
Ah! Morte! Se me desses a certeza
De que a paixão por ti seria ao menos tranqüila,
Eu já teria deixado a muito a vida...
Rio, 1997.
e

j
BEBIDAS VIRADAS
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
Bebidas viradas sobre a mesa da sala.
No quarto, sua foto me lembrava de tudo:
Noites sem dormir ao seu lado,
Promessas doentias de mudar o mundo.
E o pior de tudo: eu acretitava,
Que assim seria um dia!
Fiz musicas enganosas
Não assumindo o que sentia.
Fingia acreditar em minha poesia.
Para não sofrer demais,
Perdi o mapa do caminho.
E parei longe daqui.
Tive amnésia setimental
E esqueci quem eu era.
Dormi demais e perdi a hora.
O trem partiu sem mim!
E agora me cobram a viagem
Que não fiz.
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44
MARCELO LIMA
Amarras de aço em volta do espaço,
Me sinto preso,
Me sinto culpado,
Pelo assassinato que ninguém cometeu!
Me entreguei a polícia
Oferecendo minha cabeça
Em uma bandeja.
Fiz torto o que era direito
Me tornei um sujeito invisível.
Nada além de recordações
Repletas de auto piedade.
Com medo do que pode acontecer,
Não vivo nem um dia.
Já amanhece parecendo anoitecer.
Acordo parecendo adormecer!
E até o tempo passa por mim
E não me toca...
Rio, 1997.
e

a
MUDANÇA
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
Palavras nunca vão demonstrar
O que meu coração sente.
Mas, ele quer muito falar
Sobre a dor de não viver o presente.
E se sentir sempre ausente
O deixou sem ter o que fazer, dizer.
Sem mais planos em mente
Já não sabe como vencer.
As vezes ele só pensa em voar, voar
Ir para bem longe, não mais voltar.
E quando digo que as coisas não podem ser assim
Ele finge entender, mas, já não escuta mais a mim.
Só sente impaciência, raiva e dor
E me pergunta:
Qual é o caminho que leva ao Amor?
Qual é o caminho que leva a Felicidade?
É só esquecer a fantasia e viver a realidade?
Rio, 30 de março de 1997.
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O QUE QUERO SABER
46
MARCELO LIMA
Não quero mais essa briga.
Olha! Me desculpa se você está ferida.
Meus olhos fogem, mas, eles não mentem
Eles gritam as dores que meu coração sente.
Ando totalmente carente.
Sem teus braços minha realidade é incoerente!
Se é errado me sentir fraco sem você?
Eu não sei, só sei que os dias pararam de nascer.
O que quero saber agora
É aonde minha felicidade mora.
E vou dar um pulo até lá,
Pois, temos um assunto sério para conversar.
Ei! Amor! Quero meu coração,
Batendo de novo com emoção.
Já penso em voltar a amar,
Mesmo que seja a saudade de te beijar.
Rio, 1997.
n

n
A FALTA
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
Sabe quando você,
Sai de casa para o trabalho,
Achando que esqueceu algo no armário?
Com a ligeira impressão
Que esqueceu seu cordão.
Ou sua agenda, será que ficou na gaveta?
Mas, seu cordão está no pescoço
E sua agenda está na maleta!
Você, andando apressado,
Pensa no bilhete do Metrô.
Mas, lembra logo, que no paletó guardou.
O que você queria esquecer era de ser estressado!
E você, pensando no que não esqueceu,
Quando atravessou a rua quase morreu.... atropelado!
Depois desse susto danado,
E de já estar todo suado
Por causa do imenso calor.
Você lembra o que te faz falta,
Que te deixa triste e causa muita dor.
Tem só quatro letras,
Todos chamam de AMOR.
Rio, 28 de janeiro de 1997.
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UM CAVALHEIRO
48
MARCELO LIMA
Era uma vez um cavalheiro
Que queria ser do mundo verdadeiro.
Mas, estava triste por inteiro
Em seu mundo nada verdadeiro!
E toda vez que se olhava no espelho,
Tinha a sensação de não ser cavalheiro.
E perdia a vontade de ser verdadeiro
Em seu mundo por inteiro!
Mas quando queria ser verdadeiro,
Perdia a vontade de ser cavalheiro.
E nem sequer se olhava no espelho
Em seu verdadeiro mundo verdadeiro!
E chegou a conclusão que era melhor ser espelho.
E perdeu a vontade de ser triste por inteiro,
Mas, um triste verdadeiro
Em seu mundo nada cavalheiro!
Rio, 31 de março de 1996.
a

d
ESSA DOR MEU AMOR
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
Rasga o peito e vem lá de dentro.
Mata a paz e ressuscita um antigo sofrimento.
Essa noite não deu para dormir.
O que era bom deixou de existir.
Meu coração sangra e chora com essa dor.
Tenho medo de sentir o amor.
Não! Não quero entender,
Que no mundo aonde você vive, eu não tenho como
viver.
Não temos o mesmo tempo.
Talvez tenhamos até o mesmo sentimento.
O que me consola é saber
Que o tempo a tudo faz esquecer.
Eu sei que não é nada fácil esquecer
Afinal não estou morto, mas não consigo viver.
Não vai ser nada fácil viver,
Afinal, não estou vivo, mas, não consigo morrer.
49

50
MARCELO LIMA
Não quero entender, não quero entender!
Que no mundo aonde você vive
Eu não tenho como viver.
Mas lembre-se: Eu só queria você!
Eu só queria você
Eu só queria
Eu só
Eu.
Rio, 24 de abril de 1997.
a

n
A DOR DE NOVO
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
Não quero sentir mais nada.
Cansei de machucar minha asa.
Eu só queria voar.
Só queria poder amar.
E encontrei novamente a dor.
Agora, tenho medo do amor.
A escuridão, as vezes é tão clara
E isso é o que mais atrapalha.
Chorei enquanto cantava.
Ao meu redor toda a vida acabava.
Essa tristeza me deixou assustado.
Senti a volta do passado.
Ainda tenho esperança.
Só o que me falta é a confiança.
Não vai ser fácil viver.
Mas fácil seria morrer.
Por isso, vou dizendo adeus.
Hoje sei, que teus lábios não tocarão mais os meus.
E jamais a terei ao meu lado.
... E o inferno fez meu coração tornar-se calado.
Rio, 21 de abril de 1997.
51

19 DE MAIO
52
MARCELO LIMA
Quando tenho vontade de chorar,
E sinto algo que não consigo controlar,
Tenho vontade de não ser como sou.
E daqui pra frente esquecer tudo que acabou.
Fingir não sentir e não gostar mais de ninguém.
Acabar com todo amor que meu coração tem.
Queimar todas as poesias que escrevi até agora,
Deixar que minha sensiblilidade vá embora.
Começar do zero, desta vez sem medo de nada
E percorrer sem arranhões toda minha estrada.
Sem me importar com o que venha de fora.
O que me importa é somente meu mundo agora.
Quero tentar ser um pouquiinho feliz.
Mas, se em meus planos nada sair como eu quis.
Sempre é tempo de começar de novo,
Basta mudar as regras do jogo.
i

e
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
Quero ter alguém que me ame demais, e não pode ser
assim.
Quero ser forte, mesmo sem você perto de mim.
Estou cansado desta vida, as cenas estão muito parecidas
Parece até um filme onde nossa história é sempre repetida.
Eu preciso dormir cedo
Acordar bem sem ter esse medo
Que me faz perder todas as oportunidades
De ser feliz de verdade.
Rio, 19 de maio de 1999.
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MARCELO LIMA
AMBIGUIDADE SENTIMENTAL
Se perguntarem qual caminho escolhi,
Direi que eu apenas me perdi.
Aqui, onde me encontro e me perco.
Onde existe um grande beco.
Eu me amo e me odeio,
Tenho certeza e tenho receio.
Tenho dor e paixão
Medo e solidão
E vivo os dias que quero
Obtenho tudo que espero
Adormeço estando acordado
Falo mais estando calado
Vejo tudo com os olhos fechados
Vejo escuro com os olhos abertos
Perco sangue e ganho vida
Respiro agústia e não saída
l

l
Pinto quadros com saudade
De versos crio felicidade
No destino escrevo o amor
Pela vida eu canto a dor
E em teus braços fui herói
E agora o que me dói
É que você não precisa mais
De mim.
Rio, 18 de abril de 1999.
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
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ANJOS
Quando te conheci,
Eu sonhava com anjos.
Quando te vi,
Eu sonhava com anjos.
Quando te beijei,
Eu tocava em anjos.
Quando te amei,
Eu amava os anjos.
Quando te perdi,
Eu chorava com os anjos.
E então, eu caí do ceú...
E hoje me encontro,
Perdido entre os homens,
Perdido entre os anjos.
Rio, 1998.
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MARCELO LIMA
e

a
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
AS MARCAS DO SEU AMOR
Você não quis lutar,
Preferiu se entregar
De braços abertos a dor.
Foi tão rápido!
E por isso difícil de aceitar,
Que você partiu assim.
Foi embora, e deixou em mim
As marcas do seu amor.
... E a noite cai,
E você não sai
Da minha cabeça.
Olho pro céu estrelado,
E vejo que você tinha razão.
Você vive no meu coração!
Rio, 27 de março de 1998.
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MARCELO LIMA
A SOLUÇÃO É NÃO BATER
Está tão tarde e eu só penso em você.
Ainda te espero com medo de não viver,
Um outro amor como o que vivemos.
E agora tenho a certeza de que esquecemos
O caminho que juntos íamos percorrer.
Eu achei que não conseguiria sem você!
Mas, hoje estou bem,lutando pra ser feliz.
Tentando fazer muita coisa que eu não fiz.
Inclusive esquecer você,esquecer seu amor,
Esquecer que tudo começou e um dia acabou...
...Mas não é assim na realidade.
Não é assim comigo de noite ao dormir,
Quando penso que o coração vai explodir.
Sem conseguir suportar,
Sem conseguir te amar,
Aceitando que não pode te ter.
Ás vezes, ele ameaça não bater!
É a única solução para não pensar em você!!!
Rio,17 de julho de 1998.
n

d
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
DEMOCRACIA SENTIMENTAL
Cansado de te procurar,
Resolvi desistir de te encontrar!
Consegui uma anistia pra vontade de sonhar,
E uma prescrição para o direito de te amar.
E então, eu que segui cegamente a lei
Que eu mesmo criei, também a revoguei.
E aboli de vez a escravidão
Libertando meu coração.
Estatuí a democracia em minha emoção.
Ela só sente o que tem a intenção.
Não é obrigada a sentir nada, ou fingir
Tem assegurado o direito a lutar ou fugir.
Rio, 6 de maio de 1999.
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ETERNAMENTE SEU
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MARCELO LIMA
Agora vou deitar
Olhar pra cama e ela vai estar vazia
Já é de madrugada e ainda estou aqui pensando
Na minha vida
Não consigo mais acreditar
Em histórias de amor com final feliz
Eu agora sinto uma vontade tão grande de chorar...
Já é muito tarde, a casa está vazia
É a hora que mais sinto a falta
De estar em teus braços.
E o momento que mais queria sentir
Todo o teu corpo.
Ouvir a voz doce do seu coração
Cantando canções de amor entre adolescentes.
Eu fico meio triste.
Porque parece que a qualquer momento,
Você vai entrar pela porta do quarto.
E vai me salvar de tudo isso que está acontecendo.
Você vai dizer daquele seu jeitinho
Que tudo passa,
E vai me dar um beijo com gosto de Coca-Cola
E vai pedir que recite o soneto da fidelidade
Pra você ouvir.
r

e
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
Depois, eu poderei encostar minha cabeça em teu colo
E vendo este teu rosto lindo
Eu possa te dar um ultimo beijo
E um ultimo e longo abraço
Antes que você se vá para sempre...
E serei eternamente seu!!!
Rio, 23 de julho de 1997.
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ANJO AGORA
Eu te dou um beijo agora,
E vem um anjo me dizer.
Que todo amor implora,
Pra poder amar você!
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MARCELO LIMA
Nada diz do seu sorriso,
Mas nem precisa dizer.
Nada seria mais lindo,
Do que olhar e te ver sorrindo!
Sem palavras pra te descrever.
Olhei teus olhos e senti nascer.
Um sentimento muito lindo,
Mas, não tão lindo quanto você...
Rio, 15 de março de 1999.
i

a
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
UM CORAÇÃO NAS TREVAS
Como um vampiro precisa de sangue
Eu preciso que você me ame.
Um dia, meu coração já bateu.
Mas, depois que pra morte ele nasceu
As noites em minha alma foram sem fim,
Eternamente esperando você voltar pra mim!
Estou condenado a sempre escutar
Meu coração chorar.
E meu amor, parecia tão forte.
Mas, casou-se com a morte.
Meus olhos já não estão
Tão negros quanto a escuridão.
Eles perderam o brilho e a vontade
De lutar pela felicidade.
O anjo que guarda o amor
Pode ser a princesa da dor!
A princesa que guarda o amor
Poder ser o anjo da dor!!
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MARCELO LIMA
Eu me sinto tão sozinho quando escurece.
Sempre grito, e você nunca aparece!
Não faz sentido o que eu digo...
Estou cada vez mais perdido.
E a cada dia eu tento esquecer,
Que eu prometi sempre amar você.
Rio, 25 de agosto de 1997.
c

h
SOBREVIVER
HEMORRAGIA SENTIMENTAL?
Aqui no meu quarto, sentado,
Tento não ficar agitado.
Minhas ideias não consigo organizar.
Pinta uma vontade de chorar,
E tenho saudade de você.
Por mais que eu tente não querer
Tenho que aceitar, queria você comigo.
Pego o telefone, busco consolo em um amigo
E sei que a vida continua...
Mesmo assim, as vezes fico imaginando,
Que talvez você agora possa estar se lembrando
Que um dia fui importante na sua vida.
Entretanto, essa é uma rua sem saída.
O melhor pra mim é não pensar no passado.
Esquecer o que não pode ser mudado
E não sofrer em vão!
Quanto ao presente, estou bem.
Resistindo a tudo sem ninguém.
E só o que posso lhe dizer
É que vou sobreviver.
Rio, 02 de outubro de 1999.
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Marcelo Lima Gomes de Amorim, nasceu as 05:30h do
dia 19 de maio de 1979.
Aos 16 anos de idade escreve sua primeira poesia.
Primeiro grau realizado em colégio católico. Segundo Grau
em contabilidade onde forma-se técnico. Após estágio de
aproximadamente um ano e meio percebe que pouco tem
a ver com esta profissão.
No segundo grau entretanto, entre as disciplinas
lecionadas encontra uma nova paixão: O DIREITO!
Torna-se bacharel em Direito no ano de 2001 pelas
Faculdades Integradas Bennett. Exerce a advocacia por
pouco período quando então, no ano de 2003, após
concurso público ingressa nos quadros do poder judiciário.
Atualmente encontra-se mergulhado em estudos sobre os
três ângulos do Direito: a Jurisprudência, a doutrina e a
Lei. Tendo como objetivo ingressar na Defensoria Pública,
e mais tarde na Magistratura.

Este livro foi impresso na Fábrica de livros em novembro de 2004.

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