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repetição e clínica na neurose obsessiva - pgpsa/uerj

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No último capítulo, por fim, vamos desenvolver a questão da compulsão à <strong>repetição</strong> <strong>na</strong><br />

<strong>neurose</strong> <strong>obsessiva</strong>. Para tanto, situaremos a função do objeto a, enquanto objeto do gozo e<br />

também objeto causa do desejo, <strong>na</strong> estrutura da <strong>neurose</strong> <strong>obsessiva</strong>, destacando sua<br />

representação <strong>na</strong> série formada por seus semblantes, bem como sua posição de objeto da<br />

demanda do Outro. Introduziremos a função do objeto excrementício, enquanto semblante de<br />

a, <strong>na</strong> formação dos sintomas do neurótico obsessivo, para, em seguida, situarmos seu papel <strong>na</strong><br />

construção da fantasia fundamental, apontando as implicações disso em sua relação com o<br />

Outro.<br />

Em um desdobramento, vamos articular os conceitos de falo e gozo com a <strong>neurose</strong><br />

<strong>obsessiva</strong>, apresentando um breve percurso da construção do conceito de falo <strong>na</strong> obra<br />

lacania<strong>na</strong>. Assim, vamos acompanhar, como Lacan passa de uma teoria imaginária da libido<br />

para uma teoria simbólica do gozo, formulando um falo simbólico (Ф), significante do gozo<br />

i<strong>na</strong>preensível para o sujeito, em diferenciação ao falo imaginário (φ), representante dos<br />

objetos do desejo apreendidos pelo sujeito em seu circuito pulsio<strong>na</strong>l.<br />

Por fim, vamos apontar, a partir do caso do Homem dos Ratos, a dupla relação do<br />

sujeito obsessivo com o significante: enquanto lei e enquanto letra. Assim, vamos ver como,<br />

por um lado, o Homem dos Ratos sucumbe sob o peso do significante da lei do pai, e, por<br />

outro, consegue gozar dessa relação com o significante. E, fi<strong>na</strong>lmente, veremos como o<br />

significante ganha para ele uma dimensão de alteridade, de letra, materialidade que o impele a<br />

buscar algum sentido, mas que também lhe proporcio<strong>na</strong> uma modalidade de gozo.<br />

CAPÍTULO 1<br />

xiv

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