A 25 de Novembro em Vila Real
Associação Portuguesa de Engenharia
Zootécnica promove Jornadas de Cunicultura
A Associação Portuguesa de Engenharia Zootécnica (APEZ), em parceria com a Associação
Portuguesa de Cunicultura (ASPOC), vai organizar dia 25 de Novembro as III
Jornadas da ASPOC e as V Jornadas Internacionais de Cunicultura. No dia 24, será também
realizado um simpósio satélite sobre empreendedorismo na Cunicultura.
Estas jornadas, que se realizarão na UTAD, contam com um programa vasto, onde
serão debatidos temas como os aspectos produtivos, a comercialização e consumo
da carne de coelho, assim como o empreendedorismo em cunicultura.
Dacian Ciolos visitou Portugal
Comissário europeu defende que PAC
deve integrar “diversidade” europeia
O comissário europeu para a Agricultura,
Dacian Ciolos, disse, em Coruche,
que a futura Política Agrícola Comum tem
que “integrar a diversidade” da agricultura
europeia, salvaguardando alguns objectivos
comuns.
O comissário acompanhou a ministra
da Agricultura e do Ambiente, Assunção
Cristas, numa visita a Coruche, que culminou
com uma reunião com produtores no
Observatório do Sobreiro e da Cortiça.
Ciolos assegurou que, apesar das
condições económicas e financeiras difíceis
atuais, a Comissão propõe manter
um “forte orçamento” para a Política
Agrícola Comum (PAC), já que, além da
produção de comida, é preciso valorizar
a diversidade agrícola da União europeia
(UE) alargada.
Governo quer atingir equilíbrio
da balança alimentar a médio prazo
A ministra da Agricultura reafirmou,
em Coruche, que a agricultura pode ser
uma chave para a saída de Portugal da
crise, tendo realçado o objectivo do Governo
de atingir, a médio prazo, o equilíbrio
na balança alimentar.
A ministra, que acompanhou o comissário
europeu da Agricultura, Dacios
Ciopolos, numa visita ao concelho de Coruche,
maior produtor mundial de cortiça,
referiu que Portugal apresenta ainda um
‘gap’ de 30 por cento que obriga a aumentar
as exportações e a diminuir as
importações de produtos agrícolas.
Assunção Cristas defendeu a existência
de um pilar de investimento rural “for-
Simpósio Satélite - Programa
24 de Novembro
16h00 - Empreender em Cunicultura
Tema 1: Caracterização da Cunicultura no norte de Portugal:
evolução recente
Tema 2: Caracterização da cunicultura em Espanha
Tema 3: Aspectos legislativos /REAP
Tema 4: Apoios ao investimento
Tema 5: Viabilidade técnico-económica de uma cunicultura
Tema 6: Estudo de caso
Discussão e Debate
Programa das jornadas:
25 de Novembro
08h30 - Recepção e entrega de documentação
08h45 - Sessão de Abertura
09h00 - Sessão I: Aspectos produtivos
-A importância da ventilação em Cunicultura
-Qualidade da água
-Principais doenças da exploração
11h00 - Pausa para café
11h30 - Sessão II: Comercialização e consumo da carne
de coelho
- Qualidade e valor nutricional da carne
de coelho
- Comercialização e Marketing
13h00 - Almoço e convívio
15h30 - Sessão III: Apresentação de posters
16h00 - Sessão IV: Mesa Redonda: O Cunicultor – Produtor
e Gestor
- Fornecedor de alimentos
- Produtor
- Técnico
- Gestor
18h00 - Encerramento
te” que permita fazer as modernizações
necessárias ao sector, frisando ser objectivo
do Governo atingir, a médio prazo, o
equilíbrio na balança alimentar.
Para ‘aumentar’ a produção agrícola e florestal nacional
Daniel Campelo anunciou a constituição
de um Banco de Terras
O secretário de Estado do Desenvolvimento
Rural anunciou a constituição
de um Banco de Terras para ‘aumentar’
a produção agrícola e florestal nacional,
admitindo atribuir benefícios fiscais aos
proprietários que disponibilizem terrenos
para exploração.
Segundo explicou Daniel Campelo,
este Banco de Terras será um ‘Programa
Nacional a criar em 2012’, actualmente
em fase de estudo, para ‘permitir que novos
agricultores, ou os já existentes, possam
aproveitar as terras disponíveis, de
proprietários que não têm vocação para
essa actividade’. ‘Com benefícios para os
proprietários e agricultores que tomam
essa terra para ampliação ou constituição
de explorações novas, aumentando a
produção através da utilização de terras
actualmente incultas, abandonadas ou
parcialmente aproveitadas’, acrescentou
o governante, com a tutela das Florestas
e Desenvolvimento Rural.
Daniel Campelo garante que estão a
ser estudadas medidas para ‘fomentar’
este Banco de Terras, como benefícios
fiscais e assim ‘mudar a atitude em relação
ao abandono da terra’. ‘Por exemplo
isentar ou reduzir pela via fiscal quem
gere bem a terra. Vamos trabalhar no
sentido d e valorizar quem aproveita este
potencial para criar riqueza nacional e
gerar emprego’, disse ainda.
Como exemplo apontou o facto de
metade da área nacional com potencial
florestal ‘não tem hoje uma gestão
eficiente’. ‘Podemos crescer muito na
vertente florestal desta forma, que é um
potencial enorme no norte e centro. O
Banco de Terras pode proporcionar um
aumento de escala na produção, com a
consequente subida da rentabilidade florestal’,
sublinhou.
Garantiu ainda que este ‘nunca será
um processo coercivo’. ‘Temos uma posição
de respeito pleno da propriedade,
mas queremos premiar e incentivar quem
gere bem a terra, que é uma riqueza nacional’,
disse.
Daniel Campelo abordou o tema
durante uma visita oficial à Galiza, Espanha,
onde ficou a conhecer o modelo
local de Banco de Terras, implementado
há três anos, tendo reunido, em Santiago
de Compostela, com os congéneres
do Governo Regional galego. ‘Vamos
aproveitar bastante o que aqui já está a
funcionar e bem, em vez de perder tempo
a experimentar coisas que não temos
a certeza que vão funcionar’, sustentou,
prometendo para 2012 a apresentação
de ‘resultados’ do modelo português.
Avisa a Agência Internacional de Energia
Próximos cinco anos poderão tornar alterações
climáticas irreversíveis
Se as infra-estruturas baseadas nos combustíveis fósseis continuarem a ser construídas,
ao ritmo previsto, nos próximos cinco anos, “perderemos para sempre” a oportunidade
de evitar as alterações climáticas extremas, de acordo com o economista-chefe da Agência
Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol.
“A porta está a fechar-se. Estou muito preocupado. Se não mudarmos de direcção, e agora,
na forma como utilizamos a energia, vamos acabar para além daquilo que os cientistas dizem
ser o mínimo de segurança. E aí a porta fechar-se-á para sempre”, continuou Birol.
À medida que centrais energéticas, fábricas e edifícios ineficientes continuam a ser
construídos, a um ritmo impressionante, em todo o mundo, os próximos cinco anos serão
preponderantes para conseguirmos evitar a irreversibilidade das alterações climáticas.
Segundo a AIE, o caso é tão grave que, agora, todos os meses contam. Se quisermos manter-nos
abaixo dos 2ºC de aquecimento em relação à era pré-industrial, as emissões têm de ser
paradas nos 450 ppm de dióxido de carbono na atmosfera. O nível actual ronda os 390 ppm.
No entanto, as actuais infra-estruturas já produzem 80% de todo o carbono que podemos
emitir, segundo a análise publicada pela AIE, o que quer dizer que temos muita pouca margem
de manobra para reestruturamos a nossa economia no caminho da chamada economia verde.
E se esta tendência continuar, em 2015 teremos gasto 90% do nosso “orçamento” de
carbono. Em 2017, as alterações climáticas serão irreversíveis.
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