ROCHAS CARBONÁTICAS José Ferreira de Sousa ... - Cetem
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No Estado do Ceará, apesar do<br />
potencial existente, ainda não ocorreram<br />
requerimentos para exploração <strong>de</strong>sses bens<br />
minerais. No Brasil, existem áreas em fase<br />
<strong>de</strong> autorização <strong>de</strong> pesquisa e requerimento<br />
<strong>de</strong> lavra nos estados do Espírito Santo e<br />
Maranhão, e áreas em fase <strong>de</strong> autorização<br />
<strong>de</strong> pesquisa nos estados da Bahia e Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro. Os <strong>de</strong>pósitos já pesquisados no<br />
Espírito Santo e Maranhão são constituídos<br />
<strong>de</strong> areias finas a grossas e cascalhos bio<strong>de</strong>tríticos<br />
formados, predominantemente, por<br />
fragmentos <strong>de</strong> algas, além <strong>de</strong> conchas <strong>de</strong><br />
moluscos, briozoários e fragmentos diversos,<br />
material muito semelhante à fácies <strong>de</strong><br />
areias e/ou cascalhos bio<strong>de</strong>tríticos que ocorrem<br />
na plataforma continental cearense.<br />
As principais jazidas e minas <strong>de</strong><br />
magnesita do Estado situam-se ao longo do<br />
vale do alto Jaguaribe, abrangendo duas<br />
faixas mineralizadas, ao sul e ao sudoeste<br />
do Açu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Orós, alinhando-se segundo<br />
uma direção EW e <strong>de</strong>pois SW/NE,<br />
abrangendo os municípios <strong>de</strong> Jucás, Iguatu<br />
e Icó. A produção <strong>de</strong> magnesita <strong>de</strong>ssas<br />
minas é direcionada a diferentes aplicações,<br />
<strong>de</strong>stacando-se as empresas Refratários do<br />
Nor<strong>de</strong>ste S/A-REFRANOR (Grupo Chaves<br />
S/A Mineração e Indústria), Magnesita S/A e<br />
Indústria Brasileira <strong>de</strong> Artigos Refratários<br />
S/A-IBAR (Grupo Votorantim), que, recentemente,<br />
repassou seus direitos minerários<br />
para um grupo português.<br />
Segundo o Anuário Mineral Brasileiro<br />
– DNPM (2001), ultima publicação<br />
oficial, as reservas brasileiras <strong>de</strong> rochas<br />
carbonáticas (calcário, calcita, conchas calcárias,<br />
rochas calcárias, dolomita, magnesita,<br />
magnesita ornamental e mármore<br />
ornamental) totalizam cerca <strong>de</strong> 98 bilhões<br />
<strong>de</strong> toneladas. Deste total, o Estado do<br />
Ceará possui, aproximadamente, 6 bilhões<br />
<strong>de</strong> toneladas, perfazendo 6% da reserva<br />
nacional.<br />
De acordo com o Sumário Mineral<br />
– DNPM (2005), as reservas mundiais <strong>de</strong><br />
magnesita totalizam cerca <strong>de</strong> 3,9 bilhões <strong>de</strong><br />
toneladas. O Brasil ocupa a quarta posição<br />
em reserva, com a expressiva participação<br />
<strong>de</strong> 8,7%, sendo suplantado somente pela<br />
Rússia, Coréia do Norte e China. Os últimos<br />
dados oficiais brasileiros referenciam que as<br />
maiores reservas <strong>de</strong>ste bem mineral estão<br />
localizadas na Serra das Éguas, município<br />
<strong>de</strong> Brumado, no Estado da Bahia (79%), e<br />
nos municípios <strong>de</strong> Iguatu, Jucás e Orós, no<br />
Estado do Ceará (21%). As principais<br />
jazidas <strong>de</strong> magnesita do Estado do Ceará<br />
situam-se ao longo do vale do Alto Jaguaribe,<br />
on<strong>de</strong> são conhecidas pelo menos <strong>de</strong>z minas<br />
<strong>de</strong> magnesita, todas inseridas num mesmo<br />
contexto geológico particular. Das minas em<br />
ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stacam-se: Riacho Fundo e<br />
Torto (município <strong>de</strong> Jucás); Riacho do<br />
Cal<strong>de</strong>irão, Riacho do Casquilho, Grossos,<br />
Gangorra e Pitombeiras (município <strong>de</strong><br />
Iguatu) e Malhada Vermelha, Cabeça <strong>de</strong><br />
Negro e Cruz <strong>de</strong> Pedra (município <strong>de</strong> Orós).<br />
A Tabela 3 apresenta as reservas<br />
<strong>de</strong> calcário, calcítico-dolomítico, dolomito,<br />
mármore e <strong>de</strong> magnesita aprovadas pelo<br />
DNPM/CE.<br />
Tabela 3 - Reservas <strong>de</strong> rochas carbonáticas no Ceará.<br />
REGIÃO SUBSTÂNCIA RESERVA (t)<br />
MUNICÍPIO MEDIDA INDICADA INFERIDA TOTAIS<br />
Quixeré-Limoeiro Calcário 2.271.019.656 1.715.681.609 1.357.655.449 5.344.356.714<br />
Sobral-Coreaú<br />
Calcáriodolomítico<br />
6.703.849 4.301.056 6.610.000 17.614.905<br />
Canindé-Farias Brito Dolomito 44.367.372 17.597.772 84.583.200 146.548.344<br />
Itataia-Boa Viagem Mármore 11.003.440 940.238 11.943.688<br />
Iguatu-Jucás-Icó Magnesita 129.349.484 133.085.100 2.204.560 264.639.144<br />
Total 2.462.443.801 1.871.605.775 1.451.053.209 5.785.102.785<br />
Fonte: DNPM/CE – Dados atualizados até 31/03/04.<br />
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