12.05.2013 Views

ROCHAS CARBONÁTICAS José Ferreira de Sousa ... - Cetem

ROCHAS CARBONÁTICAS José Ferreira de Sousa ... - Cetem

ROCHAS CARBONÁTICAS José Ferreira de Sousa ... - Cetem

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

No Estado do Ceará, apesar do<br />

potencial existente, ainda não ocorreram<br />

requerimentos para exploração <strong>de</strong>sses bens<br />

minerais. No Brasil, existem áreas em fase<br />

<strong>de</strong> autorização <strong>de</strong> pesquisa e requerimento<br />

<strong>de</strong> lavra nos estados do Espírito Santo e<br />

Maranhão, e áreas em fase <strong>de</strong> autorização<br />

<strong>de</strong> pesquisa nos estados da Bahia e Rio <strong>de</strong><br />

Janeiro. Os <strong>de</strong>pósitos já pesquisados no<br />

Espírito Santo e Maranhão são constituídos<br />

<strong>de</strong> areias finas a grossas e cascalhos bio<strong>de</strong>tríticos<br />

formados, predominantemente, por<br />

fragmentos <strong>de</strong> algas, além <strong>de</strong> conchas <strong>de</strong><br />

moluscos, briozoários e fragmentos diversos,<br />

material muito semelhante à fácies <strong>de</strong><br />

areias e/ou cascalhos bio<strong>de</strong>tríticos que ocorrem<br />

na plataforma continental cearense.<br />

As principais jazidas e minas <strong>de</strong><br />

magnesita do Estado situam-se ao longo do<br />

vale do alto Jaguaribe, abrangendo duas<br />

faixas mineralizadas, ao sul e ao sudoeste<br />

do Açu<strong>de</strong> <strong>de</strong> Orós, alinhando-se segundo<br />

uma direção EW e <strong>de</strong>pois SW/NE,<br />

abrangendo os municípios <strong>de</strong> Jucás, Iguatu<br />

e Icó. A produção <strong>de</strong> magnesita <strong>de</strong>ssas<br />

minas é direcionada a diferentes aplicações,<br />

<strong>de</strong>stacando-se as empresas Refratários do<br />

Nor<strong>de</strong>ste S/A-REFRANOR (Grupo Chaves<br />

S/A Mineração e Indústria), Magnesita S/A e<br />

Indústria Brasileira <strong>de</strong> Artigos Refratários<br />

S/A-IBAR (Grupo Votorantim), que, recentemente,<br />

repassou seus direitos minerários<br />

para um grupo português.<br />

Segundo o Anuário Mineral Brasileiro<br />

– DNPM (2001), ultima publicação<br />

oficial, as reservas brasileiras <strong>de</strong> rochas<br />

carbonáticas (calcário, calcita, conchas calcárias,<br />

rochas calcárias, dolomita, magnesita,<br />

magnesita ornamental e mármore<br />

ornamental) totalizam cerca <strong>de</strong> 98 bilhões<br />

<strong>de</strong> toneladas. Deste total, o Estado do<br />

Ceará possui, aproximadamente, 6 bilhões<br />

<strong>de</strong> toneladas, perfazendo 6% da reserva<br />

nacional.<br />

De acordo com o Sumário Mineral<br />

– DNPM (2005), as reservas mundiais <strong>de</strong><br />

magnesita totalizam cerca <strong>de</strong> 3,9 bilhões <strong>de</strong><br />

toneladas. O Brasil ocupa a quarta posição<br />

em reserva, com a expressiva participação<br />

<strong>de</strong> 8,7%, sendo suplantado somente pela<br />

Rússia, Coréia do Norte e China. Os últimos<br />

dados oficiais brasileiros referenciam que as<br />

maiores reservas <strong>de</strong>ste bem mineral estão<br />

localizadas na Serra das Éguas, município<br />

<strong>de</strong> Brumado, no Estado da Bahia (79%), e<br />

nos municípios <strong>de</strong> Iguatu, Jucás e Orós, no<br />

Estado do Ceará (21%). As principais<br />

jazidas <strong>de</strong> magnesita do Estado do Ceará<br />

situam-se ao longo do vale do Alto Jaguaribe,<br />

on<strong>de</strong> são conhecidas pelo menos <strong>de</strong>z minas<br />

<strong>de</strong> magnesita, todas inseridas num mesmo<br />

contexto geológico particular. Das minas em<br />

ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stacam-se: Riacho Fundo e<br />

Torto (município <strong>de</strong> Jucás); Riacho do<br />

Cal<strong>de</strong>irão, Riacho do Casquilho, Grossos,<br />

Gangorra e Pitombeiras (município <strong>de</strong><br />

Iguatu) e Malhada Vermelha, Cabeça <strong>de</strong><br />

Negro e Cruz <strong>de</strong> Pedra (município <strong>de</strong> Orós).<br />

A Tabela 3 apresenta as reservas<br />

<strong>de</strong> calcário, calcítico-dolomítico, dolomito,<br />

mármore e <strong>de</strong> magnesita aprovadas pelo<br />

DNPM/CE.<br />

Tabela 3 - Reservas <strong>de</strong> rochas carbonáticas no Ceará.<br />

REGIÃO SUBSTÂNCIA RESERVA (t)<br />

MUNICÍPIO MEDIDA INDICADA INFERIDA TOTAIS<br />

Quixeré-Limoeiro Calcário 2.271.019.656 1.715.681.609 1.357.655.449 5.344.356.714<br />

Sobral-Coreaú<br />

Calcáriodolomítico<br />

6.703.849 4.301.056 6.610.000 17.614.905<br />

Canindé-Farias Brito Dolomito 44.367.372 17.597.772 84.583.200 146.548.344<br />

Itataia-Boa Viagem Mármore 11.003.440 940.238 11.943.688<br />

Iguatu-Jucás-Icó Magnesita 129.349.484 133.085.100 2.204.560 264.639.144<br />

Total 2.462.443.801 1.871.605.775 1.451.053.209 5.785.102.785<br />

Fonte: DNPM/CE – Dados atualizados até 31/03/04.<br />

59

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!