12.05.2013 Views

ROCHAS CARBONÁTICAS José Ferreira de Sousa ... - Cetem

ROCHAS CARBONÁTICAS José Ferreira de Sousa ... - Cetem

ROCHAS CARBONÁTICAS José Ferreira de Sousa ... - Cetem

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

intercalada concordantemente em granada-<br />

moscovita-biotita gnaisse, com direção<br />

ESE-WNW extensão <strong>de</strong> 300 m e<br />

espessura aparente máxima <strong>de</strong> 44 m,<br />

com mergulho subvertical para NNE.<br />

Vale salientar, ainda, a existência <strong>de</strong><br />

calcário cristalino no município <strong>de</strong> Itatira,<br />

nas localida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Lagoa do Mato e<br />

Serra dos Machados, sob a forma <strong>de</strong><br />

lentes encaixadas nos gnaisses do<br />

embasamento cristalino, apresentando<br />

direção preferencial NNE.<br />

Os sedimentos bioclásticos ocupam<br />

quase toda a plataforma continental do<br />

nor<strong>de</strong>ste brasileiro, numa faixa paralela à<br />

costa, limitando-se ao norte e ao sul com a<br />

sedimentação terrígena. (Freire, 1985.).<br />

Na plataforma continental do Ceará,<br />

a sedimentação bioclástica está distribuída<br />

numa faixa quase contínua, limitandose,<br />

principalmente, à plataforma externa e<br />

às porções mais profundas da plataforma<br />

interna, interrompida pela sedimentação<br />

terrígena <strong>de</strong>fronte à ponta do Iguape e por<br />

algumas ocorrências em áreas pequenas <strong>de</strong><br />

siliciclásticos na plataforma externa. Estes<br />

sedimentos são compostos, na sua maioria,<br />

por bio<strong>de</strong>tritos resultantes da <strong>de</strong>struição <strong>de</strong><br />

algas calcárias dos tipos Halimeda e algas<br />

coralíneas. Os sedimentos carbonáticos da<br />

plataforma continental do Ceará são compostos<br />

somente por componentes esqueletais,<br />

não sendo observados oói<strong>de</strong>s, peletói<strong>de</strong>s,<br />

psolitos e litoclásticos. (Freire e<br />

Cavalcanti, 1997).<br />

Freire (1985) caracterizou, na plataforma<br />

continental do Ceará, consi<strong>de</strong>rando os<br />

componentes bióticos na fração grosseira, as<br />

seguintes associações: maerl (<strong>de</strong>vido à<br />

semelhança <strong>de</strong> composição com os <strong>de</strong>pósitos<br />

da Bretanha-França), areia e/ou cascalho<br />

<strong>de</strong> Halimeda, moluscos, foraminíferos<br />

plantônicos e vermetídios.<br />

Os sedimentos bioclásticos predominantes<br />

são as associações <strong>de</strong> Halimeda e <strong>de</strong><br />

algas coralíneas. Estas duas associações<br />

carbonáticas foram <strong>de</strong>finidas como <strong>de</strong>pósitos<br />

com potencialida<strong>de</strong> para exploração econômica,<br />

tendo sido <strong>de</strong>finidas dois fácies<br />

sedimentares: areias e/ou cascalhos <strong>de</strong><br />

Halimeda e areias e/ou cascalhos bio<strong>de</strong>tríticos<br />

(semelhante ao maerl).<br />

Na plataforma continental <strong>de</strong> Fortaleza<br />

predominam, entre os sedimentos<br />

bioclásticos, os <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> areias e/ou<br />

cascalhos bio<strong>de</strong>tríticos, po<strong>de</strong>ndo ocorrer<br />

subordinados os <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> areias e/ou<br />

cascalhos <strong>de</strong> Halimeda. Em alguns locais, o<br />

maerl ocorre como areia e/ou cascalho <strong>de</strong><br />

algas coralíneas. Ao contrário do que ocorre<br />

com as areias e/ou cascalhos <strong>de</strong> Halimeda<br />

da plataforma leste, os <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> areias<br />

e/ou cascalhos bio<strong>de</strong>tríticos na plataforma<br />

oeste, também estão distribuídos <strong>de</strong> 0 a 20<br />

metros <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>. No entanto, somente<br />

próximo ao limite com a plataforma<br />

externa tornam-se predominantes em relação<br />

aos <strong>de</strong>pósitos terrígenos. (Cavalcanti e<br />

Freire, 2004).<br />

Os resultados <strong>de</strong> análises químicas<br />

apresentados na Tabela 2 referem-se aos<br />

dois tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong>finidos como<br />

potencialmente econômicos, ou seja, areias<br />

e/ou cascalhos <strong>de</strong> Halimeda e areias e/ou<br />

cascalhos bio<strong>de</strong>tríticos. Somente estão sendo<br />

consi<strong>de</strong>rados os <strong>de</strong>pósitos em profundida<strong>de</strong>s<br />

inferiores a 20 metros, ou seja,<br />

aqueles que, no momento, po<strong>de</strong>m vir a ter<br />

sua exploração viabilizada. (Freire, 1985).<br />

Na Tabela 2, observa-se que os<br />

<strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> areias e/ou cascalhos <strong>de</strong><br />

Halimeda apresentam teores mais elevados<br />

<strong>de</strong> cálcio que os <strong>de</strong> areias e/ou cascalhos<br />

bio<strong>de</strong>tríticos, sendo o inverso para o<br />

magnésio. Os maiores teores <strong>de</strong> P2O5 estão<br />

relacionados aos <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> areias e/ou<br />

cascalhos bio<strong>de</strong>tríticos.<br />

Tanto os <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong> areias e/ou<br />

cascalhos <strong>de</strong> Halimeda quanto os <strong>de</strong> areias<br />

e/ou cascalhos bio<strong>de</strong>tríticos apresentaram<br />

teores <strong>de</strong> carbonato <strong>de</strong> cálcio superiores a<br />

50 %, caracterizando um calcário <strong>de</strong> uso<br />

nobre. Os teores variaram <strong>de</strong> 60 a 98 % nos<br />

primeiros e <strong>de</strong> 57 a 97,50 % nos últimos.<br />

57

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!