Leishmaniose Tegumentar Americana - Diretoria de Vigilância ...

ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
GERÊNCIA DE VIGILÂNCIA DE ZOONOSES
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
É uma doença que afeta pele e mucosa (nariz e boca) provocando feridas. É transmitida
através da picada de insetos (flebótomíneos) conhecidos como mosquito palha e que
possuem o agente causador (leishmania) no seu organismo.
Flebótomo ou “mosquito palha”
Os flebótomíneos vivem em lugares úmidos, com mata e tem o hábito de picar
durante a noite. São encontrados em tocas de animais, currais, chiqueiros, bananais,
podendo invadir residências e abrigar-se em locais mais escuros. Seus vôos são curtos e
baixos caracterizando-se por um aspecto saltitante.
O ciclo de vida destes insetos compreende os seguintes estágios: ovo, larva, pupa e
adulto. As posturas dos ovos são efetuadas diretamente no solo, em locais úmidos,
sombreados e ricos em matéria orgânica em decomposição, como: galhos e folhas secas,
restos de madeira, de verduras,de frutas e suas cascas e fezes de animais.
O aumento da quantidade de flebotomíneos está relacionado com os meses quentes e
chuvosos, pois as chuvas agem modificando as condições de umidade do solo.
Outros fatores a serem considerados são as transformações do meio ambiente
causadas pelo desmatamento, modificação da vegetação nativa e ocupação inadequada das
encostas nos centros urbanos, favorecendo o aparecimento de focos de flebotomíneos cada
vez mais próximo dos domicílios o que facilita a transmissão da doença ao homem.
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Locais propícios à proliferação do flebótomíneo.
Como o flebótomo adquire a leishmania para transmití-la?
A leishmania vive no organismo de alguns animais silvestres (ratos silvestres, tatus,
gambás,...). Os flebótomíneos ao picarem estes animais adquirem a leishmania e tornam-se
capazes de transmití-la para novos animais silvestres, para o homem e para alguns animais
domésticos (cães, cavalos, gatos).
CICLO DE TRANSMISSÃO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
Inicialmente a
transmissão ocorre na
mata quando o flebótomo
pica animais silvestres
parasitados com a
Leishmania, tornando-se
capaz de transmití-la para
outros animais silvestres.
Animais silvestres picados
por flebótomos parasitados
tornam-se reservatórios.
Flebótomo parasitado ao picar
o homem e animais silvestres
transmite o parasita
(leishmania)
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O homem e os animais domésticos ao serem picados podem adoecer, mas não são
capazes de transmitir a leishmania para novos flebótomos e outros animais.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
Dois a três meses após a picada do inseto, aparece no local um pequeno ponto
avermelhado que aumenta de tamanho tornando-se uma ferida arredondada, com bordas
elevadas que não dói, mas pode causar coceira.
Lesão cutânea localizada em estágio inicial.
Lesão cutânea localizada, ulcerada,
com bordas elevadas e avermelhadas
– Estágio inicial da ulceração.
Lesão ulcerada única, pequena, com bordas
elevadas, avermelhadas ao seu redor e
fundo granuloso(esponjoso)
Lesão ulcerada ( ferida aberta), única,
arredondada, com bordas elevadas,
infiltradas e fundo granuloso(esponjoso)
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TODA PESSOA COM ESTE TIPO DE FERIDA DEVE PROCURAR ORIENTAÇÃO
MÉDICA NA UNIDADE DE SAÚDE MAIS PRÓXIMA.
COMO EVITAR SER PICADO PELO FLEBÓTOMO!
• Usando roupas de mangas compridas toda vez que adentrar na mata para
trabalho ou lazer;
• Evitando desmatamento;
• Construindo casas a pelo menos 200 metros da mata;
• Usando telas de proteção nas portas e janelas das casas;
• Podando os galhos das árvores para deixar o quintal ensolarado;
• Construindo galinheiros e abrigos de animais domésticos distantes das
residências;
• Limpando chão dos quintais varrendo as folhas e frutas caídas;
• Não deixando alimentos de animais domésticos expostos e próximo das
residências durante a noite, pois atraem animais silvestres (ratos, tatus,
gambás, capivara, quati, raposa, cachorro do mato) que podem possuir o agente
causador da leishmaniose;
• Evitando freqüentar rios e cachoeiras no anoitecer, horário que o inseto
costuma picar para se alimentar.
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Atualizado em Abril/2012
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