Revista Aposta - fevereiro 2010 - CTT
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<strong>fevereiro</strong><br />
<strong>2010</strong><br />
82<br />
adn da marca ctt<br />
O valor da Confiança,<br />
Competência<br />
e Proximidade
10<br />
índice . <strong>fevereiro</strong> <strong>2010</strong><br />
16<br />
plano ambicioso para 2012<br />
A liberalização total do sector postal<br />
é um dos desafios em destaque no período<br />
abrangido pelo Plano ctt 2012, recentemente<br />
apresentado pelo PCA a dirigentes<br />
e responsáveis do Grupo. Para os vencer,<br />
oito programas de acções estratégicas visam<br />
assegurar a qualidade de serviço, eficiência<br />
e crescimento, através do reforço<br />
e desenvolvimento dos negócios, de parcerias<br />
e aquisições, onde se inclui<br />
a internacionalização. O Plano contempla<br />
ainda um ambicioso programa de<br />
investimentos de cerca de 200 milhões<br />
de euros.<br />
22<br />
03 editorial<br />
O ADN da marca <strong>CTT</strong><br />
04 acontece<br />
Notícias<br />
10 entrevista . ceo ead<br />
Garantir o futuro e conservar o passado<br />
16 actual . dia dos namorados<br />
Romantismo nos Correios<br />
18 actual . filatelia<br />
Coleccionar e celebrar <strong>2010</strong><br />
20 actual . campanhas<br />
Phone-ix em Campanha Nacional<br />
22 capa . marca ctt<br />
O valor da marca <strong>CTT</strong><br />
24 dossier . plano 2012<br />
Preparar o caminho para 2012<br />
28 inovação . sicam-c<br />
SICAM-C eficácia na simplicidade<br />
30 qualidade . portefólio digital<br />
Mailmanager já é Certificado<br />
32 negócios . d-mail<br />
Correr pela Venda Multicanal<br />
34 dar um giro . centenário da república<br />
100 anos a resistir sempre<br />
40 leituras . edições<br />
Filatelia dos sentidos<br />
42 opinião . do meu ponto de vista<br />
Olhar o tempo como um desafio constante... e uma<br />
confiança renovada<br />
43 vagares<br />
82<br />
ficha técnica publicação mensal distribuição gratuita<br />
Director Luís Andrade . Directora Executiva Maria Teresa Correia . Redacção Bruno Vilão, José Duarte Martins, Raquel Moz,<br />
Rosa Serôdio, Elsa Duarte, Inês Sousa . Secretariado de Redacção Sofia Almeida . Layout Lupa Design . Fotografia Pedro<br />
Mónica, A. Sequeira, Foto Riviera, Arquivo <strong>CTT</strong>, agradecimento à Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário<br />
da República . Produção Comunicação Interna . Propriedade <strong>CTT</strong> Correios de Portugal, S.A. Rua de<br />
São José, 20, 1166-001 LISBOA > Tel. 213 227 400 > aposta@ctt.pt . Pessoa Colectiva n.º 500077568 . Impressão Peres -Soctip .<br />
Finishing Mailtec . Tiragem 34 000 exemplares . Depósito legal 186482 / 02 . Capa Lupa Design · Joana Paz<br />
34<br />
www.ctt.pt<br />
Luís Andrade<br />
director de<br />
comunicação<br />
com elevado sentido de pertença,<br />
os trabalhadores reclamam<br />
um contributo activo na criação<br />
de valor para os ctt, elegendo<br />
a “orientação para o cliente”<br />
e a “fiabilidade na prestação dos<br />
serviços” como aspectos relevantes<br />
da marca que ostentam na camisola<br />
que orgulhosamente vestem<br />
O ADN da marca <strong>CTT</strong><br />
Está no ADN: os <strong>CTT</strong> são uma empresa com Valores. Isto mesmo confirmou um<br />
recente estudo feito junto de clientes e público interno, que avaliou a relevância<br />
e a consistência da marca. Valores como Confiança/Credibilidade, Conveniência<br />
e Eficácia são reconhecidos pelos clientes individuais como referências estruturais<br />
dos <strong>CTT</strong>, enquanto o segmento empresarial acentua, pela positiva, factores de imagem<br />
e serviço, designadamente a Experiência, Especialização e Competência.<br />
Internamente, a manifestar um elevado sentido de pertença, os trabalhadores<br />
reclamam um contributo activo na criação de valor para os <strong>CTT</strong>, elegendo a “orientação<br />
para o cliente” e a “fiabilidade na prestação dos serviços” como aspectos<br />
relevantes da marca que ostentam na camisola que orgulhosamente vestem.<br />
No momento de preparar o futuro, o auto-conhecimento da Empresa é fundamental<br />
para definir o posicionamento do Grupo <strong>CTT</strong> face à evolução que se avizinha<br />
na indústria postal. Para reflectir sobre estas questões, cerca de 400 dirigentes<br />
e responsáveis do Grupo reuniram-se num Encontro, em Lisboa, onde<br />
o PCA apresentou as linhas mestras do Plano ctt 2012. Um documento distribuído<br />
a todos, que traça o caminho a seguir: a aposta na eficiência, serviço ao cliente,<br />
desenvolvimento dos recursos humanos, sustentabilidade e na internacionalização<br />
através de parcerias e aquisições , num esforço de<br />
investimento de quase 200 milhões de euros que vai<br />
permitir enfrentar o mercado liberalizado com segurança<br />
e diferenciação face à concorrência.<br />
Um desses desafios é a forte aposta nos Sistemas<br />
de Informação que permitirá uma mais rigorosa monitorização<br />
da qualidade de serviço. Um desses exemplos<br />
é o recente up-grade no SICAM-C, um sistema T&T que<br />
controla a abertura dos marcos e caixas de correio, para<br />
evitar ocorrências negativas com impacto na qualidade<br />
de serviço.<br />
Também o mais recente serviço que integra a fileira<br />
digital do portefólio <strong>CTT</strong>, o Mailmanager, acaba de<br />
obter o certificado de qualidade atribuído pela auditora<br />
externa SGS, o que lhe confere a garantia de maior competitividade e eficácia<br />
junto do mercado em que actua.<br />
O ano de <strong>2010</strong> celebra o centenário da República com um conjunto de iniciativas<br />
que recordam a história da resistência republicana. Os <strong>CTT</strong> juntam-se<br />
a estas comemorações com emissões evocativas da efeméride e a realização da<br />
Exposição Mundial “Portugal <strong>2010</strong>”. No rasto desta memória, a <strong>Aposta</strong> foi até<br />
à Cadeia da Relação do Porto para trazer aos leitores um testemunho da exposição<br />
“Resistência: da alternativa republicana à luta contra a Ditadura (1891-1974). Um<br />
giro a não perder!<br />
82<br />
02<br />
03
Estações de Correios mais modernas<br />
Os <strong>CTT</strong> inauguraram em Fevereiro duas novas Estações<br />
de Correios no concelho de Loures. Os clientes contam<br />
agora com espaços modernos e confortáveis, onde<br />
podem encontrar mais serviços e novidades<br />
A abrir a semana e o mês de Fevereiro, o<br />
Presidente do Conselho de Administração<br />
dos <strong>CTT</strong>, Estanislau Costa, inaugurou,<br />
na presença do Presidente da Câmara<br />
Municipal de Loures, Carlos Teixeira,<br />
a nova Estação de Correios de Santo<br />
António dos Cavaleiros, que foi totalmente<br />
renovada nos últimos meses<br />
e agora é uma das mais modernas do<br />
País. Após obras de remodelação, a EC<br />
ocupa uma área de 310m2 , disponibiliza<br />
cinco balcões de atendimento e também<br />
a venda de produtos em livre serviço.<br />
Aberta de segunda a sexta-feira, das 9<br />
às 18 horas, passará a encerrar à hora de<br />
almoço nos meses de Junho a Setembro.<br />
«O concelho de Loures tem vindo a crescer<br />
de forma significativa. É hoje um dos<br />
concelhos “top five” do País. Os <strong>CTT</strong>, que<br />
primam por estar junto das populações,<br />
têm vindo também a fazer um grande<br />
esforço em termos de modernização,<br />
facilitando-lhes uma maior acessibilidade»,<br />
começou por referir o Presidente<br />
dos <strong>CTT</strong>, salientando que recentemente<br />
abriu um balcão no Loures Shopping e<br />
na semana seguinte outra Loja viria a<br />
ser inaugurada na Bobadela. «São cerca<br />
de 200 mil euros que investimos nesta<br />
remodelação, para respondermos às<br />
necessidades das populações e à modernização<br />
em que estamos empenhados»,<br />
destacando que só na empresa mãe<br />
serão investidos no próximo triénio cerca<br />
de 105 milhões, uma forma de enfrentar<br />
o desafio da liberalização total do sector<br />
postal.<br />
Também o Presidente da Câmara<br />
não escondeu a sua satisfação por mais<br />
uma inauguração num concelho «com<br />
uma dinâmica e um crescimento enormes.<br />
Este exemplo da aposta dos <strong>CTT</strong><br />
em Loures é um sinal de que estão atentos<br />
à evolução do concelho. Os <strong>CTT</strong> são<br />
e serão sempre uma referência de qualidade<br />
a nível nacional, são um bom parceiro<br />
e são sempre bem vindos. Loures<br />
tem qualidade e merece qualidade e só<br />
queremos os melhores connosco».<br />
Carlos Teixeira voltaria a marcar presença<br />
na inauguração da Estação de<br />
Correios de Bobadela, que teve lugar<br />
no dia 8 de Fevereiro, em cerimónia<br />
presidida pelo Administrador Marcos<br />
Batista. A funcionar em novas instalações<br />
na Praceta José Fontana, a loja<br />
mantém o horário das 9 às 12H30 e das<br />
14H30 às 18H. O novo espaço disponibiliza<br />
três balcões de atendimento<br />
onde podem ser efectuados todos os<br />
serviços postais e financeiros, à excepção<br />
do Aforro on-line. RS<br />
DRM ao encontro dos Clientes<br />
A Madeira acolheu o Encontro da DRM, reunindo cerca de 40 quadros e chefias “ao<br />
encontro dos clientes”, fortalecendo a coesão profissional e projectando o futuro<br />
A Direcção Regional da Madeira, que<br />
integra a OPE, realizou o seu Encontro<br />
de Chefias e Quadros da DRM, sob o<br />
tema “ao encontro dos clientes”, nos<br />
passados dias 29 e 30 de Janeiro. O<br />
evento reuniu mais de 40 pessoas num<br />
programa bem preenchido e animado.<br />
O ADCOO Carlos Dias Alves enviou a<br />
todos os participantes uma mensagem<br />
onde realçou a importância da componente<br />
humana dos <strong>CTT</strong> e salientou que<br />
«cada um de nós tem um papel único<br />
para o sucesso da nossa organização<br />
ganhar o futuro», acrescentando a sua<br />
convicção de que com mais este encontro<br />
«vamos reforçar a nossa coesão profissional<br />
e empresarial».<br />
O programa iniciou-se com uma actividade<br />
outdoor, em grupo, tendo por<br />
objectivo proporcionar as condições<br />
de relaxamento e motivacionais em<br />
ambiente informal, elevando o espírito<br />
de equipa. Esta actividade desenvolveu-se<br />
no Caminho dos Pés Descalços<br />
do Hotel Jardim Atlântico, entre uma<br />
paisagem deslumbrante, casando o<br />
contacto com a natureza com uma reflexologia<br />
natural aos pés, absorvendo<br />
sensações positivas e medicinais provenientes<br />
de uma relação directa e sincera<br />
com a Terra.<br />
Seguiu-se o módulo relativo à “preparação<br />
pelas equipas das questões a<br />
apresentar”. Os participantes, organizados<br />
em nove equipas, trataram e desenvolveram<br />
duas questões relevantes relativamente<br />
ao tema que lhes tinha sido<br />
atribuído, uma pela positiva e outra pela<br />
negativa, ocorridas em 2009 e o lançamento<br />
de outras duas questões por<br />
equipa sobre assuntos a implementar,<br />
manter ou melhorar em <strong>2010</strong>.<br />
O painel «Como os clientes nos<br />
vêem?» teve a participação de três<br />
clientes de relevância regional – Empresa<br />
de Electricidade da Madeira,<br />
Centro de Segurança Social da Madeira<br />
e Instituto de Emprego da Madeira,<br />
onde foi transmitida a sua percepção<br />
quanto ao serviço prestado pelos <strong>CTT</strong> e<br />
suas expectativas futuras.<br />
A caracterização da “economia regional<br />
e perspectivas de desenvolvimento<br />
e evolução” foi apresentada por<br />
Maria do Céu Andrade, responsável<br />
pela Divisão de Planeamento do Instituto<br />
de Desenvolvimento Regional da<br />
Madeira.<br />
Para lá destes módulos, o DRM Carlos<br />
Rodrigues e o OPE Carlos Inácio apresentaram<br />
as “perspectivas para <strong>2010</strong> e<br />
os objectivos da DRM”. O ADCOO encerrou<br />
o Encontro, não sem antes terem<br />
sido entregues diplomas de mérito às<br />
equipas das Lojas e CDP/CAD que se<br />
distinguiram em 2009. JDM<br />
acontece . notícias 82<br />
04<br />
05
<strong>CTT</strong> Expresso deu prémios Três em Linha<br />
A <strong>CTT</strong> Expresso entregou no passado<br />
dia 22 de Janeiro os prémios aos vencedores<br />
da Campanha Três em Linha,<br />
dirigida à Rede SNC e OPE, que decorreu<br />
entre os meses de Abril e Dezembro<br />
de 2009. A acção contou com três fases<br />
de avaliação, de nove semanas cada, o<br />
que representou um esforço de 131 dias<br />
Quadros da <strong>CTT</strong> Expresso no Encontro Anual<br />
O Encontro Anual de Quadros e Vendas<br />
da <strong>CTT</strong> Expresso realizou-se no dia 9 de<br />
Fevereiro, no Hotel Vila Galé da Ericeira,<br />
juntando 104 trabalhadores que participaram<br />
em grupos de trabalho multidisciplinares<br />
para analisar temas que são<br />
úteis na promoção do portefólio EMS,<br />
por parte dos responsáveis de Vendas<br />
do Segmento Ocasional nas Estações e<br />
Postos de Correio. Os resultados finais<br />
atingiram os objectivos, com receitas que<br />
ascenderam aos €5.814.174,00, ultrapassando<br />
em €63.945,00 os parâmetros<br />
iniciais fixados (€5.750.228,00). Foram<br />
prioritários no negócio da empresa par-<br />
ticipada, nas áreas comercial, operacio-<br />
nal e financeira. O evento foi presidido<br />
pelo PCA Estanislau Costa, que abriu a<br />
sessão de trabalhos com uma mensagem<br />
de confiança pelos bons resultados<br />
assim distribuídos 15.251 prémios às EC,<br />
RSC, GSC, GC e Postos de Correios, bem<br />
como entregues 105 vouchers de viagem<br />
(com valor individual de €350) àqueles<br />
que cumpriram todos os critérios e tiveram<br />
vendas superiores a €30.000,00.<br />
Destacam-se as performances da GSCLS,<br />
GSCLN e DRM. Parabéns à Rede. RM<br />
que a <strong>CTT</strong> Expresso alcançou em 2009,<br />
apesar do contexto económico de crise.<br />
O Prof. Vicente Rodrigues (ISCTE) foi o<br />
orador convidado, que veio falar sobre<br />
as temáticas da Mudança, Cultura<br />
Organizacional e Trabalho em Equipa. A<br />
iniciativa trouxe ainda a debate as estratégias<br />
para o curto prazo, que apostam<br />
em formação, equipas multidisciplinares,<br />
inovação tecnológica, logística,<br />
melhores produtos e serviços, além de<br />
possíveis parcerias. Como vender mais,<br />
como ajustar o modelo operativo e como<br />
conter custos foram as grandes preocupações<br />
de uma empresa que é líder<br />
no mercado nacional de correio urgente<br />
e logística. RM<br />
<strong>CTT</strong> e AEP juntos pela Competitividade<br />
Os <strong>CTT</strong> Correios de Portugal e a AEP –<br />
Associação Empresarial Portuguesa<br />
assinaram no passado dia 2 de Fevereiro,<br />
no Porto, um protocolo de colaboração,<br />
no domínio do serviço postal, que visa<br />
contribuir para a melhoria da competitividade<br />
do tecido empresarial português.<br />
O protocolo, assinado pelos Presidentes<br />
dos <strong>CTT</strong> e da AEP, Estanislau<br />
Costa e José António Barros respectivamente,<br />
disponibiliza aos milhares<br />
de empresas filiadas na associação um<br />
leque alargado de serviços inovadores<br />
em condições especiais, como por<br />
exemplo, os serviços de geo-referenciação<br />
associados ao marketing directo:<br />
Parceria segura<br />
Os <strong>CTT</strong> e a Companhia de Seguros<br />
MAPFRE formalizaram no dia 28 de<br />
Janeiro, na sede dos <strong>CTT</strong>, a assinatura<br />
de um acto de colaboração comercial,<br />
através da celebração de um Acordo<br />
de Mediação de Seguros, visando a<br />
comercialização de uma oferta adicional<br />
de seguros nas Lojas dos <strong>CTT</strong>.<br />
Serão cobertas as principais categorias<br />
do mercado de seguros do Ramo Não<br />
Vida, integrando, numa primeira fase,<br />
os seguros de Multirriscos Habitação,<br />
de Acidentes Pessoais e de Acidentes<br />
de Trabalho - Serviços Domésticos.<br />
Será também comercializado um Plano<br />
Poupança Reforma (PPR).<br />
Trata-se de uma oferta de produtos<br />
muito simples, dirigidos às necessidades<br />
essenciais da população e com<br />
preços de mercado muito competitivos,<br />
“Geoindex” e “Geocontacto”. São serviços<br />
que permitem a distribuição selectiva<br />
e segmentada de objectos publicitários<br />
não endereçados, como folhetos<br />
e amostras, em fracções geográficas<br />
com uma determinada caracterização<br />
sócio-económica ou territorial, garantindo<br />
uma cobertura dos consumidores<br />
com o perfil pretendido e incrementando<br />
o respectivo feedback.<br />
Os associados da AEP passam a beneficiar<br />
de condições especiais na aquisição<br />
de produtos de conveniência dos<br />
<strong>CTT</strong>, como embalagens postais e franquias<br />
pré-pagas, de bases de dados,<br />
vários serviços postais e produtos personalizados,<br />
como o “meu selo”.<br />
assentes na exclusividade e confiança<br />
da rede dos <strong>CTT</strong> e na especialização da<br />
MAPFRE, a maior companhia seguradora<br />
de Espanha e da América Latina.<br />
Este acordo, assinado pelo Presidente<br />
dos <strong>CTT</strong>, Estanislau Costa, e pelo<br />
Administrador CCO, Marcos Batista, e<br />
por António Belo e Vítor Reis da MAPFRE,<br />
insere-se na estratégia de crescimento<br />
dos Serviços Financeiros dos <strong>CTT</strong>,<br />
Registe-se que os <strong>CTT</strong> contam com<br />
24 anos de filiação na AEP, que em<br />
Maio próximo completará o seu 161º<br />
aniversário. JDM<br />
mediante o estabelecimento de novas<br />
parcerias, alargando a sua oferta de produtos<br />
e serviços e consolidando a sua já<br />
muito forte posição no ranking do mercado<br />
de colocadores de seguros.<br />
A primeira fase de comercialização<br />
destes seguros terá início em Março,<br />
sendo precedida de um processo de<br />
formação que cobrirá, de forma faseada,<br />
toda a rede de Lojas dos <strong>CTT</strong>. JDM<br />
acontece . notícias 82<br />
06<br />
07
Voluntariado ambiental na Serra do Montejunto<br />
Decorreu, no dia 6 de Fevereiro, uma<br />
acção de voluntariado ambiental que teve<br />
como propósito a compensação das emissões<br />
carbónicas (cerca de 10 toneladas de<br />
CO2 equivalente), resultantes do Encontro<br />
Nacional de Dirigentes dos <strong>CTT</strong> realizado<br />
em Cascais em Setembro de 2009.<br />
A iniciativa, que resultou de um<br />
protocolo estabelecido entre os <strong>CTT</strong><br />
e a Quercus, consistiu na plantação<br />
de árvores de espécies autóctones<br />
em meio hectare de floresta da Área<br />
de Paisagem Protegida da Serra do<br />
Montejunto, no Cadaval. No evento<br />
Cartas de Condução nos Correios<br />
Os <strong>CTT</strong> e o IMTT (Instituto da Mobilidade<br />
e dos Transportes Terrestres) assinaram<br />
no dia 20 de Janeiro um acordo que vai<br />
facilitar a vida dos condutores. O acordo<br />
permite que o levantamento das novas<br />
Cartas de Condução e entrega das<br />
antigas possa ser feito na Estação de<br />
Correios mais próxima da residência do<br />
condutor.<br />
O protocolo aplica-se às revalidações<br />
ou substituições destes documentos,<br />
dispensa a deslocação aos balcões do<br />
Instituto da Mobilidade e dos Transportes<br />
Terrestres ou às Lojas Do Cidadão e permite<br />
a manutenção da Carta antiga até à<br />
recepção da nova. O evento contou com<br />
a presença do Vice-presidente dos <strong>CTT</strong>,<br />
Pedro Coelho, do Administrador Marcos<br />
Batista e de membros do Conselho de<br />
Administração do Instituto. Crisóstomo<br />
Teixeira, presidente do IMTT, acredita<br />
que os Correios merecem toda a confiança<br />
junto da população e, como tal,<br />
foi possível «depositar uma função<br />
nossa nas mãos dos <strong>CTT</strong>». Pedro Coelho<br />
participaram o Vice-Presidente dos <strong>CTT</strong>,<br />
Pedro Coelho, e cerca de 20 dirigentes,<br />
que não tiveram mãos a medir para<br />
plantar cerca de 750 árvores, superando<br />
largamente o objectivo inicial<br />
fixado em 550.<br />
Esta acção de reflorestação, que<br />
assumiu o formato de voluntariado<br />
empresarial, é a primeira de natureza<br />
ambiental que os <strong>CTT</strong> promovem. A<br />
iniciativa, inserida no contexto de posicionamento<br />
activo da Empresa relativamente<br />
ao ambiente e ao tema das alterações<br />
climáticas, associa a vertente da<br />
compensação à da promoção da biodiversidade<br />
e tem um carácter essencialmente<br />
pedagógico. IS<br />
considerou que, pela disseminação geo-<br />
gráfica e proximidade das pessoas, esta<br />
foi uma decisão inteligente e recordou<br />
«a importância que os <strong>CTT</strong> têm no apoio<br />
a outras actividades que são modernizadoras<br />
e importantíssimas para a população<br />
em geral». ED<br />
<strong>CTT</strong> desenvolvem projectos para a Sérvia<br />
A Unidade Internacional concluiu recentemente<br />
a segunda fase do Projecto de<br />
Criação de um Sistema de Contabilidade<br />
Analítica para os Correios da Sérvia<br />
(PTT Srbija), que tinha como objectivo a<br />
apresentação e aprovação, por parte da<br />
empresa sérvia, do Modelo Conceptual<br />
do Sistema de Contabilidade Analítica.<br />
Com início em Janeiro de 2008, este<br />
projecto comporta três fases e será um<br />
instrumento privilegiado no processo<br />
de regulação do sector, designadamente<br />
nas definições de preços e tarifas<br />
por parte da recentemente criada<br />
Autoridade Reguladora.<br />
A opção pelos <strong>CTT</strong> para a execução<br />
deste trabalho advém do estreito relacionamento<br />
existente entre os dois<br />
operadores postais, que começou, em<br />
2006, com a elaboração de um Plano<br />
de Desenvolvimento da Qualidade, na<br />
Mundo postal apoia o Haiti<br />
A União Postal Universal (UPU) lançou<br />
um apelo a todas as organizações pos-<br />
tais no sentido de cooperarem para a<br />
reconstrução da rede de infra-estruturas<br />
do Haiti, país recentemente atingido por<br />
um violento sismo. A urgência da recuperação<br />
de um serviço postal eficiente<br />
reside na necessidade de garantir a<br />
entrega de correio e bens aos haitianos,<br />
além de assegurar a realização de<br />
transferências monetárias. Quase todos<br />
os edifícios postais de Port-au-Prince,<br />
capital do Haiti, foram totalmente destruídos<br />
pelo sismo, incluindo o da administração,<br />
pelo que, naturalmente, há<br />
muito trabalho pela frente.<br />
sequência de um concurso do QSF/UPU<br />
vencido pelos <strong>CTT</strong>.<br />
Para lá deste projecto, os <strong>CTT</strong> e os<br />
Correios do Equador celebraram recentemente<br />
um protocolo de cooperação<br />
Actualmente, o serviço postal do<br />
país está totalmente paralisado. A UPU<br />
e países membros estão a estudar os<br />
melhores cenários para o seu restabelecimento,<br />
o mais brevemente possível.<br />
As ofertas de auxílio por parte das<br />
organizações postais têm sido diárias,<br />
nomeadamente assistência financeira<br />
e fornecimento de equipamento. Os<br />
<strong>CTT</strong> também estão já a contribuir, através<br />
da parceria estabelecida entre a<br />
Payshop e a Cruz Vermelha Portuguesa<br />
para a recolha de fundos de apoio às<br />
vítimas do terramoto. IS<br />
que se consubstancia na prestação de<br />
serviços de consultoria por parte dos<br />
<strong>CTT</strong>, durante 7 meses, no domínio do<br />
ciclo operativo, nomeadamente o tratamento<br />
de correio. IS<br />
acontece . notícias 82<br />
08<br />
09
Garantir o futuro<br />
e conservar o passado<br />
A adaptação dos serviços aos desenvolvimentos tecnológicos<br />
e um contacto próximo com os clientes são características que estão<br />
nos genes da EAD, a empresa de arquivo de documentação do Grupo <strong>CTT</strong>.<br />
A aquisição de 51% do capital desta empresa ocorreu em Novembro<br />
de 2006, numa lógica de integração da cadeia de valor do Grupo <strong>CTT</strong><br />
afirma a Paulo Veiga, Presidente da Comissão Executiva da EAD<br />
Como surgiu a ideia de criar uma<br />
empresa como a EAD?<br />
Sempre fui uma pessoa muito atenta<br />
às coisas que ocorrem à minha volta. É<br />
uma característica de família. E durante<br />
a faculdade todas as actividades extracurriculares<br />
em que me envolvi estavam<br />
ligadas à Associação de Estudantes do<br />
Instituto Superior de Economia e Gestão<br />
ou à Association Internationale des<br />
Etudiants en Sciences Economiques et<br />
Commerciales (AIESEC) que promove<br />
intercâmbio de estágios entre estudantes.<br />
Em 1991 candidatei-me a um desses<br />
estágio em Espanha e fui para uma<br />
grande empresa em Madrid. Aí esbarrei<br />
com umas caixas de cartão e perguntei<br />
para que serviam. Eram caixas para levar<br />
arquivos, cuja gestão era feita em outsourcing.<br />
Achei que seria uma excelente<br />
ideia para o mercado português.<br />
Como passou da ideia à concretização?<br />
Quando voltei reuni-me com amigos,<br />
com quem tinha abordado a hipótese<br />
de lançar um negócio. Falei desta opor-<br />
tunidade de colocar pastas de arquivo<br />
dentro de caixas e continuámos a falar<br />
sobre o desenvolvimento do negócio. Por<br />
sorte, no último ano da faculdade, estive<br />
presente na apresentação do Centro<br />
Promotor de Inovação e Negócios que<br />
foi o primeiro órgão da antiga CEE para<br />
promover a criação de empresas inovadoras<br />
entre os jovens. Nessa apresentação<br />
levantei o braço e expliquei a minha<br />
ideia. A ideia foi bem acolhida, apresentei<br />
a ead tem sete serviços. o seu core business<br />
é a custódia e gestão dos arquivos intermédios<br />
das empresas, que implica a recolha,<br />
transferência, alojamento, conservação,<br />
prestação de serviços de consulta e eliminação<br />
da documentação autorizada pelo cliente<br />
o business case e foi aprovado.<br />
A conjuntura económica e do mercado<br />
favoreceu o negócio?<br />
Decorria o ano de 1992, onde o preço<br />
do metro quadrado em Lisboa teve um<br />
aumento exponencial e onde se começava<br />
a sentir a primeira reforma fiscal de<br />
1989 que obrigava todas as organizações<br />
a guardarem os seus arquivos por dez<br />
anos, quando até essa altura era apenas<br />
por cinco anos. Todas estas circunstâncias<br />
favoreceram o arranque do negócio<br />
da EAD, fundada em Maio de 1993.<br />
Qual foi o investimento inicial?<br />
Começámos com quatro mil contos dos<br />
quais 1600 foram emprestados pelo<br />
meu pai pois na altura não havia grandes<br />
facilidades de crédito. Instalámo-<br />
-nos no Barreiro, no Parque Industrial da<br />
Quimiparque, numas instalações que<br />
garantiam condições de segurança e<br />
de confidencialidade para se efectuar a<br />
Custódia e Gestão de Arquivo dos clientes,<br />
com um escritório, uma secretária<br />
e um telefone de onde efectuava chamadas<br />
para angariar clientes e explicar<br />
o negócio. Andava também por Lisboa<br />
com folhetos a entregar porta a porta,<br />
dando a conhecer o serviço da EAD.<br />
Quando se deu o boom do negócio da<br />
EAD?<br />
Diria que foi em 1997, quando nos mudámos<br />
para Palmela, precisamente fruto<br />
da expansão do negócio, para instalações<br />
próprias concebidas e construídas<br />
de raiz para a guarda da documentação<br />
com as melhores condições de segurança<br />
e de confidencialidade. Nessa<br />
altura a empresa facturava cerca de doze<br />
mil contos por ano. Em 1999 a EAD abriu<br />
uma delegação em Vila do Conde, mais<br />
concretamente na Zona Industrial da<br />
Varziela, tendo assim alargado o âmbito<br />
logístico da sua actividade a todo o País<br />
continental.<br />
Quando foi introduzida a tecnologia no<br />
negócio da EAD?<br />
Os novos serviços foram surgindo naturalmente<br />
pelo desenvolvimento do<br />
mercado a partir de 2001. Foi quando<br />
a tecnologia evolui para um ponto que<br />
justificava a troca dos suportes de informação<br />
e a sua introdução nos sistemas<br />
de gestão dos clientes. Estas necessidades<br />
do mercado em matéria de Arquivo<br />
e Gestão Documental conduziram, em<br />
Fevereiro desse ano, à criação da Divisão<br />
de Arquivos Ópticos e ao início da digitalização<br />
em massa de documentos em<br />
formato papel.<br />
Essa nova realidade teve reflexos imediatos<br />
no mercado?<br />
Não foi imediato. Os nossos concorrentes<br />
são muito agressivos, tanto ao nível<br />
comercial como operacional, e há muitas<br />
empresas neste mercado. O negócio da<br />
EAD não é novo, tem 16 anos, o mercado<br />
está maduro e há dois anos que não<br />
entram novas empresas. Apesar disso<br />
continua a ser de elevado crescimento.<br />
Como explicaria a cadeia de valor da<br />
EAD?<br />
A EAD tem sete serviços. O mais importante,<br />
e considerado o seu core business<br />
é a Custódia e Gestão dos Arquivos<br />
Intermédios das empresas, que implica<br />
a recolha, transferência, alojamento,<br />
conservação, prestação de serviços de<br />
Paulo Veiga, Presidente da Comissão<br />
Executiva da EAD<br />
consulta e eliminação da documentação<br />
autorizada pelo Cliente. Este serviço<br />
representa cerca de 60% da facturação<br />
da EAD. Complementarmente<br />
temos a Digitalização e Data Entry que<br />
passam pela transferência de informação<br />
para suporte digital, optimizando<br />
o alojamento, minimizando o tempo<br />
para consulta e facilitando o acesso das<br />
empresas à informação. Nesta perspectiva<br />
temos cinquenta clientes que valem<br />
um milhão de euros por ano.<br />
Prestamos também um serviço de<br />
Custódia e Gestão de Arquivos correntes<br />
que recolhe, organiza e gere a<br />
documentação com grande dinâmica<br />
de consulta para disponibilização imediata<br />
aos respectivos proprietários.<br />
Disponibilizamos ainda serviços de<br />
Consultoria vocacionada para estruturar<br />
concepções de Sistemas de Informação,<br />
uma área de custódia e rotação de serviços<br />
informáticos, uma sala cofre de alta<br />
entrevista . ceo ead 82
o número de trabalhadores tem crescido<br />
e é notável como a lealdade à ead não<br />
tem diminuído. as pessoas envolvem-se<br />
muito nos objectivos e nos processos<br />
numa perspectiva de melhoria contínua<br />
A proximidade e a capacidade de comunicação interna é uma característica da EAD<br />
segurança para guardar documentos de<br />
grande confidencialidade, como acordos<br />
comerciais ou testamentos. Finalmente,<br />
um dos nossos mais recentes serviços<br />
é a Reciclagem Segura de Arquivo de<br />
Documentação. Disponibilizamos contentores<br />
herméticos às empresas para<br />
colocação de documentos para reciclagem,<br />
as Doc Box, e procedemos à recolha<br />
periódica, transporte para a EAD e<br />
posterior destruição de todo o acervo<br />
documental do cliente.<br />
Esse é um serviço que reflecte as preocupações<br />
ambientais da EAD, suportadas<br />
pela Certificação em Ambiente?<br />
Sem dúvida. Os clientes pedem-nos<br />
garantias de uma reciclagem segura e<br />
controlada, passamos as guias ambientais,<br />
ajudamos a fazer os registos na<br />
Agência Portuguesa do Ambiente assim<br />
como entregamos autos de eliminação.<br />
A sustentabilidade ambiental tem<br />
de estar no nosso código genético. Por<br />
isso é que fomos a primeira empresa<br />
deste negócio a ter a Certificação em<br />
Ambiente. Envolveu muito trabalho,<br />
não é uma certificação fácil, mas há um<br />
factor que nos motivou imenso. O papel<br />
é dos poucos resíduos que é reciclado a<br />
100%. Se pensarmos que actualmente<br />
conseguimos reciclar 400 toneladas<br />
de papel por ano, damos um contributo<br />
muito interessante. O impacto<br />
da certificação foi considerável tanto<br />
para o mercado como internamente,<br />
com melhorias imediatas a nível operacional.<br />
A EAD passou com distinção<br />
em todos os processos de auditoria da<br />
SGS e agora estamos concentrados na<br />
Certificação em Higiene e Segurança.<br />
A EAD tem clientes que beneficiem de<br />
toda a cadeia de valor?<br />
Vários. O que é muito interessante uma<br />
vez que o período de permanência dos<br />
nossos clientes reflecte esta nossa preocupação<br />
constante em oferecer mais<br />
serviços, adequados às necessidades<br />
empresariais. A EAD tem clientes desde<br />
a sua fundação, que têm vindo a usufruir<br />
dos novos serviços. No âmbito do nosso<br />
sistema integrado de gestão de qualidade<br />
e ambiente, os nossos clientes<br />
respondem a inquéritos onde nos dão<br />
indicações das suas necessidades presentes<br />
e futuras. É ouvindo os clientes<br />
que desenvolvemos os novos produtos<br />
e serviços.<br />
Existe margem para continuar a inovar<br />
nesta actividade?<br />
Tem de existir. A nossa insatisfação<br />
permanente com os resultados obtidos,<br />
fruto do nosso espírito de melhoria contínua<br />
dos processos, leva-nos a procurar<br />
ganhos adicionais de eficiência e de eficácia<br />
que só se obtêm se continuarmos<br />
a gerar inovação no campo dos sistemas<br />
de informação. Mais do que nunca, as<br />
ameaças ao nosso negócio são imensas.<br />
Ainda assim, não nos podemos esquecer<br />
que o papel é o suporte de informação<br />
mais fiável e fidedigno que existe<br />
no mundo, pois é o mais dificilmente<br />
alterável e falsificável.<br />
Como decorreu o processo de integração<br />
no Grupo <strong>CTT</strong>?<br />
A EAD chegou aos <strong>CTT</strong> pela ambição<br />
de ter uma empresa cada vez maior e<br />
melhor. Esta é a razão pessoal. Há também<br />
uma razão genética e afectiva, o<br />
apelido Carteiro que herdei da minha<br />
mãe, que curiosamente nasceu a 9 de<br />
Outubro, Dia Mundial dos Correios.<br />
Quando a EAD chegou a uma facturação<br />
superior a um milhão de euros, em<br />
2004, começámos a ser sondados por<br />
diversos grupos empresariais nacionais<br />
e espanhóis. Um deles foi o Grupo <strong>CTT</strong><br />
que apresentou um projecto. Percebi<br />
logo que a nossa oferta fazia todo o<br />
sentido na cadeia de valor dos <strong>CTT</strong>. Em<br />
2006, o Grupo <strong>CTT</strong> adquiriu 51% do capital<br />
social da EAD.<br />
Quais as principais mudanças desde a<br />
integração no Grupo <strong>CTT</strong>?<br />
A EAD duplicou o seu volume de negócios,<br />
tendo crescido no mercado. A<br />
marca EAD é valiosa, pois é a maior,<br />
mais prestigiada e rentável empresa<br />
deste mercado. Com a marca <strong>CTT</strong> por<br />
cima, a visibilidade da EAD foi de facto<br />
extraordinária. De tal forma que outros<br />
grupos económicos começaram a aliciar<br />
concorrentes nossos para os adquirir, na<br />
tentativa de imitar esta parceria. E claro,<br />
a antiguidade e a confiança depositadas<br />
no Grupo <strong>CTT</strong> ajuda a abrir portas. Desde<br />
a formalização desta parceria, o volume<br />
de negócios passou de 2,5 milhões para<br />
5,5 milhões de euros, o que é extraordinário.<br />
Aumentámos a cobertura nacional<br />
e abrimos delegações na Madeira e<br />
nos Açores. E agora queremos pensar no<br />
mercado ibérico.<br />
Há, portanto, perspectivas de internacionalização...<br />
Efectivamente. E já demos diversos<br />
passos no sentido de efectuar ofertas<br />
a empresas espanholas e avançarmos<br />
para uma posição de domínio e controlo<br />
sobre as mesmas. Já realizámos<br />
estudos de mercado e de viabilidade.<br />
Não pensamos começar do zero mas<br />
sim através da aquisição de uma<br />
empresa. A minha expectativa é a de<br />
encontrar um parceiro com uma filosofia<br />
de negócio semelhante e oferecer-<br />
-lhe competências adicionais dentro<br />
das sete áreas de actuação da EAD.<br />
Não queremos comprar uma empresa<br />
demasiado pequena, pois isso iria trazer<br />
demasiados problemas que não compensariam<br />
o investimento realizado.<br />
Temos de avançar para uma empresa<br />
que facture mais do que nós, mas não<br />
há assim tantas em Espanha. O que é<br />
revelador do nosso tamanho no mercado<br />
com a entrada da ead no grupo ctt<br />
o volume de negócios passou<br />
de 2,5 milhões para 5,5 milhões de euros,<br />
aumentou a cobertura nacional e abrimos<br />
delegações na madeira e nos açores. agora<br />
queremos pensar no mercado ibérico<br />
A EAD procede à reciclagem segura e controlada de 400 toneladas de papel por ano<br />
dos seus clientes<br />
nacional. Os países de leste também<br />
têm mercados bastante apetecíveis.<br />
Como se têm adaptado as pessoas da<br />
EAD a esse crescimento?<br />
Temos crescido com tanta intensidade,<br />
obrigando a um trabalho constante que<br />
nem nos apercebemos o quanto mudámos<br />
e crescemos nos últimos anos.<br />
Trabalhamos muitas horas sempre na<br />
perspectiva de evitar os erros. Erramos<br />
muito pouco e quando erramos somos<br />
de facto diferentes. Tratamos e ultrapassamos<br />
o erro com muita eficácia porque<br />
há um grande envolvimento de todos em<br />
corrigir não apenas o erro conjuntural<br />
como o processo que o desencadeou.<br />
Esse intenso envolvimento faz parte do<br />
ADN da EAD?<br />
A proximidade e a capacidade de comunicação<br />
dentro da Companhia é de facto<br />
uma característica da nossa forma de<br />
trabalhar. O número de trabalhadores<br />
tem crescido e é notável como a lealdade<br />
à EAD não tem diminuído. As pessoas<br />
envolvem-se muito nos objectivos e nos<br />
processos numa perspectiva de melhoria<br />
contínua. A minha porta está sempre<br />
aberta mas já sabem que quando<br />
entram para comunicar um problema<br />
sem me apresentarem uma solução<br />
para o resolver, não fico satisfeito. Não<br />
compro problemas, compro soluções.<br />
Também investimos muitas horas de formação<br />
em gestão de tempo, de equipa<br />
e de liderança, qualidade, higiene e<br />
segurança. E vamos agora inaugurar um<br />
ginásio para os nossos trabalhadores,<br />
pois penso que será positivo em termos<br />
de motivação e produtividade.<br />
ead - empresa de arquivo<br />
de documentação, sa<br />
Data da fundação: Maio de 1993<br />
Aquisição pelo Grupo <strong>CTT</strong>: 2006<br />
(51% do capital social)<br />
Actividade: Prestação de serviços<br />
de custódia física, digitalização de<br />
arquivos e gestão documental, consultoria<br />
em ciências documentais e<br />
reciclagem segura e confidencial de<br />
documentação<br />
Conselho de Administração: Marcos<br />
Batista (PCA); Duarte Araújo (vogal)<br />
Comissão Executiva: Paulo Veiga<br />
(CEO); Luís Piteira (CFO); Carla<br />
Gonçalves (COO)<br />
Trabalhadores: 120<br />
Volume de facturação: 5,2 milhões<br />
de euros em 2009<br />
Clientes: 400<br />
entrevista . ceo ead 82<br />
12<br />
13
Perfil<br />
De onde é natural?<br />
Nasci em Lisboa apesar das minhas raízes<br />
familiares serem do Alentejo, mais<br />
concretamente da Amareleja. Fiz o primeiro<br />
ano do ensino primário nesta vila<br />
alentejana, antes de vir para a Baixa da<br />
Banheira e terminei o ensino secundário<br />
Empreendedorismo<br />
a quanto obrigas<br />
Os movimentos associativos e o Benfica despertam as suas paixões<br />
quando Paulo Veiga não está concentrado nos destinos da EAD.<br />
Um forte capital de diplomacia assim como uma atenção particular<br />
aos livros de gestão, de onde retira diversos ensinamentos<br />
para o dia-a-dia, ajudam a definir o quadro de referências<br />
de um homem que vive o empreendedorismo de forma activa<br />
na Quinta da Lomba, no Barreiro.<br />
Dedicava-se muito aos estudos?<br />
Era um aluno um pouco calão. Por isso,<br />
quando concluí o 12º ano, como não<br />
tinha a certeza de ingressar na faculdade,<br />
inscrevi-me como cadete na academia<br />
militar. Fiz a recruta e fui cadete<br />
durante cinco meses. Se vivesse outra<br />
vida era militar. Aprendi muito lá. O corpo<br />
humano não tem limites, tem muito<br />
mais resistência à dor e ao sofrimento<br />
do que se julga. Aprendi muito sobre<br />
a camaradagem e o conceito de camarada<br />
deixou de ter aquela conotação<br />
política. Conservo muitos valores que<br />
adquiri nesse tempo. Porém, apercebi-me<br />
que não tinha muito perfil, entretanto<br />
consegui entrar no ISEG e foi lá<br />
que me formei. É uma universidade fantástica,<br />
com um convívio estreito entre<br />
alunos e professores.<br />
Tinha actividades extracurriculares<br />
nessa altura?<br />
Pertencia à equipa de Basquetebol do<br />
ISEG e todos os anos participávamos em<br />
torneiros internacionais. Também pratiquei<br />
esta modalidade em vários clubes<br />
como na CUF, no Barreirense e no Luso.<br />
Continuo a estar ligado ao desporto e<br />
actualmente sou presidente da Casa do<br />
Benfica de Palmela, da qual fui fundador.<br />
Gostava muito de servir o Benfica<br />
como dirigente. Ainda não foi possível,<br />
já me candidatei uma vez à presidência<br />
do clube, mas é uma ambição pessoal.<br />
Que outras paixões tem na vida?<br />
Em 1994 casei com a Carla Gonçalves,<br />
que ajudou a construir a EAD e ainda<br />
trabalhamos juntos. Dizem que atrás<br />
de um grande homem está uma grande<br />
mulher, mas neste caso tenho por trás<br />
uma mulher muito maior que eu. A EAD<br />
foi a nossa primeira “criança” mas em<br />
1997 nasceu o Alexandre, nosso único<br />
filho, que é a nossa alegria. É um aluno<br />
acima da média e uma criança que não<br />
nos dá problemas. O Benfica é também<br />
uma grande paixão.<br />
De que se ocupa quando não está envolvido<br />
com a EAD?<br />
Sempre me dediquei muito aos movimentos<br />
associativos, como é exemplo<br />
a ANJE - Associação Nacional de<br />
Jovens Empresários, de que fui director<br />
em dois mandatos, e que ajudei a<br />
ser conhecida como um exemplo do<br />
empreendedorismo nacional. Fundei<br />
ainda em Portugal, durante 2005, a<br />
Paulo Veiga com a família em Havana, Cuba<br />
Júnior Chamber International, a maior<br />
federação do mundo de jovens líderes<br />
empreendedores, que tem como objectivo<br />
promover uma cidadania activa não<br />
só ao nível do empresariado mas a todos<br />
os níveis da sociedade civil. Permite<br />
aos jovens o acesso a um conjunto<br />
de experiências que ajudem a definir<br />
o seu percurso profissional e pessoal.<br />
Temos programas muito interessantes.<br />
Vivo o trabalho com muita intensidade<br />
mas tem de haver mais vida além da<br />
actividade profissional. Faz parte do<br />
meu equilíbrio. Devemos ser altruístas<br />
e passar a nossa experiência de vida<br />
para as outras pessoas. Dizem que é<br />
impossível zangarem-se comigo. Tenho<br />
um forte capital de diplomacia. Consigo<br />
juntar opiniões divergentes e encontrar<br />
o consenso de forma tranquila.<br />
Gosta de viajar?<br />
É algo que me dá muito prazer. O mundo<br />
é tão vasto e temos tão pouco tempo<br />
para o conhecer que eu só visito uma<br />
vez cada destino. Com uma excepção:<br />
Nova Iorque. E talvez repita Sidney, para<br />
levar o meu filho. Penso que todas as<br />
pessoas deveriam ir à Austrália. A minha<br />
função enquanto pai é abrir as portas ao<br />
Alexandre, para que ele tenha a oportunidade<br />
de contactar com as mais<br />
diversas experiências e culturas, contribuindo<br />
para o seu desenvolvimento<br />
enquanto ser humano. Também gosto<br />
muito de Berlim, uma cidade que cheira<br />
a História.<br />
Quais os seus hábitos de leitura?<br />
Tenho algum tempo para ler mas, infelizmente,<br />
só leio livros de gestão. Deveria<br />
ter tempo para ler também romances.<br />
Mas muitos dos ensinamentos dos livros<br />
de gestão aplico-os na vida pessoal. O<br />
Jacques Welch, que é o meu autor preferido,<br />
tem um capítulo que me orienta<br />
sempre que tenho de despedir alguém.<br />
• Bruno Vilão e Teresa Correia<br />
entrevista . ceo ead 82
As comemorações do Dia dos Namorados<br />
estenderam-se de 5 a 18 de Fevereiro e<br />
durante estes dias as Lojas mergulharam<br />
no clima de romantismo que São<br />
Valentim exige e exibiram um leque<br />
variado de produtos para surpreender<br />
e comemorar a dois. A acção apostou<br />
tanto no domínio físico como no digital<br />
e estendeu-se desde as tradicionais<br />
ofertas e cartões temáticos até às<br />
novas formas de comunicação assentes<br />
na internet. Este ano, para ter acesso a<br />
actual . dia dos namorados<br />
Com a aproximação do dia mais romântico do ano os <strong>CTT</strong><br />
não quiseram perder a oportunidade de dar uma ajuda<br />
na hora de escolher o presente ideal. A campanha incluiu<br />
várias formas de dizer certas palavras à sua cara-metade<br />
tudo o que esta época tão especial pede,<br />
bastava entrar em sintonia com os <strong>CTT</strong>.<br />
As palavras ditas à volta deste<br />
assunto querem-se doces e, a pensar<br />
nas emoções e nas surpresas próprias<br />
da data, o Portal Irrequietos baseou-se<br />
no conceito do ChocoTelegram, o telegrama<br />
escrito em pedacinhos de chocolate<br />
que pode ser construído durante<br />
todo o ano a partir de www.ctt.pt, e<br />
lançou um desafio aos apaixonados.<br />
Ao entrar em www.irrequietos.com o<br />
utilizador tinha a oportunidade de criar<br />
mensagens compostas por quadradinhos<br />
de chocolate que, numa lógica<br />
drag and drop, eram arrastados para o<br />
centro do site de forma a construir uma<br />
mensagem destinada à respectiva carametade.<br />
Estas frases, limitadas a 60<br />
caracteres, foram votadas por um júri<br />
e as 10 mensagens mais criativas receberam<br />
um ChocoTelegram entregue no<br />
destinatário com a mensagem personalizada.<br />
O site www.irrequietos.com<br />
permite, durante todo o ano, a criação<br />
de postais on-line e pode ser uma boa<br />
forma de acrescentar às palavras algumas<br />
emoções e imagens.<br />
Por outro lado, os adeptos da simplicidade<br />
e imediatismo dos telemóveis<br />
viram, durante a campanha, 3<br />
dos modelos da Phone-ix, Nokia 2630,<br />
Nokia 2680 e Nokia 5130, com preços<br />
reduzidos entre 10 e 20 euros.<br />
Lojas em sintonia<br />
Habituadas a acompanhar as tendências,<br />
as Estações mergulharam num espírito<br />
romântico e não esqueceram os tradicionais<br />
cartões ou os já esperados produtos<br />
temáticos. A selecção incluiu motivos e<br />
palavras amorosas e apostou na variedade<br />
de livros e pequenas ofertas especiais.<br />
“Cozinhar a Dois”, “As Mais Belas<br />
Cartas de Amor”, “Lua-de-mel em Paris”<br />
ou o “O Diário do Nosso Casamento”<br />
são exemplos de títulos que desde logo<br />
adivinham, a par de emoções fortes e<br />
histórias arrebatadoras, algumas dicas e<br />
receitas para alcançar a felicidade. Para<br />
os tradicionais presentes, a aposta passou<br />
por pequenas ofertas utilitárias ou<br />
decorativas onde os corações tinham<br />
presença assegurada. Já os produtos<br />
adquiridos através do Catálogo “Mande<br />
Vir”, disponível em todas as Estações de<br />
Correios, incluem sempre o desejado<br />
factor surpresa ao serem entregues via<br />
postal. Para esta época foi igualmente<br />
feita uma selecção específica, onde não<br />
puderam faltar as experiências “A Vida É<br />
Bela”. Destinadas a proporcionar bons<br />
momentos a dois, estas também são<br />
comercializadas fisicamente em 400 EC<br />
e pode encontrar, por exemplo, as modalidades<br />
“Jantares a Dois”, “In Love” ou<br />
“Refúgios a Dois”.<br />
No âmbito dos espectáculos agendados<br />
e cujos bilhetes tanto podem<br />
ser adquiridos nos balcões como na<br />
Bilheteira Online, destacaram-se algumas<br />
peças de teatro e o concerto de<br />
Joss Stone. Acompanhe em www.ctt.pt<br />
os espectáculos em agenda durante<br />
para comemorar<br />
o dia dos namorados,<br />
os ctt apostaram nas<br />
tradicionais ofertas<br />
e cartões temáticos<br />
e nas novas formas<br />
de comunicação<br />
assentes na internet<br />
todo o ano e compre o seu bilhete<br />
através da plataforma online ou nas<br />
Estações de Correios espalhadas por<br />
todo o País.<br />
As campanhas temáticas dos<br />
Correios comemoram as principais<br />
datas festivas e pretendem simplificar o<br />
dia-a-dia de todos os clientes que, num<br />
só lugar ou mesmo através da internet,<br />
conseguem planear o que fazer e adquirir<br />
variados produtos. • Elsa Duarte<br />
As experiências “A Vida É Bela”<br />
prometem bons momentos<br />
a dois e também fizeram<br />
parte da campanha<br />
82<br />
16<br />
17
Coleccionar e celebrar <strong>2010</strong><br />
Já são conhecidos<br />
os principais temas<br />
da agenda filatélica<br />
e editorial de <strong>2010</strong>.<br />
São dezenas de selos<br />
e alguns livros que<br />
prometem variedade<br />
temática e convidam<br />
à celebração<br />
de acontecimentos<br />
de projecção nacional<br />
e internacional<br />
No ano em que se realiza a “Portugal<br />
<strong>2010</strong>”, a Exposição Mundial de Filatelia,<br />
os Correios brindam os amantes da<br />
arte postal com emissões e edições*<br />
que gozam do prestígio e da qualidade<br />
da filatelia portuguesa. A exposição<br />
surge no ano em que se comemora<br />
o centenário da implantação da<br />
República em Portugal e os <strong>CTT</strong> assinalam<br />
a efeméride com duas emissões,<br />
“Bustos da República” e “Assembleia<br />
da República”. A iconografia da primeira<br />
é fruto da inspiração de alguns artistas<br />
plásticos que foram convidados a fazer<br />
a sua interpretação do referido busto e<br />
a segunda retrata a instituição símbolo<br />
do ideário republicano.<br />
A propósito da série “Europa <strong>2010</strong>”,<br />
a Filatelia conta também com a colaboração<br />
de três ilustradores nacionais.<br />
O tema da emissão é “Livros Infantis”<br />
e, na ausência de tradição na área,<br />
Portugal optou por dar a conhecer três<br />
contos tradicionais. A Lenda das Sete<br />
Cidades (Açores), A Lenda de Cavalum<br />
(Madeira) e a Lenda do Macaco com o<br />
Rabo Cortado (Continente) são assim<br />
passadas para o universo postal pelas<br />
mãos de André Letria, Teresa Lima e<br />
João Vaz de Carvalho. Já na série que<br />
resulta do passatempo “Aqui Há Selo”,<br />
o concurso infantil exibe um desenho<br />
ilustrativo de Viriato e o segmento<br />
sénior chama a atenção para o abandono<br />
de animais.<br />
Portugal receberá este ano a visita<br />
de Sua Santidade O Papa Bento XVI<br />
e, a propósito deste evento, surge a<br />
emissão com o mesmo nome. A colecção<br />
“Pedras Preciosas na Arte Sacra<br />
em Portugal”, que exibe fotografias<br />
de algumas peças nacionais, soleniza<br />
igualmente o acontecimento.<br />
O catálogo do Clube do Coleccionador<br />
inclui também vários temas que evocam<br />
a cultura e tradição portuguesas.<br />
Destacam-se, por exemplo, “Queijos<br />
Portugueses”, “Pão Tradicional Português”<br />
(2ª série), “Feiras e Romarias”,<br />
“Rock em Portugal”, “Teatro em<br />
Portugal”, “Judarias em Portugal”, ou<br />
“50 Anos do Instituto Hidrográfico”.<br />
São selos que levam as características<br />
lusas aos quatros cantos do mundo e<br />
personalizam as mensagens que por cá<br />
se escrevem.<br />
Ao mesmo tempo que as cartas aproximam<br />
as pessoas, as emissões conjuntas<br />
aproximam as nações e em <strong>2010</strong><br />
assinalam-se os 150 Anos do Tratado de<br />
Paz, Amizade e Comércio entre Portugal<br />
e o Japão e celebram-se também os 130<br />
anos de Relações Diplomáticas entre o<br />
nosso País e a Roménia.<br />
Este é ainda o ano em que o Jardim<br />
Botânico da Madeira faz 50 anos e a<br />
data serve de inspiração para a filatelia<br />
dedicada à Região Autónoma. No caso<br />
dos Açores, o destaque vai para as<br />
Espécies Marinhas do arquipélago.<br />
Por outro lado, como já vem sendo<br />
tradição, uma das emissões apresenta<br />
uma novidade em termos de inovação<br />
tecnológica, à semelhança do que<br />
aconteceu como selo em cortiça e com<br />
a emissão “Os Selos e os Sentidos”.<br />
Este ano é a série “Pedras Ornamentais<br />
Portuguesas”, centrada na importância<br />
da indústria extractiva portuguesa na<br />
área das pedras ornamentais, que promete<br />
originalidade.<br />
As edições<br />
O plano editorial reserva alguns títulos<br />
de referência da autoria de especialistas<br />
nacionais. Os 100 anos da Implantação<br />
da República são celebrados com uma<br />
obra assinada pelo politólogo António<br />
Costa Pinto e pelo investigador Paulo<br />
Jorge Fernandes. O volume aborda o<br />
período entre 1876 e 1926 e os acontecimentos<br />
e circunstâncias que levaram<br />
à implantação do Regime Republicano,<br />
bem como os que resultaram na crise e<br />
queda da I República. “Pedras Preciosas<br />
na Arte Sacra em Portugal” é outro<br />
dos títulos esperados. Neste livro Rui<br />
Galopim de Carvalho, especialista em<br />
Gemologia e classificação de diamantes,<br />
pretende contribuir para um melhor<br />
entendimento do uso das pedras pre-<br />
ciosas na joalharia portuguesa, desde<br />
a Idade Média aos nossos dias, e dá a<br />
conhecer algumas das peças mais valiosas<br />
da arte sacra nacional.<br />
“As Judarias em Portugal”, da autoria<br />
de Maria José Ferro Tavares, Doutorada<br />
em História Medieval, faz o levantamento<br />
e estudo das judarias existentes<br />
de Norte a Sul do País até ao final<br />
do século XV, altura em que deixou de<br />
haver judeus em Portugal, na medida<br />
em que estes foram obrigados a escolher<br />
entre a conversão ao Cristianismo<br />
e o abandono do reino.<br />
“Elevadores, ascensores e funiculares<br />
de Portugal” dá a conhecer algum<br />
deste património de Norte a Sul do<br />
País e traça a sua possível evolução<br />
desde a inauguração até à actualidade.<br />
no ano em que se<br />
realiza a “portugal<br />
<strong>2010</strong>” os correios<br />
brindam os amantes<br />
da arte postal com<br />
emissões e edições que<br />
gozam do prestígio<br />
e da qualidade da<br />
filatelia portuguesa<br />
O volume é assinado por Jaime Fragoso<br />
de Almeida, o mesmo autor de “O<br />
Pombo-Correio, Mensageiro com História”<br />
lançado em 2004.<br />
O jornalista desportivo Francisco<br />
Santos assina “Fórmula 1 – 50 Anos<br />
em Portugal”. Desde 1969 que o autor<br />
acompanha as edições da modalidade<br />
no nosso país e, através deste volume,<br />
partilha e imortaliza as emoções e a história<br />
de meio século deste desporto.<br />
Acompanhe também as novidades<br />
filatélicas de <strong>2010</strong> e saiba porque é que<br />
a filatelia portuguesa tem conquistado<br />
vários prémios ao longo dos anos. •<br />
Elsa Duarte<br />
* O Plano Editorial e Filatélico pode sofrer<br />
alterações ao longo do ano<br />
actual . filatelia 82<br />
18<br />
19
actual . campanhas<br />
em<br />
Campanha<br />
Nacional<br />
A nova campanha Phone-ix<br />
“com o que comprar<br />
ganha bónus para ligar”,<br />
dirigida aos Clientes das<br />
Estações de Correios, vai<br />
promover o cross-selling<br />
de produtos <strong>CTT</strong> com as<br />
telecomunicações Phone-ix<br />
Decorre desde o início de Fevereiro<br />
em todo o território nacional a nova<br />
Campanha Phone-ix “com o que comprar<br />
ganha bónus para ligar”, dirigida<br />
aos Clientes das Estações de Correios<br />
e da Loja Virtual dos <strong>CTT</strong>. A novidade<br />
desta campanha intemporal consiste na<br />
promoção de cross-selling de produtos<br />
<strong>CTT</strong> com as telecomunicações Phone-ix,<br />
visando divulgar o lançamento de um<br />
novo benefício para os Clientes <strong>CTT</strong> que<br />
sejam em simultâneo clientes Phone-ix<br />
(ou que adiram, entretanto). Um bónus<br />
que se traduz na atribuição de um euro<br />
no cartão phone-ix por cada 10 euros de<br />
compras realizadas.<br />
Quantos mais produtos um cliente<br />
adquirir (à excepção de produtos financeiros<br />
e carregamentos de telemóvel),<br />
mais euros acumula para ligar na rede<br />
móvel dos <strong>CTT</strong>. A atribuição é mensal em<br />
função da totalidade das compras do<br />
mês anterior, limitada ao máximo de 30<br />
euros, a que corresponde um volume de<br />
compras de 300 euros, e igual valor de<br />
carregamentos no respectivo phone-ix.<br />
Entretanto, os aderentes a esta promoção<br />
até 15 de Março vão beneficiar ainda<br />
de um bónus extra de 60 minutos na<br />
rede Phone-ix, a utilizar até final do referido<br />
mês. Só após o preenchimento do<br />
cupão de adesão, disponível em qualquer<br />
EC ou em www.phone-ix.pt, é que o<br />
cliente fica apto a receber os benefícios<br />
desta campanha.<br />
Trata-se, pois, de uma campanha<br />
inédita para os clientes que se deslocam<br />
às EC de todo o País, que pretende<br />
expandir a adesão de novos clientes à<br />
rede Phone-ix e fidelizar os actuais. Mas<br />
os objectivos são mais transversais,<br />
nomeadamente na promoção da venda<br />
do portefólio de produtos e serviços dos<br />
canais de venda dos <strong>CTT</strong> e na divulgação<br />
e incremento do posicionamento<br />
da marca Phone-ix no mercado, além da<br />
dinamização das diferentes vertentes do<br />
negócio Phone-ix (vendas, carregamentos<br />
e portabilidades). Pretende-se ainda<br />
alavancar os índices de motivação da<br />
força de vendas, já que os vendedores<br />
acumulam, nesta fase de lançamento<br />
da campanha, até 15 de Março, cinco<br />
pontos por cada adesão, no âmbito do<br />
Sistema de Incentivos Phone-ix.<br />
Divulgação em força<br />
A preparação desta campanha foi cuidadosamente<br />
elaborada. Os trabalhadores<br />
do atendimento e da distribuição receberam<br />
em casa um mailing informativo, no<br />
formato de telemóvel, acerca desta acção<br />
diferenciadora e exclusiva. Acção que<br />
assume uma importância estratégica e<br />
transversal de negócio com o objectivo de<br />
atrair mais Clientes para os balcões, apelando<br />
aos que não conhecem ou ainda<br />
não fazem parte da “família” Phone-ix<br />
a aderir, sem incómodos, até porque<br />
é sempre possível manter o número<br />
que o cliente já usa, bastando para tal<br />
solicitar a respectiva portabilidade.<br />
a campanha oferece aos clientes um bónus<br />
que se traduz na atribuição de um euro<br />
no cartão phone-ix por cada 10 euros de<br />
compras realizadas nas estações de correios<br />
Mupi alusivo à campanha numa estação de metro à superfície, no Porto<br />
À esquerda: Carruagem do metro em Lisboa<br />
Complementarmente foram efectuadas<br />
várias acções de formação em diversos<br />
locais do País e veiculada mais informação<br />
pelos canais internos habituais.<br />
Além de banners e página nos sites<br />
dos ctt e da phone-ix (www.ctt.pt e<br />
www.phone-ix.pt) as peças da campanha<br />
povoam as ruas desde o início de<br />
Fevereiro, com cartazes, monofolhas,<br />
mupis, drop mail, além de flashes no<br />
Metro e retaguardas de autocarros de<br />
Lisboa e Porto. Saliente-se o drop mail<br />
especial que vem sendo distribuído nas<br />
caixas de correio das zonas de influência<br />
das EC, permitindo que o Cliente<br />
preencha o cupão em casa, facilitando<br />
à sua adesão à promoção.<br />
Embora não se trate de uma campanha<br />
com impacto passível de ser medido<br />
apenas no período exacto da mesma,<br />
espera-se que o benefício agora lançado<br />
seja um dos pilares do crescimento do<br />
negócio Phone-ix. Um incremento que se<br />
estima em 21% das receitas em <strong>2010</strong>.<br />
Hoje, a Phone-ix apresenta uma evolução<br />
consistente e positiva dos principais<br />
indicadores operacionais de negócio<br />
(receita média mensal por cliente,<br />
número de carregamentos por cliente,<br />
número de minutos por cliente). Por<br />
outro lado, existe um reconhecimento<br />
comprovado, por estudos independentes,<br />
da competitividade do Phone-ix e<br />
de que se trata da oferta correcta para<br />
todos aqueles que consomem menos<br />
de 15 euros por mês. Afinal, com o<br />
Phone-ix está-se bem. • José Duarte<br />
Martins<br />
82<br />
20<br />
21
O Valor da marca <strong>CTT</strong><br />
No passado mês de Dezembro foram<br />
apresentadas, internamente, no auditório<br />
da Formação na rua da Palma, em Lisboa,<br />
as principais conclusões de dois estudos<br />
de mercado conduzidos pelo Instituto de<br />
Marketing Research. Estes estudos incidiram<br />
na avaliação da receptividade dos<br />
clientes particulares e empresariais face<br />
ao actual portefólio e às novas soluções<br />
dos <strong>CTT</strong>, e na avaliação da marca e dos<br />
factores geradores de imagem nas perspectivas<br />
interna e externa.<br />
Este último estudo avaliou diversos<br />
factores para aferir sobre a relevância<br />
e consistência da marca <strong>CTT</strong>, duas<br />
componentes valiosas na gestão estratégica<br />
das marcas, uma vez que é através<br />
delas que é formado o quadro de<br />
Os resultados de dois estudos<br />
de mercado sobre a avaliação<br />
do portefólio e da marca<br />
<strong>CTT</strong> foram recentemente<br />
apresentados. Os dados<br />
divulgados permitem<br />
pensar o futuro e definir os<br />
desafios estratégicos em<br />
ambiente de liberalização<br />
associações pelo qual é descodificada<br />
a proposta de valor de cada empresa.<br />
A relevância permite examinar o grau de<br />
importância que os públicos atribuem<br />
à marca, evidenciando a robustez dos<br />
factores diferenciadores, enquanto a<br />
consistência permite avaliar os factores<br />
que vinculam e os meios que impactam<br />
a imagem bem como a respectiva adequação<br />
e evolução temporal.<br />
Globalmente, e face aos indicadores<br />
de 2008, o estudo revela uma ligeira<br />
tendência de aumento de notoriedade<br />
em todas as marcas do Grupo <strong>CTT</strong> junto<br />
dos clientes particulares e empresariais.<br />
A avaliação dos clientes particulares<br />
demonstra um aumento da associação<br />
da marca <strong>CTT</strong> às características<br />
dos produtos fornecidos enquanto factor<br />
diferenciador, destacando-se ainda<br />
o reforço da ligação com o referencial<br />
conveniência. Os clientes consideram<br />
que a marca melhorou a adequação<br />
para clientes que habitam nas zonas<br />
urbanas e identificam como pontos de<br />
referência mais relevantes a orientação<br />
para os clientes e a qualidade do atendimento.<br />
Como expectável, a marca<br />
<strong>CTT</strong> continua a ser associada a uma<br />
empresa de grande dimensão e com<br />
âmbito de intervenção geográfica avançada<br />
e constata-se que, considerando<br />
as associações espontâneas positivas,<br />
face aos indicadores<br />
de 2008, regista-se uma<br />
tendência de aumento<br />
de notoriedade em<br />
todas as marcas do<br />
grupo ctt junto dos<br />
clientes particulares<br />
e empresariais<br />
está ancorada em três referenciais estruturais<br />
junto deste público-alvo específico:<br />
Confiança/Credibilidade; Conveniência;<br />
Eficácia.<br />
Já na avaliação dos clientes empresariais<br />
constata-se uma melhoria de<br />
desempenho no período entre 2008 e<br />
2009, face à relação emocional deste<br />
público-alvo com a marca <strong>CTT</strong>. Este facto<br />
assume-se como particularmente relevante<br />
pois responde positivamente a um<br />
dos objectivos que a auditoria técnica da<br />
marca, realizada em 2007, tinha identificado<br />
como meta a atingir. Em 2009,<br />
os clientes empresariais referenciam<br />
positivamente os factores de imagem e<br />
serviço como diferenciadores da marca.<br />
Experiência (97%), Especialização<br />
(92,5%) e Competência (89,5%) são os<br />
três factores de distinção associados<br />
aos <strong>CTT</strong> mais reconhecidos, denotando<br />
melhoria relativamente a 2008. Apesar<br />
do reconhecido aumento nas competências<br />
genéricas da marca, os clientes<br />
empresariais destacam o desempenho<br />
operacional como o item com melhor performance<br />
e reconhecem os esforços de<br />
modernização que estão a ser efectuados<br />
pelos <strong>CTT</strong>. Quanto às associações espontâneas<br />
positivas, para este público-alvo a<br />
marca <strong>CTT</strong> está assente nos referenciais<br />
de: Confiança/Credibilidade; Utilidade;<br />
Diversidade do Portefólio. Em termos<br />
comparativos, a valorização da Marca<br />
<strong>CTT</strong> é superior nos Clientes Empresariais<br />
face aos Clientes Particulares.<br />
A visão interna<br />
A avaliação ao público interno, realizada<br />
tendo por base uma amostra de 1826<br />
indivíduos que responderam ao questionário<br />
enviado via postal, demonstrou<br />
que os colaboradores consideram que<br />
o desempenho da marca é relevante,<br />
sobretudo nos itens em que são actores<br />
principais, como a “Orientação para os<br />
clientes” e “Fiabilidade na prestação<br />
dos serviços”. Estes assumem ainda<br />
uma intervenção directa na criação de<br />
valor para a marca <strong>CTT</strong>, como comprova<br />
o facto de 67% considerarem que contribuem<br />
de forma muito activa.<br />
Complementarmente, os colaboradores<br />
evidenciam predisposição para<br />
efectuar alguns esforços para continuar<br />
a valorizar a marca, sendo que 50%<br />
reconhecem ser prestigiante trabalhar<br />
para a marca que consideram ser alvo<br />
de recomendação. Relativamente às<br />
campanhas de comunicação, o público<br />
interno atesta que têm impacto na criação<br />
de valor para a marca <strong>CTT</strong>, apesar<br />
de avaliar de forma ligeiramente menos<br />
favorável que os clientes externos. Os<br />
colaboradores tendem ainda a atribuir<br />
mais importância que os clientes aos<br />
itens relacionados com a imagem visual<br />
do vestuário, lojas postais e veículos.<br />
No que concerne à relação da marca<br />
com os clientes, 85% dos inquiridos<br />
deste público-alvo adopta uma postura<br />
favorável apesar de 60% considerarem<br />
que existe margem de progressão.<br />
Proximidade e confiança são as associações<br />
positivas espontâneas mais<br />
relevantes constatadas neste estudo.<br />
As conclusões do estudo sobre a<br />
avaliação da actual proposta de valor<br />
dos <strong>CTT</strong> indicam que os clientes particulares<br />
valorizam sobretudo a conveniência,<br />
são sensíveis à temática<br />
ambiental, percepcionam que em<br />
ambiente de liberalização a competição<br />
irá ser efectuada na conveniência<br />
e no serviço e que as disfunções operacionais<br />
reproduzem-se de imediato<br />
na imagem de marca. O mesmo estudo<br />
revela que os clientes empresariais<br />
são racionais no processo de compra e<br />
selecção de tarifários, não toleram disfunções,<br />
estão predispostos para aprofundar<br />
uma relação de parceria e que o<br />
grande desafio futuro consiste em criar<br />
soluções que permitam compatibilizar<br />
as necessidades dos clientes com os<br />
interesses dos <strong>CTT</strong>. • Bruno Vilão<br />
capa . marca ctt 82<br />
20<br />
23
Preparar o caminho<br />
para<br />
O Presidente dos <strong>CTT</strong> apresentou os resultados da profunda<br />
reflexão estratégica ocorrida no decurso de 2009 sobre<br />
o posicionamento dos <strong>CTT</strong> e a evolução da indústria<br />
postal. Está tudo no Plano ctt 2012, que reafirma a aposta<br />
na eficiência e no crescimento, através de parcerias,<br />
aquisições e a expansão da internacionalização, traduzindo<br />
um investimento de quase 200 milhões de euros<br />
«Quem conhece o Plano <strong>2010</strong> do Grupo<br />
<strong>CTT</strong>? Quem o leu? Quem se socorreu<br />
dele como guia para a acção durante<br />
2009?». Foi com este bloco de perguntas<br />
endereçadas a mais de 400 dirigentes<br />
e responsáveis do Grupo <strong>CTT</strong> que<br />
Estanislau Costa abriu a reunião da tarde<br />
de 13 de Janeiro, num hotel de Lisboa.<br />
Perante a notória ausência de respostas<br />
afirmativas, o Presidente adiantou:<br />
«Está explicada esta sessão. Estamos<br />
aqui para chamar a atenção para aquilo<br />
que vamos fazer durante <strong>2010</strong> e nos dois<br />
anos seguintes, pois há muito a fazer<br />
para preparar o futuro».<br />
Resultado de uma profunda reflexão<br />
estratégica sobre o posicionamento<br />
dos <strong>CTT</strong> e a evolução da indústria postal<br />
levada a cabo no decurso de 2009, o<br />
Plano ctt 2012 aponta para a continuação<br />
da aposta na qualidade de serviço,<br />
na eficiência e no crescimento, por via<br />
do reforço dos negócios actuais, do<br />
desenvolvimento de novos negócios<br />
e de parcerias e aquisições, onde se<br />
inclui a internacionalização.<br />
O Plano cobre um período em que a<br />
Empresa vai enfrentar inúmeros desafios.<br />
<strong>2010</strong> é o ano da transição para a<br />
liberalização plena do mercado postal<br />
para a generalidade da União Europeia<br />
e 2011 e 2012 já decorrem em liberalização<br />
total. A desaceleração progressiva<br />
do crescimento económico contribuiu<br />
para a quebra acentuada de 5% do<br />
tráfego postal em 2009. Se se juntar a<br />
imparável substituição tecnológica das<br />
comunicações físicas pelas electrónicas,<br />
então «a tendência da descida é para<br />
perdurar, podendo mesmo a redução<br />
da procura postal ser mais profunda<br />
no futuro, pelo que há que captar outro<br />
tráfego alternativo», salienta Estanislau<br />
Costa. Um estudo divulgado em 2009<br />
pelo IPC - International Post Corporation<br />
aponta para quebras entre 50 e 90%<br />
num horizonte de 15 anos, pelo que os<br />
operadores devem garantir a sua sustentabilidade<br />
através da diversificação da<br />
oferta, apostando nas áreas de logística<br />
e encomendas, comunicações digitais e<br />
serviços financeiros (banca e seguros).<br />
Num enquadramento macroeconómico<br />
desfavorável, «o que nos propomos fazer<br />
para chegar a 2012 vai ser gigantesco e<br />
exige que cada um de nós assuma o seu<br />
papel», disse o Presidente, passando a<br />
apresentar detalhadamente os oito programas<br />
de acções estratégicas que integram<br />
o Plano e que abre precisamente<br />
com a Liberalização.<br />
Vencer o desafio da liberalização<br />
Em <strong>2010</strong> serão desenvolvidas iniciativas<br />
ligadas à transposição da 3ª Directiva<br />
Postal e acções estruturantes para as<br />
redes de atendimento e distribuição,<br />
orientadas para aligeirar a estrutura de<br />
custos, incentivar as vendas e melhorar<br />
a qualidade de serviço e imagem. Até<br />
final do ano serão implementadas medidas<br />
de optimização da Distribuição,<br />
contemplando soluções alternativas de<br />
prestação de distribuição postal face<br />
às obrigações do Serviço Universal.<br />
A Distribuição Empresarial aposta na<br />
fidelização dos clientes estratégicos,<br />
através da implementação, em curso,<br />
do novo processo de “monitorização<br />
da qualidade de serviço – novos instrumentos”.<br />
A construção do novo Centro<br />
Operacional de Correio do Norte (COC-<br />
N) é outro investimento de vulto para<br />
enfrentar a liberalização, que deverá<br />
entrar em funcionamento antes da abertura<br />
total do mercado.<br />
«a tendência de descida é para perdurar,<br />
podendo mesmo a redução da procura<br />
postal ser mais profunda no futuro,<br />
pelo que há que captar outro tráfego<br />
alternativo». estanislau costa<br />
PCA apresentou o Plano ctt 2012 a mais de 400 dirigentes e responsáveis do Grupo <strong>CTT</strong><br />
No campo do Serviço ao Cliente, a<br />
Empresa deve focalizar a sua atenção<br />
na satisfação dos clientes, procurando<br />
continuamente conhecer as suas necessidades<br />
e aspirações para aperfeiçoar<br />
os processos de negócio, uma vez que<br />
os clientes querem qualidade, entrega<br />
no prazo contratado e preço competitivo.<br />
Os <strong>CTT</strong>, que superam os objectivos<br />
do Convénio de Qualidade de Serviço<br />
e gozam de uma elevada notoriedade<br />
a nível europeu, devem criar as condições<br />
para que esta qualidade seja também<br />
percebida pelos clientes. Durante<br />
o corrente ano desenvolver-se-á o projecto<br />
Estratégia Comercial a adoptar<br />
para os Grandes Clientes, orientada<br />
para fidelizar no negócio tradicional e<br />
crescer nos novos negócios.<br />
Para vencer o desafio da liberalização<br />
é imprescindível contar com trabalhadores<br />
qualificados e motivados numa<br />
Empresa que promova a excelência.<br />
O programa Desenvolvimento de<br />
Recursos Humanos, lançado em Maio<br />
de 2009, pretende adequar, atrair e<br />
vincular os recursos humanos em função<br />
das necessidades empresariais e<br />
em concertação social, o que requer<br />
o desenvolvimento de um sistema de<br />
gestão de recursos humanos por competências.<br />
No âmbito do programa de Eficiência,<br />
iniciado aquando da entrada em funcionamento<br />
da Unidade de Serviços<br />
Partilhados (USP), foram identificadas<br />
áreas susceptíveis de melhoria nos processos<br />
internos e definidas iniciativas<br />
dossier . plano 2012 82<br />
24<br />
25
um novo projecto vai reforçar o valor<br />
da marca, dando continuidade às boas práticas<br />
de sustentabilidade ambiental do grupo ctt<br />
A Empresa aposta na dinamização<br />
dos Serviços Financeiros para<br />
garantir a sustentabilidade<br />
com impacto directo nos índices de efi-<br />
ciência. Neste momento, cerca de 40%<br />
dessas iniciativas estão concluídas.<br />
Agora, a Empresa pretende ir mais longe<br />
e esgotar os modelos de incremento de<br />
eficiência - na USP, nas Unidades de<br />
Negócio e Corporativas dos <strong>CTT</strong> e nas<br />
Empresas Participadas - que habilitem<br />
o Grupo <strong>CTT</strong> para o cenário da liberalização<br />
total, aumentando o foco das<br />
áreas de negócio na actividade core,<br />
tornando-as mais competitivas através<br />
da maior eficiência gerada pela escala<br />
e especialização de funções da USP.<br />
A nível do património imobiliário, a<br />
existência de um elevado número de<br />
instalações e compartimentações,<br />
assim como a não ocupação racional<br />
dos espaços e condições ambientais<br />
desajustadas, exigem uma gestão optimizada<br />
destes recursos físicos, afigurando-se<br />
a concentração dos serviços<br />
em edifício apropriado como a solução<br />
a prosseguir.<br />
Desenvolver negócios emergentes<br />
O quinto programa diz respeito à dinamização<br />
dos Serviços Financeiros oferecidos<br />
na rede <strong>CTT</strong>, através do reposicionamento<br />
da Empresa enquanto<br />
operador financeiro, rentabilizando<br />
a sua rede de lojas na colocação de<br />
uma oferta mais alargada, a exemplo<br />
de outros congéneres europeus. Serão<br />
disponibilizados serviços e produtos<br />
financeiros de instituições de crédito<br />
e de seguros, com uma oferta simples<br />
para o mass-market, micro e pequenas<br />
empresas e potenciais subsegmentos<br />
como os actuais 800 mil utilizadores, os<br />
trabalhadores e pensionistas dos <strong>CTT</strong> e<br />
familiares, que representam cerca de 30<br />
mil potenciais clientes. De um conjunto<br />
de acções a realizar aponta-se a criação<br />
de um canal web que permita efectuar<br />
cobranças, transferências e seguros, a<br />
integração na rede bancária (SIBS), o<br />
pagamento de contas (domiciliações e<br />
instruções periódicas) e um cartão de<br />
pagamentos <strong>CTT</strong>.<br />
Sendo o grupo líder de mercado nos<br />
negócios em que opera em Portugal e,<br />
face à actual conjuntura económica e<br />
reduzida dimensão do mercado doméstico,<br />
torna-se imperativo prosseguir a<br />
Internacionalização para continuar a<br />
crescer. A curto prazo os negócios mais<br />
atraentes para a expansão internacional<br />
são as actividades CEP, PayShop,<br />
Dados e Documentos, a concretizar em<br />
Angola, Moçambique e Espanha.<br />
Para compensar a quebra actual e<br />
previsível do correio físico e gerar crescimento<br />
por via da inovação, o Grupo<br />
vai reforçar a sua presença na Fileira<br />
Digital. No próximo triénio, a nível do<br />
SIG Postal/Geomarketing será lançado<br />
o projecto GEO10 e desenvolvido o<br />
portal geográfico dos <strong>CTT</strong> (geowebservices)<br />
para dar suporte a produtos e<br />
serviços geográficos online. A Caixa<br />
Postal Electrónica (Via <strong>CTT</strong>) aposta no<br />
alargamento das entidades aderentes<br />
ao serviço, no aumento do número<br />
total de activações e grau de utilização<br />
e no desenvolvimento de novas funcionalidades.<br />
Também o mailmanager irá<br />
disponibilizar novos serviços de correio<br />
híbrido e a aplicação de suporte à<br />
digitalização de documentos será alvo<br />
de upgrade tecnológico. Quanto ao<br />
Phone-ix, destaca-se em <strong>2010</strong> a oferta<br />
de serviços de valor acrescentado ligados<br />
ao Grupo <strong>CTT</strong> (pesquisa de código<br />
postal, EC, track & trace...).<br />
Preocupações ambientais<br />
No último programa de acções estratégicas,<br />
dedicado à Sustentabilidade,<br />
a novidade vai para o lançamento de<br />
um projecto que visa reforçar o valor<br />
da Marca, dando continuidade às boas<br />
práticas de sustentabilidade ambiental<br />
do Grupo <strong>CTT</strong>. De um elevado número de<br />
actividades inventariadas, evidenciam-<br />
-se a criação de um portefólio ecológico<br />
e de um certificado de garantia ecológica<br />
DM para o segmento empresarial.<br />
Igualmente, prosseguirão os programas<br />
de certificações. Até final de 2012,<br />
a totalidade dos COC funcionará com sistemas<br />
de gestão integrados (qualidade,<br />
ambiente e segurança) e a metodologia<br />
de certificação de serviços será alargada<br />
a toda a rede de distribuição (CDP) e<br />
atendimento (Lojas).<br />
Para que o Grupo enfrente o mercado<br />
liberalizado com segurança, diferenciando-se<br />
da concorrência, o Plano<br />
contempla um ambicioso programa de<br />
investimentos que se aproxima dos<br />
200 milhões de euros, dos quais cerca<br />
de 105 milhões de euros se destinam<br />
à empresa-mãe. Este valor mais que<br />
duplica a média anual do investimento<br />
dos últimos anos e decorre da necessidade<br />
de levar a cabo neste período,<br />
e em particular em <strong>2010</strong>, um conjunto<br />
de projectos de carácter estruturante e<br />
urgente, de que são exemplos o novo<br />
COC-N (10,1 milhões de euros), os<br />
equipamentos de última geração para<br />
incrementar o grau de automatização<br />
do tratamento (13,4 milhões de euros)<br />
e a renovação da frota automóvel (13,1<br />
milhões de euros). Será feita uma forte<br />
aposta nos sistemas de informação<br />
(38,5 milhões de euros), que suportarão<br />
soluções de mobilidade da rede de<br />
distribuição, atendimento ao cliente,<br />
negócios digitais, o upgrade da actual<br />
plataforma de gestão de recursos<br />
humanos e o desenvolvimento de uma<br />
nova plataforma de suporte à prestação<br />
de serviços financeiros. O investimento<br />
previsto para as actuais participadas<br />
do Grupo <strong>CTT</strong> ultrapassa os 26 milhões<br />
de euros, 20 dos quais serão investidos<br />
pela <strong>CTT</strong> Expresso e Tourline Express<br />
em projectos de logística e sistemas<br />
de informação de suporte ao negócio.<br />
• Rosa Serôdio<br />
para que o grupo ctt enfrente o mercado<br />
liberalizado com segurança, diferenciando-se da<br />
concorrência, o plano contempla um ambicioso<br />
programa de investimentos que se aproxima dos<br />
200 milhões de euros, dos quais cerca de 105<br />
milhões de euros se destinam à empresa-mãe<br />
Em cima: A construção do novo COC-N é uma das medidas para enfrentar a liberalização<br />
Em baixo: O negócio CEP assume maior relevância em termos de oportunidade<br />
de desenvolvimento<br />
dossier . plano 2012 82<br />
26<br />
27
SICAM-C eficácia<br />
na simplicidade<br />
A versão simplificada do<br />
Sistema de Informação e<br />
Controlo de Abertura de<br />
Marcos e Caixas de Correio<br />
(SICAM-C) vai já na terceira<br />
fase de expansão a outras<br />
zonas de Portugal para lá<br />
de Lisboa. Brevemente,<br />
este sistema irá permitir o<br />
controlo de uma percentagem<br />
muito significativa do<br />
total de correspondência<br />
recolhida no País<br />
SICAM-CSASC<br />
A implementação do SICAM-C surgiu da<br />
necessidade de se assegurar um controlo<br />
sistemático das aberturas dos marcos<br />
e caixas de correio e com o propósito<br />
de evitar situações de não abertura ou<br />
de abertura antes da hora de corte –<br />
falhas que têm um impacte significativo<br />
na qualidade do correio nacional e internacional.<br />
A aplicação consubstancia-se<br />
na colocação no interior de cada marco<br />
ou caixa de correio de uma etiqueta com<br />
código de barras que o identifica e que,<br />
aquando da abertura, é lida com um<br />
scanner que regista a data e hora.<br />
A versão inicial deste sistema, exclu-<br />
sivamente implementada em Lisboa,<br />
utilizava como equipamento de leitura<br />
o Symbol SPT, um aparelho com ecrã<br />
táctil onde o Carteiro, para lá de realizar<br />
a leitura do código de barras, tinha<br />
de introduzir validações, justificações e<br />
observações.<br />
Ora, a utilização deste equipamento<br />
apresentou, desde logo, diversos entraves,<br />
nomeadamente a dificuldade de<br />
adaptação por parte dos utilizadores,<br />
bloqueios no sistema muito frequentes<br />
e avarias, o que, naturalmente, condicionava<br />
em grande parte a sua utilização.<br />
Assim, como forma de solucionar o<br />
problema, e de maneira a tornar o processo<br />
de abertura mais fácil e rápido<br />
para o Carteiro, optou-se pela adopção<br />
de um aparelho mais simples e leve (o<br />
OPTICON 2001), cuja função se limita<br />
exclusivamente à operação essencial<br />
de registo da data/hora de leitura do<br />
código de barras. Os dados guardados<br />
no equipamento são, numa fase<br />
seguinte, transferidos para computador,<br />
onde se inserem as justificações e<br />
observações.<br />
Esta nova versão do SICAM-C é a<br />
prova viva de que nem sempre a complexidade<br />
é garantia de eficácia. Desde<br />
que começou a ser implementada em<br />
Lisboa, em 2007, o número de falhas no<br />
controlo de abertura de marcos e caixas<br />
de correio diminuiu significativamente.<br />
Comprovado o sucesso na performance<br />
desta aplicação, foi decidido o<br />
alargamento do SICAM-C ao Porto e a<br />
Coimbra e, numa fase seguinte, a mais<br />
24 giros de 15 CDP espalhados pelo<br />
País. Em breve, os aparelhos OPTICON<br />
2001 estarão a ser utilizados nos 50<br />
maiores giros em termos de quantidade<br />
de correio recolhido a nível nacional<br />
(continente e ilhas). A terceira fase de<br />
alargamento do sistema, que garantirá<br />
o controlo de uma percentagem muito<br />
significativa do total da correspondência<br />
recolhida em todo o País, deverá<br />
estar terminada ainda no primeiro trimestre<br />
de <strong>2010</strong>. • Inês Sousa<br />
a nova versão do sicam-c é a prova viva<br />
de que nem sempre a complexidade é garantia<br />
de eficácia. desde que começou a ser<br />
implementada em lisboa, em 2007, o número<br />
de falhas no controlo de abertura de marcos<br />
e caixas de correio diminuiu significativamente<br />
Jorge Marques, Gestor CDP 1600<br />
Menos falhas no controlo de abertura<br />
dos marcos<br />
O novo aparelho do SICAM-C é muito<br />
mais prático. Para lá de ser mais leve<br />
e pequeno, apresenta bastante menos<br />
falhas em relação à versão antiga. O<br />
outro bloqueava com muita frequência,<br />
era lento, tínhamos que estar constantemente<br />
a fazer reset. Este CDP foi o<br />
primeiro a adoptar o SICAM-C, pelo que<br />
também fomos os primeiros a experimentar<br />
a versão simplificada. Desde<br />
essa altura que notamos muito menos<br />
falhas no controlo de abertura dos marcos/caixas<br />
de correio.<br />
Rui Cândido, Gestor CDP 1200<br />
Mais leve e mais fiável<br />
Esta nova versão do SICAM-C não tem<br />
nada que ver com a antiga. Para começar,<br />
o aparelho antigo era muito grande,<br />
este é muito mais leve. Por outro lado,<br />
obrigava-nos a, antes de iniciarmos o<br />
processo de recolha de correspondência<br />
nos marcos/caixas, inserirmos uma série<br />
de dados, como o nome do distribuidor,<br />
por exemplo. Causava-nos uma série de<br />
problemas ao nível da gestão, como avarias<br />
e bloqueios constantes que, muitas<br />
vezes, significavam a perda total dos<br />
dados recolhidos no giro. Com o novo<br />
aparelho, que tem uma grande fiabilidade,<br />
os dados são todos introduzidos<br />
aqui no CDP. Portanto as diferenças são<br />
muitas e para melhor.<br />
inovação . sicam-c 82<br />
28<br />
29
Mailmanager<br />
já é Certificado<br />
O Mailmanager é um serviço híbrido no portefólio dos <strong>CTT</strong><br />
que acaba de obter a Certificação de Qualidade pela SGS.<br />
O processo foi desenvolvido na íntegra por equipas internas,<br />
garantindo maior potencial de negócio a esta moderna<br />
solução empresarial. A capacidade produtiva também ganhou<br />
com as novas instalações inauguradas no fim de 2009<br />
Existe há cerca de ano e meio e já<br />
é um serviço com selo de garantia.<br />
O Mailmanager dos <strong>CTT</strong> obteve em<br />
Dezembro de 2009 a Certificação de<br />
Qualidade, de acordo com a norma NP EN<br />
ISO 9001:2008, atribuída pela empresa<br />
de auditoria externa SGS. Apesar de<br />
jovem no conjunto de soluções que<br />
integram a fileira digital do portefólio<br />
<strong>CTT</strong>, este serviço híbrido conta hoje com<br />
uma interessante carteira de clientes e<br />
capacidade para expandir o seu volume<br />
de negócio, após a recente transferência<br />
de instalações do Centro de Distribuição<br />
Empresarial, em Pinheiro de Fora, para<br />
o novo espaço inaugurado em final do<br />
ano transacto, no Prior Velho.<br />
O Mailmanager nasceu em Março de<br />
2008 para dar resposta às necessidades<br />
dos clientes que diariamente recebem e<br />
tratam grandes quantidades de correio,<br />
transformando a correspondência física<br />
em documentos digitais, com captura e<br />
introdução de dados nos sistemas informáticos<br />
de empresas ou organismos<br />
estatais, que o contratam em regime<br />
continuado ou para acções pontuais.<br />
A integração de soluções, realizadas à<br />
medida do cliente, é a grande vantagem<br />
do serviço, que veio aumentar a eficácia<br />
operacional na recepção do correio do<br />
cliente e libertar recursos humanos para as<br />
tarefas “core” das respectivas empresas.<br />
O reconhecimento interno dos elevados<br />
níveis de performance do Mailmanager,<br />
que opera em concorrência directa num<br />
mercado cada vez mais exigente e sensível<br />
às garantias de excelência, esteve<br />
na base deste processo de Certificação<br />
de Qualidade. O serviço estava pronto<br />
para avançar, com a adaptação de procedimentos<br />
aos requisitos da norma de<br />
referência, sem ter que recorrer a consultoria<br />
externa, no início de 2009. Tudo<br />
foi feito em tempo recorde com a experiência<br />
e as competências que existem<br />
hoje dentro da casa.<br />
O Sistema de Gestão de Qualidade foi<br />
concebido e implementado integralmente<br />
por equipas internas dos <strong>CTT</strong>, cabendo<br />
a responsabilidade de suporte e orientação<br />
técnica à área de Qualidade e<br />
Sustentabilidade da Direcção de Estratégia<br />
e Desenvolvimento (ESD), e os<br />
processos no âmbito da Certificação<br />
às áreas de Configuração e Operacionalização<br />
de Soluções e Mailmanager<br />
da Direcção de Soluções Empresariais<br />
(SOE). Em Janeiro foram convocadas<br />
as primeiras reuniões de equipa – chefiadas<br />
pela Directora do SOE, Graça<br />
Oliveira –, para definir o mapa de processos,<br />
começando a partir de Março<br />
a ser desenvolvida toda a documentação,<br />
com descrição exaustiva dos procedimentos<br />
e instruções de trabalho,<br />
definição de impressos e registos, disponibilização<br />
online dos manuais internos<br />
e externos para acesso das partes<br />
envolvidas e realização de acções de<br />
formação para os trabalhadores.<br />
A norma impõe ainda uma avaliação<br />
anual do grau de satisfação dos clientes,<br />
que veio a ser apurada por inquérito em<br />
Novembro de 2009, com o resultado de<br />
3,5 numa escala de 1 a 4. Foram também<br />
realizadas duas auditorias internas,<br />
em Agosto e Outubro, para consolidar<br />
os processos e preparar a visita da<br />
SGS. A auditoria externa aconteceu por<br />
duas fases: em Novembro vieram analisar<br />
a adequação do sistema à norma<br />
ISO 9001:2008 e, face à inexistência<br />
de não conformidades ou medidas correctivas,<br />
agendaram a avaliação final<br />
para Dezembro, quando atribuíram a<br />
Certificação.<br />
Novo Centro no Prior Velho<br />
O Mailmanager disponibiliza hoje um<br />
conjunto de serviços que passam pela<br />
recolha, tratamento, digitalização, captura<br />
de dados, arquivo, devolução ou<br />
destruição de documentos. Cada solução<br />
é feita à medida do cliente através<br />
da cadeia de valor do Grupo <strong>CTT</strong>.<br />
a aposta também já foi cliente interna<br />
do mailmanager, na recolha e captura<br />
confidencial dos dados do inquérito, enviado<br />
com a revista de maio de 2009, para avaliação<br />
do grau de satisfação dos seus leitores<br />
Equipa envolvida no processo de Certificação do Mailmanager: Jacqueline Romão (ESD/<br />
QDS/SCE), Rui Pedro Silva (SOE/COS), Raquel Neves (SOE/COS), Luísa Rodrigues (SOE/<br />
PAT), Graça Oliveira (SOE), Paulo Mata (SOE/MNG) e Ricardo Ventura (SOE/MNG)<br />
Notificações e citações postais, RSF de<br />
questionários e inquéritos, avisos de<br />
recepção, correio diário, facturas de fornecedores<br />
e correspondência devolvida,<br />
são alguns dos exemplos tratados.<br />
A <strong>Aposta</strong> foi recentemente cliente<br />
interna do serviço, na recolha e captura<br />
confidencial dos dados inscritos no<br />
inquérito, enviado com a revista de<br />
Maio de 2009, para avaliação do grau de<br />
satisfação dos seus leitores. As respostas<br />
em RSF foram canalizadas para o<br />
apartado do CDP 1800 em Cabo Ruivo e<br />
entregues no Centro Mailmanager, que<br />
procedeu ao tratamento da informação<br />
e integração numa base de dados, para<br />
entrega e posterior análise estatística.<br />
Foram abertos e tratados 1430 inquéritos.<br />
Só no ano 2009 passaram pelo<br />
Mailmanager 1.634.753 documentos ao<br />
todo, correspondendo à digitalização<br />
de 3.100.778 imagens, com leitura<br />
e tratamento de dados previamente<br />
definidos por contrato. São 15 os actuais<br />
clientes, externos e internos, que<br />
deste modo asseguram a gestão da sua<br />
correspondência nos prazos acordados<br />
com total segurança e confidencialidade.<br />
O Mailmanager conta com uma<br />
equipa fixa de gestão e um conjunto<br />
variável de operacionais, recrutados<br />
em regime de outsourcing à Equipreste,<br />
empresa de recursos humanos do<br />
Grupo Mailtec.<br />
Com a recente mudança de instalações<br />
para o Prior Velho, o Centro<br />
Mailmanager aumentou a área de trabalho<br />
de 72m² para 1100m², conseguindo<br />
um potencial de expansão e de<br />
capacidade produtiva que irá permitir<br />
receber mais clientes e montar operações<br />
em maior escala, com reforço do<br />
parque de equipamentos informáticos<br />
e do mobiliário para preparação do correio.<br />
As actuais condições, validadas<br />
por esta garantia externa de qualidade,<br />
evidenciam o esforço de todos os intervenientes<br />
na melhoria de um serviço<br />
com futuro no portefólio dos <strong>CTT</strong>, contribuindo<br />
positivamente para a percepção<br />
e notoriedade do Mailmanager no<br />
mercado. • Raquel Moz<br />
qualidade . portefólio digital 82<br />
30<br />
31
Correr pela<br />
Venda Multicanal<br />
A D-Mail em Portugal integra um grupo<br />
italiano de venda directa, presente<br />
em vários países e cotado na bolsa de<br />
Milão, que oferece uma panóplia de<br />
produtos aos seus clientes através da<br />
venda a retalho por catálogo, em lojas<br />
próprias e pela internet. Com sede no<br />
Parque Monserrate, Sintra, onde também<br />
funciona o armazém e de onde<br />
diariamente a <strong>CTT</strong> Expresso recolhe centenas<br />
de encomendas, Jorge Bernardo,<br />
Administrador e Accionista da D-Mail,<br />
recebeu a <strong>Aposta</strong>, dando conta de uma<br />
negócios . d-mail<br />
Em Portugal desde 2001, a D-Mail especializou-se<br />
na venda multicanal. Catálogos, Lojas e Internet são<br />
os meios para chegar aos clientes, com maior ou menor<br />
participação dos <strong>CTT</strong>, num negócio em expansão<br />
actividade em crescimento, mas que<br />
depende (em boa parte) da qualidade<br />
e da competitividade que o operador<br />
postal possa garantir.<br />
A empresa instalou-se em Portugal<br />
em 2001, dispondo actualmente de<br />
uma base de dados com 400 mil registos<br />
de compradores. Paralelamente<br />
foi criada uma empresa em Espanha,<br />
detida a 100% pela D-Mail portuguesa<br />
e que utiliza alguns serviços da Tourline<br />
Express.<br />
Entrando na sua página ‘www.dmail.pt’<br />
descobre-se uma enorme variedade de<br />
produtos entre as 26 categorias elencadas,<br />
que vão desde a “casa funcional”<br />
aos “cuidados pessoais”, passando<br />
ainda pela “jardinagem”, “livros”, “automóvel”,<br />
“ideias para presentes” ou<br />
“soluções tecnológicas”, entre outras.<br />
Edita um catálogo de carácter geral<br />
enviado mensalmente e outros mais<br />
temáticos e sazonais, além de promover<br />
algumas campanhas direccionadas<br />
para as seis lojas já em actividade.<br />
O “retorno” do Cliente<br />
Jorge Bernardo refere a singularidade<br />
da D-Mail ter aberto já seis lojas em<br />
Portugal, desde o Porto a Faro, e com<br />
planos de expansão em curso (a próxima<br />
será no Funchal), como uma forma de<br />
sobrevivência “imposta” pelos Correios.<br />
Recorda que, aquando da abertura da<br />
empresa em Portugal, os custos postais<br />
eram quase o dobro dos praticados em<br />
Itália. Segundo o Cliente, as dificuldades<br />
negociais e a pouca flexibilidade do<br />
tarifário perturbam o desenvolvimento<br />
do seu negócio, restringindo em grande<br />
parte a procura de novos clientes e respectivas<br />
vendas por via postal, meio que<br />
apenas utiliza para expedição de cerca<br />
de 25 a 30 % dos catálogos. Por isso,<br />
uma parte significativa do negócio já é<br />
realizada directamente nas lojas.<br />
Realça, porém, o profissionalismo e<br />
a atenção dos gestores dos <strong>CTT</strong>, nomeadamente<br />
da <strong>CTT</strong> Expresso, tendo em<br />
conta que no passado as relações eram<br />
muito sofríveis, com falta de respostas<br />
atempadas e desinteresse pelo Cliente.<br />
A nível da Qualidade percebida as<br />
melhorias também são significativas,<br />
referindo que no início chegava-se ao<br />
cúmulo de cerca de 22% das encomendas<br />
virem devolvidas e a D-Mail ter que<br />
pagar pela expedição e pela respectiva<br />
devolução. Uma situação que ditou com<br />
que este Cliente, desde 2002, deixasse<br />
de privilegiar a utilização dos serviços<br />
dos <strong>CTT</strong>, apenas retomados no segundo<br />
semestre de 2009, após novos contactos<br />
e melhores soluções em termos de<br />
qualidade e fiabilidade das entregas.<br />
Melhoraram as relações, mas, insiste,<br />
«a “insuficiência” dos <strong>CTT</strong> para negociar<br />
os preços mantém-se», pelo que<br />
considera não existir uma verdadeira<br />
parceria com a sua empresa.<br />
os negócios com a d-mail poderão vir a ser<br />
alavancados, estando a ser estudada a oferta<br />
de um pack integral de produtos e serviços que<br />
possa ir ao encontro das expectativas do cliente<br />
Jorge Bernardo no seu gabinete de trabalho, onde recebeu a <strong>Aposta</strong><br />
Alguns números do Cliente<br />
José Marta de Carvalho, o Gestor de<br />
Grandes Contas que acompanha a<br />
D-Mail, confirma que os negócios poderão<br />
vir a ser alavancados, estando a ser<br />
estudada a oferta de um pack integral<br />
de produtos e serviços que possa ir ao<br />
encontro das expectativas do Cliente.<br />
«O total anual de facturação estima-se<br />
em cerca de um milhão de euros, mas<br />
pode crescer», refere. Um valor que se<br />
reparte essencialmente por serviços de<br />
comunicação comercial e de marketing<br />
no envio de catálogos por Direct Mail,<br />
de encomendas através da <strong>CTT</strong> Expresso<br />
e pela distribuição de catálogos pela<br />
Postcontacto.<br />
Em termos de tráfego, os números<br />
estendem-se por cerca de 180 mil<br />
encomendas recolhidas, tratadas e<br />
transportadas, e 2,1 milhões de DM,<br />
catálogos generalistas e outros temáticos,<br />
sendo certo que noutras condições<br />
de preço este volume poderia<br />
quase que triplicar. Com a abertura das<br />
lojas, o Cliente passou também a fazer<br />
a entrega não endereçada de catálogos<br />
(2 milhões) para campanhas de promoção<br />
em zonas de influência das mesmas.<br />
A isto juntam-se os cerca de 25 mil<br />
RSF e o correio administrativo regular.<br />
Finalmente, importa realçar que<br />
existe vontade em melhorar as condições<br />
e o âmbito dos negócios com a<br />
D-Mail, a fim de se incrementar uma<br />
verdadeira parceria geradora de um<br />
melhor clima de Satisfação do Cliente,<br />
objectivo fundamental para os <strong>CTT</strong>. •<br />
José Duarte Martins<br />
82<br />
32<br />
33
100 anos<br />
a resistir sempre<br />
Centenas de imagens contam<br />
a história da resistência<br />
republicana e das oposições<br />
ao Estado Novo, evocando<br />
a memória daqueles que<br />
lutaram por um Portugal<br />
democrático e livre. Trata-se<br />
da exposição “Resistência:<br />
Da alternativa republicana<br />
à luta contra a Ditadura<br />
(1891-1974)”, para ser<br />
visitada na cidade palco<br />
da primeira tentativa da<br />
implantação da República<br />
dar um giro . centenário da república<br />
No pátio do edifício da Cadeia da<br />
Relação do Porto, que hoje alberga o<br />
Centro Português de Fotografia (CPF),<br />
as imagens de grandes dimensões<br />
que retratam o 5 de Outubro de 1910<br />
impõem-se ao olhar. Na manhã desse<br />
dia, José Relvas, acompanhado de<br />
outros membros do Directório do Partido<br />
Republicano Português, proclamou a<br />
República de uma janela da Câmara<br />
Municipal de Lisboa. Em escassas 30<br />
horas derrubava-se uma monarquia<br />
de quase oito séculos e davam-se os<br />
primeiros passos para a democracia<br />
portuguesa. Logo nessa tarde foi publicada<br />
no Diário do Governo a composição<br />
do Governo Provisório, presidido por<br />
Teófilo Braga.<br />
Este momento relevante da história<br />
nacional corresponde ao segundo<br />
núcleo da exposição “Resistência: Da<br />
alternativa republicana à luta contra<br />
a Ditadura (1891-1974)”, que abriu<br />
o programa das Comemorações do<br />
Centenário da República, no passado<br />
dia 31 de Janeiro, uma evocação da primeira<br />
revolta republicana em Portugal<br />
ocorrida em 1891. “A exposição procura<br />
retratar rostos, gestos, momentos<br />
da vida desses portugueses cuja luta<br />
é, de forma decisiva, responsável pela<br />
nossa liberdade”, escreve Manuel Loff,<br />
um dos comissários, no livro que acompanha<br />
a exposição, defendendo que “é<br />
inevitável termos de reconhecer que a<br />
construção da democracia portuguesa<br />
decorre deles em grande medida. E inevitável<br />
é também que esta exposição<br />
se constitua em objecto que pretende<br />
fazer perdurar a memória de quem lutou<br />
pela instauração de uma República que<br />
se pretendeu emancipadora, de quem<br />
lutou pela sua preservação contra as<br />
ameaças de regresso ao passado, de<br />
quem resistiu contra a imposição da<br />
longa ditadura salazarista que se lhe<br />
seguiu e de quem, por último, conseguiu<br />
reunir as condições para a derrubar<br />
de uma forma tão irresistivelmente<br />
não violenta”.<br />
A República em imagens<br />
Ao longo de nove núcleos que ocupam<br />
diferentes espaços da Cadeia da Relação<br />
desenvolve-se a mostra, que traça uma<br />
perspectiva histórico-documental sobre<br />
o período que vai do 31 de Janeiro de<br />
1891 ao 25 de Abril de 1974. Realizada<br />
Lisboa, Revolução Republicana de 5 de Outubro de 1910<br />
Fundo Aurélio da Paz dos Reis, APR 1771<br />
© Centro Português de Fotografia/DGARQ/MC<br />
“a exposição procura retratar rostos,<br />
gestos, momentos da vida desses portugueses<br />
cuja luta é, de forma decisiva, responsável<br />
pela nossa liberdade”. manuel loff<br />
A ditadura de João Franco (1906-1908)<br />
Lisboa, Revolução Republicana de 5 de Outubro de 1910<br />
Fundo Aurélio da Paz dos Reis, APR 1775<br />
© Centro Português de Fotografia/DGARQ/MC<br />
82<br />
34<br />
35
em 4 de outubro de 1910 eclodiu a revolta<br />
republicana por todos esperada. o governo não<br />
conseguiu tropas para dominar as duas centenas<br />
de revolucionários que se obstinaram em resistir<br />
de arma na mão nas barricadas da rotunda<br />
A República enfrenta os primeiros desafios, dos quais o golpe militar<br />
de Sidónio Pais em 1917<br />
com base em fotografias, mas também<br />
em filmes, testemunhos audiovisuais e<br />
textos, esta não é uma exposição de arte<br />
fotográfica. O que se vê não são fotografias<br />
originais mas reproduções de chapas<br />
e páginas de várias publicações.<br />
São três centenas de imagens oriundas<br />
de vários arquivos institucionais e particulares,<br />
que nos trazem a República<br />
“a preto e branco, imagens fixas ou em<br />
movimento, de acontecimentos, heróis<br />
do momento ou das solenidades, do<br />
quotidiano que é o pano de fundo de<br />
tudo o que acontece quando se fala da<br />
República. (...) Tudo muito negro, tudo<br />
muito sério, em imagens de rua que as<br />
crises político-sociais transformam em<br />
bandeiras. E tudo muito novo, também,<br />
basta olhar as multidões suspensas dos<br />
dar um giro . centenário da república<br />
oradores, nas imagens de comícios de<br />
Aurélio da Paz dos Reis”. São palavras<br />
de Teresa Siza, também comissária da<br />
exposição. Paz dos Reis, o pioneiro do<br />
cinema português, deixou uma extensa<br />
e notável obra de fotógrafo, registando<br />
momentos da vida social e política do<br />
país na viragem do século dezanove<br />
para o vinte, cabendo-lhe o duplo<br />
papel de testemunha, com a sua câmara<br />
fotográfica, e protagonista, tendo sido<br />
um dos sublevados do 31 de Janeiro<br />
de 1891.<br />
É precisamente este o ponto de<br />
partida para uma visita à exposição.<br />
No primeiro núcleo podemos observar<br />
a representação dos factos que motivaram<br />
a intensificação da contestação<br />
ao regime monárquico, conduzindo à<br />
malograda revolta, que fica na história<br />
como o primeiro sinal de resistência<br />
republicana. A cedência do governo ao<br />
Ultimato inglês, que impunha a retirada<br />
das tropas portuguesas dos territórios<br />
africanos, originou uma forte indignação<br />
que os republicanos souberam usar<br />
habilmente. A monarquia era a culpada<br />
do fracasso do grande projecto colectivo<br />
de criar um vasto império colonial.<br />
O Partido Republicano (PRP) ganha<br />
influência e consolida-se, tornando-se<br />
“o inimigo a abater”. Em 1906, D. Carlos<br />
quis conter a onda de agitação crescente<br />
e entregou o Governo a João<br />
Franco, que dissolveu o Parlamento e<br />
se afastou da linha de tolerância até<br />
então seguida para com os republicanos.<br />
Iniciou-se um ciclo de violência e repressão,<br />
com suspensão de jornais republicanos<br />
e socialistas e intervenção militar<br />
em comícios e manifestações. Em 1 de<br />
Fevereiro de 1908, quando o rei vinha<br />
de Vila Viçosa, foi abatido a tiro.<br />
O fim da I República<br />
Durante o curto reinado de D. Manuel,<br />
o PRP era visto como uma proposta<br />
viável de regeneração social e política.<br />
Em clubes secretos preparava o assalto<br />
final. Em 4 de Outubro de 1910 eclodiu a<br />
revolta republicana por todos esperada.<br />
O Governo não conseguiu tropas para<br />
dominar as duas centenas de revolucionários<br />
que se obstinaram em resistir de<br />
arma na mão nas barricadas da Rotunda,<br />
em Lisboa. À resistência deste pequeno<br />
grupo se deve o triunfo do movimento<br />
que proclamou a República Portuguesa<br />
no dia seguinte.<br />
A República que estava a ser cons-<br />
truída não agradava aos sectores mais<br />
conservadores das classes dominantes<br />
e não respondia às reivindicações<br />
do nascente movimento operário. Os<br />
primeiros anos do novo regime foram<br />
marcados por instabilidade política e<br />
alguma decepção. A entrada de Portugal<br />
na Grande Guerra de 1914 gera rebelião<br />
na maioria da população, assistindo-se<br />
a levantamentos de fome, a assaltos<br />
a armazéns e lojas de mantimentos<br />
e a uma série de greves. Os partidos<br />
políticos eram responsabilizados pela<br />
crise geral e reclamava-se um governo<br />
autoritário capaz de restabelecer a paz<br />
interna e externa. Esse estado de espírito<br />
conduziu em 1917 ao golpe militar<br />
de Sidónio Pais, que se fez eleger<br />
Presidente e modificou ditatorialmente<br />
a constituição no sentido presidencialista.<br />
Acabou assassinado em 1918<br />
pelas forças políticas afastadas do<br />
poder. Em 1919 assiste-se à mais séria<br />
tentativa de restauração monárquica<br />
(Monarquia do Norte), que não sobreviveu<br />
à forte reacção republicana.<br />
O golpe militar de 28 de Maio de<br />
1926, encabeçado pelo general Gomes<br />
da Costa, impôs a ditadura, pondo fim<br />
à I República. Surge uma nova história<br />
de resistência republicana que, juntamente<br />
com anarquistas, socialistas e<br />
comunistas, organizou e levou a efeito<br />
várias revoltas sendo as mais relevantes<br />
as de 3 e 7 de Fevereiro de 1927,<br />
no Porto e em Lisboa, que deram início<br />
ao período do chamado Reviralho.<br />
A repressão das actividades políticas<br />
tornou-se mais dura. Houve centenas<br />
de prisões, deportações e exílios.<br />
as greves operárias e as marchas da fome dos anos<br />
quarenta dão conta da exasperação social de quem tem<br />
de suportar, de novo, o racionamento, a fome<br />
e uma falta de liberdade reivindicativa<br />
Campanha eleitoral de Humberto Delgado, no Porto, em Maio de 1958<br />
Em 1928 a questão financeira agu-<br />
dizou-se e foi nomeado Salazar como<br />
ministro das Finanças. Durante os quarenta<br />
anos seguintes foi ele o orientador<br />
da vida política portuguesa sob<br />
todos os aspectos.<br />
Uma ditadura para durar<br />
Salazar ascende à chefia do governo em<br />
1932 e instaura o Estado Novo (1933),<br />
um regime de natureza nacionalista<br />
inspirado no modelo fascista italiano.<br />
Assiste-se a “uma radical marcha-atrás<br />
na lenta democratização do País. Polícia<br />
política, censura, propaganda, partido<br />
único, milícias armadas, organizações<br />
de juventude de inscrição obrigatória,<br />
sindicatos nacionais controlados pelo<br />
Estado, corporativização da economia,<br />
repressão e abertura de um universo<br />
concentracionário (de que o Tarrafal será<br />
o representante mais evidente)”, assim<br />
se caracterizava o regime contra o qual<br />
resistiram todas as correntes democráticas<br />
portuguesas. O Estado Novo<br />
lançava-se agora contra o movimento<br />
operário que saíra em defesa da liberdade<br />
das suas associações de classe.<br />
A oposição organizava-se na clandestinidade.<br />
O PCP, cuja estrutura directiva<br />
clandestina se mantém no interior do<br />
país, será quem melhor, na resistência,<br />
se adaptará ao longo ciclo ditatorial,<br />
enquanto que anarquistas e republicanos<br />
mantêm viva a sua actividade,<br />
sobretudo a partir do exílio.<br />
As greves operárias e as marchas<br />
da fome dos anos quarenta dão conta<br />
82<br />
36<br />
37
“sinto-me deslumbrado!<br />
esta gente do porto,<br />
insubmissa à tirania, acaba<br />
de me mostrar a luminosa<br />
estrada da liberdade”.<br />
humberto delgado<br />
da exasperação social de quem tem<br />
de suportar, de novo, o racionamento,<br />
a fome e uma falta de liberdade reivindicativa.<br />
A campanha eleitoral de Humberto<br />
Delgado iniciou-se em 10 de Maio de<br />
1958, no Porto, com a conferência de<br />
imprensa em que o “General sem medo”<br />
respondeu “Demito-o, é óbvio” à pergunta<br />
sobre o que faria a Salazar se<br />
vencesse as eleições. Quando o general<br />
chegou à Estação de S. Bento era esperado<br />
por mais de 200 mil pessoas, cujo<br />
Exemplo da propaganda do Estado Novo relativa ao ensino primário<br />
entusiasmo e emoção que lhe transmi-<br />
tem o levaram a afirmar: “Sinto-me des-<br />
lumbrado! Esta gente do Porto, insub-<br />
missa à tirania, acaba de me mostrar a<br />
luminosa estrada da liberdade”.<br />
A confirmação da fraude que deu a<br />
vitória ao candidato do regime Américo<br />
Thomaz e a repressão que de novo se<br />
abate sobre as oposições provocam<br />
uma reacção antiautoritária muito forte<br />
e prolongada no tempo. Começa a germinar<br />
a ideia que era impossível mudar<br />
o regime de forma pacífica e que tal<br />
objectivo só poderia ser atingido pela<br />
força das armas.<br />
A caminho da liberdade<br />
São então planeados golpes militares<br />
e acções de violência para derrubar o<br />
regime. O ponto alto do primeiro período<br />
de greves ocorreu no dia 12 de<br />
Junho de 1958 quando mais de 1200<br />
trabalhadores de Almada suspendem o<br />
trabalho, seguindo-se greves no Barreiro,<br />
Porto, Ribatejo e Alentejo, envolvendo<br />
um número de participantes que rondaria<br />
os 10 mil trabalhadores. Em 1959<br />
inicia-se um ciclo de acções violentas e<br />
golpes militares (da Sé, em 1959, Beja<br />
em 1961), o sequestro do navio Santa<br />
Maria e o desencadeamento da guerra<br />
colonial (1961).<br />
A guerra voltava a desestabilizar a<br />
sociedade portuguesa. Começando em<br />
Angola, estendeu-se à Guiné (1963) e a<br />
Moçambique (1964), vindo a revelar-se<br />
“o mais traumático e prolongado dos<br />
conflitos portugueses contemporâneos”,<br />
transformando profundamente<br />
o país. Entre 1961 e 1974 mais de 900<br />
mil portugueses são enviados para<br />
África. O protesto contra a guerra tornou-se<br />
o tema dominante da oposição<br />
ao regime, com as camadas jovens e<br />
Os Presidentes da República e do<br />
Conselho de Ministros, respectivamente,<br />
Óscar Carmona e Oliveira Salazar<br />
sobretudo estudantes universitários a<br />
participarem activamente na luta con-<br />
tra a situação política. A substituição de<br />
Salazar por Marcelo Caetano (Setembro<br />
de 1968) e a efémera Primavera marcelista<br />
não alteraram o novo impulso da<br />
luta pela democracia. A falta de solução<br />
política para a guerra e a confirmação<br />
de que Caetano não abria caminho<br />
para uma transição de regime, ditaram<br />
o fim do Estado Novo. Nos meios militares<br />
cresceu o descontentamento e um<br />
movimento de jovens oficiais (movimento<br />
dos capitães) obteve apoios<br />
para uma acção destinada a fazer cair<br />
a ditadura. Desta vez, e contrariamente<br />
a república encontrou, finalmente os seus<br />
cidadãos, e as forças armadas reencontraram-se<br />
com o seu povo, o que de forma romântica se chamou<br />
aliança povo – mfa”. josep sánchez cervelló<br />
A fuga de Álvaro Cunhal da prisão de Peniche<br />
a 1926, as Forças Armadas actuariam<br />
para derrubar o regime autoritário e<br />
instaurar uma democracia que se vai<br />
inspirar nos valores republicanos da<br />
liberdade, dignidade humana, igualdade<br />
e justiça. “A República encontrou,<br />
finalmente os seus cidadãos, e<br />
as Forças Armadas reencontraram-se<br />
com o seu povo, o que de forma romântica<br />
se chamou Aliança Povo – MFA”,<br />
escreve Josep Sánchez Cervelló sobre o<br />
25 de Abril de 1974.<br />
A exposição pode ser visitada<br />
durante o horário de abertura do CPF,<br />
no Campo dos Mártires da Pátria, junto<br />
à torre dos Clérigos, das 10 às 18 horas,<br />
de terça a sexta-feira, e das 10 às 19<br />
horas, aos fins de semana e feriados. A<br />
entrada é livre.<br />
Aqui fica o convite para encetar uma<br />
viagem de regresso à História Nacional<br />
e percorrer um a um os quase cem<br />
anos ali exemplarmente retratados,<br />
revisitando acontecimentos e pessoas<br />
que tornaram possível a construção<br />
da nossa democracia. Tem até 5 de<br />
Outubro de <strong>2010</strong>, dia em que se celebra<br />
o centenário da República, para o<br />
fazer. Não deixe esta História passar-<br />
-lhe ao lado. • Rosa Serôdio<br />
dar um giro . centenário da república 82<br />
38<br />
39
Filatelia dos Sentidos<br />
O “Portugal em Selos 2009” reúne as emissões<br />
filatélicas de 2009 e tem como fio condutor<br />
os sentidos. São 91 selos e 22 blocos que,<br />
ancorados numa emissão em que cada uma<br />
das peças oferece uma experiência sensorial,<br />
convidam o leitor a sentir outras dimensões<br />
da filatelia portuguesa<br />
Descobrir o sentido do tempo, o sentido<br />
do belo, o sentido do saber e o sentido<br />
da terra são os desafios lançados aos<br />
leitores do “Portugal em Selos 2009”.<br />
A obra que reúne a produção filatélica<br />
nacional do ano que passou parte da<br />
série “O Selo e os Sentidos” para envolver<br />
o leitor na busca de novas interpretações.<br />
É Jorge M. Martins que assina<br />
o livro e estabelece a ligação entre as<br />
várias temáticas. «Sabe-se hoje que<br />
várias sensações profundas excedem os<br />
restritos cinco sentidos da Antiguidade.<br />
Mas suspeita-se que há outras imagens<br />
à espera de quem as desvende, outros<br />
rumores a aguardar quem os ouça,<br />
outras emoções a convocar modos diferentes<br />
de “sentir”», diz o autor.<br />
Esta viagem faz-se no tempo e através<br />
dele e começa com a emissão dos<br />
900 Anos do Nascimento de Afonso<br />
Henriques. A série celebra Portugal<br />
enquanto nação independente e o<br />
monarca como o seu primeiro rei. Nesta<br />
a obra que reúne<br />
a produção filatélica<br />
nacional do ano que<br />
passou parte da série<br />
“o selo e os sentidos”<br />
para envolver o leitor<br />
na busca de novas<br />
interpretações<br />
perspectiva temporal cabem também,<br />
por exemplo, a emissão “Palácio de<br />
Belém”, centrada na residência oficial<br />
do Chefe de Estado desde 1911, e os “10<br />
Anos do Euro”, que parte da primeira<br />
década de existência da moeda única<br />
europeia, e «celebra este importante<br />
elo de desenvolvimento da identidade<br />
europeia», escreve Jorge Martins.<br />
Redescobrir 2009<br />
O que têm em comum, por exemplo,<br />
a Emissão Conjunta Portugal-Turquia,<br />
o Jazz em Portugal ou o Natal? São temas<br />
que, passados para o universo postal,<br />
convidam o leitor a sentir a beleza que<br />
está por detrás destas diferentes manifestações<br />
culturais e artísticas.<br />
No campo do saber e, tendo em<br />
conta que 2009 foi o Ano Internacional<br />
da Astronomia, destaca-se a ciência.<br />
A propósito do Bicentenário do nascimento<br />
de Darwin, que inaugura o «sentido<br />
do saber», a aventura começa com<br />
algumas das espécies estudadas pelo<br />
naturalista, inclui a reciclagem, na série<br />
“Correio Escolar”, e termina com os<br />
“Transportes Públicos Urbanos” onde,<br />
segundo o autor, são apresentadas<br />
«três décadas de aplicação de múltiplos<br />
“saberes”, tanto os da engenharia, como<br />
os da gestão, como os do urbanismo».<br />
“Lagoas dos Açores – Biodiversidade”,<br />
“Frutos Tropicais e Subtropicais da<br />
Madeira”, “Sabores da Lusofonia”, “Pão<br />
Tradicional Português”, “Cavalo Lusitano”<br />
e “Emissão Conjunta Portugal-Irão”<br />
são as produções que dão o «sentido<br />
da terra» e as páginas enchem os olhos<br />
com as cores e formas da natureza<br />
e com os modos de fazer das gentes<br />
nacionais.<br />
O desafio de redescobrir os selos<br />
do ano passado está lançado. Este é<br />
o 27º volume de uma colecção anual<br />
ficha técnica<br />
Título: Portugal em Selos 2009<br />
Autor: Jorge M. Martins<br />
Tradução: Peter Ingham<br />
Design: Gabinete Artístico dos <strong>CTT</strong> e<br />
Atelier Acácio Santos/Elisabete Fonseca<br />
Edição: <strong>CTT</strong> Correios de Portugal<br />
Tiragem: 12 000 exemplares numerados<br />
e autenticados<br />
Preço: €107,77 (Inclui 91 selos e 22<br />
blocos filatélicos emitidos em 2009)<br />
À venda na sua Estação de Correios<br />
Email: mercadonacfil@ctt.pt<br />
nunca interrompida e Estanislau Costa,<br />
Presidente do Conselho de Administração<br />
dos <strong>CTT</strong>, realça a importância<br />
filatelia portuguesa que, segundo<br />
afirma «está na origem de uma inédita<br />
e moderna industria cultural, transfigurando<br />
e acrescentando valor a esses<br />
antigos recibos de serviço postal a<br />
que chamamos selos». À semelhança<br />
do selo em cortiça lançado em 2007, a<br />
série “O Selo e os Sentidos” também<br />
constitui uma «novidade absoluta no<br />
âmbito da Filatelia mundial», acrescenta.<br />
• Elsa Duarte<br />
leituras . edições 82
Purificação Guilherme<br />
directora de marketing<br />
cttexpresso<br />
o que me motiva? tudo!<br />
tudo se complementa.<br />
tudo associado dá um valor<br />
extremo à vida, que deve<br />
ser vivida e partilhada. isto é<br />
a minha sustentabilidade<br />
para estar onde quer que seja.<br />
só com a minha própria<br />
estabilidade pessoal, consigo<br />
desenvolver competências<br />
e assumir compromissos<br />
opinião . do meu ponto de vista<br />
Olhar o tempo como um desafio<br />
constante... e uma Confiança renovada<br />
Quando olho para trás e vejo que já se passaram quase trinta anos desde que<br />
estou nesta “Casa”, que é os <strong>CTT</strong>, pergunto se é possível! Como o tempo passa!<br />
E depois, olhando para todo o caminho, com mais ou menos curvas, com mais ou<br />
menos pedras onde talvez tenha tropeçado, com tudo o que é bom e mau, vejo<br />
como é possível crescer e aprender dentro de uma Empresa. Como é importante<br />
todo o percurso de aprendizagem que se faz dentro da Organização.<br />
Passei por muitas áreas, Tratamento Correio Internacional, Apoio Administrativo,<br />
Tratamento Encomendas Nacionais, Estações de Correios, Grandes Clientes,<br />
Marketing Empresarial e agora estou na <strong>CTT</strong>Expresso.<br />
Gratificante? Sim e com vontade de continuar a crescer e a lutar pelo que considero<br />
que tem valor!<br />
À vida profissional alio a vida familiar e, para complemento,<br />
aquilo que eu considero ser um trabalho comunitário.<br />
Refiro-me ao meu envolvimento na Paróquia de<br />
residência, com trabalho efectivo na Catequese Paroquial<br />
entre outras actividades, e também a nível da Diocese<br />
de Lisboa, no Departamento da Catequese.<br />
O que me motiva? Tudo! Tudo se complementa.<br />
Tudo associado dá um Valor extremo à Vida, que deve<br />
ser vivida e partilhada. Isto é a minha sustentabilidade<br />
para estar onde quer que seja. Só com a minha própria<br />
estabilidade pessoal consigo desenvolver competências<br />
e assumir compromissos.<br />
Voltar atrás como muitas vezes se pensa? Não, com<br />
toda a sinceridade e em nenhum aspecto. Gosto do que<br />
faço e quero continuar. O que passou foi bom! O que<br />
vem? A Vida é para ser vivida momento a momento e ser<br />
construída assim. Desta forma, o futuro será apenas uma<br />
continuidade.<br />
A mudança tem sido uma constante e tem acontecido de forma positiva, apesar<br />
de todas as alterações e consequências que pode trazer. O conhecimento da<br />
Organização, dos seus diversos processos aos mais vários níveis é gratificante<br />
e ajuda ao desempenho da função que se executa.<br />
Agora, estes 3 anos na <strong>CTT</strong>Expresso têm sido o desafio mais gratificante,<br />
o mais envolvente, o mais completo, o mais exigente e também o mais competitivo!<br />
Apesar da crise e de tudo nos falar de crise, sendo inquestionável que vivemos<br />
tempos difíceis e que não podemos prever o que virá amanhã, a confiança é grande!<br />
Palavras cruzadas<br />
horizontais<br />
1 - “Fazer do ... um aliado” é o mais recente título da colecção “Pontos de Referência”; galicismo<br />
(abrev.). 2 - Corda ou cabo grosso com que se atraca o navio; interjeição utilizada para chamar,<br />
cumprimentar (Brasil). 3 - Espécie de dança escocesa; as Estações de Permuta de Lisboa e do<br />
Porto estão a utilizar novos sacos (saco ...) desde 1 de Fevereiro de <strong>2010</strong>. 4 - Aragem; a mim;<br />
ontem (ant.). 5 - Nádega. 6 - A recente renovação da ... automóvel dos <strong>CTT</strong> visa o conforto e segurança<br />
dos trabalhadores e a redução dos impactes ambientais. 7 - Por um triz. 8 - Transpiro; a<br />
recente abertura da ... Dolce Vita Tejo inaugurou um novo conceito de atendimento. 9 - Cabelos<br />
brancos; sinal radiotelegáfico internacional de pedido de socorro. 10 - Satélite de Júpiter; ecoa;<br />
contr. do pron. pess. compl. me com o pron. dem. o. 11 - Possui; rio da Suíça. 12 - Diz-se da cor<br />
azul em Heráldica; apre (interj.). 13 - Foi apresentado em Janeiro, o ... <strong>CTT</strong> 2012, que define o<br />
caminho a seguir por todo o Grupo <strong>CTT</strong> no triénio <strong>2010</strong>-2012.<br />
verticais<br />
1 - Pesar, para abater a tara; batel chato, sem leme nem vela. 2 - Título dos descendentes de<br />
Mafoma (Maomé); os primórdios da chamada Cozinha de ..., um roteiro gastronómico por vários<br />
países, onde a presença portuguesa deixou e recebeu influências, em “Sabores da Lusofonia”.<br />
3 - Doença; medida (pl.); Transportes Aéreos Portugueses. 4 - Praseodímio (s.q.); exprime a ideia<br />
de qualidade, quantidade (pref.); capital da Coreia do Sul. 5 - Uma viagem ao ... através de selos<br />
portugueses é o que nos propõe o Museu do Oriente em Lisboa; emissão de voz. 6 - Aprovado<br />
(abrev.); palavra havaiana que designa lavas ásperas e escoriáceas; apologia; negação (pref.).<br />
7 - Óxido ou hidróxido de cálcio; às vossas pessoas; cincho. 8 - Contracção da prep. a com o<br />
art. def. o; o ser enquanto entidade consciente; grande massa de água salgada. 9 - Expressão<br />
de alívio (interj.); em cinco anos a sinistralidade ... nos <strong>CTT</strong> baixou 25%, graças a um conjunto<br />
de medidas preventivas.<br />
Diferenças SUDOKU<br />
Procure as dez diferenças entre os desenhos.<br />
Cristina Sampaio<br />
1<br />
2<br />
3<br />
4<br />
5<br />
6<br />
7<br />
8<br />
9<br />
10<br />
11<br />
12<br />
13<br />
1 2 3 4 5 6 7 8 9<br />
soluções<br />
palavras cruzadas<br />
horizontais: 1 - Tempo; gal. 2 - Amarra; oi. 3 - Ril; IPC. 4 - Ar; me;<br />
aer. 5 - Nalga. 6 - Frota. 7 - Quase. 8 - Suo; Loja. 9 - Cãs; SOS. 10 -<br />
Io; soa; mo. 11 - Tem; Aar. 12 - Blau; irra. 13 - Plano.<br />
verticais: 1 - Tarar; cimba. 2 - Emir; Fusão. 3 - Mal; graus; TAP.<br />
4 - Pr; oso; Seul. 5 - Oriente; som. 6 - Ap; aa; loa; in. 7 - Cal; vos;<br />
aro. 8 - Ao; ego; mar. 9 - Livra; Laboral.<br />
diferenças: 1 - Franja do rapaz. 2 - Óculos. 3 - Costura das calças.<br />
4 - Carta sobre o braço. 5 - Coração da carta inferior. 6 - Caixote<br />
do lixo. 7 - Cabelo da mulher. 8 - Cor do baton. 9 - Esferográfica.<br />
10 - Letra M.<br />
sudoku (ver em cima)<br />
82<br />
42<br />
43