Famerj protesta contra aumento arbitrário de tarifas Saúde no Brasil ...
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A<strong>no</strong>V — N 0 37 — Fe<strong>de</strong>ração das Associações <strong>de</strong> Moradores do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro — Fevereiro <strong>de</strong> 1987<br />
<strong>Famerj</strong> <strong>protesta</strong><br />
<strong>contra</strong> <strong>aumento</strong><br />
<strong>arbitrário</strong> <strong>de</strong> <strong>tarifas</strong><br />
Saú<strong>de</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong><br />
é sinônimo<br />
<strong>de</strong> doença<br />
Pág. 3<br />
Pau. ii
2 FAMERJ<br />
bme Nota<br />
y,,<br />
A diretora Ana Lígia Mello Pereira, foi para a Nicarágua<br />
levando esta saudação da FAMERJ aos participaites do<br />
primeiro Encontro Lati<strong>no</strong>-America<strong>no</strong> <strong>de</strong> Organizações Co-<br />
munitárias, que acontecerá do dia 18 ao dia 21, na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Man água:<br />
Prezados companheiros e companheiras:<br />
Chegamos nessa terra, on<strong>de</strong> se constrói uma socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
justiça e igualda<strong>de</strong>, com uma bagagem preciosa: aexperiência<br />
acumulada <strong>de</strong> <strong>no</strong>ve a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> movimento comunitário <strong>no</strong> Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro.<br />
Nosso Estado, o segundo mais importante do <strong>Brasil</strong>, náo è<br />
o que os cartões turísticos mostram. Sem dúvida temos belas<br />
praias e montanhas. Mas o <strong>no</strong>ssocháo é habitado por um povo<br />
explorado, a quem a classe dominante nega as mínimas con-<br />
dições <strong>de</strong> vida: água, esgoto, calçamento, alimento. E essa<br />
e<strong>no</strong>rme parcela da população do Rio, entretantOj que vai se or-<br />
ganizando mais e mais <strong>no</strong> seu local <strong>de</strong> moradia, para reivin-<br />
dicar dos po<strong>de</strong>res públicos os seus direitos. Também os<br />
setores médios da socieda<strong>de</strong>, asfixiados por um crescimento<br />
urba<strong>no</strong> <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado, estáo se organizando. A,FAMERJ hoje<br />
congrega cerca <strong>de</strong> 650 Associações <strong>de</strong> Moradores. Sua base<br />
social é pluralista, diferenciada, mas há a compreensão so-<br />
lidária do que è o bem-comum, secularmente esquecido peJas<br />
<strong>no</strong>ssas elites.<br />
Nosso movimento, nascido na época da ditadura militar,<br />
vive as dificulda<strong>de</strong>s do período <strong>de</strong>_ transição que o <strong>Brasil</strong><br />
atravessa. As portas do po<strong>de</strong>r náo estáo fechadas como antes,<br />
mas as políticas voltadas para as gran<strong>de</strong>s massas náo sáo im-<br />
plementadas. As tentativas <strong>de</strong> se "amansar" <strong>no</strong>sso movimen-<br />
to, retirando-lhe a in<strong>de</strong>pendência e a capacida<strong>de</strong> crítica, sáoi<br />
muitas e variadas. E certo, porém, que a FAMERJ tem se<br />
mantido na sua linha <strong>de</strong> movimento político, sim, mas náo<br />
partidário. Nossos militantes tem sabido distinguir a luta par-<br />
tidária, essencial á construção da <strong>no</strong>va socieda<strong>de</strong>, da luta<br />
comunitária, fundamental para a criaçáo <strong>de</strong> uma consciência<br />
<strong>de</strong> cidadania.<br />
Estamos aqui para apren<strong>de</strong>r. As ban<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssos países<br />
sáo diferentes, mas a pobreza, a história, a esperança da<br />
América Latina é uma só. A dominação imperialista é a mes-<br />
ma. Os golpistas a serviço das oligarquias tradicionais ou<br />
mo<strong>de</strong>rnas sáo semelhantes. Temos todos o entendimento <strong>de</strong><br />
que a miséria em que vivem <strong>no</strong>ssas populações é um sub-<br />
produto do capitalismo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte que <strong>no</strong>s impuseram.<br />
Estamos aqui para trocar experiências e consolidar <strong>no</strong>ssa<br />
unida<strong>de</strong>. Sabemos também que sem uma forte organizaçáo<br />
pela base, envolvendo cada vez mais um contingente maior do<br />
<strong>no</strong>sso povo, náo <strong>de</strong>rrotaremos <strong>no</strong>ssos inimigos.<br />
Estamos aqui, finalmente, para dizer que o futuro da Ni-<br />
carágua é o futuro da <strong>no</strong>ssa América. Os que querem as trevas<br />
náo passarão! E que esse encontro seja um marco na luta <strong>de</strong><br />
libertação dos <strong>no</strong>ssos povos.<br />
Órgão Oficial da Fe<strong>de</strong>ração das Associações <strong>de</strong> Moradores do Es-<br />
tado do Rio <strong>de</strong> Janeiro— Rua Viscon<strong>de</strong> do Rio Branco, 54, Centro. Tel<br />
— 224-6586 — Rio <strong>de</strong> Janeiro. CEP — 20060.<br />
Diretoria:<br />
Presi<strong>de</strong>nte — Francisco Alencar; 1? Vice: Nelson Nahom; 2? Vice:<br />
Sérgio Andréa; 3? Vice: Almir Paulo <strong>de</strong> Lima; Secretário Geral: An-<br />
fonio Ivo; 1? Secretário: Everson <strong>de</strong> Azevedo; 2? Secretário: Maria<br />
Colores Otero; Tesoureiro Geral: Jorge Florbnclo^ IP tesoureiro: An-<br />
fonio José <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>; 2? tesoureiro: Márcio Franco; Diretor Jurídico:<br />
Ney Fernan<strong>de</strong>s; Diretor <strong>de</strong> Imprensa e Divulgação: Ana Ligla Pereira;<br />
Diretor <strong>de</strong> Cultura: Herbene Macia Gomes; Diretores sem pasta: Carlos<br />
Alberto Camposta, Marli Helena Pereira; Edilson Neves Gomes; Mar-<br />
cos Antbnio; Rosemberg Pinheiro; Lour<strong>de</strong>s Vieira,; LüclaRausis; Fer-<br />
nando Diiton.<br />
A<strong>no</strong>V-N?37<br />
Diretor Responsável: Ana Lígia Pereira<br />
Editores: Mariãngela Ribeiro (RJ 18.584); Nèilie Vaz Branco (RJ<br />
18.695).<br />
Jornalista Responsável: Carlos Franco (RJ 16.693)<br />
Colaboradores: Andréa Shad, Athay<strong>de</strong> Moita, Carlos Eduardo, Cris-<br />
tina Palmeira JúlioCastáheda, PedroG^kioll.<br />
Composição, Montagem; Fotoiito e Impressão: Jornal dos Sports<br />
Tiragem: 40 mil exemplares<br />
Editorial<br />
Calma que aFAMERJ é <strong>no</strong>ssa !<br />
Estamos a 3 meses do III Con-<br />
gresso da FAMERJ. E está mais do<br />
que na hora <strong>de</strong> entrarmos num<br />
processo constituinte do <strong>no</strong>sso<br />
movimentei Está na hora <strong>de</strong> fazer<br />
um balanço geral dos <strong>no</strong>ve a<strong>no</strong>s <strong>de</strong><br />
existência e lutas <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssa en-<br />
tida<strong>de</strong> maior, a FAMERJ. E tam-<br />
bém <strong>de</strong> ver, como <strong>no</strong>sso movimen-<br />
to comunitário po<strong>de</strong> melhorar sua<br />
atuação para ter mais conquistas.<br />
Falhas existem, e muitas.<br />
Devem ser aclaradas com fran-<br />
queza e assumidas por todos. Há<br />
erros na direção do movimento?<br />
Sim. Há erros na direçáo <strong>de</strong> cada<br />
Associação? Sim. Náo tem essa <strong>de</strong><br />
ficar se procurando um "culpado",<br />
pois corremos o risco <strong>de</strong> acabar<br />
caindo na estória da galinha e do<br />
ovo. O momento é <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate e náo<br />
<strong>de</strong> ser ter medo da divergência.<br />
Mas, acima <strong>de</strong> tudo, é preciso<br />
SOLIDARIEDADE. Quem construiu<br />
e constrói esse movimento, a<br />
duras penas, tem a responsabi-<br />
lida<strong>de</strong> maior <strong>de</strong> impedir que ar-<br />
gumentos emocionais ou visões<br />
partidarizadas, embaçadas pelo<br />
calor da disputa política, estra-<br />
guem o sentido comum que todos<br />
temos. E esse sentido comum é<br />
bem conhecido: queremos or-<br />
ganizar a populaçáo em seu local<br />
<strong>de</strong> moradia, em tor<strong>no</strong> <strong>de</strong> suas<br />
reivindicações mais sentidas.<br />
Queremos também fortalecer os<br />
laços <strong>de</strong> fraternida<strong>de</strong>s entre as<br />
pesssoas. Numa socieda<strong>de</strong> com<br />
valores individualistas e com-<br />
petitivos isso é tarefa difícil! Se a<br />
gente náo consegue garantir o res-<br />
peito mutuo, entáo, as chances <strong>de</strong><br />
trabalhar bem ficam mais redu-<br />
zidas.<br />
Um critério para que nós co-<br />
loquemos "a bola <strong>no</strong> cháo" e trans-<br />
formemos para melhor <strong>no</strong>sso<br />
movimento é o seguinte: indagar<br />
sempre, em qualquer situaçáo,<br />
sobre o que temos feito, <strong>no</strong> <strong>no</strong>sso<br />
campo <strong>de</strong> atuação, para enca-<br />
minhar aquilo que consi<strong>de</strong>ramos<br />
ser o mais correto. È muito sau-<br />
dável também perguntar: "e a<br />
populaçáo do meu bairro, o que<br />
pensa sobre isso?" Ou pelo<br />
me<strong>no</strong>s: "e os companheiros que<br />
participam das reuniões da minha<br />
Associação, estáo sendo repre-<br />
sentados por mim? "Sem esse<br />
questionamento permanente,<br />
corremos o risco <strong>de</strong>, como van-<br />
guardas, <strong>no</strong>s distanciarmos tanto,<br />
da "massa", que logo ela náo <strong>no</strong>s<br />
escutará mais.<br />
Mais importante do que pensar<br />
em <strong>no</strong>mes para a <strong>no</strong>va diretoria da<br />
FAMERJ é pensar na sua urgen-<br />
te e necessáriareestrut uraçáo. Vi nte<br />
e um diretores,aindaquefossem os<br />
mais atuantes do mundo, náo dáo<br />
mais conta <strong>de</strong> uma entida<strong>de</strong> que<br />
congrega 650 Associações <strong>de</strong><br />
Moradores. O Conselho Inter-<br />
mediário náo funcio<strong>no</strong>u a conten-<br />
to. A ligação com as Fe<strong>de</strong>rações<br />
Municipais è precária. As zonais<br />
ou regionais náo têm conseguido<br />
articular lutas nas suas áreas, com<br />
honrosas exceções.<br />
As propostas para mudarmos o<br />
<strong>no</strong>sso processo eleitoral já estáo<br />
lançadas e começaram a ser <strong>de</strong>-<br />
batidas <strong>no</strong> Conselho <strong>de</strong> Represen-<br />
tantes <strong>de</strong> janeiro. È hora também<br />
<strong>de</strong> refletirmos sobre a forma <strong>de</strong><br />
direçáo do <strong>no</strong>sso movimento.<br />
Além da diretoria executiva, um<br />
gran<strong>de</strong> Conselho Deliberativo?<br />
Delegados da FAMERJ porregfao?<br />
Como garantir que o Conselho <strong>de</strong><br />
Representantes, órgáo máximo<br />
<strong>de</strong>pois do Congresso, reüna pelo<br />
me<strong>no</strong>s a meta<strong>de</strong> das <strong>no</strong>ssas fi-<br />
liadas? E as comissões <strong>de</strong> luta, por<br />
que náo funcionam com tantos al-<br />
tos e baixos? As questões sáo<br />
muitas, as respostas estáo com<br />
cada um <strong>de</strong> nós. A <strong>no</strong>ssa prática è<br />
o gran<strong>de</strong> ensinamento, é quem<br />
abre caminhos e visões melhores.<br />
O momento é <strong>de</strong> se jogar claro.<br />
A fofoca ou a <strong>de</strong>finiçáo do com-<br />
panheiro fula<strong>no</strong> ou beltra<strong>no</strong> como<br />
inimigo sáo procedimentos ina-<br />
ceitáveis.<br />
Na campanha eleitoral <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong><br />
<strong>no</strong>vembro <strong>de</strong> 1986 a FAMERJ,<br />
mais uma vez, saiu inteira. As<br />
li<strong>de</strong>ranças comunitárias, <strong>no</strong> uso <strong>de</strong><br />
seu sagrado direito <strong>de</strong> cidadania,<br />
fizeram opções variadas. Mas a en-<br />
tida<strong>de</strong> ficou preservada. Todos os<br />
partidos políticos reconheceram e<br />
aplaudiram <strong>no</strong>sso comportamento.<br />
Repetimos 82 e 85, apesar do<br />
acirramento da disputa e da tem-<br />
peratura elevadíssima do <strong>de</strong>bate<br />
que promovemos em Nova Iguaçu.<br />
E nesse caminho. Divergir, sim.<br />
Ter concepções diferentes sobre<br />
os caminhos do <strong>no</strong>sso movimento<br />
é natural. Agressões, acusações<br />
infundadas e disputas pessoais ou<br />
partidária, náo. O respeito a quem<br />
dirige <strong>no</strong>ssas reuniões, em qual-<br />
quer momento, é imprescindível.<br />
Máos á obra, pois. A realida<strong>de</strong><br />
do <strong>no</strong>sso Estado e do <strong>no</strong>sso país è<br />
um <strong>de</strong>safip permanente. A crise<br />
social e econômica bate ás portas<br />
dos brasileiros, e o povo, sempre<br />
oprimido, tem <strong>de</strong> tomar nas máos<br />
as soluções. Os po<strong>de</strong>rosos que<br />
controlam o po<strong>de</strong>r <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>náo es-<br />
tão nem um pouco interessados<br />
em <strong>de</strong>senvolver uma política <strong>de</strong><br />
habitação, saü<strong>de</strong>, transportes,<br />
educação ou <strong>de</strong> abastecimento que<br />
aten<strong>de</strong> á maioria do povo. Resta-<br />
<strong>no</strong>s lutar, organizando a populaçáo<br />
em seu local <strong>de</strong> moradia. Essa é a<br />
gran<strong>de</strong> <strong>no</strong>vida<strong>de</strong> da Republica<br />
brasileira: a populaçáo se orgar<br />
nizando e impondo alternativas. O<br />
- resto é discurso das elites para en-<br />
ganar os bobos.<br />
O III Congresso da FAMERJ tem<br />
<strong>de</strong> ser um momento <strong>de</strong> afirmaçáo,<br />
consolid£\çáo do movimento<br />
comunitário <strong>no</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro. E<br />
um passo adiante na preparação<br />
das muitas batalhas que estão por<br />
vir; Precisamos <strong>de</strong> todos, preci-<br />
samos <strong>de</strong> cada um.
O <strong>aumento</strong> nas passagens <strong>de</strong><br />
ônibus ocorrido em janeiro tem<br />
sido motivo <strong>de</strong> muita discussão.<br />
Na <strong>Famerj</strong>, segundo o Diretor <strong>de</strong><br />
Transportes, Márcio Vieira, as<br />
principais queixas sao quanto ao<br />
percentual do <strong>aumento</strong> e aos<br />
dados que o justificaram, n~ao<br />
divulgados, para ele o <strong>aumento</strong> foi<br />
<strong>arbitrário</strong>. Esta è a primeira vez que<br />
as <strong>tarifas</strong> sobem sem se consultar<br />
a Comissão Mista Especial para<br />
Estudo da Tarifa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o<br />
Gover<strong>no</strong> do Estado a criou, em 83.<br />
Por isso, a entida<strong>de</strong> preten<strong>de</strong> en-<br />
trar com uma ação na justiça con-<br />
tra o <strong>aumento</strong>. Além da <strong>Famerj</strong><br />
fazem parte da Comissão a Faferj,<br />
o Sindicato dos Rodoviários, Sin-<br />
dicato dos Empresários <strong>de</strong> Trans-<br />
portes, CTC e Secretaria Municipal<br />
<strong>de</strong> Transportes Urba<strong>no</strong>s.<br />
Antônio Carlos Sá, do Sin-<br />
dicato dos Engenheiros, que tem<br />
assessorado a <strong>Famerj</strong> na Comis-<br />
são, acha os 68% <strong>de</strong> <strong>aumento</strong><br />
<strong>de</strong>mais, poiS não correspon<strong>de</strong>m<br />
aos gastos das empresas com<br />
materiais, que subiram em 32%<br />
apenas. Henrique Torres, do Sin-<br />
dicato dos Eco<strong>no</strong>mistas, que tam-<br />
bém colabora com a <strong>Famerj</strong> <strong>no</strong><br />
assunto, comentou que a Comis-<br />
são quer apenas ter acesso aos<br />
números da SMTU que justificaram<br />
o <strong>aumento</strong>, mas lembra que eles<br />
nunca foram compatíveis com os<br />
cálculos da Comissão, e acrescen-<br />
tou:<br />
— A Comissão Mista é apenas<br />
O Conselho <strong>de</strong> Representantes<br />
da <strong>Famerj</strong> esteve reunido <strong>no</strong> dia18<br />
<strong>de</strong> janeiro, <strong>no</strong> CIEP <strong>de</strong> Ramos.<br />
Nesta reuníao o <strong>no</strong>vo presi<strong>de</strong>nte<br />
foi eleito e o movimento comu-<br />
nitário avaliado. Segundo a pauta,<br />
<strong>de</strong>veriam ser votadas e discutidas<br />
alterações estatutárias referentes<br />
ao processo eleitoral a ser reali-<br />
zado <strong>no</strong> próximo Congresso <strong>de</strong><br />
Bairro, mas nao havia quorum<br />
suficiente. Para tanto seria neces-<br />
sária a presença <strong>de</strong> 127 Asso-<br />
ciações <strong>de</strong> Moradores, porém<br />
compareceram 94 <strong>de</strong>legados, o<br />
que transferiu as <strong>de</strong>cisões sobre<br />
como <strong>de</strong>verão se processar as<br />
eleições para a <strong>no</strong>va diretoria da<br />
Fe<strong>de</strong>ração para o próxiftio dia 5 dê<br />
abril, domingo, quando o Con-<br />
selhao se reunirá na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Direito, Praça da Republica, Cen-<br />
tro.<br />
Na avaliação dos <strong>de</strong>legados<br />
presentes, o movimento comu-<br />
nitário está precisando <strong>de</strong> "uma in-<br />
jeção <strong>de</strong> animo", precisa sair mais<br />
ás ruas. As Associações <strong>de</strong> Mo-<br />
radores necessitam buscar mais os<br />
moradores <strong>de</strong> cada área e <strong>de</strong>ixar<br />
<strong>de</strong> se reunir sò em recintos fe-<br />
chados com algumas li<strong>de</strong>ranças.<br />
Mais afinco e <strong>de</strong>terminação, com<br />
muita vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> lutae mudanças.<br />
Passagens: <strong>aumento</strong> <strong>arbitrário</strong><br />
um passo. Precisamos lutar pela<br />
criação <strong>de</strong> <strong>no</strong>vos mecanismos <strong>de</strong><br />
participação popular na adminis-<br />
tração.<br />
CARIOCA GASTA MAIS<br />
Apesar <strong>de</strong> ter uma das <strong>tarifas</strong><br />
mais baratas do país (em São.<br />
Paulo o preço <strong>de</strong> uma passagem é<br />
<strong>de</strong> Cz$-3,20 e em Belo Horizonte<br />
Czí^.QO) o Carioca continua sendo<br />
um dos que mais gastam em trans-<br />
portes. Enquanto em Sao Paulo o<br />
gasto com condução é o mesmo<br />
em qualquer ponto da cida<strong>de</strong>, já<br />
que a tarifa é unificada, <strong>no</strong> Rio, um<br />
morador <strong>de</strong> Campo Gran<strong>de</strong> que vá<br />
<strong>de</strong> ônibus até o Centro po<strong>de</strong>rá<br />
pagar mais do que o dobro <strong>de</strong><br />
quem sai <strong>de</strong> Copacabanae vai para<br />
o mesmo local.<br />
Também é importante lembrar<br />
que os rodoviários do Rio entraram<br />
em greve para conseguir equi-<br />
paração salarial aos seus com-<br />
panheiros <strong>de</strong> Sao Paulo, e isto foi<br />
transferido para as passagens.<br />
Porém, em março eles receberão o<br />
reajuste salarial a que tem direito,<br />
prevendo-se <strong>no</strong>vo <strong>aumento</strong> <strong>no</strong><br />
preço das <strong>tarifas</strong>.<br />
CAMPO GRANDE PAROU<br />
As Associações <strong>de</strong> Moradores.<br />
Conselho <strong>de</strong> Representantes faz eleições<br />
po<strong>de</strong>riam trazer <strong>no</strong>vos rumos ao<br />
movimento e mais força para a or-<br />
ganização da socieda<strong>de</strong>. O con-<br />
selho <strong>de</strong> Representantes também<br />
propôs que os diretores passas-<br />
sem a fazer rodízio nas zonais e<br />
municipais, nao se limitando<br />
apenas á sua área.<br />
Assim, as propostas publi-<br />
cadas <strong>no</strong> numero anterior do JOR-<br />
NAL DA FAMERJ, indicando<br />
mudanças <strong>no</strong> processo eleitoral,<br />
nao chegaram a ser votadas. Mes-<br />
mo a organização do Hl Congresso<br />
das Associações <strong>de</strong> Moradores só<br />
<strong>de</strong>verá ser discutida <strong>no</strong> próximo<br />
dia 5 <strong>de</strong> abril. De certo, até agora,<br />
somente a data do Congresso foi<br />
acertada. Deverá acontecer <strong>no</strong>s<br />
dias 29, 30 e 31 <strong>de</strong> maio próximo. E<br />
para coor<strong>de</strong>nar os futuros tra-<br />
balhos das reuniões <strong>de</strong> represen-<br />
tantes <strong>de</strong> Associações <strong>de</strong> Mora-<br />
dores, foram eleitos presi<strong>de</strong>nte e<br />
secretário do Conselho. Substi-<br />
tuindo Jorge Badia, <strong>de</strong> Petrópolis,<br />
<strong>no</strong> cargo <strong>de</strong> presi<strong>de</strong>nte do Con-<br />
selho <strong>de</strong> Representantes, foi eleito<br />
o companheiro Luiz Marcoli<strong>no</strong>, da<br />
Zonal Ilha. E <strong>no</strong> <strong>de</strong> secretário,<br />
tomou posse Juarez Quiri<strong>no</strong>, da<br />
Zonal Bangu, substituindo Rosely<br />
Souza da Fonseca, <strong>de</strong> Nova<br />
Iguaçu.<br />
Questionado sobre como<br />
pretendia levar os trabalhos do<br />
Conselho <strong>de</strong> Representantes e <strong>de</strong><br />
como se sentia eleito presi<strong>de</strong>nte,<br />
Luiz Marcoli<strong>no</strong> respon<strong>de</strong>u o se-<br />
guinte: ,<br />
— È uma responsabilida<strong>de</strong><br />
muito gran<strong>de</strong>. Sobretudo num<br />
momento como este, quando o<br />
movimento precisa ser rearticu-<br />
lado. Afinal das 600 associações<br />
filiadas somente 94 <strong>de</strong>legados se<br />
fizeram presentes ao conselho. E<br />
tanto eu como <strong>no</strong>sso companheiro<br />
Juarez Quiri<strong>no</strong> — continua Mar-<br />
coli<strong>no</strong> — vemos os cargos <strong>de</strong><br />
FAMERJ3<br />
<strong>de</strong> Campo Gran<strong>de</strong> realizaram <strong>no</strong><br />
ultimo dia 4, um ato fechando as<br />
Estradas da Posse, Coqueiros e<br />
Mendanha. A comunida<strong>de</strong> par-<br />
ticipou em peso do fechamento<br />
das vias, exigindo a melhoria do<br />
transporte na regfao. Sao poucas<br />
as linhas <strong>de</strong> ônibus e pequena a<br />
frota que aten<strong>de</strong> àquelas comu-<br />
nida<strong>de</strong>s.<br />
Com a chegada do represen-<br />
tante da Secretaria <strong>de</strong> Transporte,<br />
foi entregue um documento exi-<br />
gindo a melhoria do serviço das<br />
empresas que operam na área,<br />
além <strong>de</strong> outras provi<strong>de</strong>ncias.<br />
O movimento <strong>de</strong> Associações<br />
<strong>de</strong> Moradores tem, como uma <strong>de</strong><br />
suas principais ban<strong>de</strong>iras,^ es-<br />
tatizaçao dos transportes e enten-<br />
<strong>de</strong> que as empresas engajadas (<strong>no</strong><br />
caso <strong>de</strong> Campo Gran<strong>de</strong>, a Oriental<br />
e a Jabour) <strong>de</strong>vem ser adminis-<br />
tradas com competência adminis-<br />
trativa e a ampla participação da<br />
socieda<strong>de</strong> organizada na sua ges-<br />
tão.<br />
Para isso, as AMAs vem bus-<br />
cando entendimentos com o<br />
Secretário Estadual <strong>de</strong> Transpor-<br />
tes, Álvaro Santos, eo presi<strong>de</strong>nte<br />
da Superintendência Municipal <strong>de</strong><br />
Transportes Urba<strong>no</strong>s, Franz<br />
Coelho, para que esse objetivo<br />
seja alcançado, bem como venha<br />
se coibir os abusos das empresas<br />
privadas <strong>contra</strong> os usuários e os<br />
trabalhadores rodoviários.<br />
presi<strong>de</strong>nte e secretário, nao como<br />
um meio <strong>de</strong> dois militantes fre-<br />
qüentarem a diretoria da <strong>Famerj</strong>,<br />
mas como formas <strong>de</strong> responsa-<br />
bilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntre elas a <strong>de</strong> correr o<br />
movimento todo buscando re-<br />
mobilizá-lo e buscando <strong>de</strong>volver ás<br />
Associações a discussão sobreas<br />
questões can<strong>de</strong>ntes da Fe<strong>de</strong>ração.<br />
E com .tantas discussões im-<br />
portantes transferidas para o<br />
próximo encontro, resta-<strong>no</strong>s lem-<br />
brar a todas as Associações fi-<br />
liadas, que incluam tais assuntos<br />
em suas pautas, para que <strong>no</strong> dia 5<br />
<strong>de</strong> abril <strong>de</strong>cisões sejam tomadas o<br />
mais breve possíverl.
v 1 4iFAMERJ<br />
Associações <strong>de</strong> Angra<br />
mais fortes<br />
As Associações <strong>de</strong> Moradores<br />
<strong>de</strong> Angra dos Reis querem aumen-<br />
tar sua força <strong>de</strong> participação. Por,<br />
isso, 18 AMs reuniram-se <strong>no</strong> 25<br />
Encontro das Li<strong>de</strong>ranças Co-<br />
munitárias <strong>de</strong> Angra dos Reis, <strong>no</strong>s<br />
dias 24 e 25 <strong>de</strong> janeiro, naquela<br />
cida<strong>de</strong>.<br />
No encontro ficou clara a neces-<br />
sida<strong>de</strong> do fortalecimento das lutas<br />
dos bairros, principalmente por<br />
transportes, saneamento básico e<br />
posse da terra. Os moradores<br />
resolveram redobrar o apoio à<br />
comam-AR. Conselho Municipal<br />
das Associações <strong>de</strong> Moradores <strong>de</strong><br />
Angra dos Reis, que organizou o<br />
encontro.<br />
Um bairro esquecido<br />
Na época das eleições sáo várias<br />
as promessas feitas mas na<br />
maioria dos casos, estas promes-<br />
sas caem <strong>no</strong> vazio e nao sáo cum-<br />
pridas. Èocaso<strong>de</strong> Vila Leopoldina<br />
IV e Adjacências: antes das<br />
eleições foi prometido pelo can-<br />
didato a prefeito, Juberlam <strong>de</strong><br />
Oliveira, o asfaltamento da maioria<br />
das ruas. Juberlam foi eleito, mas<br />
o asfaltamento náo chegou ainda,<br />
e para piorar a situação, estamos<br />
na época das chuvas <strong>de</strong> veráo que<br />
inundam as ruas e náo <strong>de</strong>ixam es-<br />
capar nem a Igreja, que acaba sen-<br />
do invadida pelas águas.<br />
Além dos problemas como a fal-<br />
ta <strong>de</strong> asfaltamento, vaias negras,<br />
náo recolhimento do lixo e as<br />
poucas visitas feitas pelo fumacê,<br />
os moradores <strong>de</strong> Vila Leopoldina<br />
IV vem sofrendo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a extinção<br />
do Banco Nacional <strong>de</strong> Habitação,<br />
que estava fazendo o saneamento<br />
da regfao. As obras da re<strong>de</strong> básica<br />
já foram concluídas só está faltan-<br />
do a ligação das casas com a re<strong>de</strong>,<br />
mas infelizmente com a atual<br />
situação do banco, as obras estão<br />
paralisadas.<br />
Mas Vila Leopoldina IV náo é só<br />
problemas, é uma comunida<strong>de</strong> que<br />
prova, que apesar das dificulda-<br />
<strong>de</strong>s, sabe lutar pelo que quer, e<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ste espírito <strong>de</strong> luta ela<br />
conseguiu que fosse inaugurado<br />
um CIEP que aten<strong>de</strong>rá a cerca <strong>de</strong><br />
600 crianças e adultos que moram<br />
<strong>no</strong> bairro.<br />
Vitória da Comunida<strong>de</strong><br />
A inauguração do calçamento e<br />
do saneamento das Ruas Alves<br />
Câmara e Caeta<strong>no</strong> <strong>de</strong> Campos, na<br />
Usina, aconteceu com uma gran<strong>de</strong><br />
festa, <strong>no</strong> dia 14 <strong>de</strong> fevereiro.<br />
Essa é mais uma conquista da<br />
comunida<strong>de</strong> que há 30 a<strong>no</strong>s pa-<br />
gava impostos como se as ruas<br />
fossem calçadas e há 6 a<strong>no</strong>s lu-<br />
tavam para que isso fosse uma<br />
realida<strong>de</strong>. Parabénsá AMAUM!!<br />
Amor e Constituinte<br />
CONSTITUINTE SEM POVO<br />
NAO CRIA NADA DE NOVO... Es-<br />
se è o <strong>no</strong>me da peça que a AMOR<br />
— Associação <strong>de</strong> Moradores das<br />
Retas, Itaborai, montou e alcançou<br />
o segundo lugar <strong>no</strong> Teatro Amador<br />
<strong>de</strong> Itaborai. Com 21 integrantes da<br />
AMOR, a peça está pronta para ser<br />
apresentada nas Associações e<br />
quem se interessar é sò ligar para<br />
735-2327 e <strong>de</strong>ixar recado para o<br />
André, presi<strong>de</strong>nte da Associação,<br />
ou ainda po<strong>de</strong> escrever para a<br />
Caixa Postal 88 — C.E.P. 24.800 —<br />
Itaborai — RJ. Prestigie a iniciativa<br />
da AMOR e leve a Constituinte até<br />
o seu bairro.<br />
De oltio na Constituinte<br />
A Primeira Plenária Constituinte<br />
Fluminense foi realizada pelo MUB<br />
e CEPEBA, em janeiro, on<strong>de</strong> foram<br />
discutidas diversas <strong>de</strong>liberações<br />
em relação ao encaminhamento do<br />
processo Constituinte junto _ à<br />
socieda<strong>de</strong>. Foi <strong>de</strong>cidida a criação<br />
<strong>de</strong> um Conselho Permanente que<br />
funcionará junto à socieda<strong>de</strong><br />
"duque-caxiense", encaminhando<br />
o processo .Constituinte e forne-<br />
cendo informações à comunida<strong>de</strong>.<br />
Na reunião estiveram presentes o<br />
presi<strong>de</strong>nte da <strong>Famerj</strong>, Chico Alen-<br />
car, a secretária executiva do<br />
Plenário Nacional Pró-Participação<br />
Popular na Constituinte, Regina<br />
Prado, políticos e várias Asso-<br />
ciações <strong>de</strong> Moradores. Parabéns a<br />
iniciativa da comunida<strong>de</strong>.<br />
Defesa do Consumidor<br />
O caso do leite em pò conta-<br />
minado vendido <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> mobi-<br />
lizou as Associações <strong>de</strong> Moradores<br />
<strong>no</strong> mes passado. O problema<br />
ganhou repercuçao a partir da<br />
<strong>de</strong>nuncia <strong>de</strong> que o Gover<strong>no</strong> Fe<strong>de</strong>ral<br />
estaria importando leite da Europa<br />
com alto nível <strong>de</strong> radioativida<strong>de</strong>, e<br />
com isto sua venda ficou proibida.<br />
Segundo a Diretoria da <strong>Famerj</strong>,<br />
Lücia Rausis, sò há risco <strong>de</strong> con-<br />
taminação se o leite for consumido<br />
durante muito tempo. Ela também<br />
explica que qualquer <strong>de</strong>nuncia<br />
sobre este e outros casos pare-<br />
cidos po<strong>de</strong>m ser feitos á Comissáo<br />
<strong>de</strong> Defesa do Consumidor, criada<br />
recentemente, que se reüne todas<br />
as quartas, ás 19 horas, na <strong>Famerj</strong>,<br />
Rua Viscon<strong>de</strong> do Rio Branco, 54.<br />
Conquista da Comunida<strong>de</strong><br />
Os <strong>no</strong>ssos parabéns aos mo-<br />
radores do Conjunto Resi<strong>de</strong>ncial<br />
Dr. Octacílio Câmara — Cesarao,<br />
localizado em Santa Cruz. Depois<br />
<strong>de</strong> muita luta, o pessoal conseguiu<br />
através <strong>de</strong> sua Associação <strong>de</strong><br />
Moradores, ter sua reivindicação<br />
atendida: a construção <strong>de</strong> um CIEP<br />
para aten<strong>de</strong>r a com unida<strong>de</strong> local.<br />
Posse <strong>de</strong> diretorias<br />
Algumas Associações <strong>de</strong><br />
Moradores estão em processo<br />
eleitoral e essas sáo as AMs que<br />
mudaram <strong>de</strong> diretoria recentemen-<br />
te:<br />
— Associação <strong>de</strong> Moradores e<br />
Amigos do Bairro Jardim Sáo Jor-<br />
ge—AMABJSJ<br />
— Associação <strong>de</strong> Moradores é<br />
Amigos <strong>de</strong> Sta Clara do Guandu e<br />
P. Flor-AMABASÇ<br />
— Associação Pró-Melho-<br />
ramentos do Conjunto da<br />
Cehab KM 32 - APROMECCK<br />
— Conselho <strong>de</strong> Moradores <strong>de</strong><br />
Vila Kennedy — COMOVIK<br />
— Associação <strong>de</strong> Moradores e<br />
Amigos do Pilar<br />
— Associação <strong>de</strong> Moradores e<br />
Amigos do Bairro Sáo Vítor<br />
A <strong>Famerj</strong> parabeniza a todas e<br />
que os <strong>no</strong>vos integrantes tenham<br />
muito sucesso na sua gestão!<br />
C.G.C.eLD.U,<br />
na mira das associações<br />
Continuam os <strong>de</strong>bates sobre os<br />
Conselhos Gover<strong>no</strong>-Comunida<strong>de</strong>.<br />
Recentemente, representantes <strong>de</strong><br />
várias Associações <strong>de</strong> Moradores<br />
foram á Prefeitura do Rio fazer<br />
queixas- sobre o C G C. e rece-<br />
beram do Prefeito Saturni<strong>no</strong> Braga<br />
uma minuta <strong>de</strong> <strong>de</strong>creto, já conten-<br />
do algumas propostas da co-<br />
munida<strong>de</strong>. Começaram também os<br />
entendimentos com o Secretário<br />
<strong>de</strong> Desenvolvimento Urba<strong>no</strong>,<br />
Flávio <strong>de</strong> Oliveira, sobre o fun-<br />
cionamento do Conselho Muni-<br />
cipal <strong>de</strong> Urbanismo, que reüne a<br />
<strong>Famerj</strong> e outras entida<strong>de</strong>s, além da<br />
Prefeitura, para discutir a política<br />
urbana da cida<strong>de</strong>. Depois foi a vez<br />
da <strong>Famerj</strong> e as A Ms discutiremos<br />
pontos acertados na reuníáo com o<br />
Prefeito, isto aconteceu na Ple-<br />
nária da Cida<strong>de</strong> do dia 29.<br />
A principal <strong>no</strong>vida<strong>de</strong> da minuta<br />
foi a inclusão dos clubes <strong>de</strong> ser-<br />
viço <strong>no</strong>s C G-C-, muito criticada na<br />
Plenária da Cida<strong>de</strong>, pois estes<br />
<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>riam interesses do comér-<br />
cio e da industria, já representados<br />
<strong>no</strong>s Conselhos. Os representantes<br />
das Associações <strong>de</strong> Moradores<br />
também acharam o termo "clube<br />
<strong>de</strong> serviço" muito vago, e temem<br />
que isto aju<strong>de</strong> á entrada <strong>de</strong> "en-<br />
tida<strong>de</strong>s fantasmas", já que, apesar<br />
<strong>de</strong> o Prefeito garantir que o artigo<br />
se refere á Rotary, Lions e outros<br />
Clubes <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s parecidas, is-<br />
to na{o fica claro <strong>no</strong> texto. A<br />
proposta da <strong>Famerj</strong> para eleição<br />
âftá'}biídu9 sn<strong>no</strong>írtl<br />
dos presi<strong>de</strong>ntes dos Conselhos<br />
entre os seus membros nao foi<br />
aceita pela Prefeitura. Atualmente<br />
o cargo é ocupado pelos Adminis-<br />
tradores Regionais, apesar das<br />
duvidas sobre a <strong>no</strong>va proposta da<br />
Prefeitura, consi<strong>de</strong>ramos que ela<br />
incorporou vários <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssas<br />
propostas. Por isso, <strong>de</strong>cidimos<br />
participar oficialmente dos Con-<br />
selhos, trabalhando para que eles<br />
ganhem dinamismo e eficiência.<br />
Se você quiser participar da<br />
<strong>no</strong>va avaliação sobre os C G C s<br />
a<strong>no</strong>te a data da Próxima Plenária<br />
da Cida<strong>de</strong>: Dia 14 <strong>de</strong> Março<br />
sábado, às 15:00 horas, na se<strong>de</strong><br />
da <strong>Famerj</strong>, Rua Viscon<strong>de</strong> do Rio<br />
Branco, 54.<br />
Unibairros lança Jornal<br />
A Fe<strong>de</strong>ração <strong>de</strong> Associações <strong>de</strong><br />
Moradoress <strong>de</strong> Sào Gonçalo, a<br />
UNIBAIRROS, está <strong>de</strong> parabéns.<br />
Afinal, <strong>no</strong> dia 14 <strong>de</strong> fevereiro, fi-<br />
zeram o lançamento do Jornal da<br />
Unibairros,num evento pro-<br />
movido na FAPERJ com amplo<br />
<strong>de</strong>bate sobre jornalismo comu-<br />
nitário. Náo po<strong>de</strong>ríamos nunca<br />
<strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> elogiarum acontecimen-<br />
to <strong>de</strong>sses já que é uma gran<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> que discutir<br />
<strong>no</strong>sso direito á informação é im-<br />
portantíssimo <strong>no</strong>s dias <strong>de</strong> hoje. E<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> já, torcemos para que este<br />
importante veículo <strong>de</strong> comuni-<br />
cação comunitária náo pare <strong>no</strong><br />
primeiro numero. Muito sucesso<br />
pela frente!<br />
Domingo do Tombo<br />
A MORENA — Associação <strong>de</strong><br />
Moradores <strong>de</strong> Paquetá — pro-<br />
moveu um ato publico em <strong>de</strong>fesa<br />
do tombamento da Ilha. A ma-<br />
nifestação, ocorrida <strong>no</strong> ultimo dia<br />
15, contou com a participação <strong>de</strong><br />
artistas, ecologistas, intelectuais,<br />
políticos e moradores do local.<br />
A Assembléia Permanente do<br />
Meio Ambiente apoia a luta pelo<br />
tombamento que inclui: casas e<br />
terre<strong>no</strong>s para todas as famílias<br />
pobres <strong>de</strong> Paquetá.<br />
IIQUE UGÂDO NA FAMQU<br />
Agora a FAMERJ esta mais perto <strong>de</strong> você. E a sua<br />
comunida<strong>de</strong> ê que movimenta o <strong>no</strong>sso programa <strong>de</strong><br />
radio. Um programa em movimento. A sua "COMU-<br />
NIDADE EM MOVIMENTO". Para participar ê só você<br />
sintonizar o seu rádio <strong>no</strong>s 630 KHZ da Rádio Roquete<br />
Pinto, aos sábados, ásl 1:30 hs.
Informe Publicitário<br />
0 Prefeito da Cida<strong>de</strong><br />
do Rio <strong>de</strong> Janeiro, Saturni<strong>no</strong> Braga,<br />
governa ate' março <strong>de</strong> 89.<br />
MAS VEJA O QUE ELE JÁ FEZ EM APENAS UM ANO:<br />
O primeiro Prefeito eleito<br />
da Cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro, Saturni<strong>no</strong> Braga,<br />
cujo mandato vai até 15 <strong>de</strong><br />
março <strong>de</strong> 1989, está<br />
completando o primeiro<br />
a<strong>no</strong> <strong>de</strong> gover<strong>no</strong> e faz<br />
questão <strong>de</strong> prestar contas<br />
à população.<br />
Muita coisa já mudou neste<br />
primeiro a<strong>no</strong> <strong>de</strong> gover<strong>no</strong>.<br />
Muitas outras coisas vão<br />
mudar <strong>no</strong>s próximos dois<br />
a<strong>no</strong>s.<br />
Este anúncio é uma síntese<br />
do trabalho realizado até<br />
agora para que você possa<br />
fazer uma avaliação.<br />
Elogiar o que mereça ser<br />
elogiado. Criticar o que<br />
mereça ser criticado.<br />
Leia com atenção.<br />
O Prefeito Saturni<strong>no</strong> Braga<br />
quer que você participe <strong>de</strong><br />
seu gover<strong>no</strong>.<br />
Elogiando, criticando,<br />
sugerindo.<br />
Novas escolas,<br />
mais vagas.<br />
0 Rio é o único<br />
município<br />
brasileiro que<br />
sustenta sozinho<br />
toda a re<strong>de</strong> <strong>de</strong>i?<br />
grau. E esta re<strong>de</strong><br />
ficou maior neste<br />
primeiro a<strong>no</strong> <strong>de</strong><br />
Gover<strong>no</strong> Saturni<strong>no</strong> Braga: mais<br />
20.000 matrículas. Foram<br />
implantados 55 ClEPs, todos<br />
mantidos pela Prefeitura e um<br />
número bem maior <strong>de</strong>ssas escolas-<br />
mo<strong>de</strong>lo estará funcionando <strong>no</strong><br />
próximo a<strong>no</strong> letivo.<br />
Mais 62 escolas da re<strong>de</strong> <strong>no</strong>rmal<br />
foram construídas, outras 79<br />
reformadas e 6.500 professores<br />
concursados estão <strong>contra</strong>tados<br />
e efetivados.<br />
Crescimento urba<strong>no</strong><br />
rápido e or<strong>de</strong>nado.<br />
Criada <strong>no</strong> início<br />
do gover<strong>no</strong>, a<br />
Secretaria <strong>de</strong><br />
Desenvolvimento<br />
Urba<strong>no</strong><br />
reformulou o<br />
Departamento <strong>de</strong><br />
Edificações<br />
visando a agilização dos processos<br />
<strong>de</strong> exame e aprovação dos projetos<br />
<strong>de</strong> construção. Os resultados<br />
começam a aparecer com a<br />
redinamização da <strong>no</strong>ssa indústria <strong>de</strong><br />
construção civil, aumentando a<br />
oferta <strong>de</strong> emprego e <strong>de</strong> moradias.<br />
Na área do Desenvolvimento Urba<strong>no</strong>,<br />
a Prefeitura iniciou uma série <strong>de</strong><br />
obras para o embelezamento e a<br />
revitalização do Centro da Cida<strong>de</strong>,<br />
contando com o apoio <strong>de</strong><br />
empresários e da equipe do Corredor<br />
Cultural. Até o final <strong>de</strong> 88 a Prefeitura<br />
preten<strong>de</strong> ter um Centro da Cida<strong>de</strong><br />
<strong>no</strong>vamente atraente com a<br />
restauração da Praça XV, Lapa, Largo<br />
da Carioca, Largo <strong>de</strong> São Francisco e<br />
dos bairros portuários.<br />
Foi criada a RIO-URBE, empresa<br />
<strong>de</strong> urbanização que será um<br />
instrumento para dar mais agilida<strong>de</strong><br />
as obras da cida<strong>de</strong><br />
A Secretaria Municipal <strong>de</strong><br />
Desenvolvimento Urba<strong>no</strong> está<br />
reor<strong>de</strong>nando o crescimento dos<br />
bairros, respeitando as<br />
características locais, sua história,<br />
suas necessida<strong>de</strong>s e os anseios das<br />
comunida<strong>de</strong>s.<br />
Já foram aprovados os projetos para<br />
o Leblon e São Cristóvão.e<br />
en<strong>contra</strong>m-se em fase <strong>de</strong> elaboração<br />
os pla<strong>no</strong>s para o Grajaú, Andarai e<br />
Méier.<br />
Mais empresas,<br />
mais empregos.<br />
Logo que tomou<br />
posse, o Prefeito<br />
Saturni<strong>no</strong> Braga<br />
criou a Secretaria'<br />
Municipal <strong>de</strong><br />
Desenvolvimento<br />
Econômico. O<br />
resultado ai está:<br />
nasceram os Pólos <strong>de</strong> Tec<strong>no</strong>logia<br />
(Informática Telecomunicações e<br />
Mecânica <strong>de</strong> Precisão), Confecções,<br />
Fundições, Alumínio, Biotec<strong>no</strong>logia<br />
e Ví<strong>de</strong>o.<br />
Com mais <strong>de</strong> 400 empresas inscritas<br />
estes pólos vão gerar cerca <strong>de</strong> 30.000<br />
<strong>no</strong>vos empregos.<br />
As 1 as áreas dos Pólos <strong>de</strong> Tec<strong>no</strong>logia<br />
e Confecções já estão em fase <strong>de</strong><br />
instalação, em Jacarepaguá, e as<br />
<strong>de</strong>mais áreas e os outros pólos<br />
en<strong>contra</strong>m-se em fase final <strong>de</strong><br />
projeto.<br />
A Secretaria Municipal <strong>de</strong><br />
Desenvolvimento Econômico<br />
colocou em prática todo um sistema<br />
que facilita a instalação <strong>de</strong> empresas<br />
<strong>no</strong> Rio, <strong>de</strong> todos os portes, além <strong>de</strong><br />
ter criado o Balcão <strong>de</strong> Tec<strong>no</strong>logia,<br />
que aten<strong>de</strong> microempresários,<br />
prestando todo o tipo <strong>de</strong> informação<br />
e o Balcão Rio, auxiliando na<br />
abertura da firma, sem cobrar<br />
nenhuma taxa<br />
Trabalho permanente<br />
<strong>contra</strong> as enchentes.<br />
Há décadas o Rio<br />
<strong>de</strong> Janeiro sofre<br />
com o problema<br />
das enchentes. E<br />
ninguém é capaz<br />
<strong>de</strong> resolver isso<br />
<strong>de</strong> uma hora para<br />
outra<br />
É preciso um trabalho <strong>de</strong><br />
profundida<strong>de</strong> a curto, médio e longo<br />
prazos.<br />
Este trabalho extenso já começou,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> os cuidados com a<br />
preservação do meio ambiente até a<br />
limpeza constante <strong>de</strong> galerias e<br />
obras custosas na Praça da Ban<strong>de</strong>ira,<br />
Canal <strong>de</strong> Benfica e Rio Sardinha<br />
Foi iniciado um programa <strong>de</strong> plantio<br />
<strong>de</strong> quatro milhões <strong>de</strong> árvores nas<br />
encostas <strong>de</strong>smatadas, principal<br />
maneira <strong>de</strong> atacar diretamente os<br />
<strong>de</strong>smoronamentos e as enxurradas.<br />
A Prefeitura <strong>de</strong>cretou o tombamento<br />
do espelho d'água da Lagoa Rodrigo<br />
<strong>de</strong> Freitas e o da Ilha <strong>de</strong> Paquetâ<br />
Além disso, reequipou com pessoal<br />
e máquinas todo o setor <strong>de</strong><br />
conservação e está dragando os<br />
canais, limpando e <strong>de</strong>sobstruindo<br />
as galerias.<br />
Melhores hospitais,<br />
mais saú<strong>de</strong>.<br />
Três <strong>no</strong>vos postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
foram inaugurados<br />
(Palmares,<br />
Santíssimo e Vila<br />
Kennedy) e outro<br />
(Cesarinho)será<br />
janeiro. Outros 17 estão sendo<br />
reformados,<br />
Todos os postos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, que<br />
funcionavam apenas em meio<br />
expediente, agora aten<strong>de</strong>m em dois<br />
tur<strong>no</strong>s, manhã e tar<strong>de</strong>,<br />
A Maternida<strong>de</strong> Fernando <strong>de</strong><br />
Magalhães, transformada em um<br />
mo<strong>de</strong>lar Instituto da Mulher, e a<br />
emergência do Hospital Carmela<br />
Dutra serão inaugurados em janeiro.<br />
Os hospitais <strong>de</strong> Pronto-Socorro, com<br />
a ajuda do Inamps, estão sendo<br />
ampliados e reequipados.<br />
Além disso, surgirão mais 19 Postos<br />
<strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> nas áreas mais carentes em<br />
1987,<br />
Também a Fiscalização Sanitária,<br />
atribuição da Secretaria Municipal <strong>de</strong><br />
Saú<strong>de</strong>, está se tomando mais eficaz<br />
na <strong>de</strong>fesa do consumidor carioca.<br />
Mais iluminação,<br />
mais segurança.<br />
Toda a<br />
iluminação<br />
pública - nas<br />
ruas, avenidas,<br />
praças, viadutos<br />
- é colocada,<br />
conservada e<br />
paga pela Prefeitura,<br />
através da Comissão<br />
Municipal <strong>de</strong> Energia,<br />
Como a iluminação é fator<br />
fundamental na segurança do<br />
cidadão, a Prefeitura tem se<br />
empenhado ao máximo em sua<br />
conservação e ampliação: só neste<br />
a<strong>no</strong> o Rio <strong>de</strong> Janeiro ganhou cerca <strong>de</strong><br />
10,000 <strong>no</strong>vos pontos <strong>de</strong> luz.<br />
Melhorias para<br />
bairros pobres.<br />
A Secretaria <strong>de</strong><br />
Desenvolvimento<br />
Social realizou<br />
obras <strong>de</strong><br />
saneamento e<br />
melhoria <strong>de</strong> vias<br />
em 173 favelas da!<br />
cida<strong>de</strong> e em 12<br />
loteamentos da Zona Oeste, Com<br />
soluções <strong>de</strong> engenharia <strong>de</strong> custo<br />
baixo e feitas <strong>de</strong>ntro do sistema <strong>de</strong><br />
mutirão remunerado, essas obras<br />
geram também muitos empregos<br />
para a mão-<strong>de</strong>-obra local.<br />
A merenda à re<strong>de</strong> <strong>de</strong> creches e<br />
escolas comunitárias nesses bairros<br />
também foi ampliada<br />
A Obra Social do Município, que<br />
funciona com recursos provenientes<br />
- <strong>de</strong> doações produziu um gran<strong>de</strong><br />
trabalho <strong>de</strong> apoio a iniciativas<br />
comunitárias, como construções e<br />
equipamentos diversos.<br />
Funcionalismo<br />
mais dinâmico.<br />
Todo um trabalho<br />
vem sendo<br />
<strong>de</strong>senvolvido<br />
visando<br />
dinamizara<br />
máquina<br />
administrativa da<br />
Prefeitura, para<br />
que os funcionários tenham<br />
condição <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r cada vez melhor<br />
o cidadão e prestar melhores<br />
serviços.<br />
Foi criado o Conselho <strong>de</strong> Política <strong>de</strong><br />
Pessoal, cuja atuação já possibilitou<br />
a execução dos pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> carreira<br />
dos funcionários <strong>de</strong> nível superior e<br />
<strong>no</strong> próximo a<strong>no</strong> atingirá todos os<br />
cargos <strong>de</strong> nível médio e elementar.<br />
A Prefeitura criou, também, o<br />
Conselho <strong>de</strong> Informática, que está<br />
<strong>de</strong>senvolvendo um pla<strong>no</strong> - já<br />
iniciado na Secretaria <strong>de</strong> Fazenda, e<br />
ampliado para as <strong>de</strong> Administração e<br />
Saú<strong>de</strong> - que vai dar velocida<strong>de</strong> as<br />
informações e <strong>de</strong>cisões.<br />
Telefones diretos para o cidadão<br />
reclamar esugerir; <strong>de</strong>ntro do Projeto<br />
Cidadão, já estão funcionando na<br />
Secretaria <strong>de</strong> Educação, na Comlurb,<br />
Conservação e Defesa Civil,<br />
Gover<strong>no</strong> e Comunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>cidindo juntos.<br />
A Secretaria<br />
Municipal <strong>de</strong><br />
Gover<strong>no</strong><br />
<strong>de</strong>senvolveu todo<br />
um trabalho <strong>de</strong><br />
reestruturação<br />
das Regiões<br />
Administrativas: /<br />
hoje elas estão mais preparadas para<br />
aten<strong>de</strong>r o cidadão e ficarão ainda<br />
mais dinâmicas.<br />
Foram criados os Conselhos<br />
Gover<strong>no</strong>-Comunida<strong>de</strong>, que já<br />
funcionam nas Regiões<br />
Administrativas; é a participação<br />
da população nas <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong><br />
gover<strong>no</strong>, através das associações<br />
<strong>de</strong> moradores e <strong>de</strong> classes.<br />
O Conselho Gover<strong>no</strong>-Comunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>fine as priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada região<br />
passando a influir diretamente <strong>no</strong><br />
orçamento da Prefeitura e também na<br />
fiscalização dos serviços municipais.<br />
Os Conselhos Gover<strong>no</strong>-Comunida<strong>de</strong><br />
estão <strong>de</strong>sempenhando um papel<br />
fundamental <strong>de</strong> fiscalização,<br />
complementando a responsabilida<strong>de</strong><br />
insubstituível da Câmara dos<br />
Vereadores.<br />
É a marca <strong>de</strong> uma administração<br />
verda<strong>de</strong>iramente <strong>de</strong>mocrática<br />
Força para o<br />
Abastecimento.<br />
Com o Gover<strong>no</strong><br />
Saturni<strong>no</strong> Braga,<br />
nasceu também<br />
a Secretaria<br />
Municipal <strong>de</strong><br />
Agriculturae<br />
Abastecimento,<br />
que está<br />
trabalhando na revitalização da área<br />
rural da cida<strong>de</strong> e <strong>no</strong> fortalecimento<br />
do abastecimento.<br />
Já estão em execução o zoneamento<br />
agrícola da cida<strong>de</strong>, a cessão <strong>de</strong><br />
tratores para agricultores, a<br />
construção do Mercado da Barra, a<br />
colocação dos primeiros 50 recifes<br />
artificiais para a preservação da<br />
pesca na Baia <strong>de</strong> Sepetiba e a venda<br />
<strong>de</strong> diversos produtos frescos<br />
diretamente ao público, a preços<br />
mais baratos,<br />
No inicio <strong>de</strong> 87 começará a<br />
construção <strong>de</strong> mercados populares<br />
nas comunida<strong>de</strong>s carentes, geridos<br />
diretamente pelas associações <strong>de</strong><br />
moradores.<br />
Turismo e Carnaval<br />
agora estão maiores.<br />
Nunca em toda a<br />
sua história o Rio<br />
atravessou uma<br />
fase <strong>de</strong> tanta<br />
procura turística<br />
como a <strong>de</strong> agora.<br />
A Cida<strong>de</strong> precisa<br />
<strong>de</strong> mais hotéis<br />
porque hoje, mesmo fora da<br />
temporada, a procura é sempre maior<br />
que a oferta e os estabelecimentos<br />
que recebem turistas estão<br />
constantemente lotados. O carnaval,<br />
a maior e mais bela festa popular do<br />
mundo, ganhará mais as ruas da<br />
Cida<strong>de</strong>; através da RIOTUR, a<br />
Prefeitura está estimulando o<br />
carnaval <strong>de</strong> rua com promoções em<br />
todos os bairros e <strong>no</strong> Centro da<br />
Cida<strong>de</strong>: Batalhas <strong>de</strong> Confete, Banho<br />
<strong>de</strong> Mar a Fantasia e Pago<strong>de</strong> na Praia<br />
O <strong>de</strong>sfile principal na Passarela do<br />
Samba contará <strong>de</strong>sta vez com a<br />
participação efetiva das Escolas <strong>de</strong><br />
Samba na sua administração.<br />
Rio passa a ter<br />
sua Procuradoria.<br />
Criada na<br />
Administração<br />
anterior, a<br />
Procuradoria do<br />
Município foi<br />
implantada neste<br />
primeiro a<strong>no</strong><br />
<strong>de</strong> Gover<strong>no</strong><br />
Saturni<strong>no</strong> Braga É um passo da<br />
maior importância na <strong>de</strong>fesa dos<br />
interesses do município, que não<br />
podia continuar <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da<br />
Procuradoria do Estado.<br />
Está sendo realizado o concurso para<br />
Procuradores e a Prefeitura estará<br />
completamente aparelhada neste<br />
setor em 87.<br />
PREFEITURA DA CIDADE<br />
DO RIO DE JANEIRO<br />
n;^ PREFEITO<br />
RIO SATURNINO BRAGA<br />
IH.i'JJ:l,'l.»rf.!.MIHII.M.l=<br />
FAttfERJ 5
.<br />
Em protesto <strong>contra</strong> a situação<br />
da habitação <strong>no</strong> pais, foi criada a<br />
CAMPANHA NACIONAL EM<br />
DEFESA DA MORADIA e na sua<br />
primeira reunião, ficou clara a<br />
necessida<strong>de</strong> das organizações da<br />
socieda<strong>de</strong> civil unirem-se para ten-<br />
tar resolver um problema que atin-<br />
ge a maioria dos brasileiros: a<br />
moradia. Foi assim que a <strong>Famerj</strong>. a<br />
Or<strong>de</strong>m dos Advogados do <strong>Brasil</strong>, o<br />
Instituto dos Arquitetos do <strong>Brasil</strong>,<br />
a Prefeitura do Rio, a Associação<br />
dos Funcionários do BNH, a CUT,<br />
o Centro Acadêmico Cândido Men-<br />
<strong>de</strong>s e vários partidos políticos se<br />
juntaram para elaborar um do-<br />
cumento que pe<strong>de</strong>. entre outras<br />
coisas, a criação <strong>de</strong> uma agencia<br />
social <strong>de</strong> habitação, o combate á<br />
especulação imobiliária e o fim<br />
dos <strong>de</strong>spejos <strong>de</strong> inquili<strong>no</strong>s e<br />
mutuários<br />
A Campanha chegou ás ruas<br />
com os SOS. Inquili<strong>no</strong> em 1 7 <strong>de</strong><br />
fevereiro, quando foi montada uma<br />
barraca na Praça Melvin Jones. <strong>no</strong><br />
Rio. para recolhimento <strong>de</strong> assi-<br />
naturas para uma carta popular ao<br />
Presi<strong>de</strong>nte Sarney O mesmo<br />
aconteceu <strong>no</strong>s dias 18 e 19, na<br />
Central do <strong>Brasil</strong> e na Estação das<br />
Barcas na Praça XV, O presi<strong>de</strong>nte<br />
da <strong>Famerj</strong> Chico Alencar, é <strong>de</strong><br />
opinião <strong>de</strong> que as Associações <strong>de</strong><br />
Moradores <strong>de</strong>vem assumir, em<br />
cada bairro, as-manifestações, on-<br />
<strong>de</strong> o publico terá direito ávoz para<br />
contar seus problemas <strong>de</strong> moradia.<br />
O documento feito pelas en-<br />
tida<strong>de</strong>s que participam da campan-<br />
nha. foi levado pelo Prefeito Satur-<br />
ni<strong>no</strong> Braga ao encontro <strong>de</strong> Pre-<br />
feitos, que aconteceu em Recife,<br />
<strong>no</strong> início do mes. Lá, as propostas<br />
foram apresentadas aos prefeitos<br />
<strong>de</strong> todo o país, reunidos para for-<br />
mar mais um grupo <strong>de</strong> pressão<br />
sobre os constituintes. O Vice-<br />
Prefeito do Rio, Jb Rezen<strong>de</strong>, <strong>de</strong>s-<br />
tacou a importância do engaja-<br />
mento da Prefeitura:<br />
- No município vivem mais <strong>de</strong><br />
6 milhões <strong>de</strong> habitantes, necessi-<br />
tando <strong>de</strong> condições dignas <strong>de</strong><br />
saneamento e- moradia. Somente<br />
com uma <strong>de</strong>scentralização política<br />
e dos recursos <strong>de</strong>stinados á ha-<br />
bitação, o município terá meios<br />
para respon<strong>de</strong>r a essa <strong>de</strong>manda.<br />
. O presi<strong>de</strong>nte do IAB, Adir Ben<br />
Kaus, acredita na necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
mobilização popular para pres-<br />
sionar os constituintes <strong>no</strong> sentido<br />
<strong>de</strong> se ter uma política habitacional<br />
justa, que signifique uma efetiva<br />
reforma urbana e agrária. "O IAB<br />
coloca á disposição da Campanha,<br />
seu acervo para respon<strong>de</strong>r a <strong>de</strong>-<br />
talhes técnicos <strong>no</strong>s <strong>de</strong>bates e atos<br />
do movimento."<br />
A instalação da Assembléia<br />
Nacional Constituinte é um mo-<br />
mento que <strong>de</strong>ve ser aproveitado<br />
para reivindicar o direito <strong>de</strong> morar.<br />
Aproveitando a mobilização para a<br />
Nova Constituição, o 1 ? Secretário<br />
da OAB, Oswaldo Barbosa, <strong>de</strong>-<br />
clarou que a entida<strong>de</strong> encaminhará<br />
aos constituintes uma carta po-<br />
pular on<strong>de</strong> estarão incluídos os<br />
direitos <strong>de</strong> mutuários e inquili<strong>no</strong>s,<br />
que também serão divulgados<br />
durante a Campanha, para es-<br />
clarecer a população e ajudá-la a<br />
resistir a onda <strong>de</strong> <strong>de</strong>spejos es-<br />
perada <strong>de</strong>pois do dia 1 ? <strong>de</strong> março,<br />
com o fim do congelamento dos<br />
aluguéis.<br />
BANCO SOCIAL<br />
A criação imediata <strong>de</strong> uma<br />
Agência Social <strong>de</strong> Habitação para<br />
<strong>de</strong>bater, formular e executar uma<br />
política <strong>de</strong> habitação com parti-<br />
cipação <strong>de</strong>mocrática da socieda<strong>de</strong><br />
civil e voltada para as necessi-<br />
da<strong>de</strong>s da população, o saneamen-<br />
to básico e o <strong>de</strong>senvolvimento ur-<br />
ba<strong>no</strong>, é uma das principais pro-<br />
postas da Campanha Nacional em<br />
Defesa da Moradia. O presi<strong>de</strong>nte<br />
da Associação dos Funcionários<br />
do BNH, Júlio Marques, explica a<br />
importância da criação <strong>de</strong>sta agên-<br />
cia, uma vez extinto o Banco:<br />
— O BNH tinha <strong>de</strong>terminados<br />
objetivos financeiros e sociais,<br />
apesar <strong>de</strong> náo cumpri-los integral-<br />
mente, mas a Caixa Econômica<br />
Fe<strong>de</strong>ral — que passa a ser respon-<br />
■ WmmL^^m.::,^ J- f [n . ' .<br />
.<br />
h:,:,: v-'.''!''.'.-v...: ■: J''".".:.: ■■.:/ ^ ^ ^'" .■<br />
Nacional em Defesa da Moradia<br />
Exmo Sr.<br />
JOSÉSARNEY<br />
Presi<strong>de</strong>nte da República Fe<strong>de</strong>rativa do <strong>Brasil</strong><br />
Milhões <strong>de</strong> brasileiros vivem hoje o drama da moradia. No A<strong>no</strong> Internacional dos<br />
Desabrigados queremos que o <strong>Brasil</strong>, como participante da ONU, cumpra os com-<br />
promissos assumidos e respeite o direito a habitação. Por isso nós— inquili<strong>no</strong>s,<br />
mutuários, habitantes <strong>de</strong> favelas, loteamentos e sem teto — chegamos até ao<br />
Gover<strong>no</strong> para que:<br />
1 — Prorroguea Lei 7.538<strong>de</strong>24.09.86 quesuspen<strong>de</strong>asaçbes<strong>de</strong><strong>de</strong>spejo;<br />
2 — tabele os aluguéis com base em percentual <strong>no</strong> valor venal do imóvel efixe um<br />
índice <strong>de</strong> reajustamento dos aluguéis e prestação dos mutuários nunca superior ao<br />
reajustamento salarial;<br />
3 — crie uma Agência Social <strong>de</strong> Habitação com recursos públicos e do FGTS<br />
geridos com a participação <strong>de</strong> representantes dos moradores e Prefeituras, inves-<br />
tindo-os em habitação popular e saneamento e <strong>de</strong>senvolvendo um <strong>no</strong>vo programa<br />
da casa própria com base na necessida<strong>de</strong> social e nao <strong>no</strong> lucro das financeiras; e<br />
4 — promova a Reforma Tributária, a fim <strong>de</strong> que as Prefeituras tenham recursos<br />
para investir na habitação e saneamento básico.<br />
Na certeza <strong>de</strong> que <strong>no</strong>sso clamor náo cairá <strong>no</strong> vazio, subscrevemo-<strong>no</strong>s,<br />
sável pelos financiamentos <strong>de</strong><br />
projetos nessa área — é uma agên-<br />
cia com fins lucrativos. Isso com-<br />
promete todos os investimentos na<br />
área <strong>de</strong> habitação, sendo um passo<br />
para a privatização do programa<br />
Um (a) <strong>Brasil</strong>eiro (a)<br />
habitacional.<br />
Para evitar essa privatização, a<br />
Campanha <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> também, um<br />
combate á especulação imobi-<br />
liária, com uma taxação progres-<br />
siva e rigorosa dos terre<strong>no</strong>s e<br />
moradias retidos para este fim.<br />
Uma das propostas surgidas na<br />
reunfao pedia o tabelamento dos<br />
imóveis, <strong>de</strong> forma que, <strong>de</strong>ntro do<br />
mesmo prédio náo houvesse di-<br />
ferença <strong>no</strong>s preços dos aparta-<br />
mentos. Segundo a ABAD, As-<br />
sociação <strong>Brasil</strong>eira <strong>de</strong> Adminis-<br />
tradores <strong>de</strong> Imóveis, isto seria im-<br />
possível, pois alguns proprietários<br />
fazem obras que valorizam os<br />
imóveis.<br />
Outro ponto <strong>de</strong>fendido na<br />
Campanha foi o controle <strong>de</strong>mo-<br />
crático dos recursos da Ca<strong>de</strong>rneta<br />
<strong>de</strong> Poupança e do FGTS, bem<br />
como o <strong>aumento</strong> dos investimen-<br />
tos públicos para habitação e o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento urba<strong>no</strong>, com per-<br />
centual específico <strong>no</strong> orçamento<br />
do Gover<strong>no</strong> Fe<strong>de</strong>ral, aumentando<br />
também os créditos privados <strong>de</strong>s-<br />
tinados a esta área. Se você é in-<br />
quili<strong>no</strong>ou mutuário,venha partici-<br />
par <strong>de</strong>sta Campanha Nacional em<br />
Defesa da Moradia. Este movimen-<br />
Armando Scaramuzi, 70 a<strong>no</strong>s,<br />
aposentado, morador <strong>de</strong> Copa-<br />
cabana. Ele é um dos muitos in-<br />
quili<strong>no</strong>s que vivem abandonados<br />
pelo Gover<strong>no</strong> Fe<strong>de</strong>ral, que nunca<br />
se preocupou em elaborar uma<br />
política habitacional <strong>no</strong> país.<br />
"Seu" Armando, inquili<strong>no</strong> ha<br />
mais <strong>de</strong> 30 a<strong>no</strong>s, está acompa-<br />
nhando a Campanha Nacional em<br />
Defesa da Moradia para "ver como<br />
está o movimento em favor do in-<br />
, quilinato" Ele acha que a Cam-<br />
panha <strong>de</strong>ve ganhar ás ruas e espera<br />
que a <strong>Famerj</strong> compre a briga por<br />
aluguéis mais justos.<br />
Se <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r da <strong>Famerj</strong>, "seu"<br />
Armando po<strong>de</strong> ficartranqüilo: para<br />
o presi<strong>de</strong>nte da entida<strong>de</strong>, a Cam-<br />
panha Nacional em Defesa da<br />
Moradia precisa ser marcada por<br />
uma intensa mobilização e por<br />
eventos <strong>de</strong> rua "o que sempre<br />
caracterizou o movimento co-<br />
munitário", como diz Chico Alen-<br />
car.<br />
O Diretor da Luta <strong>de</strong> Habitaçáo<br />
da <strong>Famerj</strong>, Antônio Andra<strong>de</strong>, acha<br />
que as campanhas <strong>de</strong> rua sáo im-<br />
portantes, mas é preciso também<br />
pressionar as autorida<strong>de</strong>s, for-<br />
mando "Lobbies" que garantam o<br />
sucesso das negociações junto ao<br />
Gover<strong>no</strong> Fe<strong>de</strong>ral.<br />
"Seu" Armando também náo<br />
acredita em braços cruzados quan-<br />
do se fala em Constituinte:<br />
"Hoje o povo nao aceita<br />
to compromete-se a lutar pelo que<br />
se segue:<br />
1 — Combate á especulação<br />
imobiliária e financeira em suas<br />
diferentes formas;<br />
2 — Controle dos aluguéis, como o<br />
estabelecimento <strong>de</strong> uma política<br />
<strong>de</strong> tabelamento, e dos custos dos<br />
imóveis financiados;<br />
3 — Solução do impasse judicial<br />
existente entre mutuários e BNH;<br />
4 — Defesa dos direitos dos in-<br />
quili<strong>no</strong>s, como o <strong>de</strong> náo pagamen-<br />
to <strong>de</strong> qualquer taxa ou imposto<br />
sobre a proprieda<strong>de</strong>, e dos mu-<br />
tuários, como o da equivalência<br />
salarial;<br />
5 — Controle <strong>de</strong>mocrático da ges-<br />
táo dos recursos da Ca<strong>de</strong>rneta <strong>de</strong><br />
Poupança e do FGTS;<br />
6 — Reformulação radical do Sis-<br />
tema Financeiro <strong>de</strong> Habitação,<br />
com extinção do mecanismo atual<br />
<strong>de</strong> correção dos saldos <strong>de</strong>vedores<br />
e seu imediato congelamento e o<br />
fim <strong>de</strong> recursos públicos com o<br />
Inquilinato: A dura<br />
realida<strong>de</strong> dos sem casa<br />
mais ver as coisas passarem.<br />
Todos discutem e querem parti-<br />
cipar da vida do país"<br />
Quem tem uma opinião pa-<br />
recida com a sua é o Deputado Es-<br />
tadual Carlos Mine. Presente <strong>no</strong><br />
lançamento da Campanha, ele<br />
acredita na força da comunida<strong>de</strong><br />
organizada e diz que a gran<strong>de</strong> ar-<br />
ticulação por uma Constituição<br />
progressista e justa <strong>de</strong>ve surgir <strong>de</strong><br />
fóruns populares como <strong>no</strong> caso da<br />
Campanha Nacional em Defesa da<br />
Moradia, on<strong>de</strong> várias entida<strong>de</strong>s<br />
civis se unem para pressionar as<br />
pagamento dos "resíduos" <strong>de</strong> final<br />
<strong>de</strong> <strong>contra</strong>to <strong>de</strong> aquisição da casa<br />
própria;<br />
7 — Reforma Urbana, com taxação<br />
progressista e rigorosa dos ter-<br />
re<strong>no</strong>s e moradias retidos para es-<br />
peculação;<br />
8 — Aumento dos investimentos<br />
públicos, com percentual espe-<br />
cifico <strong>no</strong> orçamento-programa do<br />
Gover<strong>no</strong>, e dos créditos privados<br />
para projetos <strong>de</strong> habitação e <strong>de</strong>-<br />
senvolvimento urba<strong>no</strong>;<br />
9 — Criação imediata <strong>de</strong> uma<br />
agência fe<strong>de</strong>ral para <strong>de</strong>bate, for-<br />
mulação e execução <strong>de</strong> uma po-<br />
lítica social <strong>de</strong> habitaçáo,sanea-<br />
mento básico e <strong>de</strong>senvolvimento<br />
urba<strong>no</strong>, com participação <strong>de</strong>-<br />
mocrática da socieda<strong>de</strong> civil, dos<br />
Estados e dos Municípios;<br />
10 — Descentralização das po-<br />
líticas <strong>de</strong> habitaçáo e <strong>de</strong>senvol-<br />
vimento urba<strong>no</strong>, em benefício das<br />
soluções locais, e <strong>de</strong>sconcen-<br />
traçáo dos recursos <strong>de</strong> investimen-<br />
tos através da Reforma Tributária.<br />
autorida<strong>de</strong>s pelos seus direitos:<br />
— "O i<strong>de</strong>al é que os constituin-<br />
tes progressistas eleitos, por voto<br />
popular se comprometam, náo uns<br />
com os outros, mas que reas-<br />
sumam publicamente seus com-<br />
promissos e expliquem como e o<br />
que estáo votando. Mais, é pre-<br />
ciso, que os pontos que náo forem<br />
aprovados em Brasília voltem aos<br />
bairros para que através <strong>de</strong> pres-<br />
são <strong>de</strong>les possa se convencer uma<br />
gran<strong>de</strong> parte dos constituintes,<br />
que náo sáo progressistas, mas<br />
também nao sao reacionários."
8 PAMERJ<br />
«BMMMBMMMaaBMaaBMBM «■■IHnaaaHHi<br />
MnHHMHHHHnMHpnHPMB<br />
Nfao estávamos conseguindo<br />
espaços <strong>no</strong>s gran<strong>de</strong>s jornais para<br />
apoiar <strong>no</strong>ssas idéias <strong>de</strong> melhor<br />
qual ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, e <strong>contra</strong> a cons-<br />
trução do Shopping Center, que sò<br />
sacrificaria ainda mais <strong>no</strong>sso<br />
bairro. O muro do Botafogo foi um<br />
dos poucos meios que encon-<br />
tramos para divulgar <strong>no</strong>ssas<br />
propostas. Botamos faixas, mas a<br />
Comlurb ia là e tirava. Ai fomos<br />
pintar <strong>de</strong> branco o muro sujo,<br />
completamente pichado. Depois<br />
<strong>de</strong>senhamos as letras da reivin-<br />
dicação do espaço do Botafogo e<br />
acabamos indo presos. Acho que<br />
tudo aconteceu porque fomos con-<br />
tra os interesses <strong>de</strong> institiuiçbes<br />
como a Vale do Rio Doce, do clube<br />
Botafogo, Prefeitura da Cida<strong>de</strong> e<br />
empresas da especulação imo-<br />
biliária, que estavam <strong>de</strong> olho num<br />
terre<strong>no</strong> avaliado em 35 milhões <strong>de</strong><br />
dólares. Agora, que "prejuízos"<br />
<strong>de</strong>mos a estas instituições.<br />
A Amab pinta e <strong>de</strong>senha em<br />
muros — que é diferente <strong>de</strong> pichar<br />
— <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a época da repress~ao, e<br />
nunca tivemos problemas. Eu es-<br />
Nós, membros <strong>de</strong> todos os<br />
núcleos que compõem o Grupo<br />
Unfao e Consciência Negra do Rio<br />
<strong>de</strong> Janeiro, vimos <strong>de</strong> publico <strong>de</strong>s-<br />
mentir veementemente, <strong>no</strong>ssa par-<br />
ticipaçáo em uma carta aberta ao<br />
publico, que está circulando pelo<br />
Estado, intitulada "Os que votaram<br />
<strong>contra</strong> vocês" Na qual, sem au-<br />
torização, consulta ou qualquer<br />
explicação usaram in<strong>de</strong>vidamente<br />
o <strong>no</strong>me <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssa Entida<strong>de</strong><br />
Estatutariamente, <strong>no</strong>ssa En-<br />
tida<strong>de</strong> tem funções políticas,<br />
porém nao partidária.<br />
Injustiças<br />
Protesto<br />
tava doido para que a <strong>de</strong>mocracia<br />
chegasse. Agora ando com medo<br />
<strong>de</strong>la. Quem está <strong>no</strong> caminho er-<br />
rado? Já os grafiteiros sáo um<br />
movimento mais da juventu<strong>de</strong>, que<br />
existe <strong>no</strong> mundo inteiro. Certa vez,<br />
aqui, duas casas foram pichadas.<br />
A do meio, <strong>de</strong> um companheiro<br />
conhecido como atuante na As-<br />
sociação e nç bairro, náo levou<br />
uma gota. E um movimento<br />
alienado? Um grafiteiro pinta uma<br />
estátua, o muro <strong>de</strong> um colégio. Es-<br />
tá <strong>protesta</strong>ndo <strong>contra</strong> quem? Náo é<br />
<strong>contra</strong> um po<strong>de</strong>r injusto, ou um<br />
ensi<strong>no</strong> ruim? Náo está comunican-<br />
do seu inconformismo com os as-<br />
pectos da <strong>no</strong>ssa socieda<strong>de</strong>?<br />
Acho que os jovens querem ser<br />
ouvidos, dizer que <strong>de</strong>sejam amor,<br />
dignida<strong>de</strong>, respeito, e náo ouvi-<br />
mos. O que se faz com isso? Uma<br />
campanha <strong>de</strong> esclarecimento, na<br />
base <strong>de</strong> compreensão, atitu<strong>de</strong>, ou<br />
reprime-se? Esse movimento<br />
<strong>de</strong>veria ser estudado e analisado<br />
com mais cuidado.<br />
Jacinto Celesti<strong>no</strong>, da Amab<br />
Desta forma, repudiamos a car-<br />
ta, repudiamos o uso in<strong>de</strong>vido <strong>de</strong><br />
<strong>no</strong>sso <strong>no</strong>me e repudiamos mais<br />
ainda, enquanto estamos na luta<br />
para promoção do Negro na so-<br />
cieda<strong>de</strong>, existem pessoas que es-<br />
Tao querendo se promover às cus-<br />
tas dos Negros.<br />
Fica aqui lavrado o <strong>no</strong>sso<br />
protesto.<br />
Atenciosamente<br />
Membros do Grupo União e Cons-<br />
ciência Negra do Rio <strong>de</strong> Janeiro.<br />
Cuidado ! A sua consciência<br />
foi invadida pela frau<strong>de</strong> !<br />
A participação popular é a<br />
alavanca da <strong>de</strong>mocracia. E a sua<br />
força mais legítima é o exercício<br />
do voto. E preciso, por isso,<br />
proteger o voto <strong>contra</strong> a frau<strong>de</strong> que<br />
sabidamente é um vício histórico<br />
em <strong>no</strong>sso País, verda<strong>de</strong>ira ins-<br />
tituiçáo.<br />
A <strong>de</strong>speito da importância <strong>de</strong><br />
outros temas, náo po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>ixar<br />
a <strong>no</strong>ssa atenção ser <strong>de</strong>sviada como<br />
meio <strong>de</strong> apagamento <strong>de</strong> <strong>no</strong>ssa<br />
memória.<br />
O tempo è <strong>de</strong> transformação<br />
Social. È hora <strong>de</strong> Constituinte.<br />
Dando continuida<strong>de</strong> á discus-<br />
são do tema, a Amaraí está en-<br />
caminhando á <strong>Famerj</strong> um docu-<br />
mento on<strong>de</strong>, entre outros pontos,<br />
sugere a ampliaçáo da abordagem<br />
da questão já numa instância mais<br />
abrangente, <strong>de</strong> modo a levar adian-<br />
te o assunto, atingindo o maior<br />
numero <strong>de</strong> pessoas possível.<br />
Acredita a Amaraí que a <strong>Famerj</strong>,<br />
pela sua importância <strong>no</strong> proces-<br />
fartas ao Leitor<br />
so <strong>de</strong> organizaçáo popular e <strong>de</strong><br />
citação política, tem a força neces-<br />
sária para promover o aprofun-<br />
damento do problema, objetivando<br />
a partir da tirada <strong>de</strong> uma posiçáo,<br />
influir até na Constituinte, além <strong>de</strong><br />
semear junto á populaçáo a cons-<br />
ciência sobre a importância <strong>de</strong><br />
uma profunda alteração do proces-<br />
so eleitoral.<br />
Conta a Amaraí com a partici-<br />
paçáo das <strong>de</strong>mais associações e<br />
entida<strong>de</strong>s atuantes, a fim <strong>de</strong> fazer<br />
com que esta questão transforme-<br />
se numa luta do movimento po-<br />
pular organizado.<br />
AMARAl<br />
Associação <strong>de</strong> Moradores e<br />
Amigos do Andarei<br />
Se<strong>de</strong> provisória:<br />
Rua Barão <strong>de</strong> Mesquita, 763<br />
Reuniões ás quintas-feiras<br />
ás 21 horas.<br />
Lnbariê pe<strong>de</strong> socorro<br />
Caro Francisco Alencar,<br />
Venho solicitar que levem ao<br />
conhecimento das autorida<strong>de</strong>s que<br />
já sabem, mas até agora nada<br />
fizeram — talvez por eu ser lí<strong>de</strong>r<br />
comunitária dos pobres e opri-<br />
midos, enquanto eles estáo cheios<br />
<strong>de</strong> dinheiro e o pobre vivendo na<br />
miséria com o salário <strong>de</strong> fome — a<br />
realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> on<strong>de</strong> moro. De<br />
Gramacho para cima é uma ver-<br />
gonha, até quando vamos viver<br />
neste estado <strong>de</strong> <strong>de</strong>sespero? Está<br />
tudo como dantes na terra <strong>de</strong><br />
Abrantes. Quero solicitar S.O.S.<br />
doa a quem doer. Sou moradora<br />
aqui há 64 a<strong>no</strong>s e ninguém sabe <strong>de</strong><br />
nada. Estátudo <strong>de</strong>struído. Duas es-<br />
colas foram levadas pelo vento, is-<br />
to é, pelos vândalos, aqui tem<br />
criança <strong>de</strong> 10 a<strong>no</strong>s que náo co-<br />
m/<br />
As Associações <strong>de</strong> Moradores<br />
precisam da sua participação e a<br />
<strong>no</strong>ssa <strong>Famerj</strong> continua necessi-<br />
tando da sua contribuiçáo. Não<br />
<strong>de</strong>ixe o seu compromisso com o<br />
CÍRCULO DE AMIGOS DA FA-<br />
MERJ caírem "exercício findo"!<br />
Continue apoiando as lutas da<br />
<strong>no</strong>ssa população nesse a<strong>no</strong> que se<br />
inicia.<br />
Qualquer informação sobre o<br />
Circulo po<strong>de</strong> ser obtida pelo te-<br />
lefone 245-6502 ou 224-6586, com<br />
Maria Alice. Ligue para nós. Seja<br />
você mais um "AMIGO DA FA-<br />
MERJ"<br />
nhece escola já que nunca tem<br />
vaga nas escolas da região e as<br />
poucas existentes sáo longe <strong>de</strong><br />
suas casas, on<strong>de</strong> crianças e moças<br />
sáo violentadas. Perto das eleições<br />
fizeram uma meia água que aten-<br />
<strong>de</strong>u e fica ao lado <strong>de</strong> uma lixeira. O<br />
que eu escrevo eu assi<strong>no</strong>. Estão<br />
esperando o Moreira, talvez para<br />
inaugurar, mas se o secretário <strong>de</strong><br />
saü<strong>de</strong> vier, ele vai con<strong>de</strong>nar o pos-<br />
to <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Qutra coisa são os<br />
mosquitos que infestam tudo por<br />
aqui.<br />
Peço que tome providências.<br />
Contando com a sua estima e con-<br />
si<strong>de</strong>ração.<br />
Eva da Silva Miranda<br />
Lí<strong>de</strong>r Comunitária <strong>de</strong> Imbariê<br />
Duque <strong>de</strong> Caxias<br />
H*^C
Informe Publicitário<br />
^vfrAMPM 9
10FAMERJ<br />
Fase: uma entida<strong>de</strong><br />
Uma das maiores ban<strong>de</strong>iras<br />
<strong>de</strong>fendidas pela FAMERJ è a<br />
questão dos loteamentos. Como a<br />
uníao faz a força, a Fe<strong>de</strong>ração das<br />
Associações <strong>de</strong> Moradores do Rio<br />
c'e Janeiro uniu seu esforço a uma<br />
outra Fe<strong>de</strong>ração: a FASE — Fe-<br />
<strong>de</strong>ração dos Orgaos para Assistên-<br />
cia Social e Educacional. Esta<br />
unfao jà ren<strong>de</strong>u muitos frutos, ou<br />
melhor, vitórias. Através do esfor-<br />
ço conjunto, a questão dos<br />
loteamentos, conta com reuniões<br />
semanais promovidas pelo núcleo<br />
da Procuradoria do Estado, que<br />
reüne gover<strong>no</strong> e comunida<strong>de</strong> e,<br />
segundo Grazia <strong>de</strong> Grazia Veras,<br />
representante da FASE/RJ "_é o<br />
lugar on<strong>de</strong> se viabiliza as soluções<br />
<strong>de</strong> loteamentos".<br />
Qual o trabalho <strong>de</strong>senvolvido<br />
pela FASE? Esta Fe<strong>de</strong>ração sem<br />
fins lucrativos tem seu trabalho<br />
voltado para o assessoramento<br />
dos movimentos populares: <strong>de</strong><br />
bairro (inclui-se FAMERJ) e sin-<br />
dical (Sindicato dos Vidreiros,<br />
Ferroviários e Oposição Sindical<br />
da Construção Civil entre outros).<br />
Mas a FASE è uma entida<strong>de</strong> que<br />
tenta promover partidoè políticos<br />
ou pessoas, o seu trabalho è <strong>de</strong><br />
caráter puramente educacional,<br />
acrescenta Grazia.<br />
<strong>de</strong> apoio<br />
IBASE e <strong>Famerj</strong>:<br />
lutando juntas<br />
O Instifuto. <strong>Brasil</strong>eiro <strong>de</strong><br />
Análises Sócio-Econbmicas<br />
(IBASE) é uma das entida<strong>de</strong>s que<br />
tem contribuído nas lutas nas<br />
quais a <strong>Famerj</strong> se empenhou, e se<br />
empenha para conseguir resul-<br />
tados positivos. Mas, como se dá a<br />
participação do IBASE? Em que<br />
lutaseleparticipacom a <strong>Famerj</strong>? O<br />
que o IBASE acha <strong>de</strong>ste trabalho?<br />
Uma das muitas lutas <strong>de</strong>sen-<br />
volvidas pela <strong>Famerj</strong> é a da Refor-<br />
ma Agrária, que <strong>de</strong>ve ser justa e<br />
realmente dividir terras produtivas<br />
e que se en<strong>contra</strong>m inativas; nesta<br />
importante ban<strong>de</strong>ira a <strong>Famerj</strong> con-<br />
ta com o auxílio do IBASE, Lücia<br />
Bellitanta, do Instituto ressalta<br />
como um gran<strong>de</strong> apoio, o ato<br />
publico realizado em abril, em<br />
favor da Reforma e que contou<br />
também, com a participação das<br />
Associações <strong>de</strong> Moradores co-<br />
locando-os a par <strong>de</strong> todos os acon-<br />
tecimentos que envolvem a luta<br />
por uma Reforma igualitária.<br />
Para Lücia, é ótimo participar<br />
com a <strong>Famerj</strong> <strong>de</strong>sta luta, é um<br />
meio <strong>de</strong> levar as informações até<br />
as Associações, e, conseqüen-<br />
temente, á população, é uma for-<br />
ma <strong>de</strong> penetração e um apoio a<br />
mais. E acrescenta: "é o meio que<br />
[Dentro <strong>de</strong>ste espírito <strong>de</strong> luta<br />
para a conscientização da po-<br />
pulação e a sua participação <strong>no</strong>s<br />
movimentos populares, a FASE<br />
dispõe <strong>de</strong> uma equipe técnica que<br />
auxilia <strong>no</strong> trabalho além <strong>de</strong> contar<br />
com uma disponibilida<strong>de</strong> para<br />
rodar jornais (mimeografados) e<br />
cartilhas, além <strong>de</strong> salas que sao<br />
utilizadas para ministrar cursos <strong>de</strong><br />
formação e seminários para diver-<br />
sas categorias.<br />
No a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 1986 a FASE lançou<br />
uma cartilha sobre o Pla<strong>no</strong> Cru-<br />
zado on<strong>de</strong> através <strong>de</strong> uma lin-<br />
guagem acessível, explica a si-<br />
tuação econômica do País. E para<br />
87, afirma Grazia, está programado<br />
o lançamento <strong>de</strong> mais duas car-<br />
tilhas: a primeira, tratará <strong>de</strong> assun-<br />
tos econômicos e a segunda,<br />
<strong>de</strong>dicada ao movimento popular,<br />
contará a estória dos loteamentos:<br />
suas lutas, vitórias e <strong>de</strong>rrotas. Ain-<br />
da para 87 está previsto um se-<br />
minário em fins <strong>de</strong> março, <strong>no</strong> qual<br />
se discutirá a relação entre a par-<br />
ticipação comunitária e o Gover<strong>no</strong><br />
do Estado, discussão esta, que<br />
avaliará os progressos e retroces-<br />
sos do movimento.<br />
Assim, a FASE é mais uma en-<br />
tida<strong>de</strong> que luta em <strong>de</strong>fesa dos<br />
direitos do cidadáo e da comu-<br />
nida<strong>de</strong>.<br />
nós temos <strong>de</strong> mostrar a população<br />
a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se promover uma<br />
Reforma Agrária <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>"<br />
E como náo po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong><br />
ser, o IBASE participa, também, da<br />
luta pela Constituinte: com o<br />
Plenário Pró-Participação Popular<br />
na Constituinte, os congressos<br />
promovidos pela <strong>Famerj</strong> e na dis-<br />
tribuição <strong>de</strong> folhetos ás Asso-<br />
ciações <strong>de</strong> Moradores. Emanuel<br />
Vieira Filho, do IBASE, explica que<br />
a gran<strong>de</strong> colaboração da <strong>Famerj</strong> è a<br />
formação <strong>de</strong> um Arquivo Cons-<br />
tituinte Popular, que sao propos-<br />
tas encaminhadas pela população<br />
através das Associações <strong>de</strong><br />
Moradores. "E muito importante<br />
contar com o apoio <strong>de</strong> um mo-<br />
vimento popular organizado", con-<br />
clui Emanuel.<br />
E a Constituinte <strong>de</strong>ve ser o<br />
principal traço <strong>de</strong> unfao entre a<br />
<strong>Famerj</strong> e IBASE em 87. O Instituto<br />
quer traçar um perfil da <strong>no</strong>va Carta<br />
durante este a<strong>no</strong> e também saber o<br />
que as Associações <strong>de</strong> Moradores<br />
estão discutindo <strong>no</strong> seu dia-a-dia.<br />
Segundo Emanuel, o trabalho con-<br />
junto das duas entida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>rá<br />
trazer o <strong>de</strong>bate sobre a <strong>no</strong>va Cons-<br />
tituição para perto das pessoas.<br />
"Afinal", diz ele, "o movimento or-<br />
ganizado é o alvo do <strong>no</strong>sso tra-<br />
balho."<br />
Em tempo: Se você quiser<br />
colaborar com o Arquivo Cons-<br />
tituinte Popular po<strong>de</strong> levar sua<br />
proposta pesáoalmenté ou es-<br />
crever para o IBASE, Rua Vicente<br />
Souza, 29, Botafogo, CEP 22251<br />
aos cuidados <strong>de</strong> Emanuela Vieira<br />
Filho.<br />
IAB e Sindicato:<br />
<strong>no</strong>ssos braços técnicos<br />
O Instituto dos Arquitetos do<br />
<strong>Brasil</strong>, fundado há 65 a<strong>no</strong>s, tem<br />
por objetivo organizar a classe dos<br />
arquitetos, mas o trabalho que vem<br />
se <strong>de</strong>senvolvendo nao está restrito<br />
á esfera profissional. O IAB con-<br />
quistou o respeito publico, afirma<br />
seu presi<strong>de</strong>nte Adir Ben Kauss,<br />
pois luta por questões voltadas<br />
para a comunida<strong>de</strong>, como a<br />
habitação, e a Lei <strong>de</strong> Desenvol-<br />
vimento Urba<strong>no</strong>.<br />
O IAB é uma entida<strong>de</strong> que<br />
acredita na sabedoria popular e<br />
<strong>de</strong>senvolve um trabalho <strong>no</strong> qual<br />
apren<strong>de</strong> e ensina ao povo. "O povo<br />
é sábio" afirma Adir, que con<strong>de</strong>na<br />
o trabalho tec<strong>no</strong>crata, aquele feito<br />
<strong>no</strong>s escritórios e que nao leva em<br />
conta a realida<strong>de</strong> do dia-a-dia. E é<br />
por lutar ao lado do povo, que o<br />
IAB hoje è um gran<strong>de</strong> campanbeiro<br />
<strong>de</strong> lutas ao lado da <strong>Famerj</strong>. Um<br />
<strong>de</strong>sses momentos <strong>de</strong> união foi<br />
quando o IAB e a <strong>Famerj</strong>, aliadosá<br />
AM AVERDE e ao Sindicato dos Ar-<br />
quitetos do Rio, ao <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>rem o<br />
patrimônio histórico da cida<strong>de</strong>,<br />
conseguiram o tombamento do<br />
Hotel Copacabana Palace, <strong>no</strong><br />
início <strong>de</strong> 1986. Foi mais uma vi-<br />
tória do movimento comunitário<br />
organizado.<br />
Mas nao é apenas pelo pa-<br />
trimônio que o IAB eo Sindicato<br />
dos Arquitetos lutam. Ambas as<br />
entida<strong>de</strong>s estão engajadas na luta<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento urba<strong>no</strong> com<br />
uma Reforma Urbana para acabar<br />
com a segregação espacial da<br />
cida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> um lado está a cida<strong>de</strong><br />
dos ricos e do outro, a cida<strong>de</strong> dos<br />
Filiadas<br />
Dezembro<br />
658 — A Comunitária e Amigos do Par-<br />
que Aeroporto (Macaè)<br />
Janeiro<br />
659 —AM daVilaTereza<br />
660 — AM dos Bairros das Luzes e Al-<br />
<strong>de</strong>ia da Felicida<strong>de</strong><br />
661 —AMA do Parque Esperança e Ad-<br />
jacências<br />
662 — A Comunitária <strong>de</strong> Moradores e A<br />
do Bairro do Parque Afonso e Adjacfen-<br />
cias<br />
pobres, acrescenta Adir Ben Kauss.<br />
Esta reforma atinge diversas<br />
políticas setoriais (uso do solo,<br />
habitação, transporte, saneamen-<br />
to, etc) e não, simplesmente, a<br />
questão da habitação, que se res-<br />
tringiu ao BNH após o golpe <strong>de</strong> 64.<br />
Através <strong>de</strong> uma <strong>no</strong>va lei <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>senvolvimento urba<strong>no</strong> po<strong>de</strong>ria<br />
haver um maior planejamento,<br />
<strong>de</strong>marcando o uso <strong>de</strong> áreas re-<br />
si<strong>de</strong>nciais, comerciais, industriais<br />
e agrícolas. Além disto, regula-<br />
mentaria a intensida<strong>de</strong> da ocu-<br />
pação, através da fixação do<br />
gabarito dos prédios, mas não<br />
abandonando a questão «ia preser-<br />
vação da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida.<br />
Todas essas discussões so-<br />
bre a Lei <strong>de</strong> Desenvolvimento Ur-<br />
ba<strong>no</strong> culminaram <strong>no</strong> seminário<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa da cida<strong>de</strong>, realizado em<br />
<strong>de</strong>zembro ultimo, on<strong>de</strong> se lançou a<br />
idéia da formação do Conselho<br />
Municipal <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
que contaria com a participação do<br />
IAB, <strong>Famerj</strong>, SARJ e <strong>de</strong>mais en-<br />
tida<strong>de</strong>s, e teria a função <strong>de</strong> con-<br />
selho assessor e consultivo do<br />
po<strong>de</strong>r executivo municipal, além<br />
<strong>de</strong> tratar <strong>de</strong> questões polemicas.<br />
O IAB lutará para que neste a<strong>no</strong><br />
<strong>de</strong> .1987 seja aprovada a Lei <strong>de</strong><br />
Desenvolvimento Urba<strong>no</strong>, com as<br />
modificações propostas pelo Ins-<br />
tituto e pela <strong>Famerj</strong>, que tramita há<br />
dois a<strong>no</strong>s na Câmara dos Ve-<br />
readores. O Instituto <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> ain-<br />
da, a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma reforma<br />
tributária com a participação<br />
efetiva do po<strong>de</strong>r municipal e a par-<br />
ticipação popular na Constituinte.<br />
663 —AM do Bairro Jambui<br />
664 — AM, do Conjunto Rosa Branca e<br />
Loteamento Vaz Martins<br />
665 — AMA <strong>de</strong> Vila Valver<strong>de</strong><br />
666 — AMA do Bairro Amaral e Ad-<br />
jacências<br />
667-AMABR-3<br />
668 — AM do Bairro <strong>de</strong> Maria da Luz<br />
669 — AMA dos Bairros <strong>de</strong> Lages e<br />
Guaratuba (Paracambi)<br />
670 — AM do Jardim Estrela D'Alva<br />
671 — AMA do Bairro Vila Santa Te-<br />
rezinha<br />
672 — AM do Conjunto Habitacional<br />
Albuquerque Lima (Três Rios)<br />
673 — AMA do Morro da C.T.B. (Trtss<br />
Rios)<br />
674 — AM do Bairro Cordoeira (Fribur-<br />
go)<br />
675 — AM do Parque Suécia e Adjacên-<br />
cias<br />
676 — AM do Parque Ludolf e Adjacên-<br />
cias '<br />
678 — AM do Bairro Floresta<br />
> r. * i A #,» ,• «
FAMERJ11<br />
A saú<strong>de</strong> <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> está doente<br />
A situação da política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
<strong>no</strong> Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro e <strong>no</strong><br />
pais, a privatização da medicina, a<br />
falta <strong>de</strong> remédios e a lentidão e a<br />
ausência <strong>de</strong> provi<strong>de</strong>ncias nas<br />
questões da <strong>de</strong>ngue e da Aids, são<br />
alguns dos problemas que pre-<br />
0 ENCONTRO POPULAR<br />
PELA SAÚDE<br />
cisam <strong>de</strong> soluções imediatas. Para<br />
isso, a <strong>Famerj</strong>, através do Fórum<br />
Popular pela Saü<strong>de</strong>, vem realizando<br />
discussões nas plenárias <strong>de</strong><br />
saü<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> Entida<strong>de</strong>s e Profissionais<br />
da.área participam com o<br />
objetivo <strong>de</strong> congregar os esforços<br />
para a organização da luta <strong>de</strong><br />
saü<strong>de</strong> e a preparação do Segundo<br />
Encontro Popular pela Saü<strong>de</strong>,<br />
previsto para abril.<br />
FAMERJ<br />
Saú<strong>de</strong><br />
Direitos <strong>de</strong> todos<br />
Dever do Estado<br />
^T^^PiS^<br />
"O mais importante na preparação<br />
<strong>de</strong>sse encontro está sendo<br />
uma disèussão <strong>no</strong> interior das Associações<br />
<strong>de</strong> Moradores, jã que é<br />
uma forma <strong>de</strong> ampliar o <strong>de</strong>bate em<br />
cada bairro, em cada comunida<strong>de</strong>,<br />
em diversas regiões, para que esse<br />
encontro sejaVealmente um gran<strong>de</strong><br />
ato publico <strong>de</strong> repudio ao estado<br />
calamitoso da saü<strong>de</strong> hoje <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong><br />
e aqui <strong>no</strong> Estado", afirma o diretor<br />
da <strong>Famerj</strong> e da luta, Almir Paulo <strong>de</strong><br />
Lima.<br />
0<br />
Que cada bairro tehITa uma comissão<br />
<strong>de</strong> saü<strong>de</strong> como já acontece na<br />
Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus, em Botafogo,<br />
Nova Iguaçu e São Gonçalo.<br />
REESTRUTURAÇÃO DA SAÚDE<br />
As Açbes Integradas <strong>de</strong> Saü<strong>de</strong>,<br />
segundo Almir, não tem correspondido<br />
ás expectativas e por isso,<br />
existem duas posições <strong>de</strong>ntro da<br />
<strong>Famerj</strong>. A primeira <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que a<br />
<strong>Famerj</strong> e as AMs continuem a participar<br />
dos Conselhos Comunitários<br />
<strong>de</strong> Saü<strong>de</strong>, dos Gels e Ceaps,<br />
e a segunda questiona essa participação<br />
"já que ela não está <strong>no</strong>s<br />
levando a nenhum lugar, estamos<br />
da <strong>Famerj</strong> participa <strong>de</strong> encontros<br />
das zonais, das fe<strong>de</strong>rações municipais<br />
e dos Conselhos Comunitários<br />
<strong>de</strong> Saü<strong>de</strong>. A Comissão<br />
<strong>de</strong>seja que cada Associação <strong>de</strong><br />
Moradores seja o caminho <strong>de</strong> engajamento<br />
do morador na luta,<br />
como forma <strong>de</strong> crescimento da Associação.<br />
A Comissão espera que<br />
ás diretorias convoquem assembléias<br />
<strong>no</strong> bairro para discutir e<br />
chegar a pontos <strong>de</strong> reivindicação.<br />
servindo <strong>de</strong> respaldo às políticas<br />
institucionais, seja ela do Gover<strong>no</strong><br />
Fe<strong>de</strong>ral, do Estadual ou do Município",<br />
completa o diretor.<br />
Jacinto Celesti<strong>no</strong>, da Associação<br />
<strong>de</strong> Moradores e Amigos <strong>de</strong><br />
Botafogo, diz que existem <strong>de</strong>nuncias<br />
<strong>de</strong> que as <strong>de</strong>liberações e<br />
reivindicações levadas pelas<br />
comunida<strong>de</strong>s não estão sendo<br />
acatadas pelas instituições <strong>de</strong><br />
saü<strong>de</strong>. Há assim um <strong>de</strong>sentrosamehto<br />
da política <strong>de</strong> saü<strong>de</strong> que<br />
não vão <strong>de</strong> encontro ás necessida<strong>de</strong>s<br />
da comunida<strong>de</strong>, como<br />
ocorre em Nova Iguaçu, on<strong>de</strong> tem<br />
Conselho Comunitário e o que se<br />
<strong>de</strong>ci<strong>de</strong> lá nao é levado em consi<strong>de</strong>ração<br />
pelas autorida<strong>de</strong>s.<br />
A população enfrenta situações<br />
difíceis na área <strong>de</strong> saü<strong>de</strong> como a<br />
questão da <strong>de</strong>ngue, que continua a<br />
se alastrar e não há nenhum con-<br />
trole, existe a questão da malãria,<br />
da leishmaniòse, da hepatite, <strong>de</strong><br />
vermi<strong>no</strong>ses e ainda da infecção<br />
hospitalar, que continua a matar.<br />
Sobre isso Almir diz que o setor<br />
publico não esta sendo fortalecido<br />
na área <strong>de</strong> saü<strong>de</strong>:<br />
— Estamos vendo as clínicas<br />
particulares, principalmente na<br />
Baixada Fluminense, on<strong>de</strong> se faz<br />
da saü<strong>de</strong> uma mercadoria. Es-<br />
tamos com o seguinte quadro: o<br />
<strong>Brasil</strong> está doente, a saü<strong>de</strong> <strong>no</strong><br />
<strong>Brasil</strong> esta doente e nós preci-<br />
samos dar uma resposta firme do<br />
movimento popular organizado do<br />
Estado.<br />
MOBILIZAÇÃO DA POPULAÇÃO<br />
O <strong>de</strong>bate nas AMs está incen-<br />
tivado e num movimento crescente<br />
e, para isso, a Comissão <strong>de</strong> Saü<strong>de</strong><br />
CADERNETA<br />
¥ir^.i<br />
•7-^ k 11 IP<br />
QUEM VIVE AQUI, POUPA AQUI.<br />
A proposta <strong>de</strong> reestruturação do<br />
sistema <strong>de</strong> saü<strong>de</strong> e a estatização<br />
do setor é uma proposta antiga da<br />
<strong>Famerj</strong> -e Almir Paulo <strong>de</strong> Lima<br />
acrescenta:<br />
— Nós enten<strong>de</strong>mos hoje que é<br />
um absurdo continuarmos com<br />
tantos Ministérios e órgãos cui-<br />
dando da saü<strong>de</strong>. Enten<strong>de</strong>mos que<br />
o direito á saü<strong>de</strong> é inerente a todo<br />
ser huma<strong>no</strong> e <strong>de</strong>ve ser garantido<br />
pelo gover<strong>no</strong> e pelo Estado. So-<br />
mos pela estatização do setor e is-<br />
so <strong>de</strong>ve ser um gran<strong>de</strong> movimento<br />
<strong>de</strong> massa em todo o <strong>Brasil</strong> para<br />
que a gente não continue ater um<br />
setor publico <strong>de</strong>sprovido <strong>de</strong> recur-<br />
sos, já que só em 84, 70% dos<br />
recursos do Inamps foram apli-<br />
cados na iniciativa privada.
Informe Publicitário<br />
ftátnçk» 4m Awnrwçgw <strong>de</strong><br />
*> Eaudo do Rio <strong>de</strong><br />
Apmàs<br />
amuimks,<br />
scomunitá- dia o compron<br />
Agora as ativida<strong>de</strong>s comunitá- dia o compromisso <strong>de</strong> trabalhar<br />
rias, os encontros e as sdiscus- discas- embenefi em beneficio <strong>de</strong> toda a<br />
soes das Associações <strong>de</strong> Moradores <strong>no</strong>ssa comunida<strong>de</strong> a<br />
(pe a FAMERJ <strong>de</strong>senvolve<br />
contam com o apoio do<br />
BANERJ. Esta é mais<br />
uma das formas <strong>de</strong> Êm § * ^ -^ BANERj<br />
m #9M BA1<br />
contnbmçãodo<br />
BANERJ para qmelhowfa^müdo<br />
■ JÊÊÊ OBANCOQUE<br />
OBANCOQUEOPOVOELEGEU.<br />
comptmusso<br />
%/Mmm $<br />
qaeseimm<br />
acadâdk<br />
NuaVlMondcdo Me«raneo.54 - CÉP20J060 - RJ.