Família: O Primeiro Sujeito Educativo - Avsi
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<strong>Família</strong>, Lugar de Acolhida e Solidariedade Maria Grazia Figini<br />
trabalho mais fascinante, mais interessante da vida porque é uma provocação contínua<br />
no encontro de dois rostos, de duas pessoas que juntas procuram e constroem<br />
respostas adequadas. Se eu olho para aquela mãe que veio até minha creche para<br />
inscrever o filho na escola materna e a olho como família e não só como uma mulher<br />
mais seu filho, logo começa-se um envolvimento educativo com a família que coloca<br />
algo de novo dentro do ambiente educativo e do ambiente que está ao redor.<br />
A liberdade de um povo pode ser compreendida pela liberdade da educação,<br />
porque o risco de educar é essa contínua aventura evolutiva. Vocês aqui presentes são<br />
os protagonistas desta aventura. Essa consciência pode livrar e fermentar os lugares<br />
de vocês, nos quais família e criança podem ser acolhidas e educadas, podem nascer<br />
sempre novas respostas também sociais de apoio às famílias mesmo que sejam de<br />
risco.<br />
Lembrem-se que olhar para uma pessoa é a coisa mais difícil porque eu posso<br />
ver uma pessoa, mas para olhá-la eu devo me envolver com esse sujeito que está na<br />
minha frente.<br />
Não é suficiente dizer que é importante o trabalho com as famílias, mas nós<br />
devemos entender o que significa o trabalho com as famílias. Trabalhar com as<br />
famílias é diferente de trabalhar para as famílias, porque, quando eu trabalho “para” a<br />
família, tenho uma ótica assistencialista; quando digo que trabalho “com” as famílias<br />
significa colocar em ação uma dinâmica entre dois sujeitos desconhecidos. Significa<br />
conhecer, entender do que esse sujeito precisa. Como faz uma pessoa para entender<br />
tudo isso? Só há um modo: trabalhando junto, sendo complexa a situação, resposta<br />
não pode ser dada só por uma pessoa, mas pode acontecer dentro de um compartilhar,<br />
uma co-divisão entre adultos.<br />
Continuo insistindo sobre esses conceitos, porque é fácil partirmos de uma<br />
posição de já sabermos como estão as coisas: eu sei o que é uma família, eu sei o que<br />
significa educar, eu sei o que é uma criança. Pelo contrário, permanecer sobre o sentido<br />
significa um tempo muito longo de trabalho, mas significa antes de tudo que seu<br />
trabalho não pode se tornar uma rotina, que seu educar não pode se tornar um simples<br />
ensinamento de algumas competências, mas é um pedido contínuo que diz: o que<br />
essa criança precisa? O que essa criança quer me dizer? Quem é a família dela? Como<br />
faço para estar junto dela? As respostas são diferentes e podem se dar nos encontros<br />
Trabalhar com as<br />
famílias, não para<br />
as famílias<br />
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