14.05.2013 Views

Teatro de Artur Azevedo - a casa do espiritismo

Teatro de Artur Azevedo - a casa do espiritismo

Teatro de Artur Azevedo - a casa do espiritismo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Que sempre apanho<br />

Meus pescoções!<br />

PASSOS PEREIRA - Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!<br />

LEONOR (À Parte.) - Estranho<br />

o <strong>do</strong>utor:<br />

Tamanho<br />

Palor<br />

Não é natural.<br />

PASSOS PEREIRA -Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!<br />

O DOUTOR (À parte.) - O Passos ri-se: é bom sinal.<br />

PASSOS PEREIRA -Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!<br />

(Ergue-se, rin<strong>do</strong> tanto, que os outros erguem-se também e vão se aproximan<strong>do</strong> num crescen<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> gargalhadas.)<br />

TODOS - Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!<br />

Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!<br />

PASSOS PEREIRA - Ai, sempre ganha<br />

Seus pescoções,<br />

Quan<strong>do</strong> se apanha<br />

Nas eleições!<br />

Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!<br />

LEONOR (Timidamente.) - Doutor, zanga<strong>do</strong> está comigo?<br />

O DOUTOR - Por que me faz pergunta tal?<br />

LEONOR - Por que me foges, ó meu amigo?<br />

PASSOS PEREIRA - Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!<br />

O DOUTOR (À parte.) - O Passos ri-se: é bom sinal...<br />

Concerto<br />

FRANCELINA(À parte.) PASSOS PEREIRA (À parte.)<br />

Dar-se-á caso que o <strong>do</strong>utor, Quero apanhar o <strong>do</strong>utor<br />

Por <strong>de</strong>speito, por <strong>de</strong>speito, Muito a jeito, muito a jeito;<br />

Finja ter sincero amor Pai que muito bom pai for<br />

À matuta da Leonor? Deve ser indaga<strong>do</strong>r.<br />

LEONOR (À parte) O TENENTE-CORONEL (À parte.)<br />

Não me procura o <strong>do</strong>utor! Que silêncio em <strong>de</strong>rre<strong>do</strong>r!<br />

Já suspeito, já suspeito, Não tem jeito, não tem jeito!<br />

Que me per<strong>de</strong>u to<strong>do</strong> o amor Tão cala<strong>do</strong> está, <strong>do</strong>utor!<br />

Que me tinha com fervor Diga lá, seja o que for!<br />

DONA MARIA (À parte.) O DOUTOR (À parte.)<br />

Que diabruras faz amor! Já estou banha<strong>do</strong> em suor!<br />

Mas, com jeito... mas, com jeito Mas, com jeito... mas, com jeito...<br />

Deve-se sair-se o <strong>do</strong>utor Hei <strong>de</strong>, seja como for,<br />

Disto; seja como for. Sair disto pra melhor.<br />

O NEGRO (Entran<strong>do</strong> <strong>de</strong>pois <strong>do</strong> forte com que termina o concerto.) Canjica tá na mesa. (Sai o<br />

negro. A orquestra conserva alguns compassos <strong>de</strong> música até, o canto seguinte.)<br />

O TENENTE-CORONEL - Vamos à canjica!<br />

O DOUTOR (Oferecen<strong>do</strong> o braço a Leonor.) - O seu braço? (Vivamente a Francelina, que olha<br />

para ele.) O seu braço? (Dá o braço a ambas.)<br />

O TENENTE-CORONEL - Eu rompo a marcha! (Vai sain<strong>do</strong>, na frente <strong>do</strong> <strong>do</strong>utor, Leonor e<br />

Francelina.)<br />

PASSOS PEREIRA (A Dona Maria.) - O seu braço, minha senhora?<br />

302

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!