INFORME 2013 - ANISTIA INTERNACIONAL O ESTADO DOS DIREITOS HUMANOS NO MUNDO
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emprego remunerado ou de se matricularem no<br />
ensino superior. Mulheres sauditas com esposos<br />
estrangeiros, mas não vice-versa, não tinham direito<br />
de passar aos filhos sua nacionalidade. As mulheres<br />
continuaram proibidas de dirigir, apesar de a<br />
campanha Women2Drive (“Mulheres na Direção”),<br />
realizada por ativistas locais, ter desafiado a<br />
proibição. Leis discriminatórias relativas a casamento<br />
e a divórcio parecem ser a razão pela qual algumas<br />
mulheres permanecem presas a relacionamentos<br />
violentos e abusivos.<br />
Trabalhadores migrantes<br />
Os trabalhadores migrantes, que constituem cerca de<br />
um terço da população, não foram adequadamente<br />
protegidos pela legislação trabalhista, ficando<br />
vulneráveis à exploração e aos abusos dos<br />
empregadores. Trabalhadoras domésticas corriam<br />
maior risco de sofrer violência sexual e outros abusos.<br />
Punições cruéis, desumanas e<br />
degradantes<br />
Os tribunais continuaram a impor sentenças de<br />
açoitamento como pena principal ou adicional para<br />
muitos delitos. Pelo menos cinco réus foram<br />
sentenciados a açoitamento com 1.000 ou 2.500<br />
chibatadas. Esse castigo era executado nas<br />
penitenciárias.<br />
Pena de morte<br />
Os tribunais continuaram a impor sentenças de morte<br />
para uma série de delitos relativos a drogas e outros.<br />
Acredita-se que centenas de presos estejam no<br />
corredor da morte; alguns há muitos anos. Pelo<br />
menos 79 prisioneiros foram executados, a maioria<br />
em público. Havia entre eles pelo menos 52 cidadãos<br />
sauditas e 27 estrangeiros, e ao menos uma mulher.<br />
Alguns presos foram executados por terem cometido<br />
delitos que não envolviam violência.<br />
n Rizana Nafeek, uma trabalhadora doméstica do Sri<br />
Lanka, continuou no corredor da morte. Ela foi<br />
condenada em 2007 pela morte do bebê de seu<br />
patrão, quando ela tinha 17 anos, em um julgamento<br />
no qual não teve advogado de defesa. Durante o<br />
interrogatório policial, possivelmente sob coação, ela<br />
confessou o crime. Posteriormente, a confissão foi<br />
retirada.<br />
n Suliamon Olyfemi, um cidadão nigeriano,<br />
permanecia no corredor da morte após ter sido<br />
Informe <strong>2013</strong> - Anistia Internacional<br />
condenado à pena capital em um julgamento injusto<br />
em 2004.<br />
n Qassem bin Rida bin Salman al Mahdi, Khaled bin<br />
Muhammad bin Issa al Qudaihi e Ali Hassan Issa al<br />
Buri, todos cidadãos sauditas, pareciam estar sob risco<br />
iminente de execução depois de terem esgotado todos<br />
os recursos possíveis contra sua condenação por<br />
tráfico de drogas. Segundo informações, eles não<br />
tiveram acesso a advogado no período em que ficaram<br />
detidos provisoriamente, após sua prisão em julho de<br />
2004. Pelo menos um deles teria sido coagido a<br />
"confessar". Ali Hassan Issa al Buri havia sido<br />
inicialmente sentenciado a 20 anos de prisão e a 4 mil<br />
chibatadas. Porém, foi sentenciado à morte quando o<br />
Tribunal Geral de Qurayyat rejeitou uma decisão do<br />
Tribunal de Cassação de que as sentenças dos outros<br />
dois réus deveriam ser comutadas. As três sentenças<br />
de morte foram confirmadas pelo Supremo Conselho<br />
de Justiça em 2007.<br />
Visitas/relatórios da AI<br />
v A Anistia Internacional continuou efetivamente proibida de visitar a<br />
Arábia Saudita para conduzir pesquisas sobre direitos humanos.<br />
4 Saudi Arabia’s ‘Day of Rage’: One year on (MDE 23/007/2012)<br />
4 Saudi Arabia: Dissident voices stifled in the Eastern Province (MDE<br />
23/011/2012)<br />
ARGENTINA<br />
REPÚBLICA ARGENTINA<br />
Chefe de Estado e de governo: Cristina Fernández de Kirchner<br />
Mulheres que engravidaram em consequência de<br />
estupro continuaram a enfrentar obstáculos para ter<br />
acesso a abortos legais, apesar de uma decisão da<br />
Corte Suprema afirmando esse direito. O direito dos<br />
povos indígenas à terra ainda não se efetivou.<br />
Prosseguiram os julgamentos para acabar com a<br />
impunidade por violações cometidas durante o<br />
regime militar (1976-1983).<br />
Informações gerais<br />
Em outubro, a situação dos direitos humanos na<br />
Argentina foi avaliada de acordo com a Revisão<br />
47<br />
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