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Acessar Dissertação - Programa de Pós-Graduação em Ciências ...

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Os procedimentos <strong>de</strong>ste estudo conciliam etnografia e análise com base <strong>em</strong> fonte<br />

bibliográficas, documentais e orais. Entretanto, se <strong>de</strong>fine melhor na prática da pesquisa, no<br />

diálogo do trabalho <strong>de</strong> campo, na leitura, na escrita e releitura do próprio texto. D’Incao<br />

(2002), ao tratar sobre os novos caminhos <strong>de</strong> interpretação do social e do processo<br />

histórico, afirma ser “na prática” que “o pesquisador encontra mais facilmente os<br />

el<strong>em</strong>entos da interrogação orientadora <strong>de</strong> suas próprias reflexões” (D’INCAO, 2002, p. 12-<br />

12; GEERTZ, 2002).<br />

Esses dados permit<strong>em</strong> <strong>de</strong>stacar alguns atores sociais através dos quais se po<strong>de</strong> tecer<br />

narrativas particulares <strong>de</strong> atuação política, mas que dão conta <strong>de</strong> relações sociais mais<br />

amplas (ACEVEDO, 1999; LIMA FILHO, 1993). A construção <strong>de</strong>ssas pequenas narrativas<br />

se mostra interessantes num estudo mais focal <strong>de</strong> sujeitos <strong>de</strong>stacados pela relação que<br />

estabelece com o grupo. Nessa perspectiva “trajetórias <strong>de</strong> vida política” não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser<br />

pensadas “na reflexão <strong>de</strong> um individuo, mas, na relação com o seu grupo e com a<br />

socieda<strong>de</strong>”. (ACEVEDO, 1999, p.113-114).<br />

Essa metodologia <strong>em</strong> certos aspectos também trilha a ótica <strong>de</strong> Pierre Bourdieu<br />

(1989), no sentido <strong>de</strong> que a “a importância social ou política do objeto” não é suficiente<br />

para fundamentar o “discurso que lhe é consagrado”. Nesse entendimento é preciso uma<br />

relação entre ‘teoria’ e ‘prática’. Para o autor “é preciso construir o objeto; é preciso por<br />

<strong>em</strong> causa os objetos” (BOURDIEU, 1989, p. 20-21). Com isso, reitero a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

interação entre as etapas do estudo, <strong>de</strong> leituras teóricas e a prática etnográfica.<br />

4. O povoado no contexto da região: a história e a dinâmica socioeconômica<br />

Até 1988 Santo Antonio formava parte da jurisdição municipal <strong>de</strong> Bujaru. No<br />

mesmo ano a “Vila Concórdia”, distrito <strong>de</strong>ste município, distante 150 km <strong>de</strong> Belém<br />

iniciava um processo <strong>de</strong> <strong>em</strong>ancipação político-administrativa que resultou na sua elevação<br />

a categoria <strong>de</strong> município 27 e Santo Antonio como parte <strong>de</strong> sua jurisdição.<br />

Pertencente a mesorregião do nor<strong>de</strong>ste paraense e situado na microregião <strong>de</strong> Tomé-<br />

Açu, o município <strong>de</strong> Concórdia do Pará, possui uma área total <strong>de</strong> 710,7 km 2 e, <strong>de</strong> acordo<br />

com estimativa populacional para o ano <strong>de</strong> 2006, comporta 25.176 habitantes.<br />

Anteriormente, no ano <strong>de</strong> 2000, a população do estado era <strong>de</strong> 33% na zona rural e 67% na<br />

27 Fonte disponível <strong>em</strong>: http://pt.wikipedia.org/wiki/Conc%C3%B3rdia_do_Par%C3%A1<br />

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