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Técnicas de terapia manual: definições, conceitos e ... - Bio Cursos

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<strong>Técnicas</strong> <strong>de</strong> <strong>terapia</strong> <strong>manual</strong>: <strong>de</strong>finições, <strong>conceitos</strong> e princípios básicos.<br />

Uma revisão bibliográfica<br />

Francilene Gue<strong>de</strong>s Araújo 1<br />

francy_gue<strong>de</strong>s@hotmail.com<br />

Pós-graduação em Fisio<strong>terapia</strong> Traumato-ortopedia com ênfase em Terapia Manual – Faculda<strong>de</strong> Ávila<br />

Resumo<br />

As técnicas <strong>de</strong> <strong>terapia</strong> <strong>manual</strong> são manipulações, mobilizações e exercícios específicos com<br />

objetivo <strong>de</strong> estimular a propriocepção, produzir elasticida<strong>de</strong> a fibras a<strong>de</strong>ridas, estimular o<br />

líquido sinovial e promover a redução da dor. O objetivo <strong>de</strong>ssa pesquisa é realizar uma<br />

revisão bibliográfica sobre as principais técnicas da <strong>terapia</strong> <strong>manual</strong>: osteopatia,<br />

mobilização articular, mobilização neural, em suas <strong>de</strong>finições, <strong>conceitos</strong> e princípios básicos.<br />

A pesquisa bibliográfica foi realizada no período <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2011 a fevereiro <strong>de</strong> 2012,<br />

utilizando o portal do Pubmed, Lilacs e Scielo com as palavras-chave: “<strong>terapia</strong> <strong>manual</strong>”,<br />

“osteopatia”, “mobilização articular” e “mobilização neural”. Foi realizada também,<br />

revisão bibliográfica no acervo da biblioteca da Universida<strong>de</strong> do Estado do Pará, Campus<br />

XII. O resultado e discussão foram realizados por aspectos relevantes da literatura<br />

selecionada. Concluímos que a <strong>terapia</strong> <strong>manual</strong> tem gran<strong>de</strong> comprovação científica e vem<br />

sendo cada vez mais utilizadas nas mais diversas patologias.<br />

Palavras-chave; Terapia <strong>manual</strong>; Mobilização articular e neural; Osteopatia.<br />

Abstract<br />

The <strong>manual</strong> therapy techniques are manipulation, mobilization and specific exercises in or<strong>de</strong>r<br />

to stimulate proprioception, produce elastic fibers adhered to stimulate synovial fluid and<br />

promote the reduction of pain. The objective of this research is to realize a bibliographic<br />

review of the main techniques of <strong>manual</strong> therapy, osteopathy, joint mobilization, neural<br />

mobilization, in their <strong>de</strong>finitions, basic concepts and principles. The literature search was<br />

conducted from November 2011 to February 2012 using the Pubmed, Scielo and Lilacs portal<br />

with the keywords: "<strong>manual</strong> therapy", "osteopathy," "joint mobilization" and "neural<br />

mobilization". Was also performed, literature review in the library collection at the<br />

University of Pará, Campus XII. The results and discussion were carried out by relevant<br />

____________________________________<br />

1 Pós-graduação em Fisio<strong>terapia</strong> Traumato-ortopedia com ênfase em Terapia Manual


aspects of selected literature. We conclu<strong>de</strong> that <strong>manual</strong> therapy has great scientific evi<strong>de</strong>nce<br />

and is being increasingly used in various pathologies.<br />

Key words: Manual Therapy, Joint mobilization and neural; Osteopathy.<br />

1. Introdução<br />

A <strong>terapia</strong> <strong>manual</strong> se tornou um importante componente na intervenção <strong>de</strong> doenças<br />

ortopédicas e neurológicas sendo hoje consi<strong>de</strong>rada uma área <strong>de</strong> especialização da fisio<strong>terapia</strong>.<br />

Os primeiros documentos sobre <strong>terapia</strong> com as mãos foram encontrados na China Antiga e<br />

também em escritos que constam em pare<strong>de</strong>s do Egito que tem cerca <strong>de</strong> 15 mil anos e<br />

serviram <strong>de</strong> base para o <strong>de</strong>senvolvimento da gran<strong>de</strong> maioria das técnicas atuais. Varias<br />

abordagens ou técnicas <strong>de</strong> <strong>terapia</strong> <strong>manual</strong> evoluíram com o passar dos anos e são comumente<br />

aplicadas, a técnicas <strong>de</strong> Cyriax, <strong>de</strong> Mennell e as osteopáticas foram criadas por médicos,<br />

enquanto as abordagens <strong>de</strong> Maitland, <strong>de</strong> Kaltenborn e <strong>de</strong> Mckenzie foram <strong>de</strong>senvolvidas por<br />

fisioterapeutas. Entre essas filosofias básicas, surgiu uma gran<strong>de</strong> quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> subconjuntos<br />

como a liberação miofascial, a técnica <strong>de</strong> liberação posicional, técnica <strong>de</strong> mobilização<br />

neurodinâmica, mobilização e manipulação articular, exercícios <strong>de</strong> resistência <strong>manual</strong>,<br />

facilitação neuromuscular proprioceptiva (DUTTON, 2010).<br />

Atualmente, a <strong>terapia</strong> <strong>manual</strong> é utilizada no tratamento <strong>de</strong> várias patologias, incluindo<br />

disfunção da extremida<strong>de</strong> articular, disfunção vertebral, distúrbios da articulação temporo-<br />

mandibular, dores <strong>de</strong> cabeça, fibrose cística, compressões nervosas, imobilização, entre outras<br />

(SMITH JR, 2007). Um diagnóstico <strong>de</strong>finitivo não é possível em 80% <strong>de</strong> dor lombar, a<br />

<strong>terapia</strong> <strong>manual</strong> é consi<strong>de</strong>rada elemento-chave nas recentes diretrizes internacionais para o<br />

tratamento da dor lombar (KENT, 2010). Dor no pescoço é uma das queixas mais comuns do<br />

sistema músculo-esquelético, aproximadamente, dois terços da população, em algum<br />

momento <strong>de</strong> sua vida vão sentir essa dor, a <strong>terapia</strong> <strong>manual</strong> tem o mesmo resultado na maioria<br />

<strong>de</strong>ssas dores se comparados com outras <strong>terapia</strong>s, por exemplo, a medicamentosa, porém por<br />

um menor custo (GROENEWEG, 2010). Em um programa que envolveu técnicas <strong>de</strong><br />

mobilização aplicada com cuidado para a coluna torácica em pacientes com osteoporose, a<br />

aplicação do centro <strong>de</strong> força póstero-anterior para processos espinhosos torácicos causa<br />

extensão dos segmentos torácicos movidos, levando a melhor amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento em<br />

extensão localmente e em segmentos adjacentes <strong>de</strong> movimento o que po<strong>de</strong> melhorar a<br />

amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> extensão ativa e reduzir a dor relacionada com a rigi<strong>de</strong>z intervertebral<br />

(BENNELL et al, 2010).


As técnicas <strong>de</strong> <strong>terapia</strong> <strong>manual</strong> são manipulações, mobilizações e exercícios específicos<br />

com objetivo <strong>de</strong> estimular a propriocepção, produzir elasticida<strong>de</strong> a fibras a<strong>de</strong>ridas, estimular o<br />

líquido sinovial e promover a redução da dor (ANDRADE, 2008).<br />

Este estudo tem por objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre as principais<br />

técnicas da <strong>terapia</strong> <strong>manual</strong>: mobilização articular, manipulação articular, mobilização neural e<br />

osteopatia em suas <strong>de</strong>finições, <strong>conceitos</strong>, princípios básicos com o intuito <strong>de</strong> esclarecer e<br />

fornecer mais uma fonte <strong>de</strong> pesquisa para os profissionais da área da fisio<strong>terapia</strong>.<br />

2. Método<br />

No período <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2011 a fevereiro <strong>de</strong> 2012, foi realizada uma revisão<br />

bibliográfica <strong>de</strong> artigos, livros, monografias, dissertações e teses sobre o tema <strong>terapia</strong> <strong>manual</strong>.<br />

Para esta pesquisa, foi utilizado o bando <strong>de</strong> dados disponível no portal do Pubmed para<br />

obtenção <strong>de</strong> literatura em língua Inglesa e espanhola com as seguintes palavras-chave:<br />

“<strong>manual</strong> therapy”, “osteopathy”, “joint mobilization” e “mobilizatin neural”, a seleção buscou<br />

citações no índice título, e em todas as fontes. Foram escolhidas as literaturas contendo texto<br />

completo livre, em língua inglesa e espanhola dos últimos seis anos. Para a obtenção da<br />

literatura em língua portuguesa, foi utilizado o portal do lilacs e scielo, utilizando a palavras-<br />

chave “<strong>terapia</strong> <strong>manual</strong>”, “osteopatia”, “mobilização articular” e “mobilização neural”. A<br />

seleção buscou citações no índice título, e em todas as fontes como lilacs, ibecs, medline,<br />

scielo, entre outras, para se obter maior número <strong>de</strong> artigos. Foram escolhidas as literaturas<br />

contendo texto completo, em língua portuguesa dos últimos seis anos. Foi realizada também,<br />

revisão bibliográfica no acervo da biblioteca da Universida<strong>de</strong> do Estado do Pará, Campus XII.<br />

Com isso, foi construído o artigo e discutidos os resultados das citações bibliográficas<br />

e os aspectos relevantes da literatura selecionada nesta pesquisa sobre o tema.<br />

3. Resultado e Discussão<br />

3.1 Mobilização e Manipulação Articulares<br />

A mobilização articular refere-se às técnicas <strong>de</strong> <strong>terapia</strong> <strong>manual</strong> usadas para modular a<br />

dor e tratar as disfunções articulares que limitam a amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento, abordando<br />

especificamente alterações na mecânica articular. A mecânica articular po<strong>de</strong> estar alterada em<br />

razão <strong>de</strong> dor, mecanismo <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa muscular, <strong>de</strong>rrame articular, contraturas ou a<strong>de</strong>rências nas<br />

cápsulas articulares ou ligamentos <strong>de</strong> suporte, ou <strong>de</strong>salinhamento e subluxação das superfícies


ósseas. Para que a mobilização articular seja usada efetivamente como tratamento, o<br />

profissional precisa conhecer e ser capaz <strong>de</strong> examinar a anatomia, a artrocinemática, a<br />

osteocinemática e os mecanismos neurofisiológicos musculoesqueléticos (KISNER, 2009).<br />

Quando se observa a mobilida<strong>de</strong> articular, os termos artrocinemática e<br />

osteocinemática <strong>de</strong>vem ser diferenciados. A movimentação artrocinemática refere-se aos<br />

movimentos das superfícies articulares <strong>de</strong> rolamento, rotação, giro e <strong>de</strong>slizamento. Este é um<br />

componente necessário da movimentação osteocinemática, que se refere ao movimento do<br />

osso <strong>de</strong>scrito em planos como a flexão e extensão que ocorrem no plano sagital, abdução e<br />

adução no plano coronal, entre outros. A mobilida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser afetada por alterações na<br />

movimentação artrocinemática, na movimentação osteocinemática, ou em ambas (HALL,<br />

2007).<br />

A mobilização articular trata os movimentos acessórios, com perda <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong><br />

forma passiva com objetivo <strong>de</strong> recuperar a artrocinemática, ou seja, os movimentos <strong>de</strong> giro,<br />

rotação, rolamento e <strong>de</strong>slizamento entre as superfícies articulares e, por conseguinte, os<br />

movimentos osteocinemáticos. O retorno dos movimentos promove melhora da congruência<br />

articular, diminuindo o atrito mecânico na articulação, aliviando a dor, e<strong>de</strong>ma e,<br />

conseqüentemente, a função do segmento corporal comprometido (REZENDE, 2006).<br />

A disfunção <strong>de</strong> mobilida<strong>de</strong> articular parece ser um problema local muito específico,<br />

mas ela é integrável à economia geral do corpo e po<strong>de</strong> se expressar em termos <strong>de</strong> mudança <strong>de</strong><br />

comportamento <strong>de</strong> uma ou varias relações da estrutura, responsável por um novo estado<br />

funcional no seio <strong>de</strong> um sistema integrado com suas consequências locais ou à distância<br />

(QUEF, 2003). A mobilida<strong>de</strong> comparativa nas articulações adjacentes resi<strong>de</strong> no conceito <strong>de</strong><br />

flexibilida<strong>de</strong> relativa, on<strong>de</strong> o movimento no corpo humano segue o trajeto <strong>de</strong> menor<br />

resistência, por exemplo, se um segmento da coluna vertebral apresenta-se hipomóvel em<br />

virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma lesão ou doença, o segmento é mais rígido e impõe mais resistência ao<br />

movimento que as articulações adjacentes hipermoveis (HALL, 2007).<br />

Com a realização da mobilização articular, o movimento estimula a ativida<strong>de</strong><br />

biológica do líquido sinovial, trazendo nutrientes para a cartilagem articular avascular das<br />

superfícies articulares e para a fibrocartilagem intra-articular dos meniscos. A extensibilida<strong>de</strong><br />

e a força tensiva dos tecidos articulares e periarticulares são mantidas com o movimento<br />

articular. Impulsos nervosos aferentes dos receptores articulares transmitem informações para<br />

o sistema nervoso central e, portanto, fornecem a percepção <strong>de</strong> posição e movimento. Os


movimentos <strong>de</strong> oscilação e separação <strong>de</strong> pequena amplitu<strong>de</strong> são usados para estimular os<br />

mecanorreceptores que po<strong>de</strong>m inibir a transmissão <strong>de</strong> estímulos nociceptivos no nível <strong>de</strong><br />

medula espinhal ou tronco encefálico (KISNER, 2009).<br />

A técnica <strong>de</strong> mobilização articular proposta por Maitland (2001) baseia-se nos<br />

movimentos passivos oscilatórios, rítmicos, classificados em quatro níveis <strong>de</strong> mobilização e<br />

um quinto nível chamado <strong>de</strong> manipulação articular. As técnicas se diferenciam <strong>de</strong> acordo com<br />

a amplitu<strong>de</strong> dos movimentos acessórios, naturalmente, presentes nas articulações e também<br />

na regra côncavo-convexa, abordando a combinação dos movimentos conforme a superfície<br />

das articulações sinoviais. A superfície convexa móvel <strong>de</strong>sliza no sentido oposto ao<br />

movimento osteocinemático (REZENDE, 2006; BARBOSA, 2008; MAITLAND; 2001).<br />

Os quatro graus da mobilização articular do método Maitland são classificados por<br />

suas variações nas formas <strong>de</strong> aplicações e efeitos fisiológicos: grau I é caracterizado por<br />

micromovimentos no começo do arco <strong>de</strong> movimento em ritmo lento, livre da resistência <strong>de</strong><br />

tecidos, tendo como efeito fisiológico a entrada <strong>de</strong> informações neurológicas através <strong>de</strong><br />

mecanorreceptores, ativando as comportas medulares; grau II, movimento gran<strong>de</strong> no meio do<br />

arco em ritmo lento sem resistência, que, além <strong>de</strong> ativar as comportas medulares, estimula o<br />

retorno venoso e linfático, causando clearance articular; grau III, movimento por todo arco<br />

com oscilação mais rápida que o grau I e II, com resistência dada pelos tecidos<br />

periarticulares, causando os mesmos efeitos do grau II acrescido <strong>de</strong> estresses nos tecidos<br />

encurtados por a<strong>de</strong>rências; grau IV, micromovimentos no final do arco que promovem es-<br />

tresses teciduais capazes <strong>de</strong> movimentar discretamente tecidos fibróticos. Maitland também<br />

classificou a manipulação articular como grau V (REZENDE, 2006; BARBOSA, 2008;<br />

MAITLAND; 2001).<br />

Outro conceito <strong>de</strong> mobilização articular foi proposto por Brain Mulligan, a técnica<br />

realiza mobilização com movimento e é a continuida<strong>de</strong> natural da progressão no<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da fisio<strong>terapia</strong> <strong>manual</strong>: <strong>de</strong> movimentos ativos <strong>de</strong> auto-alongamento para o<br />

movimento fisiológico passivo aplicado pelo fisioterapeuta até as técnicas passivas <strong>de</strong><br />

mobilização acessória (KISNER, 2009). A técnica combina força <strong>de</strong> <strong>de</strong>slizamento <strong>manual</strong><br />

sustentada com movimento fisiológico simultâneo da articulação. Po<strong>de</strong> ser executada<br />

ativamente pelo paciente ou <strong>de</strong> forma passiva pelo fisioterapeuta, com a intenção <strong>de</strong> realinhar<br />

problemas posicionais ósseos (DUTTON, 2010). A mobilização com movimento é a<br />

aplicação concorrente <strong>de</strong> mobilização acessória sem dor com o movimento fisiológico. Uma


pressão adicional ou alongamento passivo no final da amplitu<strong>de</strong> é então aplicado sem que<br />

haja a barreira da dor, em algumas exceções, a técnica é aplicada em paralelo ao plano <strong>de</strong><br />

movimento e sustentada por todo o movimento até que a articulação retorne a sua posição<br />

inicial, sem causar dor quando aplicada (KISNER, 2009).<br />

O sucesso da técnica <strong>de</strong> Milligan se baseia na teoria <strong>de</strong> que as <strong>de</strong>ficiências posicionais<br />

ósseas contribuem <strong>de</strong> forma substancial para as restrições articulares dolorosas o que é similar<br />

à teoria do sucesso das manipulações articulares (KISNER, 2009).<br />

Entretando, a Escola <strong>de</strong> Utrecht trás uma técnica com outra teoria, baseada na<br />

avaliação preferencial da individualida<strong>de</strong> do paciente <strong>de</strong> acordo com o funcionamento para<br />

documentar e interpretar suas assimetrias naturais na forma anatômica, postural e <strong>de</strong><br />

movimentos. Essa escola mostrou que os movimentos são realizados <strong>de</strong> forma assimétrica,<br />

po<strong>de</strong>ndo ser relacionado com a função <strong>de</strong> movimento assimétrico. O diagnóstico geral é<br />

caracterizado por diagnósticos específicos <strong>de</strong> acordo com as assimetrias naturais. Algumas<br />

explicações sobre as medidas e os movimentos são: (preferencial) dobrável mão;<br />

(preferencial) dobrar o braço, o que olho é o olho mestre; uso perna (preferencial) chutando<br />

uma bola. O objetivo aqui é <strong>de</strong>screver a direção i<strong>de</strong>al e posição dos eixos <strong>de</strong> movimento para<br />

todas as juntas <strong>de</strong> acordo com este mo<strong>de</strong>lo. O objetivo <strong>de</strong>ssa técnica é aperfeiçoa o<br />

posicionamento dos eixos <strong>de</strong> movimento nas articulações. Para conseguir isso,<br />

tridimensionais movimentos das articulações são executados repetidamente. Para fins<br />

totalmente posicionar os eixos <strong>de</strong> movimento, o terapeuta <strong>de</strong>ve (repetidamente) realizam<br />

movimentos articulares passivos com baixa velocida<strong>de</strong> e alta precisão. O tratamento baseia-se<br />

em movimentos preferenciais encontrados no paciente bem como a interpretação <strong>de</strong> acordo<br />

com o protocolo <strong>de</strong>stes movimentos e não sobre a queixa do paciente. Ele é executado através<br />

da aplicação <strong>de</strong> movimentos articulares passivos nas articulações da coluna vertebral e as<br />

articulações das extremida<strong>de</strong>s. Durante este processo fisiológico, as limitações articulares são<br />

cuidadosamente observadas e os movimentos <strong>de</strong> tração ou <strong>de</strong> alta velocida<strong>de</strong> não serão<br />

aplicados, como po<strong>de</strong> ser o caso em outras formas <strong>de</strong> <strong>terapia</strong> <strong>manual</strong> (GROENEWEG, et.al.,<br />

2010).<br />

Os médicos ingleses foram os primeiros a usar as técnicas <strong>de</strong> manipulações articulares<br />

e vários livros a respeito foram publicados no início do século XX. Ao contrário das<br />

mobilizações, que são aplicadas uma ou várias vezes <strong>de</strong>ntro ou na amplitu<strong>de</strong> fisiológica dos<br />

movimentos articulares. As técnicas <strong>de</strong> manipulações articulares envolvem thrusts alta


velocida<strong>de</strong> nas articulações, forçando-as além do limite restrito <strong>de</strong> movimento. Em<br />

comparação com os quatro graus <strong>de</strong> mobilização articular (graus I a IV), as técnicas <strong>de</strong> thrust<br />

<strong>de</strong> alta velocida<strong>de</strong> se <strong>de</strong>nominam grau V. A mobilização articular utiliza vários graus <strong>de</strong><br />

amplitu<strong>de</strong>, enquanto a manipulação articular emprega, geralmente, o thrust <strong>de</strong> alta velocida<strong>de</strong><br />

e <strong>de</strong> baixa amplitu<strong>de</strong> (DUTTON, 2010).<br />

O movimento brusco (thrust) é um movimento <strong>de</strong> alta velocida<strong>de</strong> e curta amplitu<strong>de</strong><br />

que não po<strong>de</strong> ser impedido pelo paciente. O movimento é realizado no final do limite<br />

patológico, ou seja, no final da amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento da articulação e visa alterar as<br />

relações <strong>de</strong> posicionamento, soltar a<strong>de</strong>rências ou estimular receptores articulares. Quando<br />

uma força específica é aplicada às articulações corporais para permitir sua distração, ouvem-<br />

se alguns estalidos conhecidos por cavitação. Contudo, o objetivo das técnicas <strong>de</strong> thrust não é<br />

produzir cavitação, mas produzir hipermobilida<strong>de</strong> temporária que restaure o jogo articular<br />

normal (DUTTON, 2010; KISNER, 2009).<br />

3.2 Mobilização Neural<br />

Embora a técnica <strong>de</strong> mobilização neural não seja amplamente conhecida, a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />

utilizar um tratamento mecânico para o tecido neural não é recente. Os princípios e métodos<br />

do alongamento neural já existem <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1800, tendo sido progressivamente aperfeiçoados<br />

tanto na teoria, quanto em sua aplicação clínica (MONNERAT, 2010). A interligação da<br />

função mecânica e fisiológica do sistema nervoso foi <strong>de</strong>nominada Neurodinâmica. A principal<br />

função do sistema nervoso é a condução <strong>de</strong> impulsos; porém, esta é extremamente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

da parte mecânica <strong>de</strong>sse sistema e vice-versa. Não cabe ao sistema nervoso somente conduzir<br />

impulsos por meio <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s amplitu<strong>de</strong>s e complexida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> movimento, mas também<br />

adaptar-se mecanicamente a esses movimentos, retraindo-se e alongando-se, po<strong>de</strong>ndo até<br />

mesmo limitar essas amplitu<strong>de</strong>s em certas combinações <strong>de</strong> movimentos. Quando a<br />

neurodinâmica está alterada, ocorre o que se <strong>de</strong>nomina <strong>de</strong> Tensão Neural Adversa, que<br />

consiste numa resposta mecânica e fisiológica anormal quando a amplitu<strong>de</strong> normal do sistema<br />

nervoso e sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> alongamento são testadas. A ativida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada do sistema<br />

nervoso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua integrida<strong>de</strong>, o comprometimento <strong>de</strong> sua mecânica e da sua fisiologia<br />

po<strong>de</strong> resultar em outras disfunções próprias, bem como das estruturas musculoesqueléticas<br />

que recebem sua inervação (VASCONCELOS, 2011).<br />

Uma lesão nervosa gera alterações nas suas proprieda<strong>de</strong>s mecânicas (movimento e<br />

elasticida<strong>de</strong>) e fisiológicas (condução <strong>de</strong> impulso nervoso e fluxo axoplasmático) do nervo,


alterando sua neurodinâmica, que, por sua vez, sustentam ou agravam a lesão. A lesão<br />

implicará alteração nas funções do nervo, por conseguinte a alteração da condução elétrica<br />

acarreta distúrbios sensoriais (dor e parestesias), distúrbios motores (distonias) e fraqueza<br />

autonômica (vasomotores e pilomotores), ou seja, as lesões po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>rivar para disfunções<br />

nas estruturas que recebem sua inervação. Como consequência, estruturas músculo-<br />

esqueléticas po<strong>de</strong>m estar comprometidas em uma disfunção <strong>de</strong> origem neural (MACHADO,<br />

2010).<br />

A mobilização neural tem como princípio que comprometimentos do funcionamento e<br />

da mecânica do sistema nervoso (elasticida<strong>de</strong>, movimento, condução, fluxo axoplasmático)<br />

po<strong>de</strong>m gerar disfunções próprias do sistema nervoso ou nas estruturas musculoesqueléticas<br />

por ele inervadas, e que a recuperação da biomecânica e fisiologia a<strong>de</strong>quada, permite restaurar<br />

a extensibilida<strong>de</strong> e a função normal <strong>de</strong>sse sistema, bem como melhora a condutibilida<strong>de</strong> do<br />

impulso nervoso. A técnica consiste em impor ao sistema nervoso maior tensão e ou<br />

movimento, mediante <strong>de</strong>terminadas posturas para que, em seguida, sejam aplicados<br />

movimentos lentos e rítmicos direcionados aos nervos periféricos e à medula espinhal<br />

(VASCONCELOS, 2011; MACHADO, 2010; VÉRAS, 2011).<br />

A mobilização do sistema tem sido abordada nos últimos vinte anos com objetivo<br />

terapêutico, especialmente para manutenção, aumento da amplitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento e alivio da<br />

dor. Recentemente, a técnica vem sendo utilizada também com o objetivo <strong>de</strong> diagnóstico,<br />

avaliando as mais diversas patologias que acometem as raízes nervosas. A técnica <strong>de</strong><br />

mobilização neural promove facilida<strong>de</strong> na realização do movimento e a elasticida<strong>de</strong> do<br />

sistema nervoso, gerando e aperfeiçoando suas funções normais, com consequente aumento<br />

da amplitu<strong>de</strong>. Essa modalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> intervenção parte do pressuposto <strong>de</strong> que se houver uma<br />

alteração da mecânica ou fisiologia do sistema neural, po<strong>de</strong> ocorrer disfunção no próprio<br />

sistema nervoso ou em estruturas (LOPES, 2010).<br />

Quando ocorre um alongamento neural, os vasos sanguíneos são estrangulados<br />

comprometendo assim o fluxo intraneural e <strong>de</strong>teriorando a função nervosa. Se este<br />

alongamento for discreto, além dos limites <strong>de</strong> proteção por breve período, a função nervosa<br />

ten<strong>de</strong> a voltar rapidamente ao normal. Entretanto, se a tensão sobre o nervo for severa ou<br />

sustentada por longo período <strong>de</strong> tempo, as alterações na função nervosa serão permanentes. O<br />

termo “alongamento neural” não <strong>de</strong>ve ser utilizado, pois o alongamento do nervo po<strong>de</strong>rá<br />

irritar e ocasionar dor. Em uma disfunção do tecido neural, é comum que a microcirculação


no nervo esteja anormal e, portanto, um alongamento mínimo po<strong>de</strong>rá comprometer o fluxo<br />

circulatório e reduzir a função nervosa. Por estas razões é impru<strong>de</strong>nte tratar o tronco nervoso<br />

danificado ou comprimido com técnicas <strong>de</strong> alongamento (MONNERAT, 2010).<br />

Segundo Veloso (2009), o tratamento através da mobilização neural é baseado em dois<br />

tipos <strong>de</strong> manobras, as tensionantes e as <strong>de</strong>slizantes. As manobras tensionantes são utilizadas<br />

<strong>de</strong> forma passiva para restaurar a mobilida<strong>de</strong> fisiológica e melhorar a proprieda<strong>de</strong><br />

viscoelastica do tecido neural. A tensão aplicada não ultrapassa o limite elástico da estrutura<br />

neural, por isso não é lesiva. O <strong>de</strong>slizamento neural é obtido na técnica tensionante por meio<br />

do movimento <strong>de</strong> uma ou duas articulações <strong>de</strong> maneira que o leito e o tecido conjuntivo do<br />

nervo sejam alongados (tracionados). As manobras <strong>de</strong>slizantes são manobras utilizadas <strong>de</strong><br />

forma passiva para restaurar a mobilida<strong>de</strong> fisiológica do tecido neural, sem que com isso seja<br />

utilizada tensão exagerada no nervo. A tensão gerada só é necessária para permitir o<br />

<strong>de</strong>slizamento do nervo em relação às estruturas adjacentes. Tal manobra propicia diminuição<br />

do quadro álgico <strong>de</strong>vido à melhora do suporte nutricional e retorno venoso intraneural.<br />

3.3 Osteopatia<br />

Nos Estados Unidos, no final do século IXX, encontra-se os primórdios da osteopatia.<br />

Quando AndrewTaylor Still, infeliz com a prática médica ortodoxa, fundava a osteopatia em<br />

1874, com ênfase no cuidado holístico <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, incluindo a medicina preventiva e o papel<br />

vital do sistema músculo-esquelético na saú<strong>de</strong>. Ainda propôs a inter-relação entre a estrutura<br />

do corpo com a sua função, capacida<strong>de</strong> inata <strong>de</strong> se curar. Contudo, esta inter-relação po<strong>de</strong> ser<br />

melhorada através da técnica <strong>manual</strong>, especificamente, tratamento osteopático manipulativo<br />

(SMITH JR, 2007)<br />

O conceito básico da osteopatia é <strong>de</strong> que “O homem é um ser indivisível” e como<br />

princípio a auto-regulação, on<strong>de</strong> o corpo tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> autocura, ou seja, o “Princípio<br />

da Imunida<strong>de</strong>”. Outro principio é que a estrutura comanda a função, sendo assim, po<strong>de</strong>-se<br />

diagnosticar e tratar as disfunções. A osteopatia analisa o corpo como uma unida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> tudo<br />

se interliga e tem a função <strong>de</strong> adquirir a homeostásia. Deste modo, o corpo tem a capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> reencontrar o equilíbrio (RAUBER, 2007; REZENDE, 2008).<br />

A lesão osteopática é geralmente uma tensão na fascia que em uma articulação puxa<br />

um segmento ósseo móvel para si e o impe<strong>de</strong> <strong>de</strong> mover-se no sentido oposto, tudo isso<br />

ocorrendo <strong>de</strong>ntro das possibilida<strong>de</strong>s fisiológicas <strong>de</strong>sta articulação. Esta <strong>de</strong>finição tem como


primeiro corolário a máxima osteopática <strong>de</strong> “vai no sentido da lesão, não vai no sentido<br />

inverso”. A lesão osteopática é uma lesão fisiológica não ultrapassando a amplitu<strong>de</strong> articular<br />

normal da articulação, ou seja, não é uma luxação nem uma subluxação. Isso nos traz a<br />

máxima, “a normalização articular nunca é uma manobra forçada” (BIENFAIT, 1997).<br />

A osteopatia faz o diagnóstico palpatório <strong>de</strong> bloqueios tissulares, em geral, e<br />

articulares, em particular, igualmente chamados lesões ou disfunções, necessitando utilizar a<br />

manipulação. A lesão osteopática vai se instalar entre as barreiras anatômicas, impedindo o<br />

movimento ou tornando-o diferente em razão <strong>de</strong> fatores articulares, musculares.<br />

Ligamentares, fasciais, neurológicos ou endócrinos (QUEF, 2003).<br />

A partir <strong>de</strong> inúmeros estudos, a osteopatia conseguiu interligar o estudo músculo-<br />

esquelético ao craniano, ao visceral e a todas as estruturas e sistemas. Por exemplo, a<br />

osteopatia visceral é um conjunto <strong>de</strong> técnicas manuais <strong>de</strong>stinadas a diagnosticar e normalizar,<br />

tanto quanto possível, as disfunções mecânicas, vasculares e neurológicas das vísceras e<br />

órgãos localizadas no pescoço, tórax, abdômen e bacia, com objetivo <strong>de</strong> melhorar seu<br />

funcionamento e diminuir a causa <strong>de</strong>terminante das dores projetadas no corpo em geral e das<br />

disfunções articulares ao nível do músculo-esquelético (REZENDE, 2008).<br />

A osteopatia utiliza as manipulações articulares para o tratamento da melhora do<br />

alinhamento postural e outras expressões da dinâmica músculo-esqueléticas em pacientes.<br />

Essas manipulações envolvem movimentos <strong>de</strong> cisalhamento, extensão longitudinal<br />

estiramento, compressão <strong>de</strong> pressão profunda, e <strong>de</strong>scontrair movimentos <strong>de</strong> torção. No<br />

entanto, a carga mecânica excessiva e manobras <strong>de</strong> alta velocida<strong>de</strong> apresentam alguns riscos<br />

para os pacientes e <strong>de</strong>ve ser abordada com cautela por profissionais manuais. Atualmente, as<br />

forças mecânicas são aplicadas <strong>de</strong> maneira intuitiva, que po<strong>de</strong> ser útil em alguns casos, mas<br />

prejudicial em outros (CHAUDHRY, 2008).<br />

O verda<strong>de</strong>iro tratamento osteopático não está na correção da lesão dolorosa, mas na<br />

procura e correção da lesão primaria inicial (BIENFAIT, 1997).<br />

4. Conclusão<br />

Segundo Dutton (2010), apesar da gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> abordagens e lógicas, há<br />

consenso sobre os critérios que são importantes para a aplicação correta das técnicas <strong>de</strong><br />

<strong>terapia</strong> <strong>manual</strong>. Esses critérios envolvem:


Conhecimento das formas relativas das superfícies articulares (côncava ou convexa): se a<br />

superfície da articulação for convexa em relação à outra superfície, o <strong>de</strong>slizamento<br />

ocorrerá na direção oposta ao movimento do osso angular. No entanto, se a superfície<br />

articular for côncava, o <strong>de</strong>slizamento articular ocorrerá na mesma direção do movimento<br />

do osso.<br />

Duração, tipo e irritabilida<strong>de</strong> dos sintomas: essas informações oferecem ao fisioterapeuta<br />

algumas diretrizes para a <strong>de</strong>terminação da intensida<strong>de</strong> da aplicação <strong>de</strong> uma técnica<br />

selecionada.<br />

O paciente e a posição do fisioterapeuta: o posicionamento correto do paciente é essencial<br />

tanto pata ajudá-lo a relaxar como para garantir a utilida<strong>de</strong> da mecânica mais segura para<br />

o corpo. Quando os pacientes estão relaxados, a ativida<strong>de</strong> muscular diminui, reduzindo a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resistência encontrada durante a aplicação da técnica.<br />

Posição da articulação a ser tratada: a posição da articulação a ser tratada <strong>de</strong>ve ser<br />

apropriada para o estágio <strong>de</strong> cicatrização e para a habilida<strong>de</strong> do fisioterapeuta. Quando o<br />

paciente apresentar uma condição aguda, recomenda-se trabalhar com a articulação na<br />

posição <strong>de</strong> repouso, que se refere aquela adotada pela articulação lesionada, em vez <strong>de</strong><br />

posição clássica <strong>de</strong> repouso das articulações normais.<br />

Colocação das mãos: sempre que possível, o contato com o paciente <strong>de</strong>ve ser<br />

maximizado. A mão <strong>de</strong>ve amoldar-se à área em tratamento, <strong>de</strong> maneira que as forças<br />

sejam distribuídas sobre a área maior.<br />

Especificida<strong>de</strong>s: a especificida<strong>de</strong> refere-se à precisão do procedimento em relação a seus<br />

objetivos. Sempre que possível, as forças geradas por <strong>de</strong>terminada técnica <strong>de</strong>vem correr<br />

no ponto em que são tratadas.<br />

Segundo as literaturas encontradas, a maioria das técnicas <strong>de</strong> <strong>terapia</strong> <strong>manual</strong> tem como<br />

exame diagnóstico na função da articulação, na estabilida<strong>de</strong>, nos padrões <strong>de</strong> movimento, na<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento e na gravida<strong>de</strong> das lesões. Para diagnosticar as queixas do paciente,<br />

é feita a palpação das estruturas, realizado movimentos passivos e ativos das articulações e<br />

teste <strong>de</strong> tensão neural. Os resultados dão informações quanto a dor, a parestesia, a articulações<br />

com rigi<strong>de</strong>z <strong>de</strong> movimento e músculos com espasmo. Essa sintomatologia vai direcionar o<br />

tratamento e a melhor técnica <strong>de</strong> <strong>terapia</strong> <strong>manual</strong>.


Atualmente, as técnicas <strong>de</strong> <strong>terapia</strong> <strong>manual</strong> tem gran<strong>de</strong> comprovação científica e vem<br />

sendo cada vez mais utilizadas nas mais diversas patologias, <strong>de</strong>vido o gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong><br />

benefícios em um menor tempo e pelo baixo custo.<br />

5. Referências Bibliográficas<br />

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