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Paulo Figueiredo<br />

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TINTAS<br />

ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO DIÁRIO ECONÓMICO Nº 5530 DE 15 DE OUTUBRO DE 2012 E NÃO PODE SER VENDIDO SEPARADAMENTE<br />

Conheça as estragégias<br />

das maiores empresas<br />

◗ Vendas de tintas e exportações estão em queda<br />

◗ Hempel, a fornecedora a marinha de guerra, domina nas exportações<br />

◗ As inovações que as empresas portuguesas desenvolveram<br />

Amostras de corantes, antigos para fazer tintas.<br />

Estes frascos já não são usados e estão expostos<br />

na sala de afinadores da Robbialac.


II Diário <strong>Económico</strong> Segunda-feira 15 Outubro 2012<br />

TINTAS<br />

“MAIOR APROXIMAÇÃO ao mercado com o apoio<br />

à prescrição e assistência técnica”. A estratégia da Diera,<br />

uma das maiores empresas nacionais da área das tintas,<br />

passa por aqui, disse José Manuel Santos, administrador, ao DE.<br />

As vendas no ano passado registaram uma ligeira subida face<br />

ao ano anterior e para este ano prevê-se uma estabilização.<br />

As exportações da Diera têm ido para os PALOP.<br />

Produção interna está em queda e<br />

As vendas do mercado em geral estão a cair, mas muitas das líderes de mercado têm conseguido passar<br />

entre os “pingos da chuva” através da aposta em promoções, no consumidor final e em novos mercados.<br />

IRINA MARCELINO<br />

irina.marcelino@economico.pt<br />

Omercado das tintas está a<br />

cair e é para continuar. As<br />

previsões da Associação<br />

Portuguesa de Tintas (APT)<br />

apontam para uma quebra<br />

na ordem dos 40% no fim<br />

de 2013 em relação a 2010.<br />

Uma quebra que se deve à retracção do mercado<br />

da construção civil e do consumo, afectado<br />

pelas medidas de austeridade que incluem<br />

cortes nos salários e mais impostos. Mas não<br />

só. Os atrasos nos pagamentos feitos pelo Estado<br />

são apontados pelas empresas como um<br />

dos grandes motivos para a derrocada das<br />

PME que trabalham no sector.<br />

“A maioria das empresas tem a tesouraria estrangulada<br />

porque tem que pagar as matérias<br />

primas a 60 dias e o recebimento dos seus<br />

clientes é de mais de 100 dias, havendo inúmerassituaçõesdemaisde150e200dias.<br />

Nesta área, lamenta-se que o Estado seja um<br />

dos piores pagadores, arrastando para a insolvência<br />

muitas PME”, acusa Morgado Fernan-<br />

2010 A 2013<br />

Entre 2010 e 2013<br />

o mercado das tintas<br />

em Portugal terá caído 40%,<br />

diz a Associação Portuguesa<br />

de Tintas.<br />

-40%<br />

SEGUNDO TRIMESTRE<br />

O mercado interno caiu<br />

20,6% no segundo trimestre<br />

deste ano. Em volume,<br />

as quebras foram de 23,8%<br />

no mesmo período.<br />

-20,6%<br />

des, presidente da APT, associação que representa<br />

87% das vendas do mercado através de<br />

empresas fabricantes e importadoras de tintas,<br />

assim como fornecedoras de matériasprimas<br />

e equipamentos para a indústria.<br />

No mercado interno, o segmento maioritário<br />

aindaéodaconstruçãocivil(71%), distribuindo-se<br />

a restante fatia pelos segmentos da<br />

indústria metalomecânica, indústria do mobiliário,<br />

reparação automóvel e outros.<br />

De acordo com a análise feita pela associação,<br />

o segundo trimestre de 2012, comparado com<br />

igual período do ano anterior, revelou uma<br />

“fortíssima queda em todos os segmentos”.<br />

Em valor, o mercado interno caiu 20,6%, as<br />

exportações 18,4%. Em volume as quebras<br />

foram, respectivamente, 23,8% e 18,1%.<br />

As medidas de austeridade já tomadas têm<br />

contribuído para a retracção do consumo interno.<br />

E a expectativa para a influência das<br />

novas medidas, que serão apresentadas oficialmente<br />

hoje, não são optimistas.<br />

“As comunicações do governo desencadearam<br />

um processo acelerado da quebra do consumo<br />

visível nas nossas 59 lojas. Os nossos clientes<br />

continuam a sofrer pela falta de pagamento do<br />

estado das obras efectuadas em 2010 pelo governo<br />

anterior. Este facto é provavelmente o<br />

mais determinante para a sobrevivência da<br />

nossa indústria”, afirmou Rui Caldas, da<br />

Robbialac. “O aumento de impostos naturalmente<br />

que trará implicações negativas na<br />

economia e na nossa actividade, contamos<br />

que irá agravar a contracção no consumo que<br />

se tem sentido já ao longo deste ano”, dizem<br />

Ana e António Ambrósio, administradores da<br />

Tintas 2000. “As medidas anunciadas terão<br />

um impacto marcante no consumo interno,<br />

nomeadamente no orçamento familiar e no<br />

consumidor final. Isto irá trazer consequências<br />

arrasadoras na economia nacional, incluindo<br />

a expectável recessão para a área da<br />

distribuição”, considera Cláudia Gomes, responsável<br />

pelo departamento técnico e de<br />

marketing da Sika Portugal.<br />

José Manuel Santos, administrador da Diera,


A DYRUP TEM EM MÃOS vários projectos de reconversão<br />

urbana, inseridos no seu lema “Happy Colors - Happy Life.<br />

Em Guimarães, ofereceu as tintas e fez o projecto, `<br />

com Agatha Ruiz de la Prada, para pintar um prédio no bairro<br />

Nossa Senhora da Conceição. Em Lisboa puintou, seguindo<br />

a filosofia ‘feng shui’, o mobiliário urbano da Avenida<br />

da Liberdade.<br />

exportações também<br />

também não tem dúvidas quanto à influência<br />

das medidas de austaeridade e aumentos de<br />

impostos: “Muito negativo. O sector da construção<br />

está moribundo e a saque. Investir no<br />

sector em Portugal só um louco. Pouco falta<br />

para se criminalizar quem tem investimentos<br />

imobiliários. Triste e lamentável”, afirma.<br />

Os caminhos da internacionalização<br />

“Dado que o mercado nacional ficará contraído,<br />

muitas empresas estão a trilhar, com certo<br />

sucesso, os caminhos da internacionalização<br />

e da exportação. Outras, mercê da excelência<br />

dos seus gestores e das suas equipas,<br />

estão a atrair para as fábricas portuguesas importantes<br />

quotas de produção dos grupos<br />

multinacionais a que pertencem, o que ajuda a<br />

limitar os danos provenientes da nossa grave<br />

recessão”, afirma Morgado Fernandes ao Diário<br />

<strong>Económico</strong>.<br />

Num sector liderado pela CIN, a maioria do<br />

que é produzido é destinado ao mercado interno<br />

- cerca de 70%. Os restantes 30% que<br />

Infografia: Mário Malhão | mario.malhao@economico.pt<br />

são para exportar, essencialmente para os<br />

mercados europeu e africano.<br />

As exportações têm sido a solução para algumas<br />

empresas, mas não para todas. Olhando<br />

para os dados do INE sobre exportação de tintas<br />

- que incluem “extractos tanantes e tintoriais;<br />

taninos e seus derivados; pigmentos e outras<br />

matérias corantes; tintas e vernizes; mástiques;<br />

tintas de escrever”, os valores exportados entre<br />

Janeiro e Julho são 10 milhões de euros mais<br />

baixos que em período similar do ano anterior.<br />

Enquanto este ano o valor ficou nos 98,7 milhões<br />

de euros, no ano passado pela mesma altura<br />

chegava aos 108,9 milhões. O valor exportado<br />

no ano passado total foi de 175,9 milhões.<br />

A aposta da internacionalização tem sido, contudo,<br />

solução para muitas empresas, como é o<br />

caso da Cin, com fábrica em Espanha. Angola,<br />

no entanto, é o destino favorito para as marcas<br />

portuguesas. Barbot tem uma fábrica, a Sika<br />

tem uma representação. Dyrup e Diera estão a<br />

planear abrir fábricas. A Robbialac, por seu<br />

turno, tem “dois projectos em África”. ■<br />

Segunda-feira 15 Outubro 2012 Diário <strong>Económico</strong> III<br />

O PRODUTO DA CIN mais vendido é o Vynil. Este ano fez<br />

25 anos e fez um restyling da sua imagem. O Dioplaste,<br />

criado nos anos 60, é o líder de vendas da Barbot e venceu<br />

muito recentemente um estudo de Escolha do Consumidor,<br />

na categoria de tintas de interior. O produto mais vendido<br />

da Robbialac em Portugal continua a ser o Stucomat,<br />

imortalizado no jingle “Stucomat é uma grande tinta”.<br />

OPINIÃO: ???????????????????<br />

?????????????????????????????<br />

ANÁLISE MORGADO FERNANDES,<br />

PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE TINTAS<br />

Os quatro temas<br />

chave do mercado<br />

A maioria das empresas tem a tesouraria<br />

estrangulada, afirma Morgado Fernandes, da APT.<br />

1 Situação do mercado e preocupação<br />

dos empresários<br />

O mercado português de tintas enfrenta a<br />

maior crise de que há memória. O primeiro<br />

trimestre registou uma queda de 12% e o segundo<br />

trimestre de quase 20%. Estima-se que<br />

a queda dos terceiro e quarto trimestres seja<br />

ainda mais pronunciada, entre os 25% e os<br />

30%. A maioria das empresas tem a tesouraria<br />

estrangulada porque tem que pagar as matérias<br />

primas a 60 dias e o recebimento dos seus<br />

clientes é de mais de 100 dias, havendo situações<br />

de mais de 150 e 200 dias. Lamenta-se<br />

que o Estado seja um dos piores pagadores,<br />

arrastando para a insolvência muitas PME. Se<br />

a isto somarmos as enormes restrições do crédito<br />

bancário, temos uma tempestade perfeita<br />

que conduz muitos empresários a situações de<br />

grande aflição e desespero.<br />

2 A lei do arrendamento<br />

e a reabilitação urbana<br />

Espera-se que o Governo implemente rapidamente<br />

a nova lei do arrendamento e que este<br />

mercado seja dinamizado e que contribua pra<br />

movimentar investimentos na reabilitação<br />

urbana, já que a construção nova está totalmente<br />

parada e assim irá manter-se por largos<br />

anos, dado o enorme excedente existente no<br />

mercado habitacional. É esta a esperança e a<br />

expectativa dos empresários. Que o Estado<br />

seja um facilitador da dinamização deste segmento,<br />

seja pela via regulamentar, de abertura<br />

de linhas de crédito, da disponibilização de<br />

fundos comunitários e de outras organizações<br />

financeiras internacionais, etc..<br />

3 Expectativas para 2013<br />

Com a carga fiscal em perspectiva, o consumo<br />

dos portugueses vai contrair ainda mais. Não<br />

sendo a tinta um bem de primeira necessidade,<br />

estimamos que o mercado registe uma<br />

nova queda, no próximo ano, a rondar os 10%,<br />

o que obrigará os empresários a investir na<br />

adaptação da sua estrutura de custos. Muitas<br />

empresas já registam explorações negativas e<br />

com tendência de agravamento.<br />

4 OnovoCódigodoTrabalho<br />

O novo enquadramento jurídico das relações<br />

de trabalho obtido em concertação social e<br />

formalizado no Código do Trabalho será um<br />

contributo positivo para as empresas: a redução<br />

significativa dos custos do trabalho extraordinário,<br />

cujas taxas abusivas vinham de<br />

1975. A extinção de quatro feriados e três dias<br />

de férias, a facilitação do acesso ao banco de<br />

horas e a redução significatica do custo inerente<br />

à extinção de postos de trabalho tornaramamãodeobrabastantemaisflexívele<br />

competitiva, o que é bastante positivo. ■<br />

“Lamenta-se que<br />

o Estado seja um dos<br />

piores pagadores,<br />

arrastando para a<br />

insolvência muitas PME.<br />

Se a isto somarmos as<br />

enormes restrições do<br />

crédito bancário, temos<br />

uma tempestade perfeita<br />

que conduz muitos<br />

empresários a situações<br />

de grande aflição e<br />

mesmo de desespero”.<br />

TOP 10<br />

As dez maiores empresas<br />

de tintas em Portugal<br />

1. Cin<br />

2. Hempel<br />

3. Robbialac<br />

4. Barbot<br />

5. Dyrup<br />

6. Sika<br />

7. Titan<br />

8. Tintas 2000<br />

9. Neuce<br />

10. Diera<br />

Fonte: INE


IV Diário <strong>Económico</strong> Segunda-feira 15 Outubro 2012<br />

TINTAS<br />

As estragégias das maiores<br />

ACIN tem aproveitado para avaliar todos os custos<br />

na cadeia de valor.<br />

CIN vende para mais mercados<br />

e para a indústria<br />

Os resultados da maior empresa nacional de tintas, a<br />

CIN, em Portugal, estão a descer, mas “tanto em Espanha<br />

como em Portugal atingimos as nossas expectativas<br />

no primeiro semestre do ano, apesar de um abrandamento<br />

dos resultados em Abril e em Maio, diz Reinaldo<br />

Campos, Director de Marketing, Strategy & Business<br />

Development da empresa. No último ano, a descida no<br />

nosso País foi de 7,8%, com todos os sectores a cairem,<br />

excepto a indústria, que registou uma ligeira subida<br />

(+2%). Aqui ao lado, em Espanha, a actividade continuou<br />

negativa (-8,3%), “evidenciando a profunda crise<br />

imobiliária e o forte corte no investimento público”,<br />

justifica o mesmo responsável. No mercado africano, os<br />

resultados do primeiro se-<br />

DESCIDA<br />

A quebra da Cin<br />

em Portugal foi de 7,8%<br />

em 2011.<br />

-7,8%<br />

mestre “excederam as nossas<br />

expectativas” e em<br />

França “corresponderam<br />

exactamente ao esperado”.<br />

O volume de negócios do<br />

Grupo em 2011 cifrou-se<br />

em 210,5M€, reflectindo<br />

umaquebrade3,9%.<br />

Com mais de 90 anos de<br />

existência, a CIN é líder ibérica desde 1995, ocupando o<br />

42º lugar no ranking mundial de produtores de tintas e<br />

vernizes, no ano de 2011.<br />

Perante a forte recessão da economia, “com níveis de<br />

volatilidade e incerteza pouco comuns”, a CIN tem feito<br />

um “exaustivo levantamento e avaliação de todos os<br />

custos da cadeia de valor” e apostado na diversificação<br />

geográfica dos seus mercados, tendo aumentado “significativamente<br />

a componente exportadora e criado novas<br />

plataformas que sustentem o seu crescimento. Exemplo<br />

dissoéorecenteinvestimentoem12milhõesdeeuros<br />

no aumento da capacidade industrial da fábrica de tintas<br />

em pó para o sector Industrial, na Maia. ■ I.M.<br />

Fotografia cedida pela CIN<br />

O mercado interno está em queda devido à austeridade,<br />

diz Rui Caldas. director geral da Robbialac.<br />

Aposta da Robbialac poderá passar<br />

pela internacionalização<br />

O mercado interno está em queda para a Robbialac, e a<br />

aposta poderá vir a passar perla internacionalização da<br />

empresa. Rui Caldas, director geral da empresa, disse ao<br />

Diário <strong>Económico</strong> que na área das exportações, “estamos<br />

neste momento a estudar várias possibilidades na<br />

Europa e em África”. Na internacionalização, por seu<br />

turno, “temos dois projectos em África sobre os quais<br />

ainda é cedo para nos pronunciarmos”.<br />

A nível nacional, as medidas de austeridade impostas<br />

pelo Governo já provocaram uma queda das suas vendas.<br />

Em valor, a quebra no<br />

2011<br />

As vendas cairam 6% em<br />

2011. No último trimestre<br />

de 2012 cairam 14,4%.<br />

-6%<br />

anopassadofoide6%,sendo<br />

que em 2011 a quebra do<br />

último trimestre já apresentava<br />

14,4%. Até Agosto<br />

2012 a Robbialac “caíu o<br />

mesmoqueomercado,ou<br />

seja, 20%”. A queda acumulada<br />

terá reflectido uma<br />

“baixa abrupta do consumo<br />

privado”. “As comunicações do governo desencadearam<br />

um processo acelerado da quebra do consumo visível<br />

nas nossas 59 lojas. Os nossos clientes continuam a<br />

sofrer pela falta de pagamento do estado das obras efectuadas<br />

em 2010 pelo anterior governo. Este facto é provavelmente<br />

o mais determinante para a sobrevivência<br />

da nossa indústria e para atenuar a elevada taxa de desemprego”,<br />

afirma Rui Caldas. E sublinha: “somos uma<br />

vergonha europeia no que aos pagamentos do Estado diz<br />

respeitoeahistórianãoacaba aqui. O Estado continua a<br />

gastar aquilo que não pode pagar levando milhares de<br />

pequenas e médias empresas à falência. Será que isto<br />

não é crime premeditado?”. As perspectivas para 2013<br />

são de quedas que se situam entre os 10 e 15%. O caminho<br />

para ultrapassar a crise passará pela redução dos<br />

custos operacionais. ■ I.M.<br />

Paulo Alexandre Coelho<br />

Produção principal mantém-se em Gaia, mas Barbot já tem<br />

fábricas em Espanha e Angola.<br />

Barbot optimista sobre<br />

as vendas deste ano<br />

»<br />

A Barbot está optimista quanto às suas vendas este ano.<br />

Pelo menos quando se compara com os resultados obtidos<br />

no ano passado. Carlos Barbot, administrador da<br />

empresa, disse ao Diário <strong>Económico</strong> que “a crise económica<br />

tornou os clientes mais exigentes, mas também<br />

mais fiéis, ou seja, arriscam menos nas suas decisões de<br />

compra, preferindo manter-se com as marcas que conhecem<br />

e nas quais confiam”. A situação “desafiante”<br />

do mercado português levou a empresa a procurar outras<br />

soluções. Internamente, a empresa tem apostado no<br />

desenvolvimento de soluções orientadas para o mercado<br />

da reabilitação e no segmento de produtos multi-superfícies.<br />

Ainda anível nacional, “estamos também a reforçar<br />

a marca junto do consu-<br />

ANO<br />

A Barbot foi fundada<br />

em 1920 por Diogo Barbot.<br />

Carlos Barbot é seu neto.<br />

1920<br />

midor final, apostando em<br />

novos canais de contacto,<br />

como a loja online e as redes<br />

sociais, que nos têm<br />

permitido um importante<br />

veículo de comunicação<br />

junto do público”.<br />

No que ao mercado internacional<br />

concerne, a Bar-<br />

bot já está presente em vários, e continua a crescer de<br />

forma “bastante sustentável”. “Conseguimos conquistar<br />

uma posição muito positiva nos mercados internacionais<br />

em que apostámos, nomeadamente Espanha,<br />

França, Bélgica, Angola e Cabo Verde. Em Angola contamos<br />

já com uma fábrica, seis lojas Barbot e uma rede<br />

de revendedores, que nos permitem uma boa cobertura<br />

do território”, disse Carlos Barbot.<br />

Sobre as uniades de produção, a empresa mantém a<br />

principal fábrica em Vila Nova de Gaia, mas conta hoje<br />

com uma unidade de produção em Espanha, na sequência<br />

da aquisição da empresa Jallut, e também em<br />

Angola. ■ I.M.<br />

Fotografia cedida pela Barbot


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VI Diário <strong>Económico</strong> Segunda-feira 15 Outubro 2012<br />

TINTAS<br />

»<br />

As estratégias das maiores<br />

Eduardo Cavasco afirma que a exportação<br />

é o foco da Dyrup neste momento.<br />

Exportações têm peso<br />

de 10% na Dyrup<br />

A operação da Dyrup Portugal já conta com 10% da facturação<br />

nos mercados internacionais. O presidenteexecutivo<br />

para a Península Ibérica da Dyrup, Eduardo<br />

Cavasco, explica ao Diário <strong>Económico</strong> que a “operação<br />

de Portugal exporta regularmente para França, Emirados<br />

Árabes Unidos e para quase todos os PALOP, o que<br />

traduz um peso de cerca de 10%, ou seja cerca de quatro<br />

milhões de euros”.<br />

O presidente-executivo da empresa de tintas salienta<br />

que a tendência será de manter o crescimento da exportação,<br />

até porque em anos de crise “devemos focar em<br />

produzir mais, exportar mais e importar o menos possível”.<br />

“A nossa área de exportação é neste momento um<br />

dos nossos focos”, garante.<br />

ANGOLA<br />

A Dyrup vai abrir uma<br />

fábrica em Luanda<br />

que irá produzir 15 milhões<br />

de litros.<br />

15 milhões de litros<br />

A direcção ibérica da Dyrup<br />

prepara-se para arrancar<br />

com a produção em Angola,<br />

através da unidade fabril<br />

em Luanda, com uma capacidade<br />

de 15 milhões de<br />

litros.<br />

A Dyrup Ibéria inaugurou,<br />

na semana passada, a pri-<br />

meira loja própria no mercado angolano, um projecto<br />

que se inclui no plano de investimentos de cinco milhões<br />

de dólares (3,7 milhões de euros) que a marca definiu<br />

para aquele mercado.<br />

Num ano marcado pelo abrandamento económico e redução<br />

de consumo, a Dyrup garante que está a conseguir<br />

contornar a conjuntura de crise. Através da campanha<br />

promocional em que oferece até 50% de descontosprevê<br />

fechar 2011 com resultados acima do mercado,<br />

que está a decrescer no canal de lojas próprias 3% no semestre<br />

e 7% no último trimestre. Só no mês de Agosto,<br />

nas 14 lojas próprias em Portugal, as vendas representaram20%nototaldefacturaçãodosoitomeses.■<br />

D.L.<br />

Fotografia cedida pela Dyrup<br />

Pai e filha estão à frente dos destinos de uma das maiores<br />

empresas nacionais do sector das tintas.<br />

Tintas 2000 aposta na venda<br />

directa ao consumidor<br />

“A nossa estratégia é esquecer a crise, perceber que os<br />

hábitos de consumo e aplicação de tinta mudaram e agir<br />

de imediato respondendo assim às actuais necessidades<br />

dos consumidores”. Ana e António Ambrósio, administradores<br />

da Tintas2000, têm apenas uma certeza: “não<br />

podemos ficar conformados”. Daí que tenham investido<br />

no segmento de venda ao<br />

CRESCIMENTO<br />

A evolução das vendas<br />

da Tinta 2000 cresceu 5%<br />

no último ano.<br />

5%<br />

consumidor através da dinamizaçãoedoalargamento<br />

da nossa rede de lojas<br />

próprias. “Actualmente temos<br />

24 lojas abertas ao público<br />

de norte a sul do<br />

país”.<br />

A evolução das vendas no<br />

último ano foi positiva<br />

para a empresa, com o o volume de facturação a<br />

crescer cerca de 5%. As previsões para este ano são de<br />

um volume de resultados líquidos dênticos ao ano<br />

passado.<br />

Sobre exportações, a Tintas 2000 reconhece que houve<br />

uma quebra em 2011 mas que por isso mesmo têm apostado<br />

em novos mercados e novos clientes. “Os mercados<br />

preferenciais são os países de língua oficial portuguesa,<br />

mas também temos apostado na exportação dos nossos<br />

produtos para alguns países europeus”, disseram os administradores<br />

ao Diário <strong>Económico</strong>.<br />

O grupo fundado em 1980 por António Ambrósio e três<br />

sócios que já deixaram a empresa, é hoje administrado<br />

pelo seu fundador e pela sua filha, Ana Ambrósio. Em<br />

1986 a empresa decidiu investir em produtos para a indústria<br />

do mobiliário de madeira, segmento em que ainda<br />

é hoje líder.<br />

A fábrica de Tintas 2000 na Maia tem hoje uma equipa<br />

de 130 colaboradores e uma capacidade produtiva de 15<br />

mil toneladas por ano. ■ I.M.<br />

Fotografias cedidas pelas Tintas 2000<br />

Cláudia Gomes, responsável pelo departamento de marketing<br />

da Sika, espera o melhor, mas está preparada para o pior.<br />

Sika com bons resultados tendo<br />

em conta “as condições de mercado”<br />

Descer 1,7% entre 2010 e 2011 não foi um resultado mau<br />

para a Sika. “Consideramos um bom resultado nas condições<br />

de mercado que enfrentámos”, diz Cláudia Gomes,<br />

responsável pelo departamento técnico e de<br />

marketing da Sika Portugal. O ano de 2011 foi marcado<br />

pelas “alterações na envolvente económica sobejamente<br />

debatidas, e que condicionaram quer a nossa actividade<br />

interna quer a exportação”, mas também por “alterações<br />

na nossa organização interna que motivaram variações<br />

no volume de negócios”.<br />

Até ao momento, e apesar da instabilidade que caracteriza<br />

a actualidade, assumimos uma perspectiva promissora<br />

sobre o futuro, “todavia, as práticas de gestão levamnos<br />

a encarar a finalização<br />

PAÍSES<br />

A Sika está em Portugal<br />

mas é uma multinacional<br />

presente em 76 países.<br />

76<br />

destinos<br />

deste ano com algumas reservas,<br />

podendo as mesmas<br />

traduzir-se no chavão “à<br />

espera do melhor mas preparados<br />

para o pior””. O<br />

seu maior receio, confessa,<br />

será que a queda de empresas<br />

por falta de liquidez tenha<br />

“um efeito dominó so-<br />

bre outras, que poderá tomar proporções avassaladoras<br />

no sector. Este será talvez o nosso maior receio”.<br />

Para o futuro, a Sika espera que alguns “pequenos motores”<br />

da economia como algumas indústrias ou o sector<br />

da reabilitação comecem a crescer, compensando a estagnação<br />

das obras novas.<br />

A estratégia, por agora, é manter o nível de excelência, a<br />

qualidade e inovação. O reposicionamento da gama de<br />

tintas da marca para o consumidor final também faz parte<br />

dos seus planos. Assim como as exportações para Angola,<br />

onde, aliás, têm uma sucursal. Espanha e França são os<br />

outros dois países para onde a Sika mais exporta. A multinacional<br />

está presente em mais de 76 destinos. ■ I.M.<br />

Fotografia cedida pela Sika


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VIII Diário <strong>Económico</strong> Segunda-feira 15 Outubro 2012<br />

TINTAS<br />

A marinha de guerra portuguesa, em que se inclui<br />

o navio-escola Sagres, é cliente da Hempel.<br />

Hempel<br />

domina nas<br />

exportações<br />

No que respeita aos líderes nas exportações, os<br />

dados do INE revelam que até Julho os líderes<br />

nas vendas na área das tintas - ranking que<br />

inclui empresas especializadas em corantes<br />

têxteis e produtos plásticos, por exemplo -<br />

para fora eram a Hempel, a Cin (em primeiro e<br />

quarto lugar, respectivamente), a Dystar (corantes<br />

têxteis), as Tintas Titan, a Isolago (plásticos),<br />

a Nemoto, a Dyrup, a Barbot e, finalmente,<br />

a Sika.<br />

A maior exportadora nacional dedica-se a<br />

tintas de construção, mas também a tintas industriais<br />

e marítimas. A Hempel, que em Portugal<br />

está localizada em Palmela, é o fornecedor<br />

da Marinha de Guerra portuguesa.<br />

“Este é um sector de actividade onde a Hempel<br />

tem incontestavelmente tido uma posição<br />

de marcada liderança”, diz a empresa no seu<br />

site oficial.<br />

Contactada durante vários dias, a Hempel não<br />

respondeu aos apelos do Diário <strong>Económico</strong>.<br />

Quem também fornecia uma marinha de<br />

guerra, mas a norte-americana, era a Euronavy.<br />

De origem portuguesa, a empresa que<br />

no ano passado estava em sexto lugar no<br />

Top10 das maiores exportadoras de tintas, foi<br />

comprada pelo grupo norte-americano<br />

Sherwin-Williams. A fábrica que tinham em<br />

Setúbal, entretanto, fechou. ■ I.M.<br />

AS MAIORES EXPORTADORAS<br />

O top 10 em 2011<br />

1. HEMPEL<br />

2. CIN - Indústria<br />

3. CIN<br />

4. TINTAS TITAN<br />

5. DYSTAR - ANILINAS TÊXTEIS<br />

6. EURONAVY<br />

7. NICTRADING (ZONA FRANCA DA MADEIRA)<br />

8. TINTAS DYRUP<br />

9. NEMOTO PORTUGAL<br />

10. SIKA PORTUGAL<br />

O top 10 de Janeiro a Julho de 2012<br />

1. HEMPEL<br />

2. CIN - Indústria<br />

3. DYSTAR<br />

4. TINTAS TITAN<br />

5. CIN<br />

6. ISOLAGO<br />

7. NICTRADING (ZONA FRANCA DA MADEIRA)<br />

8. NEMOTO PORTUGAL<br />

9. TINTAS DYRUP<br />

10. BARBOT<br />

Fonte: INE<br />

João Paulo Dias/Arquivo <strong>Económico</strong><br />

Fotos: Paulo Figueiredo<br />

REPORTAGEM<br />

Laboratórios<br />

>> QUALIDADE<br />

A qualidade dos produtos produzidos é analisada<br />

e reanalisada pelos técnicos da Robbialac no seu<br />

laboratório. A expessura e a resistência ao calor<br />

são testadas em todas as tintas fabricadas. Mas nem<br />

sempre se consegue controlar os imprevistos.<br />

Opção<br />

>> PANTONES<br />

Se já pintou a sua casa, com<br />

certeza deve ter dado voltas<br />

à cabeça para escolher a cor<br />

certa num dos catálogos<br />

como o que lhe mostramos<br />

à direita. E pensar que há 20<br />

anos era tudo tão mais fácil:<br />

no início da década de 90<br />

as opções de cor eram<br />

como as que lhe mostramos<br />

no lado esquerdo.<br />

COMO É UMA FÁBRICA DE TINTAS<br />

Cor<br />

>> CORANTES<br />

Já não são usados,<br />

mas os frasquinhos<br />

com os corantes continuam<br />

expostos, para quem queira<br />

ver, na sala das afinadoras<br />

de cor da Robbialac.<br />

Hoje, as tonalidades são<br />

definidas pelo computador<br />

e confirmadas pelas<br />

téncicas de afinação.<br />

Fabrico de tintas<br />

>> AUTOMAÇÃO<br />

É com máquinas informatizadas como esta que os técnicos<br />

da Robbialac coordenam a fabricação de tintas. A autromação<br />

da fábrica decorreu na década de 90, com o apoio de programas<br />

como o PEDIPP.


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X Diário <strong>Económico</strong> Segunda-feira 15 Outubro 2012<br />

TINTAS<br />

Conheça algumas<br />

das inovações<br />

desenvolvidas nas<br />

tintas nacionais<br />

De tintas com cheiro a isolantes térmicos com cortiça,<br />

as marcas portuguesas têm muita variedade de inovação.<br />

IRINA MARCELINO<br />

irina.marcelino@economico.pt<br />

Parte da facturação das empresas<br />

de tintas são direccionadas<br />

para a área de<br />

I&D. As parcerias com<br />

universidades são também<br />

cada vez mais comuns. A<br />

Dyrup, por exemplo, fez<br />

uma parceria com a Faculdade de Arquitectura<br />

da Universidade Técnica de Lisboa.<br />

A parceria prevê a construção do laboratório<br />

SUSTENTA, que pretende desenvolver<br />

tintas sustentáveis para o planeta.<br />

A CIN, no entanto, bate os recordes<br />

no que a protocolos com instituições<br />

académicas diz respeito. Departamento<br />

de Engenharia Química da Faculdade de<br />

Engenharia da Universidade do Porto;<br />

Departamento de Química da Universidade<br />

de Aveiro; e Departamento de Engenharia<br />

Química da Faculdade de Ciências<br />

e Tecnologia da Universidade de<br />

Coimbra são apenas alguns dos seus<br />

acordos.<br />

Ainda na área de I&D, mas no âmbito dos<br />

mestrados integrados de engenharia química<br />

da FEUP, a CIN atribui anualmente<br />

o “Prémio Eng. António Serrenho”, no<br />

valor pecuniário de dois mil euros ao<br />

melhor projecto de investigação em ambiente<br />

empresarial.<br />

Tintas 2000 e Sika também têm parcerias<br />

com universidades, mas não só. Escolas<br />

técnicas e laboratórios são também<br />

seus parceiros. O facto é que a<br />

aposta em inovação tem de ser constante<br />

entre as empresas portuguesas de tintas.<br />

Conheça aqui algumas das inovações<br />

desenvolvidas.<br />

Tinta com cheiro a maçã<br />

A Tinta com Cheiro a Maçã foi uma das<br />

inovações implementadas pela Barbot. A<br />

empresa, que investe 5% do seu orçamento<br />

em I&D (inovação e desenvolvimento),<br />

desenvolveu também a tinta Infinity,<br />

que se adapta a qualquer superfície,<br />

sem utilização de primário.<br />

Cortiça<br />

Sãováriasasempresasaapostarnacortiça<br />

como isolante térmico. A Barbot tem<br />

o Barbotherm Cork, que resultou de uma<br />

parceria com a Amorim Isolamentos, em<br />

que passamos a incorporar cortiça no revestimento<br />

A Tintas 2000 espera, ainda até ao fim do<br />

ano, obter a homologação do THERMMI-<br />

NOV e do THERMINNOV CORK – o sistema<br />

de isolamento térmico pelo exterior<br />

com EPS e com ICB, respectivamente.<br />

Micróbios,bactérias<br />

e fungos<br />

A Barbot está a participar no projecto<br />

Hycore, liderado pela CIDEMCO Technologie<br />

Research Center, cujo principal<br />

objectivo é desenvolver tintas que<br />

através de biocidas actuam na eliminação<br />

de micróbios, fungos e bactérias nas superfícies.<br />

Nanotecnologia<br />

É um tema destacado por António Morgado<br />

Fernandes, presidente da Associação<br />

Portuguesa de Tintas, mas também<br />

pelas associações mundiais do sector. Em<br />

Portugal, algumas investigações decorrem<br />

uma investigação mais complexa<br />

cujos resultados mais visíveis virão dos<br />

fabricantes mundiais de matérias primas.<br />

“Sabe-se que algumas universidades<br />

em Portugal têm projectos nesta<br />

área”, afirma o preseidente da APT. Nas<br />

marcas, a Barbot desenvolveu ainda uma<br />

tinta anti-envelhecimento que recorre à<br />

nanotecnologia para retardar a deterioração<br />

das parede.<br />

Reflector de energia solar<br />

OThermocin,daCin,éumatintapara<br />

telhados e coberturas que reflete a radiação<br />

solar e ajuda a aumentar o conforto<br />

térmico no interior dos edifícios. Foi desenvolvido<br />

num dos centros de investigação<br />

da empresa, que tem laboratórios em<br />

Portugal (o centro, na Maia, rem 3300<br />

m2), Espanha, Angola, França, Moçambique<br />

e ainda na China. No total, trabalham<br />

na investigação da CIN 140 pessoas.<br />

O mais recente e inovador centro I&D da<br />

CIN, com uma área global de cerca de<br />

3300 m2, está localizado na Maia, tendo<br />

iniciado a sua actividade em Janeiro de<br />

2010. O investimento inicial deste laboratório<br />

foi de 7,5 milhões de euros.<br />

Água<br />

O CIN Clean, tinta aquosa mate para interiores<br />

super lavável e o Nováqua HD<br />

(High Durability) são exemplos de inovação<br />

desenvolvida pela CIN e que têm<br />

uma relação directa com a água. Uma por<br />

serlaváveloutraporresistiràspioresintempéries<br />

e desenvolvimento de fungos.<br />

A Robbialac também desenvolveu um<br />

produto inovador na área da resistência à<br />

água que se chama Aqua Reppel. O tempo<br />

de secagem do produto é muito rápida<br />

(cerca de uma hora). E mesmo se chover,<br />

nãoficamanchado.<br />

Anticorrosivo<br />

A Tintas 2000, que investe em I&D cerca<br />

de 500 mil euros por ano, está a desenvolver<br />

em colaboração com o LaboratórioNacionaldeEnergiaeGeologia,um<br />

projecto que visa a avaliação de cinco<br />

esquemas de pintura para protecção anticorrosiva.


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Segunda-feira 15 Outubro 2012 Diário <strong>Económico</strong> XI<br />

>> ARTE NUM MURAL<br />

É um projecto de pintura urbana que<br />

a CIN desenvolve há já vários anos.<br />

A primeira edição foi em 2008.<br />

A edição deste ano foi inspirada na<br />

curta metragem “Cidade Colorida”,<br />

da Nebula Studios. Os alunos das<br />

Faculdades de Arquitectura<br />

e de Belas-Artes desenvolveram<br />

as pinturas. Também o fizeram nos<br />

outros anos, inspirando-se, em 2011,<br />

numa música de Tiago Bettencourt<br />

e, em 2010, num texto sobre Lisboa<br />

da autoria de José Luís Peixoto.<br />

Os murais localizam-se na Avenida<br />

de Ceuta, em Lisboa.<br />

Paulo Figueiredo


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