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Janeiro 2012 // www.portugalglobal.pt<br />

<strong>Portugal</strong>global<br />

Empresas 30<br />

The Fladgate Partnership<br />

Xerox<br />

Pescanova<br />

Preh <strong>Portugal</strong><br />

Artlant PTA<br />

Cisco<br />

Embraer<br />

Nestlé <strong>Portugal</strong><br />

Autoeuropa<br />

Renault Cacia<br />

Tegopi<br />

Huf<br />

Huawei<br />

Sugalidal<br />

Continental Mabor<br />

Petrogal<br />

Hikma<br />

Pense global pense <strong>Portugal</strong><br />

Entrevista<br />

Pedro Reis,<br />

Presidente da AICEP<br />

Agência reforça Rede<br />

e potencia exportações<br />

e investimento 6<br />

Destaque<br />

Investir em <strong>Portugal</strong><br />

O papel da AICEP<br />

e os factores<br />

de competitividade 14


Janeiro 2012 // www.portugalglobal.pt<br />

sumário<br />

Entrevista // 6<br />

Pedro Reis, presidente da AICEP, destaca, em entrevista,<br />

o papel da Agência na promoção das exportações, na<br />

captação de investimento e na internacionalização da<br />

economia portuguesa, bem como da sua integração no<br />

MNE e articulação com a nova diplomacia económica.<br />

Destaque // 14<br />

Uma panorâmica do investimento em <strong>Portugal</strong>, com<br />

destaque para os factores de competitividade do país em<br />

matéria de atractividade de IDE e para o papel da AICEP na<br />

captação e acompanhamento de investidores, potenciador<br />

de desenvolvimento empresarial, de redução do défice da<br />

balança comercial e de criação de emprego. Investidores<br />

estrangeiros e nacionais apontam os aspectos positivos e<br />

negativos do investimento em <strong>Portugal</strong>.<br />

Empresas // 30<br />

Conheça os investimentos de sucesso de 17 empresas,<br />

nacionais e estrangeiras, que apostaram em <strong>Portugal</strong>:<br />

The Fladgate Partnership (Yeatman Hotel), Xerox,<br />

Pescanova, Preh <strong>Portugal</strong>, Artlant PTA, Cisco, Embraer,<br />

Nestlé <strong>Portugal</strong>, Autoeuropa, Renault Cacia, Tegopi,<br />

Huf Portuguesa, Huawei, Sugalidal, Continental Mabor,<br />

Petrogal (Galp) e Hikma Farmacêutica.<br />

Opinião // 62<br />

Um artigo de José Galamba de Oliveira, presidente da<br />

Direcção da Associação <strong>Portugal</strong> Outsourcing, sobre a<br />

promoção e divulgação internacional de <strong>Portugal</strong> como<br />

destino de eleição para o investimento no sector das<br />

Tecnologias de Informação e Comunicação.<br />

Análise de risco por país – COSEC // 64<br />

Veja também a tabela classificativa de países.<br />

Estatísticas // 67<br />

Investimento directo e comércio externo.<br />

AICEP Rede Externa // 70<br />

Bookmarks // 72


EDITORIAL<br />

4<br />

Revista <strong>Portugal</strong>global<br />

Av. 5 de Outubro, 101<br />

1050-051 Lisboa<br />

Tel.: +351 217 909 500<br />

Fax: +351 217 909 578<br />

Propriedade<br />

<strong>aicep</strong> <strong>Portugal</strong> <strong>Global</strong><br />

O’Porto Bessa Leite Complex<br />

R. António Bessa Leite, 1430 – 2º<br />

4150-074 Porto<br />

Tel.: +351 226 055 300<br />

Fax: +351 226 055 399<br />

NIFiscal 506 320 120<br />

Conselho de Administração<br />

Pedro Reis (Presidente),<br />

António Almeida Lima,<br />

José Vital Morgado,<br />

Manuel Mendes Brandão,<br />

Pedro Pereira Gonçalves (Vogais)<br />

Directora<br />

Ana de Carvalho<br />

ana.carvalho@portugalglobal.pt<br />

Redacção<br />

Cristina Cardoso<br />

cristina.cardoso@portugalglobal.pt<br />

Vitor Quelhas<br />

vitor.quelhas@portugalglobal.pt<br />

Colaboram neste número<br />

Ana Margarida Costa, Alexandra Ferreira Leite,<br />

Carla Tavares, Direcção Internacional da COSEC,<br />

Joana Peixoto, João Manuel Santos,<br />

José Galamba de Oliveira, Luís Gonçalves,<br />

Luís Florindo, Magda Pereira, Maria Manuel Branco,<br />

Marta Pinheiro, Nuno Várzea, Paulo Borges,<br />

Pedro Macedo Leão, Pedro Reis, Pedro Pinto Sousa,<br />

Pedro Silveira, Philomène Dias.<br />

Fotografia e ilustração<br />

©Fotolia, Rodrigo Marques<br />

Publicidade<br />

Cristina Valente Almeida<br />

cristina.valente@portugalglobal.pt<br />

Secretariado<br />

Cristina Santos<br />

cristina.santos@portugalglobal.pt<br />

Assinaturas<br />

REGISTE-SE AQUI<br />

Projecto gráfico<br />

<strong>aicep</strong> <strong>Portugal</strong> <strong>Global</strong><br />

Paginação e programação<br />

Rodrigo Marques<br />

rodrigo.marques@portugalglobal.pt<br />

ERC: Registo nº 125362<br />

As opiniões expressas nos artigos publicados são da res-<br />

ponsabilidade dos seus autores e não necessariamente<br />

da revista <strong>Portugal</strong>global ou da <strong>aicep</strong> <strong>Portugal</strong> <strong>Global</strong>.<br />

A aceitação de publicidade pela revista <strong>Portugal</strong>global<br />

não implica qualquer compromisso por parte desta<br />

com os produtos/serviços visados.<br />

// Janeiro 2012 // <strong>Portugal</strong>global<br />

Ano novo,<br />

mercados novos<br />

Em declarações que fiz muito recentemente<br />

a um jornal económico – que<br />

me questionava sobre quais os mercados<br />

em que as empresas portuguesas<br />

deveriam procurar negócios em 2012<br />

– respondi, e cito, “não existem receitas<br />

mágicas para a internacionalização<br />

das empresas portuguesas e nem todos<br />

os sectores de actividade terão sucesso<br />

em todos os mercados, pelo que é essencial<br />

ter foco estratégico”.<br />

Recupero a ideia para este editorial<br />

porque é importante, no ano em que<br />

agora entramos, que as empresas portuguesas<br />

que já operam lá fora – e em<br />

especial as que procuram alargar os<br />

seus horizontes para mercados terceiros<br />

– olhem para a AICEP como um<br />

parceiro que pode acompanhar os seus<br />

processos de expansão e, sobretudo,<br />

como sendo capaz de fazer a diferença<br />

no momento de obter resultados.<br />

A reorganização da rede da AICEP em<br />

função de uma mais estreita e intensa<br />

articulação com a rede diplomática e<br />

consular e do turismo, tarefa que levaremos<br />

a cabo nos próximos meses, será<br />

essencial para aumentarmos também as<br />

nossas redes de intelligence económica<br />

e comercial e de networking institucional.<br />

A AICEP estará, assim, mais habilitada<br />

a prestar um melhor serviço e a<br />

fornecer às empresas informações cada<br />

vez mais precisas e rigorosas sobre os<br />

mercados que são alvo do seu interesse.<br />

Nos mercados consolidados, a articulação<br />

com as redes diplomática, consular<br />

e do turismo reforçará a actuação da<br />

AICEP, conferindo-lhe uma maior consistência<br />

e solidez na actuação. Mas a nossa<br />

economia precisa de novos mercados:<br />

os negócios internacionais de <strong>Portugal</strong>,<br />

quer seja investimento directo estrangeiro<br />

em <strong>Portugal</strong>, quer sejam importações,<br />

exportações e investimento das empre-<br />

sas portuguesas no estrangeiro, estão<br />

demasiado concentrados nos parceiros<br />

da União Europeia. Com a economia<br />

europeia à beira de uma estagnação e<br />

com quatro dos nossos principais parceiros<br />

comerciais – Espanha, França, Reino<br />

Unido e Itália – a implementar, simultaneamente,<br />

medidas de austeridade, a<br />

situação torna-se mais complexa.<br />

Há, por isso, que trabalhar no sentido<br />

de desbravar novos mercados e novos<br />

destinos para as empresas portuguesas,<br />

que sejam atractivos e tenham potencial.<br />

A par dos mercados consolidados,<br />

onde trabalharemos para aprofundar a<br />

presença portuguesa, as apostas passam<br />

por mercados com dimensão interna<br />

muito relevante, como é o caso<br />

do mercado norte-americano e, como<br />

é evidente, pelos mercados da lusofonia,<br />

com destaque para Angola, Brasil,<br />

Moçambique e Timor. Ao nível dos mercados<br />

emergentes, diria que a nossa actuação<br />

passa por aprofundar o conhecimento<br />

daqueles mercados que podem<br />

oferecer oportunidades mais interessantes<br />

para as empresas portuguesas.<br />

A par da China – que vai ser certamente<br />

uma avenida nova para a economia<br />

portuguesa e que pode abrir oportunidades<br />

em mercados vizinhos – diria<br />

que toda a zona do Magrebe e do Golfo,<br />

sem esquecer a Índia e o México,<br />

são mercados que a AICEP está particularmente<br />

empenhada em conquistar.<br />

Remato este editorial recuperando a<br />

frase com que terminei as declarações<br />

a que aludi no início e que é a seguinte:<br />

“a AICEP estará onde a economia<br />

portuguesa e as suas empresas dela<br />

mais necessitarem”.<br />

Bom ano a todos!<br />

PEDRO REIS<br />

Presidente do Conselho de Administração da AICEP


ENTREVISTA<br />

6<br />

ENTREVISTA AO PRESIDENTE DA AICEP<br />

REDE DA AICEP POTENCIA<br />

EXPORTAÇÕES<br />

E INTERNACIONALIZAÇÃO<br />

DAS EMPRESAS<br />

O papel da AICEP na promoção das exportações, na captação de investimento e na<br />

internacionalização da economia portuguesa, a integração da Agência no MNE e a sua<br />

articulação com a nova diplomacia económica, a gestão renovada da imagem do país,<br />

bem como a aposta em novos mercados e na competitividade empresarial, são alguns dos<br />

temas focados nesta entrevista de Pedro Reis, presidente da <strong>aicep</strong> <strong>Portugal</strong> <strong>Global</strong>.<br />

// Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global


Com a integração da AICEP no âmbito do MNE, qual<br />

será o seu papel estratégico em termos de promoção<br />

da exportação, de captação de investimento e de<br />

internacionalização?<br />

A meu ver, a AICEP ganha uma nova dinâmica com esta articulação,<br />

pois no âmbito da rede diplomática passa a estar,<br />

não em 40 mercados, mas em cerca de 80, abrangendo todos<br />

os países em que existem representações diplomáticas e consulares,<br />

beneficiando ainda do facto de muitos embaixadores<br />

estarem acreditados em mais do que um país. A dimensão<br />

económica da diplomacia portuguesa sai, por isso, reforçada<br />

com este novo protagonismo da AICEP, à qual continuam atribuídos<br />

os papéis estratégicos nas áreas da promoção da exportação,<br />

da captação de investimento e da internacionalização.<br />

Naturalmente que com a transferência da tutela da AICEP<br />

para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, esta continuará<br />

a articular-se estreitamente com o Ministério da Economia, e<br />

também com outros ministérios e entidades públicas.<br />

De que modo se vai articular a AICEP no âmbito da<br />

nova diplomacia económica e com outras redes que<br />

actuam no terreno, como a do MNE e a do Turismo?<br />

Os embaixadores irão receber uma carta de missão em que<br />

se explica também o papel coordenador que a AICEP terá<br />

em matéria económica e comercial. Os embaixadores serão<br />

funcionalmente responsáveis pelas delegações da Agência<br />

no estrangeiro mas, por seu lado, deverão cumprir um plano<br />

estratégico elaborado em conjunto com esta, com objectivos<br />

concretos e métricas de avaliação bem definidas para que se<br />

possam aferir os resultados obtidos, recebendo instruções da<br />

AICEP quanto ao plano de trabalhos definido. Neste sentido,<br />

a AICEP passará, muito em breve, a comunicar directamente<br />

com a rede diplomática e consular, que orientará em matéria<br />

económica e comercial. Na minha perspectiva, o que muda<br />

fundamentalmente para melhor é a estratégia de reforço,<br />

consolidação e agilização da articulação que já existia no terreno<br />

entre a AICEP e as Embaixadas, uma realidade que tanto<br />

os nossos delegados no exterior como os nossos embaixadores<br />

confirmam estar a funcionar bem. Há que dar mais<br />

corpo a isso, institucionalizando os canais de comunicação e<br />

definindo claramente as responsabilidades.<br />

Qual o papel da Agência na promoção da imagem de<br />

<strong>Portugal</strong> e das suas marcas no exterior?<br />

A definição e promoção de uma imagem integrada e estável<br />

do país no exterior, a chamada “Marca <strong>Portugal</strong>”, é um dos<br />

grandes desafios que temos pela frente este ano, dado que<br />

esta tem que ser necessariamente o espelho do ADN do país<br />

e dos seus factores de diferenciação, caracterizados por séculos<br />

de história e cultura e com todos os factores de atractividade<br />

que nos distinguem dos outros povos e nações. Contudo,<br />

essa “Marca <strong>Portugal</strong>” deve resultar de um esforço de<br />

concertação de perspectivas diversas, especialmente ao nível<br />

da AICEP e do Turismo de <strong>Portugal</strong>, que se traduza numa<br />

mensagem estável e reconhecida por todos os quadrantes<br />

políticos, económicos e sociais relevantes da nossa sociedade.<br />

<strong>Portugal</strong> precisa de recuperar a sua credibilidade externa<br />

ENTREVISTA<br />

e a sua boa imagem internacional. Há, pois, que começar<br />

por “desconstruir” o valor negativo frequentemente associado<br />

à marca <strong>Portugal</strong>.<br />

Quais são as suas previsões, no contexto de um 2012<br />

difícil, considerando a dinâmica das áreas de actuação<br />

da AICEP?<br />

Em termos de dinâmica da AICEP, há duas observações a<br />

fazer. A primeira, diz respeito à actual equipa directiva, que<br />

está a olhar cuidadosamente para o mapa da rede externa,<br />

analisando as necessidades de serviço e os objectivos<br />

geo-estratégicos e económicos, conjugando-os com a nova<br />

realidade do movimento diplomático anunciado há dias,<br />

em articulação com os mercados em que queremos apostar<br />

fortemente este ano. Estamos ainda a elaborar conceitos<br />

estratégicos e seguidamente vamos definir os perfis dos<br />

mercados em que é imperativo actuar. O mundo mudou<br />

muito neste último ano e coloca-nos, sem dúvida, novos<br />

desafios. A par dos mercados consolidados, há que definir<br />

um mapa de novas oportunidades de negócio para as<br />

empresas e, nesta medida, a AICEP tem que estar não só<br />

“A AICEP vai passar a comunicar directamente<br />

com a rede diplomática e consular,<br />

que orientará em matéria económica<br />

e comercial.”<br />

onde já estão as empresas portuguesas, como apoiar, com<br />

todos os meios ao seu alcance, o desejo, por parte destas,<br />

de descobrir novos mercados.<br />

O que é que se pode esperar da evolução da economia<br />

portuguesa no actual contexto europeu e mundial e<br />

em função dos desafios que esta enfrenta este ano?<br />

Sabemos que as perspectivas para 2012 são exigentes, mas<br />

tenho a certeza de que a situação transitória que vivemos,<br />

fruto da austeridade decorrente do plano de ajustamento<br />

implementado pelo Governo, trará resultados benéficos e<br />

será positivo para o futuro do país. A situação económica,<br />

transitória, não nos deve desencorajar, devendo antes servir<br />

de incentivo ao esforço de superação das dificuldades e levar-nos<br />

a dar o melhor de nós próprios em prol de <strong>Portugal</strong><br />

nesta hora decisiva para o nosso futuro.<br />

Considerando a experiência e o know-how da AICEP<br />

em matéria de mercados, como é que esta contribuirá<br />

para potenciar novas oportunidades de negócio?<br />

Quais são os mercados considerados prioritários?<br />

Os mercados prioritários são, antes de mais, aqueles onde<br />

já estão as empresas portuguesas. Em relação a potenciar<br />

novas oportunidades de negócios, esse é justamente o core<br />

business da AICEP no exterior, que tem por missão central<br />

conhecer aprofundadamente os mercados, bem como os<br />

principais sectores de actividade empresarial e todos os pro-<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 7


ENTREVISTA<br />

8<br />

cedimentos administrativos e regulamentares que tenham a<br />

ver com a entrada de serviços ou bens portugueses nesses<br />

mercados. E, claro está, a Agência tem a obrigação de colocar<br />

essa intelligence com valor acrescentado ao serviço da<br />

exportação e da internacionalização das nossas empresas.<br />

Nesta medida, o que é que está a mudar na geografia<br />

das exportações portuguesas e como é que se<br />

conquistam e consolidam novos mercados estratégicos?<br />

Tenho sublinhado em diferentes ocasiões que as nossas exportações<br />

estão excessivamente dependentes do mercado<br />

europeu, o que agora nos obriga ao reforço da estratégia de<br />

diversificação de mercados levada a cabo pela AICEP. Essa<br />

diversificação tem que centrar-se na procura de mercados<br />

pujantes e em que se verifiquem taxas de crescimento elevadas.<br />

Contudo, se a AICEP pode contribuir para identificar<br />

tais mercados, apoiando com esse conhecimento e outros<br />

meios ao seu alcance as empresas, não lhe compete, no entanto,<br />

decidir quais os países para onde as empresas devem<br />

investir, decisão que tem que ver com as opções estratégicas<br />

“A definição e promoção de uma imagem<br />

integrada e estável do país no exterior, a<br />

chamada Marca <strong>Portugal</strong>, é um dos grandes<br />

desafios que temos pela frente este ano,<br />

dado que esta tem que ser necessariamente o<br />

espelho do ADN do país e dos seus factores de<br />

diferenciação, caracterizados por séculos de<br />

história e cultura e com todos os factores de<br />

atractividade que nos distinguem dos outros<br />

povos e nações.”<br />

de cada empresa acima de tudo. Tanto mais que há mercados<br />

que são uma boa aposta para um conjunto relevante de<br />

sectores, mas há também outros que só fazem sentido para<br />

um conjunto reduzido. Este conhecimento dos mercados<br />

torna-se essencial sobretudo para as apostas das pequenas<br />

e médias empresas, com menores recursos e dimensão.<br />

Em matéria de captação de investimento estrangeiro,<br />

qual será a actuação estratégica a seguir neste<br />

domínio e quais são os factores que, quanto a si,<br />

tornam <strong>Portugal</strong> claramente mais atractivo?<br />

Há que encontrar uma narrativa sólida, coerente e estável<br />

para os negócios com <strong>Portugal</strong>, que permita que o nosso<br />

país esteja permanentemente na mira dos investidores internacionais,<br />

apesar das dificuldades conjunturais que possa<br />

atravessar. A actuação e a eficácia estratégicas, em matéria<br />

de atracção de investimento, serão a partir de agora<br />

potenciadas pelo elevado nível de articulação institucional<br />

entre a AICEP, o ministério da tutela e outros ministérios<br />

e organismos do Estado, procurando eliminar custos de<br />

contexto e promovendo a criação das melhores condições<br />

para o investimento. <strong>Portugal</strong> oferece boas condições de<br />

atractividade para além dos benefícios fiscais de que al-<br />

// Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

guns investimentos podem beneficiar: membro pleno da<br />

União Europeia, com ligações profundas a África e ao Brasil<br />

e estabilidade política, <strong>Portugal</strong> é um país seguro, que<br />

possui uma excelente rede de infra-estruturas, bem como<br />

de óptimos acessos viários, ferroviários, fluviais e aéreos, de<br />

portos e logística portuária e de comunicações. Dotado de<br />

mão-de-obra qualificada e motivada, de bons centros de<br />

formação, de investigação científica e tecnológica, assim<br />

como de universidades reconhecidas internacionalmente e<br />

com centros de competências que são referência nas mais<br />

diversas áreas, <strong>Portugal</strong> proporciona ao investidor exigente<br />

além da excelência, inovação e competitividade, todos os<br />

meios para o desenvolvimento do seu negócio.<br />

Quais são as características, consideradas incontornáveis,<br />

de uma empresa exportadora, ou que o queira ser, no<br />

actual contexto da economia e da concorrência globais,<br />

seja ela uma grande empresa ou uma PME?<br />

Dados os actuais desafios do contexto nacional e internacional,<br />

o país precisa de exportar mais, através de mais<br />

empresas, de vender mais e melhores produtos ao exterior,<br />

com mais valor acrescentado, diversificando os seus<br />

mercados. Nesta medida, a exportação de bens e serviços<br />

assume-se como estratégica para o país e como um passo<br />

fundamental para a internacionalização da economia portuguesa.<br />

Mas, para que tal aconteça, é necessário que as<br />

empresas ganhem capacidade de concorrer globalmente. E<br />

isso exige planeamento de recursos e consistência empresarial,<br />

devendo esta pautar-se por uma correcta avaliação<br />

do potencial exportador e competitivo da empresa, por<br />

uma avaliação cuidada de quais os factores decisivos, como<br />

uma estratégia de internacionalização (que passa por uma<br />

análise do mercado, da concorrência, dos potenciais clientes<br />

e dos pontos fracos e fortes da estrutura da empresa),<br />

“As nossas exportações estão excessivamente<br />

dependentes do mercado europeu, o que<br />

agora obriga ao reforço da estratégia de<br />

diversificação de mercados levada a cabo pela<br />

AICEP, diversificação essa que deve centrar-se<br />

na procura de mercados pujantes e em que se<br />

verifiquem taxas de crescimento elevadas.”<br />

assim como a formação de quadros superiores e intermédios<br />

e mão-de-obra especializada e motivada, ou acesso a<br />

financiamento e garantias. É igualmente incontornável a<br />

aposta em marcas próprias e na diferenciação do serviço<br />

prestado ao cliente, bem como no marketing, no design e<br />

na implementação de programas de promoção adaptados<br />

aos mercados alvo.<br />

No processo de exportação e internacionalização,<br />

quais as vantagens e desvantagens de ser PME?<br />

No passado, a dimensão, pequena ou média, de uma<br />

empresa poderia constituir um obstáculo à sua activida-


de exportadora. Mas hoje as PME com assumida vocação<br />

exportadora, têm vindo a melhorar a sua capacidade para<br />

satisfazer as expectativas do cliente final e neste sentido estão<br />

mais bem apetrechadas a vários níveis: têm cada vez<br />

mais uma boa relação qualidade/preço dos produtos, um<br />

adequado know-how e flexibilidade produtiva, diversidade<br />

de oferta qualificada, uma crescente capacidade de resposta<br />

técnica às exigências do consumidor externo. Por outro<br />

lado, encontram-se bem equipadas em termos de inovação<br />

e desenvolvimento tecnológico (I&D), apostam em altos padrões<br />

de diferenciação e qualidade, na criação e no aproveitamento<br />

de economias de escala e de gama. A certificação<br />

da qualidade dos produtos, que permite fazer a diferença,<br />

e dos processos de gestão, são hoje factores determinantes.<br />

Ou seja, a chave não está na dimensão da empresa mas sim<br />

na sua capacidade para vingar nos mercados externos.<br />

Pode fazer um resumo, que fique na memória<br />

dos leitores, dos factores de sucesso que devem<br />

caracterizar uma empresa exportadora?<br />

Para uma grande empresa ou para uma PME ganhar o desafio<br />

da exportação, mesmo considerando que já domina<br />

os factores de competitividade mais importantes (inovação,<br />

qualidade, design, marca, imagem e marketing), esta<br />

deve reunir outros factores de sucesso, entre os quais um<br />

bom conhecimento dos mercados, ter uma clara percepção<br />

das áreas em que é fundamental ter excelência e deter<br />

vantagens competitivas face à concorrência, desenvolver<br />

capacidades de fazer/produzir diferente, transmitindo valor<br />

acrescentado ao cliente e afirmando uma imagem de solidez<br />

empresarial, bem como uma base financeira sólida para<br />

se abalançar para novos mercados. Ou seja: antes de uma<br />

empresa avançar para um processo de exportação regular,<br />

ENTREVISTA<br />

deve reunir condições de viabilidade estratégica, económica,<br />

financeira e técnica que permitam a expansão dos negócios,<br />

com sucesso, na economia global.<br />

“A actuação e a eficácia estratégicas, em<br />

matéria de atracção de investimento, serão<br />

potenciadas pelo elevado nível de articulação<br />

institucional entre a AICEP, o ministério da<br />

tutela e outros ministérios e organismos<br />

do Estado, procurando eliminar custos<br />

de contexto e promovendo a criação das<br />

melhores condições para o investimento.”<br />

Na presente conjuntura da economia e com<br />

a crescente dificuldade dos recém-licenciados<br />

conseguirem emprego, o programa INOV Contacto –<br />

um programa que conquistou a popularidade junto<br />

do tecido empresarial – atrai cada vez mais jovens. O<br />

que está previsto nesta matéria?<br />

Uma das primeiras decisões que esta administração tomou<br />

quando tomou posse foi a de desbloquear o processo do<br />

INOV Contacto que se encontrava parado. Deu-se já início<br />

ao processo de escolha dos 250 jovens que iniciarão o<br />

seu estágio no próximo mês de Abril. É uma iniciativa para<br />

continuar, mas vamos avaliar em que moldes e com que<br />

modelo de financiamento. Admito que, no futuro, uma pequena<br />

componente da retribuição dos estagiários possa ser<br />

suportada pelas empresas, de forma a podermos continuar<br />

a assegurar a viabilidade do programa.<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 9


NOVO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO<br />

DA AICEP<br />

Presidente<br />

Pedro Reis, 43 anos, é licenciado em Gestão e Administração<br />

de Empresas pela Universidade Católica Portuguesa<br />

(1986-1992), tendo complementado o seu percurso académico<br />

com formações na Harvard Business School (EUA)<br />

em Strategic Finance (2005), no Insead (França) no AMP<br />

– Advanced Management Program (1995) e, também na<br />

Universidade Católica, no PAGE – Programa Avançado de<br />

Gestão para Executivos (1994-95).<br />

Autor do livro “Voltar a Crescer”, em que traça um diagnóstico<br />

da economia portuguesa com base num estudo feito<br />

junto de 55 empresários e gestores portugueses (Março de<br />

2011), o novo presidente da AICEP era consultor na empresa<br />

Cunha Vaz & Associados com a função de vice-presidente.<br />

Do seu percurso profissional destacam-se igualmente os<br />

cargos que ocupou na Imago, como administrador, e no<br />

grupo Tubus e na Altamira, como presidente. Foi ainda colaborador<br />

de várias revistas especializadas em assuntos económicos<br />

e comentador na TVI24.<br />

Na AICEP, tem a seu cargo a representação externa da<br />

Agência, as participadas Capital <strong>Global</strong> e <strong>Global</strong> Parques, a<br />

Secretaria-geral, e a Verificação de Incentivos de GE e PME.<br />

Vogais<br />

AICEP<br />

António Almeida Lima, licenciado em Direito pela Universidade<br />

Católica Portuguesa (Lisboa), era Cônsul-Geral de<br />

<strong>Portugal</strong> no Rio de Janeiro desde 2006, tendo um vasto<br />

percurso profissional ligado à carreira diplomática, que iniciou<br />

em 1983 como Adido de Embaixada. Entre os vários<br />

postos que ocupou contam-se a Representação Permanente<br />

de <strong>Portugal</strong> na ONU, em Nova Iorque, a Embaixada em<br />

Londres, a Delegação permanente junto da NATO, em Bruxelas,<br />

a Embaixada em Maputo, e as Direcções de Serviços<br />

da América do Norte e da África Subsariana do MNE, além<br />

de Subdirector Geral das Relações Bilaterais. Foi chefe de<br />

gabinete da ministra do Negócios Estrangeiros e das Comunidades<br />

Portuguesas em 2003/2004.<br />

Tem a seu cargo na AICEP as áreas da Diplomacia Económica<br />

e Relações Institucionais, Apoio à Rede, Relações Públicas, Comunicação,<br />

Contact Center e Sites, Programação e Gestão de<br />

Eventos e o relacionamento com o Turismo de <strong>Portugal</strong>.<br />

Manuel Brandão é licenciado em Direito pela Universidade<br />

Católica do Porto, formação a que acrescem os cursos<br />

de Direito Fiscal e Integração Europeia que concluiu na<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 11


AICEP<br />

Universidade de Saarbrücken, na Alemanha, e o curso de<br />

pós-graduação de Direito do Ordenamento, do Urbanismo<br />

e do Ambiente que frequentou na Faculdade de Direito da<br />

Universidade de Coimbra.<br />

Profissionalmente, e até integrar o CA da AICEP, exercia<br />

advocacia nas áreas de Corporate, Contratação Pública,<br />

Direito Marítimo e Portuário, Imobiliário e Publicidade na<br />

sociedade de advogados Albuquerque & Associados. O seu<br />

percurso está também ligado à OGMA, onde foi administra-<br />

dor não-executivo, e representante nacional junto do Nato<br />

Industrial Advisory Group (NIAG) na Bélgica. Foi também<br />

chefe de gabinete do ministro da Defesa Nacional entre<br />

2003 e 2005.<br />

PME, Assessoria Jurídica, Capacitação, Conhecimento, Informação<br />

Internacional e Nacional e o relacionamento com o<br />

IAPMEI são os pelouros da sua responsabilidade na Agência.<br />

Pedro Pereira Gonçalves é licenciado em Economia pela<br />

Universidade Católica Portuguesa e Mestre (MBA) pela Universidade<br />

Nova de Lisboa e pelo Scottish Doctoral Programme<br />

& Masters Degree in Economics. Trabalhava actualmente<br />

no Banco Espírito Santo, onde era Director Coordenador<br />

do Gabinete de Monetização e Crédito a Empresas, tendo,<br />

ao longo do seu percurso profissional, desempenhado funções<br />

na Companhia de Seguros Tranquilidade, e em diversos<br />

gabinetes governamentais entre 2002 e 2005.<br />

São da sua responsabilidade na AICEP as áreas das Grandes<br />

Empresas (GE), Angariação, Marketing Estratégico,<br />

Financeira, Incentivos PME e GE, Contratos GE, Auditoria<br />

interna, Custos de contexto e relacionamento com Capitais<br />

de Risco.<br />

12 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

José Vital Morgado é licenciado em engenharia civil pelo<br />

Instituto Superior Técnico, tendo ingressado no ICEP em<br />

1987, onde foi director, em <strong>Portugal</strong>, e delegado em Nova<br />

Iorque e em Madrid, sendo vogal executivo da administração<br />

da AICEP desde a sua criação em Julho de 2007. O seu<br />

percurso profissional fez-se também em empresas do sector<br />

da construção como a Corul – Construções Urbanas, Lda.,<br />

a Ilídio Monteiro Construções, Lda., e a Sogel – Sociedade<br />

Geral de Empreitadas, Lda.<br />

Tem actualmente a seu cargo os pelouros do INOV Contacto,<br />

dos Recursos Humanos, do Património, Logística e<br />

Compras, e dos Sistemas e Tecnologias de Informação.


DESTAQUE<br />

VALE A PENA INVESTIR<br />

EM PORTUGAL<br />

Uma panorâmica do investimento em <strong>Portugal</strong>, com destaque para projectos bem<br />

sucedidos de investimento estrangeiro, mostra-se incontornável no actual contexto<br />

de crise global. Primeiro, porque reforça a imagem positiva do país e também porque<br />

confere confiança aos nossos parceiros económicos, mostrando-lhes de forma credível<br />

que há boas razões para investirem em <strong>Portugal</strong>. Segundo, porque sendo a AICEP, em<br />

matéria de investimento, parte indissociável da solução, torna-se fundamental realçar<br />

o seu papel e a sua experiência na captação, viabilização e acompanhamento do<br />

investimento estrangeiro, potenciador de desenvolvimento empresarial, de redução<br />

do défice da balança comercial e de criação de emprego.<br />

14 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global


FACTORES DE COMPETITIVIDADE<br />

Vários factores de competitividade colocam<br />

<strong>Portugal</strong> na rota do investimento<br />

directo estrangeiro, pese embora a<br />

conjuntura adversa particularmente<br />

sentida no mundo ocidental e que levou<br />

já a um decréscimo dos fluxos de<br />

IDE em muitos mercados.<br />

A localização geo-estratégica de <strong>Portugal</strong>,<br />

no cruzamento das rotas marítimas<br />

e aéreas que ligam a África, a Europa e<br />

as Américas, é uma das vantagens do<br />

país enquanto receptor de investimento<br />

estrangeiro. Igualmente, infra-estruturas<br />

portuárias como Sines, Lisboa ou<br />

Leixões e os aeroportos de Lisboa ou<br />

Porto podem ser pontos de apoio fundamentais<br />

para o transporte de pessoas<br />

e mercadorias que pretendam aceder ao<br />

mercado da União Europeia, hoje com<br />

cerca de 500 milhões de habitantes.<br />

No domínio das comunicações e telecomunicações,<br />

dos transportes e da logística,<br />

<strong>Portugal</strong> tem hoje infra-estruturas<br />

modernas e capazes de responder às necessidades<br />

de qualquer investidor, assegurando<br />

uma rápida ligação e comunicação<br />

com os mercados internacionais.<br />

A mão-de-obra portuguesa é reconhecida<br />

pela sua qualidade e flexibilidade,<br />

pela sua qualificação e pela sua produtividade,<br />

factores que a tornam altamente<br />

competitiva em relação a outros<br />

países também receptores de IDE.<br />

É de sublinhar que se trata de um país<br />

politicamente estável e seguro, pres-<br />

“A mão-de-obra portuguesa<br />

é reconhecida pela sua<br />

qualidade e flexibilidade,<br />

pela sua qualificação e pela<br />

sua produtividade, factores<br />

que a tornam altamente<br />

competitiva em relação<br />

a outros países também<br />

receptores de IDE.”<br />

DESTAQUE<br />

Competência, qualificação e flexibilidade são alguns dos adjectivos que investidores<br />

estrangeiros em <strong>Portugal</strong> atribuem aos seus colaboradores. A existência de mão-deobra<br />

qualificada é, assim, um dos factores de atractividade de <strong>Portugal</strong> na captação<br />

de investimento directo estrangeiro. A localização estratégica do país, a existência de<br />

boas infra-estruturas de comunicação e até a hospitalidade dos portugueses e o clima<br />

agradável são outros factores que pesam na tomada de decisão de um investidor<br />

estrangeiro. Mas, afinal, quais são as vantagens competitivas de <strong>Portugal</strong> face aos<br />

seus mais directos concorrentes?<br />

tigiado a nível internacional, pela sua<br />

Historia e pela sua politica externa, que<br />

dialoga facilmente com distintos países.<br />

Membro da União Europeia, é também<br />

o membro europeu da Comunida-<br />

de dos Países de Língua Portuguesa e<br />

mantém um relacionamento cada vez<br />

mais importante não só com os países<br />

vizinhos do Norte de África, mas também<br />

com mercados com economias<br />

em rápido crescimento, como a China,<br />

a Índia, a África do Sul ou o México.<br />

<strong>Portugal</strong>, pela sua colocação no mundo<br />

pode ser, e já é em muitos casos, uma<br />

plataforma de parcerias no quadro das<br />

relações económicas internacionais.<br />

<strong>Portugal</strong> distingue-se também pelo investimento<br />

que tem vindo a efectuar<br />

em áreas de ponta, como as do ambiente<br />

e as energias renováveis, confirmando<br />

o esforço de modernização<br />

económica do país e dispondo de um<br />

know-how e experiência que fazem<br />

das empresas portuguesas destes sectores<br />

parceiros importantes para potenciais<br />

investidores.<br />

<strong>Portugal</strong> beneficia ainda da vantagem<br />

de ter um excelente clima, uma boa<br />

qualidade de vida e uma população<br />

hospitaleira e aberta ao estrangeiro, o<br />

que o torna atractivo e de fácil adaptação<br />

para os quadros expatriados.<br />

Onde investir<br />

Mais do que sectores, <strong>Portugal</strong> privilegia<br />

a atracção de projectos que sejam<br />

inovadores e tecnologicamente avançados<br />

que possam contribuir para o<br />

esforço de modernização e internacionalização<br />

da nossa base produtiva em<br />

diferentes áreas e sectores, contando<br />

para isso com a AICEP e a sua rede espalhada<br />

em mais de 40 países.<br />

Além das áreas do ambiente e das energias<br />

renováveis, já referidas, são de assinalar<br />

os sectores automóvel, onde existe<br />

um cluster de grande importância; a<br />

aeronáutica, que o recente investimento<br />

da Embraer veio impulsionar de forma<br />

decisiva; as TIC, onde se destaca um<br />

conjunto apreciável de empresas nacionais<br />

com projecção internacional; o turismo<br />

e as biotecnologias, entre outros.<br />

Os dados relativos ao investimento em<br />

<strong>Portugal</strong>, desde 2000, confirmam o<br />

crescente interesse de empresas estrangeiras<br />

em investir no país, com uma média<br />

anual de IDE da ordem dos 20 a 30<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 15


DESTAQUE<br />

mil milhões de euros. Mesmo em anos<br />

mais recentes e apesar da crise internacional,<br />

<strong>Portugal</strong> continua a ser um destino<br />

de IDE importante para empresas<br />

com estratégias de internacionalização<br />

globais. Por outro lado dado o crescente<br />

investimento de empresas portuguesas<br />

no estrangeiro, nomeadamente em países<br />

como a Espanha, Brasil ou Angola<br />

fazem de <strong>Portugal</strong> um parceiro potencial<br />

para empresas estrangeiras interessadas<br />

em aceder a esses mercados.<br />

De acordo com vários relatórios internacionais, <strong>Portugal</strong> encontra-se bem posicionado<br />

em diversos rankings de competitividade internacional no que se refere a factores<br />

relevantes para a tomada de decisão de localização de investimentos. Vejamos alguns<br />

destes indicadores.<br />

16 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

Apoios<br />

A AICEP apoia, sobretudo, projectos de<br />

qualidade, virados para a exportação e<br />

que podem trazer valor acrescentado ao<br />

país em termos de tecnologia e inovação.<br />

São vários os exemplos de grandes<br />

empresas que investiram e continuam a<br />

investir em <strong>Portugal</strong> beneficiando de diferentes<br />

apoios. Mas há também projectos<br />

de PME que, pelo seu potencial interesse,<br />

podem ser apoiadas, em parceria com o<br />

PORTUGAL<br />

VERSUS<br />

DESTINOS CONCORRENTES<br />

INFRA-ESTRUTURAS (físicas e tecnológicas)<br />

Qualidade global<br />

das infra-estruturas (ranking)<br />

<strong>Global</strong> Competitiveness Report 2011/2012<br />

World Economic Forum (142 países)<br />

Qualidade global das infra-estruturas:<br />

Num universo de 142 países,<br />

<strong>Portugal</strong> ocupa a 12ª posição,<br />

à frente de países como Holanda,<br />

Bélgica, Espanha, Reino Unido, República<br />

Checa, Irlanda e Grécia.<br />

Qualidade das estradas<br />

The <strong>Global</strong> Enabling Trade Report 2010<br />

World Economic Forum (125 países)<br />

Qualidade da rede rodoviária: De<br />

125 países analisados, 9º lugar, à<br />

frente da Holanda, Espanha, Reino<br />

Unido, Irlanda, Hungria, República<br />

Checa, Polónia, Roménia.<br />

IAPMEI (Instituto de Apoio as Pequenas<br />

e Médias Empresas Industriais). Tudo<br />

depende do projecto e das suas características,<br />

havendo um leque de apoios<br />

que vão desde o acompanhamento do<br />

investidor ao longo de todo o processo<br />

de instalação nas diversas componentes<br />

(contactos com entidades locais, apoio<br />

jurídico, informação, etc.) aos apoios de<br />

índole financeira, nos quais se incluem os<br />

apoios à formação de trabalhadores.<br />

Disponibilidade das tecnologias<br />

mais avançadas (ranking)<br />

<strong>Global</strong> Competitiveness Report 2011/2012<br />

World Economic Forum (142 países)<br />

Disponibilidade das tecnologias<br />

mais avançadas: Em 142 economias<br />

avaliadas, 16º lugar, à frente do Luxemburgo,<br />

Alemanha, Espanha, Itália,<br />

Polónia.


INOVAÇÃO<br />

Performance da inovação (Taxa de<br />

crescimento médio)<br />

Innovation Union Scoreboard 2010<br />

PRO INNO Europe (40 países)<br />

<strong>Portugal</strong> apresenta a maior taxa de<br />

crescimento médio, de entre 40 países<br />

analisados, no que se refere à<br />

performance da inovação.<br />

FORNECIMENTO DE SERVIÇOS<br />

Velocidade média de Internet de banda<br />

larga declarada (ranking)<br />

Estatísticas OCDE, Setembro 2010 (35 países)<br />

<strong>Portugal</strong> ocupa o 2º melhor lugar no<br />

ranking de 35 países, relativamente à<br />

velocidade média de Internet de<br />

Banda Larga anunciada pelos operadores.<br />

À frente, por exemplo, da França,<br />

da Noruega, da Alemanha, entre outros.<br />

Performance da inovação por dimensão<br />

(Innovators)<br />

Innovation Union Scoreboard 2010<br />

PRO INNO Europe (40 países)<br />

A categoria em que <strong>Portugal</strong> melhor<br />

pontua no que se refere à performance<br />

da Inovação, é na “Innovators”, que<br />

traduz a capacidade de inovação empresarial<br />

(novos produtos, serviços, processos<br />

organizacionais e marketing). O<br />

lugar ocupado é o 3º deste ranking.<br />

Qualidade do fornecimento de<br />

electricidade<br />

<strong>Global</strong> Competitiveness Report 2011/2012<br />

World Economic Forum (142 países)<br />

Qualidade de fornecimento de eletricidade:<br />

num universo de 142 países,<br />

28º lugar, à frente de países como Espanha,<br />

Hungria, Itália, Polónia, Grécia.<br />

DESTAQUE<br />

CUSTOS OPERACIONAIS<br />

Custos de electricidade para uso<br />

industrial<br />

<strong>Global</strong> Benchmark Report 2011<br />

Confederation of Danish Industry (21 países da OCDE)<br />

<strong>Portugal</strong> posiciona-se em 5º lugar<br />

numa amostra de 21 países da OCDE,<br />

no que se refere ao custo da electricidade<br />

para uso industrial, à frente<br />

de países como a Grécia, a Espanha,<br />

a Polónia, a Irlanda, o Reino Unido, a<br />

Holanda, a República Checa.<br />

Crescimento anual nos custos unitários<br />

laborais (2005-2009)<br />

<strong>Global</strong> Benchmark Report 2010<br />

Confederation of Danish Industry (29 países da OCDE)<br />

De entre 29 países da OCDE analisados,<br />

<strong>Portugal</strong> é o 4º país com menor<br />

crescimento nos custos unitários<br />

laborais entre 2005 e 2009, à frente<br />

da República Checa, Polónia, Hungria<br />

e Turquia, países habitualmente associados<br />

a baixos custos de mão-de-obra.<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 17


DESTAQUE<br />

AMBIENTE DE NEGÓCIOS<br />

Barreiras legislativas à criação de empresas<br />

IMD Survey 2009 (28 países da OCDE)<br />

De entre 28 países da OCDE analisados,<br />

<strong>Portugal</strong> é o 3º melhor classificado<br />

em termos de ausência de<br />

barreiras legislativas à criação de<br />

empresas. Melhor posicionado que,<br />

por exemplo, a Irlanda, a Holanda e o<br />

Reino Unido.<br />

Duração de criação de empresa (em dias)<br />

Doing Business 2011<br />

Banco Mundial (183 países)<br />

Tempo necessário para criar uma<br />

empresa: 6 dias, à frente de países<br />

como a Holanda (8 dias), Roménia<br />

(10 dias), Reino Unido e Irlanda (13),<br />

República Checa (20), Polónia (32),<br />

Espanha (47).<br />

18 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

Proteção de investidores (ranking)<br />

Doing Business 2011<br />

Banco Mundial (183 países)<br />

Proteção aos investidores: Embora<br />

<strong>Portugal</strong> se situe apenas um pouco<br />

acima do meio da tabela (44º), está<br />

em igualdade de situação com países<br />

habitualmente conotados como muito<br />

competitivos como a Polónia e a Roménia.<br />

Mas está acima da República<br />

Abertura da economia (comércio internacional)<br />

Doing Business 2011<br />

Banco Mundial (183 países)<br />

Abertura da economia (comércio internacional):<br />

27ª lugar, antes da Bélgica,<br />

Polónia, Espanha, Itália e Hungria.<br />

Checa (93º) e ainda mais distanciada<br />

da Holanda (109º). Pontuamos bem<br />

em aspectos como garantias de confidencialidade,<br />

favorecimento de responsabilização<br />

criminal de dirigentes<br />

em casos de má conduta de gestão ou<br />

proteção de acionistas minoritários,<br />

nomedamente no acesso a informação<br />

corporativa.<br />

Eficiência dos procedimentos de<br />

importação/exportação<br />

The <strong>Global</strong> Enabling Trade Report 2010<br />

World Economic Forum (125 países)<br />

Eficiência dos procedimentos de<br />

importação/exportação: 20º lugar<br />

antes de Luxemburgo, Suiça, Bélgica,<br />

Polónia, Itália, Espanha, Bulgária.


Facilidade em contratar estrangeiros<br />

The <strong>Global</strong> Enabling Trade Report 2010<br />

World Economic Forum (125 países)<br />

Facilidade em contratar estran-<br />

geiros: 13º lugar, à frente do Reino<br />

Unido, Hungria, República Checa,<br />

Roménia, Holanda, Espanha, Polónia.<br />

RECURSOS HUMANOS<br />

Percentagem de licenciados<br />

em Ciência e Engenharia<br />

<strong>Global</strong> Benchmark Report 2011<br />

Confederation of Danish Industry (35 países)<br />

<strong>Portugal</strong> obtem a 2ª melhor posição<br />

num ranking de 35 países avaliados<br />

quanto à percentagem de licenciados<br />

em Ciência e Engenharia.<br />

Custo de vida<br />

Cost of living survey 2010<br />

Mercer (214 países)<br />

Num indicador especialmente impor-<br />

tante para a instalação de actividades<br />

de serviços, em que as multinacionais<br />

escolhem muitas vezes as capitais e<br />

Competências linguísticas<br />

World Competitiveness Yearbook 2009 IMD (58 países)<br />

Competências linguísticas: Em 58<br />

países avaliados, <strong>Portugal</strong> obtém 7<br />

pontos, bastante à frente de países<br />

como a Polónia, a República Checa, a<br />

Irlanda, a Roménia, a Hungria, o Reino<br />

Unido e a Espanha.<br />

DESTAQUE<br />

fazem habitualmente deslocar expatriados,<br />

Lisboa – num universo<br />

de 214 cidades mundiais analisadas<br />

– pontua melhor do Madrid, Praga,<br />

Istambul, Dublin, Amesterdão ou<br />

Londres, no que se refere ao índice<br />

de custo de vida.<br />

Inscritos no ensino secundário<br />

<strong>Global</strong> Competitiveness Report 2011/2012<br />

World Economic Forum (142 países)<br />

Estudantes inscritos no Ensino Secundário:<br />

13ª posição, à frente de países<br />

como a Suiça, Hungria, Reino Unido,<br />

Polónia, Itália, Alemanha e Grécia.<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 19


DESTAQUE<br />

A AICEP E A CAPTAÇÃO<br />

DE INVESTIMENTO<br />

Cabe à AICEP, enquanto agência pública responsável pela<br />

captação de investimento estrangeiro e promoção da<br />

internacionalização das empresas e das exportações nacionais,<br />

um papel fundamental na angariação de investimento<br />

estruturante para o país. A AICEP angaria e acompanha os<br />

projectos de investimento em todas as suas etapas, apoiando aqueles<br />

que melhor concorram para a competitividade e sustentabilidade da<br />

economia portuguesa, contribuindo para os objectivos de aumentar o valor<br />

acrescentado, reduzir o défice da balança comercial e criar emprego.<br />

A captação de investimento estrangeiro<br />

é globalmente considerada uma prioridade<br />

para o crescimento das economias,<br />

mesmo as mais desenvolvidas, pelos impactos<br />

directos que resultam desses fluxos:<br />

transferência de tecnologia, criação<br />

de emprego e geração de valor. Isto significa<br />

que praticamente todos os países<br />

têm uma política activa de captação de<br />

novos investimentos, tornando esta actividade<br />

extremamente competitiva.<br />

As decisões de investimento, especialmente<br />

no âmbito de grandes multinacionais,<br />

são baseadas numa avaliação<br />

competitiva e profissional dos factores<br />

de atracção de várias localizações. Nos<br />

últimos anos, por força das dificuldades<br />

globais de financiamento, constata-se<br />

que mesmo para projectos de menor<br />

dimensão, as multinacionais envolvem<br />

equipas especializadas na análise comparativa<br />

de várias localizações alternativas,<br />

avaliando um conjunto de requisitos<br />

relevante para o respectivo negócio<br />

e procedendo à eliminação sucessiva de<br />

localizações até chegarem a uma lista<br />

mais limitada, para decisão final.<br />

A experiência da Agência nesta matéria<br />

mostra que é comum um processo de<br />

escolha de localizações começar com<br />

de uma lista com dez a vinte alternativas<br />

(a “long list”), escolhida em função<br />

de indicadores macroeconómicos e da<br />

percepção que existe sobre localizações<br />

competitivas para uma determinada<br />

actividade. Em muitos casos, as multi-<br />

20 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

nacionais limitam-se a dar a oportunidade<br />

às suas filiais em vários mercados<br />

para concorrerem pela atribuição de um<br />

novo projecto de investimento.<br />

Este conjunto de localizações possíveis é<br />

depois reduzido a uma lista mais pequena<br />

(“short list”), essencialmente com base<br />

“A passagem à “short list”,<br />

bem como a decisão final<br />

de localização, dependem<br />

essencialmente de factores<br />

micro económicos. Ou<br />

o modelo de negócios<br />

ajustado a uma determinada<br />

localização atinge os critérios<br />

de decisão previamente<br />

definidos, ou não existe<br />

investimento.”<br />

na resposta que as várias agências de<br />

promoção de investimento conseguem<br />

dar aos requisitos de localização do projecto<br />

ou por recomendação de consultores<br />

especializados. As últimas três a cinco<br />

localizações são então objecto de visita e<br />

de recolha de informação, construindo-se<br />

um plano de negócios que vai basear a<br />

decisão final da empresa.<br />

A passagem à “short list”, bem como<br />

a decisão final de localização, dependem<br />

essencialmente de factores micro<br />

económicos. Ou o modelo de negócios<br />

ajustado a uma determinada localização<br />

atinge os critérios de decisão previamente<br />

definidos, ou não existe investimento.<br />

A actuação da AICEP na fase em que o<br />

nosso país se encontra numa “long list”<br />

para decisão de um projecto de investimento,<br />

inclui as seguintes actividades:<br />

• Recolha, tratamento e apresentação da<br />

informação requerida pelo investidor;<br />

• Identificação de localizações adequadas<br />

aos requisitos de negócio do projecto,<br />

envolvendo um contacto próximo<br />

com municípios, zonas industriais,<br />

parques empresariais, mediadoras<br />

imobiliárias, centros tecnológicos ou<br />

de investigação, universidades, centros<br />

de formação profissional, etc.;<br />

• Planeamento, preparação e acompanhamento<br />

de missões de prospecção a<br />

<strong>Portugal</strong>. A experiência demonstra que<br />

o sucesso destas missões depende da<br />

capacidade de as planear e preparar<br />

com rigor, devendo ser definidos roteiros<br />

adequados ao perfil dos visitantes;<br />

• Acompanhamento destas missões por<br />

colaboradores da Agência, com visitas a<br />

terrenos, empresas, entidades públicas,<br />

universidades, portos ou outros interlocutores<br />

relevantes para que o investidor<br />

faça uma avaliação completa da competitividade<br />

do nosso país.<br />

Nos casos em que não se consegue a<br />

passagem à “short list”, procura-se identificar<br />

qual a localização vencedora, quais


as vantagens e de que forma é que se<br />

pode melhorar para uma próxima oportunidade.<br />

Quando chega a boa notícia<br />

de que <strong>Portugal</strong> continua na corrida,<br />

entra-se numa nova fase crítica, em que<br />

todos os dados se têm de alinhar para<br />

que a decisão final nos seja favorável:<br />

• Pode ser necessário preparar e acompanhar<br />

novas visitas, ainda mais<br />

detalhadas;<br />

• São normalmente solicitados dados<br />

mais específicos sobre os custos e a<br />

disponibilidade de utilities, os custos<br />

logísticos e a disponibilidade de rotas<br />

marítimas ou ferroviárias (onde aplicável);<br />

a disponibilidade e o custo de recursos<br />

humanos com as qualificações<br />

necessárias ao projecto, entre outros;<br />

• É avaliado o enquadramento do projecto<br />

nos sistemas de incentivos em<br />

vigor e são preparadas simulações<br />

do que poderá vir a ser o pacote de<br />

apoios a negociar;<br />

• São identificados todos os aspectos<br />

em que a proposta portuguesa possa<br />

ser melhorada e são remetidos à<br />

empresa todos os elementos que permitam<br />

a construção do melhor plano<br />

de negócios, de entre as várias localizações<br />

que ainda estejam na corrida.<br />

“Uma forma eficaz<br />

de conseguir mais<br />

investimento é conseguir<br />

que os investidores que<br />

já se encontram no nosso<br />

país, sejam nacionais ou<br />

estrangeiros, alcancem<br />

resultados que os levem a<br />

reinvestir.”<br />

Esta fase é a mais sensível de todo o<br />

processo, procurando-se alcançar o<br />

equilíbrio entre o impacto económico<br />

que o projecto pode ter e uma utilização<br />

racional dos recursos públicos a<br />

alocar ao projecto, sem que se conheça<br />

em detalhe quais são as ofertas das<br />

localizações alternativas. No final, resta<br />

esperar – insistindo, persistindo, procurando<br />

sempre mais formas de melhorar<br />

a proposta de valor de <strong>Portugal</strong> – que<br />

chegue a decisão favorável.<br />

Refira-se que os clientes da AICEP, na<br />

vertente da captação de investimento,<br />

são empresas, em regra, de grande dimensão,<br />

com um volume de negócios<br />

anual na ordem dos 75 milhões de euros<br />

ou com projectos de investimento<br />

DESTAQUE<br />

superiores a 25 milhões de euros. Mas<br />

está igualmente confiada à agência a<br />

missão de promover, captar e acompanhar<br />

projectos que, mesmo não cumprindo<br />

estes critérios qualitativos, possam,<br />

pelo respectivo mérito, contribuir<br />

significativamente para o desenvolvimento<br />

da economia nacional, através<br />

da criação ou expansão de actividades<br />

inovadoras e potenciadoras de efeitos<br />

relevantes na cadeia de valor e no emprego<br />

qualificado.<br />

Desenvolvendo<br />

mais investimento<br />

A máxima que diz que “é mais barato<br />

reter clientes do que conseguir clientes<br />

novos” também se aplica à promoção<br />

de investimento. Uma forma eficaz de<br />

conseguir mais investimento é conseguir<br />

que os investidores que já se encontram<br />

no nosso país, sejam nacionais<br />

ou estrangeiros, alcancem resultados<br />

que os levem a reinvestir.<br />

Sendo os impactos económicos entre<br />

projectos de raiz ou de expansão idênticos,<br />

mas com custos de transacção muito<br />

menores, até para as próprias empresas,<br />

é normal que as agências de promoção<br />

de investimento apliquem uma<br />

parte significativa dos seus recursos no<br />

acompanhamento dos investidores que<br />

têm presença nos respectivos países.<br />

Na AICEP, uma equipa de 15 gestores de<br />

clientes tem a responsabilidade de, no<br />

dia-a-dia, acompanhar as maiores empresas<br />

presentes no país, procurando identificar<br />

as dificuldades que possam estar<br />

a prejudicar a sua actividade actual, sem<br />

deixar de identificar novos projectos de<br />

investimento em <strong>Portugal</strong>.<br />

As grandes empresas estão normalmente<br />

inseridas em grandes grupos cuja estratégia<br />

global e cuja alocação de recursos<br />

e de novos projectos de investimento é<br />

muitas vezes decidida a nível central, em<br />

função de critérios que nem sempre seguem<br />

uma lógica estritamente económico-financeira.<br />

Daqui resulta que a possibilidade<br />

de acesso a informação relevante<br />

para a identificação de novas oportunidades<br />

ou ameaças depende normalmente<br />

do estabelecimento de uma relação de<br />

confiança entre essas empresas e o gestor<br />

de cliente da AICEP.<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 21


DESTAQUE<br />

Localizações de excelência à distância<br />

de um clique<br />

O <strong>Global</strong> Find é uma Plataforma desenvolvida pela <strong>aicep</strong> <strong>Global</strong> Parques que<br />

identifica de forma célere soluções de localização empresarial em <strong>Portugal</strong><br />

continental, actuando como instrumento de apoio ao investimento.<br />

Disponível em www.globalparques.pt ou directamente em http://globalfind.<br />

globalparques.pt, o <strong>Global</strong> Find permite efectuar pesquisas livres em mapa e/ou<br />

identificar opções de localização através da selecção de distintos critérios prédefinidos<br />

infra-estruturais, demográficos e socioeconómicos. Basta seleccionar<br />

os requisitos pretendidos e esta ferramenta cruza-los-á, oferecendo os<br />

resultados correspondentes à pesquisa e permitindo o download de relatórios<br />

muito completos sobre a localização seleccionada.<br />

À distância de um clique, qualquer utilizador poderá aceder directamente<br />

no mapa à caracterização e descrição de diversos pontos de interesse de<br />

contextualização industrial ou logística tais como Portos e Terminais Portuários,<br />

Aeroportos, Plataformas Logísticas, Parques de Ciência e Tecnologia.<br />

Disponível em quatro línguas – português, inglês, espanhol e alemão –, o<br />

<strong>Global</strong> Find promove todos os sites livres para instalação empresarial, inseridos<br />

na Plataforma, no mercado internacional de localizações para investimento.<br />

O <strong>Global</strong> Find está em permanente actualização e desenvolvimento, quer da<br />

ferramenta quer dos dados nela constantes. Actualmente conta com 8.500 lotes,<br />

dos quais 3.600 disponíveis para ocupação, e mais de 200 parques empresariais.<br />

22 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

Esta equipa procura ainda aumentar<br />

o impacto económico destes investimentos,<br />

designadamente o aumento<br />

do recurso a fornecedores locais, a colaboração<br />

entre empresas e mesmo o<br />

desenvolvimento de estratégias de internacionalização<br />

concertadas.<br />

O conhecimento da oferta nacional,<br />

a capacidade de identificar potenciais<br />

fornecedores para uma determinada<br />

necessidade e a disponibilidade para<br />

apoiar o processo de qualificação destes<br />

fornecedores têm sido instrumentais na<br />

identificação de novas oportunidades de<br />

negócio que resultam na substituição de<br />

importações e em investidores mais satisfeitos<br />

com a sua presença em <strong>Portugal</strong>.<br />

Custos de Contexto<br />

Um aspecto realmente crítico para a<br />

percepção que os investidores têm do<br />

nosso país é a forma como os seus<br />

processos são geridos pelas entidades<br />

da administração pública com que se<br />

relacionam. Nos casos em que os prazos<br />

não são cumpridos ou em que há<br />

omissão de decisões administrativas,<br />

conflitos de competência entre entidades<br />

públicas, decisões não fundamentadas<br />

ou obstáculos burocráticos que<br />

se traduzem em entraves ao desenvolvimento<br />

da actividade das empresas, a<br />

Agência disponibiliza o apoio da sua<br />

equipa de Custos de Contexto.<br />

Neste domínio, a AICEP actua ao nível<br />

da tramitação administrativa de muitos<br />

projectos de investimento, ajudando<br />

as empresas no encaminhamento mais<br />

adequado dos processos, através da articulação<br />

com outras entidades da administração<br />

pública. Nesta actividade,<br />

procura-se equilibrar o que resulta de<br />

um conhecimento muito detalhado da<br />

legislação aplicável com a capacidade<br />

de levar as entidades públicas e os privados<br />

a dialogarem com o objectivo de se<br />

identificarem todos os constrangimentos<br />

ao desenvolvimento de um determinado<br />

projecto. São assim identificadas<br />

as bases de um entendimento que, no<br />

respeito da legislação existente, permita<br />

ao investidor ter um cenário claro das<br />

condições em que pode ou não fazer o<br />

investimento e dos custos associados.


IDE EM PORTUGAL<br />

FACTOS E NÚMEROS<br />

DESTAQUE<br />

<strong>Portugal</strong> continua a atrair elevados fluxos de investimento directo estrangeiro (IDE)<br />

bruto, devendo em 2011 ter, de novo, superado a barreira dos 30 mil milhões de<br />

euros, apesar da crise financeira vivida no país e na Europa. De realçar também que o<br />

stock de IDE tem vindo sucessivamente a aumentar, atingindo, em Setembro de 2011,<br />

o seu valor mais elevado de sempre: 83,9 mil milhões de euros.<br />

GRÁFICO I – FLUXOS DE IDE EM PORTUGAL, 1996-2011 (JAN/OUT) (MILHÕES EUR)<br />

Investimento Desinvestimento Líquido<br />

O período de crescimento significativo<br />

do IDE em <strong>Portugal</strong> teve início a partir de<br />

1995 (54,5 por cento de crescimento médio<br />

anual em 1996-2000), aproveitando<br />

os efeitos do investimento da Autoeuropa<br />

(1991), que ajudou a dinamizar as<br />

indústrias automóvel, electrónica e metalomecânica<br />

e a retomar uma vertente<br />

mais industrialista do IDE, após uma fase<br />

anterior de aposta no sector dos serviços.<br />

A partir de 2000, os valores absolutos<br />

de IDE bruto atingiram patamares nunca<br />

antes observados, culminando em<br />

2006-2010 com uma média anual de<br />

34 mil milhões de euros (crescimento<br />

de 23 por cento face à média de 2001-<br />

2005), embora se verifique simultaneamente<br />

o aumento do desinvestimento.<br />

Deste modo, o IDE líquido foi de 3,4<br />

mil milhões de euros em média anual<br />

GRÁFICO II – FLUXOS DE IDE BRUTO EM PORTUGAL, POR ACTIVIDADE, 1996-2011 (JAN/OUT) (MILHÕES EUR)<br />

Ind. Transformadora Comércio Act. Financeiras e de Seguros<br />

nos últimos cinco anos, que compara<br />

com 4,0 mil milhões de euros em<br />

2001-2005. O valor máximo de IDE<br />

líquido captado por <strong>Portugal</strong> ocorreu<br />

em 2006 (8,7 mil milhões de euros),<br />

enquanto em 2009 e 2010 foi de 1,5<br />

mil milhões (média anual).<br />

De sublinhar, contudo, o facto de, pelo<br />

menos desde 1965, o valor absoluto<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 23


DESTAQUE<br />

GRÁFICO III – FLUXOS DE IDE BRUTO EM PORTUGAL, POR ORIGEM, 1996-2011 (JAN/OUT) (% IDE BRUTO TOTAL)<br />

UE27<br />

GRÁFICO IV – STOCK DE IDE EM PORTUGAL, 1996-2011 (JAN/SET)<br />

Stock IDE (Meur)<br />

do IDE líquido nunca ter sido negativo,<br />

apesar de, ao longo dos anos, se terem<br />

verificado algumas oscilações na captação<br />

de investimento estrangeiro em<br />

determinados períodos.<br />

Em termos sectoriais, regista-se a perda<br />

de peso da Indústria Transformadora<br />

(média anual de 39 por cento em<br />

1996-2000 contra 31 por cento em<br />

GRÁFICO V – FLUXOS DE IDE LÍQUIDO MUNDIAL, NA EU27 E EM PORTUGAL, 1996-2010 (MILHÕES USD)<br />

Mundo<br />

Extra UE<br />

24 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

Stock IDE/PIB (%)<br />

2001-2005 e 26 por cento em 2006-<br />

2010), e o aumento do peso do Comércio<br />

(31 por cento em 2006-2010<br />

contra 22 por cento em 2001-2005).<br />

Por tipo de operação, destaque para<br />

as operações em Empréstimos e Suprimentos<br />

(85 por cento em 2010 contra<br />

56 por cento em 2000), e a diminuição<br />

do investimento em operações de<br />

UE27 <strong>Portugal</strong> (eixo dir.)<br />

Capital (10 por cento em 2010 contra<br />

35,5 por cento em 2000).<br />

No que respeita à origem do investimento<br />

bruto em <strong>Portugal</strong>, a União<br />

Europeia tem sido a principal fonte de<br />

IDE, representando 86,6 por cento do<br />

total em 2010.<br />

Quanto ao stock de IDE, este tem vindo<br />

sucessivamente a aumentar, atingindo,


em Setembro de 2011, o seu valor<br />

mais elevado de sempre: 83,9 mil milhões<br />

de euros (em 2010, o stock de<br />

IDE equivaleu a 47,8 por cento do PIB),<br />

o que revela a capacidade por parte de<br />

<strong>Portugal</strong> para valorizar os activos.<br />

Apesar do cenário menos favorável<br />

nos anos mais recentes quanto ao IDE<br />

em <strong>Portugal</strong> (e na União Europeia em<br />

geral), nomeadamente nos últimos<br />

cinco anos e sobretudo ao nível do IDE<br />

líquido), é de referir que, a nível mundial,<br />

2008 marca o fim dum ciclo de<br />

crescimento iniciado em 2004 e que<br />

culminou em 2007 com o máximo de<br />

sempre: 1.971 mil milhões de dólares<br />

líquidos de investimento directo.<br />

DESTAQUE<br />

GRÁFICO VI – FLUXOS DE IDE LÍQUIDO MÉDIO ANUAL, EM PORTUGAL E PECO, 1996-2010 (% IDE LÍQUIDO MUNDIAL NA EU27 TOTAL)<br />

Polónia<br />

Roménia<br />

Bulgária<br />

Rep. Checa<br />

<strong>Portugal</strong><br />

Hungria<br />

GRÁFICO VII – FLUXOS DE IDE LÍQUIDO MUNDIAL, 1970-2010 (MILHÕES USD)<br />

Desenvolvidos PVD Transição<br />

Eslováquia<br />

Estónia<br />

Lituânia<br />

A reter também o facto de, no novo<br />

milénio, a Ásia ter ganho preponderância<br />

como centro económico mundial,<br />

nomeadamente a China e a Índia, com<br />

crescimentos económicos elevados, enquanto<br />

na Europa se verificou a abertura<br />

da União Europeia a Leste.<br />

Outro aspecto que importa salientar é<br />

o facto de, pela primeira vez, em 2010,<br />

as economias em desenvolvimento e<br />

em transição terem captado mais de<br />

metade do ID líquido mundial (52 por<br />

cento), enquanto a Europa captou apenas<br />

24,5 por cento do ID líquido total<br />

(43,2 por cento em 2007), e que segundo<br />

o World Investment Prospects<br />

Survey 2010-2012, da UNCTAD, os três<br />

Letónia<br />

Eslováquia<br />

mercados prioritários como destino dos<br />

investimentos das empresas transnacionais<br />

são a China, Índia e Brasil. No<br />

top 10 do ranking constam sete países<br />

asiáticos; o principal país comunitário<br />

é o Reino Unido, em sexto lugar no<br />

ranking geral.<br />

Até 2013, a UNCTAD prevê que os fluxos<br />

mundiais de investimento directo retomem<br />

os valores anteriores ao início da<br />

crise financeira internacional. Face à forte<br />

concorrência internacional na captação<br />

de ID, caberá, assim, a <strong>Portugal</strong> desenvolver<br />

competências cada vez mais assentes<br />

na inovação e na economia do conhecimento,<br />

a par de alterações de natureza<br />

fiscal e da redução da dívida pública.<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 25


DESTAQUE<br />

INVESTIR EM PORTUGAL<br />

OS PRÓS E OS CONTRAS VISTOS<br />

PELAS EMPRESAS<br />

É ponto assente que a captação e fixação de investimento em <strong>Portugal</strong> constitui<br />

um instrumento importante no processo de modernização, internacionalização e<br />

globalização do tecido empresarial e que por esta via contribui para a dinamização<br />

da economia, nomeadamente em matéria de competitividade. Porque investem as<br />

empresas estrangeiras em <strong>Portugal</strong>? As empresas respondem.<br />

Embora alguns dos factores de competitividade<br />

e de atractividade se tenham<br />

alterado com a crise das dívidas soberanas<br />

e dos mercados, <strong>Portugal</strong> continua<br />

a ser um destino apetecível para<br />

o investimento interno e externo mais<br />

consistente e sustentável, sem dúvida<br />

a melhor opção ao investimento circunstancial<br />

e mais volátil, que explora<br />

os custos mais baixos dos factores de<br />

produção, com fraca ou nula repercussão<br />

no desenvolvimento económico.<br />

Nesta medida, existem factores que<br />

importa realçar, dado que continuam<br />

a influenciar a decisão de investidores,<br />

nomeadamente estrangeiros, não só<br />

26 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

pela positiva como pela negativa. Face<br />

à crise económico-financeira europeia<br />

e internacional, a questão de como<br />

competir e captar investimento ganha<br />

ainda maior relevância.<br />

É certo que o investimento estrangeiro<br />

em <strong>Portugal</strong> acusou uma retracção em<br />

2010/11, comparando com anos anteriores,<br />

o que é confirmado pela UNC-<br />

TAD, a agência da ONU para o comércio<br />

e o investimento. Contudo, apesar<br />

deste factor de constrangimento, o país<br />

continua a contar com um ambiente<br />

empresarial favorável, de que desfrutam<br />

algumas das maiores empresas inter-<br />

nacionais, e também com um historial<br />

de sucesso em matéria de Investimento<br />

Directo Estrangeiro (IDE), de que são<br />

exemplo a Autoeuropa (indústria automóvel),<br />

a brasileira Embraer (sector aeronáutico)<br />

ou a alemã Siemens, que há<br />

mais de um século desempenha um papel<br />

activo no desenvolvimento económico<br />

do país, sendo líder nos seus sectores<br />

de indústria, energia e saúde.<br />

Não surpreende, pois, que uma empresa<br />

como a Cisco <strong>Portugal</strong>, líder<br />

mundial em soluções de rede, afirme<br />

que “é impossível encontrar aspectos<br />

negativos do investimento realizado”.


Quem o diz é Nuno Varandas, director<br />

do Centro Hércules da Cisco, que<br />

defende que <strong>Portugal</strong> tem neste momento<br />

as condições necessárias para<br />

ser a “Califórnia da Europa”.<br />

Também John Chambers, o CEO da multinacional<br />

nos EUA, reafirmou recentemente<br />

o interesse da empresa em continuar<br />

a investir em <strong>Portugal</strong>, uma vez<br />

que os “resultados deste investimento<br />

têm sido extremamente positivos”.<br />

Seja como for, nunca é demais potenciar<br />

a percepção de <strong>Portugal</strong> no<br />

exterior, pois numa sociedade competitiva<br />

não basta fazer bem, é essencial<br />

fazer melhor, de preferência primeiro,<br />

dando-se a conhecer pela excelência. E<br />

para isso, nada melhor que o testemunho<br />

de empresas que estão a investir<br />

em <strong>Portugal</strong>.<br />

“Apesar dos constrangimento<br />

conjunturais, o país continua<br />

a contar com um ambiente<br />

empresarial favorável, de<br />

que desfrutam algumas<br />

das maiores empresas<br />

internacionais, e também<br />

com um historial de sucesso<br />

em matéria de IDE.”<br />

Pontos positivos<br />

Para as empresas que olham para <strong>Portugal</strong><br />

como país e plataforma de investimento,<br />

são de destacar factores<br />

como a abertura económica portuguesa,<br />

bem como os fortes laços que unem<br />

o país à União Europeia, e por sua vez<br />

a União aos mercados mundiais, bem<br />

como a ligação do país com o continente<br />

africano, Brasil e EUA, relações<br />

que constituem uma base sólida para a<br />

internacionalização. Para a Xerox, por<br />

exemplo, o posicionamento geográfico<br />

de <strong>Portugal</strong> foi um factor decisivo<br />

quando optou por se instalar em Lisboa:<br />

“Para além da comparação entre<br />

factores como custo do emprego, disponibilidade<br />

de idiomas ou instalações,<br />

a acessibilidade foi determinante, dado<br />

que nos permite apoiar clientes euro-<br />

peus e norte-americanos”. Em contrapartida,<br />

para a Continental Mabor,<br />

fabricante de pneus e câmaras-de-ar,<br />

“se o facto de <strong>Portugal</strong> estar localizado<br />

na União Europeia tem vantagens, já o<br />

situar-se geograficamente na periferia<br />

aumenta os custos de logística”.<br />

<strong>Portugal</strong> é também um país dotado de<br />

um ambiente empresarial favorável ao<br />

investimento estrangeiro, tanto mais<br />

que tem feito apostas em medidas que<br />

fomentam a promoção da competitividade.<br />

São exemplo disso o Código de<br />

Trabalho, o Sistema Fiscal e Incentivos<br />

Fiscais, a Reforma Administrativa, as<br />

Infra-estruturas de Apoio à Actividade<br />

Económica e a Regulação do Mercado.<br />

Nesta medida, para a Huf Portuguesa<br />

(componentes para automóveis), “as<br />

relações institucionais com as entidades<br />

de apoio às empresas – AICEP, IA-<br />

PMEI e IEFP e com entidades políticas e<br />

autárquicas – têm sido fluidas e muito<br />

positivas”.Também para a farmacêutica<br />

HIKMA, entre outros aspectos positivos<br />

para o investimento (localização geográfica,<br />

apoio institucional, qualidade<br />

dos serviços locais e da mão-de-obra), é<br />

a competitividade que se destaca: “Em<br />

função dos elevados padrões de qualidade<br />

apresentados, os custos de produção<br />

continuam a ser competitivos e isto é primordial<br />

quando se concorre, dentro do<br />

Grupo Hikma, com outras subsidiárias<br />

sedeadas em localizações ‘low cost’ “.<br />

Por outro lado, a mão-de-obra portuguesa<br />

caracteriza-se por ser qualificada,<br />

versátil, empenhada e facilmente adaptável<br />

às novas práticas tecnológicas,<br />

comerciais e comunicacionais. É esta a<br />

opinião da Huawei <strong>Portugal</strong>, que sublinha<br />

a “responsabilidade, qualidade<br />

e empenho dos colaboradores locais,<br />

que cumprem de forma exemplar, as<br />

funções que lhe são atribuídas”. Para<br />

a Xerox, empresa de soluções tecnológicas<br />

para escritório, <strong>Portugal</strong> oferece<br />

“facilidade de recrutamento aliada à<br />

qualidade dos recursos humanos, com<br />

licenciados altamente motivados, produtividade<br />

elevada, domínio de línguas,<br />

adaptabilidade, facilidade de comunicar<br />

com diferentes culturas, serviço de<br />

elevada qualidade”, ou seja, “um con-<br />

DESTAQUE<br />

junto de vantagens que permite uma<br />

estratégia de preço competitiva”.<br />

Os custos laborais em <strong>Portugal</strong> são considerados<br />

os mais competitivos da União<br />

Europeia, quer no sector dos serviços,<br />

quer na indústria. É este também o parecer<br />

da Renault Cacia, que realça que no<br />

contexto da Europa Ocidental, <strong>Portugal</strong><br />

“É necessário mudar para<br />

melhor a percepção de<br />

<strong>Portugal</strong> no exterior, pois<br />

numa sociedade competitiva<br />

não basta fazer bem, é<br />

essencial fazer melhor,<br />

de preferência primeiro,<br />

dando-se a conhecer pela<br />

excelência.”<br />

conta “com uma mão-de-obra qualificada<br />

e com custos competitivos, o que<br />

a par dos incentivos ao investimento é<br />

um factor positivo e preponderante na<br />

decisão de investir”. A Continental Mabor<br />

sublinha igualmente os custos competitivos<br />

e a perfomance profissional dos<br />

seus colaboradores portugueses na sua<br />

fábrica do Lousado, “onde trabalham<br />

num ambiente industrial de elevada<br />

complexidade e com produtos de grande<br />

dificuldade tecnológica”.<br />

Rui Marques Dias, membro de gerência<br />

da Preh <strong>Portugal</strong> afirma que<br />

“é necessário acabar com o mito da<br />

falta de produtividade dos portugueses”.<br />

É neste sentido que levanta dúvidas<br />

quanto à competência de muitos<br />

empresários e gestores portugueses,<br />

quando se trata de gerir as suas próprias<br />

empresas: “A bem do futuro de<br />

<strong>Portugal</strong> é necessário resolver urgentemente<br />

o problema da falta de ‘produtividade’<br />

de uma parte significativa<br />

de empresários e gestores portugueses”,<br />

responsabilizando-os directamente<br />

pela falta de competitividade<br />

das mesmas, que habitualmente recai<br />

sobre os colaboradores. O Grupo<br />

Nestlé, presente em <strong>Portugal</strong> há quase<br />

um século, não tem dúvidas quanto<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 27


DESTAQUE<br />

à qualidade dos seus colaboradores:<br />

“continuamos a confiar na capacidade<br />

produtiva dos portugueses, no seu<br />

empenho, dedicação e exigência”.<br />

No âmbito técnico-científico, existe em<br />

<strong>Portugal</strong> uma comunidade científica e<br />

tecnológica internacionalizada, em que<br />

se destaca um conjunto de investigadores<br />

jovens, muitos dos quais com<br />

obra reconhecida a nível internacional,<br />

o que não tem passado despercebido<br />

aos investidores.<br />

Pontos negativos<br />

Mas nem tudo é fácil para as empresas<br />

que investem. Para os promotores do<br />

The Yeatman, um hotel de luxo localizado<br />

no centro de Vila Nova de Gaia,<br />

junto às antigas caves do vinho do Porto,<br />

“a frequente complexidade e morosidade<br />

dos procedimentos burocráticos<br />

constituíram um aspecto menos positivo<br />

da execução do projecto”. Um potencial<br />

entrave a alguns dos projectos<br />

futuros “é a falta de uma política totalmente<br />

integrada de desenvolvimento<br />

do turismo para toda a zona da Área<br />

Metropolitana do Porto”.<br />

Para a Huf Portuguesa, fábrica de componentes<br />

para automóvel, duas das<br />

principais causas de dificuldade para o<br />

investimento são o “excesso de legislação<br />

aplicável às empresas e a pouca<br />

qualidade da mesma em alguns casos”<br />

bem como “a falta de flexibilidade e<br />

desequilíbrio da legislação laboral”.<br />

Para a Preh <strong>Portugal</strong>, empresa especializada<br />

na produção de componentes<br />

electrónicos para automóveis, além<br />

dos obstáculos criados pela legislação<br />

laboral e pela burocracia, há a considerar<br />

para quem investe a “permanente<br />

alteração das leis fiscais, a morosidade<br />

da justiça e a localização periférica na<br />

Europa”. A Hikma, por sua vez, também<br />

sublinha o peso da carga fiscal,<br />

“o que é um factor negativo de atracção<br />

de investimento estrangeiro”. A<br />

Renault Cacia enfatiza que <strong>Portugal</strong><br />

tem “uma burocracia exagerada que<br />

dificulta a aplicação prática do desejo<br />

de investir”. Também a Huawei Portu-<br />

28 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

<strong>Portugal</strong> em positivo e negativo<br />

Positivo<br />

• Ambiente de negócio favorável e em rápida evolução.<br />

• Apoio eficaz às empresas (AICEP, IAPMEI, IEFP, autarquias).<br />

• Boas infra-estruturas, de nível mundial.<br />

• Custos operacionais competitivos.<br />

• Capacidade de I&D.<br />

• Empresas inovadoras e bem sucedidas internacionalmente.<br />

• Localização geográfica estratégica.<br />

• Fácil acesso aos principais mercados.<br />

• Mão-de-obra qualificada em áreas-chave.<br />

• Facilidade de recrutamento e fácil domínio das línguas, em particular<br />

do inglês comercial.<br />

• Responsabilidade, qualidade e empenho dos colaboradores.<br />

Negativo<br />

• Burocracia exagerada desmotiva o investimento.<br />

• Economia em recessão.<br />

• Incumprimento de prazos de pagamento acordados, nomeadamente<br />

por parte do sector público.<br />

• Dificuldade na obtenção de financiamentos à exportação.<br />

• Excesso de legislação aplicável às empresas.<br />

• Excesso de complexidade e morosidade dos procedimentos<br />

burocráticos, nomeadamente na obtenção de vistos.<br />

• Desequilíbrios na legislação laboral.<br />

• Justiça excessivamente morosa.<br />

• Localização periférica na Europa.<br />

gal, líder nacional nas telecomunicações<br />

móveis, destaca a “complexidade<br />

e burocracia na obtenção de vistos”,<br />

que não facilita a vida aos especialistas<br />

da empresa que se deslocam com frequência<br />

entre a China e <strong>Portugal</strong> para<br />

apoiar os projectos em curso.<br />

Já para a Tegopi, empresa metalomecânica<br />

líder de mercado em <strong>Portugal</strong><br />

em matéria de projecto e fabrico de<br />

pontes, pórticos, gruas e monorails, e<br />

também a maior produtora nacional de<br />

torres eólicas, as principais dificuldades<br />

residem fundamentalmente na “economia<br />

em recessão, no investimento<br />

estagnado e na escassez de financiamento<br />

à exportação”, aspectos partilhados<br />

pela Hikma, que refere não só<br />

a escassez mas também o actual custo<br />

do financiamento: “o que coloca em<br />

causa projectos geradores de valor”.


A expansão nos mercados externos é uma possibilidade para inúmeras<br />

empresas, que estão preparadas e têm as condições necessárias para<br />

expandir as suas fronteiras e os seus limites.<br />

Amplie os seus mercados e aumente as suas exportações, com o nosso<br />

apoio. Somos parte de um grupo Bancário de grande dimensão, com capacidade<br />

financeira e reconhecido prestígio internacional.<br />

Estamos preparados e queremos apoiar o Negócio Internacional, dispomos<br />

de mais de 2300 agências bancárias na península ibérica, assim como de<br />

um conjunto de parcerias bancárias, para facilitar os seus negócios.<br />

www.bancopopular.pt<br />

Quer internacionalizar<br />

o seu negócio?<br />

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EMPRESAS<br />

INVESTIMENTOS DE SUCESSO<br />

Estas são empresas que investiram e continuam a investir em <strong>Portugal</strong>. De<br />

forma consistente e sustentada. O seu sucesso deve-se à aposta que fizeram<br />

no País, na sua modernização e boas infra-estruturas, no seu ambiente<br />

empresarial favorável e nas suas oportunidades de negócio, nos seus<br />

apoios e incentivos, no seu fácil acesso aos mercados e na sua mão-deobra<br />

qualificada. Razões de sobra para investir em <strong>Portugal</strong>.<br />

THE YEATMAN HOTEL<br />

PROJECTO DE LUXO PROMOVE VINHOS<br />

E TURISMO NO DOURO<br />

Mais de 32 milhões de euros foi quanto custou o The Yeatman Hotel, em Gaia, à The<br />

Fladgate Partnership, uma empresa familiar de origem inglesa ligada ao vinho do<br />

Porto. Apresenta-se como hotel vínico de luxo e os seus mercados-alvo principais são<br />

Espanha, França, Reino Unido e América do Norte e do Sul.<br />

30 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global


Inaugurado em Setembro de 2010, o<br />

The Yeatman é um hotel vínico de luxo<br />

localizado em Gaia (Porto) que tem por<br />

objectivo redefinir a oferta hoteleira<br />

no Porto e tornar-se uma referência de<br />

qualidade, proporcionando aos hóspedes<br />

“a melhor e mais autêntica experiência<br />

da cidade, do vinho do Porto e<br />

dos vinhos portugueses”, como refere<br />

fonte da empresa, frisando tratar-se de<br />

um hotel de 5 estrelas diferente dos<br />

outros na região porque oferece “um<br />

pacote completo e autêntico”.<br />

Rodeado de espaços verdes e inserido em<br />

2,6 hectares, o hotel disponibiliza apenas<br />

82 quartos, todos com vista para o rio<br />

Douro e para a zona histórica do Porto.<br />

Com um edifício construído de raiz, o The<br />

Yeatman apostou no conforto, na tranquilidade<br />

e na hospitalidade, associados<br />

à qualidade, à gastronomia e ao vinho,<br />

que é também o mote do Spa de Vinotherapia®<br />

que o hotel disponibiliza aos<br />

hóspedes. É também de sublinhar que<br />

o restaurante do hotel foi recentemente<br />

reconhecido com a atribuição de uma estrela<br />

Michelin e com o Prémio de Melhor<br />

Carta de Vinhos (pela Revista dos Vinhos).<br />

Num investimento que ascendeu a<br />

32,5 milhões de euros, procurou-se<br />

igualmente reduzir o seu impacto no<br />

meio ambiente, através da incorporação<br />

de tecnologias que promovem a<br />

poupança de energia. O The Yeatman<br />

utiliza painéis solares para aquecimento<br />

da água, células fotovoltaicas para<br />

produção de electricidade reduzindo a<br />

energia eléctrica consumida, e iluminação<br />

de baixo consumo em todo o edifício.<br />

Igualmente, através da captação<br />

das águas das chuvas, é possível fornecer<br />

água para uso sanitário e rega de<br />

jardins, tendo ainda sido adoptado um<br />

sistema de purificação de água da rede<br />

pública para tornar agradável o seu<br />

consumo e para contribuir para a redução<br />

de emissões de dióxido de carbono<br />

geradas com o transporte da água engarrafada<br />

e reciclagem do vidro.<br />

Na génese deste projecto esteve a intenção<br />

do grupo The Fladgate Partnership<br />

de criar um hotel vínico, beneficiando<br />

das raízes da indústria do vinho do Porto<br />

e da experiência dos proprietários neste<br />

sector. A empresa, de origem britânica<br />

e de carácter familiar, cresceu devido à<br />

consolidação do negócio do vinho do<br />

Porto, concretamente à marca Taylor’s<br />

que se mantém na família original desde<br />

a sua fundação, em 1692. A família<br />

continua a gerir o negócio que cresceu<br />

com a fusão das marcas Taylor’s com a<br />

Fonseca em 1949, e mais tarde com a<br />

Croft em 2001.<br />

A The Fladgate Partnership tem ainda<br />

experiência como proprietária e gestora<br />

no sector hoteleiro: construiu e geriu o<br />

primeiro hotel de luxo na região do Douro,<br />

o The Vintage House no Pinhão. Com<br />

o The Yeatman é objectivo “apoiar em<br />

força os vinhos portugueses, tornando-o<br />

instantaneamente num forte cartão-devisita<br />

da qualidade desta importante indústria”,<br />

reforça a mesma fonte.<br />

EMPRESAS<br />

Além disso, a procura de saúde e bemestar<br />

tem aumentado na Europa, apresentando<br />

um crescimento médio anual<br />

entre 5 e 10 por cento. Este é um tipo<br />

de turismo associado a um estilo de vida<br />

baseado no conceito de wellness, actualmente<br />

com maior e mais diversificada<br />

oferta e que deixou de estar associada<br />

ao turismo com fins medicinais.<br />

O The Yeatman tem como mercadosalvo<br />

Espanha, França, Reino Unido e<br />

América do Norte e Sul (onde as marcas<br />

TFP são fortes), bem como os países<br />

orientais, a Escandinávia e a Austrália.<br />

Refira-se que o turismo é já a maior<br />

indústria a nível mundial. Em 2010,<br />

cerca de 940 milhões de pessoas visitaram<br />

países estrangeiros, estimando<br />

a OMT (Organização Mundial do<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 31


EMPRESAS<br />

Turismo) que esse número duplique<br />

até 2030.<br />

Estratégia de promoção<br />

concertada<br />

<strong>Portugal</strong> tem enorme potencial turístico<br />

e inúmeros factores de atracção, tais<br />

como as condições climatéricas, recursos<br />

naturais e culturais, onde se inclui<br />

o vinho do Porto e a região do vale do<br />

Douro. A actividade de promoção turística<br />

do vinho do Porto é responsável<br />

pelas novas dinâmicas locais, quer<br />

a nível económico quer a nível social,<br />

e, consequentemente, permite um aumento<br />

do número de visitantes e da<br />

procura de alojamento de qualidade.<br />

Por outro lado, a região do Porto e Douro<br />

deverá tornar-se o destino do país<br />

com um dos melhores desempenhos,<br />

prevendo-se que cresça anualmente a<br />

uma taxa de 8,5 por cento, atingindo<br />

mais de 1,7 milhões de dormidas de<br />

estrangeiros em 2015.<br />

Beneficiando da notoriedade dos vinhos<br />

do grupo The Fladgate Partnership,<br />

o novo hotel de luxo, localizado<br />

na zona histórica de Gaia, terá assim<br />

um papel de relevo na promoção e divulgação<br />

da região do Vale do Douro<br />

32 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

enquanto destino turístico, projectando<br />

a sua imagem a nível internacional.<br />

A curto prazo o grupo pretende integrar<br />

a oferta do hotel com serviços<br />

“O The Yeatman tem como<br />

mercados-alvo Espanha,<br />

França, Reino Unido e<br />

América do Norte e Sul (onde<br />

as marcas TFP são fortes), bem<br />

como os países orientais, a<br />

Escandinávia e a Austrália.”<br />

oferecidos por outros operadores, organismos<br />

e estabelecimentos na cidade<br />

do Porto e regiões envolventes de<br />

forma a enriquecer a experiência global<br />

do visitante. O objectivo é atrair um<br />

turismo de qualidade, com mais poder<br />

de compra e mais amplitude de interesses,<br />

e prolongar o tempo médio de<br />

estadia. Igualmente, pretende-se explorar<br />

o enorme potencial do chamado<br />

experiential tourism que proporciona<br />

ao visitante, não apenas um ambiente<br />

agradável, mas um conjunto de experiências<br />

memoráveis através das quais<br />

se sente enriquecido cultural, física ou<br />

emocionalmente, tornando-se embaixador<br />

do destino que visitou.<br />

Neste contexto pretende-se explorar<br />

duas áreas específicas, entre outras. A<br />

primeira é a oferta turística conjunta da<br />

cidade do Porto e da região do Douro,<br />

através do desenvolvimento de programas<br />

que abrangem as duas regiões.<br />

Segundo a fonte, “este conjunto de<br />

ofertas complementares oferece inúmeras<br />

sinergias e, desde que explorado e<br />

promovido com profissionalismo, representa<br />

um potencial considerável, não<br />

apenas no âmbito do turismo vinícola”.<br />

A mais longo prazo, é objectivo explorar<br />

o considerável potencial do turismo<br />

marítimo que irá desenvolver-se com a<br />

abertura da nova marina da Afurada e<br />

sobretudo com a construção da nova<br />

gare marítima do porto de Leixões.<br />

O The Yeatman é membro da cadeia<br />

internacional Relais & Châteaux. Sendo<br />

apenas a oitava propriedade em <strong>Portugal</strong><br />

a pertencer à Relais & Châteaux, o The<br />

Yeatman juntou-se ao exclusivo grupo<br />

dos 500 melhores hotéis e restaurantes<br />

do mundo, em 55 países.<br />

www.the-yeatman-hotel.com


XEROX<br />

SOLUÇÕES INOVADORAS AO SERVIÇO<br />

DA EXPECTATIVA E SATISFAÇÃO<br />

DOS CLIENTES<br />

Nos anos 90, na Europa, a Xerox centralizou<br />

os serviços geridos de impressão, nomeadamente<br />

a estrutura delivery, numa<br />

plataforma integrada e especializada em<br />

Dublin, na Irlanda. Durante este período<br />

foi dada continuidade à expansão dos<br />

serviços e da capacidade instalada para<br />

reforçar o posicionamento no mercado,<br />

numa procura constante de novas tecnologias<br />

e soluções adequadas às necessidades<br />

e expectativas dos clientes.<br />

Mundialmente a Xerox dispõe ainda<br />

de mais três centros, dois nos Estados<br />

Unidos e um no Japão, resultante da<br />

parceria com a Fuji para a Ásia.<br />

Lisboa surge como a fase seguinte<br />

desta evolução e expansão das capa-<br />

EMPRESAS<br />

A Xerox é uma empresa em desenvolvimento contínuo, integrada numa organização<br />

de nível mundial, líder em processos de negócios e gestão de documentos, avaliada em<br />

22,5 mil milhões de dólares. Há duas décadas que a empresa identificou as tendências<br />

de mercado na área da tecnologia de impressão e, antecipando-se, investiu e assegurou<br />

o crescimento sustentado neste segmento de negócio.<br />

“A localização do edifício<br />

da Xerox em Lisboa e a<br />

disponibilidade de recursos<br />

especializados e qualificados<br />

permitem uma estratégia de<br />

preço competitiva, os quais<br />

se adaptam facilmente a<br />

comunicar com diferentes<br />

culturas e a fornecer um<br />

serviço de elevada qualidade<br />

aos utilizadores finais.”<br />

cidades da empresa, tendo como foco<br />

o suporte ao crescimento exponencial<br />

do volume de contratos nesta área. O<br />

<strong>Global</strong> Delivery Centre de Lisboa foi<br />

criado em Março de 2010 para dar<br />

resposta às novas necessidades do<br />

negócio, e dar à Europa um espaço<br />

para alargar a sua base de contratos<br />

globais. Desde o seu lançamento, mais<br />

de um milhão de euros foi investido<br />

na criação do centro em <strong>Portugal</strong>, valor<br />

que somado aos custos em recursos<br />

humanos, rondará, até o final de<br />

2012, os 2,5 milhões de euros.<br />

O Delivery Centre sedeado em Lisboa é<br />

uma parte fundamental de um conjunto<br />

de centros globais que disponibilizam<br />

um suporte à oferta em Managed Print<br />

Services (EPS e XPS/XPPS), 24horas por<br />

dia, sete dias por semana. O centro português<br />

tem como principal função o suporte<br />

a novos serviços para o mercado<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 33


EMPRESAS<br />

empresarial, desde grandes corporações<br />

a pequenas e médias empresas.<br />

A relação qualidade/preço que <strong>Portugal</strong><br />

oferece foi um factor determinante<br />

para a vinda desta estrutura para<br />

<strong>Portugal</strong>. A localização do edifício da<br />

Xerox em Lisboa e a disponibilidade<br />

de recursos especializados e qualificados<br />

permitem uma estratégia de preço<br />

competitiva, os quais se adaptam facilmente<br />

a comunicar com diferentes<br />

culturas e a fornecer um serviço de elevada<br />

qualidade aos utilizadores finais.<br />

<strong>Portugal</strong> tem as condições ideais para<br />

Serviço de Delivery e de Operações. Está<br />

englobado na estrutura da Xerox Europa<br />

e tem um mercado de trabalho com<br />

todas as línguas relevantes, juntamente<br />

com um equilíbrio muito interessante<br />

entre o custo/qualificações da sua população<br />

e também as competências necessárias<br />

para dotar o centro com a capacidade<br />

de resposta a uma oferta que<br />

é líder de mercado e muito mais do que<br />

uma central de atendimento.<br />

34 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

Num contexto económico em que as<br />

exportações são apontadas como uma<br />

forma de alavancar a economia, 90 por<br />

cento do volume de facturação do <strong>Global</strong><br />

Delivery Centre de Lisboa são prestação<br />

de serviços para contratos globais<br />

a nível europeu em países como o<br />

Reino Unido, Irlanda, Holanda, França,<br />

Bélgica, Espanha, Itália, Luxemburgo,<br />

Suíça, Alemanha, Áustria e países nórdicos<br />

(Dinamarca, Suécia, Finlândia e<br />

Noruega), onde estão englobadas marcas<br />

como a Fiat, Roche, GE, GoodYear,<br />

Reuters, entre outras. No seu total, o<br />

centro em Lisboa gere actualmente cerca<br />

de 800 contratos multimarca.<br />

Actualmente, o GDC de Lisboa faz uma<br />

gestão pró-activa através do processamento<br />

de alertas electrónicos gerados<br />

pelos equipamentos instalados no ambiente<br />

de impressão dos nossos clientes,<br />

o que permite ao cliente libertar<br />

a sua área de IT de tarefas sem valor<br />

acrescentado para o negócio.<br />

www.xerox.pt<br />

Pregado ou Psetta Maxima, o seu nome<br />

científico, é o peixe que a Pescanova<br />

produz na sua unidade de aquicultura<br />

em <strong>Portugal</strong>, no âmbito do investimento<br />

concluído em Outubro de 2009 e que<br />

envolveu um montante global de cerca<br />

de 150 milhões de euros. Esta unidade<br />

da empresa galega tem uma capacidade<br />

de 7.000 toneladas por ano, encontrando-se<br />

em pleno funcionamento.<br />

O projecto, considerado como Projecto<br />

de Interesse Nacional (PIN) pela AICEP,<br />

envolve também uma fábrica de processamento<br />

de peixe, para aumentar a<br />

competitividade do projecto e a qualidade<br />

do produto final. Com este investimento,<br />

que decorre durante quatro<br />

anos, são criados 200 postos de trabalho<br />

directos (190 até ao final deste ano<br />

e 200 no final de 2012).


A produção destina-se quase na totalidade<br />

para exportação, sobretudo para<br />

países da União Europeia, mas também<br />

para países terceiros. A capacidade total<br />

desta unidade corresponde ao actual<br />

volume de produção da aquicultura<br />

nacional, pelo que com este projecto<br />

<strong>Portugal</strong> irá duplicar a sua produção<br />

anual. As primeiras vendas ocorreram<br />

em 2010, com vendas de mais de<br />

1.000 toneladas e totalmente destinadas<br />

ao mercado externo.<br />

A Pescanova foi fundada em 1960,<br />

junto ao porto de Vigo, devendo o seu<br />

sucesso, em grande parte, à tecnologia<br />

desenvolvida pela empresa, através da<br />

qual o peixe é limpo, cortado, ultracongelado<br />

e empacotado logo após a sua<br />

captura, o que permite manter as qualidades<br />

nutritivas do produto. Com esta<br />

PESCANOVA<br />

EM PORTUGAL<br />

AQUICULTURA GALEGA<br />

PARA EXPORTAÇÃO<br />

EMPRESAS<br />

A empresa espanhola Pescanova investiu cerca de<br />

150 milhões de euros na criação de uma unidade de<br />

aquicultura de pregado com uma capacidade de 7.000<br />

toneladas por ano. Localizado no concelho de Mira, foi<br />

considerado um projecto PIN pela AICEP e é já a maior<br />

unidade de aquicultura de pregado na Europa.<br />

inovação no mundo da pesca, a Pescanova<br />

conseguiu um rápido e sólido<br />

crescimento, tendo então começado a<br />

investir no processamento do peixe.<br />

A selecção de <strong>Portugal</strong> como país de<br />

localização deste novo investimento<br />

da Pescanova assenta nas boas condições<br />

existentes no nosso país para<br />

a aquicultura, nomeadamente, uma<br />

zona costeira vasta e com elevado potencial<br />

para implantação de instalações<br />

de aquicultura, água do mar sem poluição,<br />

com temperatura, salinidade e<br />

condições oceanográficas adequadas<br />

para a produção de pregado e disponibilidade<br />

de mão-de-obra com saber<br />

popular de pescado.<br />

A Pescanova é líder no mercado espanhol<br />

de congelados e uma das maiores<br />

empresas do sector pesqueiro a nível<br />

mundial. Na Europa, e além da Espanha,<br />

os seus principais mercados de<br />

penetração são <strong>Portugal</strong>, França e Itália.<br />

A sua divisão pesqueira conta com<br />

cerca de 120 embarcações de pesca<br />

nos mares da União Europeia, Moçambique,<br />

Argentina, Chile, Uruguai e Austrália.<br />

O grupo integra 57 sociedades<br />

que empregam perto de 3.399 pessoas<br />

e tem frigoríficos em oito países. A<br />

divisão industrial da Pescanova inclui<br />

32 centros de produção, dos quais 11<br />

estão em Espanha. Na aquicultura, a<br />

empresa tem unidades no Chile, Brasil,<br />

Nicarágua e Equador, sendo o investimento<br />

em <strong>Portugal</strong> o mais recente realizado<br />

nesta área.<br />

www.pescanova.es<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 35


EMPRESAS<br />

PREH PORTUGAL<br />

CRESCER EM PORTUGUÊS<br />

Em <strong>Portugal</strong> desde 1969, a Preh é uma empresa de capital alemão, situada na Trofa,<br />

que produz componentes electrónicos para a indústria automóvel, exportando mais<br />

de 99 por cento da produção. Tem na Alemanha, na BMW e no grupo VW os seus<br />

principais clientes.<br />

A Preh <strong>Portugal</strong> produz componentes<br />

electrónicos para a indústria automóvel,<br />

nomeadamente painéis de comando<br />

centrais de climatização e multimédia<br />

(MMI). Com um volume de negócios de<br />

125 milhões de euros em 2010 e uma<br />

estimativa de 137 milhões de euros em<br />

2011, a empresa encontra-se tecnologicamente<br />

ao mais alto nível na sua área<br />

de actividade e tem nos seus 571 colaboradores<br />

o seu grande capital.<br />

A Preh instalou-se em <strong>Portugal</strong> em 1969,<br />

na Trofa, perto do Porto, e é hoje uma<br />

das maiores empresas industriais daquele<br />

concelho, contribuindo de forma determinante<br />

para a sua riqueza. Começou<br />

por produzir componentes electromecânicos<br />

(trimmers, potenciómetros, interruptores<br />

e fichas) para a indústria de<br />

grande consumo, tendo, em 1982, dado<br />

36 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

“Os objectivos de curto<br />

e médio prazo da Preh<br />

<strong>Portugal</strong> passam por garantir<br />

a manutenção do primeiro<br />

lugar como unidade produtiva<br />

do grupo, quer em actividade,<br />

quer em produtividade,<br />

quer em competitividade<br />

dos produtos produzidos<br />

naquela unidade.”<br />

início à produção de cablagens especiais<br />

destinadas à indústria informática, nomeadamente<br />

para transmissão de dados a<br />

alta velocidade, área entretanto já extinta.<br />

Actualmente, além dos componentes<br />

electrónicos para a indústria automóvel,<br />

a Preh <strong>Portugal</strong> tem nos moldes e equipamento<br />

industrial uma segunda área<br />

de negócio, embora em 2010 a área da<br />

electrónica tenha representado 98 por<br />

cento da actividade total da empresa.<br />

A entrada na área de negócio automóvel<br />

da fábrica portuguesa do grupo<br />

Preh deu-se em 1992, com a montagem<br />

dos primeiros painéis de controlo<br />

de ventilação e de aquecimento com<br />

tecnologia baseada em sistemas de<br />

comando mecânicos, para o cliente<br />

Volkswagen. Cinco anos mais tarde,<br />

foi instalada a primeira linha automática<br />

de inserção de componentes<br />

electrónicos (SMD), mas foi 2001 que<br />

marcou a grande viragem, quer na tecnologia<br />

utilizada, quer nos produtos<br />

fabricados, explica Rui Marques Dias,<br />

membro da gerência da empresa desde


1999. Em 2005, iniciou-se o processo<br />

de tratamento de superfícies plásticas,<br />

o que permitiu à empresa preparar-se<br />

para a produção dos produtos hoje desenvolvidos.<br />

O mesmo responsável sublinha que a<br />

área da electrónica automóvel passou<br />

de 53 por cento das vendas em 2000<br />

para, em 2010, representar cerca de 98<br />

por cento. Ainda assim, a focalização<br />

nesta área de negócio não impediu um<br />

crescimento, em valor absoluto para<br />

o mesmo período, de cerca de 270<br />

por cento (56 por cento de 2009 para<br />

2010). Em cada uma destas áreas de<br />

negócio, a Preh <strong>Portugal</strong> desenvolve<br />

uma multiplicidade de produtos.<br />

A área de moldes e equipamento industrial,<br />

que tem como actividade principal<br />

o desenvolvimento e construção<br />

de ferramentas e o desenvolvimento<br />

e construção de equipamento industrial,<br />

embora represente apenas 2 por<br />

cento do volume de negócios da Preh<br />

<strong>Portugal</strong> tem um impacto superior na<br />

organização, uma vez que esta área<br />

também desenvolve e produz ferra-<br />

mentas e equipamento industrial para<br />

a própria empresa.<br />

Exportação quase total<br />

Com um volume de vendas no mercado<br />

interno quase residual, a Preh Por-<br />

tugal exporta 99,5 por cento da sua<br />

produção. Também na compra de materiais,<br />

o mercado externo é de especial<br />

importância para a Preh, representando<br />

75 por cento dos fornecedores.<br />

O principal mercado da Preh <strong>Portugal</strong><br />

é a União Europeia, no qual a Alemanha<br />

(país dos principais construtores de<br />

automóveis) se destaca de outros países<br />

como a Espanha, República Checa<br />

e Polónia. Contudo, o mercado extra<br />

comunitário já representou, em 2010,<br />

cerca de 8 por cento do total das exportações,<br />

segundo a mesma fonte.<br />

A Preh <strong>Portugal</strong> produz componentes<br />

electrónicos para os maiores fabricantes<br />

mundiais de automóveis, de que se<br />

destacam a BWW, o grupo VW/Audi/<br />

Seat/Skoda, a GM/Opel/Vauxhall e a<br />

Daimler. O grupo Preh, o grupo Behr, o<br />

grupo TRW e a Pierburg são os principais<br />

clientes intermédios.<br />

Em 2010, o principal cliente foi a BMW,<br />

com um peso de cerca de 24 por cento<br />

do total das vendas do exercício. Exceptuando<br />

as vendas para o grupo Preh<br />

(20 por cento), o grupo BEHR assumiu<br />

igualmente um peso relevante no total<br />

das vendas (cerca de 17 por cento),<br />

logo seguido da AUDI, com 14 por cento.<br />

Mais abaixo aparecem o grupo GM<br />

(10 por cento), o resto do Grupo VW (3<br />

EMPRESAS<br />

por cento) e Pierburg (3 por cento). De<br />

referir que as vendas à Behr em termos<br />

de OEM correspondem também a vendas<br />

ao grupo VW.<br />

Quanto ao futuro, Rui Marques Dias<br />

refere que o grupo Preh continuará a<br />

concentrar esforços na área da electrónica<br />

automóvel, aproveitando as<br />

oportunidades de negócio que existem<br />

nomeadamente na América do Norte e<br />

na China, neste caso, explica a fonte,<br />

aproveitando o facto da maioria do capital<br />

do grupo ser desde o ano passado<br />

detido pelo grupo chinês Joyson, o<br />

que através da implementação da Preh<br />

China potenciará o desenvolvimento e<br />

a angariação de projectos a nível local.<br />

De referir que, “pese embora a maioria<br />

do capital tenha sido adquirido pelo<br />

grupo Joyson, a sede continuará a ser<br />

na Alemanha, mantendo-se a estrutura<br />

e a organização do grupo sem qualquer<br />

alteração”, acrescenta.<br />

No que diz respeito à Preh <strong>Portugal</strong>,<br />

os objectivos de curto e médio prazo<br />

passam por garantir a manutenção do<br />

primeiro lugar como unidade produtiva<br />

do grupo, quer em actividade, quer em<br />

produtividade, quer em competitividade<br />

dos produtos produzidos nesta unidade,<br />

conclui o mesmo responsável.<br />

www.preh.com<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 37


EMPRESAS<br />

ARTLANT PTA<br />

INVESTIMENTO COM IMPACTOS<br />

MACROECONÓMICOS POSITIVOS<br />

A unidade industrial da Artlant PTA, em Sines, além de ter efeitos positivos na<br />

balança comercial e de pagamentos, irá dinamizar o Porto de Sines como plataforma<br />

logística e terá efeitos de consolidação na fileira petroquímica instalada em <strong>Portugal</strong>.<br />

Um investimento superior a 500 milhões de euros, com uma facturação anual de cerca<br />

de 600 milhões em velocidade de cruzeiro.<br />

Artlant PTA é o novo nome da Artenius<br />

Sines, designação que pretende<br />

reforçar a ligação da empresa à técnica,<br />

ao saber, ao talento e à competência,<br />

como características fundamentais<br />

para uma adaptação efectiva<br />

à mudança e aos desafios do mercado<br />

38 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

global, bem como estreitar o relacionamento<br />

da empresa com o ambiente,<br />

o mar e os recursos que são necessários<br />

proteger.<br />

Esta alteração surge na sequência da recente<br />

recomposição da estrutura accio-<br />

nista da empresa, operação financeira<br />

que envolveu um aumento de capital e a<br />

alienação de 59 por cento da participação<br />

da La Seda de Barcelona na Artenius<br />

Sines (cuja primeira pedra foi lançada em<br />

2008), a três novas entidades – a ECS<br />

Capital, Caixa Capital e o fundo Inov Ca-


pital. A operação envolveu um aumento<br />

de capital e a entrada no projecto de<br />

96,9 milhões de euros em fundos.<br />

A Artlant domina o processo químico<br />

de produção do PTA (ácido tereftálico<br />

purificado), que é utilizado como matéria-prima<br />

na produção do politereftalato<br />

de etileno (PET), material reciclável<br />

muito utilizado no fabrico de embalagens<br />

para o sector alimentar (garrafas<br />

de água, refrigerantes e outras bebidas)<br />

e na produção de fibras de poliéster<br />

utilizadas no sector têxtil.<br />

O mercado do PET (politereftalato de<br />

etileno) está em forte expansão, sendo<br />

um produto com características de<br />

commodity quando destinado à indústria<br />

de embalagem para o sector<br />

alimentar, mas que também tem aplicações<br />

em nichos de mercado, com<br />

maiores margens e valor acrescentado,<br />

como é o caso das indústrias farmacêutica,<br />

cosmética ou automóvel.<br />

“A Artlant faz um forte<br />

investimento em tecnologia<br />

e inovação e assume, como<br />

vantagem competitiva, a<br />

qualidade do produto e<br />

eficiência de produção, com<br />

inteiro respeito pelo ambiente<br />

e pela comunidade.“<br />

Responsáveis da empresa enfatizam que<br />

esta fábrica será uma das instalações<br />

mais avançadas da Europa na produção<br />

de PTA e estimam uma facturação na<br />

ordem dos 600 milhões de euros, prevendo<br />

uma produção anual de 700 mil<br />

toneladas de PTA. Deste volume, 95 por<br />

cento destina-se à exportação.<br />

O paraxileno, destinado à produção de<br />

ácido tereftálico purificado (PTA) na fábrica<br />

da Artlant PTA em Sines, é uma<br />

matéria-prima base que é produzida pela<br />

refinaria da Galp Energia em Matosinhos,<br />

a única fornecedora deste produto<br />

em <strong>Portugal</strong>, tendo as empresas já firmado<br />

o acordo de fornecimento de 80 mil<br />

toneladas de paraxileno. A Galp tem actualmente<br />

uma capacidade de produzir<br />

120 mil toneladas em Matosinhos.<br />

A fábrica da Artlant situa-se na ZILS<br />

(Zona Industrial e Logística de Sines),<br />

Artlant PTA em números<br />

Investimento: superior a 500 milhões de euros<br />

Área total: cerca de 170.000 m2<br />

Produção PTA: 700. 000 ton/ano<br />

Colaboradores: 150 postos de trabalho directos e 200 indirectos<br />

Exportações: 95 por cento da produção<br />

Redução de custos energéticos: em 25 por cento<br />

Facturação anual prevista: cerca de 600 milhões de euros<br />

EMPRESAS<br />

uma localização estratégica que permite<br />

escoar a produção de PTA com rapidez<br />

e facilidade para todos os pontos<br />

do mundo. Na zona portuária, a Artlant<br />

procederá às operações de descarga de<br />

paraxileno e ácido acético, utilizando<br />

o terminal portuário, especializado na<br />

movimentação de granéis líquidos, bem<br />

como à armazenagem dos mesmos, em<br />

três tanques de construção metálica,<br />

para posterior expedição através de pipeline<br />

para a sua fábrica na ZILS.<br />

O produto resultante das operações<br />

de transformação na fábrica da Artlant<br />

PTA constitui a matéria-prima para a<br />

produção de poliésteres – onde se incluem<br />

as garrafas de PET (polímero<br />

termoplástico utilizado em embalagens<br />

para bebidas e outras aplicações da indústria<br />

alimentar) –, a qual será expedida<br />

a partir do terminal de contentores<br />

do porto de Sines (Terminal XXI).<br />

Em <strong>Portugal</strong>, a Artlant tem como único<br />

cliente a Selenis <strong>Portugal</strong>, em Portalegre,<br />

ao qual se estima que forneça cerca<br />

de 40 milhões de euros de produto<br />

ao ano, um reforço para a consolidação<br />

do cluster do PET no país. Por outro<br />

lado, potencia sinergias significativas<br />

na fileira petroquímica instalada em<br />

<strong>Portugal</strong>, decorrentes da aquisição de<br />

um volume considerável de matériaprima<br />

e utilities no âmbito nacional.<br />

A empresa, que dispõe de uma equipa<br />

de 150 colaboradores com competências<br />

técnicas e comportamentais,<br />

experiente e motivada, faz um forte<br />

investimento em tecnologia e inovação<br />

e assume, como vantagem competitiva,<br />

a qualidade do produto e eficiência<br />

de produção, com inteiro respeito pelo<br />

ambiente e pela comunidade.<br />

www.artlantpta.com<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 39


EMPRESAS<br />

CISCO<br />

SUCESSO CONDUZ A NOVOS<br />

INVESTIMENTOS<br />

Sessão de Telepresença entre o Presidente da República nos Headquarters da Cisco em Silicon Valley e a equipa de gestão da Cisco <strong>Portugal</strong>,<br />

nos escritorios em Lisboa<br />

A Cisco Systems está em <strong>Portugal</strong> desde 1997, mas foi a abertura, dez anos depois, do<br />

Centro Hércules, um centro de operações de suporte a vendas para toda a Europa,<br />

que deu maior impulso aos investimentos do gigante norte-americano no nosso país.<br />

A presença da Cisco em <strong>Portugal</strong> foi reforçada com a abertura de novos centros, onde<br />

se destaca a qualidade dos recursos existentes no país.<br />

O CEO da Cisco Systems, John Chambers,<br />

não tem dúvidas em afirmar que o<br />

sucesso da aposta da empresa no nosso<br />

país poderá conduzir a novos investimentos.<br />

Ainda recentemente, por ocasião da<br />

visita do Presidente da República português<br />

aos Estados Unidos e, em concreto,<br />

a Silicon Valley onde está sedeada a Cisco<br />

Systems, Chambers reafirmou o interesse<br />

da empresa em continuar a investir<br />

em <strong>Portugal</strong>, já que os resultados dos<br />

investimentos efectuados têm sido “extremamente<br />

positivos”. Também Nuno<br />

Varandas, Director do Centro Hércules,<br />

considera que <strong>Portugal</strong> tem condições<br />

para ser a “Califórnia da Europa”.<br />

40 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

A Cisco veio para <strong>Portugal</strong> em 1997,<br />

onde criou uma história de sucesso<br />

através da presença no mercado com<br />

soluções inovadoras, dirigidas a diferentes<br />

segmentos. Em 2007, a Cisco<br />

International decidiu localizar em <strong>Portugal</strong><br />

o seu centro de operações de<br />

suporte a vendas para toda a Europa.<br />

Conhecido como Centro Hércules, a<br />

abertura desta unidade implicou a contratação<br />

imediata em <strong>Portugal</strong> de 60<br />

novos colaboradores qualificados.<br />

De acordo com Nuno Varandas, a opção<br />

da Cisco de abrir em <strong>Portugal</strong> este<br />

centro teve como principais factores a<br />

disponibilidade de recursos qualificados,<br />

o domínio de idiomas estrangeiros,<br />

as infra-estruturas de telecomunicações<br />

existentes, e outros factores<br />

característicos dos portugueses como<br />

a hospitalidade, a fácil integração de<br />

estrangeiros em <strong>Portugal</strong> e a própria<br />

imagem de segurança do país.<br />

O sucesso deste centro colocou <strong>Portugal</strong><br />

no centro das decisões da Cisco,<br />

levando a que a empresa fizesse novos<br />

investimentos no país. Assim, surgiram<br />

novos centros que vieram reforçar a<br />

predominância da Cisco <strong>Portugal</strong> na<br />

Europa e a imagem de qualidade dos


ecursos existentes no país. Assistiu-se<br />

também à vinda de alguns colaboradores<br />

internacionais para <strong>Portugal</strong>, provocada<br />

pela existência de condições favoráveis<br />

para a colocação de elementos<br />

estrangeiros no país.<br />

Os 180 colaboradores actuais dos centros<br />

instalados em <strong>Portugal</strong> apresentam<br />

uma média de idades de 30 anos, 95<br />

por cento são licenciados (de 16 perfis<br />

académicos diferentes) e 66 por cento<br />

são mulheres. Para 12 por cento destes<br />

colaboradores, trata-se do seu primeiro<br />

emprego, enquanto 22 por cento dos<br />

contratados estavam desempregados.<br />

Sublinha Nuno Varandas que “existem<br />

25 diferentes nacionalidades e falamse<br />

sete idiomas diariamente no escritório,<br />

contribuindo para uma diversidade<br />

cultural extremamente rica”.<br />

Hoje a realidade da Cisco <strong>Portugal</strong> (depois<br />

de cinco centros inaugurados nos<br />

últimos quatro anos) é uma plataforma<br />

de Centros de Excelência que dão<br />

apoio a clientes, parceiros e colaboradores<br />

internos da Cisco. Tudo funciona<br />

a partir das instalações da empresa<br />

no Lagoas Park. De 50 colaboradores<br />

em 2007, a Cisco em <strong>Portugal</strong> tem<br />

hoje cerca de 250 colaboradores, o<br />

que revela o grande investimento em<br />

recursos humanos realizado nos últimos<br />

quatro anos.<br />

Em 2011, a empresa foi considerada<br />

pelo Great Place to Work Institute a<br />

melhor empresa para trabalhar em <strong>Portugal</strong>,<br />

a melhor empresa para as mulheres<br />

trabalharem, além de ter recebido<br />

ainda uma menção honrosa pelos<br />

seus esforços na área da solidariedade.<br />

A Cisco Systems, Inc. é líder mundial em<br />

soluções de rede de banda larga. Criada<br />

em 1984 por um casal de cientistas da<br />

Universidade de Stanford, na Califórnia,<br />

a empresa conta hoje com mais de<br />

72.000 colaboradores em todo o mundo.<br />

As soluções de rede da Cisco baseadas<br />

no protocolo da Internet (IP) são a<br />

base operacional da maioria das redes<br />

empresariais, educacionais e da administração<br />

pública, de operadores fixos, móveis<br />

e de cabo, em todo o mundo.<br />

A estratégia da Cisco assenta em três<br />

pilares: no Customer Transformation, ou<br />

seja, na aposta contínua nos clientes e<br />

na evolução da sua infra-estrutura, de<br />

forma a suportar as necessidades actuais<br />

e futuras; no Partner Centric Approach<br />

em que aposta na rede de parcerias<br />

existente como uma forma de potenciar<br />

as soluções da Cisco no mercado; e na<br />

Next Generation Company, onde se posiciona<br />

como a melhor e mais completa<br />

empresa, quer na vertente da qualidade<br />

dos seus produtos quer pela vasta oferta<br />

de soluções end-to-end.<br />

“O sucesso do centro Hércules<br />

colocou <strong>Portugal</strong> no centro<br />

das decisões da Cisco, levando<br />

a que a empresa fizesse<br />

novos investimentos no<br />

país, tendo surgido novos<br />

centros que vieram reforçar<br />

a predominância da Cisco<br />

<strong>Portugal</strong> na Europa e a<br />

imagem de qualidade dos<br />

recursos existentes no país.”<br />

A Cisco aposta continuamente na inovação,<br />

lançando, todos os anos no<br />

mercado, soluções diferenciadoras.<br />

Além dos equipamentos de routing e<br />

EMPRESAS<br />

switching, que constituem o core da<br />

empresa, as soluções de collaboration,<br />

por exemplo, onde a Cisco possui<br />

já uma experiência de largos anos,<br />

abrangem hoje diversas vertentes da<br />

comunicação. Disso é exemplo a telepresença,<br />

uma solução que estende<br />

esta comunicação ao vídeo, numa experiência<br />

única e que ultrapassa a vídeo-conferência.<br />

A empresa tem também<br />

feito uma grande aposta na área<br />

de data center e virtualização, tendo<br />

lançado ainda uma nova área de servidores,<br />

refere o mesmo responsável.<br />

Nuno Varandas realça o papel actualmente<br />

desempenhado pela Cisco<br />

no desenvolvimento da sociedade de<br />

informação, revelando-se uma empresa<br />

completa que apresenta soluções<br />

para todos os mercados (do mercado<br />

empresarial ao residencial), destacando-se<br />

ainda pelo desenvolvimento de<br />

projectos como as Networking Academies,<br />

em que a empresa certifica<br />

jovens na sua tecnologia, e a parceria<br />

que tem com organismos locais de<br />

modo a formar jovens na casa-mãe<br />

em Silicon Valley.<br />

www.cisco.pt<br />

Cavaco Silva com John Chambers, President & CEO da Cisco<br />

www.cisco.com<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 41


EMPRESAS<br />

EMBRAER<br />

INVESTIMENTO EM ÉVORA AVANÇA<br />

COM NOVOS PROJECTOS NA MIRA<br />

A Embraer é hoje uma das três maiores construtoras mundias de aviões comerciais,<br />

dispondo de uma base global de clientes, de importantes parceiros de renome<br />

internacional e de unidades instaladas no Brasil, EUA, Ásia e Europa. É no âmbito<br />

desta geografia de negócios, que a empresa assume o mercado português como<br />

estratégico na sua relação com os mercados da União Europeia.<br />

A Embraer e <strong>Portugal</strong> têm uma história<br />

de boas relações. Investiu inicialmente<br />

no mercado português de aeronáutica<br />

através da sua participação na OGMA<br />

– Indústria Aeronáutica de <strong>Portugal</strong>,<br />

S.A., uma empresa com prestígio internacional,<br />

que se dedica à manutenção<br />

de aeronaves, bem como ao fabrico de<br />

componentes e ao suporte logístico e<br />

de engenharia. O seu capital é detido<br />

em 65 por cento pelo consórcio Airhol-<br />

42 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

ding SGPS, composto pela Embraer e<br />

pela EADS, sendo os restantes 35 por<br />

cento detidos pelo Estado português<br />

(Empordef). Para a empresa brasileira,<br />

instalada desde 1983 em Le Bourget,<br />

em França, a OGMA representa um<br />

reforço significativo da sua imagem e<br />

presença na Europa.<br />

Também no âmbito do seu projecto de<br />

investimento em <strong>Portugal</strong>, a Embraer<br />

está a construir duas fábricas na cidade<br />

de Évora, destinadas à produção de estruturas<br />

metálicas (Embraer Metálicas)<br />

e de estruturas em materiais compósitos<br />

(Embraer Compósitos), as quais começarão<br />

a produzir em 2012.<br />

A concretização destes dois projectos<br />

em <strong>Portugal</strong>, com um investimento<br />

superior a 148 milhões de euros, decorrerá<br />

ao longo de seis anos, estando


previsto que gerará cerca de 2.000 empregos<br />

entre directos e indirectos, sendo<br />

objectivo da casa-mãe ter o máximo<br />

possível de portugueses a trabalhar nas<br />

duas unidades.<br />

A Embraer está também a apostar em<br />

fornecedores portugueses. Desde 2009<br />

que está a apoiar um grupo de empresas<br />

no desenvolvimento de competências<br />

neste sector e já qualificou algumas<br />

como fornecedores. A sua aposta em<br />

<strong>Portugal</strong> foi determinada não só pelo<br />

factor de proximidade cultural mas também<br />

pelas competências nacionais.<br />

A Embraer Compósitos conta com um<br />

investimento inicial previsto de 48 milhões<br />

de euros e a Embraer Metálicas<br />

de cerca de 100 milhões de euros. Em<br />

Évora, a Embraer vai produzir inicialmente<br />

componentes de duas novas<br />

aeronaves para a aviação executiva, o<br />

Legacy 500 e o Legacy 450, estando<br />

o primeiro mais avançado, com os primeiros<br />

protótipos já a serem produzidos<br />

no Brasil, os quais já incorporam<br />

componentes produzidos por empresas<br />

em <strong>Portugal</strong>.<br />

Estas duas fábricas que o gigante brasileiro<br />

está a construir constituem não<br />

apenas um importante papel para a<br />

mobilização do investimento produtivo<br />

em <strong>Portugal</strong>, como contribui decisivamente<br />

para a formação e consolidação<br />

de um cluster aeronáutico no país, po-<br />

“A Embraer está a construir<br />

duas fábricas na cidade de<br />

Évora, destinadas à produção<br />

de estruturas metálicas<br />

(Embraer Metálicas) e de<br />

estruturas em materiais<br />

compósitos (Embraer<br />

Compósitos), as quais<br />

começarão a produzir em<br />

2012.“<br />

tenciador de excelência industrial, de<br />

desenvolvimento tecnológico e inovação,<br />

e de qualificação das empresas,<br />

especialmente das PME com maior desempenho<br />

tecnológico, e dos seus co-<br />

laboradores. É de assinalar que outras<br />

empresas do sector já manifestaram a<br />

intenção de também se instalar no parque<br />

industrial aeronáutico da cidade,<br />

uma tendência que demonstra o efeito<br />

de arrastamento e de âncora destes<br />

dois grandes projectos.<br />

As duas novas unidades serão Centros<br />

de Excelência nas suas áreas. Contarão<br />

com tecnologias e processos de última<br />

geração, seguindo os conceitos lean<br />

manufacturing, ou produção optimizada,<br />

implementando uma dinâmica de<br />

eliminação dos desperdícios e de maximização<br />

do valor acrescentado. Neste<br />

sentido e com o objectivo de manter e<br />

aprimorar as competências do seu centro<br />

de excelência em materiais compósitos,<br />

a Embraer continua a estabelecer<br />

contactos e parcerias com organizações<br />

locais, tais como potenciais fornecedores,<br />

centros de pesquisa e universidades.<br />

É ainda no capítulo da excelência que<br />

se celebrou o contrato de parceria assinado<br />

recentemente entre a Embraer<br />

e as portuguesas OGMA e Empresa<br />

de Engenharia Aeronáutica (uma participada<br />

do IAPMEI), que prevê a concepção,<br />

testes e produção de partes do<br />

novo avião militar KC-390, que deverá<br />

estar a voar em 2014.<br />

A OGMA deverão investir cerca de 3,8<br />

milhões de euros para concretizar esta<br />

aposta na aeronáutica e capacidade<br />

tecnológica nacionais.<br />

O KC390 é um jacto de transporte militar<br />

de última geração, havendo já empresas<br />

portuguesas, como a OGMA e a Critical<br />

Software, a posicionar-se como fornecedoras<br />

de sistemas de software para produzir<br />

o “cérebro” desta aeronave. No<br />

âmbito da sua estratégia de mercado, a<br />

fabricante brasileira tem negociado com<br />

vários países a repartição da produção<br />

dos diferentes componentes deste avião<br />

militar, procurando assegurar, por outro<br />

lado, a venda destes aviões aos países<br />

envolvidos no projecto, substituindo assim<br />

aeronaves de transporte obsoletas.<br />

É de sublinhar que em anos recentes,<br />

a cidade de Évora – que é considerada<br />

Património Mundial pela Organização<br />

Educacional, Científica e Cultural das<br />

EMPRESAS<br />

Nações Unidas – incentivou o desenvolvimento<br />

do sector aeroespacial,<br />

criando um parque industrial com<br />

873.290 metros quadrados, contíguo<br />

ao aerodromo municipal, que terá a<br />

Embraer como principal parceiro.<br />

Esta nova dinâmica em torno do sector<br />

aeronáutico nacional levou <strong>Portugal</strong> a<br />

estar com a maior representação alguma<br />

vez feita, com um pavilhão no Salão<br />

de Le Bourget 2011 e no Salão de<br />

Farnborough 2010, com a presença de<br />

cerca de 40 entidades em cada certame,<br />

os mais importantes e mais antigos<br />

certames do sector a nível mundial.<br />

www.embraer.com<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 43


EMPRESAS<br />

NESTLÉ PORTUGAL<br />

INVESTIMENTO DE SUCESSO<br />

NUM RELACIONAMENTO<br />

DURADOURO<br />

Em <strong>Portugal</strong> há quase 90 anos, a suíça Nestlé tem em<br />

curso um novo investimento na modernização da sua<br />

principal unidade industrial em <strong>Portugal</strong>, superior a<br />

9 milhões de euros. É da fábrica de Avanca que saem<br />

os produtos que abastecem o mercado nacional, mas<br />

também Espanha e Itália. O novo investimento reforça<br />

os laços já históricos que unem a Nestlé ao nosso país.<br />

A Nestlé está presente em <strong>Portugal</strong> desde<br />

1923 e industrialmente desde 1933,<br />

quando a Nestlé Suíça (então Nestlé &<br />

Anglo-Swiss Condensed Milk, Co.) demonstrou<br />

interesse numa pequena mas,<br />

na altura, avançada e qualificada unidade<br />

de processamento de leite, localizada<br />

em Avanca (distrito de Aveiro), então<br />

propriedade da Sociedade de Produtos<br />

Lácteos, Lda. Esta sociedade tinha sido<br />

fundada em 1923 pelo Prof. Egas Moniz,<br />

Prémio Nobel da Medicina em 1949.<br />

A fábrica de Avanca é ainda hoje a principal<br />

unidade de produção da Nestlé em<br />

<strong>Portugal</strong>, que detém também uma fábrica<br />

de cafés torrados no Porto, uma unidade<br />

industrial de recolha e enchimento<br />

de garrafões de água em Coruche e uma<br />

unidade, sedeada nos Açores, dedicada<br />

à produção de leite em pó.<br />

Com um importante e largo percurso<br />

histórico no universo do grupo Nestlé,<br />

a fábrica de Avanca produz actualmente<br />

um conjunto diversificado de produtos<br />

de gamas sobejamente conhecidas<br />

no mercado, como sejam as farinhas<br />

Cerelac e Nestum, os cereais de pequeno-almoço<br />

Estrelitas e Chocapic, as<br />

bebidas solúveis Tofina, Brasa, Bolero,<br />

Mokambo e Pensal, bem como produtos<br />

destinados à restauração na gama<br />

44 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

Professional (pudins, mousses, CLIC), e<br />

natas para o negócio de refrigerados.<br />

Esta unidade produtiva conta, presentemente,<br />

com um total de 311<br />

colaboradores e produz anualmente<br />

cerca de 33.000 toneladas de produtos,<br />

oriundos de cinco áreas distintas<br />

de produção (farinhas infantis, cereais<br />

de pequeno-almoço, bebidas solúveis,<br />

leite em pó e professional), cada qual<br />

com diferentes processos produtivos<br />

inerentes. Estes produtos destinam-se<br />

em partes iguais ao consumo do mercado<br />

português e internacional, nomeadamente<br />

Espanha e Itália, segundo<br />

refere fonte da empresa.<br />

A mesma fonte sublinha que, apesar<br />

da “instabilidade da actual conjuntura<br />

macroeconómica, a Nestlé <strong>Portugal</strong><br />

tem sabido manter, ao longo dos últimos<br />

anos, um significativo crescimento,<br />

verificável pela consolidação da<br />

sua actividade económica em território<br />

nacional e reforço da sua liderança no<br />

mercado”. A este nível, refira-se que,<br />

em 2010, contando com cerca de<br />

1.749 colaboradores, a Nestlé em <strong>Portugal</strong><br />

atingiu um volume de negócios<br />

de mais de 600 milhões de euros, sendo<br />

a terceira maior empresa a actuar<br />

no sector alimentar em <strong>Portugal</strong>.


No âmbito das decisões estratégicas da<br />

Nestlé <strong>Portugal</strong> para a sustentabilidade<br />

da sua actividade a médio e longo prazo,<br />

está a ser actualmente concretizado (biénio<br />

2011/2012) um importante plano de<br />

investimento na fábrica de Avanca, que<br />

ascende a mais de 9 milhões de euros.<br />

Do montante total do investimento,<br />

adianta a mesma fonte, 2 milhões de<br />

euros foram aplicados na introdução<br />

de um novo produto, através da deslocação<br />

da produção de cereais Nesquik,<br />

até agora produzido em Itancourt<br />

(França) para Avanca. Com esta nova<br />

linha de produção, a capacidade total<br />

de produção instalada referente a cereais<br />

de pequeno-almoço aumentará em<br />

mais de 40 por cento, sendo que mais<br />

de 60 por cento da nova produção será<br />

para exportação.<br />

Ao incremento da eficiência e capacidade<br />

produtiva foram afectos 2,2 mi-<br />

“No âmbito das<br />

decisões estratégicas da<br />

Nestlé <strong>Portugal</strong> para a<br />

sustentabilidade da sua<br />

actividade a médio e longo<br />

prazo, está a ser actualmente<br />

concretizado (biénio<br />

2011/2012) um importante<br />

plano de investimento na<br />

fábrica de Avanca, que<br />

ascende a mais de 9 milhões<br />

de euros.”<br />

lhões de euros, através da implementação<br />

de melhorias significativas nos<br />

actuais processos, destacando-se pela<br />

sua importância transversal os novos<br />

calibradores (num custo que ascende<br />

a mais de 400.000 euros) e o novo<br />

evaporador, que permitirá aumentar<br />

a capacidade do icechiller instalado e<br />

a substituição do gás refrigerante R22<br />

para um composto menos agressivo.<br />

Ainda foram investidos 4,8 milhões<br />

de euros no reforço dos níveis de segurança,<br />

higiene e ambiente. Destacase<br />

aqui o investimento superior a 2,5<br />

milhões de euros numa torre “Egron”,<br />

EMPRESAS<br />

que permitirá a instalação de um filtro<br />

para reduzir significativamente as<br />

emissões poluentes de pó, originando<br />

igualmente uma poupança de 50.000<br />

euros/ano em perdas de produto.<br />

De acordo com a fonte da empresa,<br />

o investimento na modernização da<br />

principal unidade industrial detida pela<br />

Nestlé em <strong>Portugal</strong> demonstra, acima<br />

de tudo, a preocupação constante<br />

da empresa em fornecer aos consumidores<br />

produtos ainda melhores e<br />

mais saudáveis, mas é também “uma<br />

demonstração clara e inequívoca da<br />

forma como o grupo Nestlé olha para<br />

<strong>Portugal</strong>, no modo como continua a<br />

confiar na capacidade produtiva dos<br />

portugueses, no seu empenho, dedicação<br />

e exigência, tal como sempre o<br />

fez nos seus 90 anos (a comemorar em<br />

2013) de existência em <strong>Portugal</strong>”.<br />

Os laços (já históricos) que unem a Nestlé<br />

a <strong>Portugal</strong>, “a excelente reputação<br />

não só dos seus produtos, como da própria<br />

imagem da empresa no nosso país,<br />

permitem aferir que esta é uma relação<br />

douradora, com um elevado grau de satisfação<br />

para todos que permitirá, certamente,<br />

a contínua aposta da Nestlé em<br />

fornecer aos consumidores portugueses<br />

produtos cada vez mais saborosos e<br />

saudáveis”, conclui a mesma fonte.<br />

A colocação no mercado de produtos<br />

saborosos, diversificados e saudáveis, a<br />

par de princípios corporativos que a empresa<br />

considera fundamentais para o desenvolvimento<br />

da sua actividade, como<br />

a liderança e responsabilidade social dos<br />

seus colaboradores, as relações de exigência<br />

com os fornecedores e clientes,<br />

uma política de efectivo apoio ao desenvolvimento<br />

rural, a optimização dos recursos<br />

hídricos e a sustentabilidade ambiental<br />

das suas práticas empresariais,<br />

orientam toda a actividade da Nestlé.<br />

O grupo tem um volume de negócios<br />

anual de cerca de 86 mil milhões de euros,<br />

emprega mais de 280.000 colaboradores,<br />

está presente em mais de 150<br />

países (tendo 443 unidades industriais<br />

em 83 desses países) e gere mais de<br />

10.000 marcas a nível mundial.<br />

www.nestle.pt<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 45


EMPRESAS<br />

AUTOEUROPA<br />

SUCESSO EM QUATRO RODAS<br />

A Autoeuropa nasceu há 20 anos. E continua a ser a maior fábrica de automóveis de<br />

<strong>Portugal</strong>, sendo reconhecida internacionalmente como uma das melhores do grupo<br />

alemão Volkswagen, que já a partir deste ano vai investir mais de 200 milhões de<br />

euros na modernização das suas instalações fabris de Palmela.<br />

A Autoeuropa exporta 99 por cento<br />

da produção, principalmente para a<br />

Europa, com grande destaque para o<br />

mercado alemão, bem como para os<br />

Estados Unidos e China, representando<br />

este fluxo exportador cerca de um por<br />

cento do Produto Interno Bruto (PIB)<br />

português. Para responder ao crescimento<br />

da procura, a empresa produziu<br />

nos primeiros 11 meses de 2011 um<br />

total de 126.256 viaturas, números que<br />

incluem a entrada do modelo Volkswagen<br />

Sharan no mercado chinês.<br />

A dinâmica da unidade de Palmela, que<br />

emprega mais de 3.000 pessoas, tem<br />

uma estratégia sustentada de crescimento,<br />

e faz neste sentido uma aposta<br />

46 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

“A AUTOEUROPA exporta<br />

99 por cento da produção,<br />

principalmente para a Europa,<br />

com grande destaque para o<br />

mercado alemão, bem como<br />

para os Estados Unidos e<br />

China, representando este<br />

fluxo exportador cerca de um<br />

por cento do Produto Interno<br />

Bruto português.”<br />

continuada em produtos de sucesso,<br />

na qualidade, na produtividade, no<br />

emprego, na formação e na estabilida-<br />

de social da empresa. É de referir que a<br />

Autoeuropa investiu nos últimos anos<br />

mais de 7 milhões de horas em formação<br />

no posto de trabalho e em sala,<br />

sendo que cerca de 1.000 colaboradores<br />

tiveram formação no estrangeiro.<br />

Em 2011, dado o incremento das encomendas,<br />

a Autoeuropa reforçou os<br />

níveis de produtividade e de qualidade<br />

final dos seus produtos, bem como o<br />

aumento de eficiência do sistema logístico<br />

e redução de custos dos transportes,<br />

dado que a empresa tem montado<br />

um sistema de transporte por comboio<br />

até Barcelona, o que permite reduzir<br />

significativamente o transporte rodoviário<br />

de e para a Autoeuropa.


Por outro lado, a empresa de Palmela<br />

está a investir igualmente no reforço da<br />

rede de fornecedores em <strong>Portugal</strong>.<br />

Dos quatro modelos produzidos na fábrica<br />

da Volkswagen de Palmela, três registaram<br />

aumentos na produção (Sharan,<br />

Seat Alhambra e EOS) e um registou um<br />

ligeiro decréscimo (Scirocco). A maior subida<br />

na produção pertenceu à Volkswagen<br />

Sharan, com 47.483 viaturas, mais<br />

147 por cento do que as 19.210 produzidas<br />

entre Janeiro e Novembro de 2010.<br />

Segue-se o Seat Alhambra, com 16.003<br />

viaturas produzidas, mais 73 por cento<br />

em relação às 9.250 do ano passado. A<br />

produção do Volkswagen EOS registou<br />

um crescimento de 12 por cento nos<br />

primeiros 11 meses do ano transacto,<br />

fixando-se em 21.907 viaturas, contra<br />

19.500, em 2010.<br />

Um pouco de história<br />

A primeira pedra da Autoeuropa foi<br />

lançada em Dezembro de 1991, em<br />

Palmela, constituindo o maior investimento<br />

estrangeiro de sempre em <strong>Portugal</strong>,<br />

no montante de 1,9 mil milhões<br />

de euros. A fábrica foi construída no<br />

âmbito de uma parceria entre a Ford<br />

e a Volkswagen, para a produção do<br />

MPV (Multi-Purpose Vehicle) nos anos<br />

90. Este investimento permitiu desenvolver<br />

os seus três modelos iniciais:<br />

os monovolumes Volkswagen Sharan,<br />

Seat Alhambra e Ford Galaxy.<br />

Em 1999, o Grupo Volkswagen assumiu<br />

os 100 por cento do capital social da Autoeuropa,<br />

mas a Ford e a Volkswagen<br />

continuaram a cooperar na fábrica de<br />

Palmela, mantendo-se a produção dos<br />

monovolumes das duas marcas. Considerada<br />

uma das melhores e mais modernas<br />

unidades de produção de automóveis do<br />

espaço europeu, a Autoeuropa atingiu<br />

a produção de um milhão de unidades<br />

em 2003, ano em que foi feito um novo<br />

investimento de 600 milhões de euros,<br />

que permitiu preparar a produção de um<br />

Autoeuropa<br />

em números<br />

(Fonte: Volkswagen Autoeuropa)<br />

Localização: Concelho de<br />

Palmela, Distrito de Setúbal<br />

Áreas do projecto, em m²<br />

Área de produção: 1.100. 000<br />

Parque industrial: 900.000<br />

Área total: 2. 000.000<br />

Inauguração:<br />

26 de Abril de 1995<br />

Início da produção em série:<br />

Maio de 1995<br />

Investimento inicial<br />

(em milhões de EUR)<br />

Implementação<br />

da fábrica: 1.282<br />

Desenvolvimento<br />

do produto: 479<br />

Fornecedores<br />

Total: 671<br />

Europeus: 660<br />

Não europeus: 11<br />

Produto<br />

VW Sharan<br />

VW Eos (Desde Fev. 2006)<br />

Seat Alhambra<br />

Ford Galaxy (Até Fev. 2006)<br />

VW Scirocco (Desde Jun. 2008)<br />

EMPRESAS<br />

novo modelo, o Volkswagen Eos, um<br />

cabriolet com capota rígida e o primeiro<br />

carro de luxo da marca Volkswagen<br />

a ser produzido em <strong>Portugal</strong>. Em 2006<br />

foi anunciada a construção de um outro<br />

modelo, o Scirocco.<br />

Em 2007, a fábrica de Palmela atinge a<br />

produção de um milhão e meio de veículos.<br />

A Volkswagen anuncia então mais<br />

um investimento de 541 milhões de euros,<br />

agora direccionado para uma reestruturação<br />

e uma melhoria tecnológica,<br />

de forma a permitir diferentes produtos<br />

numa única linha de produção. Cinco<br />

anos depois, quando celebra os 20 anos<br />

de início de construção da fábrica, o grupo<br />

Volkswagen irá investir um montante<br />

superior a 200 milhões de euros, destinados<br />

à modernização da sua fábrica.<br />

www.volkswagenautoeuropa.pt<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 47


EMPRESAS<br />

RENAULT CACIA<br />

FORTE INVESTIMENTO NA DIVERSIDADE<br />

DOS PRODUTOS E DOS MERCADOS<br />

A RENAULT CACIA, fábrica de mecânica do Grupo Renault, iniciou a sua<br />

actividade em 1981. Tem por missão fabricar órgãos e componentes para veículos<br />

Renault/Nissan, os seus principais clientes. Entre 2011 e 2013, prevê investimentos<br />

em novas linhas de montagem no valor total de 35 milhões de euros.<br />

Em Setembro de 2011, a RENAULT<br />

CACIA, cuja ambição é tornar-se uma<br />

referência em matéria de competitividade<br />

no sector automóvel, celebrou<br />

30 anos de actividade. Só na última<br />

década investiu na sua fábrica de Aveiro<br />

mais de 220 milhões de euros, não<br />

apenas na instalação de novas linhas<br />

e renovação de outras, mas também<br />

na formação dos colaboradores, melhoria<br />

das condições do ambiente de<br />

48 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

trabalho, reforço da responsabilidade<br />

ambiental da empresa.<br />

O investimento dos últimos anos foi<br />

especialmente direccionado para as<br />

actividades de I&D (investigação e desenvolvimento)<br />

no âmbito de uma série<br />

de projectos produto/processo, desenvolvidos<br />

com o objectivo de melhor<br />

adaptar a empresa à nova realidade<br />

do mercado automóvel mundial, cuja<br />

experiência de exportação passa por<br />

países como França, Espanha, Roménia,<br />

Reino Unido, África do Sul, Brasil,<br />

Chile, Irão, Índia, Marrocos e Rússia.<br />

Refira-se que a produção da RENAULT<br />

CACIA, que emprega mais de 1.000<br />

colaboradores, se destina na totalidade<br />

à exportação. No final do ano passado,<br />

a fábrica de Aveiro passou também a<br />

exportar peças para mercados como o


México, Colômbia, Japão, China, Malásia<br />

e Tailândia.<br />

A RENAULT CACIA fabrica um vasto leque<br />

de produtos: dois tipos de caixas de<br />

velocidades (com 6 velocidades, para utilização<br />

em veículos de gama superior, e<br />

com 5 velocidades, para veículos de gama<br />

média), assim como vários componentes<br />

para motores, nomeadamente bombas<br />

de óleo (para 90 por cento da gama de<br />

motores), árvores de equilibragem, volantes,<br />

colectores e outros componentes<br />

para diversos tipos de motores, e ainda<br />

componentes para caixas, como os cárteres,<br />

pinhões, árvores, entre outros.<br />

“O investimento dos últimos<br />

anos foi especialmente<br />

direccionado para as<br />

actividades de I&D no<br />

âmbito de uma série de<br />

projectos produto/processo,<br />

desenvolvidos com o objectivo<br />

de melhor adaptar a empresa<br />

à nova realidade do mercado<br />

automóvel mundial.”<br />

Na realidade, a Renault desenvolve veículos<br />

que respondem às necessidades<br />

dos mercados e dos clientes, o que faz<br />

com que a gama mecânica permita uma<br />

centena de combinações entre motores<br />

e caixas de velocidades, portanto uma<br />

grande diversidade de produto. Neste<br />

universo, as caixas de velocidades montadas<br />

na RENAULT CACIA são destinadas<br />

a fábricas de carroçaria-montagem<br />

e os componentes, tanto de motores<br />

como de caixas para outras fábricas<br />

de mecânica, situadas em países como<br />

França, Espanha, Roménia.<br />

As caixas de velocidades fabricadas na<br />

RENAULT CACIA em conjunto com os<br />

novos motores, são os últimos grupos<br />

moto-propulsores desenvolvidos pelo<br />

grupo Renault, adaptados à evolução<br />

das normas ambientais da União Europeia<br />

e equipam toda a gama Dacia e<br />

EMPRESAS<br />

Renault, desde o Logan até à gama alta<br />

e veículos utilitários.<br />

Trata-se, pois, de um investimento no<br />

desenvolvimento sustentável, fabricando<br />

produtos para veículos mais<br />

económicos e mais ecológicos, que<br />

contribuem para a redução do impacto<br />

ambiental na sua actividade de fabricação<br />

de caixas de velocidades com a<br />

assinatura ECO2 (Ecológico e Económico),<br />

reduzindo as emissões de CO2,<br />

logo amigos do ambiente.<br />

www.renault.pt<br />

www.renault.pt/descubra-a-renault/<br />

cacia/<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 49


EMPRESAS<br />

TEGOPI<br />

EXEMPLO DE EXCELÊNCIA<br />

A TEGOPI, uma empresa portuguesa com 65 anos, é especializada em metalomecânica<br />

pesada. Nos anos 90, investiu no fabrico de torres eólicas e é hoje o maior fabricante<br />

nacional destes equipamentos, exportando 95 por cento da sua produção. Com uma<br />

internacionalização bem sucedida e em expansão, a empresa elege a qualidade e a<br />

inovação como importantes factores que contribuiriam para este sucesso.<br />

Fundada em 1946, a TEGOPI desenvolve<br />

a sua actividade no ramo da metalomecânica<br />

pesada, sendo líder do mercado,<br />

nomeadamente em equipamentos<br />

de elevação e edifícios metálicos. A<br />

empresa, adquirida pelo grupo Quintas<br />

& Quintas nos anos 90, iniciou em<br />

1997 o fabrico de torres eólicas, sendo<br />

hoje o maior fabricante nacional deste<br />

tipo de equipamentos e exportando<br />

cerca de 95 por cento da sua produção.<br />

A actividade da TEGOPI desenvolve-se<br />

em torno de três áreas de negócio: torres<br />

eólicas, equipamentos de elevação e<br />

movimentação e mecano soldados. Ao<br />

longo da sua história, a empresa desen-<br />

50 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

“A Tegopi pretende reforçar<br />

alianças e parcerias, com<br />

clientes e parceiros de<br />

desenvolvimento no sentido<br />

de poder vir a apostar em<br />

novos segmentos de mercado,<br />

como sejam a produção de<br />

torres eólicas com tecnologia<br />

offshore, uma área de<br />

crescimento exponencial<br />

expectável a partir de<br />

2013/2014.”<br />

volveu reconhecidas competências em<br />

tecnologia de soldadura que lhe permitiram<br />

conquistar posições em mercados<br />

de elevada exigência como o das energias<br />

renováveis (eólica, hídrica e das ondas).<br />

Os seus principais mercados são a<br />

Alemanha, a França, <strong>Portugal</strong> e o Reino<br />

Unido e os seus maiores clientes são a<br />

GE, Nordex, Enercon, Efacec e TEREX.<br />

O processo de internacionalização da TE-<br />

GOPI arrancou em 2009, através da constituição<br />

de uma joint-venture na Turquia<br />

para produzir e comercializar torres eólicas<br />

na região do Mar Negro. A unidade<br />

da Turquia (ALKEG-TEGOPI) iniciou a laboração<br />

em Outubro de 2010. Os objec-


tivos da empresa passam agora por chegar<br />

à África do Sul e ao Brasil no âmbito<br />

da sua estratégia de internacionalização.<br />

A empresa orgulha-se do sucesso que<br />

a internacionalização da TEGOPI alcançou<br />

na última década, afirma fonte da<br />

empresa, frisando que esse orgulho é<br />

partilhado “por todo o sector empresarial<br />

português, já que temos contribuído<br />

para expandir positivamente a<br />

marca <strong>Portugal</strong> no estrangeiro”.<br />

Quanto aos planos para o futuro, de<br />

acordo com a mesma fonte, a empresa<br />

aposta na internacionalização para espaços<br />

com forte crescimento ao nível<br />

do consumo de energia sustentável, de<br />

forma a rentabilizar as competências<br />

específicas entretanto adquiridas, reforçando<br />

expressivamente a dimensão<br />

da empresa. Deslocalizar as instalações<br />

fabris da TEGOPI para uma nova unidade<br />

dotada de um layout produtivo<br />

apropriado, permitindo incrementos ao<br />

nível da eficiência produtiva, é também<br />

um objectivo estratégico da empresa.<br />

A empresa investiu de 19 milhões de euros<br />

neste projecto, dos quais cerca de 12<br />

milhões de euros em equipamentos que<br />

visam aumentar a capacidade produtiva e<br />

a introdução de novas tecnologias de produção.<br />

O aumento de capital, em 2009,<br />

para 7,8 milhões de euros com a entrada<br />

da PME Investimentos, veio contribuir<br />

para a realização deste investimento.<br />

No médio prazo, a empresa pretende reforçar<br />

alianças e parcerias, com clientes e<br />

parceiros de desenvolvimento no sentido<br />

de poder vir a apostar em novos segmentos<br />

de mercado, como sejam a produção<br />

de torres eólicas com tecnologia offshore,<br />

uma área de crescimento exponencial expectável<br />

a partir de 2013/2014. É tam-<br />

bém um objectivo estratégico para a<br />

TEGOPI a aposta constante na inovação<br />

e no desenvolvimento ao nível de novos<br />

processos produtivos e no reforço de<br />

competências de fabrico e produção.<br />

O volume de negócios da empresa terá<br />

atingido os 39 milhões de euros em 2011<br />

(EBITDA estimado de 3 milhões de euros),<br />

prevendo-se que esse valor aumente para<br />

42 milhões de euros em 2012 (EBITDA<br />

estimado de 3,6 milhões de euros). A exportação<br />

deverá continuar a representar<br />

95 por cento do volume de negócios.<br />

Três áreas em crescimento<br />

Em 1997, a TEGOPI produziu a primeira<br />

torre eólica made in <strong>Portugal</strong>, sendo<br />

hoje fornecedora dos maiores produtores<br />

mundiais de aerogeradores. Na<br />

área das torres eólicas há perspectivas<br />

de forte crescimento nos próximos<br />

anos, sendo um sector onde a TEGOPI<br />

mantém uma forte aposta, também no<br />

seguimento da abertura de uma unidade<br />

de produção na Turquia.<br />

A entrada da TEGOPI no sector dos equipamentos<br />

de elevação e movimentação<br />

ocorreu em 1958, sendo actualmente<br />

líder de mercado em <strong>Portugal</strong> com cerca<br />

de 50 por cento de quota. Nesta área de<br />

negócio, destaca-se a recente participação<br />

da TEGOPI nos projectos de geração<br />

de energia hídrica de Picote II, Bemposta<br />

II, Alqueva II, Venda Nova e Salamonde,<br />

e o fornecimento de equipamentos para<br />

a nova fábrica da Portucel.<br />

Outra área em franco crescimento é a<br />

dos mecano soldados. A TEGOPI produz<br />

e comercializa vários tipos de estruturas<br />

(chassis, flechas e charriots)<br />

para equipamentos de movimentação,<br />

nomeadamente stackers, fornecendo<br />

os maiores fabricantes de âmbito internacional.<br />

O crescimento estimado<br />

EMPRESAS<br />

para 2012 é de cerca de 50 por cento,<br />

aumentando para 6 milhões de euros o<br />

respectivo volume de negócios.<br />

Fruto da experiência e know-how adquiridos<br />

ao longo de décadas, a TEGOPI é hoje<br />

uma referência mundial na montagem<br />

de estruturas metálicas e na produção de<br />

equipamentos de elevação e torres eólicas,<br />

sendo de realçar o acompanhamento<br />

do cliente para lá da fase de montagem.<br />

A TEGOPI tem “uma grande tradição metalomecânica,<br />

recheada de exemplos de<br />

excelência, com reconhecimento alémfronteiras”,<br />

reforça a mesma fonte.<br />

Para esse reconhecimento tem contribuído<br />

a aposta permanente da empresa na<br />

inovação tecnológica e a realização dos<br />

necessários investimentos para garantir<br />

a optimização dos processos. A qualidade<br />

é também uma atitude de princípio<br />

para a empresa e uma prática de rotina<br />

quotidiana. A utilização de metodologias<br />

Lean nos processos produtivos, a melhoria<br />

contínua dos processos de soldadura<br />

e a aposta constante na inovação, têm<br />

permitido à empresa atingir padrões de<br />

qualidade elevados que se traduzem<br />

numa característica diferenciadora face<br />

a outras empresas do sector, conclui a<br />

fonte da TEGOPI.<br />

www.tegopi.pt<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 51


EMPRESAS<br />

HUF COM NOVO INVESTIMENTO<br />

EM PORTUGAL<br />

Em <strong>Portugal</strong> há mais de 20 anos, a Huf tem um projecto de investimento para a<br />

produção de novos componentes para o sector automóvel, no montante de 9,4<br />

milhões de euros. A Huf é de origem alemã e tem como principal actividade o fabrico<br />

de sistemas de acesso, segurança e imobilização para a indústria automóvel.<br />

O novo projecto de investimento é considerado<br />

fundamental para a continuidade<br />

da Huf em <strong>Portugal</strong>, e envolve a<br />

criação de um produto novo – o Rear<br />

View Camera para o grupo Volkswagen<br />

–, o aumento da componente<br />

electrónica em produtos já existentes<br />

(chaves para a GM EMMA), e a entrada<br />

no segmento premium do mercado automóvel,<br />

passando a fornecer marcas<br />

como a BMW e a Daimler.<br />

Orçado em 9,4 milhões de euros, o investimento<br />

está em curso e a empresa<br />

52 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

“A Huf Portuguesa exporta<br />

para os cinco continentes,<br />

fornecendo componentes<br />

para dez fábricas da PSA<br />

(Peugeot Citroën), sete<br />

fábricas da VW, 13 fábricas da<br />

GM e 12 fábricas da Ford.”<br />

já está a fornecer os projectos referidos<br />

(VW, BMW, Daimler e GM), segundo<br />

adianta fonte da empresa.<br />

A Huf Portuguesa, criada em 1991, é<br />

uma empresa do grupo Huf Hülsbeck<br />

& Fürst, com sede em Velbert (Alemanha).<br />

Em <strong>Portugal</strong>, os primeiros componentes<br />

produzidos, há 20 anos, foram<br />

sistemas de fechaduras para a Ford e<br />

para a GM, seguindo-se o fornecimento<br />

de componentes para os modelos<br />

da Autoeuropa. A Huf Portuguesa foi o<br />

4º investimento estrangeiro da Huf e a<br />

primeira empresa do grupo a produzir<br />

sistemas de fechaduras para o mercado<br />

francês (cliente PSA). Em 2002 foi adjudicado<br />

à Huf Portuguesa um novo con-


ceito de chaves o que originou a implementação<br />

da 1ª linha de electrónica.<br />

Ao longo dos seus 20 anos, já forneceu<br />

componentes a mais de 50 milhões de<br />

veículos, tendo como principal actividade<br />

o fabrico de sistemas de acesso, segurança<br />

e imobilização para a indústria<br />

automóvel – CASIM.<br />

Dentro da sua gama de produtos, destacam-se<br />

o Driver Authorization Systems<br />

(sistemas de acesso e funcionamento<br />

do automóvel); o Car Access Authorization<br />

Systems (sistemas de chaves<br />

e dispositivos de rádio frequência), o<br />

Power Tailgate Systems (puxadores de<br />

porta-bagagens com e sem câmara<br />

de visão incorporada), o Mechanical<br />

Locking Systems (sistemas de fechaduras<br />

e sistemas de bloqueio da coluna<br />

da direcção) e o Door Handles Systems<br />

(puxadores externos de portas).<br />

O grupo Huf tem uma presença global<br />

em 16 países de quatro continentes,<br />

contando com fábricas de produção,<br />

escritórios de vendas e engenharia de<br />

desenvolvimento globalizadas.<br />

Inicialmente especializada no desenvolvimento<br />

e no fabrico de produtos mecânicos,<br />

a Huf integrou, no início dos anos<br />

80, um novo know-how na área da<br />

electrónica. A aquisição de duas empresas<br />

especializadas em electrónica para<br />

o automóvel, sedeadas na Alemanha,<br />

assegurou ao grupo Huf a liderança actual,<br />

no desenvolvimento de produtos<br />

mecatrónicos no segmento CASIM (Car<br />

Access, Security and Immobilization).<br />

“Ao longo dos seus 20<br />

anos, a Huf já forneceu<br />

componentes a mais de 50<br />

milhões de veículos, tendo<br />

como principal actividade o<br />

fabrico de sistemas de acesso,<br />

segurança e imobilização para<br />

a indústria automóvel.”<br />

O volume de negócios da empresa atingiu<br />

o valor de 70,5 milhões de euros em<br />

2010, mais 4 milhões do que em 2009, o<br />

que representa um crescimento de 7 por<br />

cento, ou seja, sublinha a mesma fonte,<br />

verificou-se uma ligeira recuperação<br />

depois da forte descida originada pela<br />

crise económica. As previsões para 2011<br />

apontam para um volume de negócios<br />

de 76 milhões de euros.<br />

Relativamente à distribuição geográfica<br />

dos mercados, ganham importância a<br />

Alemanha (30 por cento), França e Espanha<br />

(27 por cento), destacando-se<br />

ainda os 5 por cento da Eslováquia e<br />

os 4 por cento da Bélgica. Mais de 90<br />

por cento da produção é destinada ao<br />

mercado europeu.<br />

EMPRESAS<br />

A Huf Portuguesa exporta para os cinco<br />

continentes, fornecendo componentes<br />

para dez fábricas da PSA (Peugeot Citroën),<br />

sete fábricas da VW, 13 fábricas<br />

da GM e 12 fábricas da Ford. A PSA é o<br />

maior cliente com 29 por cento das vendas<br />

totais, seguindo-se a Ford com uma<br />

quota de 22 por cento, a GM com 17 por<br />

cento e o grupo Volkswagen com 11 por<br />

cento. Estes quatro clientes representam<br />

79 por cento da facturação. As vendas<br />

nos “Tier 1 Suppliers” situam-se nos 11<br />

por cento (produtos para veículos GM/<br />

Opel e produtos para veículos VW). O<br />

grupo Huf representa uma percentagem<br />

de 6 por cento do valor total de vendas.<br />

A mesma fonte refere ainda que a Huf<br />

Portuguesa foi pioneira na avaliação da<br />

satisfação dos colaboradores através da<br />

implementação de Estudos de Opinião<br />

internos e externos. É best in class na<br />

área da Saúde e Segurança, tendo os<br />

índices de frequência e gravidade mais<br />

baixos do sector, atingido um recorde<br />

de 384 dias sem acidentes de trabalho.<br />

Mais recentemente foi escolhida pela<br />

European Commission (Employment<br />

Social Affairs and Equal Opportunities)<br />

and International Training Centre – ILO<br />

– como empresa modelo no que respeita<br />

às boas práticas nas medidas antecipadoras<br />

de reestruturação (participação<br />

em seminários em Lisboa e Bruxelas).<br />

www.huf-group.com<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 53


EMPRESAS<br />

HUAWEI<br />

UMA APOSTA DE<br />

SUCESSO NO SECTOR DAS<br />

TECNOLOGIAS, SISTEMAS<br />

E INFORMAÇÃO<br />

A Huawei, empresa de tecnologias, sistemas e soluções<br />

de comunicação e informação de origem chinesa, está<br />

em <strong>Portugal</strong> desde 2004 e é um dos fornecedores de<br />

equipamentos e soluções para os principais operadores<br />

de telecomunicações no nosso país. Já investiu em<br />

<strong>Portugal</strong> 40 milhões de euros e irá brevemente<br />

inaugurar um Centro de Suporte Técnico para apoio<br />

aos projectos implementados, num investimento que<br />

ascende a 10 milhões de euros.<br />

Em <strong>Portugal</strong> desde 2004, a Huawei<br />

tem fornecido equipamentos e soluções<br />

para os principais operadores de<br />

telecomunicações: PT, Vodafone, Sonaecom<br />

e Zon. Dispondo de soluções<br />

integradas “end-to-end” para redes<br />

54 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

de comunicações, bem como serviços,<br />

a Huawei tem sido uma referência em<br />

<strong>Portugal</strong> em áreas tão importantes<br />

como as Redes de Nova Geração; Redes<br />

de Banda Larga Móvel e Fixa, disponibilizando<br />

equipamentos terminais<br />

inovadores que possibilitaram a massificação<br />

da Banda Larga no nosso país.<br />

Dos inúmeros projectos em que participou,<br />

a empresa destaca as parcerias efectuadas<br />

no âmbito do programa eEscolas<br />

com o fornecimento de Datacards com<br />

a TMN, Vodafone e Optimus; no fornecimento<br />

da tecnologia das redes de comunicações<br />

em fibra óptica nos projectos<br />

“Meo-Fibra” da PT e “Fibra-Clix” da<br />

Optimus; e nos pilotos tecnológicos em<br />

Redes Móveis de “Nova Geração” Tecnologia<br />

LTE para a Optimus e TMN.<br />

Até 2010, a Huawei investiu em <strong>Portugal</strong><br />

cerca de 40 milhões de euros na<br />

criação da Huawei <strong>Portugal</strong>, Lda., onde<br />

conta actualmente com cerca de 100<br />

colaboradores, directos e indirectos. No<br />

início de 2012 a Huawei irá inaugurar<br />

um Centro de Suporte Técnico para<br />

apoio aos projectos implementados,<br />

cujo investimento ascende a 10 milhões<br />

de euros. Este Centro irá dispor<br />

de um laboratório multi-tecnologia e<br />

de equipas com as competências necessárias<br />

para, numa primeira fase,<br />

dar suporte aos projectos em curso em<br />

<strong>Portugal</strong>. Equipado com as diversas soluções<br />

e equipamentos Huawei, esta<br />

infra-estrutura poderá vir a evoluir para<br />

um Training Center e um Centro de<br />

Demonstração, caso as competências<br />

locais se desenvolvam conforme esperado,<br />

de acordo com fonte da empresa.<br />

Com sede em Lisboa, no Parque das<br />

Nações, e escritórios no Porto, com um


centro Logístico em Alverca e um Centro<br />

Tecnológico também em Lisboa, o<br />

“crescimento sustentado da empresa<br />

tem sido uma realidade que permite<br />

transmitir ao mercado e aos nossos<br />

clientes confiança na sua escolha”,<br />

afirma a mesma fonte, adiantado que<br />

a decisão da Huawei de investir em<br />

<strong>Portugal</strong> foi tomada de forma global,<br />

no seguimento da definição da estratégia<br />

de internacionalização da empresa,<br />

em meados de 2002. “Os resultados<br />

que temos obtido ao longo dos anos,<br />

com base no rigor do nosso trabalho,<br />

na qualidade dos nossos produtos e<br />

soluções e com a confiança que temos<br />

vindo a granjear junto dos nossos clientes,<br />

permite-nos afirmar que foi uma<br />

aposta ganha”, frisa.<br />

O volume de negócios da Huawei <strong>Portugal</strong><br />

deverá ter atingido, em 2011, os 70<br />

milhões de euros. Além do mercado das<br />

telecomunicações, já referido, a empresa<br />

tem vindo gradualmente a estender a<br />

oferta ao sector das TIC, nomeadamente<br />

ao sector empresarial com soluções<br />

IP, telepresença, videoconferência e soluções<br />

unificadas de comunicações.<br />

Fundada em 1988 em Shenzhen, na<br />

China, a Huawei tem hoje operações<br />

em mais de 160 países nos cinco continentes,<br />

e conta com mais de 120 mil<br />

colaboradores. Em 2010, registou um<br />

volume de negócios de 28 mil milhões<br />

de dólares, sendo actualmente a segunda<br />

maior empresa do mundo no<br />

sector das tecnologias, sistemas e soluções<br />

de comunicação e informação.<br />

A empresa aposta fortemente na Investigação<br />

e Desenvolvimento, afectando<br />

40 por cento dos seus funcionários e<br />

reinvestindo 20 por cento dos lucros em<br />

I&D, de forma a poder colocar no mercado<br />

produtos e soluções inovadores. A<br />

Huawei disponibiliza um vasto portfolio<br />

de equipamentos e soluções na área das<br />

comunicações e tecnologias de informação,<br />

apresentando como principal<br />

vantagem o facto de dispor soluções<br />

“end-to-end” e “IP-Convergents” para<br />

a maior parte das solicitações, apresentando<br />

soluções integradas, eficientes e<br />

inovadoras, conclui a mesma fonte.<br />

www.huawei.com<br />

SUGALIDAL<br />

MEIO SÉCULO A<br />

EXPORTAR 100 POR<br />

CENTO PORTUGUÊS<br />

EMPRESAS<br />

A Sugalidal, S.A. é a maior empresa nacional do sector<br />

de produção de concentrado de tomate. Com um<br />

volume de negócios de 88 milhões de euros em 2010, a<br />

empresa é uma referência pela sua ligação quer ao sector<br />

agrícola português, quer ao maior produtor mundial de<br />

produtos alimentares à base de tomate, a multinacional<br />

Heinz. Com o objectivo de manter a sua competitividade<br />

global, pois exporta mais de 95 por cento da produção, a<br />

empresa aposta numa estratégia de rigorosa qualidade e<br />

de desenvolvimento e inovação contínuos.<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 55


EMPRESAS<br />

A Sugalidal, resultado da fusão, em<br />

2009, entre a Sugal Alimentos, em<br />

Azambuja, e a Idal de Benavente, processo<br />

que veio reforçar a competitividade<br />

das duas empresas no mercado global,<br />

permanece uma empresa familiar,<br />

não obstante ser hoje a maior empresa<br />

do sector na Europa e uma das maiores<br />

a nível mundial. O crescimento ao longo<br />

das últimas cinco décadas tem sido<br />

fruto do trabalho e dedicação de uma<br />

equipa que transmite os valores e conhecimentos<br />

de geração em geração,<br />

e que tem procurado apostar sempre<br />

mais na qualidade e inovação dos seus<br />

produtos, que têm origem numa matéria-prima<br />

100 por cento nacional.<br />

“A Sugalidal concluiu em 2010<br />

um projecto de investimento<br />

na unidade de Benavente,<br />

que ascendeu a 9 milhões<br />

de euros, e que consiste<br />

na reformulação de todo<br />

o processo de fabrico de<br />

concentrado de tomate.”<br />

Situada na região do Ribatejo, a Sugalidal<br />

possui duas instalações fabris, em<br />

Azambuja e em Benavente, que processam<br />

anualmente 500 mil toneladas<br />

de tomate fresco. A fábrica da Azambuja<br />

está vocacionada para a primeira<br />

transformação, ou seja, na produção<br />

de concentrado de tomate. A fábrica<br />

de Benavente, para além da primeira<br />

transformação, dedica-se também à 2ª<br />

transformação, onde são produzidos<br />

os produtos Guloso.<br />

Actualmente, mais de 95 por cento da<br />

produção de ambas as fábricas destinase<br />

aos mercados europeus e asiáticos,<br />

utilizando apenas matéria-prima nacional.<br />

Os seus produtos são vendidos sob<br />

as mais conceituadas marcas, sendo de<br />

destacar a Heinz, a McDonalds e a Burger<br />

King. No mercado nacional, os produtos<br />

são vendidos sob a marca Guloso<br />

de que é proprietária.<br />

A unidade fabril de Benavente é o<br />

maior empregador individual no eixo<br />

Vila Franca de Xira/Santarém, naquela<br />

margem do Tejo. A origem da sua<br />

56 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

matéria-prima reside no próprio concelho<br />

de Benavente e áreas limítrofes,<br />

contribuindo assim fortemente para a<br />

redução das assimetrias regionais por<br />

duas vias: assegurando o escoamento<br />

da matéria-prima produzida pelos agricultores<br />

desta região e sendo responsável<br />

por um conjunto muito importante<br />

de postos de trabalho directos e<br />

indirectos, permite fixar a população<br />

que depois contribuirá para a sustentabilidade<br />

dos restantes sectores da<br />

economia local.<br />

Na Sugalidal são transformadas mais<br />

de 500 milhões de quilogramas de tomate<br />

fresco, recorrendo a empresa a<br />

mais de 6.000 hectares de plantações<br />

de tomate, numa lógica de parceria<br />

com os produtores, assente em práticas<br />

agrícolas de agricultura sustentável<br />

e de responsabilidade social. No campo,<br />

os técnicos agrícolas da empresa<br />

acompanham todas as etapas de crescimento<br />

da cultura, zelando pelo cumprimento<br />

dos cadernos de encargos<br />

dos seus clientes, bem como pelas boas<br />

práticas agrícolas. “A proximidade entre<br />

o campo e os locais de laboração é<br />

fundamental para a obtenção de frutos<br />

frescos de qualidade, que proporcionam<br />

produtos finais de excelência”,<br />

sublinha fonte da empresa.<br />

A Sugalidal concluiu em 2010 um projecto<br />

de investimento na unidade de<br />

Benavente, que ascendeu a 9 milhões<br />

de euros, e que consiste na reformulação<br />

de todo o processo de fabrico<br />

de concentrado de tomate, desde a<br />

descarga até ao acondicionamento do<br />

concentrado em recipientes próprios.<br />

Este investimento permitiu à Sugalidal<br />

adoptar a mais moderna tecnologia<br />

existente mundialmente no sector, e<br />

teve como objectivo melhorar a eficiência<br />

na produção de concentrado<br />

de tomate, tornando-a numa unidade<br />

produtiva com uma eficiência que lhe<br />

permita competir, num mercado que é<br />

global, com os produtores mais eficientes<br />

do mundo.<br />

Com uma estratégia de investimento,<br />

desenvolvimento e inovação constantes,<br />

a nível da tecnologia e dos processos,<br />

a Sugalidal pretende ser parceira<br />

em todos os segmentos de mercado:<br />

industrial, food service e retalho. Se-<br />

“Com uma estratégia<br />

de investimento,<br />

desenvolvimento e inovação<br />

constantes, a nível da<br />

tecnologia e dos processos, a<br />

Sugalidal pretende ser parceira<br />

em todos os segmentos de<br />

mercado: industrial, food<br />

service e retalho.”<br />

gundo a mesma fonte, “a nossa estratégia<br />

tem passado pelo investimento e<br />

diversificação no portefólio de produtos<br />

e apostar na eficiência produtiva de<br />

forma a oferecer produtos derivados<br />

de tomate competitivamente – a mais<br />

alta qualidade, ao melhor preço”.<br />

A combinação de um produto que é<br />

alimentar, com o facto de os respectivos<br />

clientes se encontrarem entre os<br />

mais exigentes a nível mundial, obriga a<br />

empresa a manter e a desenvolver permanentemente<br />

técnicas e práticas de


investigação que reduzam ao mínimo<br />

os riscos para a saúde dos consumidores<br />

finais. Tal só é possível com um permanente<br />

investimento em equipamentos<br />

e formação em práticas exigentes, que<br />

permitam a evolução dos produtos e<br />

processos sem comprometer a segurança<br />

dos seus consumidores finais.<br />

Neste sentido, dispõe de um moderno<br />

e bem equipado laboratório onde são<br />

analisadas as amostras de produto regularmente<br />

retiradas ao longo de todo o<br />

processo produtivo para respectiva avaliação<br />

e garantia de cumprimento das<br />

especificações definidas relativamente às<br />

características físico-químicas tais como<br />

a cor, sal, pH, consistência e características<br />

microbiológicas, presença de resíduos<br />

de pesticidas, entre outras. “Através<br />

do controlo dos nossos fornecedores<br />

de ingredientes e materiais de embalagem,<br />

procuramos garantir que os nossos<br />

produtos correspondam às expectativas<br />

dos nossos clientes e consumidores. A<br />

Sugalidal tem implementado em todas<br />

as suas linhas de produção o sistema de<br />

auto-controlo HACCP (Hazard Analysis<br />

and Critical Control Points), onde estão<br />

identificados todos os possíveis riscos<br />

bem como as medidas de controlo”,<br />

acrescentou a fonte da empresa.<br />

A combinação de rentabilidades com<br />

uma unidade moderna e competitiva<br />

em custos, como a de Benavente, permite<br />

à Sugalidal potenciar a competitividade<br />

e o incremento significativo da<br />

produção, satisfazendo deste modo as<br />

necessidades dos seus clientes nacionais<br />

e internacionais.<br />

www.sugalidal.pt<br />

EMPRESAS<br />

CONTINENTAL MABOR<br />

EXPANSÃO EM PORTUGAL<br />

PARA PRODUTOS TOPO<br />

DE GAMA<br />

A Continental Mabor tem em curso um investimento de<br />

expansão da fábrica de Lousado, em Famalicão, para<br />

aumentar a capacidade produtiva e tecnológica na<br />

gama de pneus de alta performance. A multinacional<br />

alemã está em <strong>Portugal</strong> desde 1989 e emprega 1.600<br />

pessoas só nesta fábrica.<br />

Fundada em finais de 1989, a Continental<br />

Mabor produz pneus para veículos<br />

automóveis ligeiros, para SUV<br />

(Sport Utility Vehicles) e pneus antifuro<br />

(ou selados, os ContiSeal), em<br />

gama variada quer em medidas, quer<br />

em tipos, quer em marcas. Ao todo,<br />

tem 800 artigos em produção de 20<br />

diferentes marcas.<br />

Exporta 97 por cento da sua produção<br />

e tem como principais mercados a Alemanha,<br />

os países do Benelux, Espanha,<br />

França, Reino Unido e Itália. Em 2010 registou<br />

um volume de negócios de perto<br />

de 600 milhões de euros, prevendo-se<br />

que este valor tenha sido largamente ultrapassado<br />

no exercício de 2011, segundo<br />

revelou fonte da Continental Mabor.<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 57


EMPRESAS<br />

A empresa tem-se distinguido pelo<br />

bom desempenho no grupo Continental,<br />

nomeadamente no que respeita a<br />

inovações tecnológicas, tendo em curso<br />

um investimento de cerca de 80 milhões<br />

de euros destinado ao aumento<br />

da capacidade produtiva da fábrica de<br />

Lousado e consequente adaptação a<br />

uma maior complexidade na gama de<br />

pneus de alta performance.<br />

Este investimento deverá estar concluído<br />

até final de 2013 e, segundo a mesma<br />

fonte, a empresa espera ainda obter<br />

aprovação para novos investimentos<br />

a realizar a partir de 2014, para<br />

elevar a sua capacidade de produção<br />

58 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

“A empresa tem-se<br />

distinguido pelo bom<br />

desempenho no grupo<br />

Continental, nomeadamente<br />

no que respeita a inovações<br />

tecnológicas, tendo em curso<br />

um investimento de cerca de<br />

80 milhões de euros destinado<br />

ao aumento da capacidade<br />

produtiva da fábrica de<br />

Lousado e consequente<br />

adaptação a uma maior<br />

complexidade na gama de<br />

pneus de alta performance.”<br />

acima de 20 milhões de pneus anuais.<br />

Ambos os projectos visam reforçar a<br />

produção de pneus de topo de gama<br />

(alta performance).<br />

A aposta da multinacional alemã em<br />

<strong>Portugal</strong> resulta da “boa experiência<br />

de investimento” em Lousado. A<br />

Continental realça a “experiência da<br />

equipa na concretização dos investimentos,<br />

a rapidez na transformação<br />

do investimento em produtos transaccionáveis<br />

e a capacidade da equipa de<br />

Lousado em trabalhar num ambiente<br />

industrial de elevada complexidade e<br />

com produtos de grande dificuldade<br />

tecnológica”, refere a fonte.<br />

A Continental Mabor é resultado de<br />

uma joint-venture, firmada em 1989,<br />

entre a Mabor Manufactura Nacional<br />

de Borracha, S.A. – empresa portuguesa<br />

com assistência técnica da General<br />

Tire, a sua associada americana,<br />

que fabricava e comercializava pneus<br />

e câmaras de ar para veículos automóveis<br />

– e a Continental AG, de Hanôver,<br />

a maior produtora de artigos de borracha<br />

da Alemanha e o quarto fabricante<br />

de pneus no mundo. Em 1993<br />

a Continental adquiriu os restantes 40<br />

por cento da empresa, tornando-se<br />

assim o seu único accionista.<br />

A unidade da Continental em Lousado<br />

é hoje uma das mais modernas<br />

do grupo Continental. O processo de<br />

modernização da fábrica da Mabor<br />

teve início em 1990, num investimento<br />

global superior a 100 milhões de<br />

euros efectuado durante um período<br />

de cinco anos (1990-95). Este projecto<br />

redimensionou a capacidade produtiva<br />

da empresa, com a instalação de<br />

equipamento sofisticado e eficiente<br />

que permitiu racionalizar a produção,<br />

introduzindo novas tecnologias, novos<br />

métodos e processos.<br />

A Continental Mabor tem actualmente<br />

um capital social superior a 30 milhões<br />

de euros e emprega 1.600 trabalhadores<br />

na fábrica de Lousado.<br />

www.continental-corporation.com


PETROGAL S.A.<br />

COMBUSTÍVEIS GLOBAIS<br />

A Petróleos de <strong>Portugal</strong> - Petrogal, SA, constituída em 1976, desenvolve a sua<br />

actividade nas áreas de exploração, produção, refinação e distribuição de produtos<br />

petrolíferos. Detida a 100 por cento pela Galp Energia, a empresa atingiu, em 2010,<br />

um volume de negócios de 12,5 mil milhões euros.<br />

A Petrogal possui as únicas refinarias<br />

existentes em <strong>Portugal</strong> – Sines e Matosinhos<br />

– onde a empresa processa<br />

petróleo bruto. No seu conjunto estas<br />

refinarias possuem uma capacidade de<br />

refinação total de 330 mil barris de petróleo<br />

bruto por dia, 20 por cento da<br />

capacidade de refinação ibérica.<br />

A Galp Energia é o único grupo integrado<br />

de produtos petrolíferos e gás natural<br />

de <strong>Portugal</strong>, com actividades que se<br />

estendem da exploração e produção de<br />

petróleo e gás natural, até à refinação<br />

e distribuição dos seus produtos, bem<br />

como à distribuição e venda de gás natural<br />

e à geração de energia eléctrica.<br />

As actividades da Galp Energia estão<br />

em forte expansão à escala global e<br />

desenvolvem-se, essencialmente, em<br />

<strong>Portugal</strong>, Espanha, Brasil, Angola, Venezuela,<br />

Moçambique, Cabo Verde,<br />

Guiné-Bissau, Suazilândia, Gambia, Timor-Leste,<br />

Uruguai e Guiné-Equatorial.<br />

O programa de investimentos da Petrogal<br />

para a área de refinação, entre os<br />

anos 2006 e 2012, ascende a cerca de<br />

500 milhões de euros, contemplando,<br />

entre outros, a modernização do terminal<br />

petrolífero de Leixões, a monobóia<br />

para descarga de crude (já em funcionamento),<br />

para além dos investimentos<br />

na renovação dos parques de tanques<br />

e dos pipelines e investimentos de melhoria<br />

ambiental e eficiência energética<br />

em ambas as refinarias.<br />

Adicionalmente, e com vista a ajustar o<br />

perfil de produção às necessidades do<br />

mercado ibérico, onde existe um défice<br />

de gasóleo e uma contínua diminuição<br />

do consumo de fuel oil, a Petrogal iniciou,<br />

em 2008, o processo de reconfiguração<br />

do seu complexo refinador,<br />

que representa um custo total superior<br />

a 1.400 milhões de euros, sendo<br />

o maior investimento industrial já efectuado<br />

em <strong>Portugal</strong>. O valor global do<br />

investimento atinge, assim, um valor<br />

próximo de 2 mil milhões de euros.<br />

EMPRESAS<br />

Este projecto de reconfiguração consiste<br />

no aumento da capacidade de conversão<br />

das duas refinarias, anteriormente<br />

mais direccionadas para a produção de<br />

gasolina, dotando-as de unidades de<br />

conversão vocacionadas para a transformação<br />

de fracções pesadas de petróleo<br />

bruto em destilados de petróleo médios,<br />

nomeadamente gasóleo. Após a conclusão<br />

do projecto a actividade de refinação<br />

em <strong>Portugal</strong> passa a poder transformar<br />

crudes mais pesados, com maior oferta<br />

no mercado internacional, de que resulta<br />

uma maior autonomia estratégica quanto<br />

às respectivas fontes de abastecimento.<br />

A Petrogal optimiza, deste modo, a sua<br />

gama de matérias-primas e produtos<br />

e melhorou a integração das duas refinarias.<br />

De referir que o projecto de<br />

reconfiguração do aparelho refinador,<br />

para além de ser gerador de emprego,<br />

cumpre apertados critérios de ordem<br />

ambiental e de segurança.<br />

www.petrogal.pt<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 59


EMPRESAS<br />

HIKMA FARMACÊUTICA APOSTA<br />

EM PORTUGAL E INAUGURA NOVA FÁBRICA<br />

Presente em <strong>Portugal</strong> desde 1989, a farmacêutica Hikma reforçou a aposta no nosso<br />

país e inaugurou recentemente uma nova fábrica, num investimento de 12 milhões<br />

de euros que irá permitir aumentar as vendas em 4,5 milhões de euros. Originária<br />

da Jordânia, a Hikma possui uma dimensão à escala global, mas foi em <strong>Portugal</strong> que<br />

iniciou o seu processo de internacionalização.<br />

Fundada em 1978, na Jordânia, a Hikma<br />

é um grupo farmacêutico multinacional<br />

focado no desenvolvimento, fabrico e<br />

comercialização de uma vasta gama de<br />

medicamentos genéricos e sob licença.<br />

Actualmente a Hikma possui uma<br />

dimensão à escala global, estando presente<br />

na Europa, nos Estados Unidos,<br />

Médio Oriente e Norte de África, com<br />

uma facturação consolidada superior a<br />

mil milhões de dólares e empregando<br />

mais de 6.000 pessoas.<br />

A subsidiária portuguesa do grupo, a<br />

Hikma Farmacêutica (<strong>Portugal</strong>), S.A.,<br />

foi fundada em 1989 e marcou o início<br />

do processo de internacionalização da<br />

empresa. A Hikma <strong>Portugal</strong> é o centro<br />

de decisão do segmento de injectáveis<br />

ao nível do grupo, sendo responsável<br />

por um volume de negócios global superior<br />

a 190 milhões de dólares.<br />

60 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

A Hikma Farmacêutica dedica-se à produção<br />

e comercialização especializada<br />

de medicamentos genéricos, para uso<br />

exclusivo hospitalar, quer para o mercado<br />

nacional quer para o mercado<br />

internacional. O parque industrial, situado<br />

em Sintra, foi inaugurado em 9<br />

de Junho de 1994, e tem, desde essa<br />

data, sido alvo de contínuos investimentos<br />

no sentido da sua ampliação e<br />

modernização. Com uma área de construção<br />

de 9.500 metros quadrados, as<br />

valências instaladas incorporam áreas<br />

de produção, embalagem e armazenamento,<br />

bem como áreas dedicadas a<br />

laboratórios equipados com as mais recentes<br />

tecnologias. Os medicamentos<br />

produzidos nesta unidade destinam-se<br />

exclusivamente ao mercado hospitalar<br />

e cobrem um vasto leque de categorias<br />

terapêuticas entre as quais: anti-infecciosos,<br />

anestésicos, sistema nervoso<br />

central, analgésicos e cardiovasculares.<br />

A Hikma emprega em <strong>Portugal</strong> 322 colaboradores<br />

directos.<br />

De acordo com Riad Mechlaoui, director<br />

geral da empresa, o grupo Hikma<br />

vai continuar a investir em <strong>Portugal</strong>,<br />

quer na expansão e melhoria das suas<br />

instalações produtivas quer na formação<br />

e qualificação dos nossos profissionais.<br />

“Pese a conjuntura depressiva, a<br />

empresa espera continuar a ter crescimentos<br />

de dois dígitos no seu volume<br />

de negócios”, afirma a mesma fonte.<br />

Essa aposta traduziu-se na recente inauguração<br />

de uma nova unidade industrial<br />

de liofilização em Sintra, no seguimento<br />

de um contrato de investimento celebrado<br />

com o Estado português e no âmbito<br />

de um projecto de investimento iniciado<br />

em 2005 e cuja primeira fase agora foi<br />

concluída. A nova fábrica, que tem uma<br />

área bruta de 4.000 metros quadrados,


epresentou um investimento de 12 milhões<br />

de euros, criou 32 novos postos<br />

de trabalho directos e irá contribuir para<br />

um aumento de vendas na ordem dos<br />

4,5 milhões euros. O Ministro da Economia<br />

e Emprego, Álvaro Santos Pereira,<br />

esteve presente na inauguração desta<br />

nova unidade de liofilização.<br />

No curto prazo, a Hikma <strong>Portugal</strong> vai<br />

continuar a investir na expansão da sua<br />

capacidade produtiva e na melhoria dos<br />

seus níveis de eficiência. Está já em curso<br />

a construção de uma nova área de armazenamento,<br />

num investimento total<br />

de 1,2 milhões de euros, que vai permitir<br />

ultrapassar alguns constrangimentos<br />

logísticos, adianta Riad Mechlaoui. Para<br />

2012 está previsto o início da expansão<br />

das áreas de embalagem, completando<br />

a segunda fase de expansão do parque<br />

industrial. A médio prazo está ainda previsto<br />

a construção de mais uma unidade<br />

de produção com o intuito de aumentar<br />

a gama de produtos da Hikma. Estes investimentos<br />

serão acompanhados de um<br />

aumento no número de colaboradores,<br />

que se estima que durante o ano de 2012<br />

venha a ultrapassar os 350, acrescenta.<br />

Uma empresa exportadora<br />

Sendo a Hikma uma empresa exportadora<br />

por excelência, a conjuntura macroeconómica<br />

que se vive no país não tem<br />

tido reflexos significativos no desempenho<br />

financeiro e operacional da empresa.<br />

O mesmo responsável revelou que a Hikma<br />

<strong>Portugal</strong> terá ultrapassado, pela<br />

primeira vez em 2011, a barreira dos 50<br />

milhões de euros de facturação. “Olhando<br />

para o passado recente, desde o início<br />

do projecto de investimento em 2004 até<br />

ao presente exercício o volume de negócios<br />

tem crescido a uma taxa média anual<br />

constante de 15 por cento”, explica,<br />

acrescentando que cerca de 90 por cento<br />

deste volume de negócios serão exportações,<br />

estando aproximadamente 47 milhões<br />

de euros estimados para 2011.<br />

Os resultados operacionais têm vindo<br />

a acompanhar este crescimento na<br />

facturação, pelo que o resultado operacional<br />

do presente exercício será superior<br />

a 6 milhões de euros, que compara<br />

com 4 milhões de euros em 2010<br />

e 1,7 milhões em 2009, adianta Riad<br />

Mechlaoui, sublinhando que as pers-<br />

pectivas para 2012 são “animadoras”,<br />

esperando-se um aumento do volume<br />

de negócios superior a 10 por cento,<br />

com um reforço claro das exportações,<br />

sobretudo para o Médio Oriente e para<br />

o mercado americano.<br />

“Grande parte das exportações resulta<br />

da procura interna do grupo, com um<br />

peso aproximado de 60 por cento do<br />

total da procura internacional. A Hikma<br />

<strong>Portugal</strong> é o centro de excelência para<br />

a produção de medicamentos injectáveis<br />

e este facto sustenta toda nossa<br />

estratégia de internacionalização. Posteriormente<br />

são as diferentes subsidiárias<br />

espalhadas pelo mundo que fazem<br />

a distribuição do produto final”, diz<br />

ainda o director geral da empresa.<br />

Actualmente a Hikma exporta para 13<br />

mercados externos, sendo os principais<br />

destinos da sua produção: a Jordânia, os<br />

Estados Unidos da América, a Alemanha,<br />

a Finlândia, a Arábia Saudita e a Argélia.<br />

EMPRESAS<br />

A Hikma investe anualmente mais de 4<br />

por cento do seu volume de negócios<br />

em despesas de Investigação e desenvolvimento.<br />

A empresa aposta também<br />

em elevados padrões de qualidade dos<br />

seus produtos, sendo de referir que as<br />

instalações produtivas em Sintra estão<br />

aprovadas pela FDA (“Food and Drug<br />

Administration”, a autoridade norteamericana<br />

para o sector) desde 1997.<br />

Outro factor de diferenciação é a equipa<br />

de profissionais altamente qualificados<br />

e com elevado grau de especialização<br />

que está ao serviço da Hikma<br />

em <strong>Portugal</strong>, correspondendo aos requisitos<br />

regulamentares mais elevados<br />

da indústria determinados quer pelos<br />

standards do grupo Hikma quer pelas<br />

normas nacionais e internacionais<br />

(GMP - Good Manufacturing Practices),<br />

conclui o director geral da empresa.<br />

www.hikma.com<br />

Ministro da Economia e do Emprego na visita à nova fábrica da Hikma<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 61


OPINIÃO<br />

TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO<br />

E COMUNICAÇÃO<br />

INVESTIMENTO EM PORTUGAL<br />

> POR JOSÉ GALAMBA DE OLIVEIRA, PRESIDENTE DA DIRECÇÃO<br />

DA ASSOCIAÇÃO PORTUGAL OUTSOURCING<br />

62 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

A Associação <strong>Portugal</strong> Outsourcing<br />

foi constituída em Setembro de 2008<br />

com o fim último de contribuir para o<br />

desenvolvimento do sector português<br />

de Outsourcing de Tecnologias de Informação<br />

e Comunicação, nomeadamente<br />

através da sua divulgação nacional<br />

e internacional, da promoção de<br />

melhores práticas, da dinamização da<br />

discussão de temas relevantes para o<br />

desenvolvimento do sector e do apoio<br />

ao desenvolvimento de estudos estratégicos<br />

sobre o mesmo.<br />

Sendo a percepção interna hoje existente<br />

da actividade e oferta do outsourcing<br />

em <strong>Portugal</strong> bem diferente<br />

daquela que existia antes de se iniciar<br />

este trajecto, fruto do trabalho realizado<br />

desde então, é igualmente verdade<br />

que na perspectiva externa, como resultado<br />

do empenho do conjunto de<br />

empresas que compõem a <strong>Portugal</strong><br />

Outsourcing, o nosso país foi reconhecido<br />

em 2011, pela primeira vez, como<br />

um dos 11 países desenvolvidos do<br />

mundo a serem ponderados para a realização<br />

de outsourcing de tecnologias<br />

de informação e processos, logo após<br />

uma lista de 30 países dominada pelos<br />

mercados emergentes.<br />

Porém, e se ainda que este reconhecimento<br />

internacional muito deveria<br />

contribuir, num cenário económico de<br />

maior estabilidade, para um mais fácil<br />

potenciar do nosso país no processo de<br />

promoção e de captação internacional<br />

de investimento estrangeiro na área<br />

dos serviços de outsourcing de base<br />

tecnológica, a verdade é que, face à<br />

significativa alteração da realidade do<br />

país nos tempos mais recentes e ao<br />

cenário de grave crise económica que


nos afecta, a percepção dos principais<br />

investidores e analistas internacionais<br />

têm da imagem de <strong>Portugal</strong> deixou de<br />

ser tão positiva também neste sector.<br />

Ainda assim, e justamente porque<br />

<strong>Portugal</strong> reúne efectivamente um<br />

conjunto de factores muito vantajosos<br />

face a destinos concorrentes numa<br />

perspectiva de nearshore, a Associação<br />

<strong>Portugal</strong> Outsourcing continuará<br />

em 2012 a apostar na sua promoção<br />

e divulgação internacional, com destaque<br />

para a existência de diversas<br />

infra-estruturas de comunicação de<br />

altíssima qualidade, essenciais às operações,<br />

para o facto de o nosso país<br />

ser um destino de referência no domínio<br />

de línguas estrangeiras e para<br />

a capacidade inata dos profissionais<br />

portugueses para trabalhar em diferentes<br />

países e em ambientes multiculturais,<br />

estando aliás a comunidade<br />

portuguesa de profissionais do sector<br />

das TIC entre as mais competentes,<br />

criativas e empenhadas quando<br />

comparadas com os seus pares numa<br />

perspectiva internacional.<br />

Outras das vantagens a destacar assentam<br />

no facto de <strong>Portugal</strong> ainda se<br />

apresentar como um destino competitivo<br />

em termos de custos/valor face aos<br />

seus concorrentes, e o facto de se ter<br />

assistido, em <strong>Portugal</strong>, a uma recente<br />

“<strong>Portugal</strong> reúne um<br />

conjunto de factores<br />

muito vantajosos face a<br />

destinos concorrentes numa<br />

perspectiva de nearshore, pelo<br />

que a Associação <strong>Portugal</strong><br />

Outsourcing continuará<br />

em 2012 a apostar na sua<br />

promoção e divulgação<br />

internacional, com destaque<br />

para a existência de<br />

diversas infra-estruturas de<br />

comunicação de altíssima<br />

qualidade, essenciais às<br />

operações, para o facto de<br />

o nosso país ser um destino<br />

de referência no domínio<br />

de línguas estrangeiras e<br />

para a capacidade inata dos<br />

profissionais portugueses<br />

para trabalhar em diferentes<br />

países e em ambientes<br />

multiculturais.”<br />

forte aposta na Educação, com foco<br />

crescente em I&D e aplicações comerciais,<br />

por exemplo, sendo <strong>Portugal</strong> considerado<br />

líder em eGovernment e dispor<br />

de serviços públicos informatizados<br />

OPINIÃO<br />

de altíssima qualidade, factos positivamente<br />

observados pelas entidades que<br />

avaliam o nosso país.<br />

Já na perspectiva interna, a <strong>Portugal</strong><br />

Outsourcing acredita que o sector<br />

pode efectivamente, de forma concreta<br />

e consistente, contribuir para o<br />

cumprimento de algumas das medidas<br />

estruturantes que se impõem no país,<br />

devendo as reformas profundas que se<br />

avizinham ao nível, entre outros, dos<br />

serviços partilhados do Estado, passar<br />

também pela disponibilidade das nossas<br />

empresas e sua própria capacidade<br />

de investimento para trabalhar conjuntamente<br />

com o Governo português na<br />

definição das melhores soluções nas<br />

áreas nas que a nossa proposta de valor<br />

se adeque. E é assim, crente no papel<br />

que este sector poderá desempenhar<br />

no que respeita à redução de custos, à<br />

melhoria da produtividade e à eficiência<br />

dos processos dos serviços públicos,<br />

que a <strong>Portugal</strong> Outsourcing está neste<br />

momento a trabalhar na organização<br />

de um Seminário totalmente orientado<br />

à Administração Pública, a decorrer em<br />

Janeiro de 2012, que dará grande destaque<br />

e visibilidade ao nosso sector enquanto<br />

parte da solução da actual crise<br />

em que nos encontramos.<br />

www.portugaloutsourcing.pt<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 63


ANÁLISE DE RISCO - PAÍS<br />

COSEC<br />

No âmbito de apólices individuais<br />

África do Sul*<br />

China*<br />

C Aberta sem condições restritivas. C Aberta sem condições restritivas.<br />

M/L Garantia bancária (decisão<br />

M/L Garantia bancária.<br />

casuística).<br />

Chipre<br />

Angola<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

C Caso a caso numa base restritiva. M/L Não definida.<br />

M/L Garantia soberana. Limite total de<br />

responsabilidades.<br />

Colômbia<br />

C Carta de crédito irrevogável.<br />

Antilhas Holandesas<br />

M/L Caso a caso, numa base restritiva.<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

M/L Não definida.<br />

Coreia do Sul<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

Arábia Saudita<br />

M/L Não definida.<br />

C Carta de crédito irrevogável<br />

(decisão casuística).<br />

M/L Caso a caso.<br />

Costa do Marfim<br />

T Decisão casuística.<br />

Argélia<br />

C Sector público: aberta sem restrições.<br />

Sector privado: eventual<br />

Costa Rica<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

M/L Não definida.<br />

exigência de carta de crédito Croácia<br />

irrevogável.<br />

C Carta de crédito irrevogável ou<br />

M/L Em princípio, exigência de garan- garantia bancária. Extensão do<br />

tia bancária ou garantia soberana. prazo constitutivo de sinistro para<br />

Argentina<br />

T Caso a caso.<br />

12 meses. Redução da percentagem<br />

de cobertura para 90 por<br />

cento. Limite por operação.<br />

Barein<br />

M/L Garantia bancária ou garantia<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

soberana. Extensão do prazo<br />

M/L Garantia bancária.<br />

constitutivo de sinistro para 12<br />

Benim<br />

C Caso a caso, numa base muito<br />

restritiva.<br />

meses. Redução da percentagem<br />

de cobertura para 90 por cento.<br />

Limite por operação.<br />

M/L Caso a caso, numa base muito<br />

Cuba<br />

restritiva, e com exigência de<br />

T Fora de cobertura.<br />

garantia soberana ou bancária. Egipto<br />

Brasil*<br />

C Carta de crédito irrevogável<br />

C Aberta sem condições restritivas. M/L Caso a caso.<br />

M/L Clientes soberanos: Aberta sem Emirados Árabes Unidos<br />

condições restritivas. Outros Clien-<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

tes públicos e privados: Aberta, caso M/L Garantia bancária (decisão<br />

a caso, com eventual exigência de<br />

casuística).<br />

garantia soberana ou bancária.<br />

Eslováquia<br />

Bulgária<br />

C Carta de crédito irrevogável<br />

C Carta de crédito irrevogável.<br />

(decisão casuística).<br />

M/L Garantia bancária ou garantia<br />

soberana.<br />

Cabo Verde<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

M/L Eventual exigência de garantia<br />

bancária ou de garantia soberana<br />

(decisão casuística).<br />

M/L Não definida.<br />

Eslovénia<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

M/L Garantia bancária (decisão<br />

casuística).<br />

Estónia<br />

Camarões<br />

T Caso a caso, numa base muito<br />

restritiva.<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

M/L Garantia bancária.<br />

Etiópia<br />

Cazaquistão<br />

Temporariamente fora de cobertura.<br />

C Carta de crédito irrevogável.<br />

M/L Caso a caso numa base muito<br />

restritiva.<br />

Chile<br />

C Aberta sem restrições.<br />

Filipinas<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

M/L Clientes públicos: aberta sem<br />

M/L Não definida.<br />

condições restritivas. Clientes privados:<br />

em princípio, aberta sem<br />

condições restritivas. Eventual<br />

exigência de garantia bancária<br />

Gana<br />

C Caso a caso numa base muito<br />

restritiva.<br />

numa base casuística.<br />

M/L Fora de cobertura.<br />

64 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

Políticas de cobertura para mercados<br />

Geórgia<br />

Letónia<br />

C Caso a caso numa base restritiva, C Carta de crédito irrevogável.<br />

privilegiando-se operações de<br />

M/L Garantia bancária.<br />

pequeno montante.<br />

Líbano<br />

M/L Caso a caso, numa base muito<br />

C Clientes públicos: caso a caso<br />

restritiva e com a exigência de<br />

numa base muito restritiva.<br />

contra garantias.<br />

Clientes privados: carta de crédito<br />

Guiné-Bissau<br />

irrevogável ou garantia bancária.<br />

T Fora de cobertura.<br />

M/L Clientes públicos: fora de cobertura.<br />

Clientes privados: caso a<br />

Guiné Equatorial<br />

caso numa base muito restritiva.<br />

C Caso a caso, numa base restritiva.<br />

Líbia<br />

M/L Clientes públicos e soberanos:<br />

T Fora de cobertura.<br />

caso a caso, mediante análise das<br />

garantias oferecidas, designadamente<br />

contrapartidas do<br />

petróleo. Clientes privados: caso<br />

Lituânia<br />

C Carta de crédito irrevogável.<br />

M/L Garantia bancária.<br />

a caso, numa base muito restri- Macau<br />

tiva, condicionada a eventuais<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

contrapartidas (garantia de banco M/L Não definida.<br />

comercial aceite pela COSEC ou<br />

contrapartidas do petróleo).<br />

Malásia<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

Hong-Kong<br />

M/L Não definida.<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

M/L Não definida.<br />

Malawi<br />

C Caso a caso, numa base restritiva.<br />

Hungria<br />

M/L Clientes públicos: fora de co-<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

bertura, excepto para operações<br />

M/L Garantia bancária (decisão<br />

casuística).<br />

de interesse nacional. Clientes<br />

privados: análise casuística, numa<br />

base muito restritiva.<br />

Iémen<br />

Malta<br />

C Caso a caso, numa base restritiva.<br />

M/L Caso a caso, numa base muito<br />

restritiva.<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

M/L Não definida.<br />

Marrocos*<br />

Índia<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

C Aberta sem condições restritivas. M/L Garantia bancária ou garantia<br />

M/L Garantia bancária.<br />

soberana.<br />

Indonésia<br />

Martinica<br />

C Caso a caso, com eventual<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

exigência de carta de crédito irre- M/L Não definida.<br />

vogável ou garantia bancária.<br />

México*<br />

M/L Caso a caso, com eventual exi-<br />

C Aberta sem restrições.<br />

gência de garantia bancária ou<br />

M/L Em princípio aberta sem restrições.<br />

garantia soberana.<br />

A eventual exigência de garantia<br />

Irão<br />

C Carta de crédito irrevogável ou<br />

bancária, para clientes privados,<br />

será decidida casuisticamente.<br />

garantia bancária.<br />

Moçambique<br />

M/L Garantia soberana.<br />

C Caso a caso, numa base restritiva<br />

(eventualmente com a exigência de<br />

Iraque<br />

carta de crédito irrevogável, garan-<br />

T Fora de cobertura.<br />

tia bancária emitida por um banco<br />

Israel<br />

C Carta de crédito irrevogável<br />

(decisão casuística).<br />

aceite pela COSEC e aumento do<br />

prazo constitutivo de sinistro).<br />

M/L Aumento do prazo constitutivo<br />

de sinistro. Sector privado: caso a<br />

M/L Caso a caso, numa base restritiva. caso numa base muito restritiva.<br />

Jordânia<br />

C Caso a caso.<br />

M/L Caso a caso, numa base restritiva.<br />

Operações relativas a projectos<br />

geradores de divisas e/ou que<br />

admitam a afectação prioritária<br />

de receitas ao pagamento dos<br />

Koweit<br />

créditos garantidos, terão uma<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

ponderação positiva na análise do<br />

M/L Garantia bancária (decisão<br />

risco; sector público: caso a caso<br />

casuística).<br />

numa base muito restritiva.


de destino das exportações portuguesas<br />

Montenegro<br />

C Caso a caso, numa base restritiva,<br />

privilegiando-se operações de<br />

pequeno montante.<br />

M/L Caso a caso, com exigência de garantia<br />

soberana ou bancária, para<br />

operações de pequeno montante.<br />

Nigéria<br />

C Caso a caso, numa base restritiva<br />

(designadamente em termos de<br />

alargamento do prazo constitutivo<br />

de sinistro e exigência de<br />

garantia bancária).<br />

M/L Caso a caso, numa base muito<br />

restritiva, condicionado a eventuais<br />

garantias (bancárias ou contrapartidas<br />

do petróleo) e ao alargamento<br />

do prazo contitutivo de sinistro.<br />

Oman<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

M/L Garantia bancária (decisão casuística).<br />

Panamá<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

M/L Não definida.<br />

Paquistão<br />

Temporariamente fora de cobertura.<br />

Paraguai<br />

C Carta de crédito irrevogável.<br />

M/L Caso a caso, numa base restritiva.<br />

Peru<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

M/L Clientes soberanos: aberta sem<br />

condições restritivas. Clientes<br />

públicos e privados: aberta, caso<br />

a caso, com eventual exigência de<br />

garantia soberana ou bancária.<br />

Polónia*<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

M/L Garantia bancária (decisão<br />

casuística).<br />

Qatar<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

M/L Garantia bancária (decisão<br />

casuística).<br />

Quénia<br />

C Carta de crédito irrevogável.<br />

M/L Caso a caso, numa base restritiva.<br />

República Checa<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

M/L Garantia bancária (decisão casuística).<br />

República Dominicana<br />

C Aberta caso a caso, com eventual<br />

exigência de carta de crédito irrevogável<br />

ou garantia bancária emitida<br />

por um banco aceite pela COSEC.<br />

M/L Aberta caso a caso com exigência<br />

de garantia soberana (emitida pela<br />

Secretaria de Finanzas ou pelo Banco<br />

Central) ou garantia bancária.<br />

Roménia<br />

C Exigência de carta de crédito<br />

irrevogável (decisão casuística).<br />

M/L Exigência de garantia bancária<br />

ou garantia soberana (decisão<br />

casuística).<br />

Rússia<br />

C Sector público: aberta sem restrições.<br />

Sector privado: caso a caso.<br />

M/L Sector público: aberta sem restrições,<br />

com eventual exigência de<br />

garantia bancária ou garantia soberana.<br />

Sector privado: caso a caso.<br />

S. Tomé e Príncipe<br />

T Fora de cobertura.<br />

Senegal<br />

C Em princípio, exigência de<br />

garantia bancária emitida por<br />

um banco aceite pela COSEC e<br />

eventual alargamento do prazo<br />

constitutivo de sinistro.<br />

M/L Eventual alargamento do prazo<br />

constitutivo de sinistro. Sector<br />

público: caso a caso, com exigência<br />

de garantia de pagamento e<br />

transferência emitida pela Autoridade<br />

Monetária (BCEAO); sector<br />

privado: exigência de garantia<br />

bancária ou garantia emitida pela<br />

Autoridade Monetária (preferência<br />

a projectos que permitam a<br />

alocação prioritária dos cash-flows<br />

ao reembolso do crédito).<br />

Sérvia<br />

C Caso a caso, numa base restritiva,<br />

privilegiando-se operações de<br />

pequeno montante.<br />

M/L Caso a caso, com exigência de<br />

garantia soberana ou bancária,<br />

para operações de pequeno<br />

montante.<br />

Singapura<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

M/L Não definida.<br />

Síria<br />

T Caso a caso, numa base muito<br />

restritiva.<br />

Suazilândia<br />

C Carta de crédito irrevogável.<br />

M/L Garantia bancária ou garantia<br />

soberana.<br />

Tailândia<br />

C Carta de crédito irrevogável<br />

(decisão casuística).<br />

M/L Não definida.<br />

Taiwan<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

M/L Não definida.<br />

Tanzânia<br />

T Caso a caso, numa base muito<br />

restritiva.<br />

ANÁLISE DE RISCO - PAÍS<br />

No âmbito de apólices globais<br />

Na apólice individual está em causa a cobertura de uma única<br />

transação para um determinado mercado, enquanto a apólice<br />

global cobre todas as transações em todos os países para onde o<br />

empresário exporta os seus produtos ou serviços.<br />

As apólices globais são aplicáveis às empresas que vendem bens<br />

de consumo e intermédio, cujas transações envolvem créditos de<br />

curto prazo (média 60-90 dias), não excedendo um ano, e que se<br />

repetem com alguma frequência.<br />

Tendo em conta a dispersão do risco neste tipo de apólices, a<br />

política de cobertura é casuística e, em geral, mais flexível do que<br />

a indicada para as transações no âmbito das apólices individuais.<br />

Encontram-se também fora de cobertura Cuba, Guiné-Bissau, Iraque<br />

e S. Tomé e Príncipe.<br />

Tunísia*<br />

C Aberta sem condições restritivas.<br />

M/L Garantia bancária.<br />

Turquia<br />

C Carta de crédito irrevogável.<br />

M/L Garantia bancária ou garantia<br />

soberana.<br />

Ucrânia<br />

C Clientes públicos: eventual<br />

exigência de garantia soberana.<br />

Clientes privados: eventual<br />

exigência de carta de crédito<br />

irrevogável.<br />

M/L Clientes públicos: eventual<br />

exigência de garantia soberana.<br />

Clientes privados: eventual exigência<br />

de garantia bancária.<br />

Para todas as operações, o prazo<br />

constitutivo de sinistro é definido caso<br />

a caso.<br />

Uganda<br />

C Caso a caso, numa base muito<br />

restritiva.<br />

M/L Fora de cobertura.<br />

Uruguai<br />

C Carta de crédito irrevogável<br />

(decisão casuística).<br />

M/L Não definida.<br />

Venezuela<br />

C Clientes públicos: aberta caso<br />

a caso com eventual exigência<br />

de garantia de transferência ou<br />

soberana. Clientes privados: aberta<br />

caso a caso com eventual exigência<br />

de carta de crédito irrevogável e/ou<br />

garantia de transferência.<br />

M/L Aberta caso a caso com exigência<br />

de garantia soberana.<br />

Zâmbia<br />

C Caso a caso, numa base muito<br />

restritiva.<br />

M/L Fora de cobertura.<br />

Zimbabwe<br />

C Caso a caso, numa base muito<br />

restritiva.<br />

M/L Fora de cobertura.<br />

Advertência:<br />

A lista e as políticas de cobertura são<br />

indicativas e podem ser alteradas<br />

sempre que se justifique. Os países<br />

que constam da lista são os mais<br />

representativos em termos de consultas<br />

e responsabilidades assumidas. Todas<br />

as operações são objecto de análise e<br />

decisão específicas.<br />

Legenda:<br />

C Curto Prazo<br />

M/L Médio / Longo Prazo<br />

T Todos os Prazos<br />

* Mercado prioritário.<br />

COSEC<br />

Companhia de Seguro<br />

de Créditos, S. A.<br />

Direcção Internacional<br />

Avenida da República, 58<br />

1069-057 Lisboa<br />

Tel.: +351 217 913 832<br />

Fax: +351 217 913 839<br />

internacional@cosec.pt<br />

www.cosec.pt<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 65


TABELA CLASSIFICATIVA DE PAÍSES<br />

COSEC<br />

Tabela classificativa de países<br />

Para efeitos de Seguro de Crédito à exportação<br />

A <strong>Portugal</strong>global e a COSEC apresentam-lhe uma Tabela Classificativa<br />

de Países com a graduação dos mercados em função<br />

do seu risco de crédito, ou seja, consoante a probabilidade de<br />

cumprimento das suas obrigações externas, a curto, a médio e<br />

a longo prazos. Existem sete grupos de risco (de 1 a 7), corres-<br />

pondendo o grupo 1 à menor probabilidade de incumprimento<br />

e o grupo 7 à maior.<br />

As categorias de risco assim definidas são a base da avaliação do<br />

risco país, da definição das condições de cobertura e das taxas<br />

de prémio aplicáveis.<br />

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Grupo 7<br />

Alemanha *<br />

Andorra *<br />

Austrália *<br />

Áustria *<br />

Bélgica *<br />

Canadá *<br />

Checa, Rep. *<br />

Chipre<br />

Coreia do Sul *<br />

Dinamarca *<br />

Eslováquia *<br />

Eslovénia *<br />

Espanha *<br />

Estónia<br />

EUA *<br />

Finlândia *<br />

França *<br />

Grécia *<br />

Holanda *<br />

Hong-Kong<br />

Hungria *<br />

Irlanda *<br />

Islândia *<br />

Israel *<br />

Itália *<br />

Japão *<br />

Liechtenstein *<br />

Luxemburgo *<br />

Malta *<br />

Mónaco *<br />

Noruega *<br />

Nova Zelândia *<br />

Polónia *<br />

<strong>Portugal</strong> *<br />

Reino Unido *<br />

São Marino *<br />

Singapura *<br />

Suécia *<br />

Suiça *<br />

Taiwan<br />

Vaticano *<br />

Arábia Saudita<br />

Brunei<br />

Chile<br />

China •<br />

Gibraltar<br />

Koweit<br />

Macau<br />

Malásia<br />

Oman<br />

Qatar<br />

Trind. e Tobago<br />

África do Sul •<br />

Argélia<br />

Bahamas<br />

Barbados<br />

Botswana<br />

Brasil •<br />

Costa Rica<br />

Dep/ter Austr. b<br />

Dep/ter Din. c<br />

Dep/ter Esp. d<br />

Dep/ter EUA e<br />

Dep/ter Fra. f<br />

Dep/ter N. Z. g<br />

Dep/ter RU h<br />

EAU a<br />

Ilhas Marshall<br />

Índia<br />

Marrocos •<br />

Maurícias<br />

México •<br />

Micronésia<br />

Namíbia<br />

Palau<br />

Panamá<br />

Peru<br />

Rússia<br />

Tailândia<br />

Tunísia •<br />

Uruguai<br />

Aruba<br />

Barein<br />

Bulgária<br />

Colômbia<br />

Egipto<br />

El Salvador<br />

Fidji<br />

Filipinas<br />

Indonésia<br />

Lituânia<br />

Roménia<br />

Turquia<br />

Azerbeijão<br />

Cabo Verde<br />

Cazaquistão<br />

Croácia<br />

Dominicana, Rep.<br />

Gabão<br />

Gana<br />

Guatemala<br />

Jordânia<br />

Lesoto<br />

Letónia<br />

Macedónia<br />

Mongólia<br />

Nigéria<br />

Papua–Nova Guiné<br />

Paraguai<br />

S. Vic. e Gren.<br />

Santa Lúcia<br />

Vietname<br />

Albânia<br />

Angola<br />

Ant. e Barbuda<br />

Arménia<br />

Bangladesh<br />

Belize<br />

Benin<br />

Bolívia<br />

Butão<br />

Camarões<br />

Camboja<br />

Comores<br />

Congo<br />

Djibouti<br />

Dominica<br />

Geórgia<br />

Honduras<br />

Irão<br />

Jamaica<br />

Kiribati<br />

Mali<br />

Moçambique<br />

Montenegro<br />

Nauru<br />

Quénia<br />

Samoa Oc.<br />

Senegal<br />

Sérvia<br />

Sri Lanka<br />

Suazilândia<br />

Tanzânia<br />

Turquemenistão<br />

Tuvalu<br />

Uganda<br />

Uzbequistão<br />

Vanuatu<br />

Zâmbia<br />

Afeganistão<br />

Argentina<br />

Bielorussia<br />

Bósnia e Herzegovina<br />

Burkina Faso<br />

Burundi<br />

Campuchea<br />

Cent. Af, Rep.<br />

Chade<br />

Congo, Rep. Dem.<br />

Coreia do Norte<br />

C. do Marfim<br />

Cuba •<br />

Equador<br />

Eritreia<br />

Etiópia<br />

Gâmbia<br />

Grenada<br />

Guiana<br />

Guiné Equatorial<br />

Guiné, Rep. da<br />

Guiné-Bissau •<br />

Haiti<br />

Iemen<br />

Iraque •<br />

Kosovo<br />

Laos<br />

Líbano<br />

Libéria<br />

Líbia<br />

Madagáscar<br />

Malawi<br />

Maldivas<br />

Mauritânia<br />

Moldávia<br />

Myanmar<br />

Nepal<br />

Nicarágua<br />

Níger<br />

Paquistão<br />

Fonte: COSEC - Companhia de Seguro de Créditos, S.A.<br />

* País pertencente ao grupo 0 da classificação risco-país da OCDE. Não é aplicável o sistema de prémios mínimos, à excepção do Chipre, Hong-Kong e Taiwan.<br />

• Mercado de diversificação de oportunidades • Fora de cobertura • Fora de cobertura, excepto operações de relevante interesse nacional<br />

NOTAS<br />

a) Abu Dhabi, Dubai, Fujairah, Ras Al Khaimah, Sharjah, Um Al Quaiwain e Ajma<br />

b) Ilhas Norfolk<br />

c) Ilhas Faroe e Gronelândia<br />

d) Ceuta e Melilha<br />

e) Samoa, Guam, Marianas, Ilhas Virgens e Porto Rico<br />

66<br />

// Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

Quirguistão<br />

Ruanda<br />

S. Crist. e Nevis<br />

S. Tomé e Príncipe •<br />

Salomão<br />

Seicheles<br />

Serra Leoa<br />

Síria<br />

Somália<br />

Sudão<br />

Suriname<br />

Tadzequistão<br />

Togo<br />

Tonga<br />

Ucrânia<br />

Venezuela<br />

Zimbabué<br />

f) Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica, Reunião, S. Pedro e Miquelon, Polinésia<br />

Francesa, Mayotte, Nova Caledónia, Wallis e Futuna<br />

g) Ilhas Cook e Tokelau, Ilhas Nive<br />

h) Anguilla, Bermudas, Ilhas Virgens, Cayman, Falkland, Pitcairn, Monserrat, Sta.<br />

Helena, Ascensão, Tristão da Cunha, Turks e Caicos


INVESTIMENTO<br />

e COMÉRCIO EXTERNO<br />

>PRINCIPAIS DADOS DE INVESTIMENTO (IDE E IDPE), EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES.<br />

INVESTIMENTO DIRECTO COM O EXTERIOR<br />

INVESTIMENTO DIRECTO<br />

DO EXTERIOR EM PORTUGAL<br />

2010 tvh 10/09<br />

2010<br />

Jan./Nov.<br />

2011<br />

Jan./Nov.<br />

tvh 11/10<br />

Jan./Nov.<br />

tvh 11/10<br />

Nov./Nov.<br />

tvc 11/11<br />

Nov./Out.<br />

IDE bruto 35.099 9,6% 31.753 30.792 -3,0% 15,4% 5,5%<br />

IDE desinvestimento 34.002 13,1% 29.619 28.041 -5,3% 11,4% 7,2%<br />

IDE líquido 1.097 -43,7% 2.135 2.751 28,8% 150,6% -15,4%<br />

IDE Intra UE 30.380 3,2% 27.527 27.309 -0,8% 13,5% 0,3%<br />

IDE Extra UE 4.719 82,3% 4.226 3.483 -17,6% 28,6% 55,6%<br />

Unidade: Milhões de euros<br />

IDE Intra UE 86,6% – 86,7% 88,7% – – –<br />

IDE Extra UE 13,4% – 13,3% 11,3% – – –<br />

% Total IDE bruto<br />

IDE bruto - Origens 2011 Jan./Nov. % Total tvh 11/10 IDE bruto - Sector 2011 Jan./Nov. % Total tvh 11/10<br />

Espanha 20,3% 46,3% Comércio 44,9% 11,2%<br />

França 16,8% -3,0% Ind. Transformadoras 23,9% -6,0%<br />

Reino Unido 16,1% 12,1% Activ. Financeiras e de Seguros 9,6% -50,1%<br />

Países Baixos 13,4% 27,8% Activ. de Informação e Comunicação 6,5% 7,4%<br />

Alemanha 11,2% -41,9% Act. de Consultoria e Técnicas 3,2% -1,7%<br />

INVESTIMENTO DIRECTO<br />

DE PORTUGAL NO EXTERIOR<br />

2010 tvh 10/09<br />

2010<br />

Jan./Nov.<br />

2011<br />

Jan./Nov.<br />

tvh 11/10<br />

Jan./Nov.<br />

IDPE bruto - Destinos 2011 Jan./Nov. % Total tvh 11/10 IDPE bruto - Sector 2011 Jan./Nov. % Total tvh 11/010<br />

Países Baixos 66,4% 784,9% Activ. Financeiras e de Seguros 76,4% 94,1%<br />

Espanha 13,1% 74,5% Ind. Transformadoras 5,8% 108,8%<br />

Brasil 4,9% -54,9% Electricidade, Gás, Água 5,2% 1.105,9%<br />

Angola 2,0% n.d. Activ. de Consultoria e Técnicas 3,9% -38,5%<br />

Estados Unidos 1,4% -15,3% Construção 2,9% -13,9%<br />

2009 Dez. 2010 Dez. tvh 10/09 2010 Set. 2011 Set.<br />

tvh 11/10<br />

Nov./Nov.<br />

tvh 11/10<br />

Set./Set.<br />

tvc 11/11<br />

Nov./Out.<br />

IDPE bruto 6.866 -11,6% 6.185 10.214 65,1% -1,0% 46,4%<br />

IDPE desinvestimento 13.191 83,7% 10.811 5.512 -49,0% 79,1% -44,9%<br />

IDPE líquido -6.325 -1.176,2% -4.626 4.702 201,7% -27,0% 549,0%<br />

IDPE Intra UE 3.932 -28,5% 3.645 8.722 139,3% 204,5% 80,6%<br />

IDPE Extra UE 2.934 29,3% 2.540 1.493 -41,2% -79,1% -28,4%<br />

Unidade: Milhões de euros<br />

IDPE Intra UE 57,3% – 58,9% 85,4% – – –<br />

IDPE Extra UE 42,7% – 41,1% 14,6% – – –<br />

% Total IDPE bruto<br />

n.d. – não disponível<br />

ESTATÍSTICAS<br />

tvc 11/11<br />

Set./Jun.<br />

Stock IDE 79.626 82.504 3,6% 81.908 83.939 2,5% -2,1%<br />

Stock IDPE 47.530 48.352 1,7% 48.693 52.835 8,5% 1,0%<br />

Unidade: Milhões de euros Fonte: Banco de <strong>Portugal</strong><br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 67


ESTATÍSTICAS<br />

COMÉRCIO INTERNACIONAL<br />

BENS (Exportação) 2010 tvh 10/09<br />

68 // Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

2010<br />

Jan./Nov.<br />

2011<br />

Jan./Nov.<br />

tvh 11/10<br />

Jan./Nov.<br />

tvh 11/10<br />

Nov./Nov.<br />

tvc 11/11<br />

Nov./Out.<br />

Exportações bens 36.762 16,0% 33.630 39.049 16,1% 15,4% 1,4%<br />

Exportações bens UE27 27.573 15,4% 25.280 29.059 14,9% 8,7% -0,5%<br />

Exportações bens Extra UE27 9.189 17,7% 8.349 9.990 19,7% 37,0% 6,8%<br />

Unidade: Milhões de euros<br />

Exportações bens UE27 75,0% – 75,2% 74,4% – – –<br />

Exportações bens Extra UE27 25,0% – 24,8% 25,6% – – –<br />

Unidade: % do total<br />

Exp. Bens - Clientes 2011 Jan./Nov. % Total tvh 11/10 Exp. Bens - Var. Valor (11/10) Meur Cont. p. p.<br />

Espanha 25,0% 8,7% Alemanha 1.018 3,0<br />

Alemanha 13,8% 23,3% Espanha 783 2,3<br />

França 12,1% 18,4% França 734 2,2<br />

Angola 5,4% 22,2% Angola 382 1,1<br />

Reino Unido 5,1% 6,7% Bélgica 273 0,8<br />

Países Baixos 4,0% 19,1% Países Baixos 247 0,7<br />

Itália 3,7% 11,6% Líbia -22 -0,1<br />

Exp. Bens - Produtos 2011 Jan./Nov. % Total tvh 11/10 Exp. Bens - Var. Valor (11/10) Meur Cont. p. p.<br />

Máquinas; Aparelhos 14,5% 12,6% Veículos, Out. Mat. Transporte 1.106 3,3<br />

Veículos, Out. Mat. Transporte 13,4% 26,8% Máquinas; Aparelhos 636 1,9<br />

Metais Comuns 8,1% 18,5% Químicos 530 1,6<br />

Combustíveis Minerais 7,1% 21,3% Metais Comuns 495 1,5<br />

Plásticos, Borracha 6,9% 15,1% Combustíveis Minerais 485 1,4<br />

SERVIÇOS 2010 tvh 10/09<br />

2010<br />

Jan./Nov.<br />

2011<br />

Jan./Nov.<br />

tvh 11/10<br />

Jan./Nov.<br />

tvh 11/10<br />

Nov./Nov.<br />

tvc 11/11<br />

Nov./Out.<br />

Exportações totais de serviços 17.572 7,7% 16.044 17.551 9,4% 6,0% -13,2%<br />

Exportações serviços UE27 12.688 5,8% 11.623 12.594 8,4% 5,9% -14,8%<br />

Exportações serviços extra UE27 4.884 13,0% 4.421 4.957 12,1% 6,5% -9,3%<br />

Unidade: Milhões de euros<br />

Exportações serviços UE27 72,2% – 72,4% 71,8% – – –<br />

Exportações serviços extra UE27 27,8% – 27,6% 28,2% – – –<br />

Unidade: % do total


BENS (Importação) 2010 tvh 10/09<br />

2010<br />

Jan./Nov.<br />

2011<br />

Jan./Nov.<br />

tvh 11/10<br />

Jan./Nov.<br />

tvh 11/10<br />

Nov./Nov.<br />

ESTATÍSTICAS<br />

tvc 11/11<br />

Nov./Out.<br />

Importações bens 57.053 11,0% 51.863 53.275 2,7% -7,3% 0,5%<br />

Importações bens UE27 43.205 7,0% 39.069 38.820 -0,6% -13,8% -2,6%<br />

Importações bens Extra UE27 13.849 25,9% 12.795 14.455 13,0% 16,5% 10,0%<br />

Unidade: Milhões de euros<br />

Importações bens UE27 75,4% – 75,3% 72,9% – – –<br />

Importações bens Extra UE27 24,3% – 24,7% 27,1% – – –<br />

Unidade: % do total<br />

Imp. Bens - Fornecedores 2011 Jan./Nov. % Total tvh 11/10 Imp. Bens - Var. Valor (11/10) Meur Cont. p. p.<br />

Espanha 31,4% 3,2% Argélia 590 1,1<br />

Alemanha 12,4% -3,3% Espanha 520 1,0<br />

França 6,9% -3,6% Angola 466 0,9<br />

Itália 5,3% -4,1% Brasil 414 0,8<br />

Países Baixos 4,8% -5,1% Arábia Saudita 381 0,7<br />

Reino Unido 3,4% -9,1% EUA 263 0,5<br />

Nigéria 2,7% 14,2% Líbia -722 -1,4<br />

Imp. Bens - Produtos 2011 Jan./Nov. % Total tvh 11/10 Imp. Bens - Var. Valor (11/10) Meur Cont. p. p.<br />

Combustíveis Minerais 17,8% 23,3% Combustíveis Minerais 1.791 3,5<br />

Máquinas, Aparelhos 15,0% -6,6% Agrícolas 554 1,1<br />

Veículos, Out. Mat. Transporte 10,8% -17,9% Plásticos, Borracha 295 0,6<br />

Químicos 10,4% 5,3% Máquinas, Aparelhos -561 -1,1<br />

Agrícolas 10,3% 11,2% Veículos, Out. Mat. Transporte -1.251 -2,4<br />

SERVIÇOS 2010 tvh 10/09<br />

2010<br />

Jan./Nov.<br />

2011<br />

Jan./Nov.<br />

tvh 11/10<br />

Jan./Nov.<br />

tvh 11/10<br />

Nov./Nov.<br />

tvc 11/11<br />

Nov./Out.<br />

Importações totais de serviços 10.866 5,2% 9.914 10.472 5,6% 7,5% 1,6%<br />

Importações serviços UE27 7.678 2,8% 7.009 7.402 5,6% 1,6% -1,1%<br />

Importações serviços extra UE27 3.188 11,2% 2.905 3.070 5,7% 22,7% 8,0%<br />

Unidade: Milhões de euros<br />

Importações serviços UE27 41,5% – 70,7% 70,7% – – –<br />

Importações serviços extra UE27 58,5% – 29,3% 29,3% – – –<br />

Unidade: % do total<br />

PREVISÕES 2011 : 2012 (tvh real %) 2010<br />

2011<br />

(Jan./Set.)<br />

FMI CE OCDE<br />

Min.<br />

Finanças<br />

INE INE Set. 11 Nov. 11 Nov. 11 Out. 11 Jan. 12<br />

PIB 1,4 -1,1 -2,2 : -1,8 -1,9 : -3,0 -1,6 : -3,2 -2,2 : -2,8 -1,6 : -3,1<br />

Exportações Bens e Serviços 8,8 7,8 6,6 : 6,5 6,6 : 4,2 7,2 : 4,0 6,7 : 4,8 7,3 : 4,1<br />

Fontes: INE/Banco de <strong>Portugal</strong><br />

Notas e siglas: Meur - Milhões de euros Cont. - Contributo para o crescimento das exportações p.p. - Pontos percentuais tvh - Taxa de variação homóloga<br />

tvc - Taxa de variação em cadeia<br />

BdP<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 69


REDE<br />

EXTERNA<br />

DA AICEP<br />

Centro de Negócios<br />

Escritórios<br />

Representações<br />

70<br />

// Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

S. Francisco<br />

ÁFRICA DO SUL / Joanesburgo<br />

ALEMANHA / Berlim<br />

ANGOLA / Benguela<br />

ANGOLA / Luanda<br />

ARGÉLIA / Argel<br />

ARGENTINA / Buenos Aires<br />

ÁUSTRIA / Viena<br />

BÉLGICA / Bruxelas<br />

Cidade do México<br />

Santiago do Chile<br />

Toronto<br />

Nova Iorque<br />

Caracas<br />

Buenos Aires<br />

BRASIL / São Paulo<br />

CABO VERDE / Praia<br />

CANADÁ / Toronto<br />

CHILE / Santiago do Chile<br />

CHINA, REPÚBLICA POPULAR DA<br />

/ Macau<br />

CHINA, REPÚBLICA POPULAR DA<br />

/ Pequim<br />

CHINA, REPÚBLICA POPULAR DA<br />

/ Xangai<br />

São Paulo<br />

Copenhaga<br />

Berlim<br />

Haia<br />

Bruxelas<br />

Dublin<br />

Londres<br />

Paris<br />

Milão<br />

Vigo<br />

Barcelona<br />

Madrid<br />

Mérida<br />

Praia<br />

Rabat<br />

Argel


Tunes<br />

DINAMARCA / Copenhaga<br />

ESPANHA / Madrid<br />

ESPANHA / Barcelona<br />

ESPANHA / Mérida<br />

ESPANHA / Vigo<br />

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA<br />

/ Nova Iorque<br />

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA<br />

/ S. Francisco<br />

Tripoli<br />

Luanda<br />

Benguela<br />

Helsínquia<br />

Estocolmo<br />

Zurique Moscovo<br />

Maputo<br />

Joanesburgo<br />

Varsóvia<br />

Praga<br />

Budapeste<br />

Viena<br />

Bucareste<br />

Ancara<br />

Istambul<br />

Atenas<br />

FINLÂNDIA / Helsínquia<br />

FRANÇA / Paris<br />

GRÉCIA/ Atenas<br />

HOLANDA / Haia<br />

HUNGRIA / Budapeste<br />

ÍNDIA, REPÚBLICA DA / Nova Deli<br />

INDONÉSIA / Jacarta<br />

IRLANDA / Dublin<br />

ITÁLIA / Milão<br />

Nova Deli<br />

Kuala Lumpur<br />

JAPÃO / Tóquio<br />

LÍBIA / Tripoli<br />

MALÁSIA/ Kuala Lumpur<br />

MARROCOS / Rabat<br />

MÉXICO / Cidade do México<br />

MOÇAMBIQUE / Maputo<br />

POLÓNIA / Varsóvia<br />

REINO UNIDO / Londres<br />

REPÚBLICA CHECA / Praga<br />

Pequim<br />

Macau<br />

Xangai<br />

Singapura<br />

Jacarta<br />

Tóquio<br />

ROMÉNIA / Bucareste<br />

RÚSSIA / Moscovo<br />

SINGAPURA / Singapura<br />

SUÉCIA / Estocolmo<br />

SUÍÇA / Zurique<br />

TUNÍSIA / Tunes<br />

TURQUIA / Ancara<br />

TURQUIA / Istambul<br />

VENEZUELA / Caracas<br />

<strong>Portugal</strong>global // Janeiro 12 // 71


BOOKMARKS<br />

GESTÃO ESTRATÉGICA<br />

A gestão estratégica, uma das áreas da<br />

gestão em que se verifica um maior dinamismo<br />

quer no seu desenvolvimento<br />

teórico quer no que respeita à sua<br />

aplicação prática é, geralmente, vista<br />

como a cúpula das diversas áreas em<br />

que se pode decompor a gestão de<br />

uma empresa.<br />

O livro vai ao encontro das necessidades<br />

desses dois grupos de estudantes<br />

(de graduação e pós-graduação) bem<br />

como dos gestores que exercem ou<br />

perspectivam vir a assumir funções de<br />

gestão nos níveis superiores, ou consultores<br />

e outros técnicos que pretendam<br />

desenvolver ou reciclar conhecimentos<br />

nesta área.<br />

Parte-se do princípio de que não existem<br />

receitas para resolver os problemas<br />

de gestão estratégica e que um seguro<br />

domínio da diversidade de teorias e<br />

abordagens facilita a tomada das decisões<br />

que traduzem a concretização da<br />

estratégia pensada.<br />

Sem prejuízo da procura do equilíbrio<br />

entre a teoria e a prática, atribui-se, intencionalmente,<br />

um peso mais significa-<br />

A CRISE MUNDIAL<br />

Daniel Altman, professor de economia<br />

na Stern School of Business da Universidade<br />

de Nova Iorque, e um especialista<br />

no campo do desenvolvimento internacional,<br />

defende, nesta obra reveladora<br />

e bem fundamentada, que é urgente<br />

adoptar uma visão do futuro alargada,<br />

que nos permita perceber as tendências<br />

globais ocultas, mais profundas, que<br />

irão determinar os limites, os obstáculos,<br />

os desafios, os riscos e as oportunidades<br />

que nos esperam nos próximos<br />

anos, e que ditarão o desenvolvimento<br />

da economia global num futuro a longo<br />

prazo. Nesse sentido, Altman apresentanos,<br />

numa análise lógica, incisiva e arrojada,<br />

um conjunto de doze tendências<br />

que nos proporciona insights essenciais<br />

e nos aponta o caminho a seguir nos<br />

tempos conturbados que atravessamos.<br />

72<br />

// Janeiro 12 // <strong>Portugal</strong>global<br />

tivo do que é habitual à implementação<br />

e controlo da estratégia, isto é, à acção<br />

estratégica propriamente dita, pois só<br />

pela acção a estratégia se concretiza.<br />

Sebastião Leite Teixeira é Doutor em<br />

Gestão Industrial pela Universidade de<br />

Aveiro e Licenciado em Economia pela<br />

Faculdade de Economia da Universidade<br />

do Porto. É Professor Associado no<br />

Instituto Superior da Maia onde coordena<br />

a licenciatura em Gestão de Empresas<br />

e lecciona Gestão. Foi quadro<br />

bancário e administrador executivo de<br />

várias empresas industriais e de serviços,<br />

nomeadamente Vinhos Borges,<br />

Mabor e Leasinvest. Tem várias publicações<br />

sobre Gestão Estratégica e Organização<br />

de Empresas.<br />

Autores: Sebastião Teixeira<br />

Editor: Escolar Editora<br />

Nº de páginas: 456<br />

Ano: 2011<br />

Preço: 29.50€<br />

Daniel Altman licenciou-se em Economia<br />

pela Universidade de Harvard,<br />

onde fez também o doutoramento.<br />

Colaborou, enquanto colunista de assuntos<br />

económicos, com a revista The<br />

Economist e os jornais International<br />

Herald Tribune e The New York Times.<br />

É o fundador e presidente da North<br />

Yard Economics.<br />

Autor: Daniel Altman<br />

Editor: Editorial Presença<br />

Nº de páginas: 320<br />

Ano: 2011<br />

Preço: 16.90€

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