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8<br />

Projeto<br />

Projeto<br />

Pedagógico<br />

edagógico<br />

3- 3- A A importância importância do do trabalho trabalho coletivo<br />

coletivo<br />

TRABALHO NA ESCOLA PODE SER COLETIVO?<br />

O trabalho coletivo, nas escolas, deverá envolver a comunidade escolar a fim<br />

de que reflita e se posicione frente aos caminhos e descaminhos da escola. Isso é<br />

possível? Não é fácil, mas pode e deve ser coletivo.<br />

A base desse trabalho deverá estar na participação consciente e na liberdade<br />

responsável. Só se garante a eficácia coletiva, se a participação for centrada na responsabilidade.<br />

Não se trata, contudo, de delegar poderes, mas de exercê-los em<br />

todos os níveis da ação escolar. Assim, <strong>para</strong> que haja participação há que se ter<br />

consciência e responsabilidade e esse trabalho exigirá de todos: presença, reflexão e<br />

crítica constantes.<br />

O trabalho coletivo é o responsável pela participação geral no processo decisório<br />

de alunos, professores, funcionários e pais na escola. Ele é, também, responsável<br />

pela revolução nas relações professor-aluno, pois envolve um processo no qual os<br />

indivíduos participam porque a eles são entregues não apenas as decisões específicas,<br />

mas também os próprios rumos da escola. Os demais saberes, no trabalho coletivo,<br />

são valorizados e posto em ação e reflexão.<br />

AGIR COLETIVAMENTE<br />

O Trabalho Coletivo na escola não poderá surgir a partir do momento que se<br />

julgar conveniente que ele exista. Ele deverá ser iniciado na ocasião do Planejamento<br />

e ficará atestado no Plano Escolar. Esse trabalho conjunto deverá ter garantia de não<br />

ser apenas um trabalho de colaboração, mas de participação. Caso contrário, teremos<br />

apenas a “prestação de serviços”<br />

Se todos estiverem envolvidos, desde o conhecimento das dificuldades da<br />

escola e metas a atingir, mas fácil será a participação nas propostas e a responsabilidade<br />

das decisões.<br />

O trabalho, então, repercutirá no dia-a-dia da escola, modificando as relações<br />

interpessoais. Assim, todos os interessados deverão participar<br />

É preciso estar consciente de que conflitos e desafios não faltarão. Entretanto,<br />

o resultado passará a ser responsabilidade de muitos e, assim, será mais fácil<br />

muitos procurarem as melhores saídas, que deixar apenas <strong>para</strong> um, que poderá terminar<br />

seu tempo sem encontrá-las.<br />

No Trabalho Coletivo, cada um trará as experiências diárias na resolução dos<br />

problemas e, havendo responsabilidade geral, os resultados serão mais eficazes.<br />

MELHORAR A ESCOLA É MELHORAR A SOCIEDADE<br />

A Escola, como parte da sociedade, local de formação e exercício da cidadania,<br />

deverá estar comprometida com a melhoria da sociedade em geral. É preciso<br />

possibilitar aos membros dessa comunidade, a atuação no planejamento e na avaliação<br />

de suas ações e não apenas na execução. Caberá à escola, liderada pela Direção,<br />

possibilitar reflexões conjuntas sobre o conhecimento critico da realidade e buscar<br />

alternativas de solução.<br />

O Diretor de Ecola, como líder que é, será peça fundamental no processo de<br />

trabalho coletivo, desenvolvendo o processo das seguintes formas:<br />

FORMAS DE TRABALHO COLETIVO<br />

1- Integração grupal e socialização do poder<br />

O clima relacional de uma escola tem seu eixo nos professores que nela atuam.<br />

São eles que determinam as relações internas. Portanto, caberá ao líder - o Diretor -<br />

conduzi-los aos relacionamentos desejados. Se a Direção promover o clima de<br />

fraternidade, de respeito, de diálogo e de responsabilidade entre os professores, esse<br />

mesmo clima será extensivo aos alunos.<br />

A direção tem a obrigação de garantir a integração e a coesão da comunidade<br />

escolar.<br />

2- O permanente diálogo<br />

Será fundamental oestabelecimento do permanente diálogo entre a direção e<br />

todos os segmentos da escola, mormente com os professores sobre os quais repousa<br />

a possibilidade de viabilizar um ensino de qualidade. Esse diálogo poderá levar o<br />

corpo docente, durante o planejamento e nas HTPCs, a decidir sobre o que deseja<br />

<strong>para</strong> sua unidade e assumir uma série de responsabilidades inerentes a esse desejo.<br />

Para isso será necessário a direção munir-se de muita tolerância e paciência (saber<br />

ouvir a todos, estimulando-os a sugerir propostas que desejam, realmente, executar)<br />

a fim de a<strong>para</strong>r as arestas que, fatalmente, surgirão quando se tratar da adesão dos<br />

vários segmentos ao Projeto da Escola. Haverá aqueles que se lançarão com entusiasmo<br />

ao trabalho coletivo; os céticos, descrendo das mudança propostas face aos<br />

problemas, que enfrentam em sala de aula, aqueles, ainda, que se omitirão,<br />

deliberadamente, <strong>para</strong> não assumir compromissos com alterações em sua deficiente<br />

conduta pedagógica. Dessa forma, a constante discussão dos problemas enfrentados<br />

por todos os docentes em suas ações junto aos alunos, propondo soluções conjuntas<br />

nas HTPCs acabará, com o tempo, por convencer a todos de que o trabalho coletivo<br />

vem trazendo benefícios ao processo pedagógico. Mas é preciso perseverança por<br />

parte da direção, da coordenação e dos professores,<br />

não abandonando o barco ao primeiro<br />

sinal de tempestade.<br />

TRABALHO TRABALHO COLETIVO<br />

COLETIVO<br />

Janeiro/2002<br />

Janeiro/2002<br />

“O Trabalho Coletivo é<br />

considerado condição “sine qua<br />

non” <strong>para</strong> o desenvolvimento<br />

da educação e da sociedade<br />

democrática”<br />

Ações Ações necessárias necessárias à à consecução consecução dessa dessa meta, meta, do do ponto ponto de de vista vista da<br />

da<br />

formação formação do do alunado:<br />

alunado:<br />

1. 1. Ação comum dos professores em relação ao trabalho em sala de aula com base<br />

num documento consensual, ouvidos pais e alunos, no qual se levará em consideração:<br />

¨ postura de professores e alunos em sala de aula;<br />

¨ apoio da direção como suporte da ação conjunta.<br />

2. 2. Ações necessárias à consecução da meta do ponto de vista pedagógico - estabelecimento<br />

da interdisciplinaridade (interdisciplinaridade entendida como uma<br />

forma de integrar os professores no trabalho coletivo) desenvolvidas a partir:<br />

¨ da coordenação entre as disciplinas;<br />

¨ da permanente troca de informações sobre os conteúdos desenvolvidos durante<br />

os bimestres nas HTPCs, afim de que todos saibam o que está ocorrendo<br />

nas aulas de outras disciplinas;<br />

¨ do Estudo do Meio;<br />

¨ da introdução dos temas transversais nos planos de curso.<br />

Etapas:<br />

Etapas:<br />

1. 1. Sobre a ação comum dos professores:<br />

¨ elaboração de um documento a ser assumido por todos os professores quanto<br />

a sua atuação em sala de aula, realizado na primeira HTPC do ano.<br />

2. 2. 2. Sobre o planejamento de conteúdos integrados:<br />

¨ esboço do Plano Anual de conteúdos a ser desenvolvido nas horas de atividades<br />

livres dos professores, conteúdos esses os mais próximos possíveis da<br />

realidade e cotidiano do aluno<br />

¨ elaboração do plano bimestral de trabalho no qual todos farão a exposição<br />

sintética dos conteúdos de sua disciplina a ser desenvolvido no primeiro<br />

bimestre, objetivando encontrar os pontos de contato entre as disciplinas a<br />

fim de levar o aluno a compreender a unidade do conhecimento. – Em casa<br />

e nas HTPCs;<br />

¨ temas transversais- integração dos temas transversais aos planos de curso:<br />

orientação sexual, combate às drogas e à violência, preservação do meio<br />

ambiente, ética, em todas as disciplinas.<br />

Recursos:<br />

Recursos:<br />

Provenientes da APM se necessário; Guias Curriculares do Estado de São<br />

Paulo; Parâmetros curriculares e Temas Transversais, cujas publicações encontram-se<br />

disponíveis na escola.<br />

Avaliação:<br />

Avaliação:<br />

3- Oferta de Subsídios<br />

A oferta de subsídios àqueles que demonstram dificuldade em melhorar seu<br />

desempenho pedagógico e em suas relações com os alunos em sala de aula é outra<br />

forma de trabalho. Afinal, ninguém pode dar o que não tem e sabemos muito bem da<br />

heterogeneidade de nosso corpo docente nos dias que correm. E não por culpa dele,<br />

evidentemente, mas de toda uma estrutura inadequada que caracteriza, hoje, a escola<br />

pública, cabendo pois à direção e à coordenação iniciar esse processo de capacitação<br />

com os recursos de que dispõe a escola que, embora reduzidos, poderão contribuir<br />

<strong>para</strong> uma melhoria geral do desempenho dos professores, mesmo porque as capacitações<br />

oficiais, muitas vezes, passam longe das reais necessidades da unidade. Há,<br />

atualmente, publicada, numerosa literatura pedagógica ao alcance da escola <strong>para</strong> capacitar<br />

os docentes. Sobre essa matéria, “O Diretor” tem publicado extensa bibliografia<br />

e numerosos subsídios aos HTPCs, que, segundo informações de colegas,<br />

vêm sendo utilizados pelas escolas.<br />

4- A interdisciplinariedade<br />

O trabalho interdisciplinar é o primeiro passo <strong>para</strong> o desenvolvimento do<br />

trabalho coletivo na medida em que, naturalmente, vai agregando um maior número<br />

de professores nessa ação pedagógica que é da maior relevância, uma vez que dá, aos<br />

professores e aos alunos, a idéia de que o conhecimento é um todo composto por<br />

partes que se relacionam, intimamente o que conferirá maior qualidade ao processo<br />

pedagógico. Um trabalho fundamentado na interdisciplinaridade é um verdadeiro<br />

treino de trabalho coletivo que, em pouco tempo, demonstrará sua eficiência na<br />

aprendizagem de conteúdos significativos.<br />

Discussões mensais nas HTPCs sobre a meta, reunindo: direção, professorcoordenador,<br />

corpo docente e pessoal de apoio e administrativo.

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