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professor-leitor: uma história de vida - Programa de Pós-Graduação ...

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Isso nos ilustra um pensamento <strong>de</strong> Paulo Freire (1992:23) que diz ser impossível<br />

separarmos a educação da política e nos assegura que:<br />

... tanto no caso do processo educativo quanto no do ato político,<br />

<strong>uma</strong> das questões fundamentais seja a clareza em torno <strong>de</strong> a favor<br />

<strong>de</strong> quem e do quê, portanto contra quem e contra o quê, fazemos a<br />

educação e <strong>de</strong> a favor <strong>de</strong> quem e do quê, portanto contra quem e<br />

contra o quê, <strong>de</strong>senvolvemos a ati<strong>vida</strong><strong>de</strong> política. Quanto mais<br />

ganhamos esta clareza através da prática, tanto mais percebemos a<br />

impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> separar o inseparável: a educação da política.<br />

Enten<strong>de</strong>mos então, facilmente, não ser possível pensar, sequer, a<br />

educação, sem que esteja atento à questão do po<strong>de</strong>r.<br />

No entanto, isso tudo não quer dizer que a escola reproduza fielmente a<br />

i<strong>de</strong>ologia dominante, pois As relações entre a educação enquanto subsistema e o<br />

sistema maior são relações dinâmicas, contraditórias e não mecânicas (opus cit. p. 24).<br />

Não fosse assim, nós educadores seríamos apenas títeres nas mãos <strong>de</strong> pessoas<br />

inescrupulosas. O “governo” é ciente do papel libertário que a educação <strong>de</strong>sempenha e<br />

do po<strong>de</strong>r que tem no <strong>de</strong>svelamento <strong>de</strong> <strong>uma</strong> realida<strong>de</strong> “mascarada”, capitalista selvagem,<br />

que visa apenas manter o status quo <strong>de</strong> <strong>uma</strong> minoria.<br />

Na “floresta da educação”, tanto os eucaliptos como os jequitibás convivem em<br />

harmonia. Nesta floresta, na verda<strong>de</strong>, as árvores são incomuns, às vezes, elas nascem<br />

eucaliptos e po<strong>de</strong>m virar jequitibás com o tempo. Ou até são as duas ao mesmo tempo,<br />

via enxerto, <strong>uma</strong> nova espécie <strong>de</strong> árvore na floresta mercantil da profissão <strong>de</strong> <strong>professor</strong><br />

Paulo Freire é um jequitibá (revivendo aqui a metáfora usada por Alves para<br />

<strong>de</strong>nominar o educador). Este <strong>professor</strong>, educador <strong>de</strong> marca maior, quando apresentou A<br />

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