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Além do princípio do prazer, psicologia de grupo e outros ... - ceapp

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ser apenas um sonho. Este durou até eu <strong>de</strong>spertar e, após, ainda <strong>de</strong>correu tempo até que me<br />

sentisse inteiramente esclareci<strong>do</strong> sobre o verda<strong>de</strong>iro esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> coisas. Ao <strong>de</strong>sjejum, contei à<br />

minha esposa o sonho, que muito a divertiu. Disse ela: “Será que Ilse (minha filha) vai ter<br />

gêmeos?” Respondi: “Dificilmente, uma vez que os gêmeos não são costume, seja em minha<br />

família ou na <strong>de</strong> G” (mari<strong>do</strong> <strong>de</strong>la). Em 18 <strong>de</strong> novembro, às <strong>de</strong>z horas da manhã, recebi um<br />

telegrama <strong>de</strong> meu genro, passa<strong>do</strong> na tar<strong>de</strong> anterior, comunican<strong>do</strong>-me o nascimento <strong>de</strong> gêmeos,<br />

um menino e uma menina. O nascimento, assim, <strong>de</strong>ra-se na ocasião em que estava sonhan<strong>do</strong><br />

que minha esposa tivera gêmeos. O parto ocorrera quatro semanas mais ce<strong>do</strong> <strong>do</strong> que qualquer<br />

<strong>de</strong> nós esperava, com base nos cálculos <strong>de</strong> minha filha e meu genro.<br />

‘Mas há ainda uma outra circunstância: na noite seguinte [isto é, antes também <strong>de</strong><br />

recebi<strong>do</strong> o telegrama], sonhara que minha falecida esposa, mãe <strong>de</strong> minha filha, tomara a seu<br />

cargo 48 bebês recém-nasci<strong>do</strong>s. Quan<strong>do</strong> a primeira dúzia estava chegan<strong>do</strong>, protestei. Nesse<br />

ponto, o sonho fin<strong>do</strong>u.<br />

‘Minha falecida esposa gostava muito <strong>de</strong> crianças. Freqüentemente falava a esse<br />

respeito, dizen<strong>do</strong> que gostaria <strong>de</strong> ter um ban<strong>do</strong> inteiro <strong>de</strong>las em torno <strong>de</strong> si, quanto mais, melhor;<br />

que se sairia muito bem se a encarregassem <strong>de</strong> um jardim <strong>de</strong> infância e que seria muito feliz<br />

assim. O barulho que as crianças fazem era música para ela. De tempos em tempos convidava<br />

um ban<strong>do</strong> inteiro <strong>de</strong> crianças das ruas e as regalava com chocolate e bolos no pátio <strong>de</strong> nossa<br />

vivenda. Minha filha <strong>de</strong>ve ter pensa<strong>do</strong> em seguida na mãe após o parto, especialmente <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à<br />

surpresa <strong>de</strong> sua prematurida<strong>de</strong>, da vinda <strong>de</strong> gêmeos e <strong>de</strong> sua diferença <strong>de</strong> sexo. Sabia que a<br />

mãe teria acolhi<strong>do</strong> o fato com a mais viva alegria e simpatia: “Pense só no que mamãe diria, se<br />

estivesse comigo agora!” Esse pensamento <strong>de</strong>ve, indubitavelmente, ter-lhe passa<strong>do</strong> pela mente.<br />

E então sonhei com minha falecida esposa, com quem raramente sonho, e em quem não falara<br />

nem pensara após o primeiro sonho.<br />

‘O senhor acha que a coincidência entre o sonho e o fato foi aci<strong>de</strong>ntal em ambos os<br />

casos? Minha filha é muito ligada a mim e estava certamente pensan<strong>do</strong> em mim durante o<br />

trabalho <strong>de</strong> parto, particularmente porque amiú<strong>de</strong> trocáramos cartas sobre o seu mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> vida<br />

durante a gravi<strong>de</strong>z e eu lhe havia constantemente da<strong>do</strong> conselhos.’<br />

É fácil adivinhar o que foi minha resposta a essa carta. Fiquei triste por <strong>de</strong>scobrir que o<br />

interesse <strong>de</strong> meu correspon<strong>de</strong>nte pela análise havia si<strong>do</strong> tão completamente morto por seu<br />

interesse na telepatia. Evitei assim sua pergunta direta e, observan<strong>do</strong> que o sonho continha<br />

muito coisa além da vinculação com o nascimento <strong>do</strong>s gêmeos, pedi-lhe para fornecer-me<br />

quaisquer informações ou idéias que lhe ocorressem e pu<strong>de</strong>ssem dar-me uma pista quanto ao<br />

significa<strong>do</strong> <strong>do</strong> sonho.<br />

Logo após recebi a seguinte segunda carta que, <strong>de</strong>ve-se admitir, não me forneceu<br />

inteiramente tu<strong>do</strong> o que eu queria:<br />

‘Não pu<strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r sua amável carta <strong>do</strong> dia 24 senão hoje. Ficarei encanta<strong>do</strong> em

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