ESTAMOS DE LUTO. - cpvsp.org.br
ESTAMOS DE LUTO. - cpvsp.org.br
ESTAMOS DE LUTO. - cpvsp.org.br
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
A GREVE DA SOJA<<strong>br</strong> />
Sindicato/Cooperativa,<<strong>br</strong> />
a fórmula que fez o<<strong>br</strong> />
Governo recuar no sul.<<strong>br</strong> />
Nos fins de março, pouco antes de<<strong>br</strong> />
começar a greve dos-metalúrgicos, o<<strong>br</strong> />
Brasil todo acompanhou uma inten-<<strong>br</strong> />
sa e surpreendente movimentação<<strong>br</strong> />
dos pequenos e médios produtores de<<strong>br</strong> />
soja do Sul do País, incluindo o<<strong>br</strong> />
Mato Grosso do Sul. A movimenta-<<strong>br</strong> />
ção tinha por objetivo mostrar a opi-<<strong>br</strong> />
nião pública o descontentamento dos<<strong>br</strong> />
agricultores em relação ao injusto<<strong>br</strong> />
confisco cambial, imposto pelo Gover-<<strong>br</strong> />
no so<strong>br</strong>e as exportações no fim do<<strong>br</strong> />
ano e que prejudicava os agriculto-<<strong>br</strong> />
res.<<strong>br</strong> />
Os agriívltores haviam decidido<<strong>br</strong> />
não vender a soja enquanto o Gover-<<strong>br</strong> />
no não acabasse, com o confisco. E<<strong>br</strong> />
venceram.<<strong>br</strong> />
Por trás de toda a movimentação,<<strong>br</strong> />
que foi uma verdadeira greve dos<<strong>br</strong> />
agricultores, estavam uma poderosa<<strong>br</strong> />
"AS BASES É QUE TO-<<strong>br</strong> />
MA RAM ESSA POSI-<<strong>br</strong> />
ÇÃO"<<strong>br</strong> />
Orgenio Roth inilita no<<strong>br</strong> />
nosso sindicalismo desde<<strong>br</strong> />
seu início, ia pelos idos de<<strong>br</strong> />
l%l/62. Foi Presidente<<strong>br</strong> />
do Sindicato dos Traba-<<strong>br</strong> />
lhadores Rurais de Ijuíee<<strong>br</strong> />
nos últimos anos, corno<<strong>br</strong> />
vice-presidente da<<strong>br</strong> />
FETAG-RS, era o res-<<strong>br</strong> />
ponsável pelo trabalho de<<strong>br</strong> />
educação sindical. Nos úl-<<strong>br</strong> />
timos anos surgiram no<<strong>br</strong> />
Rio Grande do Sul divi-<<strong>br</strong> />
sões regionais de Sindica-<<strong>br</strong> />
tos, a exemplo dos nossos<<strong>br</strong> />
Grupos Regionais em São<<strong>br</strong> />
Paulo. E esse trabalho<<strong>br</strong> />
tem propiciado um impul-<<strong>br</strong> />
so novo ao sindicalismo<<strong>br</strong> />
naquele Estado.<<strong>br</strong> />
É exatamente este as-<<strong>br</strong> />
pecto que Orgenio faz<<strong>br</strong> />
questão de, destacar,<<strong>br</strong> />
como fundamental na gre-<<strong>br</strong> />
ve dos agricultores: "A-<<strong>br</strong> />
cho que a movimentação<<strong>br</strong> />
toda foi altamente válida<<strong>br</strong> />
- diz ele - porque justa-<<strong>br</strong> />
mente as bases é que to-<<strong>br</strong> />
maram esSa posição e não<<strong>br</strong> />
aconteceu por acaso, por-<<strong>br</strong> />
que a partir do momento<<strong>br</strong> />
em que o Delfim decretou<<strong>br</strong> />
o imposto, os agricultores<<strong>br</strong> />
começaram a discutir<<strong>br</strong> />
com os Sindicatos uma<<strong>br</strong> />
saída"<<strong>br</strong> />
Pág. 6<<strong>br</strong> />
Das discussões, surgi-<<strong>br</strong> />
ram subsídios para a FE-<<strong>br</strong> />
TAG que elaborou um<<strong>br</strong> />
documenlo, enviando-o<<strong>br</strong> />
ao Governo. Mas não ob-<<strong>br</strong> />
teve resposta. O Ministro<<strong>br</strong> />
do Planejamento não deu<<strong>br</strong> />
satisfação. E como a safra<<strong>br</strong> />
se aproximava, com boas<<strong>br</strong> />
perspectivas o que anima-<<strong>br</strong> />
va os produtores quejá vi-<<strong>br</strong> />
nham de duas safras ante-<<strong>br</strong> />
riores frustradas de soja e<<strong>br</strong> />
uma de trigo e esperavam<<strong>br</strong> />
recuperar-se em parte dos<<strong>br</strong> />
prejuízos nesta safra. Era<<strong>br</strong> />
também por isso que o<<strong>br</strong> />
confisco irritava tanto.<<strong>br</strong> />
Segundo o Presidente,<<strong>br</strong> />
dois Grupos Regionais de<<strong>br</strong> />
Sindicatos, particular-<<strong>br</strong> />
mente, partiram na dian-<<strong>br</strong> />
teira. Passo Fundo e Ijuí,<<strong>br</strong> />
ganhando de imediato, e a<<strong>br</strong> />
nível estadual, um impor-<<strong>br</strong> />
tante aliado: o movimento<<strong>br</strong> />
cooperativista, através da<<strong>br</strong> />
poderosa FECOTRIGO.<<strong>br</strong> />
que domina a produção e<<strong>br</strong> />
comercialização da soja<<strong>br</strong> />
do Sul do País. E através<<strong>br</strong> />
das cooperativas, foi mais<<strong>br</strong> />
fácil o movimento dos<<strong>br</strong> />
produtores chegar a Santa<<strong>br</strong> />
Catarina, Paraná e Mato<<strong>br</strong> />
Grosso do Sul.<<strong>br</strong> />
A aliança entre sindica-<<strong>br</strong> />
tos e cooperativas (onde<<strong>br</strong> />
80% dos associados são fi-<<strong>br</strong> />
liados a nossos Sindica-<<strong>br</strong> />
rede de cooperativas e um conjunto<<strong>br</strong> />
de sindicatos de trabalhadores rurais<<strong>br</strong> />
bastante ativos. Só alguns sindicatos<<strong>br</strong> />
patronais participaram, mas cairam<<strong>br</strong> />
fora da <strong>br</strong>iga antes do fim, com<<strong>br</strong> />
medo das reações do Governo.<<strong>br</strong> />
E a coordepação de toda a movi-<<strong>br</strong> />
mentação foi do Movimento Sindical<<strong>br</strong> />
dos Trabalhadores Rurais, através<<strong>br</strong> />
da nossa Federação co-irmã do Rio<<strong>br</strong> />
Grande do Sul (EEIAG-RSj. onde<<strong>br</strong> />
estava assumindo o novo Presidente,<<strong>br</strong> />
Orgenio Rothide Ijuí - foco princi-<<strong>br</strong> />
pal do movimento}, substituindo a<<strong>br</strong> />
Ge lindo Zulmiro Ferri, que assumi-<<strong>br</strong> />
ria dias depois a Secretaria Geral da<<strong>br</strong> />
CONTAG.<<strong>br</strong> />
Dada a grande repercussão do<<strong>br</strong> />
movimento. Realidade Rural publica<<strong>br</strong> />
nesta edição entrevista com o Presi-<<strong>br</strong> />
dente da EETAG.<<strong>br</strong> />
Orgênio defende maior inte-<<strong>br</strong> />
gração nacional do nosso sin-<<strong>br</strong> />
dicalismo.<<strong>br</strong> />
tos), e toda a movimenta-<<strong>br</strong> />
ção, logo sensibilizou urna<<strong>br</strong> />
área importante: os políti-<<strong>br</strong> />
cos, inclusive os governis-<<strong>br</strong> />
tas colocaram-se a favor<<strong>br</strong> />
do movimento e o pró-<<strong>br</strong> />
prio Secretário da Agri-<<strong>br</strong> />
cultura do Estado se<<strong>br</strong> />
também posicionou logo<<strong>br</strong> />
favorável às reivindica-<<strong>br</strong> />
ções dos agricultores.<<strong>br</strong> />
Aliás, so<strong>br</strong>e a participa-<<strong>br</strong> />
ção dos políticos, Orgenio<<strong>br</strong> />
Roth conta um fato muito<<strong>br</strong> />
interessante: "No dia 21<<strong>br</strong> />
de março, em Ijuí, foi rea-<<strong>br</strong> />
lizada uma grande con-<<strong>br</strong> />
centração, de aproxima-<<strong>br</strong> />
damente 8.000 agriculto-<<strong>br</strong> />
res, com a presença de 84<<strong>br</strong> />
Sindicatos e 32 cooperati-<<strong>br</strong> />
vas. Também participa-<<strong>br</strong> />
ram políticos de todos os<<strong>br</strong> />
partidos atuais, mas estes<<strong>br</strong> />
não puderam falar porque<<strong>br</strong> />
os agricultores não lhes<<strong>br</strong> />
deram oportunidade, ale-<<strong>br</strong> />
gando que eles poderiam<<strong>br</strong> />
ouvir os reclamos mas<<strong>br</strong> />
que não lhes era permiti-<<strong>br</strong> />
do o uso da palavra".<<strong>br</strong> />
Assim os políticos tive-<<strong>br</strong> />
ram de ouvir tudo. de<<strong>br</strong> />
boca fechada. É bem ver-<<strong>br</strong> />
dade que depois, segundo<<strong>br</strong> />
Orgenio. alguns apoia-<<strong>br</strong> />
ram, mas sem a<strong>br</strong>ir o jogo.<<strong>br</strong> />
Mas, em compensação, os<<strong>br</strong> />
outros políticos se im-<<strong>br</strong> />
pressionaram tanto com a<<strong>br</strong> />
firmeza do comportamen-<<strong>br</strong> />
to dos agricultores que<<strong>br</strong> />
logo a própria Assembléia<<strong>br</strong> />
Legislativa criou uma Co-<<strong>br</strong> />
missão Especial da Soja.<<strong>br</strong> />
convidando representan-<<strong>br</strong> />
tes das Assembléias de<<strong>br</strong> />
Santa Catarina. Paraná e<<strong>br</strong> />
São Paulo. "Então - con-<<strong>br</strong> />
ta Orgenio - a partir daí<<strong>br</strong> />
a gente verificou que tam-<<strong>br</strong> />
bém foi um grande apoio,<<strong>br</strong> />
o da área politicagem fa-<<strong>br</strong> />
vor dos agricultores".<<strong>br</strong> />
SIND1CATO-<<strong>br</strong> />
COOPERATIVA. UMA<<strong>br</strong> />
ALIANÇA QUE DA<<strong>br</strong> />
CERTO NO SUL<<strong>br</strong> />
E bem verdade que o<<strong>br</strong> />
cooperalivismo não tem<<strong>br</strong> />
lá tanta democracia inter-<<strong>br</strong> />
na como pode parecer.<<strong>br</strong> />
São poucas as cooperati-<<strong>br</strong> />
vas que se empenham de<<strong>br</strong> />
fato em incentivar e pro-<<strong>br</strong> />
piciar a mais ampla possí-<<strong>br</strong> />
vel participação dos seus<<strong>br</strong> />
associados nas suas deci-<<strong>br</strong> />
sões. Mas nos últimos<<strong>br</strong> />
tempos tem surgido um<<strong>br</strong> />
fato novo. que vem for-<<strong>br</strong> />
çando as cooperativas a<<strong>br</strong> />
entrarem nos eixos: a<<strong>br</strong> />
atuação dos Sindicatos.<<strong>br</strong> />
Como diz Orgenio. cer-<<strong>br</strong> />
ca de 80 u „ dos associados;<<strong>br</strong> />
das cooperativas são vin-<<strong>br</strong> />
culados aos Sindicatos<<strong>br</strong> />
dos Trabalhadores 'Rurais<<strong>br</strong> />
e por isso o sindicalismo e<<strong>br</strong> />
os trabalhadores rurais<<strong>br</strong> />
tem forçado as cooperati-<<strong>br</strong> />
vas a seguir uma linha<<strong>br</strong> />
política favorável a eles. E<<strong>br</strong> />
a própria existência desse<<strong>br</strong> />
cooperalivismo dominado<<strong>br</strong> />
por pequenos, segundo<<strong>br</strong> />
Orgenio, foi que propi-<<strong>br</strong> />
ciou essa movimentação<<strong>br</strong> />
dos agricultores. Não fos-<<strong>br</strong> />
sem as cooperativas, a so-<<strong>br</strong> />
ja, que estava na época<<strong>br</strong> />
sendo vendida acima de<<strong>br</strong> />
Cr$ 500,00, estaria sendo<<strong>br</strong> />
vendida a aproximada-<<strong>br</strong> />
mente Cr$ 300,00, tal o<<strong>br</strong> />
poder de controle do mer-<<strong>br</strong> />
cado pelas multinacio-<<strong>br</strong> />
nais.<<strong>br</strong> />
Nos cursos de educação<<strong>br</strong> />
sindical . o cooperativis-<<strong>br</strong> />
mo é um dos pontos de<<strong>br</strong> />
Sindicalismo e cooperalivismo: um casamento possível?<<strong>br</strong> />
honra: "Sempre mostra-<<strong>br</strong> />
mos o Sindicato como ór-<<strong>br</strong> />
gão de representação, e a<<strong>br</strong> />
cooperativa, como a defe-<<strong>br</strong> />
sa econômica do nosso<<strong>br</strong> />
trabalhador" — diz Orge-<<strong>br</strong> />
nio.<<strong>br</strong> />
FALTA <strong>DE</strong> TERRA.<<strong>br</strong> />
QUE UMA REFORMA<<strong>br</strong> />
AGRÁRIA RESOLVE-<<strong>br</strong> />
RIA.<<strong>br</strong> />
No seu comodismo de<<strong>br</strong> />
sempre, o INCRA diz que<<strong>br</strong> />
a fronteira agrícola gaú-<<strong>br</strong> />
cha se esgotou, e com isso<<strong>br</strong> />
quer argumentar qúc não<<strong>br</strong> />
há porque falarem Refor-<<strong>br</strong> />
ma Agrária, em redistri-<<strong>br</strong> />
buição de terras nesse Es-<<strong>br</strong> />
tado. Há certas áreas no<<strong>br</strong> />
Estado, particularmente<<strong>br</strong> />
nas regiões de pecuária,<<strong>br</strong> />
onde a produção é primi-<<strong>br</strong> />
tiva ainda, utilizando-se<<strong>br</strong> />
imensas áreas de terra que<<strong>br</strong> />
poderiam ser melhor usa-<<strong>br</strong> />
das com a agricultura dos<<strong>br</strong> />
pequenos produtores sem<<strong>br</strong> />
terra, que são milhares<<strong>br</strong> />
também no Rio Grande<<strong>br</strong> />
do Sul, embora eles te-<<strong>br</strong> />
nham muito bons conhe-<<strong>br</strong> />
cimentos de técnica e pro-<<strong>br</strong> />
dutividade.<<strong>br</strong> />
Há também o crime de<<strong>br</strong> />
se fazer florestamento em<<strong>br</strong> />
áreas ótimas de agricultu-<<strong>br</strong> />
ra, ou, como acontece na<<strong>br</strong> />
região metropolitana de<<strong>br</strong> />
Porto Alegre e às margens<<strong>br</strong> />
de outras grandes cidades<<strong>br</strong> />
(a exemplo de São Paulo),<<strong>br</strong> />
ocorre que terras muito<<strong>br</strong> />
boas que serviriam para<<strong>br</strong> />
hortigranjeiros, são des-<<strong>br</strong> />
perdiçadas por causa da<<strong>br</strong> />
especulação imobiliária.<<strong>br</strong> />
Ocorre um fato que mere-<<strong>br</strong> />
ce reflexão: 70",, do arroz<<strong>br</strong> />
gaúcho é produzido por<<strong>br</strong> />
pequenos agricultores'em<<strong>br</strong> />
terras arrendadas de gran-<<strong>br</strong> />
des proprietários, a 30",,<<strong>br</strong> />
da produção.<<strong>br</strong> />
Se não houver logo uma<<strong>br</strong> />
redistribuição de terras no<<strong>br</strong> />
Estado, conta Orgenio, o<<strong>br</strong> />
êxodo rural que já é gran-<<strong>br</strong> />
de, vai aumentar ainda<<strong>br</strong> />
mais, podendo até mesmo<<strong>br</strong> />
desaparecer a pequena<<strong>br</strong> />
propriedade e encarecer<<strong>br</strong> />
perigosamente o custo da<<strong>br</strong> />
comida.<<strong>br</strong> />
OS SINDICATOS BRI-<<strong>br</strong> />
GAM POR UMA POLÍ-<<strong>br</strong> />
TICA AGRÍCOLA<<strong>br</strong> />
MAIS CLARA E SEGU-<<strong>br</strong> />
RA<<strong>br</strong> />
Apesar da tendência de<<strong>br</strong> />
aumentar o número de as-<<strong>br</strong> />
salariados no campo, e<<strong>br</strong> />
mesmo de se acentuar o<<strong>br</strong> />
surgimento de trabalha-<<strong>br</strong> />
dores volantes nas áreas<<strong>br</strong> />
de trigo e soja, as maiores<<strong>br</strong> />
preocupações do sindica-<<strong>br</strong> />
lismo de trabalhadores ru-<<strong>br</strong> />
rais no Rio Grande do Sul<<strong>br</strong> />
é com a política de produ-<<strong>br</strong> />
ção e preços. Tanto que,<<strong>br</strong> />
segundo Orgenio. "os Sin-<<strong>br</strong> />
dicatos não vão parar sua<<strong>br</strong> />
movimentação e vão bus-<<strong>br</strong> />
car mais soluções no sen-<<strong>br</strong> />
tido de reivindicar princi-<<strong>br</strong> />
palmente a adoção de<<strong>br</strong> />
uma política agrícola cla-<<strong>br</strong> />
ra e segura".<<strong>br</strong> />
Orgenio, por fim, fala<<strong>br</strong> />
também do Movimento<<strong>br</strong> />
Sindical a nível nacional.<<strong>br</strong> />
Ele diz que não há ainda<<strong>br</strong> />
um entendimento muito<<strong>br</strong> />
grande entre as diversas<<strong>br</strong> />
regiões, mas a tendência,<<strong>br</strong> />
em compensação, é cada<<strong>br</strong> />
vez mais o Movimento<<strong>br</strong> />
Sindical se integrar, uma<<strong>br</strong> />
vez que, no fundo, os<<strong>br</strong> />
problemas são os mesmos<<strong>br</strong> />
e a reivindicação pela ter-<<strong>br</strong> />
ra une de Norte a Sul.<<strong>br</strong> />
O grande desafio do<<strong>br</strong> />
Movimento Sindical, se-<<strong>br</strong> />
gundo ele, é encontrar<<strong>br</strong> />
uma fórmula para desen-<<strong>br</strong> />
volver uma ampla educa-<<strong>br</strong> />
ção sindical nas bases, o<<strong>br</strong> />
que dará ao trabalhador<<strong>br</strong> />
maiores condições de par-<<strong>br</strong> />
ticipar das decisões que<<strong>br</strong> />
lhe dizem respeito.<<strong>br</strong> />
Ele acha também que<<strong>br</strong> />
movimentos, do tipo da<<strong>br</strong> />
"greve da soja"', são mui-<<strong>br</strong> />
tas vezes mais importan-<<strong>br</strong> />
tes do que congressos,<<strong>br</strong> />
uma vez que muitas reso-<<strong>br</strong> />
luções de congressos aca-<<strong>br</strong> />
bam ficando no papel, en-<<strong>br</strong> />
quanto que as movimen-<<strong>br</strong> />
tações despertam os tra-<<strong>br</strong> />
balhadores rurais, os edu-<<strong>br</strong> />
cam muito mais.<<strong>br</strong> />
Realidade Rural — Junho de 1980