1996 - Sociedade Brasileira de Psicologia
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M nCONF 2:05<br />
A IMPORTANCIA DE FATORES PSICOLUGICOS E SOCI-<br />
AIS COMO DETERMINANTES DA MORTE. Wilma da Costa<br />
Torres. Instituto <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong> da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral do Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro.<br />
Todas as vidas, assim como todas as mortes, envolvem a interaçso<br />
<strong>de</strong> grocessos psicolgicos, sociais e culturais, além dos biolögicos.<br />
Entretanto, o conceito <strong>de</strong> ç'morte psicolégica' suscita <strong>de</strong>scontiançaumavez<br />
quenosso cientiticismo nos levaa enfatizaros<br />
fatores orgânicos e a acreditar que somente as lesöes importam<br />
na <strong>de</strong>terminafso da morte. O esquecimento <strong>de</strong> que os fatores psicolögicos<br />
e sociais permeiam a maneira como vivemos, <strong>de</strong> que<br />
doença adoecemos e <strong>de</strong> que maneira morremos é um dos fatores,<br />
<strong>de</strong>ntre outros, que concorre para a percepçëo da morte como um<br />
evento <strong>de</strong>snecesslrio e inoportuno. Apresença <strong>de</strong> fatores psicolögicos<br />
e sociais na alteraçëo do meio psico-biolögico <strong>de</strong>ve ser<br />
MRCONF - Miai Ctln .fel'lnc2l<br />
-<br />
reconhecida nâ0 agenas nas (benças psicossomsticas, mas também<br />
no fato <strong>de</strong> que muitas doenças indubitavelmente orgânicas<br />
costumam coincidir com momentos <strong>de</strong> crise e ainda em outras<br />
circunstbcias, como no caso das mortes stibitas - como aci<strong>de</strong>ntes,<br />
suicfdio, etc. -, em relaçëo às quais o inoportuno da<br />
inoportunida<strong>de</strong> é ainda maior, e em muitos casos <strong>de</strong> morte por<br />
causas naturais, sobretudo naquelas em que a etiologia médica<br />
parece oàscura. Portanto, () conceito <strong>de</strong> çmcrte psicolgica' exige<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> estudos c pesquisas que contribuam para<br />
uma melhor avaliaçâo das vafilveis psicolögicas na <strong>de</strong>termina-<br />
No da doença e da morte. Estes estudos, entretanto, estâo apenas<br />
começando (Weisman, 1972), po<strong>de</strong>ndo-se <strong>de</strong>stacar como um<br />
marco inicial a introduçso por Shineidman (1969) do conceito <strong>de</strong><br />
Etautogsia psicoltgica' como um instrumento <strong>de</strong> complementaçâo<br />
da autöpsia somstica. Apoio FUJB.<br />
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6 SBP - XXVI Reuniâo Anual <strong>de</strong> <strong>Psicologia</strong>