21.06.2013 Views

'PEPAI / - cpvsp.org.br

'PEPAI / - cpvsp.org.br

'PEPAI / - cpvsp.org.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ANO NOVEMBRO 1984 C^2QQ.QQ M 0 17<<strong>br</strong> />

mm<<strong>br</strong> />

NUVENS<<strong>br</strong> />

SUBURBANAS<<strong>br</strong> />

SOB O SOL<<strong>br</strong> />

DE IPANEMA.<<strong>br</strong> />

Eles não seguem a moda, têm<<strong>br</strong> />

filhos demais, comem na praia<<strong>br</strong> />

Os velhos habitues não<<strong>br</strong> />

escondem que estão chocados,<<strong>br</strong> />

protestam e se perguntam se<<strong>br</strong> />

o» ônibus Padron terão<<strong>br</strong> />

incorporado para sempre os<<strong>br</strong> />

"japeris" à paisagem de<<strong>br</strong> />

Ipanema<<strong>br</strong> />

01/<<strong>br</strong> />

• • v<<strong>br</strong> />

CeÉfl t Pastoral 1i\m*<<strong>br</strong> />

* N.ogJ.,j.2.'H<<strong>br</strong> />

IBIBLÍOTÍCA<<strong>br</strong> />

<strong>'PEPAI</strong> /<<strong>br</strong> />

QVEü VOU<<strong>br</strong> />

MOSTRAR<<strong>br</strong> />

QUEM E.<<strong>br</strong> />

.MM!<<strong>br</strong> />

ELE NÃO<<strong>br</strong> />

5f\B>E O QUE<<strong>br</strong> />

P>Z «.o0 ELE<<strong>br</strong> />

SE ESQUECE<<strong>br</strong> />

QOE OS<<strong>br</strong> />

F^R0ff/R0><<strong>br</strong> />

PE FIM PE<<strong>br</strong> />

C^ PALCOM&Ttfr,<<strong>br</strong> />

Aí POMfyTICtó,<<strong>br</strong> />

tlOTORItTfifr.** QUE<<strong>br</strong> />

pURANTE A,<<strong>br</strong> />

fEMANA /


Favelão - pág. 2<<strong>br</strong> />

Vmcveu<<strong>br</strong> />

Esta é a campanha que o<<strong>br</strong> />

Jornal do Brasil vem desen-<<strong>br</strong> />

volvendo junto à população<<strong>br</strong> />

com o objetivo de resgatar<<strong>br</strong> />

a "beleza" da grande "ci-<<strong>br</strong> />

dade maravilhosa...<<strong>br</strong> />

A campanha está intima-<<strong>br</strong> />

mente ligada à linha edito-<<strong>br</strong> />

rial que este jornal vem ado-<<strong>br</strong> />

tando durante algum tem-<<strong>br</strong> />

po. E o alvo principal des-<<strong>br</strong> />

ses ataques somos nós fave-<<strong>br</strong> />

lados; no entender deste jor-<<strong>br</strong> />

nal e muitos outros de sua<<strong>br</strong> />

linha; somos o Câncer da<<strong>br</strong> />

Sociedade, lixos de encostas<<strong>br</strong> />

e por aí vai. . . moradores<<strong>br</strong> />

de bairros vem participan-<<strong>br</strong> />

do, individualmente, e de<<strong>br</strong> />

forma bastante preconcei-<<strong>br</strong> />

tuosa, tentando com isso<<strong>br</strong> />

formar uma forte campanha<<strong>br</strong> />

contra os favelados; pensan-<<strong>br</strong> />

do que vão fazer voltar os<<strong>br</strong> />

velhos tempos e colocar em<<strong>br</strong> />

pauta a política de remo-<<strong>br</strong> />

ç|o como acontecia cons-<<strong>br</strong> />

tantemente há alguns anos<<strong>br</strong> />

atrás onde várias comuni-<<strong>br</strong> />

dades foram removidas e co-<<strong>br</strong> />

locadas em lugares sem ne-<<strong>br</strong> />

nhuma infraestrutura. Mas<<strong>br</strong> />

isso não tornará a repetir.<<strong>br</strong> />

Temos memória. E a cada<<strong>br</strong> />

experiência que vivemos<<strong>br</strong> />

costumamos não querer re-<<strong>br</strong> />

peti-las. Redesco<strong>br</strong>imos<<strong>br</strong> />

nossos direitos enquanto ci-<<strong>br</strong> />

dadãos, e a partir daí nin-<<strong>br</strong> />

guém irá se so<strong>br</strong>epor a<<strong>br</strong> />

nós, agora temos consciên-<<strong>br</strong> />

cia de nossos direitos jurí-<<strong>br</strong> />

dicos no que diz respeito a<<strong>br</strong> />

TERRA, a melhoria que nós<<strong>br</strong> />

fizemos, a importância da<<strong>br</strong> />

nossa <strong>org</strong>anização em torno<<strong>br</strong> />

das nossas associações de<<strong>br</strong> />

Moradores, e por isso luta-<<strong>br</strong> />

remos até o último instan-<<strong>br</strong> />

te. Não nos intimidamos<<strong>br</strong> />

com a colocação de alguns<<strong>br</strong> />

rótulos pejorativos. Resis-<<strong>br</strong> />

tir, este sempre foi o nosso<<strong>br</strong> />

lema e a nossa prática des-<<strong>br</strong> />

de que os Portugueses che-<<strong>br</strong> />

garam a esta terra chama-<<strong>br</strong> />

da Brasil e expulsaram seus<<strong>br</strong> />

primeiros ocupantes, a par-<<strong>br</strong> />

tir daí, então, não tive-<<strong>br</strong> />

mos mais sossegos, tal prá-<<strong>br</strong> />

tica se alastrou até os dias<<strong>br</strong> />

de hoje. Fomos também ex-<<strong>br</strong> />

pulsos de participação igual<<strong>br</strong> />

nos lucros.<<strong>br</strong> />

NÃO DÂMAISPRÂ RE-<<strong>br</strong> />

MOVER TEM QUE URBA-<<strong>br</strong> />

NIZAR E RECONHECER<<strong>br</strong> />

QUE SOMOS 1/3 DA PO-<<strong>br</strong> />

PULAÇÃO DO RIO DE JA-<<strong>br</strong> />

NEIRO E TAMBÉM FOR-<<strong>br</strong> />

MAMOS 2/3 DA POPULA-<<strong>br</strong> />

ÇÃO POBRE DO PLANE-<<strong>br</strong> />

TA.<<strong>br</strong> />

o fAvelÃo reM o.<<strong>br</strong> />

£SPACO p/et) você<<strong>br</strong> />

T<<strong>br</strong> />

coMe. ^<<strong>br</strong> />

. QuiefiA<<strong>br</strong> />

VAMOS lA'/*<<strong>br</strong> />

l<<strong>br</strong> />

á<<strong>br</strong> />

EXPEDIENTE FAVELÃO<<strong>br</strong> />

Um Jornal feito por favelado para favelado<<strong>br</strong> />

Rio de Janeiro NP 17 — setem<strong>br</strong>o/outu<strong>br</strong>o 84<<strong>br</strong> />

Comunicamos à população em geral e,<<strong>br</strong> />

em particular, à todas as comunidades parti-<<strong>br</strong> />

cipantes do Projeto Urbanização Comunitá-<<strong>br</strong> />

ria/Mutirão, que se a<strong>br</strong>iga há três anos na<<strong>br</strong> />

estrutura da Secretaria Municipal de Desen-<<strong>br</strong> />

volvimento Social, que a equipe que concedeu e.<<strong>br</strong> />

vem tocando o referido projeto ao longo de :<<strong>br</strong> />

toda a sua existência foi demitida sumaria-<<strong>br</strong> />

mente. 0 caráter arbitrário desta demissão<<strong>br</strong> />

surpreendeu-nos na medida que não houve o<<strong>br</strong> />

menor espaço para discussão, tanto dos nossos<<strong>br</strong> />

direitos como também da sorte política de<<strong>br</strong> />

nossa proposta.<<strong>br</strong> />

0 Projeto Mutirão, como era chamado<<strong>br</strong> />

originalmente, surgiu como uma conquista<<strong>br</strong> />

democrática na luta contra as práticas da<<strong>br</strong> />

política de remoção de favelas e como uma<<strong>br</strong> />

proposta de mudança da tradicional relação<<strong>br</strong> />

dientelista do Estado com as comunidades<<strong>br</strong> />

de baixa renda. Ele se desenvolveu numa pro-<<strong>br</strong> />

veitosa troca de experiência, desde o planeja-<<strong>br</strong> />

mento à ação, com a participação da comuni-<<strong>br</strong> />

dade <strong>org</strong>anizada e da equipe interdisciplinar<<strong>br</strong> />

do Projeto, resultando na realização de inúme-<<strong>br</strong> />

ras o<strong>br</strong>as de infraestrutura básica e outras<<strong>br</strong> />

melhorias.<<strong>br</strong> />

0 compromisso assumido junto às co-<<strong>br</strong> />

munidades, de efetivar ações coerentes com essa<<strong>br</strong> />

concepção, nos o<strong>br</strong>iga a alertar para as mu-<<strong>br</strong> />

danças em curso na SM D e suas possíveis<<strong>br</strong> />

conseqüências. Está chegando ao fim, com a<<strong>br</strong> />

demissão sumária de toda a equipe, a expe-<<strong>br</strong> />

riência democrática do Projeto Mutirão.<<strong>br</strong> />

Atitudes com essa, tomadas em detrimento<<strong>br</strong> />

de proposta de cunho social, levadas à prática<<strong>br</strong> />

por profissionais que já demonstraram, em anos<<strong>br</strong> />

anteriores, indiscutível competência técnica,<<strong>br</strong> />

nos leva a questionar os rumos da orienta-<<strong>br</strong> />

ção política da atual administração. A Se-<<strong>br</strong> />

cretaria Municipal de Desenvolvimento Social<<strong>br</strong> />

não é, e nem pode pretender ser, uma Secretaria<<strong>br</strong> />

de O<strong>br</strong>as. Frisamos esta questão por vislum-<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>armos uma política tecnocrática em ascenção,<<strong>br</strong> />

que minimiza os aspectos sociais que devem<<strong>br</strong> />

nortear todas as ações desta Secretaria.<<strong>br</strong> />

^<<strong>br</strong> />

Endereço<<strong>br</strong> />

Favela Parada de Lucas<<strong>br</strong> />

Rua da Democracia, 27<<strong>br</strong> />

Secretária<<strong>br</strong> />

Sandra Helena T. Bello<<strong>br</strong> />

Arte<<strong>br</strong> />

Sérgio Canda, Ykenga e Palermo<<strong>br</strong> />

- Reportagem<<strong>br</strong> />

Sandra, Palermo, Canda, Ykenga, Doca e Célia<<strong>br</strong> />

, Colaboradores<<strong>br</strong> />

Lauro e Elias<<strong>br</strong> />

Jornalista ResDonsável<<strong>br</strong> />

nilrla Gilda Vipira Vieira ^'<<strong>br</strong> />

Composição<<strong>br</strong> />

Hipotenusa-Composições Gráficas<<strong>br</strong> />

Av. Pres. Vargas, 583/1019 - Tel.: 231-1065<<strong>br</strong> />

Fotolito e Impressão<<strong>br</strong> />

0 Fluminense<<strong>br</strong> />

Rua Visconde de Itaboraí, 184- Niterói<<strong>br</strong> />

Tel.: 719-3311<<strong>br</strong> />

Distribuição<<strong>br</strong> />

Equipe<<strong>br</strong> />

TGL.R/ recados: 231 2010 R: 374 à tarde<<strong>br</strong> />

CARTA ABERTA A POPULAÇÃO<<strong>br</strong> />

ríitó<<strong>br</strong> />

Moramos numa Favela<<strong>br</strong> />

que muitos vivem a criticar<<strong>br</strong> />

nós somos crianças po<strong>br</strong>es<<strong>br</strong> />

Mas temos o direito de criar<<strong>br</strong> />

Dispensar a experiência e o potencial de<<strong>br</strong> />

trabalho de 21 profissionais, além de demons-<<strong>br</strong> />

trar o uso arbitrário do poder, revela objetivos<<strong>br</strong> />

políticos de determinado grupo se so<strong>br</strong>epondo<<strong>br</strong> />

aos interesses da população comprometida com<<strong>br</strong> />

.a história do Projeto. Estamos sendo demi-<<strong>br</strong> />

tidos pelo que representamos. Represen-<<strong>br</strong> />

tamos uma experiência de trabalho marcada por<<strong>br</strong> />

uma visão democrática e pluralista e por um<<strong>br</strong> />

profundo respeito pela comunidade <strong>org</strong>anizada.<<strong>br</strong> />

"Alertamos a todos para algumas mano<strong>br</strong>as<<strong>br</strong> />

em curso: em primeiro lugar, os mesmos que<<strong>br</strong> />

estão obstruindo a aplicação da verba liberada<<strong>br</strong> />

desde a<strong>br</strong>il e o início das o<strong>br</strong>as, agora tentarão<<strong>br</strong> />

jogar a culpa pelo referido atraso nas costas da<<strong>br</strong> />

equipe do Projeto; em segundo lugar, ma-<<strong>br</strong> />

nifestamos a nossa preocupação com a efetiva<<strong>br</strong> />

realização das o<strong>br</strong>as previstas para este ano bem<<strong>br</strong> />

como com a manutenção da metodologia de<<strong>br</strong> />

trabalho até então desenvolvida.<<strong>br</strong> />

Por fim, denunciamos que por trás da<<strong>br</strong> />

propalada "reformulação' 1 da SMD, (enca-<<strong>br</strong> />

minhada pela secretária Dilsa Terra e pelo seu<<strong>br</strong> />

Chefe de Gabinete Aristides da Matta), en-<<strong>br</strong> />

contra-se uma tentativa de reestruturação, das<<strong>br</strong> />

antigas práticas do clientelismo.<<strong>br</strong> />

Rio de Janeiro, 24/09/84<<strong>br</strong> />

A EQUIPE DO PROJETO<<strong>br</strong> />

'jP-^k O que tem dentro de nós<<strong>br</strong> />

"^à queríamos ter a chance de mostra<<strong>br</strong> />

a simplicidade e a beleza<<strong>br</strong> />

garanto que irão gostar -Ptifé/e/Ha<<strong>br</strong> />

Somos inteligentes<<strong>br</strong> />

Como qualquer outra criança<<strong>br</strong> />

Temos garra, temos pique<<strong>br</strong> />

Temos fé e esperança<<strong>br</strong> />

nome:<<strong>br</strong> />

Evfinia (Vidigal)<<strong>br</strong> />

ASSINE O FAVELAO POR 1 ANO Cr$ 5O00. OOl<<strong>br</strong> />

(mande cheque nominal a Célia Fernandes<<strong>br</strong> />

Correja e Gilda Rodrigues Vieira)<<strong>br</strong> />

I end.: n.o<<strong>br</strong> />

| apt.o tel.:<<strong>br</strong> />

I Envie este recorte para a redação do jornal<<strong>br</strong> />

V ftua dp Democracia, 27-- 1 -1 > airada de Lucas - CEP 2 V 20p


FavaUo - pég. 3<<strong>br</strong> />

'Despejo Mom/zoo MATMZ 9<<strong>br</strong> />

AMEAÇA DE REMOÇÃO<<strong>br</strong> />

llá mais de 27 anos, vi-<<strong>br</strong> />

vendo o tormento do "fan-<<strong>br</strong> />

tasma da remoção", a Co-<<strong>br</strong> />

munidade da Matriz, em<<strong>br</strong> />

Guaratiba, <strong>org</strong>anizou-se em<<strong>br</strong> />

torno de sua Associação de<<strong>br</strong> />

Moradores (AMMG), e com<<strong>br</strong> />

apoio da Paróquia local po-<<strong>br</strong> />

de desenvolver uma grande<<strong>br</strong> />

mobilização onde todos<<strong>br</strong> />

com o desejo de obter o<<strong>br</strong> />

direito de moradia, foram<<strong>br</strong> />

em agosto do ano passado<<strong>br</strong> />

ao Palácio Guanabara, on-<<strong>br</strong> />

de promoveram uma mani-<<strong>br</strong> />

festação com faixas e pro-<<strong>br</strong> />

dutos extrafdos de sua re-<<strong>br</strong> />

serva biológica (peixe, co-<<strong>br</strong> />

co e aipim).<<strong>br</strong> />

A LUTA ORGANIZADA<<strong>br</strong> />

IfOrn 2 anos de luta,<<strong>br</strong> />

a Associação de Morado-<<strong>br</strong> />

res da Matriz de Gua-<<strong>br</strong> />

ratiba, tendo Luiza Ma-<<strong>br</strong> />

ria á frente da presidên-<<strong>br</strong> />

cia, veio comprar a <strong>br</strong>iga<<strong>br</strong> />

com os grileiros. Com as<<strong>br</strong> />

constantes ameaças de des-<<strong>br</strong> />

pejo, a Paróquia São Sal-<<strong>br</strong> />

vador, localizada na Matriz,<<strong>br</strong> />

se solidarizou com a luta<<strong>br</strong> />

pelo direito a terra, foi<<strong>br</strong> />

quando a Pastoral de Fa-<<strong>br</strong> />

velas prestou o seu apoio<<strong>br</strong> />

jurídico.<<strong>br</strong> />

Após se manifestarem<<strong>br</strong> />

â frente do Palácio Gua-<<strong>br</strong> />

nabara, onde todos pediam<<strong>br</strong> />

uma posição das autorida-<<strong>br</strong> />

des competentes, desse mais<<strong>br</strong> />

um atentado ao povo, aos<<strong>br</strong> />

trabalhadores, a mola pro-<<strong>br</strong> />

pulsora da riqueza do Esta-<<strong>br</strong> />

do e do País, em detrimen-<<strong>br</strong> />

to de uma minoria que vê<<strong>br</strong> />

nas terras produtivas ape-<<strong>br</strong> />

nas dinheiro imobiliário,<<strong>br</strong> />

onde nada plantam, nada<<strong>br</strong> />

fazem, a não ser, em favor<<strong>br</strong> />

de sua riqueza individua-<<strong>br</strong> />

lista.<<strong>br</strong> />

/\pós a manifestação os<<strong>br</strong> />

moradores foram encami-<<strong>br</strong> />

nhados para a Secretaria de<<strong>br</strong> />

Agricultura, onde quase na-<<strong>br</strong> />

da foi resolvido.<<strong>br</strong> />

Em março desse ano, a<<strong>br</strong> />

Comunidade da Matriz de-<<strong>br</strong> />

parou com o fantasma da<<strong>br</strong> />

ATE m RM cmm A HORA<<strong>br</strong> />

C ?<<strong>br</strong> />

^om dezenas de faixas,fc<<strong>br</strong> />

na manhã de sexta-feira, 21^1<<strong>br</strong> />

de setem<strong>br</strong>o, a Comunidade'<<strong>br</strong> />

da Matriz fez a sua festa.<<strong>br</strong> />

Palanque florido e tudo<<strong>br</strong> />

muito bem <strong>org</strong>anizado, o<<strong>br</strong> />

clima estava num pique de<<strong>br</strong> />

vitória; cabendo a Vivaldo<<strong>br</strong> />

Barbosa, Secretário de Justiça,<<strong>br</strong> />

representante do governo<<strong>br</strong> />

do Estado, assegurar a<<strong>br</strong> />

posse da terra as 110 famílias,<<strong>br</strong> />

e prometendo que<<strong>br</strong> />

em <strong>br</strong>eve serão entregues<<strong>br</strong> />

os títulos de propriedade. :<<strong>br</strong> />

/\s palavras emocionadas<<strong>br</strong> />

de José Medeiros, represen-<<strong>br</strong> />

Dr9 Maria de Lourdes, tante do Retiro de Guaraque<<strong>br</strong> />

representando os her- tiba, foram de um concendeiros<<strong>br</strong> />

do já falecido Antô- so de todos:<<strong>br</strong> />

nio Fernandes dos Santos, "— Espero que muitos<<strong>br</strong> />

remetia promissórias (direi- desses encontros (assegurar<<strong>br</strong> />

tos hereditários), onde os a terra aos posseiros) veduvidosos<<strong>br</strong> />

da vitória se cur- nham a surgir porque temos<<strong>br</strong> />

varam e pagaram tais taxas, um governo que está do<<strong>br</strong> />

que é sem dúvida, um pas- nosso lado". .<<strong>br</strong> />

sado a esquecer.<<strong>br</strong> />

|ã 58 anos morando na<<strong>br</strong> />

Matriz, Matri D. Júlia, apesar de<<strong>br</strong> />

pertencer a parte da Matriz<<strong>br</strong> />

O POVO CLAMOUE ainda não desapropriada, fa*<<strong>br</strong> />

O GOVERNADOR lou da importância do go-<<strong>br</strong> />

ESCUTOU<<strong>br</strong> />

verno em atender de imediato<<strong>br</strong> />

a parte que /'a ser<<strong>br</strong> />

desapropriada.<<strong>br</strong> />

^Jerca de 300 pessoas iam<<strong>br</strong> />

se acomodando para ouvir<<strong>br</strong> />

seus representantes e autori-<<strong>br</strong> />

dades governamentais. Das<<strong>br</strong> />

autoridades governamentais,<<strong>br</strong> />

por certo, todos estavam es-<<strong>br</strong> />

perando que este, reafirmas-<<strong>br</strong> />

se sua disposição a favor de<<strong>br</strong> />

seu povo; todos na especta-<<strong>br</strong> />

tiva de ouvir, dum gover-<<strong>br</strong> />

no popular que realmente<<strong>br</strong> />

aspire o anseio do povo,<<strong>br</strong> />

que é, o de assegurar, o de<<strong>br</strong> />

garantir justiça em iodos os<<strong>br</strong> />

níveis.<<strong>br</strong> />

José Fernandes, mem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

da Associação de Morado-<<strong>br</strong> />

res do Retiro, disse que<<strong>br</strong> />

na fazenda Engenho Novo,<<strong>br</strong> />

ao lado do M<strong>org</strong>ado, que<<strong>br</strong> />

fora desapropriado, ainda<<strong>br</strong> />

há intrigas por parte dos<<strong>br</strong> />

"grandes proprietários",<<strong>br</strong> />

que por falta de uma de-<<strong>br</strong> />

marcação precisa da área de-<<strong>br</strong> />

sapropriada, ainda se jul-<<strong>br</strong> />

gam donos das terras. Caso<<strong>br</strong> />

como o da companhia .Lpzer<<strong>br</strong> />

Imobiliária. E também colo-<<strong>br</strong> />

ca uma preocupação com a<<strong>br</strong> />

Comunidade de Santa Leo-<<strong>br</strong> />

cádia, que fora despejada,<<strong>br</strong> />

onde 84 famílias foram ex-<<strong>br</strong> />

pulsas da terra para dar<<strong>br</strong> />

lugar a meia dúzia de ca-<<strong>br</strong> />

sas de veraneios.<<strong>br</strong> />

/\ experiente Madalena,<<strong>br</strong> />

representando a Equipe Co-<<strong>br</strong> />

munitária da Pastoral de Fa-<<strong>br</strong> />

velas, colocou que há 14<<strong>br</strong> />

anos fora despejada, uma<<strong>br</strong> />

experiência muito triste, diz<<strong>br</strong> />

|/lada lena: "E se a Comunida-<<strong>br</strong> />

de da Matriz, não se <strong>org</strong>ani-<<strong>br</strong> />

za e grita, como é que os<<strong>br</strong> />

governantes ouviriam. Eu<<strong>br</strong> />

acredito na união do povo,<<strong>br</strong> />

assim como nesta santa<<strong>br</strong> />

equipe de governantes, que<<strong>br</strong> />

sem dúvida vem lutando<<strong>br</strong> />

com todos os esforços para<<strong>br</strong> />

acabar com esses despejos".<<strong>br</strong> />

r^. José, representando a<<strong>br</strong> />

Coordenação da Pastoral de<<strong>br</strong> />

Favelas da Zona Oeste, fa-<<strong>br</strong> />

lou da importância da união<<strong>br</strong> />

para reivindicação. "Um po-<<strong>br</strong> />

vo que reivindique seus di-<<strong>br</strong> />

reitos, e que este co<strong>br</strong>a o<<strong>br</strong> />

seu direito de serem reco-<<strong>br</strong> />

nhecidos como pessoas".<<strong>br</strong> />

QjSecrtário de Assuntos<<strong>br</strong> />

Fundiários, Dr. Edgard Ri-<<strong>br</strong> />

beiro, exalta a direção de<<strong>br</strong> />

Luisa junto â Associação de<<strong>br</strong> />

Moradores da Matriz, que<<strong>br</strong> />

soube <strong>org</strong>anizá-la e conquis-<<strong>br</strong> />

tou a vitória, e diz: "Nos-<<strong>br</strong> />

so governo mais uma vez<<strong>br</strong> />

não se curvou diante de<<strong>br</strong> />

luta em defesa do direito<<strong>br</strong> />

á terra pra quem nela mo-<<strong>br</strong> />

ra, evintando que se consu-<<strong>br</strong> />

masse mais uma violência<<strong>br</strong> />

contra o povo. Se vendo<<strong>br</strong> />

no comprimosso de acabar<<strong>br</strong> />

com a insegurança dos que<<strong>br</strong> />

vivem na terra, e se' sen-'<<strong>br</strong> />

remoção, mas os moradores<<strong>br</strong> />

já estavam <strong>org</strong>anizados e bo-<<strong>br</strong> />

taram a boca no trombone.<<strong>br</strong> />

O Estado se solidarizou com<<strong>br</strong> />

as vítimas dessa lei atual-<<strong>br</strong> />

anti-povo. De imediato a Se-<<strong>br</strong> />

cretaria de assuntos Fundi-<<strong>br</strong> />

ários, na pessoa do Dr. Ed-<<strong>br</strong> />

gar Ribeiro, atual Secretá-<<strong>br</strong> />

rio, desapropriou parte do<<strong>br</strong> />

terreno. Foram 162 milhões<<strong>br</strong> />

que o Estado teve que inde-<<strong>br</strong> />

nizar os herdeiros da terra<<strong>br</strong> />

que seria do povo.<<strong>br</strong> />

■<<strong>br</strong> />

judô vai bem, até que<<strong>br</strong> />

se vê que o governo tra-<<strong>br</strong> />

balha no que se trata de<<strong>br</strong> />

desapropriação da terra (de-<<strong>br</strong> />

volverão povo o que é do<<strong>br</strong> />

fl combativa Luisa Carrillo.<<strong>br</strong> />

tem ameaçados de a qual-<<strong>br</strong> />

quer momento perdê-la, e<<strong>br</strong> />

sem dúvida, ao garantir a<<strong>br</strong> />

terra pra quem nela vive,<<strong>br</strong> />

nós estamos cumprindo o<<strong>br</strong> />

que é nosso dever".<<strong>br</strong> />

|_Jr. Fernando Lopes, Secretário<<strong>br</strong> />

de Planejamento,<<strong>br</strong> />

iguala a vitória da Matriz,<<strong>br</strong> />

á vitória de Nuã (Município<<strong>br</strong> />

de Maricá), onde também<<strong>br</strong> />

se assegurou a terra<<strong>br</strong> />

aos seus moradores: "Sem<<strong>br</strong> />

dúvida essa luta é dura,<<strong>br</strong> />

ela não é só do Rio de Janeiro,<<strong>br</strong> />

é uma luta, nacional,<<strong>br</strong> />

é uma luta pela reforma<<strong>br</strong> />

agrária, é uma luta pelo<<strong>br</strong> />

direito à moradia<<strong>br</strong> />

E—~"<<strong>br</strong> />

^é Vivaldo Barbosa, que<<strong>br</strong> />

com suas palavras,veio coroar<<strong>br</strong> />

o encontro que já era<<strong>br</strong> />

de alegria e passou a ser<<strong>br</strong> />

prosperidade. "Vemos a alegria<<strong>br</strong> />

em todos, mas garanto<<strong>br</strong> />

que a nossa é maior, assim<<strong>br</strong> />

como o governador Brizola,<<strong>br</strong> />

que não pode vir por ter<<strong>br</strong> />

um compromisso do encontro<<strong>br</strong> />

dos Prefeitos, em São<<strong>br</strong> />

Paulo, não podendo comparecer<<strong>br</strong> />

ao evento. E fala<<strong>br</strong> />

que ao pensarmos no presente<<strong>br</strong> />

e no futuro, devemos<<strong>br</strong> />

preservar a todos o direito<<strong>br</strong> />

de moradia inviolável, onde<<strong>br</strong> />

a família preserve seus valores.<<strong>br</strong> />

Em nome da história<<strong>br</strong> />

de nosso país e todas as religões,<<strong>br</strong> />

que sempre sagraram<<strong>br</strong> />

a qualidade da família,<<strong>br</strong> />

faremos de tudo o que<<strong>br</strong> />

pudermos e até o que não<<strong>br</strong> />

podermos para cumprirmos<<strong>br</strong> />

o que é nosso dever. O lado<<strong>br</strong> />

que não foi desapropriado<<strong>br</strong> />

devemos lhes assegurar que<<strong>br</strong> />

estamos juntos nessa luta;<<strong>br</strong> />

não esquecemos de ninguém<<strong>br</strong> />

e, será num processo, que<<strong>br</strong> />

haveremos de assegurar todos<<strong>br</strong> />

o seu direito de mora-*<<strong>br</strong> />

povo). O Estado atua como<<strong>br</strong> />

um bomberinho, onde o<<strong>br</strong> />

mesmo só atua quando há<<strong>br</strong> />

uma ameaça e até mesmo<<strong>br</strong> />

a realização de um despe-<<strong>br</strong> />

jo. Prova disso, a desapro-<<strong>br</strong> />

priação da Matriz foi par-<<strong>br</strong> />

cial, só aonde estava pegan-<<strong>br</strong> />

do fogo.<<strong>br</strong> />

E hoje, lá estão os<<strong>br</strong> />

que dormem tranqüilos e os<<strong>br</strong> />

que ainda enfrentam a pos-<<strong>br</strong> />

sibilidade de se verem dian-<<strong>br</strong> />

te do despejo - perdendo<<strong>br</strong> />

sua casa!<<strong>br</strong> />

fotas:Gilda V/ieira<<strong>br</strong> />

dia. Que ninguém venha ar-<<strong>br</strong> />

rancar famílias de suas ca-<<strong>br</strong> />

sas. Nós só conseguiremos<<strong>br</strong> />

cumprir a nossa grande<<strong>br</strong> />

meta, só quando acabar-<<strong>br</strong> />

mos com os conflitos de<<strong>br</strong> />

terra, e haveremos de che-<<strong>br</strong> />

gar lá".<<strong>br</strong> />

As Grandes Nações só<<strong>br</strong> />

se asseguram quando garen-<<strong>br</strong> />

tem os direitos a seus po-<<strong>br</strong> />

vos, e nós iremos conse-<<strong>br</strong> />

guir isso, porque haveremos<<strong>br</strong> />

de ser um grande país''.


Favelão - pág. 4<<strong>br</strong> />

Uor )m um saldo positivo<<strong>br</strong> />

em rr matéria de conquista.<<strong>br</strong> />

Vila Brasil, que fica em<<strong>br</strong> />

Magalhães Bastos, hoje, sendo<<strong>br</strong> />

uma favela, é considerada<<strong>br</strong> />

um bairro popular, onde<<strong>br</strong> />

ha' rede de esgoto, iluminação<<strong>br</strong> />

pública, e até pequenos<<strong>br</strong> />

becos são asfaltados.<<strong>br</strong> />

Ha uma infra-estrutura que<<strong>br</strong> />

é básica, mas que, no entanto<<strong>br</strong> />

poucas são as Comunidades<<strong>br</strong> />

que já têm suas'<<strong>br</strong> />

necessidades básicas atendidas.<<strong>br</strong> />

BH<<strong>br</strong> />

-PAl^MOJ<<strong>br</strong> />

ASSOCIAÇÃO DE<<strong>br</strong> />

MORADORES<<strong>br</strong> />

^ao 32 anos de Associa-<<strong>br</strong> />

ção de Moradores, e, é,<<strong>br</strong> />

Bonerge B<strong>org</strong>es da Fonseca,<<strong>br</strong> />

o conhecido Boá, que cum-<<strong>br</strong> />

prindo seu mandato já de-<<strong>br</strong> />

sempenhou grandes con-<<strong>br</strong> />

quistas.<<strong>br</strong> />

Em tempos passados foi<<strong>br</strong> />

um mediador no que se re-<<strong>br</strong> />

fere o problema luz entre<<strong>br</strong> />

10 casas. Não havia casas<<strong>br</strong> />

de alvenaria, existiam imen-<<strong>br</strong> />

sas valas que acarretavam<<strong>br</strong> />

uma grande umidade no ter-<<strong>br</strong> />

reno e nas casas, onde eram<<strong>br</strong> />

freqüentes os cados graves<<strong>br</strong> />

de doenças, principalmente<<strong>br</strong> />

em crianças; quando chovia<<strong>br</strong> />

tudo era barro e lama.<<strong>br</strong> />

[Jione da Silva e Tereza<<strong>br</strong> />

Lima, ambas tesoureiras da<<strong>br</strong> />

Associação de Moradores,<<strong>br</strong> />

no mandato de 80 a 82,<<strong>br</strong> />

contam o quanto foi mara-<<strong>br</strong> />

vilhoso a experiência do<<strong>br</strong> />

trabalho direto com a Co-<<strong>br</strong> />

munidade onde todos par-<<strong>br</strong> />

ticipavam. Uma das coisas<<strong>br</strong> />

boas que teve por lá foi o<<strong>br</strong> />

curso de crochê e corte e<<strong>br</strong> />

costura financiado pelo Mo-<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>al, e até tratamento den-<<strong>br</strong> />

tário, oferecido pela LBA.<<strong>br</strong> />

Foi uma época em que a As-<<strong>br</strong> />

sociação de Moradores con-<<strong>br</strong> />

seguiu atender todos os an-<<strong>br</strong> />

seios da comunidade. Mas<<strong>br</strong> />

hoje, por problemas de di-<<strong>br</strong> />

vergências, a divisão impe-<<strong>br</strong> />

ra, atrapalhando, assim a<<strong>br</strong> />

todos.<<strong>br</strong> />

Vila Brasil, conta com<<strong>br</strong> />

uma confortável sede, onde<<strong>br</strong> />

há uma quadra coberta, es-<<strong>br</strong> />

critório e um pré-escolar.<<strong>br</strong> />

O presidente, o Boá, vem<<strong>br</strong> />

assistindo constantes reu-<<strong>br</strong> />

niões com a CIMES (Co-<<strong>br</strong> />

missão Interinstitucional<<strong>br</strong> />

Municipal de Saúde) para a<<strong>br</strong> />

construção do posto médico,<<strong>br</strong> />

na área de Magalhães Bas-<<strong>br</strong> />

tos, pois segundo Boá, este<<strong>br</strong> />

posto tem que se localizar<<strong>br</strong> />

o mais próximo possfvel de<<strong>br</strong> />

tão imensa área favelada,<<strong>br</strong> />

onde também se concentra<<strong>br</strong> />

a Comunidade Santo Expe-<<strong>br</strong> />

dito.<<strong>br</strong> />

LEGALIZAÇÃO DA<<strong>br</strong> />

TERRA<<strong>br</strong> />

problema de legalização<<strong>br</strong> />

da Terra, também vem sen-<<strong>br</strong> />

do a grande batalha dos<<strong>br</strong> />

moradores da Vila Brasil,<<strong>br</strong> />

como também a de Santo<<strong>br</strong> />

Expedito. Boá lamenta do<<strong>br</strong> />

terreno que ainda não está<<strong>br</strong> />

em poder da Comunidade,<<strong>br</strong> />

mas vai á luta, já tendo<<strong>br</strong> />

ao 16 mil moradias, so-<<strong>br</strong> />

mando uma média de 48<<strong>br</strong> />

mil moradores. Vila São<<strong>br</strong> />

J<strong>org</strong>e enfrenta no mo-<<strong>br</strong> />

mento o problema de sanea-<<strong>br</strong> />

mento; situada entre o Cea-<<strong>br</strong> />

sa e a Estrada do Colégio,<<strong>br</strong> />

esta imensa Comunidade<<strong>br</strong> />

chega a tomar uma parte<<strong>br</strong> />

de Irajá e outra de Colé-<<strong>br</strong> />

gio, e em sua grande exten-<<strong>br</strong> />

são, tem o terreno mon-<<strong>br</strong> />

tanhoso na qual os mora-<<strong>br</strong> />

dores utilizam para escuo<<strong>br</strong> />

de esgotos que se multi-<<strong>br</strong> />

plicam pelas ruas correndo<<strong>br</strong> />

a céu-aberto até uma outra<<strong>br</strong> />

vala que margea o Ceasa.<<strong>br</strong> />

lom apenas 1 ano de<<strong>br</strong> />

mandato, Luiz Carlos — o ELEIÇÃO<<strong>br</strong> />

^gordo — assumiu a direção<<strong>br</strong> />

da Associação de Mo-<<strong>br</strong> />

[radores da Vila São J<strong>org</strong>e,<<strong>br</strong> />

^Jem Colégio, onde já conta<<strong>br</strong> />

wMcom vitórias que vieram rea-<<strong>br</strong> />

Vu ijnimar a Comunidade em<<strong>br</strong> />

'fl torno'de sua Associação de , em sócios, quer dizer com<<strong>br</strong> />

.[ r 1 ordo, como é chamado<<strong>br</strong> />

carinhosamente o presidente,<<strong>br</strong> />

declara que assumiu a<<strong>br</strong> />

Associação com dívidas e<<strong>br</strong> />

Moradores.<<strong>br</strong> />

MnmHnroe aoenas apenas 14 14 assnniftríns associados, mas<<strong>br</strong> />

I<<strong>br</strong> />

exigido uma posição do Es-<<strong>br</strong> />

tado diante desta situação.<<strong>br</strong> />

Illlllllllllllllllllllllllllllllilllllllllllllllllllllllllllllllllllllll<<strong>br</strong> />

SO ALEGRIA<<strong>br</strong> />

CDMIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIÍ<<strong>br</strong> />

IVa Vila Brasil, nem tudo<<strong>br</strong> />

é tristeza e luta, os mo-<<strong>br</strong> />

radores de lá tem como di-<<strong>br</strong> />

versão o famoso bloco car-<<strong>br</strong> />

navalesco Boca na Garrafa,<<strong>br</strong> />

que modestamente, já toma<<strong>br</strong> />

postura de uma escola de<<strong>br</strong> />

hoje já conta com 1.500;<<strong>br</strong> />

com a nova diretoria os mo-<<strong>br</strong> />

radores estão tendo voz e<<strong>br</strong> />

vez e os trabalhos estão<<strong>br</strong> />

sendo bem sucedidos. Há 1<<strong>br</strong> />

ano a Comunidade conta<<strong>br</strong> />

com o apoio de órgãos co-<<strong>br</strong> />

mo: XIV Região Adminis-<<strong>br</strong> />

trativa, na pessoa do Profes-<<strong>br</strong> />

sor César Augusto, Projeto<<strong>br</strong> />

Ftondon, Fundação Leão<<strong>br</strong> />

XIII, FAFERJ, 13Q DEC<<strong>br</strong> />

e o Núcleo V do Suple-<<strong>br</strong> />

tivo, na pessoa do profes-<<strong>br</strong> />

sor Marcos Mendonça, que<<strong>br</strong> />

simplesmente tem seu tra-<<strong>br</strong> />

balho reconhecido pelos<<strong>br</strong> />

moradores da Vila São Jor-<<strong>br</strong> />

ge.<<strong>br</strong> />

CONQUISTAS<<strong>br</strong> />

yjarantido a vitória, já<<strong>br</strong> />

empossado. Gordo foi á lu-<<strong>br</strong> />

ta, e com a Comunidade<<strong>br</strong> />

vem realizando mutirão por<<strong>br</strong> />

toda área; foi feita a re-<<strong>br</strong> />

forma da sede da Associa-<<strong>br</strong> />

ção, a creche foi reaberta,<<strong>br</strong> />

além de reformas nas Esco-<<strong>br</strong> />

las Municipais Mendes Via-,<<strong>br</strong> />

samba. Localizado na Vila<<strong>br</strong> />

Brasil, o bloco, vem sendo<<strong>br</strong> />

um dos destaques da região,<<strong>br</strong> />

com 1.200 componentes, e<<strong>br</strong> />

com a conquista do 39 lu-<<strong>br</strong> />

gar, para o próximo carna-<<strong>br</strong> />

val o bloco promete um<<strong>br</strong> />

grande desfile na passare-<<strong>br</strong> />

la do Méier, tendo o seu<<strong>br</strong> />

enredo em homenagem ao<<strong>br</strong> />

Caribe.<<strong>br</strong> />

na e Francisco Certório Por-<<strong>br</strong> />

tinho.<<strong>br</strong> />

^erá com o respaldo e<<strong>br</strong> />

engajamento dos moradores<<strong>br</strong> />

na Associação e o compro-<<strong>br</strong> />

metimento das autoridades<<strong>br</strong> />

governamentais do Estado,<<strong>br</strong> />

com pensamento positivo os<<strong>br</strong> />

moradores da Vila São Jor-<<strong>br</strong> />

ge esperam que as valas<<strong>br</strong> />

em <strong>br</strong>eve deixem de mo-<<strong>br</strong> />

lestar. Que o saneamento<<strong>br</strong> />

básico, escolas, comida e<<strong>br</strong> />

condições de lazer, sejam<<strong>br</strong> />

um direito reconhecido e<<strong>br</strong> />

conquistados pelas Comuni-


Logo no infcio Io<<strong>br</strong> />

"Processo de abertura"<<strong>br</strong> />

foi um tal de fundar as-<<strong>br</strong> />

sociações de morado-<<strong>br</strong> />

res. . . mas da mesma for-<<strong>br</strong> />

ma que apareceram tam-<<strong>br</strong> />

bém sumiram. Só resis-<<strong>br</strong> />

tiram mesmo aquelas nue<<strong>br</strong> />

tinham uma verdadeira<<strong>br</strong> />

proposta de luta, de<<strong>br</strong> />

transformação, dessa so-<<strong>br</strong> />

ciedade e entenderam<<strong>br</strong> />

que depende da nossa<<strong>br</strong> />

<strong>org</strong>anização o processo<<strong>br</strong> />

de libertação. Para po-<<strong>br</strong> />

dermos enfrentar esta so-<<strong>br</strong> />

ciedade de exploração a<<strong>br</strong> />

•e#<<strong>br</strong> />

fim de construir L'ma so-<<strong>br</strong> />

ciedade mais justa onde<<strong>br</strong> />

todos tenham os seus<<strong>br</strong> />

direitos prima'rios garan-<<strong>br</strong> />

tidos, ou seja. Terra, Em-<<strong>br</strong> />

prego, IVIoradia e Educa-<<strong>br</strong> />

ção; foi pensando nisso<<strong>br</strong> />

que hoje as comunida-<<strong>br</strong> />

des da Rocinha, Morro<<strong>br</strong> />

do Encontro, r, atriz e<<strong>br</strong> />

'•larcilio Dias e outras<<strong>br</strong> />

resolveram enfrentar cara<<strong>br</strong> />

a cara os tiranos, inter-<<strong>br</strong> />

nos, arregimentando for-<<strong>br</strong> />

ças para uma luta de âm-<<strong>br</strong> />

bito maior:<<strong>br</strong> />

Ei-las.<<strong>br</strong> />

«19<<strong>br</strong> />

mmm Mmm ddô<<strong>br</strong> />

Sob as bênçãos dos San-<<strong>br</strong> />

tos meninos S.Cosme e S.<<strong>br</strong> />

Damião transcorreu no dia<<strong>br</strong> />

vinte e sete de setem<strong>br</strong>o de<<strong>br</strong> />

mil novecentos e oitenta e<<strong>br</strong> />

quatro a escolha da nova di-<<strong>br</strong> />

retoria da comunidade de<<strong>br</strong> />

Marcilio Dias. Apesar do<<strong>br</strong> />

mau tempo, mais de 200<<strong>br</strong> />

moradores estiveram presen-<<strong>br</strong> />

te ao grande evento.<<strong>br</strong> />

A nova diretoria foi eleita<<strong>br</strong> />

por aclamação já que apenas<<strong>br</strong> />

uma chapa se candidatou ao<<strong>br</strong> />

pleito. Os trabalhos foram<<strong>br</strong> />

dirigidos pelos agentes pas-<<strong>br</strong> />

torais Paulinho(do Vidigal)<<strong>br</strong> />

e Tonico{do Morro Azul). A<<strong>br</strong> />

atual diretoria esta assim<<strong>br</strong> />

constituída: Presidente-<<strong>br</strong> />

Francisco Salles, Vice-Presi-<<strong>br</strong> />

dente: Aurelito S. Bonfim,<<strong>br</strong> />

Io Secretário Celso C. Ca-<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>al, 10 Tesoureiro: Carlos<<strong>br</strong> />

Duarte. 2o Tesoureiro:Moa-<<strong>br</strong> />

*9 9<<strong>br</strong> />

Com aproximadamente<<strong>br</strong> />

3.000 habitantes, a Comu-<<strong>br</strong> />

nidade do Fogueteiro fica<<strong>br</strong> />

entre o Catumbi e Santa<<strong>br</strong> />

Tereza.<<strong>br</strong> />

Como não podia deixar<<strong>br</strong> />

de ser, os moradores tam-<<strong>br</strong> />

bém sofrem com o desca-<<strong>br</strong> />

so das autoridades em rela-<<strong>br</strong> />

ção a seus problemas bási-<<strong>br</strong> />

cos.<<strong>br</strong> />

ÁGUA E LUZ<<strong>br</strong> />

A Comunidade através de<<strong>br</strong> />

um encaminhamento conse-<<strong>br</strong> />

guiu a água depois de<<strong>br</strong> />

muita luta. Os moradores<<strong>br</strong> />

do Fogueteiro já tem ilu-<<strong>br</strong> />

m 1 nação, rrias. Jtarabém Co-.<<strong>br</strong> />

wkàá<<strong>br</strong> />

cir Chagas, Presidente do<<strong>br</strong> />

Conselho Fiscal: Manoel<<strong>br</strong> />

Francisco.<<strong>br</strong> />

Secretaria do Conselho<<strong>br</strong> />

Fiscal: Maria Madalena Sil-<<strong>br</strong> />

va. Na ocasião usando de<<strong>br</strong> />

discurso o presidente anun-<<strong>br</strong> />

ciou sua plataforma que se-<<strong>br</strong> />

rá a continuação de um tra-<<strong>br</strong> />

balho em conjunto com o<<strong>br</strong> />

Banco Nacional de Habita-<<strong>br</strong> />

ção em prol da comunidade<<strong>br</strong> />

(não percam no próximo<<strong>br</strong> />

numero maiores detalhes so-<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>e este assunto). A posse o-<<strong>br</strong> />

correrá no dia 14 de outu-<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>o de 1984. Que bons ven-<<strong>br</strong> />

tos proteja a rota " da '"<<strong>br</strong> />

Marcilio Dias.<<strong>br</strong> />

PARABÉNS<<strong>br</strong> />

No dia 14 foi empos-<<strong>br</strong> />

sada mais uma diretoria<<strong>br</strong> />

de associações de Mora-<<strong>br</strong> />

dores de Favelas. Desta<<strong>br</strong> />

vez - Marcflio Dias, na Pe-<<strong>br</strong> />

mo outras Comunidades<<strong>br</strong> />

não estão conseguindo pa-<<strong>br</strong> />

gar o elevado preço das ta-<<strong>br</strong> />

rifas de energia.<<strong>br</strong> />

ENCOSTAS<<strong>br</strong> />

Há vários anos ocorreu<<strong>br</strong> />

deslizamento de terra, sem-<<strong>br</strong> />

pre no período das grandes<<strong>br</strong> />

chuvas. Diversas famílias já<<strong>br</strong> />

ficaram desa<strong>br</strong>igadas, como:<<strong>br</strong> />

Tânia Regina Campos e Ro-<<strong>br</strong> />

sângela da Silva Veiga.<<strong>br</strong> />

TEPRA<<strong>br</strong> />

Os herdeiros do espólio<<strong>br</strong> />

(morto). Cândido José Fer-<<strong>br</strong> />

.• a diretoria que tomou oosae no dia Ik de outu<strong>br</strong>o,<<strong>br</strong> />

a direita do leitor o presidente Francisco Salles.<<strong>br</strong> />

nha — Encabeçada pelo<<strong>br</strong> />

Companheiro Francisco Sal-<<strong>br</strong> />

les - O CHICO, Chico há<<strong>br</strong> />

muitos anos vem lutando<<strong>br</strong> />

pelos interesses da comuni-<<strong>br</strong> />

dade e resolveu oficializar<<strong>br</strong> />

um cargo que já vinha exer-<<strong>br</strong> />

cendo de fato.<<strong>br</strong> />

PRESENTES<<strong>br</strong> />

Foram compartilhar des-<<strong>br</strong> />

se grande momento José de<<strong>br</strong> />

Oliveira Pres. do Conselho<<strong>br</strong> />

Fiscal da Vila Turismo —<<strong>br</strong> />

Maia da Penha, da Vila<<strong>br</strong> />

Cabuçu - - José Franca Pres.<<strong>br</strong> />

da Vila Bethánia, Doacyr -<<strong>br</strong> />

0 "Doca" Pres. da Vila<<strong>br</strong> />

Padre Nó<strong>br</strong>ega que em seu<<strong>br</strong> />

discurso ressaltou a impor-<<strong>br</strong> />

tância de todos os morado-<<strong>br</strong> />

res, que não ficar só na con-<<strong>br</strong> />

reira de Carvalho, há 1 ano<<strong>br</strong> />

vem explorando a Comu-<<strong>br</strong> />

nidade co<strong>br</strong>ando uma taxa<<strong>br</strong> />

que varia entre Cr$<<strong>br</strong> />

1.400,00 a Cr$ 30.000,00,<<strong>br</strong> />

mas os moradores cansados<<strong>br</strong> />

e contrariados com o au-<<strong>br</strong> />

mento de 3 em 3 meses,<<strong>br</strong> />

resolveram parar de pa-<<strong>br</strong> />

gar. Em represália, os her-<<strong>br</strong> />

deiros entraram na justiça<<strong>br</strong> />

com 1 limiar que embar-<<strong>br</strong> />

gava qualquer iniciativa de<<strong>br</strong> />

melhoramento.<<strong>br</strong> />

SAÚDE<<strong>br</strong> />

Devidos as valas abertas<<strong>br</strong> />

e a falta de coleta do lixo<<strong>br</strong> />

oela Comlurby a Co munida^<<strong>br</strong> />

fiança do Companheiro elei-<<strong>br</strong> />

to é necessário que todos<<strong>br</strong> />

participem a fim de dimi-<<strong>br</strong> />

nuir o fardo. Nilton - 0<<strong>br</strong> />

"Diquinho" Pres. do Itara-<<strong>br</strong> />

ré, este secretariou e tam-<<strong>br</strong> />

bém em seu discurso ressal-<<strong>br</strong> />

tou a "importância da <strong>org</strong>a-<<strong>br</strong> />

nização das associações de<<strong>br</strong> />

moradores para que juntos<<strong>br</strong> />

possamos enfrentar as arbi-<<strong>br</strong> />

trariedades da realidade em<<strong>br</strong> />

que vivemos" Gessy, repre-<<strong>br</strong> />

sentando a FAFERJ (Fede-<<strong>br</strong> />

ração das Favelas do Estado<<strong>br</strong> />

•do Rio de Janeiro), presi-<<strong>br</strong> />

diu toda a solenidade; He-<<strong>br</strong> />

loísa Marcondes represen-<<strong>br</strong> />

tando a Diretoria do Par-<<strong>br</strong> />

que Jardim, em Vila Isabel,<<strong>br</strong> />

a Pastoral de Favelas na pre-<<strong>br</strong> />

sença da Dra. Eliane Athay-<<strong>br</strong> />

de, Dr. Saulo e a sua coor-<<strong>br</strong> />

de está sujeita a todos os fo-<<strong>br</strong> />

cos de doença, tais como<<strong>br</strong> />

Tifo, Meningite e doenças<<strong>br</strong> />

de pele.<<strong>br</strong> />

REIVINDICAÇÕES<<strong>br</strong> />

Em relação ao problema<<strong>br</strong> />

da terra, a Comunidade deve-<<strong>br</strong> />

rá acionar o Estado, através<<strong>br</strong> />

da Secretaria de Habitação<<strong>br</strong> />

e Trabalho, para que haja<<strong>br</strong> />

um acordo que favoreça os<<strong>br</strong> />

moradores do local.<<strong>br</strong> />

A LUTA PELO DIREITO<<strong>br</strong> />

À MORADIA<<strong>br</strong> />

A Associação de Morado-<<strong>br</strong> />

res Unidos, de Santa Tereza.<<strong>br</strong> />

Favelão — pág. 5<<strong>br</strong> />

Foto: Ykenga<<strong>br</strong> />

denadora Ana Maria Noro-<<strong>br</strong> />

nha e o Agente de Pasto-<<strong>br</strong> />

ral Paulo Muniz o "Pauli-<<strong>br</strong> />

nho do Vidigal" e o Fave-<<strong>br</strong> />

lão.<<strong>br</strong> />

E a presença maciça da<<strong>br</strong> />

Comunidade prestigiando e<<strong>br</strong> />

legitimando o voto que eles<<strong>br</strong> />

colocaram DIRETAMENTE<<strong>br</strong> />

nas urnas.<<strong>br</strong> />

REFESTANÇA<<strong>br</strong> />

Até quem não é de dan-<<strong>br</strong> />

çar dançou. . . logo após<<strong>br</strong> />

ato solene fomos todos de-<<strong>br</strong> />

liciar uma porca da regada a<<strong>br</strong> />

cerveja batida e como tira<<strong>br</strong> />

gosto mexilhão e sardinha.<<strong>br</strong> />

Muita gente saiu torti-<<strong>br</strong> />

nho, só não vou falar pra<<strong>br</strong> />

não deixar os companheiros<<strong>br</strong> />

em má situação. Valeu<<strong>br</strong> />

mesmo Marcilio Dias.<<strong>br</strong> />

realizou uma reunião no dia<<strong>br</strong> />

28 de setem<strong>br</strong>o, em sua se-<<strong>br</strong> />

de. Na ocasião os morado-<<strong>br</strong> />

res discutiram os seus pro-<<strong>br</strong> />

blemas como: posse da ter-<<strong>br</strong> />

ra — "Projeto Cada Famí-<<strong>br</strong> />

lia um Lote", pela desapro-<<strong>br</strong> />

priação da terra pelo Esta-<<strong>br</strong> />

do; contra ordem de despe-<<strong>br</strong> />

jo proposta pelo espólio,<<strong>br</strong> />

atingido a todos as famílias,<<strong>br</strong> />

como também, a Associação<<strong>br</strong> />

que está localizada nos fun-<<strong>br</strong> />

dos do terreno da Eliseu<<strong>br</strong> />

Visconti; pela construção<<strong>br</strong> />

dos muros de contenção das<<strong>br</strong> />

encostas; pela atual taxa de<<strong>br</strong> />

manutenção. A luta não<<strong>br</strong> />

parpu aí, continua. t ,<<strong>br</strong> />

»: ■■. ■■■-


FavaWo - pigína 6<<strong>br</strong> />

|á muitos e muitos anos<<strong>br</strong> />

as Comunidades Faveladas<<strong>br</strong> />

vem lutando pelo sanea-<<strong>br</strong> />

mento básico que engloba,<<strong>br</strong> />

água, esgoto — condições<<strong>br</strong> />

primárias para se ter uma<<strong>br</strong> />

melhor qualidade de vida.<<strong>br</strong> />

Foi pensando nisso que o<<strong>br</strong> />

Favelão resolveu especular<<strong>br</strong> />

as condições de atendimen-<<strong>br</strong> />

to dos órgãos governamen-<<strong>br</strong> />

tais, que se propõe a esta<<strong>br</strong> />

finalidade ou seja, melho-<<strong>br</strong> />

rar a qualidade de vida.<<strong>br</strong> />

'Conversamos com a Sra.<<strong>br</strong> />

Carmem, diretora . do Pro-<<strong>br</strong> />

face (Programa em Favela<<strong>br</strong> />

daCedae). 1^_<<strong>br</strong> />

i^F — Carmem, conta pra<<strong>br</strong> />

gente como surgiu o Profa-<<strong>br</strong> />

ce e porque?<<strong>br</strong> />

C — Foi criado dentro<<strong>br</strong> />

da CEDAE um programa<<strong>br</strong> />

sistemático às Comunida-<<strong>br</strong> />

des Faveladas, isso tá dentro<<strong>br</strong> />

da política do governo de<<strong>br</strong> />

dá toda atenção a essas<<strong>br</strong> />

áreas. Isso realmente é uma<<strong>br</strong> />

conquista das comunidades,<<strong>br</strong> />

na qual o governo foi sen-<<strong>br</strong> />

sível. Mas isso já vem sen-<<strong>br</strong> />

do batalhado há muito e<<strong>br</strong> />

muitos anos. Então de uma<<strong>br</strong> />

forma clientelística, passou-<<strong>br</strong> />

se a um programa de go-<<strong>br</strong> />

verno sistemático.<<strong>br</strong> />

í^F — Uma Comunidade<<strong>br</strong> />

que deseja água, como ela<<strong>br</strong> />

deve proceder?<<strong>br</strong> />

C - Ela vem à CEDAE,<<strong>br</strong> />

e procura o Projeto de Fave-<<strong>br</strong> />

las, se inscreve e marca<<strong>br</strong> />

uma entrevista. Já temos<<strong>br</strong> />

180 Comunidades cadastra-<<strong>br</strong> />

das; _.<<strong>br</strong> />

í^F — As Comunidades lon-<<strong>br</strong> />

ge da central do Proface,<<strong>br</strong> />

como devem proceder?<<strong>br</strong> />

C — Podem procurar as<<strong>br</strong> />

PROFACE<<strong>br</strong> />

agências mais próximas a<<strong>br</strong> />

partir daí serão programa-<<strong>br</strong> />

das as o<strong>br</strong>as.<<strong>br</strong> />

Na parte de água o Pro-<<strong>br</strong> />

face está ainda no sistema<<strong>br</strong> />

de mutirão para abertura e<<strong>br</strong> />

fechamento de valas. No es-<<strong>br</strong> />

goto a coisa fica mais com-<<strong>br</strong> />

plicada, porque o esgoto é<<strong>br</strong> />

uma o<strong>br</strong>a mais difícil e mais<<strong>br</strong> />

demorada e exige uma<<strong>br</strong> />

técnica mais especializada.<<strong>br</strong> />

#f — Exige algum prin-<<strong>br</strong> />

cípio por parte do Profa-<<strong>br</strong> />

ce de quando fazer a ins-<<strong>br</strong> />

talação d'água também fa-<<strong>br</strong> />

zer o esgoto?<<strong>br</strong> />

C — Nas 30 Comunida-<<strong>br</strong> />

des que fizemos como 1a<<strong>br</strong> />

etapa, estamos concluindo.<<strong>br</strong> />

Entramos com água e esgo-<<strong>br</strong> />

to, mas devido a escassez<<strong>br</strong> />

de recursos em outras áreas,<<strong>br</strong> />

só estamos entrando com a<<strong>br</strong> />

água. Isso foi possível por-<<strong>br</strong> />

que temos dentro da Com-<<strong>br</strong> />

panhia, já temos uma estru-<<strong>br</strong> />

tura para o<strong>br</strong>a e ainda não<<strong>br</strong> />

temos essa estrutura para o<<strong>br</strong> />

esgoto. _____<<strong>br</strong> />

#F - E a co<strong>br</strong>ança da ta-<<strong>br</strong> />

rifa?<<strong>br</strong> />

C — Só co<strong>br</strong>amos a água,<<strong>br</strong> />

o esgoto só é co<strong>br</strong>ado quan-<<strong>br</strong> />

do efetuamos o serviço.<<strong>br</strong> />

^F — Nós estivemos no<<strong>br</strong> />

Borél e lá pudemos ver uni<<strong>br</strong> />

grande castelo de água cons-<<strong>br</strong> />

truída pela CEDAE, mas<<strong>br</strong> />

está vazia há algum tempo<<strong>br</strong> />

eaí?<<strong>br</strong> />

C — Lá existem reser-<<strong>br</strong> />

vatórios construídos pela<<strong>br</strong> />

CEDAE. Na época que foi<<strong>br</strong> />

construído osreservatóriosa<<strong>br</strong> />

CEDAE não entrava total-<<strong>br</strong> />

mente nas Favelas. Só nas<<strong>br</strong> />

partes principais, que cha-<<strong>br</strong> />

mamos de tronco principal<<strong>br</strong> />

a rede ficava por conta da<<strong>br</strong> />

Comunidade.<<strong>br</strong> />

-^F — Por que esta discri-<<strong>br</strong> />

minação?<<strong>br</strong> />

C — Nesse caso especial,<<strong>br</strong> />

eu acredito que tenha sido<<strong>br</strong> />

em função do número de<<strong>br</strong> />

quartos da Comunidade.<<strong>br</strong> />

#F - Mas esta água só<<strong>br</strong> />

serve a 12 moradores e este<<strong>br</strong> />

valor dividido por essas<<strong>br</strong> />

famílias é de Cr$ 13.220,00<<strong>br</strong> />

não está dentro nem um<<strong>br</strong> />

pouco da tarifa de casas<<strong>br</strong> />

populares?<<strong>br</strong> />

C — Existe um decretp<<strong>br</strong> />

que casa popular independe<<strong>br</strong> />

de números de quartos, é<<strong>br</strong> />

sujeito a uma tarifa mí-<<strong>br</strong> />

nima em que a CEDAE<<strong>br</strong> />

está fixando agora a partir<<strong>br</strong> />

de setem<strong>br</strong>o Cr$ 1.355,00,<<strong>br</strong> />

até então não havia uma<<strong>br</strong> />

•tarifa específica pras fave-<<strong>br</strong> />

las, então foi adotada uma<<strong>br</strong> />

tarifa de casa popular.<<strong>br</strong> />

í^F — Quando o Proface<<strong>br</strong> />

entra com as o<strong>br</strong>as nas<<strong>br</strong> />

Comunidades o sistema de<<strong>br</strong> />

trabalho é em regime de<<strong>br</strong> />

mutirão. A mão-de-o<strong>br</strong>a é<<strong>br</strong> />

paga?<<strong>br</strong> />

C — O que acontece é<<strong>br</strong> />

o seguinte, nós estamos no<<strong>br</strong> />

momento com uma o<strong>br</strong>a de<<strong>br</strong> />

porte no Escondidinho e<<strong>br</strong> />

Morro dos Prazeres. A Co-<<strong>br</strong> />

munidade veio aqui junta-<<strong>br</strong> />

mente com o Circo Voador<<strong>br</strong> />

e se propôs fazer a o<strong>br</strong>a co-<<strong>br</strong> />

mo Empreiteira, nesse caso<<strong>br</strong> />

ela está funcionando como<<strong>br</strong> />

se fosse uma Empreiteira da<<strong>br</strong> />

CEDAE. é uma experiência<<strong>br</strong> />

piloto onde vamos ver a<<strong>br</strong> />

possibilidade de estender a<<strong>br</strong> />

outras Comunidades.<<strong>br</strong> />

F ~ Mas um <strong>org</strong>anogra-<<strong>br</strong> />

ma para que as Comunida-<<strong>br</strong> />

des saibam concretamente<<strong>br</strong> />

quando vão ser realmente<<strong>br</strong> />

atendidas para não levanta-<<strong>br</strong> />

rem falsas expectativas?<<strong>br</strong> />

C — Esse critério de se-<<strong>br</strong> />

leção não é como o da<<strong>br</strong> />

Light. Nós lidamos com<<strong>br</strong> />

saúde. As Comunidades ge-<<strong>br</strong> />

ralmente têm ajguma forma<<strong>br</strong> />

de abastecimento. Com saú-<<strong>br</strong> />

de você não pode usar só<<strong>br</strong> />

o critério chegada.<<strong>br</strong> />

^{■F — Não estou colocando<<strong>br</strong> />

o critério chegada. Então<<strong>br</strong> />

qual o critério do Proface?<<strong>br</strong> />

C — Isso era uma filo-<<strong>br</strong> />

sofia da época, com a mu-<<strong>br</strong> />

dança de filosofia de go-<<strong>br</strong> />

verno houve toda uma mu-<<strong>br</strong> />

dança. Trata-se a favela co-<<strong>br</strong> />

mo se fosse um condomí-<<strong>br</strong> />

nio. Com essa nova postu-<<strong>br</strong> />

ra de governo essas coisas<<strong>br</strong> />

mudaram, e a CEDAE assu-<<strong>br</strong> />

me as outras redes, manu-<<strong>br</strong> />

tenção e a co<strong>br</strong>ança da ta-<<strong>br</strong> />

rifa.<<strong>br</strong> />

^F - No Borel faltam 2<<strong>br</strong> />

bombas é a Comunidade<<strong>br</strong> />

que assume este gasto?<<strong>br</strong> />

C — O Borel já está no<<strong>br</strong> />

Programa para completar<<strong>br</strong> />

todo sistema, as redes inter-<<strong>br</strong> />

nas, enfim as ligações.<<strong>br</strong> />

^F — Qual o sistema de<<strong>br</strong> />

co<strong>br</strong>ança do Proface?<<strong>br</strong> />

C — Para as Comunida-<<strong>br</strong> />

des faveladas; a co<strong>br</strong>ança<<strong>br</strong> />

é feita pela tarifa mínima<<strong>br</strong> />

que, agora a partir de se-<<strong>br</strong> />

tem<strong>br</strong>o é de Cr$ 2.220,00<<strong>br</strong> />

para água e Cr$ 2.220,00<<strong>br</strong> />

para esgoto. Este valor é<<strong>br</strong> />

para casas populares, e as<<strong>br</strong> />

favelas estão enquadradas<<strong>br</strong> />

em casas populares.<<strong>br</strong> />

^F — Tem acréscimo?<<strong>br</strong> />

C — Não. Este é o valor<<strong>br</strong> />

para todas as casas de fa-<<strong>br</strong> />

velas, exceto casas comer-<<strong>br</strong> />

ciais.<<strong>br</strong> />

$F — Como se justifica<<strong>br</strong> />

algumas contas altíssimas<<strong>br</strong> />

como por exemplo, no Mor-<<strong>br</strong> />

ro dos Ca<strong>br</strong>itas, no Núcleo<<strong>br</strong> />

17 - a tarifa foi de Cr$<<strong>br</strong> />

119.000,00, sendo que Cr$<<strong>br</strong> />

59.800,00 para esgoto, que<<strong>br</strong> />

nem tem? São valas a céu<<strong>br</strong> />

aberto? E nem tem hidrô-<<strong>br</strong> />

metro? E nem medidor?<<strong>br</strong> />

Que meios a CEDAE usou<<strong>br</strong> />

para computar essa água?<<strong>br</strong> />

C — Carência, interesse<<strong>br</strong> />

da Comunidade, é evidente<<strong>br</strong> />

que a chegada é importante.<<strong>br</strong> />

Carência e o interesse é que<<strong>br</strong> />

também ofereçam algo mais<<strong>br</strong> />

para acelerar o avanço dos<<strong>br</strong> />

trabalhos, ex: arranjar a<<strong>br</strong> />

planta do local,.. .<<strong>br</strong> />

^F — O que dificulta a<<strong>br</strong> />

implantação dos serviços<<strong>br</strong> />

por parte do Proface?<<strong>br</strong> />

C — As vezes pegamos<<strong>br</strong> />

Comunidades que não tem<<strong>br</strong> />

um grau de <strong>org</strong>anização e is-<<strong>br</strong> />

so dificulta um pouco o tra-<<strong>br</strong> />

balho.<<strong>br</strong> />

í^F — Quais as mais fre-<<strong>br</strong> />

qüentes?<<strong>br</strong> />

C — Falta de <strong>org</strong>anização<<strong>br</strong> />

da Comunidade, falta de se-<<strong>br</strong> />

gurança. Nós tivemos uma<<strong>br</strong> />

situação bastante desagradá-<<strong>br</strong> />

vel no Morro do Alemão,<<strong>br</strong> />

em Nova Brasília, em que<<strong>br</strong> />

desapareceu a bomba de<<strong>br</strong> />

SOHPs, que tinha sido leva-<<strong>br</strong> />

da pra lá. É uma situação<<strong>br</strong> />

que prejudica o coletivo;<<strong>br</strong> />

até agora não apareceu, esta<<strong>br</strong> />

bomba sumiu levada por<<strong>br</strong> />

uma carreta, pelo seu por-<<strong>br</strong> />

te, a bomba não tem uti-<<strong>br</strong> />

lidade caseira.<<strong>br</strong> />

tyf — O que o Proface<<strong>br</strong> />

está fazendo para melhor<<strong>br</strong> />

atender as Comunidades no<<strong>br</strong> />

que diz respeito a esgoto?<<strong>br</strong> />

C — Se integrando com<<strong>br</strong> />

outros órgãos, como no ca-<<strong>br</strong> />

so do S. M. D. apoiando<<strong>br</strong> />

o projeto mutirão. E no<<strong>br</strong> />

próprio exercício nós vamos<<strong>br</strong> />

ter recursos, porque os re-<<strong>br</strong> />

cursos para o<strong>br</strong>a vem atra-<<strong>br</strong> />

vés de financiamento do B.<<strong>br</strong> />

N. H. Nós estamos aguar-<<strong>br</strong> />

dando o dimensionamento<<strong>br</strong> />

desses recursos.<<strong>br</strong> />

í^F — Esse recursos não<<strong>br</strong> />

dependem só do governo do<<strong>br</strong> />

Estado?<<strong>br</strong> />

C — É meio a meio ou<<strong>br</strong> />

seja 50% Estadual e 50%<<strong>br</strong> />

Federal.<<strong>br</strong> />

^F — Então para melho-<<strong>br</strong> />

rar os serviços falta di-<<strong>br</strong> />

nheiro?<<strong>br</strong> />

C — Acho que vem a<<strong>br</strong> />

nossa perspectiva é aten-<<strong>br</strong> />

der a 40 mil casas, mas<<strong>br</strong> />

estamos condicionados a es-<<strong>br</strong> />

ses recursos do B. N. H.<<strong>br</strong> />

O dinheiro que a CE-<<strong>br</strong> />

DAE arrecada das tarifas dá<<strong>br</strong> />

pra fazer a manutenção,<<strong>br</strong> />

agora pra investir depende-<<strong>br</strong> />

mos de financiamento. Isso<<strong>br</strong> />

está dentro do Planejamen-<<strong>br</strong> />

to Nacional de Saneamento<<strong>br</strong> />

(PLANASA), que pra verba<<strong>br</strong> />

do B. N. H. para fazer o<strong>br</strong>as<<strong>br</strong> />

de saneamento. Ano passa-<<strong>br</strong> />

do houve corte nas verbas<<strong>br</strong> />

e atrazo na entrada do di-<<strong>br</strong> />

nheiro, que estava previsto<<strong>br</strong> />

para outu<strong>br</strong>o do ano pas-<<strong>br</strong> />

sado e até agora, não en-<<strong>br</strong> />

trou.<<strong>br</strong> />

Foto: Pai ermo —<<strong>br</strong> />

A esquerda, Carmen, diretora da PROFACE, é entrevistada.


SCCOMAQUA<<strong>br</strong> />

0 morro dos Prazeres em<<strong>br</strong> />

Santa Thereza com uma po-<<strong>br</strong> />

pulação aproximada de 20<<strong>br</strong> />

mil moradores com seus 21<<strong>br</strong> />

anos de luta por melhores<<strong>br</strong> />

condições de vida conse-<<strong>br</strong> />

guem parte da vitória.<<strong>br</strong> />

VITORIA<<strong>br</strong> />

_<<strong>br</strong> />

A Associação de moradores<<strong>br</strong> />

num trabalho conjunto<<strong>br</strong> />

com o Circo Voador, conseguiram<<strong>br</strong> />

da CEDAE a aprovação<<strong>br</strong> />

da o<strong>br</strong>a para abastecimento<<strong>br</strong> />

de água e instalações<<strong>br</strong> />

das redes de esgoto<<strong>br</strong> />

com a remuneração da mãode-o<strong>br</strong>a<<strong>br</strong> />

da comunidade,<<strong>br</strong> />

funcionando como uma empreteira<<strong>br</strong> />

sob a coordenação<<strong>br</strong> />

e supervisão da associação<<strong>br</strong> />

de moradores, seguindo os<<strong>br</strong> />

critérios de o<strong>br</strong>a por parte<<strong>br</strong> />

dos técnicos da CEDAE.<<strong>br</strong> />

ZÉ BERNARDES<<strong>br</strong> />

X PRESIDENTE<<strong>br</strong> />

"Quando soubemos que a<<strong>br</strong> />

CEDAE contrataria uma em-<<strong>br</strong> />

preiteira, logo pensamos,<<strong>br</strong> />

por que não a gente? a pró-<<strong>br</strong> />

pria comunidade assumir is-<<strong>br</strong> />

so? discutimos bastante<<strong>br</strong> />

com os moradores a fim de<<strong>br</strong> />

amadurecer a idéia conta-<<strong>br</strong> />

mos com o apoio do arqui-<<strong>br</strong> />

teto José Carlos Fernandes<<strong>br</strong> />

e Márcio Galvão ambos do<<strong>br</strong> />

Circo.<<strong>br</strong> />

O MOVIMENTO *""<<strong>br</strong> />

O movimento da água ini-<<strong>br</strong> />

ciou com a queima da bom-<<strong>br</strong> />

ba e seu custo era muito<<strong>br</strong> />

elevado e nós não tínhamos<<strong>br</strong> />

a quantia necessária para<<strong>br</strong> />

bancar o conserto. A partir<<strong>br</strong> />

dai' começamos a nossa bus-<<strong>br</strong> />

ca para solução do proble-<<strong>br</strong> />

ma foi neste momento que<<strong>br</strong> />

encontramos o pessoal do<<strong>br</strong> />

Circo. E fomos procurar o<<strong>br</strong> />

programa especial de água-<<strong>br</strong> />

nas favelas.<<strong>br</strong> />

TRABALHO<<strong>br</strong> />

1<<strong>br</strong> />

i ymmfa<<strong>br</strong> />

O trabalho é dividido em<<strong>br</strong> />

várias frentes totalizando<<strong>br</strong> />

uns 40 homens. Todo o<<strong>br</strong> />

material fica na sede da<<strong>br</strong> />

Associação e lá pudemos ver<<strong>br</strong> />

uma mostra de como os mo-<<strong>br</strong> />

radores devem fazer as<<strong>br</strong> />

instalações sanitárias.<<strong>br</strong> />

DISCRIMINAÇÃO<<strong>br</strong> />

continuaZÊ. . . A luta<<strong>br</strong> />

foi bastante grande enfren-<<strong>br</strong> />

tamos várias barreiras, prin-<<strong>br</strong> />

cipalmente por parte de al-<<strong>br</strong> />

guns técnicos da própria<<strong>br</strong> />

CEDAE. Não desanimamos,<<strong>br</strong> />

pois tínhamos objetivo e<<strong>br</strong> />

uma certeza QUEM TRA-<<strong>br</strong> />

BALHARIA PRA EMPREI-<<strong>br</strong> />

TEIRA CONTRATADA<<strong>br</strong> />

SERIA UM DE NOS SEJA,<<strong>br</strong> />

DA NOSSA CLASSE PO-<<strong>br</strong> />

BRE?! e foi pensando nis-<<strong>br</strong> />

so que continuamos as nos-<<strong>br</strong> />

sas buscas para que a CE-<<strong>br</strong> />

DAE aceitasse a nossa pro-<<strong>br</strong> />

posta. . . E conseguimos af<<strong>br</strong> />

está, todos trabalhando; se<<strong>br</strong> />

bem que tem alguns ele-<<strong>br</strong> />

mentos da CEDAE que ain-<<strong>br</strong> />

da nos olha atravessado mas<<strong>br</strong> />

estamos mostrando a eles e<<strong>br</strong> />

todos os "outros" que<<strong>br</strong> />

acham que favelado não<<strong>br</strong> />

tem condição de assumir<<strong>br</strong> />

nada.<<strong>br</strong> />

REMUNERAÇÃO<<strong>br</strong> />

O preço do serviço é por<<strong>br</strong> />

metragem esgoto Cr??<<strong>br</strong> />

4.700,00 água Cr$<<strong>br</strong> />

1.710,00 o pagamento do<<strong>br</strong> />

pessoal ésemanal. Pergunta-<<strong>br</strong> />

mos ao operário Luís se o<<strong>br</strong> />

preço está utilizado, se fai-<<strong>br</strong> />

xa é mesmo essa - ele fa-<<strong>br</strong> />

lou que está bom.<<strong>br</strong> />

ATENÇÃO<<strong>br</strong> />

Zé Bernardes disse que<<strong>br</strong> />

todas as comunidades de-<<strong>br</strong> />

vem lutar por sua autono-<<strong>br</strong> />

mia fazendo valer seus direi-<<strong>br</strong> />

tos e respeitando suas po-<<strong>br</strong> />

tencialidades.<<strong>br</strong> />

VILA<<strong>br</strong> />

TUREMA<<strong>br</strong> />

Com o apoio da Asso-<<strong>br</strong> />

ciação de Moradores do<<strong>br</strong> />

Morro São Bento, em Padre<<strong>br</strong> />

Miguel, que a Associação<<strong>br</strong> />

de Moradores de Vila Jure-<<strong>br</strong> />

ma, em Realengo, encami-<<strong>br</strong> />

nhou o seu pedido de água<<strong>br</strong> />

a Proface. Lá foi deixado<<strong>br</strong> />

uma documentação reivindi-<<strong>br</strong> />

cando água em 30 de maio<<strong>br</strong> />

desse ano. Com os docu-<<strong>br</strong> />

mentos sob a responsabi-<<strong>br</strong> />

lidade da CEDAE - Rea-<<strong>br</strong> />

lengo, D. Iza dos Santos,<<strong>br</strong> />

representante da Associação<<strong>br</strong> />

de Moradores foi esclarecida<<strong>br</strong> />

de que um fiscal lhe faria<<strong>br</strong> />

uma visita em <strong>br</strong>eve, dando<<strong>br</strong> />

andamento ao pedido.<<strong>br</strong> />

A Associação de Morado-<<strong>br</strong> />

res existe há 6 meses, cer-<<strong>br</strong> />

ca de 30 barracos estão<<strong>br</strong> />

em péssimas condições de<<strong>br</strong> />

vida. A Vila Jurema fica<<strong>br</strong> />

situada num terreno que<<strong>br</strong> />

margea a Av. Brail, que se-<<strong>br</strong> />

gundo informações pertence<<strong>br</strong> />

ao DER (Departamento de<<strong>br</strong> />

Estradas e Rodagem), mui-<<strong>br</strong> />

tos moradores afirma que o<<strong>br</strong> />

DER está sendo camarada<<strong>br</strong> />

com eles, pois poderão per-<<strong>br</strong> />

manecer no local desde que<<strong>br</strong> />

não construam suas casas<<strong>br</strong> />

em alvenaria, tudo bem.<<strong>br</strong> />

Em épocas difíceis, a Co-<<strong>br</strong> />

munidade do Borel, mais<<strong>br</strong> />

especificamente a parte do<<strong>br</strong> />

topo do morro, chamado<<strong>br</strong> />

Chácara do Céu, recorria<<strong>br</strong> />

a água de poços, que há<<strong>br</strong> />

em grande quantidade na<<strong>br</strong> />

área.<<strong>br</strong> />

Com o problema da falta<<strong>br</strong> />

d'água que sofria a co-<<strong>br</strong> />

munidade do Borel, usando<<strong>br</strong> />

o seu próprio recurso, ar-<<strong>br</strong> />

quitetura e mão de o<strong>br</strong>a,<<strong>br</strong> />

construiu em 1979 3km de<<strong>br</strong> />

tubulação pvc, buscando<<strong>br</strong> />

água das cascatas da Tiju-<<strong>br</strong> />

ca, por entre mata até 2<<strong>br</strong> />

caixas d'água, que redes-<<strong>br</strong> />

tribuem a toda comunida-<<strong>br</strong> />

de.<<strong>br</strong> />

Ainda com serviço por<<strong>br</strong> />

vezes vacilante, principal-<<strong>br</strong> />

mente na época de calor,<<strong>br</strong> />

em 1982 foi construí-<<strong>br</strong> />

da uma imensa caixa d'água<<strong>br</strong> />

pela CEDAE, bem no alto<<strong>br</strong> />

do morro, local denomi-<<strong>br</strong> />

nado Chácara do Céu, que<<strong>br</strong> />

segundo Carlos da Silva,<<strong>br</strong> />

mano<strong>br</strong>eiro da Comunida-<<strong>br</strong> />

de, por falta de 2 máqui-<<strong>br</strong> />

nas de bombeamento, a cai-<<strong>br</strong> />

xa até hoje não jèstá em<<strong>br</strong> />

atendimento à Comunidade.<<strong>br</strong> />

TRéS Poures<<strong>br</strong> />

O presidente da Associa-<<strong>br</strong> />

ção de Moradores do Bair-<<strong>br</strong> />

ro Três Pontes, enviou pedi-<<strong>br</strong> />

do de abastecimento d'água<<strong>br</strong> />

este ano â CEDAE de São<<strong>br</strong> />

João de Mareti. Não tar-<<strong>br</strong> />

dando o EngQ Inácio, en-<<strong>br</strong> />

viou técnicos à área para<<strong>br</strong> />

fazer o levantamento e,<<strong>br</strong> />

em 15 dias as o<strong>br</strong>as foram<<strong>br</strong> />

iniciadas.<<strong>br</strong> />

MA QUALIDADE DOS<<strong>br</strong> />

SERVIÇOS PRESTADOS<<strong>br</strong> />

O Município ficou res-<<strong>br</strong> />

ponsável pela realização das<<strong>br</strong> />

o<strong>br</strong>as, indicando para a<<strong>br</strong> />

área, a empreiteira Cario-<<strong>br</strong> />

ca Engenharia. O Encarrega-<<strong>br</strong> />

do da o<strong>br</strong>a, Jacy Fernando<<strong>br</strong> />

da Silva, queixa-se da di-<<strong>br</strong> />

reção da Associação, que<<strong>br</strong> />

foi denunciar à CEDAE as<<strong>br</strong> />

arbitrariedade da empreitei-<<strong>br</strong> />

ra em relação a qualidade<<strong>br</strong> />

de serviços prestados: a tu-<<strong>br</strong> />

bulação central com<<strong>br</strong> />

4.600m de 4 polegadas de<<strong>br</strong> />

espessura teve seus tubos<<strong>br</strong> />

de ligação para as casas, ma-<<strong>br</strong> />

liciosamente montados a<<strong>br</strong> />

15cm do solo, onde o<<strong>br</strong> />

mínimo é de 50cm. As<<strong>br</strong> />

casas teriam dois registros<<strong>br</strong> />

para entrada da tubulação,<<strong>br</strong> />

mas só havia um.<<strong>br</strong> />

A resposta da CEDAE foi<<strong>br</strong> />

imediata, e agora, a emprei-<<strong>br</strong> />

teira tem que pagar Cr$ .. .<<strong>br</strong> />

2.500,00 aos seus emprega-<<strong>br</strong> />

dos para que eles reca-<<strong>br</strong> />

vem o mais rápido possí-<<strong>br</strong> />

vel tudo o que eles execu-<<strong>br</strong> />

taram indevidamente.<<strong>br</strong> />

SANTA<<strong>br</strong> />

LUZIA<<strong>br</strong> />

Preocupados com a falta<<strong>br</strong> />

d'água, os moradores da Co-<<strong>br</strong> />

munidade de Santa Luzia,<<strong>br</strong> />

em Realengo, tendo Maria-<<strong>br</strong> />

no da Costa á frente da Pre-<<strong>br</strong> />

sidência da Associação de<<strong>br</strong> />

Moradores, encaminhou o<<strong>br</strong> />

pedido ao ex-Secretário de<<strong>br</strong> />

Desenvolvimento Social,<<strong>br</strong> />

Roberto Ribeiro (PDT),<<strong>br</strong> />

que, com o seu ex-chefe de<<strong>br</strong> />

gabinete, elaboraram com<<strong>br</strong> />

Mariano um grande encon-<<strong>br</strong> />

tro na comunidade. O pre-<<strong>br</strong> />

sidente da Associação fizera<<strong>br</strong> />

o convite ao Deputado Fe-<<strong>br</strong> />

derai Casanova e ao Depu-<<strong>br</strong> />

tado Estadual José Miguel,<<strong>br</strong> />

ambos do PDT.<<strong>br</strong> />

O encontro foi realizado,<<strong>br</strong> />

no qual Roberto Ribeiro se<<strong>br</strong> />

comprometera diante de<<strong>br</strong> />

100 moradores, fornecer à<<strong>br</strong> />

Comunidade materiais de á-<<strong>br</strong> />

gua e esgoto. A construção<<strong>br</strong> />

do esgoto foi feita com a as-<<strong>br</strong> />

sessoria de técnicos da CE-<<strong>br</strong> />

DAE, a mão de o<strong>br</strong>a foi<<strong>br</strong> />

através de mutirão da Co-<<strong>br</strong> />

munidade.<<strong>br</strong> />

ATENDIMENTO<<strong>br</strong> />

Para a Proface a Vila<<strong>br</strong> />

Santa Luzia só poderia ser<<strong>br</strong> />

atendida nesse ano, e dian-<<strong>br</strong> />

te dessa discrepância, a Co-<<strong>br</strong> />

munidade se vira o<strong>br</strong>igada<<strong>br</strong> />

a obter água clandestina-<<strong>br</strong> />

mente. A CEDAE tentou<<strong>br</strong> />

deixar a Vila Santa Luzia<<strong>br</strong> />

sem água, mas os morado-<<strong>br</strong> />

res foram buscar apoio. E<<strong>br</strong> />

foi no 99 Distrito da CE-<<strong>br</strong> />

DAE, em Deodoro, que seu<<strong>br</strong> />

chefe Dr. Plínio se sensi-<<strong>br</strong> />

bilizou de tal circunstância<<strong>br</strong> />

e se comprometeu em estu<<strong>br</strong> />

dar o problema para garan-<<strong>br</strong> />

tir o pleno direito dos mo-<<strong>br</strong> />

radores em ter água. Mais<<strong>br</strong> />

tarde o 9Q Distrito da CE-<<strong>br</strong> />

DAE, enviou técnicos ao<<strong>br</strong> />

locai e acabaram constando<<strong>br</strong> />

erros nas tubulações, e foi<<strong>br</strong> />

a própria CEDAE que tro-<<strong>br</strong> />

cou os registros, ampliou<<strong>br</strong> />

as tubulações, garantindo<<strong>br</strong> />

enfim, o pleno abasteci-<<strong>br</strong> />

mento d'água.<<strong>br</strong> />

Hoje através de mutirão<<strong>br</strong> />

e grande quantidade de di-<<strong>br</strong> />

nheiro empregado pelos mo-<<strong>br</strong> />

radores, com as tubulações<<strong>br</strong> />

doadas, a Comunidade já<<strong>br</strong> />

não sofre o problema de<<strong>br</strong> />

água e esgoto.<<strong>br</strong> />

Com cerca de 350 famí-<<strong>br</strong> />

lias, a Vila de Santa Luzia<<strong>br</strong> />

reconhece os esforços em-<<strong>br</strong> />

preendidos por Irineu Gui-<<strong>br</strong> />

marães, presidente da FA-<<strong>br</strong> />

FERJ e seu 19 tesoureiro<<strong>br</strong> />

e delegado da Zonal Oeste,<<strong>br</strong> />

Abílio Domingos, que tive-<<strong>br</strong> />

ram grande importância nas<<strong>br</strong> />

conquistas de Vila Santa<<strong>br</strong> />

Luzia.


Favalfc — página 8<<strong>br</strong> />

16, 54 e 57 são os ar-<<strong>br</strong> />

tigos mais freqüentes no<<strong>br</strong> />

centro de triagem, de me-<<strong>br</strong> />

nores infratores. Padre Viei-<<strong>br</strong> />

ra. Tais artigos do Código Pe-<<strong>br</strong> />

nal correspondem a vicio,<<strong>br</strong> />

roubo e assalto a mão arma-<<strong>br</strong> />

da. Mas de 200 jovens<<strong>br</strong> />

andando de um lado pro<<strong>br</strong> />

outro completamente ocio-<<strong>br</strong> />

sos e alguns no castigo por<<strong>br</strong> />

tentativa de fuga e espan-<<strong>br</strong> />

cados. Este foi o quadro<<strong>br</strong> />

que a Comissão Harser en-<<strong>br</strong> />

controu.<<strong>br</strong> />

ENTRADA<<strong>br</strong> />

Fomos recebidos pela<<strong>br</strong> />

Educadora Flora que é di-<<strong>br</strong> />

retora do Centro de Educa-<<strong>br</strong> />

ção<<strong>br</strong> />

A Sra. Flora nos contou<<strong>br</strong> />

um pouco da vida<<strong>br</strong> />

daquele Centro — "Este<<strong>br</strong> />

centro é um centro de Triagem,<<strong>br</strong> />

os menores não deveriam<<strong>br</strong> />

ficar aqui por muito<<strong>br</strong> />

tempo, mas a demanda é<<strong>br</strong> />

bastante grande e nós não<<strong>br</strong> />

dispomos de material suficiente<<strong>br</strong> />

ex: nesse momento<<strong>br</strong> />

não temos cama para todos<<strong>br</strong> />

os internos. A Srô Flora<<strong>br</strong> />

foi indagada so<strong>br</strong>e o processo<<strong>br</strong> />

de transferência dos<<strong>br</strong> />

menores — Olha, a Primeira<<strong>br</strong> />

coisa que fazemos quando<<strong>br</strong> />

o menor dá entrada aqui,<<strong>br</strong> />

procuramos o contato com<<strong>br</strong> />

a sua família" para saber<<strong>br</strong> />

das suas condições, pois não<<strong>br</strong> />

podemos trabalhar com menor<<strong>br</strong> />

sem trabalhar a sua<<strong>br</strong> />

família", o processo de<<strong>br</strong> />

transferência dependerá do<<strong>br</strong> />

próprio menor, ou seja, na<<strong>br</strong> />

medida que ele dá as devidas<<strong>br</strong> />

informações corretas e<<strong>br</strong> />

com o grau de periculosidade,<<strong>br</strong> />

logicamente se ele<<strong>br</strong> />

for um bandido não poderá<<strong>br</strong> />

ter as mesmas regalias de<<strong>br</strong> />

um outro".<<strong>br</strong> />

I^a<<strong>br</strong> />

/\ Comunidade do Mor-<<strong>br</strong> />

ro da Lagartixa, que fica<<strong>br</strong> />

em Barros Filhos, co-<<strong>br</strong> />

memorou no dia 1 de se-<<strong>br</strong> />

tem<strong>br</strong>o o seu 6Q ano de<<strong>br</strong> />

conquista da posse da ter-<<strong>br</strong> />

ra.<<strong>br</strong> />

Foi lem<strong>br</strong>ado o episódio<<strong>br</strong> />

daquela manhã, quando um<<strong>br</strong> />

grande aparato policial ali<<strong>br</strong> />

chegou para expulsão os<<strong>br</strong> />

moradores daquela área e<<strong>br</strong> />

•-'v".<<strong>br</strong> />

Sr9 Flora explicou tam-<<strong>br</strong> />

bém so<strong>br</strong>e os espanca-<<strong>br</strong> />

mentos por parte dos ins-<<strong>br</strong> />

trutores. Aqui eles sofrem<<strong>br</strong> />

punição sim nós não pode-<<strong>br</strong> />

mos garantir que que ne-<<strong>br</strong> />

nhum dos funcionários se<<strong>br</strong> />

exalte, pois trabalhamos em<<strong>br</strong> />

constante insegurança, pois,<<strong>br</strong> />

aqui não tem cela, não tem<<strong>br</strong> />

cubículos".<<strong>br</strong> />

Foi confirmada, por tele-<<strong>br</strong> />

fone, a presença das entida-<<strong>br</strong> />

des, segundo D. Flora "não<<strong>br</strong> />

fazemos nada sem a autori-<<strong>br</strong> />

zação do juizado de Meno-<<strong>br</strong> />

res Dr. Campos Neto" D.<<strong>br</strong> />

Flora achou estranho está<<strong>br</strong> />

compondo a Comissão um<<strong>br</strong> />

motorista e vários ex-alu-<<strong>br</strong> />

nos.<<strong>br</strong> />

COMISSÃO<<strong>br</strong> />

A vereadora Benedita da<<strong>br</strong> />

Silva, a Deputada Estadual<<strong>br</strong> />

Lúcia Arruda, Antônio Ma-<<strong>br</strong> />

noel o Tunico do Morro<<strong>br</strong> />

Azul, representando o Ve-<<strong>br</strong> />

reador Sérgio Ca<strong>br</strong>al, Délio<<strong>br</strong> />

representando o Vereador<<strong>br</strong> />

Lui's Henrique Lima do<<strong>br</strong> />

PDT, Odinaldo Ferreira,<<strong>br</strong> />

Willmann, Joaquim J<strong>org</strong>e<<strong>br</strong> />

dos Santos Lui's Tadeu,<<strong>br</strong> />

Presidente da Comissão Har-<<strong>br</strong> />

ser, Sandra pelo Jornal<<strong>br</strong> />

Favelão, Liga dos direitos<<strong>br</strong> />

humanos. Comissão Arco<<strong>br</strong> />

íris. Comissão Oscar Rome-<<strong>br</strong> />

ro grupo de trabalho c/me-<<strong>br</strong> />

ninos de rua Arco íris.<<strong>br</strong> />

O QUE VIMOS<<strong>br</strong> />

Durante nossa estadia no<<strong>br</strong> />

centro de Triagem Padre<<strong>br</strong> />

Vieira, que foi de 2 h<<strong>br</strong> />

e 30min; pudemos observar<<strong>br</strong> />

a ociosidade de quase 200<<strong>br</strong> />

internos. Todos uniformiza-<<strong>br</strong> />

dos de calça cinza e cami-<<strong>br</strong> />

seta <strong>br</strong>anca andando pra ci-<<strong>br</strong> />

ma e pra baixo; com exce-<<strong>br</strong> />

ção de alguns que estavam<<strong>br</strong> />

houve uma grande resistên-<<strong>br</strong> />

cia por pressão dos mora-<<strong>br</strong> />

dores e até por meio de<<strong>br</strong> />

oração. Lem<strong>br</strong>ou-se ainda a<<strong>br</strong> />

atuação da Pastoral das Fa-<<strong>br</strong> />

velas nas presenças da Dr9<<strong>br</strong> />

Eliana Athayde, Ana Mari-<<strong>br</strong> />

nha Noronha, Dr. Bento<<strong>br</strong> />

Rubião e arlguns políticos<<strong>br</strong> />

que se aliaram aos mora-<<strong>br</strong> />

dores.<<strong>br</strong> />

Em comemoração ao 69<<strong>br</strong> />

aniversário da conquista da<<strong>br</strong> />

'- » • - • ■<<strong>br</strong> />

,: ?**>':/> :<<strong>br</strong> />

A COMISSÃO QUE UISITOÜ 0 CENTRO DE TRIAGEM<<strong>br</strong> />

jogando bola e os outros<<strong>br</strong> />

num total de 10 que eram<<strong>br</strong> />

egresso da última fuga ocor-<<strong>br</strong> />

rida no Mês de setem<strong>br</strong>o,<<strong>br</strong> />

esses estavam de castigo,<<strong>br</strong> />

que durará um Mês e com a<<strong>br</strong> />

responsabilidade da faxina<<strong>br</strong> />

de toda a escola, isso depois<<strong>br</strong> />

das pancadas que também<<strong>br</strong> />

fizeram parte do castigo.<<strong>br</strong> />

VIGILÂNCIA<<strong>br</strong> />

A cada compartimento<<strong>br</strong> />

observamos 2 monitores,<<strong>br</strong> />

em constante vigilância,<<strong>br</strong> />

prontos pra reprimir.<<strong>br</strong> />

SURPRESA<<strong>br</strong> />

Enquanto estávamos con-<<strong>br</strong> />

versando com os que esta-<<strong>br</strong> />

vam no castigo de repente<<strong>br</strong> />

surge L. M. todo machuca-<<strong>br</strong> />

do, vários ferimentos na ca-<<strong>br</strong> />

terra, foi cele<strong>br</strong>ada uma<<strong>br</strong> />

missa pelos padres que na<<strong>br</strong> />

ocasião trabalhavam na<<strong>br</strong> />

área, Pe, Ruan e Pe. Idel-<<strong>br</strong> />

fonso, após a cerimônia,<<strong>br</strong> />

aconteceu a entrega de di-<<strong>br</strong> />

plomas aos alunos que fize-<<strong>br</strong> />

ram o curso de datilo-<<strong>br</strong> />

grafia, no curso profissiona-<<strong>br</strong> />

lizante criado na sede da<<strong>br</strong> />

Comunidade; inaugurou-se<<strong>br</strong> />

também um bazar comuni-<<strong>br</strong> />

tário com artigos fa<strong>br</strong>icados<<strong>br</strong> />

na própria Comgnidade.<<strong>br</strong> />

''■<<strong>br</strong> />

beça e marcas roxas pelas<<strong>br</strong> />

costas e na parte superior<<strong>br</strong> />

da bunda, e vomitando san-<<strong>br</strong> />

gue — segundo L. M. foi<<strong>br</strong> />

espancado porque se esten-<<strong>br</strong> />

deu com um companheiro e<<strong>br</strong> />

também porque á noite gri-<<strong>br</strong> />

tava de dor devido as agres-<<strong>br</strong> />

sões. A versão de L. M. Fora<<strong>br</strong> />

confirmada por inúmeros<<strong>br</strong> />

colegas que o apontava co-<<strong>br</strong> />

mo exemplo de surra recen-<<strong>br</strong> />

te e que a Direção da casa<<strong>br</strong> />

por deslize não pudera<<strong>br</strong> />

esconder.<<strong>br</strong> />

Durante a conversa com a<<strong>br</strong> />

comissão ficou patentiada a<<strong>br</strong> />

questão do espancamento,<<strong>br</strong> />

ninguém se atrevia a falar,<<strong>br</strong> />

temendo á represálias como<<strong>br</strong> />

por ex: ficar s/jantar ou no-<<strong>br</strong> />

vo espancamento.<<strong>br</strong> />

Durante nossa conversa<<strong>br</strong> />

com os que fugiram D. Flo-<<strong>br</strong> />

ra estava por perto e ne-<<strong>br</strong> />

nhum deles falou ficou evi-<<strong>br</strong> />

denciado as denúncias de<<strong>br</strong> />

espancamento foi feita pe-<<strong>br</strong> />

los internos que estavam no<<strong>br</strong> />

pátio e esses eram mui-<<strong>br</strong> />

tos e lá pudemos ficar<<strong>br</strong> />

mais a vontade e os meni-<<strong>br</strong> />

nos também, fora de con-<<strong>br</strong> />

trole.<<strong>br</strong> />

A Comissão voltará a fa-<<strong>br</strong> />

zer novas visitas a outros<<strong>br</strong> />

estabelecimentos.<<strong>br</strong> />

Objetivo dessa comissão<<strong>br</strong> />

que é representada por vá-<<strong>br</strong> />

rios segmentos da sociedade<<strong>br</strong> />

tem como objetivo uma po-<<strong>br</strong> />

lítica decente a setores ca-<<strong>br</strong> />

rentes da população e den-<<strong>br</strong> />

tro desses segmentos está o<<strong>br</strong> />

menor abandonado. Que pe-<<strong>br</strong> />

la sociedade já deixou de ser<<strong>br</strong> />

criança e recebeu o estigma<<strong>br</strong> />

de "menor abandonado".<<strong>br</strong> />

Se ele é menor abandona-<<strong>br</strong> />

do é porque existe maio-<<strong>br</strong> />

res abandonados.<<strong>br</strong> />

No domingo dia 30 de setem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

no Morro do Encontro (Engenho<<strong>br</strong> />

Novo), houve uma festa regada<<strong>br</strong> />

a cervejinha e um delicioso angu<<strong>br</strong> />

a baiana, para empossar a nova<<strong>br</strong> />

diretoria da associação de mora-<<strong>br</strong> />

dores, constituída em sua maioria<<strong>br</strong> />

por mulheres e encabeçada mais<<strong>br</strong> />

uma vez pela companheira Edna.<<strong>br</strong> />

A comunidade prestigiou com-<<strong>br</strong> />

parecendo massiçamente. Além da<<strong>br</strong> />

comunidade estiveram presentes<<strong>br</strong> />

vários grupos e entidades: O grupo<<strong>br</strong> />

A Amigos Negros de Favela e Pe-<<strong>br</strong> />

riferia, representante da R. A. lo-<<strong>br</strong> />

cal representando o governo do Es-<<strong>br</strong> />

tado, o G. T. I., o pessoal da cre-<<strong>br</strong> />

che e muitos outros. ■.-.-. ■ ,':<<strong>br</strong> />

• .-.- t;cr, u f.r^ú OCfítrô/ "'.t ',■


p Crierqiâ^m favelas<<strong>br</strong> />

)m o temário de "Cri-<<strong>br</strong> />

Jrbana", Energia e De-<<strong>br</strong> />

senvolvimento Alternativo,<<strong>br</strong> />

foi realizado um Seminário,<<strong>br</strong> />

no auditório João Teotônio<<strong>br</strong> />

Mendes de Almeida, na rua<<strong>br</strong> />

da Assembléia, 10. O Semi-<<strong>br</strong> />

nário Crise Urbana, teve<<strong>br</strong> />

início no dia 17 encer-<<strong>br</strong> />

rando no dia 19 de setem-<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>o. O programa teve gran-<<strong>br</strong> />

des temas como: Habitação<<strong>br</strong> />

e Crise, o Abastecimento<<strong>br</strong> />

Alimentar e a Crise Ener-<<strong>br</strong> />

gética, Tecnologias Alter-<<strong>br</strong> />

nativas para prestação de<<strong>br</strong> />

serviços públicos às popula-<<strong>br</strong> />

ções carentes. Com exposi-<<strong>br</strong> />

tores como Jô Rezende<<strong>br</strong> />

(FAMERJ), América Unga-<<strong>br</strong> />

retti (UNICEF), Celso Bre-<<strong>br</strong> />

dariol (FEEMA), Caó (Se-<<strong>br</strong> />

cretaria de Habitação e Tra-<<strong>br</strong> />

balho), Renato Vasconcelos<<strong>br</strong> />

(LIGHT)...<<strong>br</strong> />

E é o Engenheiro, Renato<<strong>br</strong> />

Vasconcelos, que represen-<<strong>br</strong> />

tando a Light, fez uma es-<<strong>br</strong> />

planação so<strong>br</strong>e a experiên-<<strong>br</strong> />

cia da Companhia so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

instalação de luz nas fa-<<strong>br</strong> />

velas. O mesmo programou<<strong>br</strong> />

uma apostila falando so<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

a Eletrificação de Interesse<<strong>br</strong> />

Social da Light, na qual<<strong>br</strong> />

viemos obter todos os da-<<strong>br</strong> />

dos.<<strong>br</strong> />

IUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIPIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII<<strong>br</strong> />

ELETRIFICAÇÃO EM<<strong>br</strong> />

FAVELAS VERSUS<<strong>br</strong> />

OS ALTOS CUSTOS<<strong>br</strong> />

DA EMERGIA<<strong>br</strong> />

iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiNiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiniiiiiiiiiiimmi<<strong>br</strong> />

l^m 1/3 da população<<strong>br</strong> />

do grande Rio, sendo as Co-<<strong>br</strong> />

munidades Faveladas, um<<strong>br</strong> />

grande público consumidor,<<strong>br</strong> />

de baixa renda, não poderia<<strong>br</strong> />

deixar de ser considerada<<strong>br</strong> />

como um novo mercado<<strong>br</strong> />

para a Companhia de Ener-<<strong>br</strong> />

gia (Light).<<strong>br</strong> />

Em 1979, a Light criou<<strong>br</strong> />

o seu Programa de Eletrifi-<<strong>br</strong> />

cação de Favelas, que em<<strong>br</strong> />

1982 surge com o SEI. O<<strong>br</strong> />

(Superintendência de Ele-<<strong>br</strong> />

trificação de Interesse So-<<strong>br</strong> />

cial).<<strong>br</strong> />

Nesses 5 anos de Progra-<<strong>br</strong> />

ma de Eletrificação em Fa-<<strong>br</strong> />

velas, é estimado que a<<strong>br</strong> />

Companhia tenha feito uma<<strong>br</strong> />

média de 149.570 ligações,<<strong>br</strong> />

uma estimativa de 79% a<<strong>br</strong> />

80% do total de Comuni-<<strong>br</strong> />

dade de baixa renda já<<strong>br</strong> />

atendidas.<<strong>br</strong> />

A Light, atende as Co-<<strong>br</strong> />

munidades que procuram os<<strong>br</strong> />

serviços, é necessário o se-<<strong>br</strong> />

guinte: o primeiro passo é-<<strong>br</strong> />

ir ao SEI. O (área de Fave-<<strong>br</strong> />

las), onde são esclarecidos<<strong>br</strong> />

os processos de eletrificação<<strong>br</strong> />

de determinada área e seu<<strong>br</strong> />

espaço de tempo para a con-<<strong>br</strong> />

clusão do serviço.<<strong>br</strong> />

As Comunidades partici-<<strong>br</strong> />

pam fornecendo mapas da<<strong>br</strong> />

área e cadastramento de to-<<strong>br</strong> />

da localidade. O SEI. O pro-<<strong>br</strong> />

grama reuniões com os mo-<<strong>br</strong> />

radores locais das áreas a se-<<strong>br</strong> />

rem eletrificadas. Com As-<<strong>br</strong> />

sistentes Sociais, apresen-<<strong>br</strong> />

tam o programa de Eletri-<<strong>br</strong> />

ficação de Interesse Social<<strong>br</strong> />

através de folhetos e pales-<<strong>br</strong> />

tras. . . A Light, passa à<<strong>br</strong> />

Comunidade, que seu tra-<<strong>br</strong> />

balho é feito sem co<strong>br</strong>ança<<strong>br</strong> />

de taxa, e, frisa que a res-<<strong>br</strong> />

ponsabilidade pela ilumi-<<strong>br</strong> />

nação pública está a cargo<<strong>br</strong> />

das Comissões Municipal de<<strong>br</strong> />

Energia.<<strong>br</strong> />

OS AUMENTOS<<strong>br</strong> />

CONSTANTES DE LUZ<<strong>br</strong> />

|as as Comunidades es-<<strong>br</strong> />

barram-se num grande pro-<<strong>br</strong> />

blema, que é o do alto cus-<<strong>br</strong> />

to de energia em suas con-<<strong>br</strong> />

tas. A própria Companhia<<strong>br</strong> />

reconhece a discrepância de<<strong>br</strong> />

seus /4d/mentos periódicos,<<strong>br</strong> />

em contradição a média dos<<strong>br</strong> />

baixos salários das Comuni-<<strong>br</strong> />

dades Faveladas.<<strong>br</strong> />

E é o alto custo de sua<<strong>br</strong> />

energia que a Light tenta<<strong>br</strong> />

explicar que há uma péssi-<<strong>br</strong> />

ma qualidade das instala-<<strong>br</strong> />

ções internas nas favelas,<<strong>br</strong> />

sendo um dos fatores que<<strong>br</strong> />

elevam os gastos, aumen-<<strong>br</strong> />

tando as contas.<<strong>br</strong> />

É por aqui que ela se<<strong>br</strong> />

esbarra com os cortes e<<strong>br</strong> />

fraudes no consumo e, um<<strong>br</strong> />

grande número de pedidos<<strong>br</strong> />

de parcelamento das contas,<<strong>br</strong> />

são pedidos pelos morado-<<strong>br</strong> />

res de baixa renda.<<strong>br</strong> />

luiiumuuumiiimiiuiiiuiiiiiininiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii<<strong>br</strong> />

NAO DÂ MAIS PRA<<strong>br</strong> />

SEGURAR<<strong>br</strong> />

iiiiiiiimiiini iiiiimiiiiiiniiii iiiiiiiimiiiilliiniiimiii<<strong>br</strong> />

preocupada em que o<<strong>br</strong> />

projeto não seja visto como<<strong>br</strong> />

um favor prestado aos seg-<<strong>br</strong> />

mentos mais po<strong>br</strong>es da so-<<strong>br</strong> />

ciedade, a Light se justifi-<<strong>br</strong> />

ca colocando-a na faixa dos<<strong>br</strong> />

consumidores normais. . . E<<strong>br</strong> />

é claro e evidente que isso<<strong>br</strong> />

não dá pra engolir, tanto<<strong>br</strong> />

que no 40 Congresso da<<strong>br</strong> />

FAFERJ foi tirado uma<<strong>br</strong> />

grande manifestação a se<<strong>br</strong> />

realizar na porta da Light,<<strong>br</strong> />

onde todas as Comunida-<<strong>br</strong> />

des Faveladas irão exigir a<<strong>br</strong> />

redução de 50% nas contas,<<strong>br</strong> />

de energia.<<strong>br</strong> />

\j que bater na rede é<<strong>br</strong> />

peixe! Fala Maria Rita, vice-<<strong>br</strong> />

presidente das Pioneiras de<<strong>br</strong> />

São Miguel . Todos estão<<strong>br</strong> />

vendo que o momento é de<<strong>br</strong> />

participação de todos, no<<strong>br</strong> />

qual já se tem realizado<<strong>br</strong> />

forró, bingo, bazar, almo-<<strong>br</strong> />

ço. . . tudo já se tem feito<<strong>br</strong> />

para obter fundo necessário<<strong>br</strong> />

para a construção do segun-<<strong>br</strong> />

do andar da sede, mas ainda<<strong>br</strong> />

falta um bocado.<<strong>br</strong> />

A Comunidade pensou<<strong>br</strong> />

em ampliar o espaço de sua<<strong>br</strong> />

sede, que é de 7x7m, por-<<strong>br</strong> />

que este espaço é insufi-<<strong>br</strong> />

ciente, fazendo necessário a<<strong>br</strong> />

construção duma cozinha,<<strong>br</strong> />

mais um banheiro, pois o<<strong>br</strong> />

que já tem é precário, uma<<strong>br</strong> />

sala para a diretoria, e em<<strong>br</strong> />

especial a construção do tão<<strong>br</strong> />

necessário posto-médico.<<strong>br</strong> />

OPOSTO MÉDICO<<strong>br</strong> />

Vila São Miguel esteve<<strong>br</strong> />

Faveláo - pág. 9<<strong>br</strong> />

W4 SÁàMmeí<<strong>br</strong> />

cousT/iucão 6QP05T0 Metico<<strong>br</strong> />

presente nas várias reuniões,<<strong>br</strong> />

realizadas no Hospital Val-<<strong>br</strong> />

dir Franco, em Padre Mi-<<strong>br</strong> />

guel. Reuniões estas presidi-<<strong>br</strong> />

das pela Dra. Ilka, onde fo-<<strong>br</strong> />

ram debatidos os problemas<<strong>br</strong> />

de vacinação nas Comunida-<<strong>br</strong> />

des e a implantação de pos-<<strong>br</strong> />

tos-médico. Como produto<<strong>br</strong> />

final dessas reuniões foi as-<<strong>br</strong> />

segurado que as Comunida-<<strong>br</strong> />

des onde houvesse espaço<<strong>br</strong> />

para que seja instalado um<<strong>br</strong> />

consultório médico, não ha-<<strong>br</strong> />

verá problema algum para<<strong>br</strong> />

que o hospital da área ce-<<strong>br</strong> />

da médicos, que prestarão<<strong>br</strong> />

serviços gratuitamente, nas<<strong>br</strong> />

Comunidades carentes.<<strong>br</strong> />

O QUE JÂ SE<<strong>br</strong> />

CONQUISTOU<<strong>br</strong> />

Nessa batalha, a Comu-<<strong>br</strong> />

nidade já conseguiu 10 sa-<<strong>br</strong> />

cos de cimento (faltando<<strong>br</strong> />

ainda 40), 300 kg de ver-<<strong>br</strong> />

galhões (faltando ainda<<strong>br</strong> />

150Kg), 2m de areia e pe-<<strong>br</strong> />

dra (faltando ainda<<strong>br</strong> />

cada), e os 2 mil tijolos<<strong>br</strong> />

necessários também estão<<strong>br</strong> />

faltando. É uma luta que Jo-<<strong>br</strong> />

sé Roberto, presidente da<<strong>br</strong> />

Associação, Abflio Domin-<<strong>br</strong> />

gos, delegado da FAFERJ —<<strong>br</strong> />

Zona Oeste, e outros mais,<<strong>br</strong> />

arrao^não escondem a sua<<strong>br</strong> />

disposição para realizar o<<strong>br</strong> />

feito: o posto médico é a<<strong>br</strong> />

grande meta.<<strong>br</strong> />

COLABORAÇÃO<<strong>br</strong> />

Já está acontecendo a<<strong>br</strong> />

campanha dos tijolos, a Co-<<strong>br</strong> />

munidade continua promo-<<strong>br</strong> />

vendo bazar, festinhas e jo-<<strong>br</strong> />

gos para angariar fundos, e<<strong>br</strong> />

todos que desejarem colabo- ><<strong>br</strong> />

rar, o que cair na rede é<<strong>br</strong> />

peixe!<<strong>br</strong> />

A Vila São Miguel, em<<strong>br</strong> />

Magalhães Bastos, fica na<<strong>br</strong> />

Estrada São Pedro de Alcân-<<strong>br</strong> />

tara, 3907. E a sede da As-<<strong>br</strong> />

"* iação de Moradores fica<<strong>br</strong> />

r ravessa Souza Lima, 2.<<strong>br</strong> />

A quela imagem paternalista,<<strong>br</strong> />

em que a diretora, "Superdo-<<strong>br</strong> />

tada de poderes", exercia um<<strong>br</strong> />

papel imperioso na escola, cujo<<strong>br</strong> />

os pais, alunos e funcionários<<strong>br</strong> />

só cabiam num segundo, pra<<strong>br</strong> />

não dizer, terceiro plano: e<<strong>br</strong> />

isso, assim como todas as coi-<<strong>br</strong> />

sas absurdas, tiveram ou tem,<<strong>br</strong> />

seus dias contados.<<strong>br</strong> />

Hoje as escolas estaduais e<<strong>br</strong> />

Municipais já fazem o pleno<<strong>br</strong> />

exercício do voto.<<strong>br</strong> />

E foi num pique de quem<<strong>br</strong> />

quer descentralizar as coisas, dis-<<strong>br</strong> />

tribuir responsabilidades, e, de<<strong>br</strong> />

conquistar a democracia e seus<<strong>br</strong> />

direitos, que pais de alunos,<<strong>br</strong> />

professores, alunos e funcioná-<<strong>br</strong> />

rios foram as urnas. Entre se-<<strong>br</strong> />

tem<strong>br</strong>o e final de outu<strong>br</strong>o,<<strong>br</strong> />

todas as escolas escolheram seus<<strong>br</strong> />

representantes, e isso é o C.E.C<<strong>br</strong> />

(Conselho Escola Comunidade),<<strong>br</strong> />

sem dúvida um grande espaço,<<strong>br</strong> />

que cabe aos democratas à sua<<strong>br</strong> />

construção, assim como sua evo-<<strong>br</strong> />

lução.


f<<strong>br</strong> />

Favelao — pág. 10<<strong>br</strong> />

lèaesmJTâ<<strong>br</strong> />

A a assembléia da Pastoral<<strong>br</strong> />

do Vicariato Suburbano<<strong>br</strong> />

realizada no último dia<<strong>br</strong> />

8, na Cidade de Deus, onde<<strong>br</strong> />

17 Comunidades que lá estiveram<<strong>br</strong> />

presentes, entrevistaram<<strong>br</strong> />

a presidente recém eleita,<<strong>br</strong> />

Terezinha Justo de Jesus.<<strong>br</strong> />

Ao final da mesma,<<strong>br</strong> />

juntamente com o Pe. Valentim,<<strong>br</strong> />

visitaram toda a área<<strong>br</strong> />

acompanhados pelos visitantes,<<strong>br</strong> />

incluindo o Mons.<<strong>br</strong> />

Gilson, Pe. Frank e José<<strong>br</strong> />

Ramos Coordenador da Pastoral<<strong>br</strong> />

do Trabalhador, que<<strong>br</strong> />

aproveitou a ocasião para<<strong>br</strong> />

falar do Congresso dos Trabalhadores<<strong>br</strong> />

A Associação de Morado-<<strong>br</strong> />

res tem nova diretoria, e é<<strong>br</strong> />

Maria Terezinha Justo de<<strong>br</strong> />

Jesus, de 46 anos, casada<<strong>br</strong> />

com o mecânico — Norival<<strong>br</strong> />

Menezes de Jesus, ela minei-<<strong>br</strong> />

ra de Poços de Caldas e<<strong>br</strong> />

moradora da Cidade de<<strong>br</strong> />

Deus, há 18 anos, responde<<strong>br</strong> />

algumas perguntas:<<strong>br</strong> />

D - Quantos tem a Ci-<<strong>br</strong> />

dade de Deus?<<strong>br</strong> />

T — Aproximadamente<<strong>br</strong> />

180 mil habitantes.<<strong>br</strong> />

D - Como você chegou<<strong>br</strong> />

a presidência?<<strong>br</strong> />

T — Já fazia trabalho<<strong>br</strong> />

com crianças e jovens atra-<<strong>br</strong> />

vés da igreja, que é quem<<strong>br</strong> />

sempre me deu o maior<<strong>br</strong> />

apoio.<<strong>br</strong> />

D - Qual o maior proble-<<strong>br</strong> />

ma existente aqui?<<strong>br</strong> />

T — São muitos de toda<<strong>br</strong> />

a natureza, mas o que mais<<strong>br</strong> />

me preocupa é a discrimi-<<strong>br</strong> />

nação que sofremos: Se al-<<strong>br</strong> />

guém busca uma vaga de<<strong>br</strong> />

emprego e diz que mora<<strong>br</strong> />

na Cidade de Deus, não é<<strong>br</strong> />

aceito, isto entre outras coi-<<strong>br</strong> />

sas faz com que as pessoas<<strong>br</strong> />

tenham vergonha de dizer<<strong>br</strong> />

que mora aqui.<<strong>br</strong> />

D — E a violência aqui,<<strong>br</strong> />

como anda?<<strong>br</strong> />

T — O mdice de violên-<<strong>br</strong> />

cia tem aumentado mais em<<strong>br</strong> />

decorrência do desemprego<<strong>br</strong> />

e da miséria, mas a gran-<<strong>br</strong> />

de imprensa dá uma dimen-<<strong>br</strong> />

são muito maior justamente<<strong>br</strong> />

para nos desmobilizar, mas<<strong>br</strong> />

não mostra o que temos<<strong>br</strong> />

de bom aqui dentro.<<strong>br</strong> />

D - Vocês recebem algu-<<strong>br</strong> />

ma ajuda?<<strong>br</strong> />

T — Muito pouco, qua-<<strong>br</strong> />

se nada, apenas o Mo<strong>br</strong>ai<<strong>br</strong> />

ajuda a nossa creche que<<strong>br</strong> />

Terezinha (de^ocul<<strong>br</strong> />

da Associação de<<strong>br</strong> />

atende a dezenas de crian-<<strong>br</strong> />

ças; a alimentação é precá-<<strong>br</strong> />

ria, é mais da base de fubá<<strong>br</strong> />

e as pessoas trabalham na<<strong>br</strong> />

base do amor, sem ne-<<strong>br</strong> />

nhuma remuneração.<<strong>br</strong> />

A<<strong>br</strong> />

LBA nunca apareceu por<<strong>br</strong> />

aqui, usamos material de<<strong>br</strong> />

sucata e papel de com-<<strong>br</strong> />

putador na nossa escoli-<<strong>br</strong> />

nha, o giz é feito de car-<<strong>br</strong> />

vão.<<strong>br</strong> />

os ), atual presidente<<strong>br</strong> />

Moradores. __^<<strong>br</strong> />

D - Quanto pagam pelas<<strong>br</strong> />

prestações das casas?<<strong>br</strong> />

T — Varia, são diversas<<strong>br</strong> />

a prestações de acordo com<<strong>br</strong> />

as_casas, sendo a mais ba-<<strong>br</strong> />

rata em torno de Cr$<<strong>br</strong> />

8.000,00, o que achamos<<strong>br</strong> />

caro e a luz havendo casos<<strong>br</strong> />

absurdos, pois com 3 bicos<<strong>br</strong> />

de luz pagamos até Cr$ ....<<strong>br</strong> />

17.000,00.<<strong>br</strong> />

D - Quantos sócios pa-<<strong>br</strong> />

gam a Associação?<<strong>br</strong> />

T - Apesar do grande<<strong>br</strong> />

\i/. 'BOMmm pfNsjim âMãMHA<<strong>br</strong> />

fcj Secretário de Habita-<<strong>br</strong> />

ção e Trabalho, Caó, esteve<<strong>br</strong> />

no dia 12 de agosto, na Co-<<strong>br</strong> />

munidade Bom Menino, em<<strong>br</strong> />

Irajá, para discutir com os<<strong>br</strong> />

-^^ X / / /' /<<strong>br</strong> />

moradores o problema que<<strong>br</strong> />

os mesmos vem enfrentando<<strong>br</strong> />

aproximadamente 2 anos,<<strong>br</strong> />

com a proprietária da área,<<strong>br</strong> />

a Empresa de Transporte<<strong>br</strong> />

Três Amigos.<<strong>br</strong> />

Foi apresentado pelo Se-<<strong>br</strong> />

Jcretário, a proposta dos mo-<<strong>br</strong> />

radores mudarem-se para o<<strong>br</strong> />

conjunto habitacional de<<strong>br</strong> />

;Xapecó, que fica em Ita-<<strong>br</strong> />

juaí, mas a maioria se<<strong>br</strong> />

manifestou contrária, em-<<strong>br</strong> />

^bora reconhecendo na visita<<strong>br</strong> />

'ao local, que as casas são<<strong>br</strong> />

boas porém á distancia do<<strong>br</strong> />

rjocal de trabalho — visto<<strong>br</strong> />

Io alto custo das passagens<<strong>br</strong> />

e pelo fato da grande<<strong>br</strong> />

maioria dos moradores esta-<<strong>br</strong> />

rem desempregados, viven-<<strong>br</strong> />

do de biscates e do subem-<<strong>br</strong> />

prego; Ia em Itaguaf não<<strong>br</strong> />

oferece nenhuma alterna-<<strong>br</strong> />

tiva de so<strong>br</strong>evivência, le-<<strong>br</strong> />

vando assim os moradores<<strong>br</strong> />

a continuarem a luta pela<<strong>br</strong> />

fixação no local em que<<strong>br</strong> />

estão ou o governo propor<<strong>br</strong> />

um local mais próximo, vis-<<strong>br</strong> />

to que todas as tentati-<<strong>br</strong> />

vas foram emvão.<<strong>br</strong> />

Os proprietários não<<strong>br</strong> />

a<strong>br</strong>em mão de nenhum<<strong>br</strong> />

acordo, nem diálogo. A<<strong>br</strong> />

preocupação maior é que<<strong>br</strong> />

por haver alguns moradores<<strong>br</strong> />

decididos em ir para Xape-<<strong>br</strong> />

có, inclusive a presidente<<strong>br</strong> />

da Associação de Morado-<<strong>br</strong> />

res, uma atitude dessa só<<strong>br</strong> />

vem enfraquecer o movi-<<strong>br</strong> />

mento, e só Deus sabe o<<strong>br</strong> />

que será o amanhã do Bom<<strong>br</strong> />

Menino.<<strong>br</strong> />

PASSADQ UM MÊS<<strong>br</strong> />

Continua a expectativa<<strong>br</strong> />

do que o amanhã da Co-<<strong>br</strong> />

munidade Bom Menino.<<strong>br</strong> />

A única proposta de<<strong>br</strong> />

opção no momento, apre-<<strong>br</strong> />

sentada pelo Secretário de<<strong>br</strong> />

Habitação e Trabalho, Caó,<<strong>br</strong> />

criou um problema sério.<<strong>br</strong> />

número de casas, apenas<<strong>br</strong> />

480 associados estão pagan-<<strong>br</strong> />

do em dia as suas mensali-<<strong>br</strong> />

dades<<strong>br</strong> />

M<<strong>br</strong> />

D - E a polícia, como<<strong>br</strong> />

vem agindo aqui?<<strong>br</strong> />

T — Houve épocas que<<strong>br</strong> />

sofríamos muito com a<<strong>br</strong> />

repressão policial, hoje po-<<strong>br</strong> />

rém o batalhão da área<<strong>br</strong> />

tem um comandante bom<<strong>br</strong> />

que tenta nos ajudar a<strong>br</strong>in-<<strong>br</strong> />

do espaços para o diálogo,<<strong>br</strong> />

inclusive fazendo um traba-<<strong>br</strong> />

lho com nossos adolescentes<<strong>br</strong> />

e nos respeitando como pes-<<strong>br</strong> />

soas de bem.<<strong>br</strong> />

D E verdade que que-<<strong>br</strong> />

rem remover a Cidade de<<strong>br</strong> />

Deus?<<strong>br</strong> />

T - Existe sim este boa-<<strong>br</strong> />

to e até sabemos que quan-<<strong>br</strong> />

do viemos prá cá isto não va-<<strong>br</strong> />

lia nada, porém com a expan-<<strong>br</strong> />

são da Barra da Tijuca e<<strong>br</strong> />

valorização desta terra, eles<<strong>br</strong> />

desco<strong>br</strong>iram que nós esta-<<strong>br</strong> />

mos em cima da mina do<<strong>br</strong> />

ouro, por isso é que tudo<<strong>br</strong> />

fazem para nos desmobili-<<strong>br</strong> />

zar, jogando toda a socie-<<strong>br</strong> />

dade contra nós, como se<<strong>br</strong> />

nós fôssemos uma pedra<<strong>br</strong> />

no caminho dos especula-<<strong>br</strong> />

dores imobiliários.<<strong>br</strong> />

pois dividiu as opiniões, pe-<<strong>br</strong> />

lo fato de a maioria achar<<strong>br</strong> />

impossível a ida para o<<strong>br</strong> />

conjunto Xapecó, em Ita-<<strong>br</strong> />

guaí; visto pela distancia<<strong>br</strong> />

é o alto custo das passa-<<strong>br</strong> />

gens e outras dificuldades<<strong>br</strong> />

como: falta de escola, posto<<strong>br</strong> />

de saúde, comércio e ou-<<strong>br</strong> />

tras.<<strong>br</strong> />

Os moradores da Bom<<strong>br</strong> />

Menino, sentem-se insegu-<<strong>br</strong> />

ros, na medida que uma<<strong>br</strong> />

parte se dispõe a ir para o<<strong>br</strong> />

conjunto, isto sem dúvidas<<strong>br</strong> />

enfraquece a luta, e os que<<strong>br</strong> />

não tem condições de irem<<strong>br</strong> />

não sabem o que será o<<strong>br</strong> />

futuro.<<strong>br</strong> />

Ae/£


COHCRKSD-BIFÉRT A<<strong>br</strong> />

presidente Congresso.<<strong>br</strong> />

Com surdos e tamborins,<<strong>br</strong> />

num clima aparentemente<<strong>br</strong> />

de festa, assim estava a As-<<strong>br</strong> />

sociação Brasileira de Im-<<strong>br</strong> />

prensa (ABI) no último dia<<strong>br</strong> />

31 de agosto, quando se deu<<strong>br</strong> />

inicio do 40 Congresso da<<strong>br</strong> />

FAFERJ.<<strong>br</strong> />

Inúmeras Associações es-<<strong>br</strong> />

tavam presentes como tam-<<strong>br</strong> />

bém as autoridades governa-<<strong>br</strong> />

mentais.<<strong>br</strong> />

Dirigindo a mesa estava o<<strong>br</strong> />

vice-presidente da Federa-<<strong>br</strong> />

ção, Jonas Rodrigues, pois,<<strong>br</strong> />

o presidente não pode com-<<strong>br</strong> />

parecer por motivo de saú-<<strong>br</strong> />

de.<<strong>br</strong> />

A abertura solene teve<<strong>br</strong> />

início com todos os presen-<<strong>br</strong> />

tes cantando o Hino Nacio-<<strong>br</strong> />

nal depois teve prossegui-<<strong>br</strong> />

mento com o discurso dos<<strong>br</strong> />

dirigentes de Associações e<<strong>br</strong> />

autoridades.<<strong>br</strong> />

AUTORIDADES<<strong>br</strong> />

Compareceram a mesa<<strong>br</strong> />

Jonas Rodrigues, Carlos Al-<<strong>br</strong> />

berto de Oliveira, Caó, Se-<<strong>br</strong> />

cretário de Habitação e Tra-<<strong>br</strong> />

balho, Ana Maria Noronha,<<strong>br</strong> />

Coordenadora da Pastoral<<strong>br</strong> />

de Favelas, Jó Rezende,<<strong>br</strong> />

Presidente da FAME RJ (Fe-<<strong>br</strong> />

deração das Associações de<<strong>br</strong> />

Bairro do Rio de Janeiro)<<strong>br</strong> />

Abdias Nascimento, Depu-<<strong>br</strong> />

tado Federal e líder do Mo-<<strong>br</strong> />

vimento Negro, Walter Gui-<<strong>br</strong> />

marães So<strong>br</strong>al Pinto, Jurista<<strong>br</strong> />

Marcelo Alencar, Prefeito<<strong>br</strong> />

da Cidade do Rio de Janei-<<strong>br</strong> />

ro, Nilza Pacheco Mariano<<strong>br</strong> />

(tia do Vicente Mariano),<<strong>br</strong> />

José Eudes, Deputado Fede-<<strong>br</strong> />

ral do PT, Vivaldo Barbosa,<<strong>br</strong> />

Secretário de Justiça, José<<strong>br</strong> />

Miguel, Deputado ÉstaduaJ<<strong>br</strong> />

do PDT, Benedita da Silva,<<strong>br</strong> />

Vereadora do PT, Nenes<<strong>br</strong> />

Nogueira, Secretário de<<strong>br</strong> />

Campos e outros.<<strong>br</strong> />

FALAÇÃO<<strong>br</strong> />

Jonas Rodrigues, iniciou<<strong>br</strong> />

o Congresso, fez um pe-<<strong>br</strong> />

queno histórico so<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

FAFERJ, os representantes<<strong>br</strong> />

das Comunidades puderam<<strong>br</strong> />

falar so<strong>br</strong>e a importância da<<strong>br</strong> />

FAFERJ, e, deste 40 Con-<<strong>br</strong> />

gresso, pudemos anotar al-<<strong>br</strong> />

gumas falações:<<strong>br</strong> />

MAZINHO — representante<<strong>br</strong> />

de Campos<<strong>br</strong> />

"Nossos problemas não<<strong>br</strong> />

divergem dos problemas da<<strong>br</strong> />

capital, falta água, há falta<<strong>br</strong> />

de humanidade dos poli-<<strong>br</strong> />

ciais. As autoridades têm<<strong>br</strong> />

que reconhecer que nós tra-<<strong>br</strong> />

balhamos na produção di-<<strong>br</strong> />

reta dos bens desse país.<<strong>br</strong> />

A luta dos favelados, hoje,<<strong>br</strong> />

conta com vários segmen-<<strong>br</strong> />

tos da sociedade".<<strong>br</strong> />

CARLOS DUQUE - pre-<<strong>br</strong> />

sidente do Conselho de Re-<<strong>br</strong> />

presentante da FAFERJ..<<strong>br</strong> />

"Vamos lutar para ter<<strong>br</strong> />

uma federação; mas para is-<<strong>br</strong> />

so é necessário que estejam<<strong>br</strong> />

todos lá dentro levando o<<strong>br</strong> />

pensamento do nosso com-<<strong>br</strong> />

panheiro Vicente Mariano".<<strong>br</strong> />

MILTON MENDONÇA -<<strong>br</strong> />

diretor da FAFERJ<<strong>br</strong> />

"Neste momento tenho a<<strong>br</strong> />

honra de saudar o Congres-<<strong>br</strong> />

so ressaltando a urbanização<<strong>br</strong> />

e não a remoção".<<strong>br</strong> />

Muita polemica no 4C Congresaa da FAFERJ<<strong>br</strong> />

DIQUINHO<<strong>br</strong> />

do Itararé<<strong>br</strong> />

"É muito importante no<<strong>br</strong> />

dia 9/9/84, estarmos participando<<strong>br</strong> />

da primeira atividade<<strong>br</strong> />

do Congresso, pois vamos<<strong>br</strong> />

começar a discutir a<<strong>br</strong> />

<strong>org</strong>anização do movimento.<<strong>br</strong> />

Muitas Associações divergem<<strong>br</strong> />

da atual diretoria, é<<strong>br</strong> />

bom esclarecer isso para que<<strong>br</strong> />

não fique só no momento<<strong>br</strong> />

festivo".<<strong>br</strong> />

ABÍLIO DOMINOU ES -<<strong>br</strong> />

coordenador do 40 Congresso.<<strong>br</strong> />

"Co<strong>br</strong>ou do Governador<<strong>br</strong> />

o compromisso com o povo<<strong>br</strong> />

favelado<<strong>br</strong> />

JOSÉ IVAN - presidente<<strong>br</strong> />

do Morro do Borel<<strong>br</strong> />

"Estamos representando<<strong>br</strong> />

um povo injustiçado, é desumano<<strong>br</strong> />

as condições das favelas".<<strong>br</strong> />

CLÁUDIO DE MORAES -<<strong>br</strong> />

presidente das Guararapes<<strong>br</strong> />

"É com muita tristeza<<strong>br</strong> />

que ainda vejo faixas ao alto<<strong>br</strong> />

reivindicando um direito básico<<strong>br</strong> />

que é o de morar,<<strong>br</strong> />

negado até hoje pela alta<<strong>br</strong> />

burguesia".<<strong>br</strong> />

Várias comunidades levaram<<strong>br</strong> />

faixas e cartazes, e a<<strong>br</strong> />

que mais se destacou foi a<<strong>br</strong> />

de Rios da Pedra, que estão<<strong>br</strong> />

há 8 meses acampados em<<strong>br</strong> />

Jacarepaguá.<<strong>br</strong> />

0 prefeito, Marcelo Alencar,<<strong>br</strong> />

pediu 1 minuto de silêncio<<strong>br</strong> />

pelas vítimas da Comunidade<<strong>br</strong> />

do Pavão-Pavãozinho,<<strong>br</strong> />

depois iniciou agradecendo<<strong>br</strong> />

o fato da Cidade do<<strong>br</strong> />

Rio de Janeiro sediar o 49<<strong>br</strong> />

■Fnto : palermoi<<strong>br</strong> />

40 CONGRESSO<<strong>br</strong> />

DA FAFERJ<<strong>br</strong> />

O 40 Congresso da Fede-<<strong>br</strong> />

ração das Associações de<<strong>br</strong> />

Favelas do Rio de Janeiro,<<strong>br</strong> />

"Vicente Mariano" (home-<<strong>br</strong> />

nagem póstuma a seu presi-<<strong>br</strong> />

dente, que mobilizou gran-<<strong>br</strong> />

des resistências as remoções<<strong>br</strong> />

na década de 60).<<strong>br</strong> />

A realização do 40 Con-<<strong>br</strong> />

gresso foi feita através de<<strong>br</strong> />

encontros regionais, onde a<<strong>br</strong> />

FAFERJ, com um temário<<strong>br</strong> />

formulado, debateu os se-<<strong>br</strong> />

guintes temas:<<strong>br</strong> />

— A luta pela transfor-<<strong>br</strong> />

mação das favelas em bair-<<strong>br</strong> />

ros populares.<<strong>br</strong> />

— Política de saúde.<<strong>br</strong> />

— Política Educacional e<<strong>br</strong> />

assistência à infância.<<strong>br</strong> />

— Segurança pública.<<strong>br</strong> />

— Relação da FAFERJ<<strong>br</strong> />

com os Poderes Públicos.<<strong>br</strong> />

— Assuntos diversos de<<strong>br</strong> />

interesse da comunidade.<<strong>br</strong> />

—A luta pela Democracia e<<strong>br</strong> />

pela Soberania Nacional.<<strong>br</strong> />

As áreas onde aconteceu<<strong>br</strong> />

os encontros foram: na re-<<strong>br</strong> />

gião do Centro, na Leo-<<strong>br</strong> />

poldina, na Zona Oeste, Ja-<<strong>br</strong> />

carepaguá (RJ); em Petró-<<strong>br</strong> />

polis, Niterói e Campos.<<strong>br</strong> />

O PALCO DAS<<strong>br</strong> />

DISCUSSÕES<<strong>br</strong> />

No dia 30 de setem<strong>br</strong>o,<<strong>br</strong> />

se reuniram as regiões de<<strong>br</strong> />

Madureira, Jacarepaguá e<<strong>br</strong> />

Barra da Tijuca, no Colégio<<strong>br</strong> />

Baik. Onde foi palco<<strong>br</strong> />

de uma verdadeira guerra de<<strong>br</strong> />

nervos, ocasião esta onde a<<strong>br</strong> />

delegacia da FAFERJ, Jacarepaguá-Barra<<strong>br</strong> />

da Tijuca,<<strong>br</strong> />

formulou um documento de<<strong>br</strong> />

duras críticas à direção de<<strong>br</strong> />

Irineu Guimarães, à FA-<<strong>br</strong> />

FERJ, e, que este, por outro<<strong>br</strong> />

lado, acusava o documento<<strong>br</strong> />

de omitir as participações,<<strong>br</strong> />

em que<<strong>br</strong> />

esteve presente com a Delegacia<<strong>br</strong> />

Zonal Jacarepaguá —<<strong>br</strong> />

Barra.<<strong>br</strong> />

m<<strong>br</strong> />

^<<strong>br</strong> />

•„: - i -: ■><<strong>br</strong> />

^<<strong>br</strong> />

Favelão - pág. 11<<strong>br</strong> />

W<<strong>br</strong> />

m<<strong>br</strong> />

#<<strong>br</strong> />

o H<<strong>br</strong> />

CRUZADA SÃO<<strong>br</strong> />

SEBASTIÃO<<strong>br</strong> />

NÚCLEO PARADA<<strong>br</strong> />

DE LUCAS<<strong>br</strong> />

Curso de Marcenaria<<strong>br</strong> />

para menores<<strong>br</strong> />

(Aprendizagem e<<strong>br</strong> />

Produção)<<strong>br</strong> />

Aceita-se encomendas de:<<strong>br</strong> />

Móveis para creches, ca-<<strong>br</strong> />

deiras para saias, reuniões.<<strong>br</strong> />

Sindicatos, Igrejas, etc; <strong>br</strong>in-<<strong>br</strong> />

quedos-pedagógicos, móveis<<strong>br</strong> />

populares, reformas de mó-<<strong>br</strong> />

veis em geral - entreguas a<<strong>br</strong> />

domicílio.<<strong>br</strong> />

Obs.: Aceita-se doações de<<strong>br</strong> />

móveis usados.<<strong>br</strong> />

Rua da Democracia, 31 — Fa-<<strong>br</strong> />

vela Parada de Lucas. —<<strong>br</strong> />

Tel.: 391-8075 e 280-4675 -<<strong>br</strong> />

Rio de Janeiro.<<strong>br</strong> />

ALCÓOLICOS'<<strong>br</strong> />

ANÔNIMOS<<strong>br</strong> />

Grupo Catumbi<<strong>br</strong> />

Se o seu caso é beber o<<strong>br</strong> />

problema é seu.<<strong>br</strong> />

Se o seu caso é parar é<<strong>br</strong> />

nosso.<<strong>br</strong> />

Todos os sábados de 20h<<strong>br</strong> />

às 22h. Reunião aberta — Rua<<strong>br</strong> />

Catumbi, 68 — igreja da<<strong>br</strong> />

Salete.


Favelâo — pág. 12<<strong>br</strong> />

lão é bTrincadeira, e foi<<strong>br</strong> />

"um processo de ampla dis-<<strong>br</strong> />

cussão que seria batalha de<<strong>br</strong> />

confetes, num desenrolar de<<strong>br</strong> />

opiniões, se transformou em<<strong>br</strong> />

10 Revellion Popular Tiju-<<strong>br</strong> />

cano, onde os blocos farão<<strong>br</strong> />

um carnaval de rua, desfi-<<strong>br</strong> />

lando na terça-feira de car-<<strong>br</strong> />

naval.<<strong>br</strong> />

E é um pique de quem<<strong>br</strong> />

quer reavivar o carnaval de<<strong>br</strong> />

rua, que a Coordenadora de<<strong>br</strong> />

Eventos Carnavalescos Pró-<<strong>br</strong> />

Tijuca vem contando com a<<strong>br</strong> />

participação de: Sebastião<<strong>br</strong> />

Gonçalves, diretor da Asso-<<strong>br</strong> />

ciação de Moradores e Pró-<<strong>br</strong> />

Melhoramentos do Salguei-<<strong>br</strong> />

ro, Elizabeth Loureiro, dire-<<strong>br</strong> />

tora do 170 DEC, Paulo<<strong>br</strong> />

Márcio, diretor executivo da<<strong>br</strong> />

Coordenadoria de Desenvol-<<strong>br</strong> />

vimento Estadual, José Ro-<<strong>br</strong> />

berto, 10 tesoureiro da<<strong>br</strong> />

AMO AP R A (Associação de<<strong>br</strong> />

Moradores da Praça Saens<<strong>br</strong> />

Pena), Antônio CarlosAssad,<<strong>br</strong> />

presidente do PDT da Tiju-<<strong>br</strong> />

ca, representantes da Asso-<<strong>br</strong> />

ciação Comercial da Tijuca,<<strong>br</strong> />

SESC, AMABOA (Associa-<<strong>br</strong> />

\JAzj0.<<strong>br</strong> />

Numa 7 bela manhã de sá-<<strong>br</strong> />

bado de agosto, Virgínia<<strong>br</strong> />

Marciel Furtado 0. Didi<<strong>br</strong> />

convidou seus netos e vizi-<<strong>br</strong> />

nhos para lhes passar um se-<<strong>br</strong> />

gredo secular.<<strong>br</strong> />

Com lenha, barros, capim<<strong>br</strong> />

e papéis, construiu o bafêo<<strong>br</strong> />

de carvão. Já se foram 54<<strong>br</strong> />

anos, que com seu pai Os-<<strong>br</strong> />

waldo Lima, que na ocasião<<strong>br</strong> />

^íSS^^<<strong>br</strong> />

ção de Moradores do Alto<<strong>br</strong> />

da Boa Vista, 69 Batalhão<<strong>br</strong> />

da Polícia Militar, Comuni-<<strong>br</strong> />

dade do Bananal, Juventude<<strong>br</strong> />

Socialista do PDT, Comlurb<<strong>br</strong> />

Bloco Unidos da Curtição.<<strong>br</strong> />

Sem dúvida o movimento<<strong>br</strong> />

vem com força total, e na<<strong>br</strong> />

terceira reunião, realizada<<strong>br</strong> />

no SESC da Tijuca, em se-<<strong>br</strong> />

tem<strong>br</strong>o, já estavam amarra-<<strong>br</strong> />

das as datas para os eventos,<<strong>br</strong> />

sendo o IP Revellion Po-<<strong>br</strong> />

pular Tijucano programado<<strong>br</strong> />

para sugestiva data de 31 de<<strong>br</strong> />

dezem<strong>br</strong>o, com início mar-<<strong>br</strong> />

cado para às 20:00 h e<<strong>br</strong> />

plena Praça Saens Pena.<<strong>br</strong> />

No domingo de carnaval<<strong>br</strong> />

as escolas desfilarão, to-<<strong>br</strong> />

mando um pouco da segun-<<strong>br</strong> />

da-feira, onde os blocos<<strong>br</strong> />

também dão sua presença<<strong>br</strong> />

nas avenidas; e é Roberto<<strong>br</strong> />

Maggessi — representando o<<strong>br</strong> />

Bloco Unidos da Curtição<<strong>br</strong> />

que propusera a terça-feira,<<strong>br</strong> />

já que se encerraram os des-<<strong>br</strong> />

files.<<strong>br</strong> />

É bom que isso pegue,<<strong>br</strong> />

que a Tijuca dê seu exem-<<strong>br</strong> />

plo, e que todos nós caia-<<strong>br</strong> />

mos na folia,<<strong>br</strong> />

r#<<strong>br</strong> />

na fazenda VJaqueire cons-<<strong>br</strong> />

truía dezenas de balões, foi<<strong>br</strong> />

com ele que 0. Didi apren-<<strong>br</strong> />

deu essa técnica. Seu pai<<strong>br</strong> />

conseguia obter 200 sacas<<strong>br</strong> />

de carvão.<<strong>br</strong> />

PROJETO<<strong>br</strong> />

w<<strong>br</strong> />

Os balões são construídos<<strong>br</strong> />

em terreno plano: arma-se 4<<strong>br</strong> />

É o projeto que está<<strong>br</strong> />

sendo desenvolvido na Co-<<strong>br</strong> />

munidade do Morro do Sal-<<strong>br</strong> />

gueiro, que culminou com o<<strong>br</strong> />

grande Show na noite de 25<<strong>br</strong> />

de setem<strong>br</strong>o, no Teatro<<strong>br</strong> />

João Caetano. O projeto vi-<<strong>br</strong> />

sa o resgate da Memória<<strong>br</strong> />

Cultural e Social desta co-<<strong>br</strong> />

munidade.<<strong>br</strong> />

A renda do show foi rer-<<strong>br</strong> />

tida pra Associação de Mo-<<strong>br</strong> />

radores e também custeará<<strong>br</strong> />

os gastos da mostra de foto-<<strong>br</strong> />

grafias no Museu da Cidade.<<strong>br</strong> />

A Comunidade do Sal-<<strong>br</strong> />

gueiro, segundo seu presi-<<strong>br</strong> />

dente, Zé Santos, - tem<<strong>br</strong> />

uma característica muito<<strong>br</strong> />

própria; em seus 50 anos de<<strong>br</strong> />

vida, ela conseguiu manter-<<strong>br</strong> />

se como uma grande famí-<<strong>br</strong> />

lia ou seja, o Salgueiro não<<strong>br</strong> />

sofreu um grande proces-<<strong>br</strong> />

so de miscegenação, qua-<<strong>br</strong> />

se .todos são negros, cario-<<strong>br</strong> />

cas e parentes.<<strong>br</strong> />

Emocionado diz Zé San-<<strong>br</strong> />

tos: "Queremos mostrar que<<strong>br</strong> />

na favela também se ouve.<<strong>br</strong> />

Bethoven e se lê o jornal do<<strong>br</strong> />

Brasil". Continua. . .,<<strong>br</strong> />

Zé, como é que fica a<<strong>br</strong> />

participação da Comunida-<<strong>br</strong> />

de com ingresso a 5 mil<<strong>br</strong> />

cruzeiros?<<strong>br</strong> />

— Eu achei caro, mas as<<strong>br</strong> />

pessoas que coordenaram o<<strong>br</strong> />

espetáculo acharam que o<<strong>br</strong> />

preço estava de acordo,<<strong>br</strong> />

porque reuniria vários artis-<<strong>br</strong> />

tas numa mesma noite.<<strong>br</strong> />

Quem é a coordenação?<<strong>br</strong> />

- Haroldo Costa, Museu<<strong>br</strong> />

da Cidade e Associação de<<strong>br</strong> />

Tõcõ^^n^oêirã^^ãm^<<strong>br</strong> />

nho desejado, que em forma<<strong>br</strong> />

vertical são amarrados sepa-<<strong>br</strong> />

radamente para servir de<<strong>br</strong> />

ostentação das pequenas<<strong>br</strong> />

partes de madeiras. As ma-<<strong>br</strong> />

deiras encherão o balão com<<strong>br</strong> />

três tamanhos, entre médi-<<strong>br</strong> />

os e pequenos. Como uma<<strong>br</strong> />

fogueira, preservando o va-<<strong>br</strong> />

zio entre as 4 primeiras ma-<<strong>br</strong> />

deiras, que formam a boca<<strong>br</strong> />

do balão; as madeiras são<<strong>br</strong> />

cobertas por capim, e, logo<<strong>br</strong> />

após coberta com barro.<<strong>br</strong> />

Como um bolo, são feitas<<strong>br</strong> />

muitas perfurações para o<<strong>br</strong> />

escape do fumaça e, com<<strong>br</strong> />

uma tampa,<<strong>br</strong> />

pela boca, tampa-o<<strong>br</strong> />

e espere até que o bojo<<strong>br</strong> />

fique bem formado — para<<strong>br</strong> />

isso dura 1 dia.<<strong>br</strong> />

A um balão<<strong>br</strong> />

de 3m de larg. 80 cm de<<strong>br</strong> />

alt., com tocos de goia-<<strong>br</strong> />

beiras, cedro primeiro e lou-<<strong>br</strong> />

ro.<<strong>br</strong> />

D. Didi, ao amanhacer<<strong>br</strong> />

de domingo colheu grande<<strong>br</strong> />

quantidade de carvão vege-<<strong>br</strong> />

tal, o segredo taí, bom<<strong>br</strong> />

aproveito.<<strong>br</strong> />

Moradores com o apoio da<<strong>br</strong> />

Funarj.<<strong>br</strong> />

O SHOW<<strong>br</strong> />

Participaram do show, o<<strong>br</strong> />

conjunto Som Sete, Velha<<strong>br</strong> />

Guarda do Salgueiro, que<<strong>br</strong> />

fala com simplicidade as<<strong>br</strong> />

coisas bonitas da vida, na<<strong>br</strong> />

presença de Iracy Serra,<<strong>br</strong> />

Noel Rosa de Oliveira, Ney<<strong>br</strong> />

Lopes, Dinalva de Moraes e<<strong>br</strong> />

Djalma Xavier e os alunos<<strong>br</strong> />

da Escola Bombeiro Ge-<<strong>br</strong> />

raldo Dias. O Caxambu,<<strong>br</strong> />

dança profana e religiosa;<<strong>br</strong> />

profana pelo fato de ser<<strong>br</strong> />

alegre, descompromissada;<<strong>br</strong> />

religiosa devido a sua estreita<<strong>br</strong> />

ligação com a terra, o chão<<strong>br</strong> />

e as almas. Dançada pelos<<strong>br</strong> />

negros no final feliz da<<strong>br</strong> />

colheita ou quando os fei-<<strong>br</strong> />

tores; mocinhas e senhoras<<strong>br</strong> />

se distraiam; assim definiu o<<strong>br</strong> />

Jongueiro e Haroldo Costa.<<strong>br</strong> />

Ainda colaboraram com a<<strong>br</strong> />

linda noite a nossa grande<<strong>br</strong> />

sambista e esquecida petos<<strong>br</strong> />

donos dos meios de co-<<strong>br</strong> />

municação musicais, Elza<<strong>br</strong> />

Soares, o cantor e com-<<strong>br</strong> />

positor Luiz Carlos da Vila,<<strong>br</strong> />

Silvio César, Milton Gon-<<strong>br</strong> />

çalves, Emilinha Borba e a<<strong>br</strong> />

nossa grande batalhadora e<<strong>br</strong> />

resistente Leci Brandão, que<<strong>br</strong> />

homenageou a Comunidade<<strong>br</strong> />

do Salgueiro e também em<<strong>br</strong> />

sua canção "Zé do Ca-<<strong>br</strong> />

roço, a Comunidade do<<strong>br</strong> />

Morro Pau da Bandeira, que<<strong>br</strong> />

fica em Vila Isabel. As<<strong>br</strong> />

Gatas com suas belíssimas<<strong>br</strong> />

vozes renderam homenagem<<strong>br</strong> />

à Clara Nunes, numa qua-<<strong>br</strong> />

lificada interpretação, talen-<<strong>br</strong> />

to é talento mesmo !!!!<<strong>br</strong> />

A foto mostra o time de futebol<<strong>br</strong> />

do morro do Urubu (Urubu Rei F.<<strong>br</strong> />

O. Depois da visita de D. Eugênio<<strong>br</strong> />

Sales, a Comunidade do Morro do<<strong>br</strong> />

Urubu, ainda espera uma solução<<strong>br</strong> />

para os seus problemas, sendo a<<strong>br</strong> />

água e esgoto os mais necessários.<<strong>br</strong> />

De bom mesmo na Comunidade só<<strong>br</strong> />

o time de futebol, que aceita con-<<strong>br</strong> />

vites para jogos com outras Co-<<strong>br</strong> />

munidades, contatos pelo telefone<<strong>br</strong> />

359-8977 (soldado Henrique).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!