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leilão de livros ão de livros manuscritos & gravuras - Otium Cum ...

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nuno gonçalves<br />

leil <strong>leil<strong>ão</strong></strong> <strong>ão</strong> <strong>de</strong> <strong>livros</strong><br />

<strong>manuscritos</strong><br />

m a n u s c r i t o s<br />

& <strong>gravuras</strong><br />

2008


nuno gonçalves, leiloeiro, livreiro, unip., lda<br />

Rua <strong>de</strong> “O Século”, 7 - 1200-433 Lisboa (Portugal)<br />

tel | fax + (351) 21 346 31 11 - nuno.goncalves.lda@gmail.com<br />

www.nunogoncalves.pt<br />

durante os dias <strong>de</strong> exposiç<strong>ão</strong> e <strong>leil<strong>ão</strong></strong> (6 a 9 <strong>de</strong> Abril) contactar para:<br />

Hotel Fénix - tel. + (351) 21 386 21 21 | fax + (351) 21 386 01 31<br />

Nuno Gonçalves - tel. + (351) 91 984 34 93


nuno gonçalves<br />

<strong>leil<strong>ão</strong></strong> <strong>de</strong> <strong>livros</strong><br />

<strong>manuscritos</strong><br />

&<strong>gravuras</strong><br />

Exposiç<strong>ão</strong> - 6 <strong>de</strong> Abril, das 15h às 23h<br />

7, 8 e 9 <strong>de</strong> Abril, das 15h às 19h<br />

Leil<strong>ão</strong> - 7, 8 e 9 <strong>de</strong> Abril<br />

21h30m<br />

Hotel Fénix - Praça Marquês <strong>de</strong> Pombal, 8 - Lisboa


1.ª SESSÃO<br />

lotes 1 a 300<br />

Segunda-Feira, 7 <strong>de</strong> Abril<br />

21.30 horas


Lote n.º 2 Lote n.º 10<br />

Lote n.º 15 Lote n.º 21


Lote n.º 24<br />

Lote n.º 46 Lote n.º 48


1 A. (Ruben). - SILÊNCIO para 4: Romance. - Lisboa: Moraes Editores, 1973. - 272 pp.;<br />

200 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

2 A.P.D.G. - SKETCHES of Portuguese Life, Manners, Costume, and Character. - London:<br />

Geo. B. Whtittaker, 1826. - XXVIII-364 pp., 21 grav.: il.; 215 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inglesa inteira <strong>de</strong> pele da época, com trabalho a seco e cercadura a ouro nas pastas e a<br />

ouro na lombada; aparado; exemplar com falta do ante-rosto. Todas as <strong>gravuras</strong> coloridas. Uma das<br />

mais estimadas e importantes obras do que entre nós é <strong>de</strong>nominado por “Estrangeiros sobre Portugal”,<br />

inteiramente <strong>de</strong>dicado aos costumes portugueses, essencialmente aos <strong>de</strong> Lisboa, ricamente ilustrado com<br />

21 estampas coloridas representando as tradições tratadas no volume. O interesse acresce em torno <strong>de</strong>sta<br />

obra pelo facto <strong>de</strong> conter o único relato testemunhal conhecido da execuç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Gomes Freire. Raríssimo<br />

e muito procurado. Duarte Sousa, II, 3, refere apenas 17 grav.<br />

3 ABOIM (Diogo Guerreiro Camacho <strong>de</strong>). - OPUSCULUM <strong>de</strong> Privilegiis Familiarium,<br />

Officialiumque Sanctae Inquisitionis Desi<strong>de</strong>ratissimum. - Editio Secunda, cum Regmine<br />

Fisci actum [...]. - Ulyssipone Occi<strong>de</strong>ntali: Ex Officina Antonii <strong>de</strong> Sousa Sylva, 1735. - 4.º;<br />

§-§§//2, §§§//1, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Eee//4, Fff//2, Ggg//1, Hhh-Mmm//2; [10], 444 pp.;<br />

300 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira da época, ligeiramente cansada; furo <strong>de</strong> traça na margem superior.<br />

Segunda ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta obra impressa pela primeira vez em Coimbra, 1699, e terceira vez em Lisboa, 1759.<br />

O autor, natural <strong>de</strong> Ourique, formou-se em Direito Civil tendo servido vários lugares <strong>de</strong> magistratura,<br />

falecendo quando ocupava o cargo <strong>de</strong> Desembargador da Casa da Suplicaç<strong>ão</strong> em 1709. Invulgar. Barbosa,<br />

I, 658; Inoc., II, 159<br />

4 ABRAGÃO (Fre<strong>de</strong>rico <strong>de</strong> Quadros). - CAMINHOS <strong>de</strong> Ferro Portugueses: Esboço da sua<br />

História / prefácio <strong>de</strong> Manuel Pinto Osório. - Lisboa: Companhia dos Caminhos <strong>de</strong> Ferro<br />

Portugueses, 1956. - XIV-[2]-496 pp., 25 est.: il.; 270 mm.<br />

Brochado. Único volume publicado <strong>de</strong>sta história dos caminhos <strong>de</strong> ferro portugueses numa ediç<strong>ão</strong><br />

comemorativa do centenário da Companhia, profusamente ilustrada no texto e em separado.<br />

5 ABRAGÃO (Fre<strong>de</strong>rico <strong>de</strong> Quadros). - CEM Anos <strong>de</strong> Caminho <strong>de</strong> Ferro na Literatura<br />

Portuguesa / compilaç<strong>ão</strong> do Eng.º [...]; Nota Preambular do Eng.º R. <strong>de</strong> Espregueira<br />

Men<strong>de</strong>s. - Lisboa: Companhia dos Caminhos <strong>de</strong> Ferro Portugueses, 1956. - XVI, 438, [4]<br />

pp.: il.; 240 mm.<br />

Brochado. Publicada por ocasi<strong>ão</strong> das comemorações centenárias dos Caminhos <strong>de</strong> Ferro Portugueses, esta<br />

obra compila vários trechos literários <strong>de</strong> autores consagrados - Almeida Garrett, Bulh<strong>ão</strong> Pato, Herculano,<br />

Guerra Junqueiro, Camilo, Ramalho Ortig<strong>ão</strong>, Eça, Aquilino, Fialho <strong>de</strong> Almeida, Miguel Torga, Alves<br />

Redol, Augusto Gil, Gomes <strong>de</strong> Amorim, etc. - que se referem aos caminhos <strong>de</strong> ferro. Curioso.<br />

6 ABREU (Pedro Henriques <strong>de</strong>). - VIDA, E MARTYRIO DA GLORIOSA SANTA<br />

QUITERIA, e <strong>de</strong> Suas Oyto Irmaãs todas nacidas <strong>de</strong> hum parto, Portuguezas, &<br />

Protomartyres <strong>de</strong> Hespanha. Com hum discurso sobre a antiga Cida<strong>de</strong> Cinania / por [...].<br />

- Em Coimbra: Na Officina <strong>de</strong> Manoel <strong>de</strong> Carvalho, 1651. - 8.º; 8, 4, A-V8, X2; [24]-<br />

324 pp.; 205 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira n<strong>ão</strong> contemporânea; exemplar limpo. Ca<strong>de</strong>rno preliminar colocado<br />

no final do volume. [Tip. Port. Séc. XVII, 10; Inoc. VI, 411] Pedro Henriques <strong>de</strong> Abreu foi natural <strong>de</strong> Évora<br />

<strong>de</strong> Alcobaça, Reitor da Igreja <strong>de</strong> S. Pedro da Farinha, no bispado <strong>de</strong> Coimbra. Inocêncio ignora as datas <strong>de</strong><br />

nascimento e óbito. A obra, estimada na época, já era rara no tempo do distinto bibliógrafo.<br />

7 ABREU (Raimundo Ferreira <strong>de</strong>). - DIRECTORIO <strong>de</strong> Cerimonias <strong>de</strong> Missa Privada, e<br />

Solemne, com assistencia <strong>de</strong> Prelado em huma, e outra [...]. - Lisboa: Na Officina <strong>de</strong>


Miguel Manescal da Costa, 1745. - *-**//4, ***//2, A-Z, Aa-Hh//4, Ii//2; [20], 250, [2 br.]<br />

pp.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; últimos fólios com manchas <strong>de</strong> humida<strong>de</strong>. Raimundo Ferreira<br />

<strong>de</strong> Abreu nasceu em Lisboa em 1700. Or<strong>de</strong>nado sacerdote, <strong>de</strong>dicou-se à música e ao estudo da liturgia,<br />

chegando a Mestre <strong>de</strong> Cerimónias da Santa Casa da Misericórdia <strong>de</strong> Lisboa. Barbosa (III, p. 635) diz que<br />

a obra foi impressa por António <strong>de</strong> Sousa e Silva, provavelmente por nunca ter visto nenhum exemplar.<br />

Raro.<br />

8 AGUIAR (Asdrubal <strong>de</strong>). - SOROR MARIANA: Estudo sobre a Religioza Portugueza. -<br />

Lisboa: Portugalia, Lda, 1924. - 224-[4] pp., 4 est.: il.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele, corte superior das folhas carminado; conserva as capas <strong>de</strong> brochura;<br />

assinatura <strong>de</strong> posse. Biografia sobre Soror Mariana, acompanhada <strong>de</strong> uma bibliografia das edições das<br />

suas cartas. Estimado.<br />

9 AGUIRRE (Cristóv<strong>ão</strong> <strong>de</strong>). - DEFINIC,OENS Moraes muy Uteis, e Proveitosas para<br />

Curas, Confessores, & Penitentes [...]. Traduzido <strong>de</strong> Castelheno em Portuguez / pelo P.<br />

António <strong>de</strong> Araújo, accrescentado com todos os casos reservados aos Bispados <strong>de</strong>ste<br />

Reyno <strong>de</strong> Portugal [...]. - Em Coimbra: Na Officina <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> Antunes, 1701. - 8.º; a//4, A-Z,<br />

Aa//8, Bb//4; [8], 388, [4] pp.; 155 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pergaminho da época. (Inoc., I, p. 88) Ediç<strong>ão</strong> estimada, acrescentada <strong>de</strong> alguns<br />

casos particulares relativos à Igreja Portuguesa pelo Pe. António <strong>de</strong> Araújo.<br />

10 AL BERTO. - À PROCURA do Vento num Jardim d’Agosto. - Lisboa: Alberto R. Pidwell<br />

Tavares, editor, 1977. - 118 pp.; 210 mm. - (Colecç<strong>ão</strong> Suburbios, n.º 2)<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong> do livro <strong>de</strong> estreia <strong>de</strong> Al Berto, pseudónimo <strong>de</strong> Alberto R. Pidwell Tavares.<br />

Nascido em Coimbra, em 1948, no seio <strong>de</strong> uma família da alta aristocracia <strong>de</strong> origem inglesa, Al Berto<br />

cedo mostra o seu carácter irreverente. “Nas primeiras obras poéticas, Al Berto seguiu <strong>de</strong> perto a linha<br />

surrealista, especialmente a que emana <strong>de</strong> Herbeto Hél<strong>de</strong>r. Posteriormente, fun<strong>de</strong> a poesia na prosa,<br />

criando uma espécie <strong>de</strong> <strong>de</strong>ambulações fragmentárias. Foi distinguido em 1988 com Prémio Pen Club<br />

<strong>de</strong> Poesia pela obra «O Medo»” (Projecto Vercial, http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/al_berto.htm).<br />

Invulgar.<br />

11 AL BERTO. - MEU Fruto <strong>de</strong> Mor<strong>de</strong>r, Todas as Horas. - Lisboa: ed. autor, 1980. - 32 pp.;<br />

215 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Segundo livro do autor. Raro.<br />

12 [ALBUM <strong>de</strong> pequenas imagens da Ma<strong>de</strong>ira]. - s.l.: Empresa Ma<strong>de</strong>irense <strong>de</strong> Tabacos, s.d..<br />

- 100 imagens em álbum próprio.<br />

Brochado; cada folha com quatro carcelas com a imagem respectiva. Muito curiosa colecç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> 100<br />

imagens <strong>de</strong> pequeno formato (45x60 mm.), numeradas <strong>de</strong> 1 a 100, provavelmente oferecidas como brin<strong>de</strong><br />

nos maços <strong>de</strong> tabaco produzidos pela Empresa Ma<strong>de</strong>irense <strong>de</strong> Tabacos, publicado no primeiro quartel do<br />

século XX. Além das costumeiras paisagens e edifícios, possui o álbum imagens <strong>de</strong> costumes, <strong>de</strong> jogos <strong>de</strong><br />

Futebol do Marítimo, personagens, aviaç<strong>ão</strong>, afundamento <strong>de</strong> embarcações ao largo da costa ma<strong>de</strong>irense,<br />

etc. Muito raro.<br />

13 ALBUM dos Navios da Marinha Mercante Portuguesa. - Lisboa: Junta Nacional da<br />

Marinha Mercante, 1958. - [147] ff.: il.; 225x325 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina. Álbum com cerca <strong>de</strong> 140 foto<strong>gravuras</strong> <strong>de</strong> embarcações da marinha<br />

mercante nacional, cada uma <strong>de</strong>las acompanhada da respectiva <strong>de</strong>scriç<strong>ão</strong>. Raro.<br />

14 ALBUQUERQUE (A. <strong>de</strong>). - A EXECUÇÃO do Rei Carlos: Monarchicos e Republicanos.<br />

- Bruxelles: Imprimérie Liberté, 1909. - 226 pp.; 185 mm.<br />

- 10 -


Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele da época, cansada; ligeiramente aparado e com aci<strong>de</strong>z. Publicaç<strong>ão</strong><br />

sobre o regicídio que n<strong>ão</strong> é “um romance, livro <strong>de</strong> arte, nem t<strong>ão</strong> pouco um pretencioso estudo <strong>de</strong> história<br />

contemporânea”, mas que “participa todavia d’estas tres coisas [...]”. Escreveu o autor esta obra por<br />

achar o país “no mesmo marasmo inexplicável, apesar do sacrifício <strong>de</strong> tantos dos nossos camaradas. Das<br />

m<strong>ão</strong>s dum ditador cruel e dum mau rei, passou às dum velho mentecapto e torpe, secundado por uma<br />

mulher reaccionária, fanática e avara. O actual chefe <strong>de</strong> estado é uma criança inexperiente e enferma, que<br />

optimamente satisfará os ódios e ambições” (citações <strong>de</strong> “Ao Leitor”). Invulgar.<br />

15 ALBUQUERQUE (Afonso <strong>de</strong>). - COMMENTARIOS do Gran<strong>de</strong> Afonso D Alboquerque.<br />

- Lisboa: Na Regia Officina Typografica, 1774. - 4 v.; il.; 175 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações inteiras em pele marmoreada, ricamente <strong>de</strong>coradas a ouro nas pastas e lombadas;<br />

ligeiramente aparados; bom exemplar. (Inoc., I, p. 7; Ameal, 38; Samodães, 60; Pinto Matos, p. 5.) Obra<br />

do Vice-Rei da Índia no tempo <strong>de</strong> D. Manuel I, uma das fontes incontornáveis para o conhecimento da<br />

história da Índia no século XVI e, ainda hoje, um dos gran<strong>de</strong>s clássicos da língua. O “P. António Pereira <strong>de</strong><br />

Figueiredo n<strong>ão</strong> duvidou dar-lhe o quinto lugar na série em que os colocava com respeito ao mérito relativo<br />

<strong>de</strong> cada um, antepondo-lhe apenas Jo<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Barros, Dami<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Gois, Francisco <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> e Diogo <strong>de</strong><br />

Couto” (Inoc., I, 7). Ameal atesta que esta ediç<strong>ão</strong>, ornada com o retrato <strong>de</strong> Afonso <strong>de</strong> Albuquerque e<br />

contendo um mapa <strong>de</strong>sdobrável gravado a buril, é pouco comum no mercado.<br />

16 ALEGRE (Manuel). - UM BARCO para Ìtaca. - Águeda: ed. autor, 1971. - 64 pp.; 170<br />

mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

17 ALMANACH Luso-Africano para 1899: annuario ultramarino [...] / sob a direcç<strong>ão</strong> <strong>de</strong><br />

António Manuel da Costa Teixeira. - Lisboa: Guillard, Aillaud, 1898. - CXXIV, [36], 574<br />

pp.: il.; 150 mm.<br />

Brochado. Muito raro e curioso almanaque, dividido em duas partes. A primeira contendo informações<br />

úteis como tabelas astronómicas, navegações e caminhos, correios e telégrafos, etc.; a segunda sobre<br />

história, geografia, literatura, dialectos indígenas, música, etc.<br />

18 ALMEIDA (Fialho <strong>de</strong>). - OS GATOS: Publicaç<strong>ão</strong> Mensal d’Inquerito á Vida Portugueza.<br />

- N.º 1, Agosto <strong>de</strong> 1889 - 2.ª série, n.º 3, 25 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1894. - Porto; Lisboa: Casa<br />

Editora Alcino Aranha; Livraria Académica, 1889-1894. - 57 nums. em 6 v.; 185 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações com lombada e cantos em pele, ligeiramente aparado; ex-libris <strong>de</strong> Salema Garç<strong>ão</strong>. Título<br />

que advém das semelhanças que o autor encontra entre o crítico e o gato: «Deus fez o homem à sua<br />

imagem e semelhança, e fez o crítico à semelhança do gato». De «leitura fascinante» [Dic. Literatura, p.<br />

367], propunha-se analisar a socieda<strong>de</strong> portuguesa do seu tempo. Dirigida a um gran<strong>de</strong> público, cativado<br />

por uma gran<strong>de</strong> mordacida<strong>de</strong>, conseguiu larga audiência e contribuiu para a <strong>de</strong>finiç<strong>ão</strong> do estado <strong>de</strong><br />

espírito colectivo «que facilitou o advento da República» [ibi<strong>de</strong>m]. De muita rarida<strong>de</strong> quando completo, é<br />

obra importante e valiosa.<br />

19 ALMEIDA (Fortunato <strong>de</strong>). - O INFANTE <strong>de</strong> Sagres. - Porto: Livraria Portuense, 1894. -<br />

XLIV, 372 pp.; 210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado à cabeça. Memória sobre o Infante D.<br />

Henrique publicada por ocasi<strong>ão</strong> do quinto centenário do seu nascimento. Invulgar.<br />

20 ALMEIDA (Jo<strong>ão</strong> <strong>de</strong>). - SUL d’ Angola: Relatório <strong>de</strong> um governo <strong>de</strong> distrito (1908-1910).<br />

- Lisboa: Typ. do Annuario Commercial, 1912. - XX, 650 pp., 11 mapas e tabelas: il.; 295<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado. Extenso relatório sobre a situaç<strong>ão</strong><br />

militar, política, económica e social do Sul <strong>de</strong> Angola, profusamente ilustrado no texto com foto<strong>gravuras</strong><br />

a preto e em separado com vários mapas, alguns coloridos, da regi<strong>ão</strong>. Raro.<br />

- 11 -


21 ALMEIDA (Pe. Teodoro <strong>de</strong>). - RECREAÇÃO FILOSOFICA, ou Dialogo sobre a<br />

Filosofia Natural, para instrucç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> pessoas curiosas, que n<strong>ão</strong> frequentar<strong>ão</strong> as aulas /<br />

pelo [...]. - Quinta Impress<strong>ão</strong> muito mais correcta, que as prece<strong>de</strong>ntes. - Lisboa: Na Regia<br />

Officina Typographica, 1786-1800. - 10 v.: il.; 170 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações inteiras <strong>de</strong> carneira da época, corte das folhas carminado; bom exemplar. [Inoc., VII, 301]<br />

Obra didática, em forma <strong>de</strong> diálogo, on<strong>de</strong> o Pe. Teodoro <strong>de</strong> Almeira procurou instruir os menos instruídos<br />

sobre as ciências naturais em forma <strong>de</strong> diálogo. Foi obra muito estimada como as variadíssimas edições<br />

atestam. Esta é, na verda<strong>de</strong>, a segunda ediç<strong>ão</strong> completa.<br />

22 ALMEIDA (Teodoro, Pe.). - LISBOA Destruida: poema. - Lisboa: Na Off. <strong>de</strong> Antonio<br />

Rodrigues Galhardo, 1803. - XVI, 280, [4] pp.: il.; 170 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira da época; corte das folhas pintado; bom exemplar. Primeira ediç<strong>ão</strong><br />

publicada postumamente <strong>de</strong>ste poema sobre o Terramoto <strong>de</strong> 1755 em Lisboa e escrito logo <strong>de</strong>pois daquela<br />

tragédia. A obra foi <strong>de</strong>ixada manuscrita pelo autor, apesar <strong>de</strong> circularem cópias <strong>de</strong>sse manuscrito logo<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter sido escrito. Diz-nos Inocêncio (VII, p. 307) “tem ainda assim bastante valor no sentido<br />

histórico, pela exacta e minuciosa narrativa do sucesso, e <strong>de</strong> todas as suas particularida<strong>de</strong>s e circunstâncias,<br />

tanto no texto como nas notas <strong>de</strong> que este a cada passo se acompanha”. Cada um dos cantos vem encimado<br />

com uma bonita gravura alusiva ao terramoto. Raro.<br />

23 ALVARENGA (Pedro Francisco da Costa). - ANATOMIA Pathologica e Symptomatologia<br />

da Febre Amarella em Lisboa no anno <strong>de</strong> 1857: memoria apresentada à Aca<strong>de</strong>mia Real<br />

das Sciencias <strong>de</strong> Lisboa [...] / pelo Sócio Effectivo [...]. - Lisboa: Typographia da Aca<strong>de</strong>mia,<br />

1861. - XVIII, 238 pp., [17] ff.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; apenas ligeiramente aparado à<br />

cabeça; manchas <strong>de</strong> humida<strong>de</strong> nos primeiros fólios. Muito interessante estudo sobre o surto <strong>de</strong> febre<br />

amarela que apareceu em Portugal no ano <strong>de</strong> 1857, causadora da morte <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong> pessoas. Raro.<br />

24 ALVAREZ DE COLMENAR (Juan). - LES DELICES <strong>de</strong> l’Espagne & du Portugal [...]. - A<br />

Lei<strong>de</strong>: Chez Pierre Van<strong>de</strong>r, 1707. - 8.º; 5 v. em 4: il; 165 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações inteiras em pele, recentes; ligeiramente aparados. PRIMEIRA EDIÇÃO. A obra está<br />

dividida da seguinte forma: I: qui comprend, outre l’état <strong>de</strong> l’ancienne Espagne, les Province <strong>de</strong> Biscaye,<br />

d’asturie, <strong>de</strong> Galice, <strong>de</strong> Leon, & <strong>de</strong> Castille Vieille; II: qui contient la Castille nouvelle; III: qui comprend<br />

les provinces d’Andalousie, <strong>de</strong> Grena<strong>de</strong>, <strong>de</strong> Murcie, <strong>de</strong> Valence, & les Illes <strong>de</strong> Cadix, <strong>de</strong> Majorque, &<br />

<strong>de</strong> Minorque, &c.; IV: qui comprend les six provinces du Royaume <strong>de</strong> Portugal; V: qui comtient une<br />

<strong>de</strong>scription générale & abrégée <strong>de</strong> toute l’Espagne & du Portugal, <strong>de</strong>s qualitez <strong>de</strong> l’air & du terroir, <strong>de</strong>s<br />

moeurs <strong>de</strong>s Espagnols, & <strong>de</strong>s Portugais, <strong>de</strong> leur Réligion, <strong>de</strong> leur gouvernement, &c. No que diz respeito<br />

a Portugal, possui as seguintes <strong>gravuras</strong>: primeiro volume: 1. Mapa da Península Ibérica; no quarto volume:<br />

1. Vila Nova; 2. Braga; 3. Coimbra; 4. Lisboa e Foz do Tejo; 5. Terreiro do Paço; 6. Palácio do Con<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Aveiro; 7. Palácio Real; 8. Vista <strong>de</strong> um Palácio que o Rei <strong>de</strong> Portugal comprou; 9. Cascais e Belém; 10.<br />

Vista do Porto e da Igreja <strong>de</strong> Belém; 11. Igreja e Mosteiro <strong>de</strong> Belém; 12. Torre <strong>de</strong> Belém; 13. Setúbal; 14.<br />

Évora; 15. Estremoz; 16. Elvas; 17. Arronches; 18. Olivença; 19. Vila Viçosa; 20. Ferreira; no quinto volume<br />

possui: 1. Festa <strong>de</strong> Touros em Lisboa; 2. Embarque da Princesa <strong>de</strong> Portugal D. Catarina, esposa <strong>de</strong> Carlos<br />

II, Rei <strong>de</strong> Inglaterra; 3. Cavaleiros <strong>de</strong> Portugal. Todas as <strong>gravuras</strong> s<strong>ão</strong> abertas a talhe doce. RARÍSSIMO.<br />

Duarte <strong>de</strong> Sousa, I, 262, ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> 1715; Portugal e os Estrangeiros, I, p.263<br />

25 AMADO (José <strong>de</strong> Sousa). - OS CONVENTOS <strong>de</strong> Religiosas em Portugal e na Inglaterra,<br />

ou observações sobre o abandono e <strong>de</strong>cadência dos Conventos <strong>de</strong> Religiosas em Portugal;<br />

e a protecç<strong>ão</strong> e admiravel progresso dos mesmos em Inglaterra. - Lisboa: Na Typographia<br />

<strong>de</strong> G.M. Martins, 1859. - 104 pp., 1 ff. <strong>de</strong>sd.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; anotações a carv<strong>ão</strong>. Rara publicaç<strong>ão</strong><br />

on<strong>de</strong> o autor reflecte sobre o problema dos conventos <strong>de</strong> religiosas em Portugal. A última folha <strong>de</strong>sdobrável<br />

contém um conjunto <strong>de</strong> hinos em latim.<br />

- 12 -


26 ANDERSEN (Hans Christian). - CONTOS <strong>de</strong> An<strong>de</strong>rsen / traduç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Gabriel Pereira.<br />

- Lisboa: Livraria Editora <strong>de</strong> Mattos Moreira, 1879. - 180 pp.; 180 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; corte superior das folhas<br />

carminado. Estimada traduç<strong>ão</strong> para português dos populares contos <strong>de</strong> Hans Christian An<strong>de</strong>rsen, com<br />

uma pequena biografia do autor.<br />

27 ANDRADE (Eugénio <strong>de</strong>). - OS AMANTES sem Dinheiro: Poemas. - Lisboa: Circulo<br />

Bibliográfico, 1950. - 66, [2] pp.; 190 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Raro.<br />

28 ANDRADE (José Inácio <strong>de</strong>). - CARTAS ESCRIPTAS DA INDIA E DA CHINA nos<br />

Annos <strong>de</strong> 1815 a 1835 por José Ignacio <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> a sua Mulher D. Maria Gertru<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

Andra<strong>de</strong>. - Lisboa: Imprensa Nacional, 1847. - 2 v. em 1.: il.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele, cansada; ligeiramente aparado. [Inocêncio, IV, p. 370]<br />

Publicaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma centena <strong>de</strong> cartas escritas por José Inácio <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> <strong>de</strong>dicado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muito novo<br />

à marinha mercante. Empreen<strong>de</strong>u várias viagens que ele próprio comandava, tendo sido a última <strong>de</strong>las<br />

à China em 1835, regressando a Portugal em 1837. Nestas suas cartas, escritas a propósito <strong>de</strong>ssa viagem,<br />

faz importantes <strong>de</strong>scrições dos costumes, tradições, leis, religi<strong>ão</strong>, etc. do povo chinês. Segunda ediç<strong>ão</strong> que<br />

nada per<strong>de</strong> no que respeita à execuç<strong>ão</strong> tipográfia.<br />

29 ANDRESEN (Sofia <strong>de</strong> Mello Breyner). - CORAL. - Porto: Livraria Simões Lopes, 1950.<br />

- 104 pp.; 200 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Terceiro livro da obra <strong>de</strong> um dos maiores vultos da literatura portuguesa da<br />

segunda meta<strong>de</strong> do século XX.<br />

30 ANDRESEN (Sofia <strong>de</strong> Mello Breyner). - NO TEMPO Dividido. - Lisboa: Guimiarães<br />

Editores, 1954. - 72 pp.; 220 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado à cabeça. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Raro.<br />

31 ANDRESEN (Sophia <strong>de</strong> Mello Breyner). - NAVEGAÇÕES / vers<strong>ão</strong> inglesa <strong>de</strong> Ruth<br />

Fainlight; vers<strong>ão</strong> francesa <strong>de</strong> Joaquim Vital. - Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda,<br />

1983. - [88] pp., 1 disco: il.; 305 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong> acompanhada <strong>de</strong> um disco on<strong>de</strong> Sophia <strong>de</strong> Mello Breyner recita os poemas<br />

contidos no livro. Raro, especialmente com o disco original.<br />

32 ANTOLOGIA DE POESIA PORTUGUESA ERÓTICA E SATÍRICA: (dos Cancioneiros<br />

Medievais à Actualida<strong>de</strong>) / Selecç<strong>ão</strong>, prefácio e notas <strong>de</strong> Natália Correia, Ilustrações <strong>de</strong><br />

Cruzeiro Seixas.. - Lisboa: Afrodite, [1966]. - 552 pp., 6 est.: il.; 195 mm.<br />

Tiragem especial <strong>de</strong> 500 exemplares, numerada e assinada, da qual este é o número 45. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong><br />

com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas carminado. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta obra proibida<br />

pela censura do Estado Novo que reúne poemas portugueses eróticos e satíricos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as cantigas <strong>de</strong><br />

escarnho e maldizer até aos poetas contemporâneos como Melo e Castro, Luís Pacheco, Herberto Hel<strong>de</strong>r,<br />

Dórdio Guimarães, António Ramos Rosa, entre muitos outros. Com as ilustrações <strong>de</strong> Cruzeiro Seixas<br />

que n<strong>ão</strong> foram incluídas nalguns exemplares. Muito procurado.<br />

33 ANTÓNIO Pedro (1909-1966): Pintura, Escultura, Cerâmica, Poesia, Romance, Teatro,<br />

Teoria, Crítica, Política, Jornalismo, Exposiç<strong>ão</strong> Retrospectiva. - Lisboa: Fundaç<strong>ão</strong> Calouste<br />

Gulbenkian, 1979. - 120 pp.: 240 mm.<br />

Brochado. Catálogo da Exposiç<strong>ão</strong> retrospectiva da obra <strong>de</strong> António Pedro organizada por José Augusto<br />

França e patenteada em Caminho, no Museu Soares dos Reis no Proto e na Fundaç<strong>ão</strong> Calouste Gulbenkian<br />

em Lisboa. Profusamente ilustrado no texto a preto e a cores. Com vários artigos sobre as várias vertentes<br />

da obra artística <strong>de</strong> António Pedro. Invulgar.<br />

- 13 -


34 ANUÁRIO <strong>de</strong> Macau 1940-1941, 9.º ano <strong>de</strong> Publicaç<strong>ão</strong>. - Macau: Repartiç<strong>ão</strong> Central dos<br />

Serviços Económicos, 1941. - 46, XX, 480, LXXXVI pp., 20 est.: il.; 215 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; ligeiramente aparado; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Muito curioso<br />

e interessante anuário comercial <strong>de</strong> Macau para o ano <strong>de</strong> 1941. Dividido por várias secções, o Anuário<br />

inclui: primeiras páginas <strong>de</strong> anúncios comerciais; índice alfabético; um capítulo sobre a legislaç<strong>ão</strong> aplicável<br />

a Macau, n<strong>ão</strong> só com a publicaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> alguma da legislaç<strong>ão</strong>, mas também com uma extensa lista <strong>de</strong> diplomas<br />

legais relativos à regi<strong>ão</strong>; informações úteis, on<strong>de</strong> se incluem notas sobre a toponímia, porto <strong>de</strong> Macau,<br />

tabelas <strong>de</strong> medidas e moeda, correios e telégrafos, um breve capítulo sobre a história <strong>de</strong> Portugal e forma <strong>de</strong><br />

organizaç<strong>ão</strong> à data do Anuário e história <strong>de</strong> Macau; elementos estatísticos referentes à regi<strong>ão</strong>; uma quarta<br />

parte sobre as ilhas da Taipa e Coloane; repartições públicas, funcionários, agremiações, instituições, etc.;<br />

e por fim, um directório <strong>de</strong> Comerciantes, Industriais e Profissionais. Todos os capítulos e notas em<br />

português, inglês e mandarim.<br />

35 ARAGÃO (A.C. Teixeira <strong>de</strong>). - DESCRIPÇÃO Geral e histórica das moedas cunhadas<br />

em nome dos Reis, Regentes e Governadores <strong>de</strong> Portugal. - Lisboa: Imprensa Nacional,<br />

1874-1880. - 3 v.: il.; 270 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações em tela, rótulo com títulos a ouro nas lombadas; um pouco aparado. Primeira ediç<strong>ão</strong><br />

do pioneiro e ainda hoje importantíssimo estudo sobre numismática portuguesa. Com largas notícias<br />

biográficas dos Reis, príncipes e governadores que mandaram cunhar moeda em Portugal e nas possessões<br />

portuguesas, e transcriç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> variadíssimos documentos coevos. O terceiro volume é inteiramente <strong>de</strong>dicado<br />

à Índia. Ilustrado com estampas à parte. Muito raro e estimado.<br />

36 ARAGÃO (A.C. Teixeira <strong>de</strong>). - DESCRIPÇÃO Histórica das Moedas Romanas existentes<br />

no Gabinete Numismático <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> El-Rei o Senhor Dom Luiz I. - Lisboa:<br />

Typographia Universal, 1870. - 640 pp.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; corte superior das folhas carminado. Catálogo <strong>de</strong>scritivo das cerca<br />

<strong>de</strong> 2700 moedas romanas pertencentes a D.Luís com estudos preliminares sobre a moeda <strong>de</strong> cobre, prata<br />

e ouro, <strong>de</strong> dignitários e insígnias inscritas, dataç<strong>ão</strong> das moedas, falsificações, etc. Muito raro.<br />

37 ARAGÃO (Maximiano). - VISEU (Província da Beira): Subsídios para a sua História<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> fins do século XV / por [...]. - Porto: Tipografia Sequeira, 1928. - 2 v.; 210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; ligeiramente aparado. Importante<br />

monografia histórica sobre as instituições da regi<strong>ão</strong> viseense. O primeiro volume ocupa-se das instituições<br />

políticas, o segundo das instituições religiosas. Raro.<br />

38 [ARAUJO (José <strong>de</strong>)]. - REFLEXOENS Apologeticas a` Obra intitulada Verda<strong>de</strong>iro<br />

Metodo <strong>de</strong> Estudar [...] Expendidas para Desaggravo dos portuguezes em uma Carta, que<br />

em resposta <strong>de</strong> outra escreveo da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa para a <strong>de</strong> Coimbra, O P. Arsenio da<br />

Pieda<strong>de</strong>. - [Lisboa]: [Francisco Luis Ameno] , 1748. - 4.º; **//2, A-G//4 []//1, A-L//4; [4],<br />

54, [2], 86 pp.; 220 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira em pele marmoreada da época; aci<strong>de</strong>z pronunciada em alguns fólios. (Inoc. V,<br />

224). Obra atribuida por Inocêncio a José Araujo e segundo o mesmo autor o nome do editor, Nicolau<br />

Francez Sion, é um anagrama perfeito <strong>de</strong> Francisco Luis Ameno. Apesar <strong>de</strong> Inocêncio fazer referência<br />

apenas a um exemplar <strong>de</strong> VI- 66 pp., na Biblioteca Nacional (www.bn.pt) encontra-se um exemplar com<br />

a mesma colacç<strong>ão</strong> do presente, com a seguinte referência <strong>de</strong> pé <strong>de</strong> imprensa: «Valensa, Na Officina <strong>de</strong><br />

António Balle» que indicia um possível encobrimento do impressor, já que “n<strong>ão</strong> há registos <strong>de</strong> que o impr.<br />

valenciano Antonio Balle estivesse ainda em activida<strong>de</strong> nesta data”. O exemplar inclui ainda “Resposta As<br />

Reflexoens que o R.P.F.R. Arsenio da Pieda<strong>de</strong> Capunho fez ao Livro intitulado: Verda<strong>de</strong>iro metodo <strong>de</strong><br />

estudar” <strong>de</strong> Luis Antonio Verney. Interessantes folhetos em torno da polémica sobre “Verda<strong>de</strong>iro Método<br />

<strong>de</strong> Estudar”.<br />

39 ARCHIVO VIANNENSE / Estudos e Notas por Luiz <strong>de</strong> Figueiredo da Guerra. - V. I, n.º<br />

1, Jan. <strong>de</strong> 1891 - V.I, n.º 10, Out. <strong>de</strong> 1891. - Viana do Castelo: Tip. a vapor <strong>de</strong> André J.<br />

Pereira & Filho, 1895. - 10 n.ºs em 1 v.: il.; 230 mm.<br />

- 14 -


Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura, n<strong>ão</strong> só do volume,<br />

posteriormente publicadas, como <strong>de</strong> todos os fascículos; sem aparos. [Jornais e Revistas Portugueses do<br />

Séc. XIX, 386] Colecç<strong>ão</strong> completa <strong>de</strong>sta publicaç<strong>ão</strong> periódica <strong>de</strong>dicada à história do Minho ilustrado com<br />

4 estampas impressas em separado.<br />

40 ARRIAGA (José <strong>de</strong>). - HISTORIA da Revoluç<strong>ão</strong> Portugueza <strong>de</strong> 1820. - Porto: Lopes &<br />

C.ª, 1889-1901. - 4 v.: il.; 240 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações inteiras <strong>de</strong> percalina; alguns volumes com capas. Segunda ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta improtante<br />

obra, uma das primeiras tentativas <strong>de</strong> síntese da história da guerra civil. Ilustrada com vários retratos <strong>de</strong><br />

personagens históricas, alguns <strong>de</strong>les pela pena <strong>de</strong> Columbano Bordalo Pinheiro. Raro.<br />

41 ARTE (A) POPULAR EM PORTUGAL / Direcç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Fernando <strong>de</strong> Castro Pires <strong>de</strong> Lima.<br />

- Lisboa: Editorial Verbo, s.d.. - 3 v.: il.; 310 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações com lombada e cantos em pele. Obra <strong>de</strong> referência para todos os interessados por arte<br />

popular portuguesa, profusamente ilustrada no texto a preto e em separado a cores, abordando temáticas<br />

como a arquitectura, mobiliário, metalurgia, ourivesaria, culinária, fogo <strong>de</strong> artifício, barcos, cerâmica,<br />

literatura, entre muitos outros. Muito estimado e invulgar.<br />

42 ARTE <strong>de</strong> Ontem e <strong>de</strong> Hoje. - Lisboa: Edições R.E.S., 1948. - [216] pp., 6 est.: il.; 325<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Colectânea <strong>de</strong> artigos organizada<br />

por Ricardo Espírito Santo Silva e Eduardo Malta com colaboraç<strong>ão</strong> distinta <strong>de</strong> Reinaldo dos Santos,<br />

Diogo <strong>de</strong> Macedo, Varela Al<strong>de</strong>mira, Fernando <strong>de</strong> Pamplona, Raul Lino, entre outros, versando sobre váras<br />

temáticas da arte, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a escultura e pintura, passando pela arquitectura e artes <strong>de</strong>corativas até ao bailado<br />

mo<strong>de</strong>rno. Profusamente ilustrado no texto a preto e em separado a cores.<br />

43 ARTHUR (Ribeiro). - A LEGIÃO Portugueza ao Serviço <strong>de</strong> Napole<strong>ão</strong> (1808-1813). -<br />

Lisboa: Livraria Ferin, 1901. - [6], VIII, 152 pp., 7 est.: il.; 220 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado. Bom exemplar, bastante limpo e com as<br />

<strong>gravuras</strong> coloridas em muito bom estado <strong>de</strong> conservaç<strong>ão</strong>. Estudo histórico sobre a legi<strong>ão</strong> mandada<br />

preparar por Junot sob or<strong>de</strong>ns do seu imperador a fim <strong>de</strong> integrarem as tropas francesas sob o comando<br />

<strong>de</strong> Napole<strong>ão</strong>. Ilustrado com quatro <strong>gravuras</strong> coloridas representando os uniformes utilizados e mais três<br />

a preto. Raro.<br />

44 ARTIGOS das Sizas, novamente emendados por mandado <strong>de</strong>lRei N.Senhor. - Lisboa: Na<br />

Officina <strong>de</strong> Miguel Manescal da Costa, 1749. - 4.º; A-I//4, K//2, A-D//4; [2], 74, [6], 24,<br />

[2] pp.; 335 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira da época restaurada; aci<strong>de</strong>z; ligeira perda <strong>de</strong> suporte, sem afectar o texto,<br />

do canto inferior direito das folhas. Ediç<strong>ão</strong> do século XVIII <strong>de</strong>ste importante diploma para a economia<br />

portuguesa. As Sisas era um imposto indirecto que recaía sobre as mercadorias que entravam em contrato<br />

<strong>de</strong> compra e venda e troca. Aparecendo inicialmente como imposto municipal extraordinário para socorrer<br />

a <strong>de</strong>spesas extraordinárias, <strong>de</strong>pressa se transformou em imposto régio também provisório, e apartir do<br />

reinado <strong>de</strong> D. Jo<strong>ão</strong> I com carácter permanente e geral <strong>de</strong> que nem o Rei ou a Raínha estavam isentos.<br />

A importância <strong>de</strong>ste imposto po<strong>de</strong> verificar-se logo no reinado <strong>de</strong> D.Jo<strong>ão</strong> I, on<strong>de</strong> o total arrecadado por<br />

aquele imposto representou cerca <strong>de</strong> três quartos <strong>de</strong> todas as rendas da coroa. Foi, por isso, várias vezes<br />

regulamentado e alterado para melhor satisfazer as necessida<strong>de</strong>s dos vários momentos históricos (Dic.<br />

Hist. Port., VI, p. 1). A primeira vez que foram impressos estes Artigos das Sizas foi em 1542, por Germ<strong>ão</strong><br />

Galhar<strong>de</strong>. A partir da vers<strong>ão</strong> <strong>de</strong> 1702 passou a integrar a publicaç<strong>ão</strong> do «Regimento dos encabeçamentos<br />

das Sizas d’este Reino». Raro.<br />

45 ASSUNÇÃO (Guilherme José Ferreira <strong>de</strong>). - À SOMBRA do Convento.... - Lisboa: Nas<br />

Oficinas da Editorial Império, 1958. - 398, [2 br.] pp.: il.; 260 mm.<br />

Brochado; assinatura <strong>de</strong> posse no anterrosto. Exposiç<strong>ão</strong> informada sobre a história do Convento e da vila<br />

<strong>de</strong> Mafra, solidamente documentada e ricamente ilustrada.<br />

- 15 -


46 ATHENA: Revista <strong>de</strong> Arte / directores Fernando Pessoa e Ruy Vaz. - Lisboa: Imprensa<br />

Libanio da Silva, 1924-1925. - 208-[2] pp., 51 est.: il.; 270 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura anteriores do primeiro,<br />

segundo e terceiro número. [Daniel Pires, I, pp.73-75] Uma das mais importantes revistas literárias<br />

portuguesas, publicada numa época em que a Contemporânea se encontrava em sérias dificulda<strong>de</strong>s. Com<br />

colaboraç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Almada, António Botto, Alberto Caeiro, Álvaro <strong>de</strong> Campos, Ricardo Reis, Fernando<br />

Pessoa, Luís <strong>de</strong> Montalvor, entre muitos outros, a Athena, segundo Fernando Pessoa, é heterogénea,<br />

ensinando a arte que é “essencialmente multiforme”. Segundo Teresa <strong>de</strong> Almeida, citada por Daniel Pires,<br />

“atrás <strong>de</strong> Athena está, n<strong>ão</strong> uma geraç<strong>ão</strong> que se tinha <strong>de</strong>sfeito, mas apenas o esforço voluntarista <strong>de</strong> Pessoa<br />

que, assinando sob diferentes nomes textos e posições teóricas divergentes, procurou fazer <strong>de</strong>la o espaço <strong>de</strong><br />

uma utopia”. Colecç<strong>ão</strong> completa. Rara.<br />

47 ATLAS Mo<strong>de</strong>rno para uso da Mocida<strong>de</strong>, ou Principios claros para se apren<strong>de</strong>r facilmente,<br />

e em pouco tempo a Geografia: com hum Tratado methodico da Esfera, on<strong>de</strong> se explicaõ<br />

o Movimento dos Astros, os diversos Systemas, e o uso dos Globos / Traduzido do Francez.<br />

- Terceira ediç<strong>ão</strong> correcta, e emendada. - Lisboa: Na Typographia Rollandiana, 1812. -<br />

XXIV-394 pp., 24 est.: il.; 155 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele <strong>de</strong>corada a ouro na lombada; a maioria das <strong>gravuras</strong> <strong>de</strong>sdobráveis s<strong>ão</strong><br />

coloridas; alguma aci<strong>de</strong>z. Curioso atlas ilustrado com 24 estampas <strong>de</strong>sdobráveis impressas à parte, na sua<br />

gran<strong>de</strong> maioria mapas das várias regiões tratadas. Invulgar.<br />

48 AUFRERI (Stephanus). - OPUSCULUM avidissimus cumulus per egregium utriusos<br />

censure lumen eximium que doctore Stephanum auffreri parlamenti Tholosani quondam<br />

presi<strong>de</strong>ntem exhibitus. Preponitur enum Repetitio [...]. - Lugduni: per Benedictum Bõnyn,<br />

1533. - 8.º; Aa, A-K//8, K//10; [8], xc ff.; 160 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pergaminho; aparado, por vezes afectando os títulos. Bonita ediç<strong>ão</strong>, impressa em<br />

caracteres góticos, ilustrada com a marca do impressor no frontispício.<br />

49 AURORA: Revista Mensal <strong>de</strong> Sociologia, Sciência e Arte / dir. Abílio Ribeiro. - Anno I,<br />

n.º 1, Setembro <strong>de</strong> 1929 - Ano II, n.º 14, Outubro <strong>de</strong> 1930. - Porto: Tipo-Lito <strong>de</strong> Gonçalves<br />

& Nogueira, 1929-1930. - 14 n.ºs; 260 mm.<br />

Brochado. Colecç<strong>ão</strong> completa <strong>de</strong>sta revista <strong>de</strong> tendência anarquista. Publicaram-se vários textos<br />

doutrinários, entre eles Malatesta e Bakunine. De <strong>de</strong>stacar ainda um texto <strong>de</strong> Trotsky em que se <strong>de</strong>nuncia<br />

as prepotências e perseguições <strong>de</strong> Estaline. Raro. (Daniel Pires, I, p. 80)<br />

50 AZEREDO (Francisco <strong>de</strong>). - PÁRA-Raios: Estudo Theorico e Pratico. - Porto: Typographia<br />

<strong>de</strong> António José da Silva Teixeira, 1895. - X, 194, 8 pp., 10 est.: il.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; carimbos <strong>de</strong> posse da empresa Ramos e Silva, Electricistas e Oculistas;<br />

aci<strong>de</strong>z e alguns toscos restauros. Muito interessante estudo sobre o pára-raios, técnicas <strong>de</strong> colocaç<strong>ão</strong>,<br />

aspectos científicos, etc., ilustrado em separado com 10 estampas. Raro.<br />

51 AZEVEDO (Carlos <strong>de</strong>). - SOLARES Portugueses: Introduç<strong>ão</strong> ao Estudo da Casa Nobre.<br />

- Lisboa: Livros Horizonte, 1969. - 208 pp, 160 est.: il.; 290 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em pele. Importante contributo para a história da arquitectura civil no seguimento<br />

<strong>de</strong> estudos como os <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> Barreira e Raul Lino, abordando agora o que o autor chama <strong>de</strong> “arquitectura<br />

doméstica [...] erudita”. Profusamente ilustrado com reproduções fotográficas impressas em papel couché.<br />

52 AZEVEDO (J. Lucio <strong>de</strong>). - HISTORIA DOS CHERISTÃOS NOVOS PORTUGUESES.<br />

- Lisboa: Livraria Clássica, 1921. - X-518-[4] pp.; 225 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira em percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; assinatura <strong>de</strong> posse no frontispício.<br />

História do povo Ju<strong>de</strong>u em Portugal <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as suas origens até à expuls<strong>ão</strong> do país com um apêndice<br />

documental. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

- 16 -


Lote n.º 55 Lote n.º 58<br />

Lote n.º 63 Lote n.º 67


53 AZEVEDO (Sebasti<strong>ão</strong> <strong>de</strong>). - CEO Mystico a Gloriosissima Senhora S. Anna Mãy da Mãy<br />

Deos, & Avó <strong>de</strong> Christo, cuja vida, virtu<strong>de</strong>s, excellencias, & efficacia do seu patrocinio<br />

escreve, & illustra com doutrinas moraes, & elogios panegyricos / o Padre [...]. - Lisboa<br />

Occi<strong>de</strong>ntal: Na Officina <strong>de</strong> Antonio Pedrozo Galram, 1725. - 8.º; *//8, **//2, A-Z, Aa-<br />

Oo//8, Pp//4; [20], 600 pp.; 205 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira da época, <strong>de</strong>corada com ferros a seco nas pastas e a ouro na lombada;<br />

um pouco cansada, com falta do rótulo na lombada; corte das folhas carminado. Interessante obra do<br />

Padre Sebasti<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Azevedo, presbítero da congregaç<strong>ão</strong> do oratório, natural <strong>de</strong> Santarém, sobre S. Ana,<br />

Mãe <strong>de</strong> Maria. Raro.<br />

54 AZULEJOS: Semanario illustrado <strong>de</strong> sciencias, lettras e artes / dir. Palermo <strong>de</strong> Faria. -<br />

Anno I, 1.ª série, n.º 1, 21 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1907 - Anno II, n.º 66, 5.ª série, n.º 6, 26 <strong>de</strong><br />

Dezembro <strong>de</strong> 1908. - Lisboa: Palermo <strong>de</strong> Faria, 1907-1908. - 66 n.ºs em 1 volume.: il.; 335<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em percalina; conserva todas as capas <strong>de</strong> brochura. Curiosa revista<br />

<strong>de</strong> generalida<strong>de</strong>s, tendo como responsáveis das secções <strong>de</strong> ciência, literatura, arte e música, Anacleto<br />

d’Oliveira, Luís Cebola, A. Lacerda e Alfredo Mantua, respectivamente. De salientar as composições<br />

musicais que se inserem nas contra-capas <strong>de</strong> brochura com fados, valsaspolkas, etc. Raro.<br />

55 BAILLIE (Marianne). - LISBON in the Years 1821, 1822, and 1823 / by [...]. - 2ª ed.. -<br />

London: John Murray, 1825. - 2 v.: il.; 175 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações inteiras em pele com cercadura em filete simples a ouro nas pastas e <strong>de</strong>coraç<strong>ão</strong> a ouro nas<br />

seixas; carimbos <strong>de</strong> posse; dourado por folhas à cabeça. [Duarte Sousa, II, 40; Portugal e os Estrangeiros,<br />

I, 44] Impressões que Marianne Baillie obteve da estadia em Lisboa durante três anos, tecendo enormes<br />

elogios à Vila <strong>de</strong> Sintra. Ilustrado com 8 estampas impressas à parte. Bonito exemplar. Raro.<br />

56 BAPTISTA (Trinda<strong>de</strong>). - UM FEIXE <strong>de</strong> Sauda<strong>de</strong>s: preito à memória d’El-Rei Dom<br />

Carlos I, fragmentos históricos, biográficos e <strong>de</strong>sportivos. - Lisboa: J. Rodrigues & C.ª,<br />

1933. - 312 pp., 12 est.: il.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; ligeiramente aparado. Conjunto <strong>de</strong><br />

pequenos episódios da vida social e pessoal <strong>de</strong> D. Carlos, como sejam eventos <strong>de</strong>sportivos, caça, eventos<br />

sociais, etc., recordados por Trinda<strong>de</strong> Baptista.<br />

57 BARATA (Óscar Soares). - A QUESTÃO Racial: Introduç<strong>ão</strong>. - Lisboa: Universida<strong>de</strong><br />

Técnica <strong>de</strong> Lisboa, Instituto Superior <strong>de</strong> Ciências Sociais e Políticas Ultramarinas, s.d.. -<br />

326 pp.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Interessante dissertaç<strong>ão</strong><br />

<strong>de</strong> doutoramento do autor sobre a quest<strong>ão</strong> das relações raciais. Com uma primeira parte introdutória ao<br />

problema, seguido <strong>de</strong> uma explanaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> várias situações <strong>de</strong> coexistência racial com os exemplos da África<br />

do Sul, Estados Unidos da América, Brasil, Europa e Ásia, e, por fim, com um capítulo sobre as estruturas<br />

sócio-raciais. Invulgar.<br />

58 BARBOSA (Inácio <strong>de</strong> Vilhena). - AS CIDADES e Villas da Monarchia Portugueza que<br />

teem bras<strong>ão</strong> d’armas / por [...]. - Lisboa: Typographia do Panorama, 1860. - 3 v.: il.; 200<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações inteiras <strong>de</strong> pele marmoreada; bom exemplar. Colecç<strong>ão</strong> completa <strong>de</strong>sta estimada e rara<br />

síntese <strong>de</strong> todas as cida<strong>de</strong>s e vilas portuguesas com bras<strong>ão</strong> <strong>de</strong> armas, totalizando 125 localida<strong>de</strong>s que se<br />

<strong>de</strong>screvem e ilustram com o respectivo bras<strong>ão</strong> impresso em separado. (Inoc., X, p. 57).<br />

59 BARBOZA (António do Carmo Velho <strong>de</strong>). - MEMORIA Historica da Antiguida<strong>de</strong> do<br />

Mosteiro <strong>de</strong> Leça, chamada do Balio[...]. - Porto: Em Casa <strong>de</strong> Ignacio Corrêa, 1852. - [6],<br />

IV, 92, [2] pp., 5 est.: il.; 265 mm.<br />

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Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Bom exemplar. Rara monografia<br />

histórica <strong>de</strong>dicada ao Mosteiro <strong>de</strong> Leça do Balio nas suas origens. Ilustrada com cinco <strong>gravuras</strong> do mosteiro<br />

impressas à parte.<br />

60 BARROS (Eugénio Estanislau <strong>de</strong>). - AS GALÉS PORTUGUESAS DO SÉCULO XVI.<br />

- Lisboa: Imprensa da Armada, 1930. - 72-[2] pp., 6 est.: il.; 245 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conservando as capas <strong>de</strong> brochura. Pequeno, mas muito<br />

interessante estudo sobre estas embarcações que <strong>de</strong>sempenharam um papel importante no <strong>de</strong>senvolvimento<br />

da marinha portuguesa. Possui 5 estampas <strong>de</strong>sdobráveis <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s dimensões com <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> várias<br />

galés portuguesas.<br />

61 BARTISSOL (Edmond) & SEYRIG (T.). - A TRAVESSIA do Tejo em Lisboa / traduç<strong>ão</strong><br />

<strong>de</strong> Eduardo Perry Vidal. - Lisboa: Centro <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>, 1914. - 32 pp., 1 mapa.: il.; 240<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Trabalho realizado pelos<br />

engenheiros Bartissol e Seyrig sobre a urgência na construcç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma travessia <strong>de</strong> Lisboa para Almada do<br />

Tejo, em 1889. Com um mapa <strong>de</strong>sdobrável <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s dimensões com o alçado da possível ponte e o local<br />

da travessia. Muito raro e interessante.<br />

62 BARZIA Y ZAMBRANA (Joseph). - DESPERTADOR Christiano, Marial <strong>de</strong> varios<br />

Sermones [...]. - Lisboa: En la Imprenta <strong>de</strong> Miguel Manescal, 1695. - 8.º,+, A-Z, Aa-Oo//8,<br />

Pp//2; [16], 596 pp.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> pergaminho da época, cansada; aci<strong>de</strong>z generalizada. Obra muito estimada ainda hoje<br />

<strong>de</strong>ste autor também muito referenciado.<br />

63 [BECKFORD (William)]. - ITALY; with Sketches f Spain and Portugal / by the Author of<br />

“Vathek”. - Second edition, Revised. - London: Richard Bentley, 1834. - 2 v.; 225 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações inteiras <strong>de</strong> pele da época, <strong>de</strong>corada com duplo filete a ouro e roda a seco nas pastas, casas<br />

fechadas na lombada com rótulos; corte das folhas pintado com o mesmo motivo das folhas <strong>de</strong> guarda;<br />

bom exemplar. [Portugal e os Estrangeiros, I, 73; Duarte Sousa, II, 55] Obra <strong>de</strong> um dos autores mais<br />

estimados que escreveram sobre Portugal. Quase todo o segundo volume é <strong>de</strong>dicado a impressões <strong>de</strong><br />

Portugal. Raro.<br />

64 BEIRÃO (Caetano). - EL-REI DOM MIGUEL I e a sua Descendência / Resenha<br />

Genealógica e Biográfica. - s.n.: Portugália Editora, 1943. - XVI-240 pp.: il.; 250 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele, sem capas. Estudo genealógico sobre o Rei D. Miguel.<br />

Profusamente ilustrado no texto.<br />

65 BEIRÃO (Mário). - NOVAS Estrelas. - Lisboa: Livraria Portugália, 1940. - 206, [10] pp.;<br />

220 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; bom<br />

exemplar. Um dos mais importantes poetas do período <strong>de</strong> transiç<strong>ão</strong> do Simbolismo para o Mo<strong>de</strong>rnismo<br />

e, simultameamente, dos menos estudados. Sobre o autor escreveu o Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vila-Moura: “Dentre os<br />

poetas vivos, nenhum exerceu sobre o seu tempo influência que se lhe compare; t<strong>ão</strong> evi<strong>de</strong>ntes s<strong>ão</strong> as provas<br />

<strong>de</strong> superiorida<strong>de</strong> da sua poesia: popular, sem o comezinho <strong>de</strong>calque dos fáceis mestres da redondilha, - por<br />

intuiç<strong>ão</strong> e prática natural do génio do povo, em suas fontes; clássico, mas à sua maneira, como quem trata,<br />

<strong>de</strong>finitivamente, o que é <strong>de</strong> raz<strong>ão</strong> eterna” (cit. <strong>de</strong> Biblos, I, c. 629) e Dieter Woll. um dos estudiosos do<br />

primeiro mo<strong>de</strong>rnismo português regista que Mário Beir<strong>ão</strong> é “o poeta do Saudosismo mais importante, no<br />

que se refere à riqueza da imaginaç<strong>ão</strong> e força verbal” e que as suas composições “interessaram a Fernando<br />

Pessoa e a Mário <strong>de</strong> Sá-Carneiro <strong>de</strong> forma especial, e este último <strong>de</strong>ve-lhe muito sob o ponto <strong>de</strong> vista<br />

estilísitco” (ibi<strong>de</strong>m). Raro.<br />

- 19 -


66 BENEVIDES (Francisco da Fonseca). - ELEMENTOS <strong>de</strong> Balistica. - segunda ediç<strong>ão</strong>. -<br />

Lisboa: Typographia da Aca<strong>de</strong>mia Real das Sciencias, 1882. - [8], 250 pp.: il.; 240 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> época com lombada em pele um pouco cansada; ligeiramente aparado. Segunda ediç<strong>ão</strong>,<br />

acrescentada pelo autor, <strong>de</strong> um dos poucos tratados <strong>de</strong> balística publicados em Portugal. Ilustrado no texto<br />

com cerca <strong>de</strong> uma centena <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos e <strong>gravuras</strong>. Raro.<br />

67 BENEVIDES (Francisco da Fonseca). - O REAL THEATRO DE S.CARLOS DE<br />

LISBOA: Des<strong>de</strong> a sua fundaç<strong>ão</strong> em 1793 até à actualida<strong>de</strong>. - Lisboa: Typographia Castro<br />

Irm<strong>ão</strong> e Typographia e Lithographia <strong>de</strong> Ricardo <strong>de</strong> Sousa & Salles, 1883-1902. - 2 v. em<br />

1: il.; 295 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações inteiras <strong>de</strong> pele; conservando as bonitas capas <strong>de</strong> brochura impressas a cores do primeiro<br />

volume. O mais importante e completo estudo até hoje publicado sobre o mais importante Teatro <strong>de</strong><br />

Lisboa, principalmente no que ao repertório lírico mundial diz respeito, sendo por isso também um<br />

importante instrumento para a história da música em Portugal. O segundo volume, <strong>de</strong> menor formato é<br />

a continuaç<strong>ão</strong> do anterior actualizado até 1902. Profusamente ilustrado com retratos <strong>de</strong> artistas e <strong>gravuras</strong><br />

do Teatro <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> Alberto, Cazellas, Rafael Bordalo Pinheiro, entre outros. Raro.<br />

68 BENEVIDES (Francisco da Fonseca). - TABELLAS dados praticos, regras e instrucções<br />

para uso <strong>de</strong> engenheiros, conductores <strong>de</strong> trabalhos, constructores e em geral dos industriaes<br />

/ coligidas por [...]. - Lisboa: Imprensa Nacional, 1868. - 278 pp.; 245 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; ligeiramente aparado. Compilaç<strong>ão</strong><br />

<strong>de</strong> tabelas e várias fórmulas, dados práticos, etc. para uso da construç<strong>ão</strong>. Com capítulos sobre as medidas,<br />

composiç<strong>ão</strong> e caracteres químicos dos corpos e suas proprieda<strong>de</strong>s, mecânica, hidráulica, construcções,<br />

construções navais, pirotecnia, artilharia e balística, acústica, fornalhas e cal<strong>de</strong>iras, máquinas a vapor,<br />

electricida<strong>de</strong> e magnetismo, óptica e metereologia. Raro.<br />

69 BERGSTROM (Magnus). - TAREJA «Venusta Regina». - Lisboa: Empresa Nacional <strong>de</strong><br />

Publicida<strong>de</strong>, 1944. - 258, [6] pp.; 205 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Biografia <strong>de</strong> D. Teresa,<br />

estimado.<br />

70 BERNARDES (Manuel). - LUZ, e Calor. Obra Espiritual para os que trataõ do exercício<br />

<strong>de</strong> virtu<strong>de</strong>s, e caminho <strong>de</strong> perfeiçaõ, dividida em duas partes [...] / escrita pelo P. Manoel<br />

Bernar<strong>de</strong>z [...]. - Lisboa: Na Officina <strong>de</strong> Miguel Deslan<strong>de</strong>s, 1696. - 8.º; *//10, A-Z, Aa-<br />

Oo//8, Pp//4; [20], 584, [16] pp., 1 ret.: il.; 215 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira <strong>de</strong> época, em bom estado <strong>de</strong> conservaç<strong>ão</strong>; corte das folhas carminado;<br />

carimbo a óleo apagado no frontispício. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Segundo Inocêncio, o Pe. Manuel Bernar<strong>de</strong>s<br />

era um “estimabilíssimo escritor e perfeito mestre da lingua”. Nasceu em Lisboa, 1644 e morreu em<br />

1710 na Casa do Espírito Santo da Congregaç<strong>ão</strong> do Oratório <strong>de</strong> Lisboa, foi Licenciado em Filosofia pela<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra. Ilustrada com um bonito retrato do autor aberto a buril assinada Hieronymus<br />

Rossi. [Inoc., V, 374]<br />

71 BERNARDES (Manuel). - NOVA Floresta, ou Silva <strong>de</strong> Varios Apophthegmas, e ditos<br />

sentenciosos espirituaes, e moraes; com reflexoens, em que o util da doutrina se acompanha<br />

com o vario da erudiç<strong>ão</strong> assim divina, como humana [...]. - quarta impress<strong>ão</strong>. - Lisboa: Na<br />

Regia Officina Sylviana, 1759. - 8.º; 5 v.; 210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações uniformes, inteiras <strong>de</strong> carniera da época; corte das folhas carminado. Bom exemplar. Uma<br />

das últimas edições <strong>de</strong>sta estimadíssima obra do Pe. Manuel Bernar<strong>de</strong>s, consi<strong>de</strong>rado por Inocêncio como<br />

»um dos mais afamados classicos da lingua portugueza, que foi emulo do justamente celebrado padre<br />

Antonio Vieira, e que, apesar da enorme fama do seu competidor na tribuna sagrada, o exce<strong>de</strong>u em<br />

muitos pontos na suavida<strong>de</strong> e na poesia do estylo» (Inoc., XVI, 133). Invulgar.<br />

- 20 -


Lote n.º 74


72 BESSA (Carlos). - A LIBERTAÇÃO <strong>de</strong> Timor na II Guerra Mundial: importância dos<br />

Açores para os interesses dos Estados Unidos, subsídios históricos. - Lisboa: Aca<strong>de</strong>mia<br />

Portuguesa <strong>de</strong> História, 1992. - 184 pp.: il.; 255 mm.<br />

Brochado; por abrir. Interessante subsídio para o estudo da importância estratégica dos territórios<br />

portugueses na II Gran<strong>de</strong> Guerra.<br />

73 BETTENCOURT (Edmundo). - O MOMENTO e a Legenda / por [...]. - Coimbra:<br />

Edições Presença, 1930. - 80-[6] pp.; 255 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; nada aparado; exemplar<br />

com a falta da folha preliminar que suporta a capa <strong>de</strong> brochura anterior. [Almeida Marques, 144; Hist.<br />

Lit. Port., 1034] Óscar Lopes caracteriza este livro <strong>de</strong> um dos fundadores <strong>de</strong> Presença como “um dos mais<br />

estranhos <strong>livros</strong> <strong>de</strong> poesia editados por Presença, <strong>de</strong>vido a um misto <strong>de</strong> verda<strong>de</strong>ira audácia imaginativa e <strong>de</strong><br />

evi<strong>de</strong>nte voluntarieda<strong>de</strong> discursiva e rítmica experimental”. Edmundo Bettencourt é consi<strong>de</strong>rado como<br />

um dos mais originais poetas portugueses.<br />

74 BEZERRA (Manuel Gomes <strong>de</strong> Lima). - OS ESTRANGEIROS no Lima: ou conversaçoens<br />

eruditas sobre vários pontos <strong>de</strong> Historia ecclesiastica, Civil, Litteraria, Natural, Genealogia,<br />

Antiguida<strong>de</strong>s, Geographia, Agricultura, Commercio, Artes, e Sciencias. com huma<br />

<strong>de</strong>scripç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> todas as Villas, Freguezias, e Lugares notaveis da Ribeira Lima [...]. - Coimbra:<br />

Na Real Officina da Universida<strong>de</strong>, 1785-1791. - 4.º; 2 v.; *//4, **//2, A-Z, Aa-Zz, Aaa-<br />

Iii//4, [12], 438 pp., 3 grav.; [ ], A-Z, Aa-Uu//4, Xx//2, Yy//6, [8], 358, [2 br.], 4 grav.: il.;<br />

230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações inteiras <strong>de</strong> pele n<strong>ão</strong> contemporâneas, <strong>de</strong>coradas a seco nas pastas e a ouro nas lombadas;<br />

corte das folhas carminado; exemplar limpo. (Travel & Exploration, 1185; Inoc., V, p. 444; Samodães, 1418)<br />

Manuel Gomes <strong>de</strong> Lima Bezerra (1727-1806), foi médico cirurgi<strong>ão</strong>, exercendo a sua profiss<strong>ão</strong> numa clínica<br />

no Porto. Escreveu estes “Estrangeiros no Lima”, uma das obras mais raras e procuradas da bibliografia<br />

daquela regi<strong>ão</strong> do País. Segundo os vários bibliógrafos, o segundo volume é mais raro que o primeiro por se<br />

haver <strong>de</strong>struído aquando da invas<strong>ão</strong> francesa em 1810. O primeiro volume contém 3 <strong>gravuras</strong> que José dos<br />

Santos <strong>de</strong>screve da seguinte forma: “a 1.ª, alegórica, mostra-nos os cinco Estrangeiros no Lima, reunidos<br />

e sentados a uma gran<strong>de</strong> meza e em atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> estarem discutindo; no alto da gravura outras tantas<br />

figuras alusivas às nações a que os mesmos estrangeiros pertencem, que s<strong>ão</strong>: Raulin, Francês, Filósofo;<br />

Clark, Inglês, Comerciante; Julio, Italiano, Viajeiro; D. Hugo, Castelhano, Genealogico; Lami, Português,<br />

Médico. A 2.ª consta <strong>de</strong> uma Vista da rua dalem da ponte e Freguezia <strong>de</strong> S. Marinha <strong>de</strong> Arcozelo fronteira<br />

à ponte <strong>de</strong> Lima, em 1780, e a 3.ª reproduz 36 brasões <strong>de</strong> famílias nobres <strong>de</strong> Portugal. O segundo volume<br />

é adornado <strong>de</strong> outras três <strong>gravuras</strong>: a 1.ª consta <strong>de</strong> um magnífico retrato do príncipe D. José, a 2.ª <strong>de</strong> uma<br />

Vista Meridional <strong>de</strong> Viana, Foz do Lima, em 1780, com legendas respectivas aos pontos abrangidos pela<br />

gravura; e a 3.ª, que tem na parte superior os dizeres - Nobiliarchia Ilustrada, compreen<strong>de</strong> outros 36 brasões<br />

heráldicos”. A obra possui ainda uma 4.a gravura no segundo volume que José dos Santos n<strong>ão</strong> <strong>de</strong>screve,<br />

com o título Vista da Freguezia <strong>de</strong> S. Comba do Lima, termo <strong>de</strong> Ponte <strong>de</strong> Lima, em 1780.<br />

75 BLANCHÈRE (H. <strong>de</strong> la). - LES CHIENS <strong>de</strong> Chasse: races françaises, races anglaises,<br />

chenils, élevage et dressage, maladies [...]. - Paris: Libraire Agricole <strong>de</strong> la Maison Rustique,<br />

1875. - VIII, 326 pp., 7 est.: il.; 240 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele, recente; ligeiramente aparado. Obra que discorre<br />

abundantemente sobre diversas raças <strong>de</strong> cães <strong>de</strong> caça, em particular sobre as varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> raças francesas e<br />

inglesas. Interessantes capítulos sobre instrucç<strong>ão</strong>, equipamento e doenças caní<strong>de</strong>as. Profusamente ilustrado<br />

no texto. Inclui estampas coloridas.<br />

76 BOCAGE (J. V. Barboza du). - HERPÉTOLOGIE d’Angola et du Congo: ouvrage publié<br />

sous les auspices du Ministére <strong>de</strong> la Marine et <strong>de</strong>s Colonies / par [...]. - Lisbonne:<br />

Imprimerie Nationale, 1895. - XX, 204 pp., XX est.: il.; 285 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele <strong>de</strong>corada com duplo filete a seco nas pastas, títulos a ouro em rótulos e<br />

ferros <strong>de</strong> temática vegetalista na lombada a seco; corte superior das folhas carminado; bom exemplar.<br />

José Vicente Barbosa du Bocage (1823-1907), natural do Funchal, foi uma das figuras mais interesantes<br />

da zoologia portuguesa. De entre outras iniciativas importantes, José Vicente Barbosa du Bocage foi o<br />

- 22 -


esponsável pela criaç<strong>ão</strong> da Comiss<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Cartografia, <strong>de</strong> que foi sucessora a Junta <strong>de</strong> Investigações do<br />

Ultramar e, principalmente, a sua actuaç<strong>ão</strong> durante o diferendo com a Inglaterra após o Ultimatum. A<br />

sua activida<strong>de</strong> como zoólogo foi notabilíssima n<strong>ão</strong> só na investigaç<strong>ão</strong> como na reuni<strong>ão</strong> <strong>de</strong> materiais para<br />

o Museu Zoológico. De todo o seu trabalho constam cerca <strong>de</strong> 170 memórias on<strong>de</strong> se <strong>de</strong>screvem cerca <strong>de</strong><br />

200 espécies novas para a ciência, a maioria das quais reunidas no volume Ornitologia <strong>de</strong> Angola e no<br />

presente título. Raro.<br />

77 BOCARRO (António). - DECADE 13 da Historia da India / composta por [...]. - Publicada<br />

<strong>de</strong> or<strong>de</strong>m da Classe <strong>de</strong> Sciencias Moraes, Politicas e Bellas-Letras da Aca<strong>de</strong>mia Real das<br />

Sciencias <strong>de</strong> Lisboa e sob a Direcç<strong>ão</strong> / <strong>de</strong> Rodrigo José <strong>de</strong> Lima Felner. - Lisboa: Typographia<br />

da Aca<strong>de</strong>mia Real das Sciencias, 1876. - 2 v. em 1., XXIV, 808 pp.; 300 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> meia francesa <strong>de</strong> pele com cantos, apenas ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas<br />

<strong>de</strong> brochura <strong>de</strong> ambos os volumes. Bom exemplar. Primeira ediç<strong>ão</strong>. António Bocarro (1594-1642?) foi alto<br />

funcionário da Índia portuguesa. Cronista geral da Índia e guarda-mor da Torre do Tombo <strong>de</strong> Goa, cargo<br />

este em que adiantou os trabalhos arquivísticos, paralisados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a morte <strong>de</strong> Diogo do Couto. Como<br />

cronista, escreveu a continuaç<strong>ão</strong> das Décadas <strong>de</strong> Barros e Couto, até 1617, e só nesta ediç<strong>ão</strong> publicadas,<br />

<strong>de</strong>ixando também uma <strong>de</strong>scriç<strong>ão</strong> das fortalezas e terras portuguesas do oriente, incluindo algumas da<br />

África Oriental. Raro.<br />

78 BOLAMA (Marquez d’Avila e <strong>de</strong>). - A NOVA CARTA CHOROGRAPHICA DE<br />

PORTUGAL / Pelo General Marquez d’Avila e <strong>de</strong> Bolama. - Lisboa: Typographia da<br />

Aca<strong>de</strong>mia Real das Sciencias, 1909-1914. - 3 v.: il.; 280 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações em pele na lombada e cantos; conservam capas <strong>de</strong> brochura; aparados. Importante<br />

corografia portuguesa fazendo o levantamento geodésico do território nacional. Ilustrado com estampas à<br />

parte impressas em papel couché e no texto.<br />

79 BONANÇA (Jo<strong>ão</strong>). - HISTÓRIA da Luzitania e da Iberia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os Tempos Primitivos ao<br />

Estabelecimento Definitivo do Domínio Romano [...]. - Lisboa: ed. autor, 1887. - 900 pp.,<br />

5 est.: il.; 295 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele, apenas ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. Único volume publicado do que pretendia ser a História da Civilizaç<strong>ão</strong> Ibérica até à ocupaç<strong>ão</strong><br />

romana. Raro e estimado.<br />

80 BORBA (Tomás) & GRAÇA (Fernando Lopes). - DICIONÁRIO <strong>de</strong> Música (Ilustrado).<br />

- Lisboa: Edições Cosmos, 1956-1958. - 2 v.: il.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste dicionário,<br />

sendo a parte técnica e histórica da responsabilida<strong>de</strong> do Pe. Tomás Borba e a parte biográfica <strong>de</strong> Fernando<br />

Lopes Graça. Profusamente ilustrado no texto a preto e em separado a cores. Estimado.<br />

81 BORRALHO (Manuel da Fonseca). - LUZES da Poesia <strong>de</strong>scubertas no Oriente <strong>de</strong> Apollo<br />

nos influxos das muzas, divididas em tres Luzes essenciaes [...]. - Lisboa Oriental: Na<br />

Officina <strong>de</strong> Felippe <strong>de</strong> Sousa Villela, 1724. - 4.º; §, §, A-Y//4, Z//2; [18], 178 pp.; 200<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> mo<strong>de</strong>rna com lombada e cantos em pele; carimbo <strong>de</strong> posse a óleo; aci<strong>de</strong>z; restauros no<br />

frontispício. Manuel da Fonseca Borralho, natural da vila <strong>de</strong> Santarém, foi um dos peritos na sua época<br />

<strong>de</strong> gramática latina e regras da poética. Esta é a sua única obra publicada, versando precisamente sobre as<br />

regras do estilo poético vigente no início do século XVIII. Raro. Inoc., V, p. 435<br />

82 BOTELHO (José Justino Teixeira). - NOVOS Subsídio para a Historia da Artilharia<br />

Portuguesa. - Lisboa: Gráfica Santelmo, 1944-1948. - 2 v.; 235 mm.<br />

Brochado; por abrir. Valioso contributo <strong>de</strong>scritivo da história da artilharia portuguesa, em que se<br />

apresentam vários regimentos, batalhões e corpos <strong>de</strong> artilheiros <strong>de</strong> Portugal Continental, ilhas e províncias<br />

- 23 -


ultramarinas; à qual se acrescentam breves notícias históricas, e exposições sobre praças e fortificações em<br />

território nacional.<br />

83 BOTTO (António). - ANTÓNIO: Novela Dramática. - Lisboa: Empresa do Anuário<br />

Comercial <strong>de</strong> Lisboa, 1933. - 158-[2] pp.; 195 mm.<br />

Exemplar com o número 166, numerado e assinado. Bom exemplar, por abrir. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta peça<br />

teatral com uma carta <strong>de</strong> Guerra Junqueiro e um estudo crítico <strong>de</strong> Fernando Pessoa. De reduzida tiragem.<br />

Raro.<br />

84 BOTTO (António). - CANÇÕES. - Ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>finitiva <strong>de</strong> toda a obra poética do autor<br />

acrescentada <strong>de</strong> alguns inéditos. - Lisboa: Tipografia do Anuário Comercial, 1930. - [88]<br />

ff.; 180 mm.<br />

Brochado; aci<strong>de</strong>z generalizada provocada pela má qualida<strong>de</strong> do papel. Ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>finitiva, a terceira e a mais<br />

estimada por ter sido a última a ser revista e acrescentada pelo autor. Raro.<br />

85 BOTTO (António). - MOTIVOS <strong>de</strong> Beleza. - Lisboa: Portugália, 1923. - 172, [4] pp.; 195<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele, ligeiramente aparado; conserva as capas <strong>de</strong> brochura;<br />

exemplar limpo. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Raro.<br />

86 BOTTO (António). - O MEU Amor Pequenino: contos para crianças. - Porto: Livraria<br />

Lello, 1934. - [112] ff.; 180 mm.<br />

Dedicatória do autor. Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. É um dos mais interessantes <strong>livros</strong> infantis publicados<br />

em Portugal na década <strong>de</strong> 30. Ilustrações <strong>de</strong> Fred Kradolfer. Raro.<br />

87 BOTTO (António). - REGRESSO: (Novelas Inéditas). - S<strong>ão</strong> Paulo: Clube do Livro, 1949.<br />

- 184 pp.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; ligeiramente aparado à cabeça.<br />

Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma das mais raras obras da bibliografia <strong>de</strong> António Botto publicada no Brasil.<br />

88 BOURGELAT (C.). - ELEMENTOS da Arte Veterinaria: materia medica racionavel, ou<br />

resumo dos medicamentos consi<strong>de</strong>rados em seus effeitos. Traduzidos em Portuguez, da<br />

quarta e ultima ediç<strong>ão</strong> do mesmo autor, augmentada e publicada com notas / <strong>de</strong> J.B.<br />

Huzard. - Lisboa: Na Impress<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> Baptista Morando, 1821. - 2 v.; 225 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações com lombada e cantos em pele, apenas ligeiramente aparados à cabeça. Bom exemplar.<br />

Tratado sobre a manufactura <strong>de</strong> medicamentos para uso veterinário e seus efeitos. Raro.<br />

89 BOURGOIN (Pierre). - ANIMAUX <strong>de</strong> Chasse d’Afrique. - Paris: La Toison d’Or, 1955.<br />

- 256 pp.: il.; 245 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva capa e sobrecapa <strong>de</strong> brochura. Interessante obra <strong>de</strong>dicada a<br />

elencar os animais <strong>de</strong> caça africanos. Ilustrado a preto e a cores no texto.<br />

90 BOURGOING (Jean François), edit. - VOYAGE du Ci-Devant Duc du Chatelet, en<br />

Portugal, ou se trouvent <strong>de</strong>s détails intéressans sur les Colonies, sur le Tremblement <strong>de</strong><br />

terre <strong>de</strong> Lisbonne, sur M. <strong>de</strong> Pombal et la Cour; Revu, corrigé sur le Manuscrit, et<br />

augmenté <strong>de</strong> Notes sur la situation actuelle <strong>de</strong> ce Royaume et <strong>de</strong> se Colonies / par [...]. - A<br />

Paris: Chez F. Buisson, [1798]. - 8.º; 2 v. em 1: il.; 205 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> em pele marmoreada ao gosto da época; ligeiramente aparado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Uma das<br />

mais importantes obras <strong>de</strong> estrangeiros sobre Portugal. O seu editor, Jean François, Bar<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Bourgoing,<br />

escreve-nos na Introduç<strong>ão</strong>: «Faltava, pois, mostrar ainda Portugal <strong>de</strong>baixo <strong>de</strong> diversas faces, <strong>de</strong>screver suas<br />

províncias da Europa, e suas colónias, costumes, hábitos, populaç<strong>ão</strong>, progressos nas ciências e artes, a sua<br />

- 24 -


Lote n.º 87 Lote n.º 90<br />

Lote n.º 108 Lote n.º 133


Lote n.º 94


política, etc. e o duque <strong>de</strong> Chatelet, cuja obra publicamos, achou-se no caso <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>sempenhar esta<br />

tarefa. Consultou as pessoas mais intruídas do país percorrido por ele com maior cuidado, que pelo trivial<br />

dos viajantes.» (trad. <strong>de</strong> Bernar<strong>de</strong>s Branco, Portugal e os Estrangeiros, v.I, 154). A obra vem ilustrada com<br />

uma gravura e um mapa <strong>de</strong> Portugal <strong>de</strong>sdobrável. Raro.<br />

91 BOXER (C.R.) & AZEVEDO (Carlos <strong>de</strong>). - A FORTALEZA <strong>de</strong> Jesus e os Portugueses em<br />

Mombaça 1593-1729. - Lisboa: Centro <strong>de</strong> Estudos Históricos Ultramarinos, 1960. - 128<br />

pp., XXI est.: il.; 240 mm.<br />

Brochado. Estudo saído dos prelos na sequência do início dos trabalhos <strong>de</strong> restauro da Fortaleza <strong>de</strong> Jesus<br />

em Mombaça, dividido em duas partes, a primeira, da responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> C.R.Boxer <strong>de</strong>dicada à presença<br />

portuguesa e a segunda sobre a Fortaleza <strong>de</strong> Jesus da responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Carlos <strong>de</strong> Azevedo. Estimado.<br />

92 BOXER (C.R.). - THE EMBASSY of Captain Gonçalo <strong>de</strong> Siqueira <strong>de</strong> Souza to Japan in<br />

1644-7: with a foreword / by D. José da Costa Nunes. - Macau: Oficinas Gráficas da<br />

Tipografia Mercantil, 1938. - [10], 174 pp., 8 est.: il.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial. Bom exemplar. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Uma das mais interessantes e apreciadas obras <strong>de</strong><br />

Boxer. O Capit<strong>ão</strong> Gonçalo <strong>de</strong> Sequeira <strong>de</strong> Sousa foi o segundo embaixador português enviado por D. Jo<strong>ão</strong><br />

IV ao Jap<strong>ão</strong> para tentar resolver o impedimento <strong>de</strong> atracagem das naus portuguesas nos portos japoneses,<br />

acusados <strong>de</strong> trazerem consigo missionários, prejudicando assim o comércio entre Macau e o Jap<strong>ão</strong>. Raro.<br />

93 BOXER (C.R.). - ÁSIA Portuguesa no Tempo do Vice-Rei Con<strong>de</strong> da Ericeira (1718-1720).<br />

- Macau: Imprensa Nacional, 1970. - 112, VI pp., 1 ret.: il.; 265 mm.<br />

Brochado. Importante publicaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> documentos oficiais do punho do Con<strong>de</strong> da Ericeira no tempo em<br />

que foi Vice-Rei da Índia. Invulgar.<br />

94 BRADFORD (William). - SKETCHES of the Country, Character and Costume, in<br />

Portugal and Spain, ma<strong>de</strong> during the Campaign, and on the Route of the British Army in<br />

1808 and 1809 [...]. - London: Printed for John Booth, 1810. - front., 40 grav. com respectiva<br />

fol. <strong>de</strong> texto numerada, [2]-6 pp., 13 grav., [1] ff.: il.; 480 mm.<br />

Belo exemplar, com boas margens, ricamente enca<strong>de</strong>rnado em inteira <strong>de</strong> pele <strong>de</strong>corada a ouro nas pastas,<br />

lombada e seixas; protegida por caixa simples. [Duarte Sousa, II, 102; Portugal e os Estrangeiros, I, 156;<br />

Importante Biblioteca Particular, VI, 82] Um dos mais belos <strong>livros</strong> sobre Portugal, rica e belamente<br />

ilustrado com 53 águas tintas coloridas à m<strong>ão</strong>, representando paisagens, costumes e uniformes militares.<br />

Raríssimo e valioso.<br />

95 BRAGA (Teófilo). - A PATRIA Portugueza: O território e a Raça. - Porto: Livraria<br />

Internacional <strong>de</strong> Ernesto Chardron, 1894. - XVI, 320 pp.; 190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; com falta das capas <strong>de</strong> brochura; ligeiramente aparado.<br />

Primeira ediç<strong>ão</strong>. Volume on<strong>de</strong> Teófilo Braga discute as características geográficas e sociológicas <strong>de</strong> Portugal.<br />

Raro.<br />

96 BRAGA (Teófilo). - CANTOS Populares do Archipelago Açoriano / publicados e<br />

Annotados por [...]. - Porto: Typ. da Livraria Nacional, 1869. - XVI, 480 pp.; 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele marmoreada, <strong>de</strong>corada a ouro na lombada; apenas ligeiramente aparado à<br />

cabeça. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta improtante recolha do cancioneiro popular açoriano. Raro.<br />

97 [BRANCO (Camilo Castelo)]. - FOLHAS Cahidas, Apanhadas na Lama, por um Antigo<br />

Juiz das Almas <strong>de</strong> Campanhã, e Sócio Actual da Assembleia Portuense, com Exercício no<br />

Palheiro: Obra <strong>de</strong> quatro vintens e <strong>de</strong> muita instrucç<strong>ão</strong>. - Porto: Typografia <strong>de</strong> F. G.<br />

Fonseca, 1854. - 64 pp.; 180 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele, <strong>de</strong>corada a ouro na lombada e pastas; conserva as capas<br />

<strong>de</strong> brochura, com restauro na anterior. Obra atribuída a Camilo Castelo Branco a partir do pseudónimo<br />

- 27 -


Antigo Juiz das Almas <strong>de</strong> Campanhã, e Sócio Actual da Assembleia Portuense, com Exercício no Palheiro,<br />

que parodia as «Folhas Caídas» <strong>de</strong> Garrett e satiriza algumas classes priveligiadas na época. Alexandre<br />

Cabral chama a atenç<strong>ão</strong> para o assim consi<strong>de</strong>rado final herético e respectiva ligaç<strong>ão</strong> à polémica em «A<br />

Família Católica» (Dic. <strong>de</strong> Camilo Castelo Branco, p. 277.)<br />

98 BRANCO (Manoel Bernar<strong>de</strong>s). - O PADRE Sto. Antonio <strong>de</strong> Lisboa, thaumaturgo e<br />

official do exercito portuguez. - Lisboa: Livraria Editora <strong>de</strong> Tavares Cardoso & Irm<strong>ão</strong>,<br />

1887. - 320 pp.; 210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas carminado. Interessante biografia<br />

<strong>de</strong> Sto. António.<br />

99 BRANCO (Manuel Bernar<strong>de</strong>s). - AS MINHAS Queridas Freirinhas d’Odivellas. - Lisboa:<br />

Typographia Castro Irm<strong>ão</strong>, 1886. - 412 pp.: il.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; ligeiramente aparado à cabeça; cosnerva as capas <strong>de</strong> brochura. Estimado<br />

estudo sobre o Convento <strong>de</strong> Odivelas por Manuel Bernar<strong>de</strong>s Branco que <strong>de</strong>dicou uma boa parte do seu<br />

estudo à história monástica portuguesa.<br />

100 BRANCO (Manuel Bernar<strong>de</strong>s). - HISTORIA das Or<strong>de</strong>ns Monasticas em Portugal. -<br />

Lisboa: Livraria Editora <strong>de</strong> Tavares Cardoso & Irm<strong>ão</strong>, 1888. - 3 v.; 200 mm.<br />

Bom exemplar, enca<strong>de</strong>rnações em percalina, ligeiramente aparado. Importante história das Or<strong>de</strong>ns<br />

Monásticas, uma das mais completas até hoje publicadas com notícias sobre os conventos existentes em<br />

Portugal. Raro e procurado.<br />

101 BRANDÃO (Jo<strong>ão</strong>). - TRATADO da Majesta<strong>de</strong>, Gran<strong>de</strong>za e Abastança da Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Lisboa, na 2.ª meta<strong>de</strong> do século XVI: (estatistica <strong>de</strong> Lisboa <strong>de</strong> 1552), autor /Jo<strong>ão</strong> Brand<strong>ão</strong><br />

(<strong>de</strong> Buarcos) [...]; texto impresso sob a direcç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Anselmo Braamcamp Freire,<br />

Comentários e Notas <strong>de</strong> Gomes <strong>de</strong> Brito. - Lisboa: Livraria Ferin, 1923. - XVI, 278, [2] pp.;<br />

290 mm.<br />

Segundo página manuscrita colocada antes do frontispício, parte <strong>de</strong>ste exemplar pertenceu ao próprio<br />

Gomes <strong>de</strong> Brito e s<strong>ão</strong> do seu punho as correcções que se encontram nas margens. Gomes <strong>de</strong> Brito faleceu<br />

no ano da presente ediç<strong>ão</strong> que fora iniciada no Arquivo Histórico Português. Aliás, as folhas preliminares<br />

s<strong>ão</strong> em papel muito diferente das folhas <strong>de</strong> texto, claramente do tipo “Arquivo Histórico”. O exemplar,<br />

ainda segundo a mesma fonte, foi cedido por Vieira da Silva, gran<strong>de</strong> responsável por se ter conseguido<br />

publicar toda a obra. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele marmoreada, ricamente <strong>de</strong>corada a ouro na lombada;<br />

apenas ligeiramente aparado à cabeça. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste interessante e importante manuscrito sobre a<br />

economia alfacinha do século XVI.<br />

102 BRANDÃO (Joaquim Inácio <strong>de</strong> Seixas). - MEMÓRIAS dos anno <strong>de</strong> 1775 a 1780 para<br />

servirem <strong>de</strong> história à analysi, e virtu<strong>de</strong>s das agoas thermaes da Villa das Caldas da Rainha<br />

compostas / por [...]. - Lisboa: Na Regia Officina Typographica, 1781. - 8.º; *-**, A-S//8,<br />

T//4; XXXII, XIV, 282 pp.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele, apenas ligeiramente aparado à cabeça. Bom exemplar.<br />

Joaquim Inácio <strong>de</strong> Seixas Brand<strong>ão</strong>, natural <strong>de</strong> Minas Gerais, formou-se em Medicina na faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Montpellier, tornando-se médico do Hospital Real da vila das Caldas da Raínha. Esta sua obra vem<br />

precedida <strong>de</strong> uma carta escrita por Morais Soares, médico da Real Câmara, também sobre a temática das<br />

qualida<strong>de</strong>s das águas medicinais das Caldas da Raínha. Muito raro. (Inoc., IV, 89)<br />

103 BRANDÃO (Mateus <strong>de</strong> Assunç<strong>ão</strong>). - REFLEXÕES sobre a Conspiraç<strong>ão</strong> Descuberta, e<br />

Castigada em Lisboa no Anno <strong>de</strong> 1817 / por Hum Verda<strong>de</strong>iro Amigo da Patria. - Lisboa:<br />

Na Impress<strong>ão</strong> Regia, 1818. - VI, 154 pp.; 155 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele, ligeiramente aparado; carimbo a óleo <strong>de</strong> posse da Biblioteca<br />

Real. Raro livro coevo sobre a conhecida Conspiraç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Gomes Freire. (Inoc., VI, p. 162)<br />

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104 BRANDÃO (Raul) & PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - JESUS CRISTO EM LISBOA:<br />

Tragicomédia em Sete Quadros. - Lisboa: Livrarias Aillaud e Bertrand, s.d.. - 120 pp.; 190<br />

mm. - E.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; corte superior das folhas<br />

carminado; assinatura <strong>de</strong> posse no ante-rosto. [Almeida Marques, 228] Primeira ediç<strong>ão</strong>. Invulgar.<br />

105 BRANDÃO (Raul). - A MORTE DO PALHAÇO e o Mistério da Árvore / Ilustrações <strong>de</strong><br />

Martinho da Fonseca. - Lisboa: Seara Nova, 1926. - 288-[4] pp.: il.; 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; corte superior das folhas<br />

carminado. [Almeida Marques, 222] Primeira ediç<strong>ão</strong>. Invulgar.<br />

106 BRANDÃO (Raul). - AS ILHAS Desconhecidas: Notas e Paisagens. - Lisboa: Livrarias<br />

Aillaud e Bertrand, s.d. - 278-[2] pp.; 190 mm.<br />

Dedicatória do autor a Tomás da Fonseca. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte superior<br />

das folhas carminado; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste conjunto <strong>de</strong> notas <strong>de</strong> uma<br />

viagem realizada aos arquipélagos dos Açores e da Ma<strong>de</strong>ira. Raro.<br />

107 BRANDÃO (Raul). - HISTORIA D’UM PALHAÇO: (A Vida e o Diario <strong>de</strong> K. Mauricio).<br />

- Lisboa: Livraria <strong>de</strong> Antonio Maria Pereira, 1896. - [4]-172-[4] pp.; 205 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; corte superior das folhas<br />

carminado. Bom exemplar. [Almeida Marques, 218; Hist. Lit. Port., p. 1002] Primeira ediç<strong>ão</strong>. Romance<br />

<strong>de</strong>dicado aos i<strong>de</strong>iais <strong>de</strong> um grupo portuense <strong>de</strong> “boémia simbolista” a que pertenceu. Raro.<br />

108 BRANDÃO (Raul). - HUMUS. - Porto: Renascença Portuguesa, [1917]. - 334-[2] pp.; 190<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> meia francesa <strong>de</strong> pele grená; corte superior das folhas carminado; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. Bom exemplar. [Almeida Marques, 219] Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um dos mais importantes romances<br />

da primeira meta<strong>de</strong> do século XX, consi<strong>de</strong>rado pela crítica e pelo próprio autor como a sua obra prima.<br />

Com este título, Raul Brand<strong>ão</strong> “regressa à ficç<strong>ão</strong> sob a forma que lhe é peculiar - misto <strong>de</strong> narrativa em<br />

prosa muitas vezes poética e <strong>de</strong> especulaç<strong>ão</strong> filosófica, angustiosa indagaç<strong>ão</strong> sobre a condiç<strong>ão</strong> humana e o<br />

sentido do universo” (Biblios, I, col. 763). Raro e procurado.<br />

109 BRANDÃO (Raul). - O PADRE. - Lisboa: Livraria Central <strong>de</strong> Gomes <strong>de</strong> Carvalho, 1901.<br />

- 30-[2] pp.; 180 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Raro. [Almeida Marques, 223]<br />

110 BRANDÃO (Raul). - OS POBRES / Precedido <strong>de</strong> uma Carta-Prefácio <strong>de</strong> Guerra<br />

Junqueiro. - Lisboa: Empreza da Historia <strong>de</strong> Portugal, 1906. - XXIV-200-[4] pp.; 205 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; com falta das capas <strong>de</strong> brochura; corte superior das folhas<br />

carminado. [Almeida Marques, 225] Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste livro <strong>de</strong> contos escrito entre 1899 e 1900 on<strong>de</strong>,<br />

já na plenitu<strong>de</strong> da sua personalida<strong>de</strong> literária, Raul Brand<strong>ão</strong> afirma: “tanto na temática-miséria, dor e<br />

sonho, a vida e a morte como mistério e absurdo, mixórdia on<strong>de</strong> se confun<strong>de</strong>m o reles, o grotesco e o<br />

trágico - como na forma, dispersiva e tumultuosa, fugindo já às normas <strong>de</strong> género e disciplinas <strong>de</strong> escola”<br />

(Biblios, I, col. 762). Raro.<br />

111 BRANDÃO (Raul). - TEATRO: O Gebo e a Sombra; O Rei Imaginário; O Doido e a<br />

Morte. - Porto: Renascença Portuguesa, 1923. - 164-[4] pp.; 190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas carminado; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. [Almeida Marques, 226; Hist. Lit. Port., p. 1003] Quase toda a obra dramática <strong>de</strong> Raul Brand<strong>ão</strong><br />

cuja temática se centra essencialmente na burguesia e suas humilhações.<br />

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112 BREYNER (Tomás <strong>de</strong> Mello). - MEMORIAS do Professor Thomaz <strong>de</strong> Mello Breyner: 4.º<br />

Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Mafra. - Lisboa: Parceria Antonio Maria Pereira, 1930-1934. - 2 v.: il.; 250 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações com lombada e cantos em pele; conservam as capas <strong>de</strong> brochura; corte superior das folhas<br />

carminado. Um dos mais importantes documentos para a história do último período da Monarquia. Raro<br />

e estimado.<br />

113 BRITO (J.J. Gomes <strong>de</strong>). - RUAS <strong>de</strong> Lisboa: notas para a história das vias públicas<br />

lisbonenses, obra póstuma revista e prefaciada / por António Bai<strong>ão</strong>. - Lisboa: Livraria Sá<br />

da Costa, 1935. - 3 v.; 220 mm.<br />

Brochado. Estimada obra on<strong>de</strong> se percorrem as ruas da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, explanando a sua história,<br />

acontecimentos e seus ilustres habitantes, costumes, etc. Invulgar.<br />

114 BUGALHO (Francisco). - CANÇÕES <strong>de</strong> Entre Ceu e Terra. - Lisboa: Edições Presença,<br />

1940. - 92, [4] pp.: il.; 190 mm.<br />

Brochado; assinatura <strong>de</strong> posse na folha <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicatória. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Presencista quase <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os<br />

primeiros momentos, Francisco Bugalho colaborou ainda na Revista <strong>de</strong> Portugal e nos Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Poesia.<br />

Segundo Gaspar Simões (cit. <strong>de</strong> Biblios, I, c. 809), “Francisco Bugalho acrescenta à poesia portuguesa <strong>de</strong><br />

signo <strong>de</strong>scritivo um elemento novo. Nas suas <strong>de</strong>scrições n<strong>ão</strong> comparecem apenas os <strong>de</strong>licados matizes da<br />

paisagem - a cor, a forma, a luz, o perfume, o som -, mas a sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sperta ao contacto <strong>de</strong>sses toques<br />

sensuais. E é na sobrieda<strong>de</strong>, na simplicida<strong>de</strong>, na verda<strong>de</strong> das notas que fixa nesses quadros entre objectivos<br />

e subjectivos que o seu lirismo conquista feiç<strong>ão</strong> a que po<strong>de</strong>mos chamar mo<strong>de</strong>rna”.<br />

115 CABRAL (Adolfo <strong>de</strong> Oliveira). - SOUTHEY e Portugal, 1774-1801: Aspectos <strong>de</strong> uma<br />

Biografia Literária. - Lisboa: P. Fernan<strong>de</strong>s, 1959. - 534 pp.: il.; 220 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial com sobrecapa. Dissertaç<strong>ão</strong> apresentada a concurso para professor extraordinário<br />

da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, sobre uma das mais interessantes personalida<strong>de</strong>s<br />

estrangeiras que passaram por Portugal.<br />

116 CABRAL (António). - CAMILO <strong>de</strong> Perfil: Traços e Notas, Cartas e Documentos Inéditos.<br />

- Lisboa: Livrarias Aillaud e Bertrand, 1914. - [8], XVI, 308 pp.: il.; 190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; apenas ligeiramente aparado<br />

à cabeça. Conjunto <strong>de</strong> crónicas <strong>de</strong>dicadas à vida e obra <strong>de</strong> Camilo. Importante contributo para a sua<br />

biografia. Estimado.<br />

117 CAÇA (A) em Portugal. - Lisboa: Editorial Estampa, 1963. - 2 v.: il.; 270 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações editoriais em pele. Bom exemplar. Uma das mais estimadas obras portuguesas sobre caça.<br />

Com artigos sobre a história da caça, a fauna cinegética portuguesa; armas, munições e tiro; processos<br />

<strong>de</strong> caça; cães <strong>de</strong> caça; um léxico, etc. dos mais distintos autores como Aquilino Ribeiro ou Jaime Duarte<br />

<strong>de</strong> Almeida. A obra vem acompanhada por um disco <strong>de</strong> vinil <strong>de</strong> 45 rotações com o “Canto <strong>de</strong> aves<br />

cinegéticas, chamariz <strong>de</strong> raposa e <strong>de</strong> lobo”. Profusamente ilustrado no texto e em separado.<br />

118 CADERNOS Coloniais. - n.º 1, 1935 - n.º 70, 1941. - Lisboa: Editorial Cosmos, 1935-<br />

1941. - 70 n.ºs em 7 v.: il.; 190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações inteiras <strong>de</strong> percalina; todos os ca<strong>de</strong>rnos apenas ligeiramente aparados à cabeça e<br />

conservando as capas <strong>de</strong> brochura. Colecç<strong>ão</strong> completa <strong>de</strong>sta extraordinária publicaç<strong>ão</strong>. Tal como o editor<br />

nos <strong>de</strong>ixou testemunhado no primeiro número, “Ca<strong>de</strong>rnos Coloniais aparecem para arrancar do olvido<br />

ou para n<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ixar esquecer os feitos e as obras dos homens que, longe da Pátria, pelo génio criador, pelo<br />

heroísmo ou pelas virtu<strong>de</strong>s melhor souberam honrar o nome português. Em alguns dos Ca<strong>de</strong>rnos ser<strong>ão</strong><br />

<strong>de</strong>scritos os mais curiosos usos e costumes dos indígenas. Outros mostrar<strong>ão</strong> os aspectos das colónias mais<br />

dignos <strong>de</strong> menç<strong>ão</strong> e outros ainda, a vida da selva, com os curiosos hábitos dos animais selvagens”. Muito<br />

raro quando completo.<br />

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119 CÂMARA (Jo<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Brito). - ILHA: Poemas. - Coimbra: Atlântida, 1950. - 98 pp.; 170<br />

mm.<br />

Dedicatória do autor. Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

120 CÂMARA (Jo<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Brito). - MANHÃ / Prefácio <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> Cabral do Nascimento. - Funchal:<br />

Typographia Esperança, 1927. - X, 88, [6] pp.; 195 mm.<br />

Brochado; <strong>de</strong>dicatória do autor. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

121 CAMINHA (Pedro <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>). - POEZIAS <strong>de</strong> Pedro <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Caminha, mandadas<br />

publicar pela Aca<strong>de</strong>mia Real das Sciencias <strong>de</strong> Lisboa. - Lisboa: Na Officina da Mesma<br />

Aca<strong>de</strong>mia, 1791. - 8.º; X, [2], 428, [6] pp.; 185 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas carminado; exemplar limpo.<br />

Primeira ediç<strong>ão</strong> das obras <strong>de</strong> Pedro <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Caminha, importante autor do século XVI. «Po<strong>de</strong><br />

consi<strong>de</strong>rar-se Pedro <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> como um dos mais aproveitados discipulos <strong>de</strong> Ferreira, a quem muito<br />

se approxima pela correcç<strong>ão</strong>, elegancia, nobreza <strong>de</strong> pensamentos e philosophia que reina em suas<br />

composições. José Maria da Costa e Silva n<strong>ão</strong> hesite em dar-lhe a preferencia sobre o seu contemporaneo<br />

e amigo Diogo Bernar<strong>de</strong>s.» (Inoc., VI, 385)<br />

122 CAMÕES (Luís <strong>de</strong>). - OBRAS <strong>de</strong> Luiz <strong>de</strong> Camões. - Lisboa: Bibliotheca Portugueza, 1852.<br />

- 3 v.; 135 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações inteiras <strong>de</strong> pele marmoreada n<strong>ão</strong> contemporânea; corte das folhas carminado; aci<strong>de</strong>z.<br />

Uma das mais estimadas edições das obras completas <strong>de</strong> Luís <strong>de</strong> Camões. Realizada a partir da ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong><br />

Hamburgo <strong>de</strong> 1834, <strong>de</strong> Lisboa <strong>de</strong> 1843 e <strong>de</strong> Paris <strong>de</strong> 1846, é “tida por mui correcta, e conforme àquella”<br />

(Inoc., V, p. 266). O primeiro tomo contém: catálogo das edições <strong>de</strong> Os Lusíadas, catálogo das traduções<br />

dos Lusíadas, o poema épico, estâncias <strong>de</strong>spresadas e omitidas por Camões, lições várias, diferenças<br />

ortográficas das duas edições <strong>de</strong> 1572, erros das duas edições e comparaç<strong>ão</strong> das mesmas, e um dicionário<br />

<strong>de</strong> nomes próprios. O segundo tomo contém: os sonetos, éclogas, redondilhas e outras composições. O<br />

tomo terceiro contém: as três comédias, duas cartas, obras atribuídas a Camões e a vida do poeta. Raro e<br />

estimado.<br />

123 CAMÕES (Luís <strong>de</strong>). - OS LUSIADAS <strong>de</strong> Luís <strong>de</strong> Camões. - Ediç<strong>ão</strong> Critica-Commemorativa<br />

do Terceiro Centenario da Morte do Gran<strong>de</strong> Poeta / publicada no Porto por Emilio Biel.<br />

- Leipzig: Typographia Giesecke & Devrient, 1880. - [4], LVI, 376, XCII pp., 34 gravs.: il.;<br />

395 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em percalina com lombada em pele, ricamente <strong>de</strong>corada . Bom exemplar. Uma<br />

das mais interessantes e belas edições do nosso poema maior, ricamente impressa em papel superior,<br />

ornada com belíssimas <strong>gravuras</strong>, das quais as que abrem cada um dos cantos a cores, mandada publicar<br />

por Emílio Biel, conhecido por ser um dos introdutores da fotografia em Portugal. Nascido em Armaberg,<br />

Alemanha, veio para o Porto em 1860 fundando uma notável oficina litográfica. Além <strong>de</strong>sta espantosa<br />

e monumental ediç<strong>ão</strong>, ficou também conhecido pela publicaç<strong>ão</strong> da obra Arte e Natureza em Portugal.<br />

Ao aparato gráfico, acrescenta interesse a esta ediç<strong>ão</strong> a introduç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> José Gomes Monteiro, também<br />

responsável pelas notas com Barreto Feio, assim como um Apêndice contendo uma tabela comparativa<br />

das variantes das duas edições <strong>de</strong> 1572 e um texto intitulado Camões e Os Lusíadas da responsabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Men<strong>de</strong>s Leal. Raro e estimado.<br />

124 CAMPOS (Correia <strong>de</strong>). - ARQUEOLOGIA Árabe em Portugal. - Lisboa: ed. Autor, 1965.<br />

- 326 pp.: il.; 290 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial com sobrecapa; <strong>de</strong>dicatória do autor. Um dos mais importantes trabalhos sobre a<br />

presença da cultura árabe em Portugal. Profusamente ilustrado no texto.<br />

125 CAMPOS (Francisco José <strong>de</strong>). - O ENFERMO assistido na sua ultima doença com todos<br />

os soccorros espirituaes, e com especialida<strong>de</strong> na ultima agonia [...]. - Lisboa: Na Regia<br />

Officina Typografica, 1775. - 8.º; *//8, **//4, A-T//8, V//4; [24], 312 pp.; 155 mm.<br />

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Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele. Ocasionais manchas nas margens, mais acentuadas nos<br />

últimos fólios. Curiosa obra <strong>de</strong> instruç<strong>ão</strong> dirigida a párocos e sacerdotes dividida em duas partes. Na<br />

primeira parte, presta-se uma explicaç<strong>ão</strong> sobre as várias doenças e respectivos sintomas que indiciavam<br />

perigo <strong>de</strong> morte. Na segunda parte, aborda-se o comportamento apropriado do sacerdote na administraç<strong>ão</strong><br />

dos últimos sacramentos. Invulgar.<br />

126 CÂNCIO (Francisco). - ARQUIVO ALFACINHA. - Vol. I, Ca<strong>de</strong>rno I, 1953 a Vol. II,<br />

Ca<strong>de</strong>rno XII, 1954. - Lisboa: Imprensa Barreiro, 1953-1954. - 24 ca<strong>de</strong>rnos em 1 v.: il.; 305<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações editoriais em pele, ricamente <strong>de</strong>coradas a ouro nas pastas; corte superior das folhas<br />

carminado. Bom exemplar. “Crónicas e apontamentos, sem pretensões <strong>de</strong> qualquer espécie, <strong>de</strong> muita<br />

coisa que nos pareceu curiosa e que interessa à história <strong>de</strong> Lisboa [...]” é este o conteúdo <strong>de</strong>stes ca<strong>de</strong>rnos<br />

impressos a duas colunas, profusamente ilustrados no texto. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com pastas editoriais e lombada<br />

em pele azul; conserva todas as capas <strong>de</strong> brochura no final <strong>de</strong> cada volume.<br />

127 CÂNCIO (Francisco). - ASPECTOS <strong>de</strong> Lisboa no Século XIX. - Lisboa: ed. autor, 1939.<br />

- CDLXX, [10] pp.: il.; 315 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele, ligeiramente cansada. Raro e estimado título <strong>de</strong>ste ilustre estudioso<br />

das coisas <strong>de</strong> Lisboa e Ribatejo sobre costumes alfacinhas do século XIX. Com artigos sobre a Feira da<br />

Ladra; O Passeio Público; a Estaç<strong>ão</strong> do Rossio; O Fado; entre muitos outros. Profusamente ilustrado no<br />

texto.<br />

128 CÂNCIO (Francisco). - COISAS e Loisas <strong>de</strong> Lisboa Antiga. - Lisboa: ed.autor, 1951. - 506<br />

pp.: il.; 275 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele um pouco cansada; ligeiramente aparado. Notas sobre<br />

os costumes, figuras e lugares alfacinhos antigos, dos quais <strong>de</strong>stacamos Camponeses dos arredores <strong>de</strong><br />

Lisboa (Século XVIII); Nas Hortas (1839); Saloios nos começos do século passado; A Feira Mensal do<br />

Campo Gran<strong>de</strong>; Feiras <strong>de</strong> Outros Tempos; Nas corridas; Fadista do tempo da Severa; Fadistas; O Namoro<br />

Lisboeta. Profusamente ilustrado no texto com reproduções <strong>de</strong> <strong>gravuras</strong>, <strong>de</strong>senhos e fotografias.<br />

129 CÂNCIO (Francisco). - LISBOA <strong>de</strong> Outros Séculos: O Namôro Lisboeta no século XIX.<br />

- Lisboa: ed. autor, 1941. - 304 pp.: il.; 240 mm.<br />

Brochado. Uma das mais curiosas e interessantes obras <strong>de</strong> Francisco Câncio sobre o Namoro em Lisboa<br />

no século XIX, documentado com poemas populares e várias ilustrações, nomeadamente várias caricaturas<br />

humorísticas da época. Raro.<br />

130 CÂNCIO (Francisco). - NOTAS dum Ribatejano. - Lisboa: Imprensa Barreiro, 1956. -<br />

376-[8] pp.: il.; 310 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele, conservando as capas <strong>de</strong> brochura, apenas aparado à<br />

cabeça. Colecç<strong>ão</strong> completa <strong>de</strong> uma das mais raras e estimadas peças da bibliografia <strong>de</strong> Francisco Câncio<br />

<strong>de</strong>dicada inteiramente à sua regi<strong>ão</strong> natal.<br />

131 CÂNCIO (Francisco). - RIBATEJO. - 2.º milhar. - Lisboa: ed. autor, 1934. - 368 pp., 11<br />

est.: il.; 255 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado. Primeira obra <strong>de</strong> Francisco Câncio<br />

<strong>de</strong>dicada ao Ribatejo, sua regi<strong>ão</strong> natal, profusamente ilustrada no texto e em separado com <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong><br />

Noel Perdig<strong>ão</strong> e fotografias <strong>de</strong> Homero Câncio. Muito raro.<br />

132 CANTIGAS d’ Amor dos Trovadores Galego-Portugueses. - Ediç<strong>ão</strong> Crítica, Acompanhada<br />

<strong>de</strong> Introduç<strong>ão</strong>, Comentário, Variantes, e Glossário / por José Joaquim Nunes. - Coimbra:<br />

Imprensa da Universida<strong>de</strong>, 1932. - L, [2], 562, [2] pp.; 180 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; aparado à cabeça. Canções<br />

- 32 -


Lote n.º 138


Lote n.º 140 Lote n.º 142<br />

Lote n.º 153 Lote n.º 171


eunidas pelo autor e que n<strong>ão</strong> foram incluídas por Carolina Michaelis <strong>de</strong> Vasconcelos no seu Cancioneiro<br />

da Ajuda. Invulgar.<br />

133 CAPELLO (Hermenegildo) & IVENS (Roberto). - DE ANGOLA à Contra-Costa:<br />

Descripç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma viagem atravez do continente africano (...). - ediç<strong>ão</strong> ilustrada com<br />

mappas e <strong>gravuras</strong>. - Lisboa: Imprensa Nacional, 1886. - 2 v.: il.; 240 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações com lombada e cantos em pele, conservando as capas <strong>de</strong> brochura do primeiro volume;<br />

apenas ligeiramente aparado à cabeça. Obra sobre uma das mais importantes expedições portuguesas ao<br />

continente africano. Compreen<strong>de</strong> noticias e <strong>de</strong>crições sobre a origem do Lualaba, o caminho entre as duas<br />

costas, visita às terras da Garanganja, Katanga e ao curso do Luapula, e a <strong>de</strong>scida do Zambeze do Choa ao<br />

Oceano. Profusamente ilustrado no texto e em separado. Raro.<br />

134 CAPELLO (Hermenegildo) & IVENS (Roberto). - DE BENGUELLA às Terras <strong>de</strong> Iácca:<br />

Descripç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma viagem na África Central e Occi<strong>de</strong>ntal (...) Expediç<strong>ão</strong> organizada nos<br />

annos <strong>de</strong> 1877-1880. - ediç<strong>ão</strong> ilustrada. - Lisboa: Imprensa Nacional, 1881. - 2 v.: il.; 230<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas carminado. Obra <strong>de</strong>scritiva da<br />

expediç<strong>ão</strong> levada a cabo pelos exploradores Hermenegildo Capello e Roberto Ivens por terras africanas.<br />

Trata das cabeceiras dos rios Cu-neme, Cu-bango, Lu-ando, Cu-anza, e Cu-ango, da <strong>de</strong>scoberta dos rios<br />

Hamba, Cauali, Sussa e Cu-gho, e das terras <strong>de</strong> Quiteca N’bungo, Sosso, Futa e Iáca. Profusamente<br />

ilustrado no texto e em separa.<br />

135 CARDOSO (Edgar A. <strong>de</strong> Mesquita). - ALGUNS Métodos <strong>de</strong> Cálculo Experimental e sua<br />

Aplicaç<strong>ão</strong> ao Estudo <strong>de</strong> Pontes. - Lisboa: Oficinas Gráficas <strong>de</strong> Ramos, Afonso & Moita,<br />

1950. - [20], 270 pp.: il.; 250 mm.<br />

Brochado. Dissertaç<strong>ão</strong> apresentada pelo autor para o concurso ao lugar <strong>de</strong> professor catedrático da ca<strong>de</strong>ira<br />

<strong>de</strong> Pontes do Instituto Superior Técnico.<br />

136 CARNEIRO (Manoel Borges). - MAPPA Chronologico das leis e mais disposições <strong>de</strong><br />

direito Portuguez: publicadas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1603 até 1817. - Lisboa: Na Impress<strong>ão</strong> Régia, s.d.. -<br />

832, 100 pp.; 210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; furos <strong>de</strong> traça na pasta; corte das folhas carminado Obra <strong>de</strong><br />

eminente jurisconsulto que <strong>de</strong>sempenhou vários cargos políticos e judiciais no primeiro quartel do século<br />

XIX. Foi eleito <strong>de</strong>putado às Cortes constituintes <strong>de</strong> 1821 e entre 1826 e 1828 foi <strong>de</strong>putado pela província<br />

da Beira. Após a dissoluç<strong>ão</strong> da Cortes com a chegada <strong>de</strong> D. Miguel acabou por ser preso nas masmorras da<br />

torre <strong>de</strong> S. Juli<strong>ão</strong>, <strong>de</strong>mitido do lugar <strong>de</strong> Desembargador e afastado do serviço da magistratura. Foi autor <strong>de</strong><br />

várias obras <strong>de</strong> índole jurídica. Inocêncio refere que o suplemento <strong>de</strong>ste título integra 96 páginas, embora<br />

o presente exemplar possua 100.<br />

137 CARNEIRO (Mário <strong>de</strong> Sá). - A CONFISSÃO <strong>de</strong> Lúcio: Narrativa. - Lisboa: Ed. autor,<br />

1914. - 206 pp.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele, <strong>de</strong>corada a ouro na lombada e pastas; capa <strong>de</strong> brochura anterior fac-similada<br />

e falta da posterior.; exemplar por aparar. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Obra que ocupa um lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque na<br />

bibliografia <strong>de</strong> Mário <strong>de</strong> Sá-Carneiro e no movimento mo<strong>de</strong>rnista da literatura portuguesa. Oferece-nos a<br />

história <strong>de</strong> um homem que se torna amante da mulher <strong>de</strong> uma figura mo<strong>de</strong>lar e que acaba por <strong>de</strong>scobrir<br />

que essa relaç<strong>ão</strong> foi arquictectada pelo próprio marido. Novela atravessada pelo postulado do pan-erotismo<br />

e da incontornabilida<strong>de</strong> do “rito sexual” <strong>de</strong> posse/entrega na relaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> amiza<strong>de</strong>. Sobrelevam os temas<br />

da projecç<strong>ão</strong> do <strong>de</strong>sejo num sentido freudiano, o paroxismo erótico, a projecç<strong>ão</strong> do eu no outro, que<br />

<strong>de</strong>correm no seio <strong>de</strong> um triangulo amoroso que se <strong>de</strong>sfaz gradualmente numa relaç<strong>ão</strong> polar. Muito raro.<br />

138 CARNEIRO (Mário <strong>de</strong> Sá). - DISPERSÃO: 12 poesias / por Mário <strong>de</strong> Sá-Carneiro. -<br />

Lisboa: Em Casa do Autor, 1914. - 72 pp.;<br />

Exemplar enriquecido com DEDICATÓRIA <strong>de</strong> Mário <strong>de</strong> Sá Carneiro a Rogério Perez. Bom exemplar,<br />

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enca<strong>de</strong>rnado inteira <strong>de</strong> pele natural, conservando as capas <strong>de</strong> brochura intactas, assim como apresentando<br />

as folhas <strong>de</strong> texto em óptimo estado <strong>de</strong> conservaç<strong>ão</strong>. PRIMEIRA EDIÇÃO. RARÍSSIMA. Obra fulcral<br />

da bibliografia <strong>de</strong> Sá-Carneiro, escrita ainda durante o ano <strong>de</strong> 1913, mas só impressa no ano seguinte.<br />

Segundo Óscar Lopes, po<strong>de</strong>mos inserir esta sua obra naquilo que chamou <strong>de</strong> fase <strong>de</strong>ca<strong>de</strong>nte, on<strong>de</strong> se<br />

notam as influências <strong>de</strong> Fialho, que o autor admirava, Eugénio <strong>de</strong> Castro e do Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vila-Moura.<br />

A capa <strong>de</strong> brochura está ilustrada com um belo <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> José Pacheco, autor da capa <strong>de</strong> brochura do<br />

primeiro número <strong>de</strong> Orpheu. (Almeida Marques, 1940)<br />

139 CARNEIRO (Mário <strong>de</strong> Sá). - INDÍCIOS <strong>de</strong> Oiro. - Porto: Edições Presença, 1937. - 86<br />

pp.; 260 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>, publicada sob os auspícios da revista Presença que <strong>de</strong>sempenhou gran<strong>de</strong> papel<br />

na divulgaç<strong>ão</strong> e reconhecimento do movimento órfico, sendo esta publicaç<strong>ão</strong> uma das realizações. A obra<br />

foi entregue pelo próprio Sá Carneiro a Pessoa para sua posterior publicaç<strong>ão</strong>. Pessoa foi responsável pela<br />

publicaç<strong>ão</strong> na Contemporânea, Athena, Presença e outras revistas, <strong>de</strong> vários poemas do conjunto, embora<br />

já alguns tivessem sido publicados no número 2 <strong>de</strong> Orpheu. Segundo nota dos editores: “n<strong>ão</strong> se trata, pois,<br />

duma colectânea <strong>de</strong> dispersos: mas duma obra que só a morte impediu o autor <strong>de</strong> publicar, e cujo título e<br />

or<strong>de</strong>naç<strong>ão</strong> ele próprio <strong>de</strong>terminou.” Raro.<br />

140 CARNEIRO (Mário <strong>de</strong> Sá). - PRINCÍPIO: Novelas Originais. - Lisboa: Livraria Ferreira,<br />

1912. - 348 pp.; 205 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele, <strong>de</strong>corada a ouro na lombada e com filete, também a ouro, nas pastas; corte<br />

superior das folhas carminado; apenas ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong> brochura;<br />

carimbo <strong>de</strong> posse. PRIMEIRA EDIÇÃO <strong>de</strong>ste livro <strong>de</strong> novelas <strong>de</strong> uma das figuras <strong>de</strong> maior relevo da sua<br />

geraç<strong>ão</strong>, mas apenas conhecido <strong>de</strong>pois da sua morte, muito por culpa do seu amigo Fernando Pessoa,<br />

companheiro da aventura órfica. Composto por quatro novelas - Loucura, O Sexto Sentido, Diários, O<br />

Incesto - Princípio, o seu primeiro trabalho individual publicado em livro, é já característico <strong>de</strong> toda a<br />

sua obra literária e epistolográfica. “Génio na arte, n<strong>ão</strong> teve Sá Carneiro nem alegria nem felicida<strong>de</strong> nesta<br />

vida”, <strong>de</strong>ixou Pessoa escrito sobre o seu amigo. A busca <strong>de</strong> um absoluto inalcansável marca toda a sua obra,<br />

sendo também, porventura, um dos motivos profundos do seu suícidio, que é aludido em contos, poemas<br />

e cartas enviadas a Fernando Pessoa, mostrando como o “mal <strong>de</strong> vivre” cedo se lhe instalou na alma.<br />

Como tem sido sublinhado em diversos estudos, toda a obra é uma encenaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> suicídio e a ele o conduz<br />

e novelas como O Incesto on<strong>de</strong> as personagens s<strong>ão</strong> sombras ou reencarnações <strong>de</strong> outras como forma <strong>de</strong><br />

amplificaç<strong>ão</strong> do eu até à sua anulaç<strong>ão</strong>, ou Loucura, on<strong>de</strong> precisamente esse estado mental do artista, ser<br />

singular e genial, mata ou se mata por causa da sua se<strong>de</strong> <strong>de</strong> Absoluto, s<strong>ão</strong> expressões claras do que irá ser<br />

toda a obra do poeta. Biblos, 4, c. 1037<br />

141 CARREIRA (Saldanha). - CURSO <strong>de</strong> Esperanto (por correspondência). - Lisboa: ed.<br />

autor, 1963. - 208, XII pp.; 210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em percalina; todas as folhas em perfeito estado <strong>de</strong> conservaç<strong>ão</strong>.<br />

Desconhecemos se a obra foi alguma vez publicada ou se está inédita, ou ainda se o presente exemplar<br />

se trata <strong>de</strong> uma cópia. A obra é composta por páginas dactilografadas (possui a tinta, a cercadura para a<br />

composiç<strong>ão</strong> da mancha tipográfica), tratando <strong>de</strong> um curso <strong>de</strong> Esperanto, supostamente para ser aprendido<br />

à distância. Muito curioso.<br />

142 CARTARI (Vincenzo). - LE IMAGINI <strong>de</strong> i Dei <strong>de</strong> Gli Antichi, nelle qualisi contengono<br />

gl’Idoli, Riti, Ceremonie, & altre cose appartenenti alla Religione <strong>de</strong> gli Antichi, Racolte<br />

dal Sig. Vincenzo Cartari, con la loro espositione, & con bellissime & accommodate<br />

figure novamente ristampate [...]. - In Lione: Apresso Stefano Michele, 1581. - 8.º; *-***//8,<br />

****//4, a-z, A-E//8, G//6; [28], 474 [aliás 472] pp.: il.; 180 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pegaminho da época restaurada, com atilhos; ocasionais restauros; algumas<br />

<strong>gravuras</strong> com riscos infantis; <strong>de</strong> forma geral bom exemplar. Estimadíssima obra do século XVI, impressa<br />

pela primeira vez em 1556, mas sem as ilustrações. A primeira ediç<strong>ão</strong> ilustrada é <strong>de</strong> 1571. O trabalho é<br />

<strong>de</strong>dicado às mitologias, cosmogonias e ritos dos povos da antiguida<strong>de</strong> e é soberbamente ilustrada com<br />

<strong>gravuras</strong> <strong>de</strong> página inteira representando os vários <strong>de</strong>uses, mitos e ritos tratados. Muito raro.<br />

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143 CARVALHO (Jo<strong>ão</strong> Pinto <strong>de</strong>, TINOP). - HISTÓRIA do Fado. - Lisboa: Empreza da<br />

Historia <strong>de</strong> Portugal, 1903. - [4], 270 pp.: il.; 195 mm.<br />

Bom exemplar; enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele da época ligeiramente casada; corte superior das folhas<br />

carminado; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Uma das primeiras, sen<strong>ão</strong> mesmo a primeira, tentativas <strong>de</strong><br />

síntese histórica sobre o nascimento e <strong>de</strong>senvolvimento do fado, ilustrado no texto com várias foto<strong>gravuras</strong><br />

<strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>s ligadas àquela música portuguesa. Muito raro e procurado.<br />

144 CARVALHO (Maria Amália Vaz <strong>de</strong>). - EM PORTUGAL e no Estrangeiro (Ensaios<br />

Criticos). - Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1899. - [4], 360 pp.; 225 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele, apenas ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong> brochura.<br />

Ex-Libris <strong>de</strong> D. Manuel II. Reuni<strong>ão</strong> <strong>de</strong> artigos dispersos <strong>de</strong> Maria Amália Vaz <strong>de</strong> Carvalho, uma das mais<br />

importantes figuras da cultura portuguesa do século XIX. Raro.<br />

145 CARVALHO (Raul <strong>de</strong>). - POESIA. - Lisboa: Portugália Editora, [1955]. - 260, [4] pp.; 210<br />

mm.<br />

Brochado; por abrir. Segundo livro <strong>de</strong>ste importante poeta neo-realista fortemente influenciado por<br />

Manuel da Fonseca. Segundo Fernando Martinho (Biblios, I, c. 1023) a obra produzida durante esta<br />

década <strong>de</strong> cinquenta é o que a generalida<strong>de</strong> da crítica consi<strong>de</strong>ra a melhor da sua vasta produç<strong>ão</strong>. Tal<br />

como outros poetas da geraç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> 50, opera nesta fase, “uma síntese entre as preocupações sociais do neorealismo<br />

e a libertaç<strong>ão</strong> surrealista” (ibi<strong>de</strong>m). Raro.<br />

146 CASTANHOSO (Miguel <strong>de</strong>). - DOS FEITOS <strong>de</strong> D. Christovam da Gama em Ethiopia:<br />

tratado composto / por [...]; publicado por Francisco Maria Esteves Pereira. - Lisboa:<br />

Imprensa Nacional, 1898. - L, 156 pp.; 250 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; apenas ligeiramente aparado à<br />

cabeça; exemplar limpo. Nova ediç<strong>ão</strong>, publicada por ocasi<strong>ão</strong> das comemorações do quarto centenário<br />

do <strong>de</strong>scobrimento do caminho para a Índia, <strong>de</strong>ste importante relato dos acontecimentos da embaixada<br />

li<strong>de</strong>rada por D. Cristóv<strong>ão</strong> da Gama, irm<strong>ão</strong> <strong>de</strong> D. Estev<strong>ão</strong> da Gama, vice-rei da Índia entre 1540 e 1542,<br />

à Etiópia. A corte do Preste Jo<strong>ão</strong> tinha pedido auxílio contra o rei <strong>de</strong> Zeila, o que levou à organizaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong><br />

um exército <strong>de</strong> 400 homens, acabando por sofrer pesada <strong>de</strong>rrota. A primeira ediç<strong>ão</strong> foi impressa por Jo<strong>ão</strong><br />

Barreira, Lisboa, 1564.<br />

147 CASTELO BRANCO (Camilo), pref. - CARTA <strong>de</strong> Guia <strong>de</strong> Casados para que pelo<br />

caminho da pru<strong>de</strong>ncia se acerte com a casa do <strong>de</strong>scanso. A um amigo por D. Francisco<br />

Manoel. - Nova ediç<strong>ão</strong>, com um prefácio biographico enriquecido <strong>de</strong> documentos ineditos<br />

por [...]. - Porto: Typ. Pereira da Silva, 1873. - 204 pp.; 155 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado. Ediç<strong>ão</strong> totalmente preparada por Camilo,<br />

provavelmente impressa e editada até a suas expensas, da conhecida Carta <strong>de</strong> Guia <strong>de</strong> Casados <strong>de</strong> D.<br />

Francisco Manuel <strong>de</strong> Melo. Invulgar.<br />

148 CASTELO BRANCO (Camilo), pref. - JESUS Christo perante o seculo, ou novos<br />

testemunhos das sciencias em abono do Catholicismo / por Roselly <strong>de</strong> Lorgues. - 3.ª<br />

vers<strong>ão</strong> em portuguez sobre a 15.ª ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Pariz / annotada por Camillo Castello-Branco.<br />

- Porto: F.G. da Fonseca, 1852. - XVI, 392 pp., 1 est.: il.; 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ocasionais restauros; ligeira aci<strong>de</strong>z. Obra anotada e prefaciada por<br />

Camilo sobre a vers<strong>ão</strong> portuguesa realizada por Caetano Lopes <strong>de</strong> Moura publicada 8 anos antes. Camilo<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> calorosamente a doutrina do escritor francês <strong>de</strong> quem prefaciou uma outra obra na traduç<strong>ão</strong><br />

portuguesa. O prefácio foi publicado originalmente nas colunas <strong>de</strong> O Portugal. Invulgar.<br />

149 CASTELO BRANCO (Camilo), trad. - HISTORIA <strong>de</strong> Gabriel Malagrida da Companhia<br />

<strong>de</strong> Jesus [...] / Traduzida <strong>de</strong> Paulo Mury. - Lisboa: Empreza Litteraria Fluminense, s.d. -<br />

XXX-188-[6] pp.; 180 mm.<br />

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Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado. Traduç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Camilo <strong>de</strong>sta obra biográfica<br />

sobre um Padre da Companhia <strong>de</strong> Jesus que foi estrangulado e queimado em Lisboa em 1761. Raro.<br />

150 CASTELO BRANCO (Camilo). - LIVRO <strong>de</strong> Consolaç<strong>ão</strong> / Romance por [...]. - Porto:<br />

Viúva Moré, 1872. - 290 pp.;195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado e sem capas <strong>de</strong> brochura. [Almeida Marques,<br />

467] Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste romance parcialmente publicado sob o título <strong>de</strong> “Espelho <strong>de</strong> Desgraçados”<br />

no “Primeiro <strong>de</strong> Janeiro”. O romance <strong>de</strong>screve uma sucess<strong>ão</strong> <strong>de</strong> amores infelizes e funestos, ocorridos<br />

no <strong>de</strong>curso do conturbado período das invasões francesas. Segundo Alexandre Cabral (Dicionário <strong>de</strong><br />

Camilo Castelo Branco, 361), “a particularida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta novela camiliana resi<strong>de</strong> no facto <strong>de</strong> ter sido escrita<br />

expressamente, ao que se diz, para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r José Cardoso Vieira <strong>de</strong> Castro e exercer press<strong>ão</strong> sobre o<br />

tribunal que o iria julgar pelo assassínio premeditado da esposa, culpada <strong>de</strong> adultério”. Raro.<br />

151 CASTELO BRANCO (Camilo). - A CAVEIRA da Matyr: Romance Historico em<br />

seguimento da Filha do Regicida / por [...]. - Lisboa: Livraria Editora <strong>de</strong> Matos Moreira,<br />

1875-1876. - 3 v.; 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações inteiras <strong>de</strong> percalina azul; ligeiramente aparado. Primeira ediç<strong>ão</strong> do último título da<br />

trilogia composta pelos romances O Regicida, 1874, A Filha do Regicida, 1875, e Caveira da Mártir <strong>de</strong><br />

1875. Ao longo da série cruzam-se importantes acontecimentos históricos dos séculos XVII e XVIII,<br />

entrelaçados com as vivências passionais dos membros <strong>de</strong> uma mesma família. O suporte dos sucessivos<br />

enredos amorosos s<strong>ão</strong> eventos da socieda<strong>de</strong> portuguesa dos reinados <strong>de</strong> D. Jo<strong>ão</strong> IV e D. Jo<strong>ão</strong> V. Segundo<br />

Alexandre Cabral, a série insere-se na “ofensiva <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ada pelo romancista contra a dinastia brigantina,<br />

na sua luta pelo viscondado, iniciada em 1870”. Raro.<br />

152 CASTELO BRANCO (Camilo). - A ENGEITADA. - Lisboa: Livrarias <strong>de</strong> Campos Junior,<br />

s.d. [1868]. - [2], 292 pp.; 190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeira aci<strong>de</strong>z; nada aparado. Variante Campos Junior da<br />

primeira ediç<strong>ão</strong>. Editado originalmente pela Empresa do Comércio do Porto, foi o único romance <strong>de</strong><br />

Camilo que n<strong>ão</strong> passou primeiro pelas páginas do jornal. Raro.<br />

153 CASTELO BRANCO (Camilo). - AMOR <strong>de</strong> Perdiç<strong>ão</strong> (Memorias d’uma Familia):<br />

Romance / por [...]. - Porto: Em Casa <strong>de</strong> N. Moré, 1862. - XII, 250 pp.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele ricamente <strong>de</strong>corada a ouro na lombada com motivos vegetalistas e com<br />

duplo filete nas pastas; com ligeiro aparo, está com o corte superior das folhas carminado; assinatura<br />

<strong>de</strong> posse da época no frontispício e na folha <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicatória; exemplar limpo, sem a habitual aci<strong>de</strong>z forte<br />

provocada pela má qualida<strong>de</strong> do papel da tiragem normal. Bom exemplar. PRIMEIRA EDIÇÃO. Escrito<br />

na Ca<strong>de</strong>ia da Relaç<strong>ão</strong> do Porto durante o ano <strong>de</strong> 1861, Camilo inspirou-se numa lenda <strong>de</strong> família em que<br />

se contava que um seu Tio, Sim<strong>ão</strong> Botelho, teria acabado <strong>de</strong>gredado para a Índia por “crimes amorosos”.<br />

Também ele preso por iguais razões, aguardando julgamento com a sua mulher <strong>de</strong> sempre, Ana Plácido,<br />

ao mesmo tempo procurando a reconciliaç<strong>ão</strong> com uma socieda<strong>de</strong> ainda incapaz <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r o que se<br />

<strong>de</strong>signava por “direitos do coraç<strong>ão</strong>”, Camilo escreve a que é consi<strong>de</strong>rada a sua mais importante e magistral<br />

obra, ou, pelo menos, com toda a certeza, a que maior audiência recolheu. Centrada no tema dos amores<br />

contrariados em nome <strong>de</strong> rivalida<strong>de</strong>s nobiliárquicas, encontramos no <strong>de</strong>senvolvimento da acç<strong>ão</strong> elementos<br />

fundamentais da temática ficcional camiliana como o encerramento forçado no convento, perseguiç<strong>ão</strong>,<br />

pris<strong>ão</strong>, <strong>de</strong>sterro e morte do herói. Ao mesmo tempo, as personagens possuem traços <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>,<br />

ajudadas pela enorme mestria com que Camilo estrutura o discurso narrativo e maneja os vários recursos<br />

estilísticos da língua portuguesa, contruindo-se assim um texto “<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> poética, numa<br />

singular sinfonia <strong>de</strong> vozes que v<strong>ão</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o linguajar campesino do ferrador Jo<strong>ão</strong> da Cruz às exaltações do<br />

lirismo romântico patente nas cartas <strong>de</strong> Sim<strong>ão</strong> e <strong>de</strong> Teresa, passando pelo recorte aliteratado e arcaizante<br />

dos fidalgos provincianos [...]” (Biblos, I, col. 330). O “Amor <strong>de</strong> Perdiç<strong>ão</strong>” foi escrito, como já ficou dito,<br />

na Ca<strong>de</strong>ia da Relaç<strong>ão</strong> do Porto enquanto Camilo aguardava julgamento pelo crime <strong>de</strong> adultério, em 1861,<br />

estando a <strong>de</strong>dicatória a Fontes Pereira <strong>de</strong> Melo datada <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong>sse mesmo ano. A data apresentada<br />

no frontispício da obra indica o ano seguinte, 1862, mas segundo Alexandre Cabral no seu “Dicionário <strong>de</strong><br />

C.C.Branco” (p. 30), o periódico “Revoluç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Setembro” dá-o, em 1 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1862, como estando<br />

já em circulaç<strong>ão</strong>, pelo que é possível que a obra se encontrasse à venda ainda antes do fim <strong>de</strong> 1861. A<br />

reforçar esta i<strong>de</strong>ia, está o facto <strong>de</strong> Camilo ter saído da pris<strong>ão</strong> em Outubro <strong>de</strong> 1861, pelo que, no momento,<br />

mais que a sua constante necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reconhecimento público, a sua nova situaç<strong>ão</strong> familiar carecia<br />

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<strong>de</strong> forma <strong>de</strong> sustento regular. Curiosida<strong>de</strong> bibliográfica é também a existência <strong>de</strong> uma tiragem muito<br />

reduzida em papel inglês cartridje <strong>de</strong> que nos d<strong>ão</strong> conta Henrique Marques e Manuel dos Santos nas suas<br />

Bibliografia Camiliana e Revista Bibliográfica Camiliana, respectivamente. MUITO RARO.<br />

154 CASTELO BRANCO (Camilo). - AO ANOITECER DA VIDA: Ultimos Versos. - Porto:<br />

Imprensa Litterario Commercial, 1874. - XXIV-144-II pp.; 190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele da época, conservando as capas <strong>de</strong> brochura; ligeiramente aparado.<br />

Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>stes versos <strong>de</strong> Camilo. Colectânea <strong>de</strong> poesias adquirida pelo livreiro Silva Junior da<br />

Livraria Universal, que o comprara ao autor em 1862. Composta inicialmente por cerca <strong>de</strong> meia centena<br />

<strong>de</strong> poesias, a colectânea revelava sem ambiguida<strong>de</strong> o itinerário amoroso <strong>de</strong> Camilo e Ana Plácido, tendo<br />

sido por essa raz<strong>ão</strong> que o editor receou a sua publicaç<strong>ão</strong> pouco tempo <strong>de</strong>pois do casal ter sido ilibado do<br />

crime <strong>de</strong> adultério. A compilaç<strong>ão</strong> acabou ent<strong>ão</strong> por sair em 1874, truncada <strong>de</strong> algumas das suas poesias<br />

mais reveladoras. Invulgar.<br />

155 CASTELO BRANCO (Camilo). - AS FAVAS Negras. - Editor / Alberto Salgueiro. -<br />

Figueira da Foz: Tipografia Popular, 1924. - 8 pp.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> meia francesa <strong>de</strong> pele com cantos; conservando as capas <strong>de</strong> brochura; assinatura <strong>de</strong> posse.<br />

Ediç<strong>ão</strong> única <strong>de</strong>ste curioso escrito on<strong>de</strong> se inclui a carta que 25 anos antes, em Março <strong>de</strong> 1862 dirigira<br />

ao Presi<strong>de</strong>nte do Instituto <strong>de</strong> Coimbra on<strong>de</strong> justificava a rejeiç<strong>ão</strong> do diploma <strong>de</strong> sócio honorário daquele<br />

Instituto, pelo facto <strong>de</strong> “terem aparecido cinco favas pretas” na votaç<strong>ão</strong> da respectiva proposta. Raro.<br />

156 CASTELO BRANCO (Camilo). - BOHEMIA <strong>de</strong> Espirito. - Porto: Livraria Civilisaç<strong>ão</strong>,<br />

1886. - 454-[2] pp.; 225 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; aci<strong>de</strong>z nos primeiros fólios.<br />

Colectânea <strong>de</strong> escritos <strong>de</strong> Camilo on<strong>de</strong> se reunem quase todos os géneros que o autor cultivou ao longo<br />

dos anos - Jornalismo, História, Dramaturgia, Polémica, etc. N<strong>ão</strong> sendo nenhum dos textos inéditos,<br />

Camilo proce<strong>de</strong>u a várias alterações <strong>de</strong> fundo em alguns dos seus artigos. Esta ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>u origem a um<br />

confronto judicial com os her<strong>de</strong>iros <strong>de</strong> Ernesto Chardron com o argumento <strong>de</strong> que lhes pertencia a<br />

proprieda<strong>de</strong> exclusiva dos títulos compilados, acabando por mandar confiscar os exemplares.<br />

157 CASTELO BRANCO (Camilo). - CANCIONEIRO Alegre <strong>de</strong> Poetas Portuguezes e<br />

Brazileiros / commentado por [...]. - Porto: Livraria Internacional <strong>de</strong> Ernesto Chardron,<br />

1879. - XX, 548 pp.; 190 mm.<br />

Soberba enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele, ricamente <strong>de</strong>corada à m<strong>ão</strong> com ferros a outro nas pastas e lombada,<br />

com um bonito motivo; seixas e planos interiores também <strong>de</strong>corados a ouro com motivos vegetalistas;<br />

corte superior das folhas dourado. Antologia <strong>de</strong> poetas portugueses e brasileiros comentada por Camilo,<br />

cujos comentários foram “azedume corrosivo” para com aqueles que seguiam a doutrinaç<strong>ão</strong> da I<strong>de</strong>ia Nova.<br />

Raro.<br />

158 CASTELO BRANCO (Camilo). - CARLOTA Angela: Romance Original / por [...]. -<br />

Vianna: Typographia da Aurora do Lima, 1858. - 260 pp.; 215 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; apenas ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. Bom exemplar. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Publicado originalmente em folhetins do “Aurora do Lima”,<br />

este romance <strong>de</strong> Camilo atravessa temporalmente os episódios das invasões francesas comandadas por<br />

Junot, reflectindo ao longo do drama amoroso - o amante <strong>de</strong> Carlota Ângela acaba <strong>de</strong>portado para o<br />

Brasil - vários aspectos <strong>de</strong>sse período histórico. Muito raro.<br />

159 CASTELO BRANCO (Camilo). - CARTAS <strong>de</strong> Camilo a Trinda<strong>de</strong> Coelho. - Lisboa:<br />

Livraria Manuel dos Santos, 1915. - 32 pp., 1 ret.: il.; 205 mm.<br />

Brochado. Conjunto <strong>de</strong> cartas que Camilo dirigiu a Trinda<strong>de</strong> Coelho e que por ele foram guardadas,<br />

enca<strong>de</strong>rnadas em volume e entregues a seu filho, Henrique Trinda<strong>de</strong> Coelho que as ce<strong>de</strong>u para serem<br />

publicadas. Importante contributo para a biografia camiliana.<br />

- 39 -


160 CASTELO BRANCO (Camilo). - CARTAS Inéditas <strong>de</strong> Camilo e <strong>de</strong> D. Ana Plácido /<br />

Viscon<strong>de</strong> do Marco. - Lisboa: Livraria Popular <strong>de</strong> Francisco Franco, 1933. - 164 pp.; 190<br />

mm.<br />

Brochado. Conjunto <strong>de</strong> correspondência até ent<strong>ão</strong> inédita <strong>de</strong> Camilo e <strong>de</strong> Ana Plácido. No conjunto<br />

s<strong>ão</strong> 70 cartas <strong>de</strong> Camilo a Adolfo Soares Cardoso, Gustavo Nogueira Soares, Francisco <strong>de</strong> Paula da Silva<br />

Pereira e a José Men<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Carvalho, 24 <strong>de</strong> Ana Plácido a Francisco <strong>de</strong> Paula da Silva Pereira, Duarte<br />

Gustavo Nogueira Soares e 1 <strong>de</strong> Manuel Pinheiro Alves, afilhado <strong>de</strong> Camilo, a Francisco <strong>de</strong> Paula da Silva<br />

Pereira, assim como uma outra <strong>de</strong> Alexandre Herculano a Camilo.<br />

161 CASTELO BRANCO (Camilo). - CEM Cartas <strong>de</strong> Camilo / coor<strong>de</strong>nadas e annotadas<br />

por L. Xavier Barbosa. - Lisboa: Portugal Brasil, s.d. - [18], 160 pp., 20 est.: il.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele um pouco cansada; ligeiramente aparado. Publicaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong><br />

uma centena <strong>de</strong> cartas que o coor<strong>de</strong>nador dividiu em três partes. A primeira referente à colaboraç<strong>ão</strong> do<br />

“Aurora do Lima” abrangendo 48 cartas dirigidas a José Barbosa e Silva e a Luís Barbosa; a segunda sobre<br />

as diversas visitas a Viana do Castelo com cartas dirigidas a José Barbosa, Mateus Barbosa e a Luis Barbosa;<br />

a terceira e última com 42 cartas <strong>de</strong> Camilo a José Barbosa e Silva sobre vários assuntos. Uma das mais<br />

importantes compilações <strong>de</strong> epistolografia camiliana.<br />

162 CASTELO BRANCO (Camilo). - COUSAS Leves e Pesadas / por [...]. - Porto: Em Casa<br />

<strong>de</strong> Luiz José d’Oliveira, 1867. - 236 pp.; 205 mm. - (Biblioteca do Carroç<strong>ão</strong>)<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Miscelânea <strong>de</strong> trabalhos<br />

publicados originalmente em jornais e revistas em que constam os seguintes textos: Dous Corações<br />

Guisados; Estudantes Portugueses em Salamanca (1640); O Primeiro Baile <strong>de</strong> Máscaras em Portugal;<br />

Portugal há quatrocentos anos; Sauda<strong>de</strong>; Folhetim Científico; Hidroterapia; O Académico Ambicioso;<br />

Uma Glória Nacional; Almeida Garrett; Um Parente <strong>de</strong> cincoenta e três monarcas; Goethe aos Escritores;<br />

Hospitais do Porto; José Droz; Dezassete anos <strong>de</strong>pois. Alexandre Cabral no seu Dicionário esclarece on<strong>de</strong><br />

e quando foram publicados os artigos, assim como as várias alterações que Camilo efectuou aos textos.<br />

Raro.<br />

163 CASTELO BRANCO (Camilo). - DELICTOS DA MOCIDADE: Primeiros Attentados<br />

Litterarios / <strong>de</strong> [...]. - Porto: Livraria Civilisaç<strong>ão</strong>, 1889. - XVI-270-[2] pp.; 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado; corte superior das folhas carminado.<br />

[Camiliana, 187] Ediç<strong>ão</strong> dos primeiros escritos <strong>de</strong> Camilo cujas primeiras edições s<strong>ão</strong> raras. Incluem os<br />

seguintes títulos: Os Pundonores Desagravados; O Juízo Final e o Sonho do Inferno; Communicado;<br />

Principios para uma Consequencia; Sentimento; Uma Noite no Cemitério; Algumas Flores para um<br />

Triumpho; A Julio do Carvalhal Sarmento e Pimentel; Um dia <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> Val-Passos. Invulgar.<br />

164 CASTELO BRANCO (Camilo). - DIVINDADE <strong>de</strong> Jesus e Tradiç<strong>ão</strong> Apostolica / por [...],<br />

com uma carta dirigida ao auctor pelo Snr. Viscon<strong>de</strong> d’Azevedo. - Porto: Em Casa <strong>de</strong><br />

Viuva Moré, 1865. - XXXVII, 190, [2] pp.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> meia francesa <strong>de</strong> pele; conservando as capas <strong>de</strong> brochura; apenas ligeiramente aparado à<br />

cabeça; corte superior das folhas pintado; bom exemplar. Colectânea <strong>de</strong> artigos publicados em periódicos<br />

católicos - A Cruz e O Cristianismo - redigidos por Camilo. Raro.<br />

165 CASTELO BRANCO (Camilo). - ECHOS Humoristicos do Minho: carta ao Cruzeiro,<br />

Publicaç<strong>ão</strong> Quinzenal. - n.º 1, 1880 - n.º 4, 1880. - Porto: Livraria Internacional <strong>de</strong> Ernesto<br />

Chardron, 1880. - 4 n.ºs em 1 v. - junto com:<br />

----- LUIZ <strong>de</strong> Camões: Notas biographicas, prefácio da Sétima Ediç<strong>ão</strong> do Camões <strong>de</strong><br />

Garrett. - Porto: Livraria Internacional <strong>de</strong> Ernesto Chardron, 1880. - 80 pp. - junto com:<br />

----- D. ANTONIO Alves Martins, Bispo <strong>de</strong> Viseu: Esboço Biographico / por [...]. - 2.ª ed.<br />

- Porto: Livraria Internacional <strong>de</strong> Ernesto Chardron, 1889. - 36 pp.; 190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas carminado; todos os folhetos<br />

conservando as capas <strong>de</strong> brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong> dos dois primeiros títulos. Os Ecos Humorísticos do<br />

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Minho foram escritos publicados em forma <strong>de</strong> carta no periódico brasileiro O Cruzeiro, aqui reunidos em<br />

quatro fascículos. O opúsculo Luís <strong>de</strong> Camões, originalmente publicado como prefácio da obra “Camões”<br />

<strong>de</strong> Almeida Garrett, foi uma forma <strong>de</strong> o autor e o editor se associarem às comemorações tricentenárias <strong>de</strong><br />

Camões. A biografia <strong>de</strong> D. António Alves Martins, aqui na sua segunda ediç<strong>ão</strong>, foi publicado originalmente<br />

pela Viuva Moré em 1870, sendo um elogio ao prelado e político que fora também amigo e protector <strong>de</strong><br />

Camilo.<br />

166 CASTELO BRANCO (Camilo). - ESTRELLAS Propicias / por [...]. - Porto: Em Casa <strong>de</strong><br />

Viuva Moré, 1863. - 220 pp.; 180 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste romance publicado<br />

orginalmente em folhetins em O Comércio do Porto. Raro.<br />

167 CASTELO BRANCO (Camilo). - HORAS <strong>de</strong> Paz: Escriptos religiosos / por [...]. - Porto:<br />

Livraria e Typographia <strong>de</strong> F.G. da Fonseca, 1865. - 334, [2] pp.; 210 mm.<br />

Bonita enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Compilaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong><br />

artigos publicados nos semanários católicos A Cruz e O Cristianismo à qual Camilo acrescentou um<br />

prefácio. Raro.<br />

168 CASTELO BRANCO (Camilo). - INSPIRAÇOENS. - Porto: Typographia <strong>de</strong> José<br />

Joaquim Gonçalves Basto, 1851. - 132, [4] pp.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; ligeiramente aparado. PRIMEIRA EDIÇÃO, única publicada.<br />

Colectânea <strong>de</strong> poesias publicadas, ao que se supõe, a expensas <strong>de</strong> Camilo. Ao todo compõe-se o livro por<br />

26 poemas mais o “protesto” on<strong>de</strong> Camilo anuncia ser este o seu último livro <strong>de</strong> poesia, promessa, como<br />

tantas outras <strong>de</strong> Camilo, n<strong>ão</strong> cumpridas. A obra abre com uma pequena quadra <strong>de</strong>dicada a ***, asteriscos<br />

interpretados por vários biógrafos como sendo Ana Plácido. Segundo Alexandre Cabral, apesar <strong>de</strong> com<br />

certeza <strong>de</strong>dicada a uma mulher, é pouco provável que seja a Ana Plácido pois, segundo o biógrafo, eles<br />

ainda n<strong>ão</strong> se conheciam. Segundo José dos Santos s<strong>ão</strong> RARÍSSIMOS os exemplares <strong>de</strong>sta obra.<br />

169 CASTELO BRANCO (Camilo). - MARIA José ou a Filha que assassinou, <strong>de</strong>gollou e<br />

esquartejou sua propria Mãi Mathil<strong>de</strong> do Rosario da Luz na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa em 1848. -<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro: A.J.F. da Silva, 1857. - 16 pp.; 175 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; restauros no frontispício apenas afectando ligeiramente a cercadura<br />

tipográfica; aci<strong>de</strong>z própria da má qualida<strong>de</strong> do papel; bom exemplar; ex-libris <strong>de</strong> Victor Ávila Perez. Ediç<strong>ão</strong><br />

brasileira <strong>de</strong>ste popular escrito <strong>de</strong> Camilo que conheceu numerosas edições. A obra foi escrita a propósito<br />

<strong>de</strong> um crime cometido por uma filha para roubar a mãe, instigada pelo amante e foi um enorme sucesso.<br />

Segundo Tomás Ribeiro, Camilo i<strong>de</strong>alizou e escreveu este folheto tipo cor<strong>de</strong>l, numa só noite, para ver<br />

se com a sua publicaç<strong>ão</strong> melhorava a precária situaç<strong>ão</strong> que vivia na época. O folheto obteve imediato<br />

apreço pelo público e conheceu várias edições, contrafacções e imitações. Esta ediç<strong>ão</strong> brasileira foi uma<br />

das primeiras reimpressões. Muito raro.<br />

170 CASTELO BRANCO (Camilo). - O BEM e o Mal. - Lisboa: Livraria <strong>de</strong> Campos Junior,<br />

s.d [1863]. - 216 pp.; 185 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele vermelha; apenas ligeiramente aparado à cabeça; aci<strong>de</strong>z. Variante<br />

da Primeira ediç<strong>ão</strong>, em tudo igual, apenas com um novo frontispício e um ante-rosto que o original n<strong>ão</strong><br />

ostenta. A intriga <strong>de</strong>ste romance <strong>de</strong> Camilo centra-se na dicotomia da cida<strong>de</strong>, corrompida pelo progresso,<br />

e a montanha com a sua vida pacífica e rotineira, respeitadora dos códigos ancestrais. Ediç<strong>ão</strong> rara.<br />

171 CASTELO BRANCO (Camilo). - O CARRASCO <strong>de</strong> Victor Hugo José Alves / por [...].<br />

- Porto: Livraria Internacional <strong>de</strong> Ernesto Chardron, 1872. - 252, [4] pp.; 180 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma das obras camilianas<br />

mais apreciadas pelos bibliófilos pela história da sua publicaç<strong>ão</strong>. Envolvido na luta pelo viscondado <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

1870, Camilo, no ano seguinte, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> “guerrear” contra a dinastia reinante e começa a escrever o famoso<br />

romance “A Infanta Capelista” que se viesse a lume <strong>de</strong>veria “ser pendurado nos in-fólios genealógicos da<br />

Casa <strong>de</strong> Bragança, que Deus guar<strong>de</strong>, e nos n<strong>ão</strong> esperdice a nós” (carta a Castilho, cit. <strong>de</strong> Dic.C.C.B., p.<br />

- 41 -


135). Prevendo-se escândalo, várias pessoas procuram <strong>de</strong>movê-lo da publicaç<strong>ão</strong> da obra, ao que Camilo<br />

ce<strong>de</strong>u <strong>de</strong>pois da visita do D. Pedro II do Brasil. Se alguns biógrafos apontam a principal raz<strong>ão</strong> da <strong>de</strong>struiç<strong>ão</strong><br />

pelo possível melindre que a obra iria causar a D. Pedro, Alexandre Cabral aponta também como possível<br />

causa a promessa do título nobiliárquico para breve. N<strong>ão</strong> chegando esse título, Camilo recupera “A Infanta<br />

Capelista”, faz pequenas modificações e publica este “Carrasco <strong>de</strong> Victor Hugo José Alves” on<strong>de</strong>, por<br />

exemplo, a protagonista Maria José <strong>de</strong> Portugal passa <strong>de</strong> capelista a luveira. Raro e apreciado.<br />

172 CASTELO BRANCO (Camilo). - O DEMONIO DE OURO: Romance Original / por<br />

[...]. - Lisboa: Livraria Editora <strong>de</strong> Matos Moreira, 1873-1874. - 2 v.em 1: il.; 205 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> meia francesa <strong>de</strong> pele com cantos; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. [Camiliana, 188] Primeira<br />

ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste estimado romance <strong>de</strong> Camilo ilustrado com quatro <strong>gravuras</strong> <strong>de</strong>senhadas por Rafael Bordalo<br />

Pinheiro. Anunciado inicialmente com o título “A Herança <strong>de</strong> Londres”, este romance tem como tema<br />

central o dinheiro que corrompe e <strong>de</strong>sperta instintos reprováveis, tema que atravessa também toda a obra<br />

camiliana. Invulgar.<br />

173 CASTELO BRANCO (Camilo). - O JUDEU: Romance Historico por / [...]. - Porto:<br />

Viuva Moré, 1866. - 2 v., 262 pp. e 276 pp.; 175 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele, cansada; ligeiramente aparado e com alguma aci<strong>de</strong>z; ex-libris <strong>de</strong> A.<br />

Ribeiro dos Santos. Romance, anunciado com o título O Anel do Contador-Mór, constituído por dois<br />

quadros - um por volume - on<strong>de</strong> Camilo procura <strong>de</strong>nunciar a realida<strong>de</strong> social dos séculos XVII e XVIII<br />

no que toca às perseguições do Santo Ofício aos Ju<strong>de</strong>us. A linha abrangente do romance é a presença <strong>de</strong><br />

indíviduos que, a coberto <strong>de</strong> falsos altruísmos, perseguem outros seres humanos com vingativa cruelda<strong>de</strong>.<br />

Raro.<br />

174 CASTELO BRANCO (Camilo). - UM LIVRO. - Porto: Typographia <strong>de</strong> J.A. <strong>de</strong> Freitas<br />

Junior, 1854. - 204 pp.; 190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste livro <strong>de</strong> poemas <strong>de</strong><br />

Camilo, publicado a suas expensas. Segundo Alexandre Cabral, é com este livro que Camilo termina com<br />

a sua ambiç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> ser um gran<strong>de</strong> poeta. Projecta-se nesta obra as vivências <strong>de</strong> Camilo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a infância, a<br />

perda <strong>de</strong> sua Mãe, a permanência em Trás-os-Montes, amigos que tragicamente per<strong>de</strong>u, etc. Muito raro.<br />

175 CASTRO (A. G: Ferrreira <strong>de</strong>). - TRABALHOS Geodésicos em Angola [...] Relatório por<br />

A. G. Ferreira <strong>de</strong> Castro. - s.l.: s.n., s.d.. - 112 pp., 3 est.: il.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em percalina. Relatório <strong>de</strong> reconhecimento do terreno para o estabelicimento<br />

<strong>de</strong> uma base geodésica apresentado ao Ministro e Secretário <strong>de</strong> Estado dos Negócios da Marinha e<br />

Ultramar.<br />

176 CASTRO (Alberto Osório <strong>de</strong>). - A ILHA Ver<strong>de</strong> e Vermelha <strong>de</strong> Timor. - Lisboa: Agência<br />

Geral das Colónias, 1943. - XXXVI, 176, [4] pp.; 225 mm. - (Insulíndia Portuguesa, 1)<br />

Dedicatória do autor. Brochado. Estudo histórico sobre a presença portuguesa na ilha <strong>de</strong> Timor.<br />

Estimado.<br />

177 CASTRO (Augusto Men<strong>de</strong>s Simões <strong>de</strong>). - GUIA Histórico do Viajante em Coimbra e<br />

Arredores. - Coimbra: Imprensa da Universida<strong>de</strong>, 1867. - [8]-328 pp., 5 est.: il.; 190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado; assinatura <strong>de</strong> posse no ante-rosto. Curioso e<br />

raro guia turístico da regi<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Coimbra, ilustrado com 5 estampas à parte. Descreve Con<strong>de</strong>ixa, Lorv<strong>ão</strong>,<br />

Mealhada, Luso, Bussaco, Montemor-o-Velho e Figueira.<br />

178 CASTRO (D. Jo<strong>ão</strong> <strong>de</strong>). - PRIMEIRO ROTEIRO DA COSTA DA INDIA; Des<strong>de</strong> Goa até<br />

Dio: Narrando a Viagem que fez o Vice-Rei D. Garcia <strong>de</strong> Noronha em soccorro <strong>de</strong>sta<br />

Ultima Cida<strong>de</strong>. 1538-1539 / por [...] Segundo MS. Autographo. - Publicado / por Diogo<br />

Köpke [...]. - Porto: Typographia Commercial Portuense, 1843. - 2. v.; v. <strong>de</strong> texto: XLIV-<br />

XII-[3]-284 pp., 4 est.; atlas:[1] fol., 16 mapas.: il.; 255 mm e 320x510.<br />

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Lote n.º 178 Lote n.º 189<br />

Lote n.º 207 Lote n.º 210


Enca<strong>de</strong>rnações com lombada e cantos em pele; volume <strong>de</strong> texto conserva capas <strong>de</strong> brochura restauradas,<br />

corte superior das folhas carminado; atlas conserva capa <strong>de</strong> brochura anterior. [Inocêncio, III, p. 345;<br />

Importante Bib. Particular, II, 213] Importante roteiro em que D. Jo<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Castro faz o diário da Armada<br />

que, sob os comandos <strong>de</strong> D. Garcia <strong>de</strong> Noronha, D.Jo<strong>ão</strong> III enviou à Índia para ajuda na <strong>de</strong>fesa das<br />

pocessões portuguesas. Normalmente os mapas vêm em volume à parte formando um atlas. Raro e muito<br />

procurado.<br />

179 CASTRO (D. Jo<strong>ão</strong> <strong>de</strong>). - ROTEIRO DE LISBOA A GOA / por [...]; Annotado por Jo<strong>ão</strong><br />

<strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Corvo. - Lisboa: Typographia da Aca<strong>de</strong>mia Real das Sciencias, 1882. - XVI-<br />

428 pp., XVI est.: il.; 220 mm.<br />

Bonita enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> meia francesa <strong>de</strong> pele com cantos; apenas ligeiramente aparado à cabeça; conserva<br />

as capas <strong>de</strong> brochura; bom exemplar. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Este é o primeiro roteiro que D. Jo<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Castro nos<br />

<strong>de</strong>ixou escrito durante a sua viagem para o Oriente, em companhia do vice-rei D. Garcia <strong>de</strong> Noronha,<br />

comandando a nau Gripho. Valioso documento para a história da marinharia e <strong>de</strong>scobrimentos<br />

portugueses, ilustrado em separado com mapas <strong>de</strong>sdobráveis. Raro e procurado.<br />

180 CASTRO (D. Jo<strong>ão</strong> <strong>de</strong>). - ROTEIRO em que se contem a viagem que fizeram os Portuguezes<br />

no anno <strong>de</strong> 1541, partindo da nobre cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Goa atee Soez, que he no fim, estremida<strong>de</strong><br />

do Mar Roxo. com o sitio, e pintura <strong>de</strong> todo o syno arabico / por [...]. - Paris: Na Officina<br />

Typographica <strong>de</strong> Casimir, 1833. - [4], liv, X, 336 pp., 2 ret., 1 mapa.: il.; 215 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeira aci<strong>de</strong>z, mas <strong>de</strong> forma geral bom exemplar. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Da<br />

espantosa série <strong>de</strong> Roteiros que D. Jo<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Castro, 4.º vice-rei, este Roteiro do Mar Roxo, como também<br />

é conhecido, foi elaborado após a sua participaç<strong>ão</strong> na expediç<strong>ão</strong> contra a frota turca no Suez e “constitui<br />

a última peça da notável obra científica com que valorizou, nos domínios da astronomia náutica e da<br />

cosmografia, a história da expans<strong>ão</strong> portuguesa” (Veríssimo Serr<strong>ão</strong>, III, pp. 125-126). Raro.<br />

181 CASTRO (E.M. <strong>de</strong> Melo e). - A PROPOSIÇÃO 2.01 Poesia Experimental / textos <strong>de</strong> [...]<br />

seguidos <strong>de</strong> uma compilaç<strong>ão</strong> breve <strong>de</strong> poemas experimentais e <strong>de</strong> bibliografias para<br />

informaç<strong>ão</strong> do leitor. - Lisboa: Edições Ulisseia, 1965. - 110, LIV, [2] pp.: il.; 180 mm. -<br />

(Colecç<strong>ão</strong> Poesia e Ensaio, 2)<br />

Brochado. Ensaio sobre a poesia experimental. Raro.<br />

182 CASTRO (Eugénio <strong>de</strong>). - A SOMBRA do Quadrante. - Coimbra: F. França Amado, 1906.<br />

- 88-[4] pp.; 175 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira em pele; <strong>de</strong>dicatória do autor; assinatura <strong>de</strong> posse <strong>de</strong> Fernando Pessoa Primeira<br />

ediç<strong>ão</strong>. Raro.<br />

183 CASTRO (Eugénio <strong>de</strong>). - CHAMAS duma Can<strong>de</strong>ia Velha. - Coimbra: Lumen, 1925. -<br />

120, [4] pp.; 175 mm.<br />

Brochado; por abrir. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

184 CASTRO (Eugénio <strong>de</strong>). - DESCENDO a Encosta. - Lisboa: Lumen, 1924. - 162, [6] pp.;<br />

175 mm.<br />

Brochado; parcialmente por abrir. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

185 CASTRO (Eugénio <strong>de</strong>). - ÚLTIMOS Versos. - Lisboa: Livraria Bertrand, 1938. - 104 pp.;<br />

195 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste conjunto <strong>de</strong> poemas escritos <strong>de</strong>pois da morte da filha e da neta do<br />

autor.<br />

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186 CASTRO (Fernanda <strong>de</strong>). - ASA no Espaço. - Lisboa: Edições Ática, 1955. - 84 pp.; 200<br />

mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Fernanda <strong>de</strong> Castro estreou-se na poesia em 1919 com Ante-Manhã, logo<br />

saudada pela crítica como revelaç<strong>ão</strong> prometedora. Raro.<br />

187 CASTRO (Ferreira <strong>de</strong>). - A SELVA / Ilustrações <strong>de</strong> Julio Pomar. - Lisboa: Empresa<br />

Nacional <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>, 1974. - 318 pp., 12 est.: il.; 315 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial. Bom exemplar. Ediç<strong>ão</strong> comemorativa do 75.º aniversário <strong>de</strong>ste popular romance<br />

<strong>de</strong> Ferreira <strong>de</strong> Castro, soberbamente ilustrada com <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> Julio Pomar. Raro.<br />

188 CASTRO (Francisco <strong>de</strong>). - REFORMAÇAÕ Christãa assim do peccador, como do<br />

virtuoso, composta em castelhano pelo P. Francisco <strong>de</strong> Castro da Companhia <strong>de</strong> Jesus,<br />

natural <strong>de</strong> Granada [...]. - Lisboa: Na Officina <strong>de</strong> Antonio Pedrozo Galraõ, 1726. - 8.º; A-Z,<br />

Aa-Qq//8, Rr//4; [10], 632 pp.; 150 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> em pergaminho da época, sujo; vestígios <strong>de</strong> atilhos. Escassas referências a esta obra na<br />

bibliografia consultada. N<strong>ão</strong> possível encontrar a indicaç<strong>ão</strong> do tradutor. Tudo indica que o tradutor é o<br />

próprio editor, já que, na <strong>de</strong>dicatória assinada por António Pedrozo Galr<strong>ão</strong> se lê, na fórmula obsequiosa:<br />

“traduzido agora em portuguez por um sugeito indigno <strong>de</strong> se nomear servo vosso”.<br />

189 CASTRO (Joaquim Machado <strong>de</strong>). - DISCURSO SOBRE AS UTILIDADES DO<br />

DESENHO, Dedicado á Rainha N. Senhora / por seu author Joaquim Machado <strong>de</strong><br />

Castro [...] Recitado pelo mesmo Professor na Casa Pia do Castelo <strong>de</strong> S. Jorge <strong>de</strong> Lisboa<br />

Na presença da maior parte da Corte, e Nobreza, em 24 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1787: dia oitavo<br />

daquelle em que faz Annos Sua Magesta<strong>de</strong> Fi<strong>de</strong>lissima. - Segunda Impress<strong>ão</strong> Correcta e<br />

Retocada. - Lisboa: Na Offic. da Aca<strong>de</strong>mia R. das Sciencias, 1818. - [8], XII, 70 pp.; 185<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele marmoreada recente, <strong>de</strong>corada a ouro nas pastas e lombada; apenas<br />

ligeiramente aparado à cabeça; exemplar limpo. Segunda ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste texto do gran<strong>de</strong> escultor Machado<br />

<strong>de</strong> Castro sobre a utilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma aula <strong>de</strong> Desenho nas escolas da Casa Pia fundada por Pina Manique.<br />

Raro folheto.<br />

190 CASTRO (Veloso <strong>de</strong>). - A CAMPANHA do Cuamato em 1907: Breve narrativa<br />

acompanhada <strong>de</strong> photographias. - Luanda: Imprensa Nacional, 1908. - 280, [4] pp.: il.;<br />

250 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; bom exemplar. Descriç<strong>ão</strong> da<br />

Campanha que as tropas fizeram à regi<strong>ão</strong> do Cuamato a fim <strong>de</strong> terminarem com as hostilida<strong>de</strong>s mantidas<br />

com algumas tribos da regi<strong>ão</strong> hostis à presença portuguesa e que atacavam várias tribos vizinhas nossas<br />

aliadas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1891. Profusamente ilustrado com foto<strong>gravuras</strong> no texto, algumas <strong>de</strong> página inteira. Raro.<br />

191 CHAGAS (António das). - ESCOLA <strong>de</strong> Penitencia, e Flagello <strong>de</strong> viciosos costumes, que<br />

consta <strong>de</strong> sermoens apostolicos do muyto veneravel Padre Frey Antonio das Chagas [...],<br />

tirados a luz / por Fr. Manuel da Conceyçam. - Lisboa: Na Officina <strong>de</strong> Miguel Deslan<strong>de</strong>s,<br />

1687. - 8.º; †//7, A-Z, Aa-Ii//8, Kk//2; [14], 516 pp.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pergaminho da época, cansada; algumas manchas no início e fim do volume;<br />

vestígios <strong>de</strong> atilhos. Primeira ediç<strong>ão</strong>, publicada postumamente por Fr. Manuel da Conceiç<strong>ão</strong>, um<br />

admirador <strong>de</strong> Fr. António das Chagas, <strong>de</strong>stes sermões. Inocêncio (I, 110) diz-nos sobre esta obra: “Ainda<br />

que estes sermões saíram póstumos, e n<strong>ão</strong> receberam da m<strong>ão</strong> do autor a última lima, contudo, pela alteza<br />

dos assumtos, pela soli<strong>de</strong>z e força do raciocínio, e até pela cultura da dicç<strong>ão</strong>, gravida<strong>de</strong> do estilo e pureza da<br />

frase n<strong>ão</strong> s<strong>ão</strong> menos recomendáveis que as outras obras do respeitável missionário”. Raro.<br />

- 45 -


192 CHAGAS (Jo<strong>ão</strong>) & Ex-Tenente Coelho. - HISTORIA da Revolta do Porto <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong><br />

Janeiro <strong>de</strong> 1891: (Depoimento <strong>de</strong> dois <strong>Cum</strong>plices). - Lisboa: Empreza Democratica <strong>de</strong><br />

Portugal, 1901. - [4], IV, 470 pp., 29 est.: il.; 245 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele, ligeiramente cansada; ligeiramente aparado. Importante testemunho<br />

<strong>de</strong> dois protagonistas da Revolta do Porto <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Janeiro. Profusamente ilustrado.<br />

193 CHAVES (Luís). - OS BARRISTAS PORTUGUESES: (Nas Escolas e no Povo). - Coimbra:<br />

Imprensa da Universida<strong>de</strong>, 1925. - [8]-110-[2] pp., 17 est.: il.; 240 mm. - (Subsídios para a<br />

História da Arte Portuguesa, XV).<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em chagrin; corte superior das folhas carminado. Importante estudo<br />

sobre a escultura em barro portuguesa, profusamente ilustrado com reproduções fotográficas impressas<br />

em separado. Estimado.<br />

194 CHOMRPÉ (Mr.). - DICCIONARIO Abbreviado da Fabula para inteligencia dos poetas,<br />

dos paineis, e das estatuas, cujos argumentos s<strong>ão</strong> tirados da história poética / por [...],<br />

agora traduzido do Francez em Portuguez. - Lisboa: Na Officina <strong>de</strong> Sim<strong>ão</strong> Thad<strong>de</strong>o<br />

Ferreira, 1798. - 8.º; *//4, A-N//8, O//5; [8], 218 pp.; 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira; ligeiramente aparado. Obra traduzida por Pedro José da Fonseca, distinto<br />

professor régio <strong>de</strong> retórica e poética do século XVIII e que <strong>de</strong>ixou publicadas várias obras importantes.<br />

Raro. (Inoc., VI, p. 419)<br />

195 CHRONICA do Con<strong>de</strong>stabre <strong>de</strong> Portugal Dom Nunalvrez Pereyra principiador da Casa<br />

<strong>de</strong> Bragança. Sem mudar dantiguida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas palavras, nem estilo. E <strong>de</strong>ste inuictissimo<br />

Con<strong>de</strong>stabre proce<strong>de</strong>m el Rey Dom Io<strong>ão</strong> terceiro, & o Emperador Carlos V [...]. - Porto:<br />

Typographia Constitucional, 1848. - [4], 274 pp., 1 est.: il.; 240 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte das folhas carminado; ex-libris <strong>de</strong> Aires d’Ornelas.<br />

Bela e nítida impress<strong>ão</strong> da Crónica do Con<strong>de</strong>stável D. Nuno Álvares Pereira, editada pela primeira vez em<br />

Lisboa, Germ<strong>ão</strong> Galhar<strong>de</strong>, 1526. Invulgar.<br />

196 CINATTI (Ruy). - CONVERSA <strong>de</strong> Rotina. - Lisboa: Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Expans<strong>ão</strong> Cultural,<br />

1973. - 96-[8] pp.; 210 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

197 COELHO (F. Adolfo). - OS CIGANOS DE PORTUGAL: Com um estudo sobre o cal<strong>ão</strong>.<br />

- Lisboa: Imprensa Nacional, 1892. - [10]-302-[4] pp., 7 est.: il.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira em percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; <strong>de</strong>dicatória do autor; carimbo <strong>de</strong> posse;<br />

mancha <strong>de</strong> humida<strong>de</strong> no canto superior direito nos primeiros e ultimos fólios; ligeiramente aparado.<br />

Importante trabalho antropológico, etnológico e sociológico dos Ciganos em Portugal. Dividido em três<br />

partes, a primeira <strong>de</strong>dicada à língua dos ciganos <strong>de</strong> Portugal; a segunda ao cal<strong>ão</strong> e gíria portuguesa e suas<br />

relações com a língua dos ciganos e uma última <strong>de</strong>dicada à história e esboço etnográfico dos ciganos <strong>de</strong><br />

Portugal. Com três apêndices com Documentos, um ensaio sobre os ciganos do Brasil e outro sobre o tipo<br />

físico dos ciganos, este útltimo ilustrado com as sete estampas à parte reproduzindo retratos fisionómicos<br />

dos ciganos e um curioso <strong>de</strong>senho retratando um grupo <strong>de</strong>sta etnia no Alentejo, a caminho da feira <strong>de</strong><br />

Alter-do-Ch<strong>ão</strong>. Raro e estimado.<br />

198 COELHO (José Ramos). - HISTÓRIA do Infante D: Duarte Irm<strong>ão</strong> <strong>de</strong> El-Rei D. Jo<strong>ão</strong> IV.<br />

- Lisboa: Por Or<strong>de</strong>m e na Typographia da Aca<strong>de</strong>mia Real das Sciencias, 1889-1890. - 3 v.<br />

em 2 v.: il.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma das<br />

mais estimadas biografias <strong>de</strong> D. Duarte. Raro.<br />

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199 COELHO (R. Beltr<strong>ão</strong>). - ALBÚM: Macau, 1844-1974. - Macau: Fundaç<strong>ão</strong> Oriente, 1989.<br />

- 184 pp., 4 est.: il.; 270x370 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial. Interessante albúm fotográfico <strong>de</strong> Macau cobrindo o período <strong>de</strong> 1844 a 1974,<br />

ilustrado com 4 foto<strong>gravuras</strong> <strong>de</strong>sdobráveis <strong>de</strong> vistas panorâmicas.<br />

200 COELHO (Trinda<strong>de</strong>). - IN ILLO Tempore: Estudantes, Lentes e Futricas / <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong><br />

António Augusto Gonçalves. - Lisboa: Livraria Aillaud, 1902. - 422, [4] pp.: il.; 190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; restauro no fronstispício sem afectar o texto; ligeiramente aparado.<br />

Conjunto <strong>de</strong> pequenas crónicas sobre usos, costumes e episódios pitorescos ocorridos em Coimbra no<br />

tempo <strong>de</strong> estudante <strong>de</strong> Trinda<strong>de</strong> Coelho. Ilustrado com bonitos <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> António Augusto Gonçalves<br />

no fim <strong>de</strong> cada capítulo e com várias foto<strong>gravuras</strong> impressas no texto.<br />

201 COLAÇO (Amélia Rey) & MONTEIRO (Robles). - VINTE Anos no Teatro Nacional<br />

Dona Maria II, 1929-1949. - Lisboa: Empresa Rey Colaço, Robles Monteiro, s.d.. - [56] ff.:<br />

il.; 285 mm.<br />

Dedicatória dos autores; enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Muito<br />

interessante título, escrito por Améli Rey Colaço e Robles Monteiro, sobre os vinte anos <strong>de</strong> carreira da<br />

famosa actriz. Profusamente ilustrado com foto<strong>gravuras</strong> impressas em papel couché <strong>de</strong> várias actuações.<br />

Raro.<br />

202 COLAÇO (Branca <strong>de</strong> Gonta) & ARCHER (Maria). - MEMÓRIAS da Linha <strong>de</strong> Cascais.<br />

- Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1943. - 370, [2] pp.; 190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; sem capas e ligeiramente aparado. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta procurada<br />

monografia <strong>de</strong>dicada à linha <strong>de</strong> caminhos <strong>de</strong> ferro <strong>de</strong> Cascais e as povoações que serve. Raro.<br />

203 COLLECÇÃO <strong>de</strong> Decretos e Regulamentos Publicados durante o Governo da Regencia<br />

do Reino estabelecida na Ilha Terceira: Primeira série, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1829 até 28<br />

<strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1832 & Collecç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Decretos e Regulamentos mandados publicar por<br />

Sua Magesta<strong>de</strong> Imperial o Regente do reino <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que assumiu a regencia em 3 <strong>de</strong> Março<br />

<strong>de</strong> 1832 até à sua entrada em Lisboa em 28 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1833: Segunda série. - Lisboa: Na<br />

Imprensa Nacional, 1836. - 166, VI, 356, [2] pp.; 300 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado. Bom exemplar, limpo. Segunda ediç<strong>ão</strong><br />

<strong>de</strong>sta colectânea <strong>de</strong> legislaç<strong>ão</strong> relativa aos <strong>de</strong>cretos e regulamentos emanados do Governo Constitucional<br />

<strong>de</strong> D. Pedro. José dos Santos (Samodães, 798) dá-nos conta da existência <strong>de</strong> 3 séries na sua primeira ediç<strong>ão</strong>,<br />

todas publicadas antes da presente. No entanto, esta segunda ediç<strong>ão</strong> foi muito acrescentada com vários<br />

diplomas omitidos na primeira ediç<strong>ão</strong>. Raro e procurado.<br />

204 COLLECÇÃO dos Crimes, e Decretos pelos quaes vinte e hum jesuitas foraõ mandados<br />

sahir do Estado do Gram Pará, e Maranhaõ antes do exterminio geral <strong>de</strong> toda a Companhia<br />

<strong>de</strong> Jesus daquelle Estado, Ms. da Biblioteca Geral da Universida<strong>de</strong> publicado / por M.<br />

Lopes <strong>de</strong> Almeida, com uma Nota Preliminar <strong>de</strong> Serafim Leite. - Coimbra: Imprensa da<br />

Universida<strong>de</strong>, 1947. - [4], 134 pp.; 245 mm.<br />

Brochado. Publicaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma compilaç<strong>ão</strong> enviada para o Padre Geral da Companhia <strong>de</strong> Jesus em Roma<br />

sobre os processos movidos contra os padres jesuítas no Brasil. Invulgar.<br />

205 COLLECÇÃO DOS NEGOCIOS DE ROMA no Reinado <strong>de</strong> El-Rey Dom José I,<br />

Ministerio do Marquez <strong>de</strong> Pombal e Pontificados <strong>de</strong> Benedicto XIV e Clemente XIII. -<br />

Lisboa: s.n., 1874. - 2 v. em 1.; 290 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; apenas ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong> brochura.<br />

Compilaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> todos os documentos oficiais da relaç<strong>ão</strong> entre Portugal e o Vaticano, sendo a sua ediç<strong>ão</strong> da<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Bicker. Todos os documentos est<strong>ão</strong> traduzidos para português. Raro e estimado.<br />

- 47 -


206 COLLIN. - MANUEL d’Arithmétique démontrée [...]. - Neuvième Édition. - Paris: A la<br />

Librairie Encyclopédique <strong>de</strong> Roret, s.d.. - vi, 264 pp.; 140 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira da época um pouco cansada; corte das folhas com o mesmo motivo das<br />

folhas <strong>de</strong> guarda; limpo.<br />

207 COMPENDIO e Sumario <strong>de</strong> Confessores tirado <strong>de</strong> toda a substancia do Manual,<br />

Copilado & abreviado por hum religioso fra<strong>de</strong> Menor da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> S. Francisco da<br />

provincia da Pieda<strong>de</strong>. Acrescentaram-se-lhe em os lugares convenientes as cousas mais<br />

comuns que se or<strong>de</strong>narã em o sexto Cõcilio Tri<strong>de</strong>nti.. - Coimbra: por António <strong>de</strong> Maris,<br />

1567. - 8.º, A-Z, Aa-Yy//8, Zz//4, aaa-ccc//8, ddd//2; [16], 712, [52], pp.; 150 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira em pergaminho com atilhos, restaurada; manchas <strong>de</strong> humida<strong>de</strong> mais acentuadas<br />

no final do volume; ocasinais restauros; ca<strong>de</strong>rno ddd fac-similado. (Anselmo, 845; P. Matos, p. 164; D.<br />

Manuel, III, 343; Samodães, 2538; Inoc. II, p. 94, VI, p. 156). Obra que José dos Santos atribui a Fr.<br />

Rodrigo do Porto, mas que Inocêncio coloca sob a referência <strong>de</strong> Fr. Masseu <strong>de</strong> Elvas (VI, p. 156), embora<br />

as consi<strong>de</strong>rações que teceu em II, p. 94 ponham em causa a hipótese <strong>de</strong> ser uma traduç<strong>ão</strong> vertida do<br />

castelhano por esse autor. A gravura que representa S. Francisco recebendo as chagas com legendas<br />

em volta está referenciada em D. Manuel, embora, estranhamente, n<strong>ão</strong> o seja por Pinto Matos. Sobre a<br />

disputada autoria <strong>de</strong>sta obra, este último autor <strong>de</strong>clara: “Este Compêndio, que é um Sumário do Manual<br />

<strong>de</strong> Confessores, é atribuído a Fr. Masseu d’Elvas, e pelas licenças para a impress<strong>ão</strong> do Comissário Fr.<br />

Cristóv<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Abrantes ao Guardi<strong>ão</strong> do Convento <strong>de</strong> Santo António <strong>de</strong> Coimbra, Fr. Masseu, se vê que<br />

fora composto por um fra<strong>de</strong> da Província da Pieda<strong>de</strong>, mas anónimo, e que se diz ser Fr. Rodrigo do<br />

Porto, o mesmo que compusera o Manual <strong>de</strong> Confessores.” Todos os os exemplares <strong>de</strong>sta obra s<strong>ão</strong> raros<br />

e estimados.<br />

208 CONCEIÇÃO (Ama<strong>de</strong>u Pereira da). - TRAGÉDIAS do Ar: crónica dos <strong>de</strong>sastres mortais<br />

da aviaç<strong>ão</strong> portuguesa. - Lisboa: Paulo Gue<strong>de</strong>s, 1929. - 124 pp.: il.; 235 mm.<br />

Dedicatória do autor. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Relaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> vários<br />

aci<strong>de</strong>ntes aéreos ocorridos nos primórdios da aviaç<strong>ão</strong> portuguesa, quer civil, quer militar. Ilustrado no<br />

texto com retratos dos aviadores, assim como <strong>de</strong> algumas aeronaves. Raro.<br />

209 CONCEIÇÃO (Apolinário da). - DEMONSTRAC,AM Historica da Primeira, e Real<br />

Parochia <strong>de</strong> Lisboa <strong>de</strong> que he singular Patrona, e Titular N. S. dos Martyres. - Lisboa: Na<br />

Officina <strong>de</strong> Ignacio Rodrigues, 1750. - 8.º; §//8, §§//10, A-Z, Aa-Kk//8, Ll//2; [36], 532<br />

pp.; 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele n<strong>ão</strong> contemporânea, <strong>de</strong>corada a seco e a ouro nas pastas e lombada; corte<br />

superior das folhas dourado; selo branco <strong>de</strong> Salema Garç<strong>ão</strong>. Fr. Apolinário da Conceiç<strong>ão</strong> nasceu em Lisboa<br />

no ano <strong>de</strong> 1692. Radicou-se no Brasil on<strong>de</strong> tomou o hábito <strong>de</strong> Franciscano na provincia da Conceiç<strong>ão</strong><br />

do Rio <strong>de</strong> Janeiro. “Das numerosas obras d’este filho <strong>de</strong> S. Francisco é a Demonstraç<strong>ão</strong> História a mais<br />

bem aceita e procurada” (Inoc., I, 301). Nunca tendo saído o segundo volume programado para esta obra,<br />

fala-nos Fr. Apolinário da história da Igreja <strong>de</strong> N.S. dos Mártires em Lisboa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua fundaç<strong>ão</strong>. Com<br />

gran<strong>de</strong> interesse para a história olissiponense. Raro. (Salema Garç<strong>ão</strong>, I, 932)<br />

210 CONSTITUIÇOENS Synodaes do Arcebispado <strong>de</strong> Braga, or<strong>de</strong>nadas no anno <strong>de</strong> 1639<br />

pello Illustrissimo Senhor Arcebispo D. Sebasti<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Matos e Noronha. - Lisboa: Na<br />

Officina <strong>de</strong> Miguel Deslan<strong>de</strong>s, 1697. - 4.º; portada, [34], 812 pp.; 295 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele n<strong>ão</strong> contemporânea, <strong>de</strong>corada a seco nas pastas e a ouro na lombada;<br />

<strong>de</strong> modo geral limpo. Segundo Inocêncio estas s<strong>ão</strong> as segundas Constituições Sinodaes impressas do<br />

Arcebispado <strong>de</strong> Braga, mandadas executar por Sebasti<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Matos e Noronha, primeiro Bispo <strong>de</strong> Elvas e<br />

também responsável pela publicaç<strong>ão</strong> das correspon<strong>de</strong>ntes Constituições, <strong>de</strong>pois foi Arcebispo <strong>de</strong> Braga<br />

e acabou preso em S. Juli<strong>ão</strong> da Barra <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ser acusado <strong>de</strong> conspiraç<strong>ão</strong> contra D. Jo<strong>ão</strong> IV. Raro.<br />

Samodães, 848; Inoc., II, 99; Inoc., VII, 219<br />

211 CONSTITVIÇÕES Synodaes do Bispado da Gvarda. - Impressas por Mandado do Ill.mo<br />

e Reverend.mo Sen.or Dom Francisco <strong>de</strong> Castro [...]. - Em Lisboa: Por Pedro Crasbeeck,<br />

- 48 -


Lote n.º 211 Lote n.º 212<br />

Lote n.º 225 Lote n.º 229


1621. - //4, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Ccc//6, Ddd//4, A//6, B//8; [4], 297, [1 br.], [14] ff.; 265<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele n<strong>ão</strong> contemporânea, <strong>de</strong>corada a seco nas pastas e a ouro na lombada;<br />

anotações da época; alguma aci<strong>de</strong>z; trabalho <strong>de</strong> traça marginal em alguns fólios. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>stas<br />

Constituições Sinodais ilustrada com um belo fronstispício gravado. Muito raro. Inocêncio, II, p. 103;<br />

Samodães, 858; Salema Garç<strong>ão</strong>, I, 937<br />

212 CONTRIBUIÇÃO ao Registo <strong>de</strong> Nascimento, existência e extinç<strong>ão</strong> do Grupo Surrealista<br />

<strong>de</strong> Lisboa. - Lisboa: Mário Cesariny e Cruzeiro Seixas, s.d.. - [28] pp., 2 ff.: il.; 325 mm.<br />

Dedicatória <strong>de</strong> Cruzeiro Seixas, assinada Artur Manuel. Brochado. Publicaç<strong>ão</strong> comemorativa do 50.º<br />

aniversário do Manifesto Surrealista <strong>de</strong> André Breton contendo a publicaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> doze cartas <strong>de</strong> Alexandre<br />

O’Neill, António Domingues, Cândido Costa Pinto, Jo<strong>ão</strong> Moniz Pereira, Mário Cesariny, Victor Brauner,<br />

António Pedro, Fernando <strong>de</strong> Azevedo, José Augusto França, Vespeira, António Maria Lisboa e Cruzeiro<br />

Seixas, sendo as <strong>de</strong>stes dois últimos em extra-textos. Raro.<br />

213 CORRÊA (Armando Pinto). - GENTIO <strong>de</strong> Timor. - Lisboa: Imprensa Lucas, 1934. - 368<br />

pp., 16 est.: il.; 190 mm.<br />

Brochado. Descriç<strong>ão</strong> pormenorizada da regi<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Timor e suas gentes por Armando Corrêa Pinto,<br />

administrador daquela regi<strong>ão</strong>, responsável por mandar construir várias infra-estruturas essenciais para a<br />

mais longínqua das possessões portuguesas. Com interessantes notas sobre a natalida<strong>de</strong>, usos e costumes<br />

dos povos, economia, educaç<strong>ão</strong>, adminstraç<strong>ão</strong>, justiça, etc. Raro.<br />

214 CORRÊA (Men<strong>de</strong>s). - RAÇAS DO IMPÉRIO. - Porto: Portucalense Editora, 1943. - 626-<br />

[2] pp., 22 est.: il.; 300 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em pele, ligeiramente cansada; assinatura <strong>de</strong> posse na introduç<strong>ão</strong> Um dos mais<br />

completos estudos antropológicos sobre as etnias do antigo Império português, profusamente ilustrado no<br />

texto e em separado, a preto e a cores. Estimado.<br />

215 CORREIA (Fernando da Silva). - ESTUDOS sobre a História da Assistência: Origens e<br />

Formaç<strong>ão</strong> das Misericórdias Portuguesas. - Lisboa: Henrique Torres, 1944. - 662-[2] pp., 62<br />

pp. <strong>de</strong> est.: il.; 240 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; apenas ligeiramente aparado à cabeça com o corte das<br />

folhas carminado; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Um dos mais extensos e importantes estudos históricos<br />

sobre as Misericórdias e o seu papel em Portugal. Profusamente ilustrado em estampas à parte impressas<br />

em papel couché. Estimado.<br />

216 CORREIA (Natália). - A ILHA <strong>de</strong> Circe. - Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1983. - 140<br />

pp.; 210 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Invulgar.<br />

217 CORREIA (Natália). - A QUESTÃO Académica <strong>de</strong> 1907 / prefácio <strong>de</strong> Mário Braga. -<br />

Lisboa: Editorial Minotauro, s.d. - 244 pp.; 190 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste estudo sobre a quest<strong>ão</strong> académica e a consequente greve dos alunos em<br />

Março <strong>de</strong> 1907.<br />

218 CORREIA (Natália). - O ANJO do Oci<strong>de</strong>nte à entrada do ferro. - Lisboa: Edições Ágora,<br />

1973. - 138-[6, 2 br.] pp., 6 est.: il.; 205 mm.<br />

Tiragem especial <strong>de</strong> 300 exemplares numerados e assinados, da qual este é o número 34. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong><br />

editorial com sobrecapa. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

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219 CORREIA (Natália). - RIO <strong>de</strong> Nuvens: Livro <strong>de</strong> Poesias <strong>de</strong> / [...]; Prefácio <strong>de</strong> Campos <strong>de</strong><br />

Figueiredo. - Coimbra: Atlântida, 1947. - 40 pp.; 230 mm.<br />

Dedicatória da autora; Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Natália Correia reconhecida escritora portuguesa <strong>de</strong><br />

enorme versatilida<strong>de</strong> em vários estilos literários. Iniciando a sua obra na literatura infantil e no romance,<br />

inaugura a sua incurs<strong>ão</strong> na poesia com o presente título. Po<strong>de</strong>m divisar-se aqui os primeiros traços daquilo<br />

que se manifestaria a partir <strong>de</strong> 1957 como uma marca surrealista na sua obra da década <strong>de</strong> 50. Raro.<br />

220 CORTESÃO (Jaime). - OS DESCOBRIMENTOS Portugueses. - Lisboa: Arcádia, s.d.. - 2<br />

v.: il.; 310 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele: corte superior das folhas carminado. Uma das mais<br />

estimadas sínteses históricas sobre os <strong>de</strong>scobrimentos portugueses. Profusamente ilustrado no texto e à<br />

parte, a cores e a preto.<br />

221 COSTA (B.C. Cincinato da) & CASTRO (D.Luís <strong>de</strong>) - LE PORTUGAL au Point <strong>de</strong> Vue<br />

Agricole. - Lisbonne: Imprimerie Nationale, 1900. - XXXVIII, 966, [2] pp., 16 mapas, 71<br />

est., 13 gráficos.: il.; 300 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; apenas ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas<br />

<strong>de</strong> brochura; assinatura <strong>de</strong> posse no frontispício. Obra monumental mandada executar por or<strong>de</strong>m da<br />

Gran<strong>de</strong> Comiss<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Lisboa, organizadora da representaç<strong>ão</strong> portuguesa à Exposiç<strong>ão</strong> Universal <strong>de</strong> 1900.<br />

Trata com exaust<strong>ão</strong> todos os assuntos relacionados com a agricultura portuguesa: animais, tipos <strong>de</strong> cultura,<br />

técnicas, etc. Muito raro e estimado.<br />

222 COSTA (C.A. da). - MEMORIA sobre Portugal e a Espanha. - Lisboa: Typ. <strong>de</strong> Castro &<br />

Irm<strong>ão</strong>, 1856. - 342, [2] pp., 2 tabelas <strong>de</strong>sdobráveis; 245 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele marmoreada; ligeiramente aparado; assinatura <strong>de</strong> posse no início <strong>de</strong> cada<br />

capítulo e do frontispício. Cláudio Adriano da Costa, natural <strong>de</strong> Lisboa, era filho <strong>de</strong> um Ministro dos<br />

Negócios da Fazenda, José Inácio da Costa. Foi proprietário e principal redactor do jornal político Diário<br />

do Povo e escreveu vários artigos e correspondências sobre indústria, comércio, fazenda, etc. Esta obra é<br />

um ensaio político sobre a quest<strong>ão</strong> da uni<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Portugal com Espanha e sobre as respectivas diferenças<br />

económicas, sociais e culturais, etc. Raro. Inoc., II, p. 75; IX, p. 71<br />

223 COSTA (Fontoura da). - “ESTE Livro he <strong>de</strong> Rotear...”: (Conferência) e Bibliografia dos<br />

Roteiros Portugueses até ao ano <strong>de</strong> 1700. - Lisboa: Arquivo Histórico da Marinha, 1933.<br />

- 48 pp., 14 est.: il.; 265 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele; corte superior das folhas carminado; bom exemplar. Muito interessante<br />

conferência realizada na Biblioteca da Marinha aquando da Inauguraç<strong>ão</strong> da Exposiç<strong>ão</strong> dos Roteiros<br />

Portugueses até ao ano <strong>de</strong> 1700. Um dos capítulos é uma bibliografia dos roteiros portugueses impressos<br />

e <strong>manuscritos</strong> conhecidos, possuindo no final um conjunto <strong>de</strong> estampas coloridas com as representações<br />

das rosas dos ventos existentes nesses roteiros. Invulgar.<br />

224 COSTA (Gomes da, Gen.). - O CORPO <strong>de</strong> Exército Português na Gran<strong>de</strong> Guerra: A<br />

Batalha do Lyz, 9 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1918. - Porto: Renascença Portuguesa, 1920. - 256, [4] pp.,<br />

12 est., 3 mapas.: il.; 190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; aci<strong>de</strong>z e algumas manchas <strong>de</strong> humida<strong>de</strong>. Primeira ediç<strong>ão</strong> das<br />

memórias do Gen. Gomes da Costa que combateu em França na Primeira Gran<strong>de</strong> Guerra, “ficando<br />

memoráveis a sua coragem e a sua serenida<strong>de</strong> em face <strong>de</strong> todos os perigos. Comandante da divis<strong>ão</strong><br />

portuguesa [...] teve <strong>de</strong> suportar em <strong>de</strong>sastrosas condições <strong>de</strong> inferiorida<strong>de</strong> a esmagadora ofensiva alemã<br />

<strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1918, na qual os portugueses sofreram perdas elevadíssimas; o seu livro A Batalha do Lyz,<br />

constitui um <strong>de</strong>poimento valioso” (Dic.HP, II, p. 212). Raro.<br />

225 COSTA (Henrique Cesar da Silva Barahona e). - APONTAMENTOS para a Historia da<br />

Guerra da Zambezia 1871-1875 colligidos / por [...] e prefaciado pelo Conselheiro<br />

- 51 -


Henrique <strong>de</strong> Barros Gomes. - Lisboa: Typographia da Papelaria Aurea, 1895. - 58 pp., 1<br />

ret.: il.; 185 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Pequeno folheto sobre<br />

as dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> organizaç<strong>ão</strong> e pacificaç<strong>ão</strong> da regi<strong>ão</strong> da Zambézia durante o século XIX. De especial<br />

interesse estratégico, a regi<strong>ão</strong> da Zambézia recebeu particular atenç<strong>ão</strong> por parte dos sucessivos governos<br />

<strong>de</strong>sta época. É assim que no início da década <strong>de</strong> 70 do século XIX se fez frente a movimentos hostis “dos<br />

Vátuas, Landins e <strong>de</strong> outros povos indígenas que [...] tinham cometido roubos e <strong>de</strong>sacatos contra pessoas<br />

e bens. [...] Impelindo o regresso dos invasores, assegurava-se a paz no território: <strong>de</strong> que essencialmente<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> o incremento da sua populaç<strong>ão</strong> e o <strong>de</strong>senvolvimento do seu comércio, bem como o progresso da<br />

exploraç<strong>ão</strong> das minas <strong>de</strong> oiro, carv<strong>ão</strong> e <strong>de</strong> outros minerais [...] e o da cultura da cana, do arroz, do café e<br />

dos outros géneros que ela produz” (Verissimo Serr<strong>ão</strong>, IX, p. 138). Raro.<br />

226 COSTA (José Daniel Rodrigues da). - RODA da Fortuna, on<strong>de</strong> gira toda a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

gente bem, ou mal segura: Obra crítica, mora, e muito divertida. - Folheto I - folheto VI<br />

----- REVISTA dos Genios <strong>de</strong> Ambos os Sexos, passada em virtu<strong>de</strong> da <strong>de</strong>nuncia, que <strong>de</strong>lle<br />

se <strong>de</strong>o, ou Segunda Parte do Tribunal da Raz<strong>ão</strong>. - Lisboa: Na Impress<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> Nunes<br />

Esteves, 1837. - 5 folhetos em 1 v.; 210 mm.. - [Lisboa]: s.n., [1816]. - 6 folhetos; junto<br />

com:<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado. [Inoc., IV, p. 304; n<strong>ão</strong> referido por Jornais e<br />

Revistas Portugueses do Séc. XIX] Nascido em 1757, José Daniel Rodrigues da Costa é natural <strong>de</strong> Leiria<br />

tendo vindo para Lisboa em tenra ida<strong>de</strong>. N<strong>ão</strong> conseguindo obter graus académicos superiores por falta<br />

<strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> financeira, foi escriv<strong>ão</strong> <strong>de</strong> notas em Portalegre, ajudante das or<strong>de</strong>nanças em Alenquer e<br />

promovido a Major da Legi<strong>ão</strong> nacional do Paço da Raínha. Segundo Inocêncio, Rodrigues da Costa<br />

era muito dado ao bom humor e todos aplaudiam “os seus chistes e ditos naturalmente engraçados e<br />

satíricos”. Faleceu em 1832, pouco <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> ter recebido uma pens<strong>ão</strong> anual <strong>de</strong> D. Miguel, <strong>de</strong> quem era<br />

partidário. Deixou vasta obra, sendo esta uma das mais estimadas. O segundo título é da segunda ediç<strong>ão</strong>.<br />

Raros.<br />

227 COSTA (Luís Moreira <strong>de</strong> Sá e). - DESCENDÊNCIA dos 1.ºS Marqueses <strong>de</strong> Pombal. -<br />

Porto: Tipografia Costa Carregal, 1937. - XXXII-462-[2] pp., LV est.: il.; 255 mm.<br />

Brochado; toscos restauros na folha <strong>de</strong> guarda. O mais completo estudo genealógico da família do 1.º<br />

Marquês <strong>de</strong> Pombal, Sebasti<strong>ão</strong> José <strong>de</strong> Carvalho e Melo, profusamente ilustrada com estampas à parte.<br />

Tiragem nominal <strong>de</strong> apenas 700 exemplares numerados, sendo este o número 443. Estimado.<br />

228 COSTA (Luís Xavier da). - FRANCISCO VIEIRA LUSITANO: poeta e Abridor <strong>de</strong><br />

Águas Fortes. - Segunda Ediç<strong>ão</strong>, muito ampliada. - Coimbra: Imprensa da Universida<strong>de</strong>,<br />

1929. - VIII-184-[4] pp., 3 est.: il.; 275 mm.<br />

Brochado; por abrir. Segunda ediç<strong>ão</strong>, preferível à primeira por estar muito aumentada, <strong>de</strong> uma das mais<br />

estimadas biografias do gravador Francisco Vieira Lusitano. Ilustrado no texto e à parte.<br />

229 COSTA (Manuel Joaquim da). - A TACHYGRAPHIA ou Stenographia (sem mestre):<br />

segundo o melhor methodo seguido nas Côrtes, muito pratico e muito simples, actualisado,<br />

racional e intuitivo / por [...]. - Lisboa: Typographia do Commercio, 1909. - XXXII, 124<br />

pp.: il.; 215 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; assinaturas <strong>de</strong> posse. Muito curioso<br />

manual <strong>de</strong> estenografia, com todas as suas regras, técnicas, etc. Profusamente ilustrado no texto com os<br />

<strong>de</strong>senhos das letras estenográficas. Raro.<br />

230 COUCEIRO (Henrique <strong>de</strong> Paiva). - ANGOLA: (Dous annos <strong>de</strong> Governo, Junho 1907-<br />

Junho 1909), História e Commentarios. - Lisboa: Editora A Nacional, 1910. - [4], 424, [4]<br />

pp.; 210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em percalina; ligeiramente aparado e com falta das capas <strong>de</strong> brochura.<br />

Memórias dos primeiros anos <strong>de</strong> governo da província <strong>de</strong> Angola on<strong>de</strong> “esboça um dos mais notáveis<br />

- 52 -


Lote n.º 236 Lote n.º 241<br />

Lote n.º 244


programas <strong>de</strong> administraç<strong>ão</strong> ultramarina portuguesa <strong>de</strong>ste século, que <strong>de</strong>pois será retomado por Norton<br />

<strong>de</strong> Matos. Procurou pacificar e ocupar a totalida<strong>de</strong> do território, ensaiou o novo regime <strong>de</strong> ocupaç<strong>ão</strong><br />

admistrativa civil, <strong>de</strong>u incrementos à construç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> vias ferroviárias e rodoviárias e à utilizaç<strong>ão</strong> das vias<br />

fluviais, projectou e iniciou o apetrechamento dos portos, fez estudar as possíveis zonas <strong>de</strong> povoamento<br />

europeu nas regiões que haviam <strong>de</strong> ser atravessadas pelos caminhos <strong>de</strong> ferro”, etc. (Dic.HP, II, p. 218).<br />

Raro.<br />

231 COUTINHO (António Xavier Pereira). - A FLORA DE PORTUGAL (Plantas<br />

Vasculares): Disposta em Chaves Dicotomicas. - 2.ª ed. dirigida por / Ruy Telles Palhinha.<br />

- Lisboa: Bertrand Irm<strong>ão</strong>s, 1939. - 938 pp.; 250 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em percalina com impress<strong>ão</strong> nas pastas. Tratado sobre a flora existente em Portugal.<br />

O autor foi professor <strong>de</strong> Botânica da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa e Director do Jardim Botânico <strong>de</strong> Lisboa.<br />

232 COUTINHO (Jo<strong>ão</strong> d’ A.). - DO NYASSA a Pemba: os territórios da Companhia do<br />

Nyassa, o futuro porto commercial da regi<strong>ão</strong> dos Lagos. - Lisboa: Typographia da<br />

Companhia Nacional Editora, 1893. - 248, [10] pp.; 275 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; <strong>de</strong>dicatória do autor. Relatório sobre as activida<strong>de</strong>s económicas e seu<br />

futuro nos territórios da Companhia do Nyassa. Com capítulos sobre a morfologia geográfica, fertilida<strong>de</strong><br />

do solo, populaç<strong>ão</strong>, agricultura, com artigos para as várias produções da regi<strong>ão</strong> como o amendoim, a cana<br />

do açucar, côco, arroz, algod<strong>ão</strong>, tabaco, café, etc., produtos minerais, com especial <strong>de</strong>staque para o ouro,<br />

fauna, mar, lagos e rios, um longo capítulo sobre a colonizaç<strong>ão</strong> da regi<strong>ão</strong>, e um último sobre o comércio.<br />

Raro.<br />

233 COUTINHO (José Joaquim da Cunha D’Azeredo). - COPIA da Analyse da bulla da<br />

S.mo Padre Julio III, <strong>de</strong> 30 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1550 [...]. - Londres: T.C. Hansard, 1818. - xvi,<br />

292, [2] pp.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele, ligeiramente cansada, ricamente <strong>de</strong>corada com ferros a seco nas pastas e a<br />

ouro na lombada. O autor, natural da província do Rio <strong>de</strong> Janeiro e nascido a 8 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 1742,<br />

tomou o hábito aos trinta anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong> e viajou para Portugal em 1775, e em Coimbra obteve o grau<br />

<strong>de</strong> bacharel e foi licenciado em Direito Canónico. Desempenhou eminentes cargos eclisiásticos, entre os<br />

quais po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar o <strong>de</strong> Deputado da Inquisiç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Lisboa; bispo <strong>de</strong> Pernambuco e a regência do<br />

bispado <strong>de</strong> Elvas entre os anos 1806 a 1818. Profuso autor e compilador <strong>de</strong> inúmeras obras e textos ( Inoc.,<br />

IV, 284).<br />

234 CRESPO (Marques). - ESTREMOZ e o seu Termo “Regional”. - Estremoz: ed. autor,<br />

1950. - [22]-420-[2] pp.: il.; 250 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Monografia histórico-geográfica da vila<br />

alentejana <strong>de</strong> Estremoz, profusamente ilustrada no texto. Raro e estimado.<br />

235 CRUZEIRO Seixas. - Lisboa: Soctip Editora, 1989. - 224 pp.: il.; 340 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial com sobrecapa colorida. Álbum retrospectivo da obra artística <strong>de</strong> Cruzeiro<br />

Seixas, publicado a propósito da <strong>de</strong>signaç<strong>ão</strong> como Artista do Ano <strong>de</strong> 1989 pelo júri do prémio Soctip.<br />

Organizaç<strong>ão</strong>, selecç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> textos e documentos <strong>de</strong> Lima <strong>de</strong> Freitas. Com textos <strong>de</strong> António Maria Lisboa,<br />

Mário Botas, Herberto Hel<strong>de</strong>r, Eurico Gonçalves, Natália Correia, António Barahona, Lima <strong>de</strong> Freiras,<br />

entre outros. Profusamente ilustrado no texto a cores.<br />

236 [CULTO CAMILIANO]. - Conjunto <strong>de</strong> impressos e <strong>manuscritos</strong> dirigidos a Custódio<br />

José Vieira, bem como rascunhos <strong>de</strong> circulares oficiais referentes à Associaç<strong>ão</strong> Culto<br />

Camiliano. A Associaç<strong>ão</strong> teve como objectivo principal angariar os fundos necessários<br />

para se erigir em Lisboa um monumento <strong>de</strong> homenagem a Camilo Castelo Branco. Do<br />

conjunto <strong>de</strong>staca-se a existência das várias versões dos estatutos, várias minutas <strong>de</strong> cartas<br />

oficiais, um conjunto <strong>de</strong> cartas <strong>de</strong> Manuel dos Santos e <strong>de</strong> outras personalida<strong>de</strong>s assim<br />

- 54 -


como um recorte <strong>de</strong> jornal criticando fortemente a existência da Associaç<strong>ão</strong>. Conjunto<br />

interessante e curioso<br />

237 CUNHA (A. Gonçalves). - TROVAS <strong>de</strong> Coimbra: Quadras da Tradiç<strong>ão</strong> da Sauda<strong>de</strong> e do<br />

Amor. - Coimbra: Livraria Cunha, 1931. - 134, [6] pp.: il.; 185 mm.<br />

Brochado; <strong>de</strong>dicatória do autor. Recolha <strong>de</strong> quadras populares da regi<strong>ão</strong> coimbrã sobre a sauda<strong>de</strong> e o<br />

amor. Com ilustrações <strong>de</strong> António Vitorino e Jo<strong>ão</strong> Carlos. Invulgar.<br />

238 CUNHA (Narcizo C. Alves da). - PAREDES DE COURA. - Porto: Typographia do Porto<br />

Medico, 1909. - 594-[2] pp.: il.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas e a lombada <strong>de</strong> brochura. Bom exemplar.<br />

Monografia histórico-geográfica da terra natal do autor, profusamente ilustrado com foto<strong>gravuras</strong> no<br />

texto.<br />

239 CUNHA (Troilo <strong>de</strong> Vasconcelos da). - ESPELHO do Invisivel, em que se expoem a Deos,<br />

hum, e trino, no throno da eternida<strong>de</strong>, as Divinas I<strong>de</strong>as, Christo, & a Virgem, o Ceo, &<br />

a terra. Poema Sacro. - Lisboa: Na Officina <strong>de</strong> Joseph Lopes Ferreyra, 1714. - 8.º; *//8,<br />

**//2, A-Z, Aa-Hh//8; [20], 496 pp.; 210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pergamninho da época, ligeiramente cansada. [Inocêncio, VII, p. 388] O autor<br />

<strong>de</strong>sta obra nasceu no Funchal e morreu em Lisboa em 1729, tendo sido um alto funcionário do Estado.<br />

Raro.<br />

240 DELGADO (Humberto) & OLIVEIRA (Fernando <strong>de</strong>). - AUXILIAR do Graduado da<br />

Legi<strong>ão</strong>: guerra <strong>de</strong> ruas e guerra <strong>de</strong> guerrilhas. - Tomar: Tipografia e Papelaria A Gráfica,<br />

1937. - 497, [8] pp.: il.;175 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> em percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; um pouco aparado. Muito curioso e raro livro<br />

<strong>de</strong> autoria do Gen. Humberto Delgado, na época capit<strong>ão</strong> aviador, sobre as técnicas <strong>de</strong> combate na guerra<br />

<strong>de</strong> cida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> guerrilha.<br />

241 DELGADO (Ralph). - AO SUL do Cuanza: (ocupaç<strong>ão</strong> e aproveitamento do antigo reino<br />

<strong>de</strong> benguela). - Lisboa: Imprensa Beleza, 1944. - 2 v.: il.; 250 mm.<br />

Brochado; <strong>de</strong>dicatória do autor. Monografia <strong>de</strong>dicada ao estudo do que foi a acç<strong>ão</strong> dos portugueses na<br />

ocupaç<strong>ão</strong> e aproveitamento do reino <strong>de</strong> Benguela. Muito raro.<br />

242 DELGADO (Ralph). - O REINO DE BENGUELA / (Do Descobrimento à Criaç<strong>ão</strong> do<br />

Govêrno Subalterno). - Lisboa: Imprensa Beleza, 1945. - XVI-416 pp., 3 est.: il.; 230 mm.<br />

Brochado; <strong>de</strong>dicatória do autor. Estimado estudo histórico daquela regi<strong>ão</strong> Angolana.<br />

243 DENIS (Ferdinand). - PORTUGAL Pittoresco ou Descripç<strong>ão</strong> Historica d’Este Reino /<br />

por M. Fernando Denis. - Lisboa: Typ. <strong>de</strong> L.C. da Cunha, 1846. - 4 v.: em 2.: il.; 210<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações com lombada em pele <strong>de</strong>coradas a ouro.; ligeiramente aparado e ocasional aci<strong>de</strong>z própria<br />

da má qualida<strong>de</strong> do papel. Um dos mais estimados e importantes textos sobre história <strong>de</strong> Portugal escrito<br />

por estrangeiros. A obra está ilustrada com os retratos das mais importantes figuras históricas portuguesas.<br />

Foi publicado um 5.º volume <strong>de</strong>dicado à história da Inquisiç<strong>ão</strong> que normalmente n<strong>ão</strong> aparece. Raro.<br />

244 DENIS (Ferdinand). - PORTUGAL. - Paris: Firmin Didot Frères, 1846. - [4]-440 pp., 32<br />

est.: il.; 220 mm. - (L’Univers, ou Histoire et Description <strong>de</strong> tous les Peuples, <strong>de</strong> Leurs<br />

Religions, Moeurs, Costumes, etc.).<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste estrangeiro sobre Portugal, um dos mais<br />

- 55 -


estimados, ilustrado com 32 estampas impressas à parte representando personalida<strong>de</strong>s, acontecimentos e<br />

paisagens portuguesas. Ferdinand Denis, (1798-1890), escritor francês, passou por Portugal na viagem <strong>de</strong><br />

regresso da América do Sul, em 1821, estudando a nossa literatura e <strong>de</strong>ixando várias obras escritas sobre<br />

Portugal e Brasil. Raro e procurado.<br />

245 [DEUS (Jo<strong>ão</strong> <strong>de</strong>)]. - MÉTHODE J. <strong>de</strong> Deus, ABC Maternel, Art <strong>de</strong> Lecture. - Lisbonne:<br />

Imprimerie Nationale, 1920. - 158, [2] pp., 1 ret.: il.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Muito curiosa adaptaç<strong>ão</strong><br />

para a língua francesa do famoso método Jo<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Deus para o ensino da leitura. Raro.<br />

246 DIÁLOGO entre Almada Negreiros e Fernando Amado. - Coimbra: Gráfica <strong>de</strong> COimbra,<br />

1951. - 20 pp.; 235 mm.<br />

Brochado. Publicaç<strong>ão</strong>, rara em Portugal, <strong>de</strong> uma conversa em forma <strong>de</strong> colóquio, entre Fernando Amado<br />

e Almada Negreiros, ocorrida no Centro Nacional <strong>de</strong> Cultura, em Lisboa. Separata da revista Cida<strong>de</strong><br />

Nova, n.ºs 5 e 6.<br />

247 DIÁRIO <strong>de</strong> Noticias: Noticiario Universal. - N.º 1, 29 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1864. - Lisboa:<br />

Tomás Quintino Antunes, 1864. - 1 n.º, 4 pp.; 450 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; bom exemplar, apenas com aci<strong>de</strong>z no canto superior direito da primeira<br />

página e com pequena perda <strong>de</strong> suporte sem afectar a leitura, mas <strong>de</strong> forma geral um bom exemplar.<br />

PRIMEIRO Número <strong>de</strong> um dos mais emblemáticos títulos da imprensa portuguesa ainda em circulaç<strong>ão</strong>.<br />

Com um título anunciado <strong>de</strong> “Programa”, po<strong>de</strong>mos ler “O Diário <strong>de</strong> Notícias - o seu título o está dizendo<br />

- será uma compilaç<strong>ão</strong> cuidadosa <strong>de</strong> todas as notícias do dia, <strong>de</strong> todos os paízes, e <strong>de</strong> todas as especialida<strong>de</strong>s,<br />

um noticiário universal“. Muito raro.<br />

248 DIÁRIO Lisbonense. - n.º 2, 2 <strong>de</strong> Maio, 1809 - n.º 196, 30 <strong>de</strong> Dezembro, 1809. - Lisboa:<br />

Na Impress<strong>ão</strong> Regia, 1809. - 180 n.ºs em 1 v.; 210 mm.<br />

Exemplar com falta dos números 1, 100, 114, 126, 141 a 144 e 152 a 159. Possui ainda vários folhetos no<br />

final, anónimos, sobre o mesmo assunto. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele, apenas aparado à<br />

cabeça; quase todos os folhetos limpos. Segundo Inocêncio, n<strong>ão</strong> é certo que tenha sido Estev<strong>ão</strong> Brocardo<br />

o responsável por esta publicaç<strong>ão</strong>, assim como a que lhe antece<strong>de</strong>u, o Observador Portuguez. De todo o<br />

modo, tem este periódico o mesmo intuito do Observador que continha “todos os editais, or<strong>de</strong>ns publicas<br />

e particulares, <strong>de</strong>cretos, sucessos fatais e <strong>de</strong>sconhecidos nas histórias do mundo, todas as batalhas, roubos<br />

e usurpações” cometidas pelos franceses (Inoc., II, p. 238). Raro.<br />

249 DIAS (Carlos Malheiro). - QUEM é o Rei <strong>de</strong> Portugal. - Lisboa: Antiga Casa Bertrand<br />

José Bastos, 1908. - 104 pp.: il.; 325 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Primeiro esboço biográfico <strong>de</strong> D.<br />

Manuel II, escrito e publicado logo após o Regicídio e a coroaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> D. Manuel. De apurado esmero<br />

gráfico, o texto encontra-se ilustrado com muitas foto<strong>gravuras</strong> relativas a D. Manuel e restante família real.<br />

Invulgar.<br />

250 DIAS (Jorge). - RIO <strong>de</strong> Onor: Comunitarismo Agro-Pastoril. - Porto: Instituto <strong>de</strong> Alta<br />

Cultura, 1953. - 610, [2] pp.: il.; 245 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> meia inglesa <strong>de</strong> pele; ligeiramente aparado; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Talvez o melhor<br />

estudo sobre Rio <strong>de</strong> Onor, “o caso mais típico <strong>de</strong> organizaç<strong>ão</strong> comunitária em Portugal”, nas palavras <strong>de</strong><br />

Jorge Dias. Profusamente ilustrado no texto e em separado com estampas impressas em papel couché.<br />

Raro.<br />

251 DIAS (Saul). - ESSÊNCIA / com <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> Júlio; prefácio <strong>de</strong> Guilherme <strong>de</strong> Castilho.<br />

- Porto: Brasília Editora, 1973. - 126, [8] pp.: il.; 215 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>, impressa em bom papel, ilustrada com <strong>de</strong>senhos do autor. Invulgar.<br />

- 56 -


Lote n.º 247


252 DIXON (William Hepworth). - LA RUSSIE Libre, ouvrage traduit <strong>de</strong> l’Anglais avec<br />

l’autorisation <strong>de</strong> l’auteur / par Émile Jonveaux. - Paris: Librairie Hachette, 1873. - VIII,<br />

488 pp.: il.; 255 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em percalina; dourado por folhas à cabeça; ligeira aci<strong>de</strong>z. Traduç<strong>ão</strong><br />

francesa da obra “Free Russia” <strong>de</strong> William Dixon, historiador e jornalista que, além do seu trabalho no<br />

Daily News com artigos sobre a reforma social e prisional, <strong>de</strong>ixou várias obras históricas importantes e<br />

alguns trabalhos sobre viagens, nos quais se inclui este sobre a Rússia. Ilustrado com várias <strong>gravuras</strong> abertas<br />

em ma<strong>de</strong>ira.<br />

253 DOCUMENTOS Políticos encontrados nos Palácios Reais <strong>de</strong>pois da Revoluç<strong>ão</strong><br />

Republicana <strong>de</strong> 5 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1910. - Ediç<strong>ão</strong> or<strong>de</strong>nada / pela Assembleia Nacional<br />

Constituinte em sess<strong>ão</strong> <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1911. - Lisboa: Imprensa Nacional <strong>de</strong> Lisboa,<br />

1915. - VIII, 150 pp.; 305 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Publicaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> vários documentos<br />

oficiais da Casa Real, datados alguns meses antes da instauraç<strong>ão</strong> da República. Invulgar.<br />

254 DRYDEN (John). - DON Sebastian, King of Portugal: a Tragedy acted at the Theatre<br />

Royal / written by [...]. - London: Printed for Jo. Hindmarsh, 1690. - 4.º, a, A-L//4,<br />

M-N//2, O-S//4; [16], 132, [4] pp.; 225 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele mo<strong>de</strong>rna com títulos a ouro na lombada e filete, também a ouro, nas<br />

pastas; aci<strong>de</strong>z própria da má qualida<strong>de</strong> do papel Peça teatral escrita pelo importante dramaturgo do século<br />

XVII John Dry<strong>de</strong>n, <strong>de</strong>dicada ao episódio histórico da batalha <strong>de</strong> Alcácer Quibir. Muito rara. Travel and<br />

Exploration, 355.<br />

255 DUARTE (Afonso). - TRAGÉDIA do Sol-Posto. - Coimbra: F. França Amado, 1914. - [8],<br />

48 pp.; 200 mm.<br />

Dedicatória do autor. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong><br />

do segundo livro da bibliografia <strong>de</strong> Afonso Duarte. De acordo com Esther <strong>de</strong> Lemos (Biblios, II, c. 210), “a<br />

obra <strong>de</strong> Afonso Duarte compendia, filtradas e coloridas por uma personalida<strong>de</strong> profundamente original,<br />

as tendências dominantes na poesia portuguesa da primeira meta<strong>de</strong> do século XX”. Afonso Duarte<br />

colaborou na Águia e na Presença, convivendo até com os poetas do Novo Cancioneiro que o viam como<br />

um mestre. Raro.<br />

256 DUARTE (Sérgio Avelar). - EX-LIBRIS Portugueses Heráldicos. - Porto: Civilizaç<strong>ão</strong>, 1990.<br />

- XX, 490, [2] pp.: il.; 320 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em percalina; exemplar como novo. Reuni<strong>ão</strong> <strong>de</strong> 1303 ex-libris heráldicos<br />

portugueses inventariados a partir <strong>de</strong> colecções particulares conhecidas e <strong>de</strong>sconhecidas até ent<strong>ão</strong>. Cada<br />

um dos ex-libris é acompanhado da leitura, que inclui dados como o <strong>de</strong>senhador, tipo <strong>de</strong> gravaç<strong>ão</strong> e<br />

<strong>de</strong>scriç<strong>ão</strong> do bras<strong>ão</strong>, e da sua reproduç<strong>ão</strong>, tornando-se, por isso, num valiosíssimo instrumento a todos<br />

quantos se <strong>de</strong>dicam ao coleccionismo ou estudo da arte dos ex-libris. Com um pequeno capítulo <strong>de</strong><br />

introduç<strong>ão</strong> à Heráldica.<br />

257 DUARTE (Teófilo). - O REI <strong>de</strong> Timor. - Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1931. -<br />

[12], 210, [4] pp.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> em percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Romance baseado nas experiências que o<br />

autor teve nos dois anos <strong>de</strong> estada naquele território nacional. Invulgar.<br />

258 DUBOIS (P.). - LE CROYANT Détrompé ou preuces évi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> la fausseté et <strong>de</strong><br />

l’absurdité du christianisme et <strong>de</strong> sa funeste influence dans la société. - Paris: Fournier<br />

Éditeur, 1835. - 2 v.; 205 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações em tela com rótulos nas lombadas; aci<strong>de</strong>z. Ensaio contra o Cristianismo e aquilo que o<br />

autor <strong>de</strong>signa como os seus efeitos funestos na socieda<strong>de</strong>. Raro.<br />

- 58 -


Lote n.º 254 Lote n.º 260<br />

Lote n.º 267 Lote n.º 282


259 DURÃO (Américo). - SINAL. - Lisboa: Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Expans<strong>ão</strong> Cultural, 1963. - 112 pp.;<br />

200 mm.<br />

Dedicatória do autor. Brochado; exemplar por abrir. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Américo Dur<strong>ão</strong>, poeta e dramaturgo,<br />

enquadra-se “na fileira dos gran<strong>de</strong>s sonetistas portugueses” (Biblios, II, col. 215). Invulgar.<br />

260 DURO (José). - FEL (97-98). - Lisboa: Libanio & Cunha, 1898. - 90-[6] pp.; 180 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira em pele; <strong>de</strong>corada a ouro nas pastas e lombada; assinada Invicta Livro; conserva capas<br />

<strong>de</strong> brochura, com assinatura <strong>de</strong> posse na anterior. Primeira ediç<strong>ão</strong>. José Duro (1875-1899), segundo Oscar<br />

Lopes, um sobrevivente da poesia romântica sentimental profundamente influenciado por Bau<strong>de</strong>laire,<br />

Gomes Leal e António Nobre, e <strong>de</strong> pendor romântico e fatal, minado pela tuberculose, publica este seu<br />

Fel marcado por um pessimismo <strong>de</strong> um jovem já à beira da morte. Os temas essenciais s<strong>ão</strong> a tubercolose,<br />

o fastio da vida, a tragédia da prostituiç<strong>ão</strong> e a morte. Muitos dos poemas <strong>de</strong>sta obra “valem n<strong>ão</strong> só como<br />

documento moral e histórico-literário, mas como resultado artístico” [Dic. Literatura, 277]. Muito raro.<br />

Henrique Marques, 823<br />

261 EÇA (Matias Aires Ramos da Silva <strong>de</strong>). - REFLEXÕES sobre a Vaida<strong>de</strong> dos Homens, ou<br />

Discursos Moraes Sobre os Effeitos da Vaida<strong>de</strong>, [....]. - Lisboa: Na Offic. <strong>de</strong> António<br />

Vicente da Silva, 1761. - 4.º; [16], 400 pp.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira em pele da época, com duplo filete a seco nas pastas; lombada ligeiramente cansada.<br />

Segunda ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta obra <strong>de</strong> carácter moral. Matias Aires Ramos da Silva <strong>de</strong> Eça (1705-c.1770) foi natural<br />

<strong>de</strong> S. Paulo formando-se em Artes na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra e em Direito Civil e Canónico em França.<br />

Foi Provedor da Casa da Moeda. Invulgar. Inoc., VI, 159<br />

262 EÇA (Pereira <strong>de</strong>, Gen.). - CAMPANHA do Sul <strong>de</strong> Angola em 1915: Relatório do / [...]. -<br />

Lisboa: Imprensa Nacional, 1921. - 698 pp. ; 16 mapas.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado à cabeça. Relatório completo das activida<strong>de</strong>s<br />

militares e do Governador da Província <strong>de</strong> Angola sobre a situaç<strong>ão</strong> da colónia no ano <strong>de</strong> 1915. Com<br />

notas sobre etnografia, situaç<strong>ão</strong> militar, geografia, etc., ilustrado com vários mapas <strong>de</strong>sdobráveis <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

formato da regi<strong>ão</strong>. Raro.<br />

263 EÇA DE QUEIROZ: “In Memoriam”. - Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1922. -<br />

[4]-432-LXVIII-[4]-6 pp., 24 est.: il.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; corte superior das folhas; assinatura<br />

<strong>de</strong> posse na capa <strong>de</strong> brochura. Com artigos sobre a biografia, literatura, epistolografia queirosiana, além <strong>de</strong><br />

um importante apontamento bibliográfico activo e passivo, bem como um outro genealógico <strong>de</strong> Afonso<br />

<strong>de</strong> Ornelas. Profusamente ilustrado em separado. Estimado.<br />

264 ELECTRICO (O): Semanario Theatral, Litterario e Humoristico. - Anno I, n.º 1, 1 <strong>de</strong><br />

Junho <strong>de</strong> 1905 - Anno II, n.º 52, 31 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1906. - Lisboa: Cândido Chaves, 1905-<br />

1906. - 52 n.ºs em 1 v.: il.; 365 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; bom exemplar. N<strong>ão</strong> conseguimos apurar se a colecç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste interessante<br />

periódico, maioritariamente <strong>de</strong>dicado ao teatro, está completa . Composto apenas por 4 páginas por<br />

número, possui na primeira uma biografia <strong>de</strong> uma personalida<strong>de</strong> ligada à arte da representaç<strong>ão</strong>, ilustrada<br />

com um retrato. Muito raro.<br />

265 ENNES (António). - A GUERRA <strong>de</strong> África em 1895 (Memórias). - Lisboa: Typographia<br />

do “Dia”, 1898. - VIII, 632 pp., 2 mapas.: il.; 225 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado. António Enes (1848-1901), importante<br />

estadista, tomou conta da pasta da marinha e ultramar após o Ultimatum, organizando uma expediç<strong>ão</strong><br />

militar a Moçambique. No exercício das suas funções reformou os prazos da coroa, facilitou o trânsito <strong>de</strong><br />

mercadorias estrangeiras pelo porto da Beira, assinou a primeira concess<strong>ão</strong> à Companhia <strong>de</strong> Moçambique,<br />

etc. Depois <strong>de</strong> ser enviado a Moçambique como comissário régio em 1891, regressou a Lisboa em 1894,<br />

tornando àquela província, ainda no fim do mesmo ano, para dirigir a campanha que pacificou a província<br />

contra o conhecido Gungunhana, com os combates <strong>de</strong> Marracuene, Magul e Coolela e consequente<br />

- 60 -


aprisionamento daquele potentado vátua, sendo sobre esse assunto que versa este seu livro <strong>de</strong> memórias.<br />

Raro.<br />

266 ERVIDEIRA (Artur). - OS MEUS Cavalos: Cavalos <strong>de</strong> Portugal. - Lisboa: Bertrand<br />

Irm<strong>ão</strong>s, 1958. - [4], 160, [12] pp.: il.; 310 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em percalina. Livro em forma <strong>de</strong> memórias relatando a experiência do autor<br />

com os seus cavalos. Com capítulos sobre a selecç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> raças, ensino, alimentaç<strong>ão</strong> e instalaç<strong>ão</strong> do cavalo,<br />

modo <strong>de</strong> comprar e ven<strong>de</strong>r, arreios e guarnições, arte <strong>de</strong> tourear a cavalo e cavalos célebres. Profusamente<br />

ilustrado.<br />

267 ESPANCA (Florbela). - LIVRO <strong>de</strong> Máguas. - Lisboa: Tipografia Maurício, 1919. - 144, [4,<br />

2 br.] pp.; 180 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; nada aparado; com assinatura <strong>de</strong> posse na capa <strong>de</strong> brochura anterior.<br />

PRIMEIRA ediç<strong>ão</strong> do primeiro livro <strong>de</strong> Florbela Espanca. Raro.<br />

268 ESPARTEIRO (António Marques, Comandante). - DICIONÁRIO Ilustrado <strong>de</strong> Marinha.<br />

- Lisboa: Livraria Clássica, s.d. - 594-[4] pp.: il.; 225 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial. Obra muito útil pois contém todas as <strong>de</strong>finições <strong>de</strong> conceitos básicos para o<br />

estudo da marinharia.<br />

269 ESPIRITO SANTO (J.V. Graça). - CARROS <strong>de</strong> bois e arados na Guiné portuguesa. -<br />

Lisboa: Socieda<strong>de</strong> Industrial <strong>de</strong> Tipografia, Limitada, 1947. - 30 pp.; il.; 240 mm.<br />

Brochado, sem capas <strong>de</strong> brochura. Livro <strong>de</strong> instruções para a construç<strong>ão</strong>, reparaç<strong>ão</strong>, conservaç<strong>ão</strong> e<br />

utilizaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> carros <strong>de</strong> bois, que inclui pequena nota sobre a construç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> arados. Profusamente ilustrado<br />

com <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> Hel<strong>de</strong>r César Metrass Gravata.<br />

270 ESTERMANN (Carlos). - PENTEADOS, Adornos e Trabalhos das Muílas. - Lisboa:<br />

Junta <strong>de</strong> Investigações do Ultramar, 1970. - 58 pp., 48 est.: il.; 260 mm.<br />

Brochado. Estudo sobre os penteados da tribo Muílas, traduzido para Inglês, Francês e Alem<strong>ão</strong>. Ilustrado<br />

com 48 foto-<strong>gravuras</strong> impressas a cores sobre papel couché. Invulgar.<br />

271 ESTERMANN (Carlos). - ETNOGRAFIA do Sudoeste <strong>de</strong> Angola. - Vila Nova <strong>de</strong><br />

Famalic<strong>ão</strong>: Junta <strong>de</strong> Investigações do Ultramar, 1960. - 3 v.: il.; 255 mm. - (Memórias,<br />

Série Antropológica e Etnológica, IV)<br />

Enca<strong>de</strong>rnações uniformes com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Segunda ediç<strong>ão</strong>, corrigida<br />

<strong>de</strong>ste importante estudo sobre etnografia angolana, profusamente ilustrado no texto. O primeiro volume<br />

ocupa-se dos Povos n<strong>ão</strong>-Bantos e o Grupo Étnico dos Ambós; o segundo do grupo étnico Nhaneca-Humbe<br />

e o terceiro sobre o grupo étnico Herero. Invulgar.<br />

272 ESTRADAS (AS) DE PORTUGAL . - Porto: Livraria Lello, s.d.. - 9 fasc. em 1 v.: il.; 250<br />

mm.<br />

Exemplar como novo, conservando todas as capas <strong>de</strong> brochura numa enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em percalina<br />

vermelha. Curioso e muito interessante Guia <strong>de</strong> Estradas em Portugal, <strong>de</strong>screvendo monumentos,<br />

paisagens, costumes, etc., sendo cada um dos fascículos <strong>de</strong>dicados a um itinerário, assim organizado: 1<br />

- Arredores <strong>de</strong> Lisboa; 2 - Estradas do Minho; 3 - A Estrada <strong>de</strong> Lisboa ao Porto; 4 - Beira Meridional;<br />

5 - Beira Setentrional; 6 - Alto Alentejo; 7 - Estradas do Baixo Alentejo e Algarve; 9 - Estradas do Douro e<br />

Trás-os-Montes. Quase todos <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> Raul Proença. Ilustrado com fotografias e mapas das estradas<br />

<strong>de</strong> cada regi<strong>ão</strong> geral e <strong>de</strong> cada itinerário.<br />

273 ESTUDOS Durienses. - Régua: Imprensa do Douro, 1937-1938. - 4 v.: il.; 230 mm.<br />

Brochado. Colecç<strong>ão</strong>, cremos que completa, <strong>de</strong>stes estudos durienses compostos por quatro números<br />

com os seguintes títulos: I. O Douro nos Séculos XVII e XVIII; II. Novo Método <strong>de</strong> Fabrico dos<br />

- 61 -


Vinhos Generosos da Regi<strong>ão</strong> do Douro / por Joaquim Carvalhais; III. Vinicultura Duriense, Subsídios<br />

Arqueológicos, Históricos, Etnográficos e Bibliográficos / pelo Pe. Francisco Manuel Alves; IV. O Douro<br />

Geográfico-Etnográfico / por J. Leite <strong>de</strong> Vasconcelos. Raro.<br />

274 EXPLORATION of Portuguese Timor / report of Allied Mining Corporation to Asia<br />

Investment Company. - Netherlands: Asia Investment Company, s.d.. - 108 pp.: il.;<br />

325x455 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em percalina. Muito interessante relatório sobre as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> exploraç<strong>ão</strong><br />

e <strong>de</strong>senvolvimento das economias agrícolas e mineiras da ilha <strong>de</strong> Timor. De gran<strong>de</strong> formato, está<br />

profusamente ilustrado com foto<strong>gravuras</strong>, mapas e tabelas sobre aquelas activida<strong>de</strong>s na ilha. Raro.<br />

275 EXPOSIÇÃO Retrospectiva da Obra do Pintor Eduardo Viana. - Lisboa: SNI, 1968. -<br />

[178] pp.: il.; 200 mm.<br />

Brochado. Catálogo profusamente ilustrado a preto e a cores, com uma pequena nota biográfica e uma<br />

cronologia.<br />

276 FÁBRICA DA VISTA ALEGRE: O Livro do seu Centenário 1824-1924. - Lisboa: Fábrica<br />

da Vista Alegre, 1924. - 3 v. em 1: il.; 345 mm.<br />

Bonito exemplar; enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele <strong>de</strong>corada a ouro na lombada e pastas; conserva as capas<br />

<strong>de</strong> brochura. Obra publicada pela mais prestigiada fábrica <strong>de</strong> porcelanas portuguesa por ocasi<strong>ão</strong> das<br />

comemorações do seu centenário. Colecç<strong>ão</strong> completa composta por um volume <strong>de</strong>dicado à história da<br />

fábrica, um apêndice a esse volume e o Catálogo da Exposiç<strong>ão</strong> comemorativa. Profusamente ilustrado no<br />

texto e em separado. Muito raro e estimado.<br />

277 [FADO]. - FADO da Criada da Revista Paz Armada / versos <strong>de</strong> António Torres e Fernando<br />

Ferreira, Música <strong>de</strong> Alves Coelho. - Lisboa: Sassetti & C.ª, s.d.. - 2 ff.; 360 mm.<br />

Carimbo a óleo da Chapelaria Elegante. Folha com a música e letra do Fado da Criada composto para a<br />

revista “Paz Armada”. Raro.<br />

278 FARIA (Guilherme <strong>de</strong>). - MAIS Poemas. - Lisboa: ed. autor, 1922. - 58, [6] pp.; 200 mm.<br />

Brochado. Guilherme <strong>de</strong> Faria, natural <strong>de</strong> Guimarães, publicou o seu primeiro livro <strong>de</strong> poemas com<br />

apenas 15 anos, no mesmo ano da publicaç<strong>ão</strong> do segundo, o presente, logo revelando “uma sisu<strong>de</strong>z mais<br />

própria do adulto, a que n<strong>ão</strong> faltava vida sofrida, meditaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> valores e i<strong>de</strong>ntificaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ais” (Biblios,<br />

II, col. 475). O poeta morreu permaturamente aos 22 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Raro.<br />

279 FARINHA (Santos). - O PALACIO DE PALHAVAN: Subsídios para a historia da “Lisboa<br />

“Antiga”. - Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1923. - 84, [4] pp., 5 est.: il.; 275 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina. Monografia histórica sobre este Palácio alfacinha, ilustrado com<br />

estampas impressas à parte.<br />

280 FEIJÃO (Raul <strong>de</strong> Oliveira). - ELUCIDÁRIO Fitológico: plantas vulgares <strong>de</strong> Portugal<br />

continental, insular e ultramarino, (classificaç<strong>ão</strong>, nomes vernáculos e aplicações). - Lisboa:<br />

Instituto Botânico <strong>de</strong> Lisboa, 1960. - 3 v.; 240 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações com lombada em pele, <strong>de</strong>corada com rótulos vermelhos e títulos e ouro nas lombadas.<br />

Primeira tentativa <strong>de</strong> organizaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um dicionário dos nomes vulgares das plantas usadas em Portugal<br />

continental, ilhas e colónias. Raro.<br />

281 FEIJÓ (António). - CANCIONEIRO Chinez. - Porto: Magalhães & Moniz, 1890. - XIV,<br />

114 pp.; 185 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; ligeiramente aparado e com uma<br />

assinatura <strong>de</strong> posse na capa <strong>de</strong> brochura anterior. Primeira ediç<strong>ão</strong>. A obra <strong>de</strong> António Feijó acompanha<br />

o movimento parnasiano, mas faz incursões naquilo que Fernando Guimarães chama <strong>de</strong> pré-simbolismo<br />

- 62 -


(Biblios, II, col. 491). E é neste último movimento que se integra a presente obra. “Trata-se <strong>de</strong> uma<br />

adaptaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> poesias chinesas a partir da vers<strong>ão</strong> francesa <strong>de</strong> Judith Gautier. Procura António Feijó<br />

«resgatar por intuições e imagens uma beleza gráfica, pictural, intraduzível» que t<strong>ão</strong> característica é da<br />

poesia chinesa” (ibi<strong>de</strong>m). Muito raro.<br />

282 FEIRA da Ladra: Revista mensal ilustrada / dirige-a Cardoso Martha e edita-a Gusm<strong>ão</strong><br />

Navarro. - tomo Primeiro, 1929 - tomo IX, 1940. - Lisboa: s.n., 1929-1940. - 9 v.: il.; 190<br />

mm.<br />

Bonito exemplar, com enca<strong>de</strong>rnações editoriais em pele; conservando a capa <strong>de</strong> brochura do primeiro<br />

fascículo <strong>de</strong> cada tomo; corte superior das folhas pintado. Po<strong>de</strong>mos ler na introduç<strong>ão</strong> intitulada “Ao Pio<br />

Leitor” os propósitos da publicaç<strong>ão</strong>: “Por acaso, esta revista, pospondo a clássica e importuna modéstia,<br />

vem - digamos a frase, preencher uma lacuna. O público português n<strong>ão</strong> lê actualmente, na sua língua, uma<br />

publicaç<strong>ão</strong> periódica no género da Feira da Ladra. Que é ent<strong>ão</strong> a Feira da Ladra? Conforme afirmámos<br />

no prospecto anunciador, é, em sumário: um armazém <strong>de</strong> velharias; um repositório <strong>de</strong> notícias úteis; um<br />

divulgador <strong>de</strong> inéditos e curiosida<strong>de</strong>s; um orientador <strong>de</strong> bom gosto; uma fonte inspirativa <strong>de</strong> artistas e<br />

escritores; e, finalmente, uma leitura sã e instrutiva”. Muito rara quando completa.<br />

283 FELGAS (Hélio A. Esteves). - TIMOR Português. - Lisboa: Agência Geral do Ultramar,<br />

1956. - 572 pp.: il.; 230 mm.<br />

Brochado. Extensa monografia sobre Timor, profusamente ilustrada em separado. Raro.<br />

284 FERRÃO (J. M. Dias). - JOÃO Brand<strong>ão</strong>. - 2ª ed.. - Lisboa: Livraria Morais, 1931. - [2], IV,<br />

534 pp.; il.; 250 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira em percalina; ligeiramente aparado à cabeça. Biografia <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> Brand<strong>ão</strong> que integra<br />

algumas referências à sua genealogia e ampla <strong>de</strong>scriç<strong>ão</strong> sobre os seus processos em tribunal.<br />

285 FERRÃO (Julieta). - RAFAEL Bordalo e a Faiança das Caldas. - Gaia: Edições Pátria,<br />

1932. - 78 pp., 5 est.: il.; 250 mm. - (Estudos Nacionais)<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas carminado; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. Estimado estudo sobre a obra <strong>de</strong> Rafael Bordalo Pinheiro na faiança das Caldas. Ilustrado em<br />

separado com estampas impressas em papel couché. Invulgar.<br />

286 FERRAZ (Guilherme Ivens). - O CRUZADOR “República” na China em 1925, 1926 e<br />

1927. - Lisboa: Imprensa da Armada, 1932. - [18], 654, XX pp.: il.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Tiragem limitada. Publicaç<strong>ão</strong><br />

dos relatórios do Comandante em Chefe das forças navais portuguesas no extremo oriente durante a<br />

guerra civil chinesa.<br />

287 FERREIRA (Albino J. <strong>de</strong> Moraes). - DIALECTO Miran<strong>de</strong>z / por [...]. - Lisboa: Imprensa<br />

<strong>de</strong> Libanio da Silva, 1898. - LXXXIV, [4], 108 pp., 8 est.: il.; 220 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele, ligeiramente aparado. Bom exemplar, limpo. Publicaç<strong>ão</strong><br />

muito rara sobre o dialecto da regi<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Miran<strong>de</strong>la. Com uma gramática do dialecto, <strong>de</strong>scriç<strong>ão</strong> e<br />

músicas da dança dos paulitos, <strong>de</strong>scriç<strong>ão</strong> da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Miranda do Douro, do seu castelo e da sua sé,<br />

canções, entremez, história e lenda, etc. Ilustrado com um retrato do autor, um mapa da regi<strong>ão</strong> e outras<br />

representações alusivas à regi<strong>ão</strong>.<br />

288 FERREIRA (António J. <strong>de</strong> Liz); ATHAYDE (Alfredo) & MAGALHÃES (Hugo <strong>de</strong>). -<br />

GORILAS do Maiombre Português. - Lisboa: Imprensa Nacional <strong>de</strong> Lisboa, 1945. - VIII,<br />

160 pp., 1 mapa, XXXII est.: il.; 260 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Estudo referente aos esqueletos<br />

e outros restos <strong>de</strong> Gorilas que o médico colonial Dr. Liz Ferreira trouxe do Maiombe para o Instituto<br />

<strong>de</strong> Antropologia da Universida<strong>de</strong> do Porto. Estudo raro em Portugal na época em que foi publicado<br />

e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> interesse para a História Natural dos territórios das ex-colónias portuguesas. Profusamente<br />

- 63 -


ilustrado fora do texto com foto<strong>gravuras</strong> impressas em papel couché, n<strong>ão</strong> só dos esqueletos encontrados,<br />

como <strong>de</strong> capturas e outros exemplares da regi<strong>ão</strong>. Raro.<br />

289 FERREIRA (César). - A ARQUITECTURA do Navio / com um prefácio do Engenheiro<br />

Cunha Leal. - Lisboa: Imprensa da Armada, 1933. - [20], 332 pp.: il. - Junto com:<br />

----- A CONSTRUÇÃO do Navio <strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>ira / com um prefácio do Engenheiro Carlos<br />

Teodoro da Costa. - Lisboa: Papelaria Fernan<strong>de</strong>s, 1932. - [12], 158 pp.: il.; 235 mm.<br />

Dedicatória do autor em ambos os títulos. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; ligeiramente aparado; sem<br />

capas. Duas interessantes obras sobre a arquitectura naval, sendo o primeiro título <strong>de</strong> carácter geral e o<br />

segundo apenas <strong>de</strong>dicado aos navios em ma<strong>de</strong>ira. Profusamente ilustrados no texto.<br />

290 FERREIRA (David Mour<strong>ão</strong>). - LIRA <strong>de</strong> Bolso. - Lisboa: Publicações D. Quixote, 1969. -<br />

114-[6] pp.; 180 mm. - (Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Poesia, 8).<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

291 FERREIRA (Diogo Fernan<strong>de</strong>s). - ARTE da Caça <strong>de</strong> Altanaria. - Lisboa: Edições Diana,<br />

1959. - 246, [2] pp., 4 est.: il.; 260 mm.<br />

Exemplar com uma pasta <strong>de</strong> cobertura e com um estojo editoriais. Terceira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta obra clássica da<br />

literatura <strong>de</strong> Caça em Portugal, soberbamente impressa e ilustradada com <strong>de</strong>senhos no texto e 4 estampas<br />

à parte <strong>de</strong> Manoel Lapa. A primeira ediç<strong>ão</strong> foi publicada em Lisboa, na Oficina <strong>de</strong> Jorge Rodrigues, no<br />

ano <strong>de</strong> 1616 e a segunda já em 1899 na Biblioteca <strong>de</strong> Clássicos Portugueses <strong>de</strong> Melo <strong>de</strong> Azevedo<br />

292 FERREIRA (José Gomes). - LISBOA na Mo<strong>de</strong>rna Pintura Portuguesa. - Lisboa: Artis,<br />

1971. - 16, VI, [2] pp., 42 est.: il.; 250 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em percalina. Exemplar da tiragem especial <strong>de</strong> 120 exemplares, numerados<br />

e rubricados, da qual este é o número 66. A obra reproduz 42 pinturas, algumas a cores, <strong>de</strong> temática<br />

alfacinha <strong>de</strong> artistas portugueses, dos quais se <strong>de</strong>stacam, Abel Manta, Eduardo Viana, Carlos Botelho,<br />

Vieira da Silva, Almada Negreiros, Júlio Pomar, entre muitos outros.<br />

293 FERREIRA (Vergílio). - A ESTRELA: um conto <strong>de</strong> [...], ilustrado por Júlio Resen<strong>de</strong>. -<br />

Lisboa: Quetzal Editores, 1987. - 30 pp.: il.; 240 mm.<br />

Tiragem especial numerada e assinada pelos autores <strong>de</strong> 200 exemplares, da qual este é o número 43;<br />

enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em tela azul, <strong>de</strong>corada com ferros a ouro na pasta anterior. Belíssima ediç<strong>ão</strong><br />

ilustrada <strong>de</strong> um dos mais populares e mais apreciados contos <strong>de</strong> Vergílio Ferreira. Raro.<br />

294 FERREIRA (Vergílio). - A FACE Sangrenta. - Lisboa: Contraponto, 1953. - 80 pp., 5 est.:<br />

il.; 230 mm.<br />

Brochado. Exemplar da TIRAGEM ESPECIAL <strong>de</strong> 500 exemplares, numerados e assinados pelo autor e<br />

ilustrados com 5 <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> Lima <strong>de</strong> Freitas; <strong>de</strong>dicatória <strong>de</strong> oferta para a Revista Transtagana do Editor,<br />

Luís Pacheco. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um dos mais raros títulos da bibliografia <strong>de</strong> Vergílio Ferreira. Composto<br />

pelos contos Mãe Genoveva; Jacinto, o Livre; Gló; A Palavra Mágica; O Jogo <strong>de</strong> Deus; O Indiferente; O<br />

Encontro; e por fim, A<strong>de</strong>us; «Face Sangrenta» é porventura o último título da obra do autor alinhada<br />

com o Neo-Realismo, movimento do qual se afastou para abraçar a corrente existencialista <strong>de</strong> Sartre e<br />

Malraux.<br />

295 FERREIRA (Vergílio). - APARIÇÃO: Romance. - Lisboa: Portugália Editora, 1959. - 256-<br />

[4] pp.; 190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; assinatura <strong>de</strong> posse. Primeira ediç<strong>ão</strong> do que é consi<strong>de</strong>rado o mais<br />

importante romance <strong>de</strong> Vergílio Ferreira. Raro.<br />

- 64 -


Lote n.º 294


Lote n.º 295


296 FERREIRA (Vergílio). - APELO da Noite: Romance com um Posfácio do autor. - Lisboa:<br />

Portugália Editora, 1963. - 260, [20] pp.; 190 mm.<br />

Brochado; parcialmente por abrir. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Invulgar.<br />

297 FERREIRA (Vergílio). - APENAS Homens e outros Contos. - Porto: Editorial Inova,<br />

1972. - 98-[6] pp.: il.; 225 mm. - (Colecç<strong>ão</strong> Dias Horas <strong>de</strong> Leitura, 12).<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

298 FERREIRA (Vergílio). - CÂNTICO Final. - Lisboa: Editora Ulisseia, 1959. - 224 pp.; 210<br />

mm.<br />

Brochado; conserva sobrecapa ilustrada por Vespeira. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Raro.<br />

299 FERREIRA (Vergílio). - ESTRELA Polar: Romance. - Lisboa: Portugália Editora, s.d.. -<br />

318-[2 br.] pp.; 190 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Capa <strong>de</strong> brochura ilustrada por Câmara Leme. Invulgar.<br />

300 FERREIRA (Vergílio). - INVOCAÇÃO ao meu Corpo: Ensaio com um Post-Scriptum<br />

sobre a Revoluç<strong>ão</strong> Estudantil. - Lisboa: Portugália Editora, 1969. - 408-[8, 2 br.] pp.; 195<br />

mm.<br />

Brochado; <strong>de</strong>dicatória do autor a José Blanc <strong>de</strong> Portugal. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Vergílio Ferreira, além <strong>de</strong> um<br />

romancista notável, revelou-se um importante ensaísta, tanto reflectindo sobre o que tematiza na ficç<strong>ão</strong><br />

como também, por vezes, fazendo “texto artisticamente criativo” (Biblos, II, col. 548). Junto com «Carta ao<br />

Futuro», «Invocaç<strong>ão</strong> ao meu Corpo» é um trabalho <strong>de</strong> “imaginaç<strong>ão</strong>, <strong>de</strong> tom emotivo e pendor metafórico”<br />

(ibi<strong>de</strong>m). Raro.<br />

- 67 -


2.ª SESSÃO<br />

lotes 301 a 600<br />

Terça-Feira, 8 <strong>de</strong> Abril<br />

21.30 horas


Lote n.º 300 Lote n.º 301<br />

Lote n.º 302 Lote n.º 303


Lote n.º 304 Lote n.º 305<br />

Lote n.º 306


301 FERREIRA (Vergílio). - ONDE Tudo Foi Morrendo: Romance. - Coimbra: Coimbra<br />

Editora, 1944. - [8]-436-[2] pp.; 190 mm.<br />

Brochado; bom exemplar. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Uma das primeiras obras <strong>de</strong> Vergílio Ferreira e também das<br />

mais raras da sua extensa bibliografia.<br />

302 FERREIRA (Vergílio). - SOBRE o Humorismo <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queirós. - Coimbra: Faculda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Letras da Universida<strong>de</strong>, 1943. - [4], 84 pp.; 240 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um dos primeiros ensaios <strong>de</strong> Vergílio Ferreira, publicado em separata da<br />

Revista Biblos. Muito raro.<br />

303 FERREIRA (Vergílio). - VAGÃO “J”: (Romance). - Coimbra: Coimbra Editora, s.d.. -<br />

232, [2 br.] pp.; 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong> brochura.<br />

Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um dos primeiros romances do autor, ainda alinhado com as tendências estéticas neorealistas.<br />

Raro.<br />

304 FERRO (António). - A IDADE do Jazz-Band. - Segunda Ediç<strong>ão</strong>. - Lisboa: Portvgalia, 1924.<br />

- 88 pp.; 175 mm.<br />

Brochado; ex-libris a óleo <strong>de</strong> Jorge Segurado. Um dos textos mais populares e estimados <strong>de</strong> António Ferro,<br />

precedidos <strong>de</strong> textos <strong>de</strong> Carlos Malheiro Dias, Guilherme <strong>de</strong> Almeida e Roland <strong>de</strong> Carvalho. Jo<strong>ão</strong> Bigotte<br />

Chor<strong>ão</strong> (Biblos, II, col. 555) chama-a <strong>de</strong> “espectacular conferência”. Invulgar.<br />

305 FERRO (António). - HOMENS e Multidões. - Lisboa: Livaria Bertrand, s.d. - XX, 300<br />

pp.; 190 mm.<br />

Brochado; ex-libris a óleo <strong>de</strong> Jorge Segurado. Publicaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> crónicas, entrevistas e outros<br />

artigos dispersos por várias publicações periódicas. Invulgar.<br />

306 FERRO (António). - MAR Alto: Peça em 3 actos / prefácio do autor. - Lisboa: Imprensa<br />

Lucas & C.a, s.d. - 184, [24] pp.; 185 mm.<br />

Dedicatória do autor. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado à cabeça;<br />

conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Invulgar.<br />

307 FERRO (António). - SALAZAR: O Homem e a sua Obra; prefácio <strong>de</strong> / Oliveira Salazar.<br />

- Lisboa: Empresa Nacional <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>, 1933. - XLVI, 234 pp.; 190 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um dos mais apreciados testemunhos da vida e obra <strong>de</strong> Oliveira Salazar.<br />

Invulgar.<br />

308 FERRO (António). - VIAGEM à Volta das Ditaduras, prefácio / do Comandante<br />

Filomeno da Câmara. - Lisboa: Empresa Diário <strong>de</strong> Notícias, 1927. - 372 pp.; 195 mm.<br />

Brochado. Invulgar e estimado.<br />

309 FEUCHTERSLEBEN (E. <strong>de</strong>, Le Baron). - HYGIÉNE <strong>de</strong> l’Ame / traduit <strong>de</strong> l’Allemand<br />

par le Docteur Schlesinger-Rahier. - Troisieme Edition. - Paris: J.B. Bailliére et Fils, 1870.<br />

- [4], 284 pp.; 180 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> chagrin, ricamente <strong>de</strong>corada a ouro e a seco nas pastas e lombada. Curiosa<br />

publicaç<strong>ão</strong> sobre os cuidados a ter com as Amas das crianças, ensinando regras básicas <strong>de</strong> educaç<strong>ão</strong>,<br />

higiene propriamente dita, espírito, etc. Interessante para a história da infância.<br />

310 FIALHO (Jo<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Silva). - CULTURA do Trigo. - Lisboa: Livraria Clássica Editora, 1907.<br />

- XVI, 216, [8] pp.; 180 mm.


Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele. Livro que disserta abundantemente sobre os vários aspectos do<br />

cultivo do trigo. Com capítulos sobre as diversas espécies <strong>de</strong> trigo, condições <strong>de</strong> cultivo, classificaç<strong>ão</strong><br />

comercial e agrícola, doenças, entre outros.<br />

311 FLORET (P. Coste). - VINIFICATION <strong>de</strong>s Vins Blans. - Paris: G. Masson, 1895. - VIII,<br />

342 pp.: il.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Raro estudo sobre os processos <strong>de</strong><br />

vinificaç<strong>ão</strong> das várias qualida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> vinhos brancos. Ilustrado no texto.<br />

312 FOLHAS d’Ouro: Album Litterario e Artistico, gentilmente collaborado / por Escriptores<br />

e Artistas Portuguezes. - Lisboa: Typ. dos Caminhos <strong>de</strong> Ferro do Estado, 1917. - XX, 358<br />

pp., 27 est.: il.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Obra publicada com o intuito<br />

<strong>de</strong> doar o seu produto ao Sanatório dos Empregados Tuberculosos dos Caminhos <strong>de</strong> Ferro do Estado.<br />

Com valiosa e vasta colaboraç<strong>ão</strong>, da qual se <strong>de</strong>staca, Afonso <strong>de</strong> Ornelas, Afonso Lopes Vieira, Alberto<br />

Pimentel, Ana <strong>de</strong> Castro Osório, Augusto Gil, Augusto <strong>de</strong> Santa Rita, Branca <strong>de</strong> Gonta Colaço, Candido<br />

<strong>de</strong> Figueiredo, Cristóv<strong>ão</strong> Aires, Guerra Junqueiro, Henrique Lopes <strong>de</strong> Mendonça, Leite Vasconcelos,<br />

Julio <strong>de</strong> Castilho, Julio Dantas, Maria AmáliaVaz <strong>de</strong> Carvalho, Sousa Costa, Teixeira <strong>de</strong> Pascoais, Roque<br />

Gameiro José Malhoa, entre outros. De apurado gosto gráfico. Invulgar.<br />

313 FONSECA (Branquinho da). - MAR Santo: Romance. - Lisboa: Publicações Europa<br />

América, 1952. - 160, [4] pp.; 180 mm.<br />

Brochado; parcialmente por abrir. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste romance “cuja enunciaç<strong>ão</strong> foi precedida por<br />

um intenso trabalho <strong>de</strong> observaç<strong>ão</strong> e convivência com a comunida<strong>de</strong> ficcionada”, ganhando “contornos<br />

épicos a labuta quotidiana dos pescadores da Nazaré” (Biblos, II, col. 646). Raro.<br />

314 FONSECA (Branquinho da). - O BARÃO / por António Ma<strong>de</strong>ira. - Lisboa: Editorial<br />

Inquérito, [1942]. - 72, [8] pp.; 190 mm. - (Novelas Inquérito, n.º 46)<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong> da obra consi<strong>de</strong>rada a obra-prima <strong>de</strong> Branquinho da Fonseca. Publicada com o<br />

pseudónimo António Ma<strong>de</strong>ira, mereceu uma adaptaç<strong>ão</strong> ao teatro por Luís <strong>de</strong> Stau Monteiro. Sobre a obra<br />

diz-nos António Basílio Rodrigues (Biblos, I, col. 533): “A narrativa - orgânica, dinâmica, sucessiva, ponto<br />

<strong>de</strong> vista interno, sendo narrador e protagonista, «sou um inspector das escolas <strong>de</strong> instruç<strong>ão</strong> primária» -<br />

inicia-se com uma frase nuclear, curta e incisiva: «N<strong>ão</strong> gosto <strong>de</strong> viajar», reiterada poucas linhas <strong>de</strong>pois. No<br />

entanto, o narrador, enquanto reafirma o seu propósito <strong>de</strong> imobilida<strong>de</strong> física, [propõe-se contar a «minha<br />

viagem à serra do Barroso», cena real da acç<strong>ão</strong> em analepse. As contradições essenciais da novela envolvem<br />

uma perspectiva mítica da dimens<strong>ão</strong> simbólica, em que os conteúdos manifesto e latente <strong>de</strong>senvolvem e<br />

revelam a atmosfera onírica”. Raro.<br />

315 FONSECA (Branquinho da). - TEATRO / António Ma<strong>de</strong>ira. - Coimbra: Tip. da<br />

Atlântida, s.d.. - 112 pp.; 195 mm.<br />

Dedicatória do autor, assinando António Ma<strong>de</strong>ira, a Jorge Segurado. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos<br />

em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; ex-libris a óleo <strong>de</strong> Jorge Segurado. Publicada sob pseudónimo,<br />

reunem-se neste volume quatro “peças <strong>de</strong> pequena extens<strong>ão</strong>, que, na linha <strong>de</strong> algumas correntes<br />

simbolistas e vanguardistas, exploram a complexida<strong>de</strong> psíquica do sujeito, nomeadamente os fenómenos<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>sdobramento <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>” (Biblos, II, col. 645). Raro.<br />

316 FONSECA (Manuel da). - CERROMAIOR: Romance. - Lisboa: Inquérito, 1943. - 304<br />

pp.; 190 mm.<br />

Brochado; exemplar por abrir. Primeira ediç<strong>ão</strong> do romance <strong>de</strong> estreia - antes tinha publicado Rosa dos<br />

Ventos e Planície, ambos <strong>de</strong> poesia, e Al<strong>de</strong>ia Nova, um livro <strong>de</strong> contos - <strong>de</strong> uma das figuras maiores do<br />

neo-realismo. Raro.<br />

- 74 -


317 FONSECA (Quirino da). - A CARAVELA Portuguesa e a priorida<strong>de</strong> técnica das navegações<br />

henriquinas. - Coimbra: Imprensa da Universida<strong>de</strong>, 1934. - [8] pp., 700 pp., 49 ff. est.: il.;<br />

215 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele, ligeiramente aparado; conserva as capas <strong>de</strong> brochura.<br />

Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um dos mais completos e apreciados estudos sobre a caravela portuguesa, profusamente<br />

ilustrado em separado. Raro.<br />

318 FONSECA (Tomás da). - BANCARROTA: Exame à Escrita das Agências Divinas. -<br />

Lisboa: Ed. Autor, 1950. - 274-[2] pp.; 190 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> mais um texto <strong>de</strong> Tomás da Fonseca contra a Igreja Católica. Invulgar.<br />

319 FONSECA (Tomás da). - D. AFONSO Henriques e a Fundaç<strong>ão</strong> da Nacionalida<strong>de</strong><br />

Portuguesa. - Coimbra: Coimbra Editora, 1949. - 420 pp.: il.; 240 mm.<br />

Brochado; <strong>de</strong>dicatória do autor a Eduardo <strong>de</strong> Almeida; sublinhados a carv<strong>ão</strong>. Estudo histórico sobre a<br />

problemática da fundaç<strong>ão</strong> da nacionalida<strong>de</strong>. Ilustrado em separado com estampas impressas em papel<br />

couché.<br />

320 FONSECA (Tomás da). - MUSA Pagã. - Lisboa: Livraria Portugália, 1920. - 154, [6] pp.;<br />

175 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; apenas ligeiramente aparado à cabeça; <strong>de</strong>dicatória do autor. Primeira<br />

ediç<strong>ão</strong>. Raro.<br />

321 FONTINHA (Mário) & VIDEIRA (Acácio). - SUBSÍDIOS para a História, Arqueologia<br />

e Etnografia dos Povos da Lunda: Cabaças Gravadas da Lunda. - Lisboa: Companhia <strong>de</strong><br />

Diamantes <strong>de</strong> Angola, 1963. - 182 pp., 4 est., 1 mapa: il.; 320 mm.<br />

BRochado. Trabalho sobre as cabaças gravadas, consi<strong>de</strong>radas uma das expressões características da arte dos<br />

povos da Lunda, realizado a partir da colecç<strong>ão</strong> do Museu do Dundo.<br />

322 FOUQUET (Madama). - OBRAS Medico-chirurgicas <strong>de</strong> Madama Fouquet, economia <strong>de</strong><br />

la salud <strong>de</strong>l cuerpo humano: ahorra <strong>de</strong> medicos, cirujanos, y botica [...]. Traducidos<br />

(conforme a la impression correcta, y añadida, que se hizo en Leon <strong>de</strong> Francia, año <strong>de</strong><br />

1739) <strong>de</strong> el Francès à la lengua Castellana, por Francisco Monroy, y Olaso [...]. - En<br />

Valladolid: En la Imprenta <strong>de</strong> Alonso <strong>de</strong>l Riego, 1750. - 4.º; 2 v., [12], X, 130 e [10], 122,<br />

[12] pp.; 260 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira da época, cansada; carimbo <strong>de</strong> posse a óleo n<strong>ão</strong> i<strong>de</strong>ntificado; limpo.<br />

Traduç<strong>ão</strong> para castelhano das obras médicas <strong>de</strong> Marie <strong>de</strong> Maupeou Fouquet, esposa <strong>de</strong> François IV<br />

<strong>de</strong> Fouquet, responsável pelas finanças francesas no reinado <strong>de</strong> Luís XIV. Esta traduç<strong>ão</strong> tem o gran<strong>de</strong><br />

interesse <strong>de</strong> estar acrescentada com um alfabeto dos vários remédios, ervas, frutas, raízes, óleos, resinas e<br />

outros produtos medicinais <strong>de</strong>scobertos na América. Muito raro e estimado.<br />

323 FRANCISCO Suárez (Doctor Eximius): Collecç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Documentos / Prólogo <strong>de</strong> António<br />

Garcia Ribeiro <strong>de</strong> Vasconcélloz. - Coimbra: Impresa da Universida<strong>de</strong>, 1897. - CLII, CCXX<br />

pp.; 355 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva capas <strong>de</strong> brochura; possível falta da folha <strong>de</strong><br />

anterrosto. Colecç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Documentos comemorativa do terceiro centenário da incorporaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Francisco<br />

Suarez na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra. Corpo que reune importantes documentos como a Carta régia <strong>de</strong><br />

nomeaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Francisco Suáres como lente <strong>de</strong> prima da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Teologia, Auto <strong>de</strong> juramento e<br />

<strong>de</strong> posse do Doutor exímio e outros que cobrem o ministério <strong>de</strong> Suárez em Coimbra. Esta colectânea é<br />

precedida por um prólogo <strong>de</strong> António Vasconcélloz que disserta profusamente sobre a vida <strong>de</strong>ste “astro<br />

<strong>de</strong> primeira gran<strong>de</strong>za (...) a que os papas e os maiores dignatários da igreja recorriam nas ocasiões dificeis,<br />

para lhe pedirem o socorro da sua inteligência e da sua pena” (Prológo, XV). Completa este informado<br />

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prólogo com apontamentos bio-bibliográficos. Preciosa obra sobre a figura <strong>de</strong>ste vulto incontornável do<br />

pensamento universal que ensinou em Portugal.<br />

324 FRANCO (António, Pe.). - ÉVORA Ilustrada: extraída da obra do mesmo nome / do Pe.<br />

Manuel Fialho; publicaç<strong>ão</strong>, prefácio e índices <strong>de</strong> Armando <strong>de</strong> Gusm<strong>ão</strong>. - Évora: Edições<br />

Nazareth, 1945. - XXIV, 452 pp.; 260 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele, lombada com casas fechadas a ouro e rótulo vermelho com títulos a ouro;<br />

apenas ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta obra <strong>de</strong>ixada<br />

manuscrita pelo seu autor no século XVIII. A presente “Èvora Ilustrada” é um resumo da obra homónima<br />

do Pe. Manuel Fialho que consta <strong>de</strong> 4 grossos volumes <strong>manuscritos</strong>. O Pe. António Franco n<strong>ão</strong> se limitou<br />

a resumir, mas, socorrendo-se <strong>de</strong> documentos que incansavelmente procurou, corrigiu e acrescentou a<br />

história original. Invulgar.<br />

325 FRANCO (Antonio, Pe.). - PROMPTUARIO <strong>de</strong> Syntaxe. - Évora: Na Officina da<br />

Universida<strong>de</strong>, 1743. - 8.º; §//4, A-Z, Aa-Qq//8; [8], 624 pp.; 155 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira da época, ligeiramente cansada. Corte das folhas carminado; marcas<br />

<strong>de</strong> posse nas folhas <strong>de</strong> guarda. António Franco foi sacerdote jesuíta, mestre em humanida<strong>de</strong>s e reitor do<br />

colégio <strong>de</strong> Setúbal. Obra muito estimada na sua época como o <strong>de</strong>monstram as várias edições publicadas<br />

na primeira meta<strong>de</strong> do século XVIII (Inoc., I, 145).<br />

326 FREIRE (Anselmo Braamcamp). - EXPEDIÇÕES e Armadas nos anos <strong>de</strong> 1488 e 1489 /<br />

por [...]. - Lisboa: Livraria Ferin, 1915. - X-112-[6] pp.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina azul; apenas ligeiramente aparado à cabeça. Estudo sobre os mandados<br />

das Expedições e Armadas daqueles dois anos encontrados pelo pelo autor no Arquivo da Torre do<br />

Tombo. Invulgar.<br />

327 FREIRE (Jo<strong>ão</strong> Paulo, Mário). - DIVAGANDO Sobre a Bíblia: do Génesis e suas<br />

Interpretações. - Lisboa: ed. autor, 1944. - 2 v.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações em percalina <strong>de</strong>coradas a ouro nas pastas e lombadas. Estudo sobre o livro bíblico do<br />

Génesis por Jo<strong>ão</strong> Paulo Freire, Mário.<br />

328 FREIRE (Jo<strong>ão</strong> Paulo, Mário). - OS JUDEUS E OS PROTOCOLOS DOS SÁBIOS DE<br />

SIÃO: História e Comentários. - Lisboa: Ed. Autor, 1937-1939. - 4 v. em 2; 225 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações inteiras em percalina; com todas as capas <strong>de</strong> brochura, com execpç<strong>ão</strong> da capa posterior do<br />

segundo volume. Aparados. Colecç<strong>ão</strong> completa <strong>de</strong>sta estimada obra sobre o povo Ju<strong>de</strong>u, tratando da sua<br />

história, perseguições, costumes, etc. O terceiro volume inteiramente <strong>de</strong>dicado à história <strong>de</strong>ste povo na<br />

Península Ibérica. Estimado e invulgar.<br />

329 FREIRE (Natércia). - POEMAS. - Lisboa: Livraria Bertrand, s.d. - 116, [2] pp.; 225 mm.<br />

Brochado; por abrir. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

330 FREITAS (Bernardino José <strong>de</strong> Sena). - UMA VIAGEM ao Valle das Furnas na Ilha <strong>de</strong> S.<br />

Miguel em Junho <strong>de</strong> 1840 / por [...]. - Lisboa: Na Imprensa Nacional, 1845. - XVI-106 pp.,<br />

3 est.: il.; 340 mm.<br />

Bom exemplar; enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele, apenas com leve aparo à cabeça. [Inocêncio,<br />

I, 365] Raríssima monografia da Ilha <strong>de</strong> S. Miguel ilustrada com três estampas impressas à parte, <strong>de</strong><br />

excelente apuro gráfico.<br />

331 FUSCHINI (Augusto). - A ARCHITECTURA Religiosa na Eda<strong>de</strong> Média. - Lisboa:<br />

Imprensa Nacional, 1904. - XXII, 292 pp., 26 est.: il.; 245 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> em percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Estudo histórico sobre a arte religiosa em<br />

Portugal na Ida<strong>de</strong> Média. Com capítulos especiais sobre a Sé <strong>de</strong> Lisboa e o Mosteiro da Batalha.<br />

- 76 -


Lote n.º 338


332 GALLOP (Rodney). - CANTARES do Povo Português: estudo crítico, recolha e comentário<br />

/ <strong>de</strong> [...]; traduç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> António Emílio <strong>de</strong> Campos. - 2.ª ed.. - Lisboa: Intituto <strong>de</strong> Alta<br />

Cultura, 1960. - 152 pp.; 250 mm.<br />

Brochado; por abrir. Ediç<strong>ão</strong> portuguesa <strong>de</strong>sta importante recolha <strong>de</strong> cantares do folclore português. Com<br />

as respectivas notações musicais para cada canç<strong>ão</strong>. Invulgar.<br />

333 GALVÃO (Henrique); CABRAL (Teodósio) & PRATAS (Abel). - DA VIDA E DA<br />

MORTE DOS BICHOS: Subsídios para o estudo da fauna <strong>de</strong> Angola e notas <strong>de</strong> Caça. -<br />

Lisboa: Livraria Popular <strong>de</strong> Francisco Franco, s.d. - 5 v. em 2: il.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações em percalina; ligeiramente aparados; conservam as capas <strong>de</strong> brochura. Colecç<strong>ão</strong> completa,<br />

em várias edições, <strong>de</strong>ste clássico da bibliografia <strong>de</strong> caça portuguesa. Os volumes est<strong>ão</strong> divididos por espécies<br />

animais correspon<strong>de</strong>ndo o primeiro volume a Elefantes e Rinocerontes, o segundo a Hipopótamos,<br />

Girafas, Crocodilos e Javalis, o terceiro exclusivamente ao Le<strong>ão</strong>, o quarto ao Búfalo, Gorila, Leopardo,<br />

Antílopes e outras espécies, e, por fim, o quinto volume, <strong>de</strong> autoria exclusiva <strong>de</strong> Henrique Galv<strong>ão</strong>, com<br />

narrativas <strong>de</strong> caça grossa em África.<br />

334 GALVÃO (Henrique); CRUZ (Freitas) & MONTÊS (António). - A CAÇA no Império<br />

Português. - Porto: Editorial “Primeiro <strong>de</strong> Janeiro”, 1943-1945. - 2 v.: il.; 315 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações com lombada em pele um pouco cansadas. Talvez a mais importante obra sobre caça em<br />

Portugal, talvez por ser a mais completa sobre o assunto. Com os seguintes capítulos: O Homem e a Caça;<br />

Esboço Histórico da Caça no Império Português; As Espécies Cinegéticas na Metrópole e Ilhas Adjacentes;<br />

As espécies Cinegéticas das Colónias Portuguesas; Caça às Espécies da Metrópole e Ilhas Adjacentes; Caça<br />

às espécies das Colónias; A Caça com Armadilhas; Auxiliares <strong>de</strong> Caça; Armas e Munições; Acampamento<br />

<strong>de</strong> Caça. Profusamente ilustrado no texto e em separado. Raro e muito procurado.<br />

335 GALVÃO (Henrique). - ANTROPOFAGOS / ilustrações <strong>de</strong> José <strong>de</strong> Moura. - Lisboa:<br />

Editorial “Jornal <strong>de</strong> Notícias”, 1947. - 330-[2] pp.: il.; 230 mm.<br />

Brochado. Trabalho sobre um dos temas etnográficos e etnológicos menos estudados - a antropofagia,<br />

vulgo canibalismo. O autor aborda o tema <strong>de</strong> um ponto <strong>de</strong> vista que relaciona essa prática por várias<br />

tribos africanas a crenças e costumes antigos, diferenciando-a claramente da antropofagia aci<strong>de</strong>ntal, isto<br />

é, daquela que pelas circunstâncias - naufrágio, isolamento, etc. - leva o homem a comer carne humana.<br />

Henrique Galv<strong>ão</strong>, um profundo conhecedor do continente africano, esteve em contacto com essas tribos<br />

po<strong>de</strong>ndo relatar com exactid<strong>ão</strong> as suas práticas.<br />

336 GALVÃO (Henrique). - OUTRAS TERRAS OUTRAS GENTES: (Viagens em África). -<br />

Porto: Empresa do Jornal <strong>de</strong> Notícias, s.d. - 2 v. em 1: il.; 300 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele marmoreada, ricamente <strong>de</strong>corada a ouro na lombada e pastas. Impressões<br />

da viagem <strong>de</strong> Henrique Galv<strong>ão</strong> por terras africanas do Império português, partindo <strong>de</strong> Lisboa com uma<br />

pequena paragem na Ma<strong>de</strong>ira, passando por Cabo Ver<strong>de</strong>, Guiné, S.Tomé e Príncipe e Angola, recolhendo<br />

importantes informações etnográficas, etnológicas, antropológicas, etc. Profusamente ilustrado no texto e<br />

em separado a preto e a cores. Raro e muito estimado.<br />

337 GALVÃO (Henrique). - RONDA DE ÁFRICA: (Outras Terrras, Outras Gentes: Viagens<br />

em Moçambique). - Porto: Editorial “Jornal <strong>de</strong> Notícias”, s.d. - 2 v.: il.; 305 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações editoriais em percalina. Continuaç<strong>ão</strong> da <strong>de</strong>scriç<strong>ão</strong> da gran<strong>de</strong> viagem <strong>de</strong> Henrique Galv<strong>ão</strong><br />

em África iniciada com a obra «Outras Terras Outras Gentes», agora em Moçambique, recolhendo<br />

impressões históricas, antropológicas, etnográficas, etnológicas, da vida natural, etc. Profusamente ilustrado<br />

no texto a preto e a cores. Raro.<br />

338 GAMA (Manuel Jacinto Nogueira da, trad.). - ENSAIO sobre a Theoria das Torrentes e<br />

Rios, que contem os meios mais simples <strong>de</strong> obstar aos seus estragos, <strong>de</strong> estreitar o seu leito<br />

e facilitar a sua navegaç<strong>ão</strong> [...]. - Lisboa: Na Offic. Patr. <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> Procopio Correa da Silva,<br />

1800. - [24], XXXII, 368, [56] pp., 16 est.: il.; 215 mm.<br />

- 78 -


Lote n.º 344


Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele da época; ligeiramente aparado; anotações da época na margem. A obra é<br />

seguida por mais três títulos: I. Indagaç<strong>ão</strong> da mais Vantajosa Construcç<strong>ão</strong> dos Diques por Bossut e Viallet;<br />

II. Um Extracto da Arquitectura Hydraulica por M. Belidor; III. Tratado Pratico da Medida das Águas<br />

Correntes e Uso da Taboa Parabolica do P.D. Francisco Maria <strong>de</strong> Regi. Manuel Jacinto Nogueira da Gama<br />

(1765-1847), natural da vila <strong>de</strong> S. Jo<strong>ão</strong> d’El Rei em Minas Gerais, foi bacharel formado em Matemática<br />

e Filosofia pela Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, membro <strong>de</strong> várias associações científicas, foi professor na<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lente da Aca<strong>de</strong>mia Real <strong>de</strong> Marinha <strong>de</strong> 1791 a 1801, ano em que foi nomeado Inspector<br />

Geral das Nitreiras e Fábrica <strong>de</strong> Pólvora <strong>de</strong> Minas Gerais e promovido no ano seuginte a Tenente Coronel<br />

do corpo <strong>de</strong> Engenheiros, partindo para o Brasil em 1804. Esta sua traduç<strong>ão</strong> está ilustrada com 16 estampas<br />

em folha <strong>de</strong>sdobrável. Muito raro. Inoc. VII, 7.<br />

339 GARCIA (Emygdio). - O INFANTE D. AFONSO DE BRAGANÇA: o Popular “Arreda”.<br />

- Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1939. - 200-[2] pp., XXII est.: il.; 255 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Biografia do famoso “arreda”, infante<br />

D. Afonso, irm<strong>ão</strong> <strong>de</strong> D. Carlos, também conhecido por Afonsinho, alcunha atribuída por Fialho <strong>de</strong><br />

Almeida no seu Barbear e Pentear. Ilustrado com foto<strong>gravuras</strong> impressas à parte em papel couché.<br />

340 GENCÉ (Con<strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>). - TRATADO <strong>de</strong> Civilida<strong>de</strong> e Etiqueta / traduç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Luiz Cardoso.<br />

- Lisboa: Guimarães Editores, 1909. - 312 pp.; 220 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina do editor. Curioso manual <strong>de</strong> boas maneiras e etiqueta dividido em<br />

várias partes, a primeira sobre as <strong>de</strong>monstrações <strong>de</strong> cortesia, uma segunda sobre a casa, on<strong>de</strong> se incluem<br />

capítulos sobre os membros da família, os professores e tutores, criados e festas, e uma terceira sobre<br />

os comportamentos em socieda<strong>de</strong>, nomeadamente encontros ocasionais, visitas, refeições, bailes e<br />

correspondência.<br />

341 GERMINAL: Mensario <strong>de</strong>dicado aos trabalhadores / dir. Emílio Costa. - n.º 1, Fevereiro<br />

<strong>de</strong> 1916 - n.º16, Maio <strong>de</strong> 1917. - Lisboa: Mário Costa, 1916-1917. - 16 n.ºs, 478 pp.: il.; 210<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele, ligeiramente cansada. Corte superior das folhas carminado. Revista<br />

que abrange várias temáticas <strong>de</strong> âmbito político, social e económico num tom propagandistico. Com<br />

várias notas sobre a Gran<strong>de</strong> Guerra. Muito rara.<br />

342 GIRÃO (A. <strong>de</strong> Amorim). - GEOGRAFIA DE PORTUGAL. - 3.ª ediç<strong>ão</strong> (Acrescida do<br />

estudo das Ilhas Adjacentes). - Porto: Portucalense editora, 1960. - 510 pp., [16]-LXXII est.;<br />

il.; 310 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira em percalina; conserva capas <strong>de</strong> brochura; aparado. Uma das mais importantes e<br />

completas obras sobre a Geografia Portuguesa, no seguimento da segunda ediç<strong>ão</strong> vê-se enriquecida com<br />

uma parte respeitante aos arquipélagos da Ma<strong>de</strong>ira e dos Açores. Profusamente ilustrado com reproduções<br />

fotográficas impressas em papel couché e 16 cartas ou mapas a cores.<br />

343 GODINHO (P. Manuel). - VIDA, VIRTUDES, E MORTE Com Opiniaõ <strong>de</strong> Santida<strong>de</strong><br />

do Veneravel Padre Fr. Antonio das Chagas [...]. - Lisboa: Na Officina <strong>de</strong> Miguel Deslan<strong>de</strong>s,<br />

1687. - 8.º; +//8, ++//6, A-Z, Aa-Bb//8, C//4; [28]-410 pp.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pergaminho, cansada; corte das folhas carminado; ligeira aci<strong>de</strong>z. [Inocêncio, V, p.<br />

442] Jesuíta, o Padre Manuel Godinho nasceu cerca <strong>de</strong> 1630 e é natural, segundo uns, da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa<br />

ou, segundo outros, da vila <strong>de</strong> Montalv<strong>ão</strong> no Alentejo. Faleceu no ano <strong>de</strong> 1712. Desta sua obra sairam<br />

várias edições das quais esta é a primeira e mais estimada. Fr. António das Chagas tinha como nome <strong>de</strong><br />

nascimento António da Fonseca Soares dado a 25 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1631 na vila da Vidigueira. Seguindo<br />

primeiro a vida militar, chegando ao posto <strong>de</strong> Capit<strong>ão</strong>, professou com a ida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 32 anos a regra <strong>de</strong> S.<br />

Francisco no Convento <strong>de</strong> Évora. Foi Missionário Apostólico e instituidor do seminário do Varatojo.<br />

Faleceu nesse seminário a 20 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1682. Existe um seu retrato na Biblioteca Nacional.<br />

344 GOMES (Augusto Ferreira). - QUINTO Império. - Lisboa: Parceria António Maria<br />

Pereira, 1934. - XXX-[34] pp.; 255 mm.<br />

- 80 -


Dedicatória do autor a Angelo César. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina ver<strong>de</strong>; com falta das capas <strong>de</strong><br />

brochura; toscos restauros nos topos das folhas junto ao festo. Raro livro <strong>de</strong> poemas prefaciado por<br />

Fernando Pessoa e publicado no mesmo ano da Mensagem.<br />

345 GOMES (J. Reis). - CASAS MADEIRENSES / Colaboraç<strong>ão</strong> Artística <strong>de</strong> Edmundo<br />

Tavares. - Funchal: Diário da Ma<strong>de</strong>ira, 1937. - 86-[6] pp., 2 est.: il.; 295 mm.<br />

Dedicatória do autor. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Estudo sobre<br />

a arquitectura ma<strong>de</strong>irense, profusamente ilustrado no texto a preto e com duas estampas em separado a<br />

cores. Invulgar.<br />

346 GOMES (M. Teixeira). - GENTE Singular. - Lisboa: Livraria Clássica Editora, 1909. - 274,<br />

[2] pp.; 185 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas carminado. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

Natural <strong>de</strong> Portim<strong>ão</strong>, Manuel Teixeira Gomes povoa a sua obra com lendas e cenas pagãs, “por outro lado,<br />

observa criticamente nos seus contos e novelas. É a burguesia presunçosa, avara, ridícula o alvo preferencial<br />

do humor cáustico <strong>de</strong> Manuel Teixeira Gomes [como] nos textos esbarrigadamente cómicos, e no entanto<br />

t<strong>ão</strong> ricos <strong>de</strong> colorido verbal, <strong>de</strong> Gente Singular” (Biblos, V, col. 340). Raro.<br />

347 GOMES (Soeiro Pereira). - ENGRENAGEM: Romance. - Porto: Edições SEN, 1951. -<br />

262, [2] pp., 1 ret.: il.; 210 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Romance postumamente publicado. Importante romance do movimento neorealista,<br />

movimento on<strong>de</strong> o autor pontificou como uma das vozes mais significativas.<br />

348 GONÇALVES (A. Augusto) & CASTRO (Eugénio <strong>de</strong>). - NOTÍCIA Historica e <strong>de</strong>scriptiva<br />

dos principaes objectos <strong>de</strong> ourivesaria existentes no Thesoiro da Sé <strong>de</strong> Coimbra. - Coimbra:<br />

Imprensa Académica, 1911. - 48 pp., 11 est.: il.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Catálogo <strong>de</strong>scritivo das peças<br />

existentes no Museu <strong>de</strong> Ourivesaria da Sé <strong>de</strong> Coimbra, mandado erigir por D.Manuel Corrêa <strong>de</strong> Bastos<br />

Pina, bispo <strong>de</strong>ssa Diocese, após a Exposiç<strong>ão</strong> Retrospectiva <strong>de</strong> Arte Ornamental.<br />

349 GONÇALVES (A.). - ESTATUÁRIA no Museu Machado <strong>de</strong> Castro, Coimbra. - Coimbra:<br />

Imprensa da Universida<strong>de</strong>, 1923. - XIV-270-[2] pp., 22 est.: il.; 240 mm. - (Subsídios para<br />

a História da Arte Portuguesa, VIII).<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; corte superior das folhas carminado; conserva as capas <strong>de</strong> brochura.<br />

Importante estudo sobre a colecç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> estatuária do Museu Machado <strong>de</strong> Castro em Coimbra, profusamente<br />

ilustrado com reproduções fotográficas à parte. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> meia francesa <strong>de</strong> pele sem cantos, aparado,<br />

conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Raro.<br />

350 GRAAL: Poesia, Teatro, Ficç<strong>ão</strong>, Ensaio, Crítica / dir. António Manuel Couto Viana, dir.<br />

art. António Vaz Pereira. - N.º 1, Abril-Maio <strong>de</strong> 1956 - n.º 4, Dez,1956-Jul.1957. - Lisboa:<br />

Empresa Nacional <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>, 1956-1957. - 4 n.ºs.: il.; 255 mm.<br />

Brochado. Bom exemplar. Dirigida literariamente por António Couto Viana, a Graal foi “em larga medida,<br />

o corolário lógico da aventura que Távola Redonda constituiu” (Daniel Pires, II, 244). Revista da chamada<br />

geraç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> 50, como se po<strong>de</strong> ler no seu primeiro número, contou com vasta e belíssima colaboraç<strong>ão</strong><br />

literária e artística. De <strong>de</strong>stacar Agustina Bessa Luís, António Quadros, David-Mour<strong>ão</strong> Ferreira, Eduíno <strong>de</strong><br />

Jesus, Manuel Ban<strong>de</strong>ira, Esther <strong>de</strong> Lemos, Fernando Gue<strong>de</strong>s, Herberto Hél<strong>de</strong>r, Vitor <strong>de</strong> Matos e Sá, entre<br />

outros. A cargo <strong>de</strong> António Vaz Pereira ficou o grafismo da revista, contando com a colaboraç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Bastos<br />

Coelho, Fernando Lanhas, Jo<strong>ão</strong> Mattoso, José Amaro Júnior, José Escada, Júlio Gil, Manuel Cargaleiro,<br />

Marcelo <strong>de</strong> Morais e René Bèrtholo. Rara e importante.<br />

351 GRAVIGNY (R.). - LA CHASSE et Les Chiens: Va<strong>de</strong>-Mecum du Chasseur à Tir, préface<br />

<strong>de</strong> / René Tisserant. - Paris: Librairie Maloine, 1949. - 526 pp.: il.; 225 mm.<br />

Brochado. Interessante tratado sobre a caça e os cães <strong>de</strong> caça. Com capítulos sobre a caça no bosque,<br />

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aquática, na África do Norte, o armamento e com um rol das raças caninas <strong>de</strong> caça <strong>de</strong>screvendo as suas<br />

melhores qualida<strong>de</strong>s. Profusamente ilustrado no texto. Raro.<br />

- GRAVURAS -<br />

352 [BRAUN (G.) & HOEFNAGEL, (Georg)]. - ILLUSTRIS Civitatis Conimbriae in<br />

Lusitania: ad flumen Illundam effigies. - [Colónia]: s.n., c.1599. - 285x460 mm.<br />

Mapa ilustre da eminente cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra. Nesta gravura po<strong>de</strong>mo-nos aperceber dos principais<br />

edifícios civis e religiosos da cida<strong>de</strong>, bem como das suas fontes, arcos, aqueduto, ponte e colunas. Contém<br />

cartela i<strong>de</strong>ntificativa <strong>de</strong> todos os lugares mais relevantes, em latim. Na base vêem-se duas figuras escolares,<br />

contextualizadas pelo rio Mon<strong>de</strong>go. Pequeno restauro em baixo, ao centro, com ligeirissima perda <strong>de</strong><br />

suporte, sem afectar significativamente o <strong>de</strong>senho. No verso encontra-se um texto <strong>de</strong>scritivo da gravura na<br />

vers<strong>ão</strong> original em latim, que nos faz supor tratar-se da primeira tiragem. (SILVA, Armando, «Estampas<br />

Coimbrãs», vol. I, pp. 1-33.)<br />

353 [BRAUN (G.) & HOGENBERG (F.)]. - CALECHUT Celeberrimum Indiae Emporium.<br />

- s.l.: s.n., c.1575. - 180x475<br />

Gravura a cobre emoldurada, colorida à m<strong>ão</strong>, impressa para «Civitates Orbis Terrarum». Bela perspectiva<br />

<strong>de</strong> Calcutá, na costa <strong>de</strong> Malabar, com título em flâmula, on<strong>de</strong> se representam várias activida<strong>de</strong>s económicas<br />

da vida da cida<strong>de</strong>, e.g., activida<strong>de</strong>s piscatórias, construcç<strong>ão</strong> naval, comécio, etc.<br />

354 [BRAUN (G.) & HOGENBERG (F.)]. - NOVA Bracarae Augustae <strong>de</strong>scriptio. - c. 1599.<br />

- 355x490 mm.<br />

Plano da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Braga, com bras<strong>ão</strong> do arcebispado no canto superior esquerdo e da cida<strong>de</strong> no canto<br />

oposto. Vários edifícios e lugares da cida<strong>de</strong> assinalados e legendados. “Cartouche” no canto inferior direito<br />

com inscriç<strong>ão</strong> iniciada com “Candido Spectatori...”. Bela gravura colorida à m<strong>ão</strong> da famosa série “Civitates<br />

Orbi Terrarum”.<br />

355 [BRAUN (G.) & HOGENBERG (F.)]. - OLISIPO, Sive ut pervetustae lapidum<br />

inscriptiones habent, ulisippo, vulgo Lisbona Plrentissimum Portugalliae Emporiu. - c.<br />

1572. - 205x480 mm.<br />

Perspectiva sobre a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, colorida à m<strong>ão</strong>, encabeçada por bras<strong>ão</strong> <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> Portugal, com<br />

realce para os principais edifícios civis e religiosos. Destacam-se as cercas moura e fernandina. Tirada<br />

da famosa obra “Civitates Orbi Terrarum”, apresentando apenas o plano da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa. Rara.<br />

Emoldurada.<br />

356 [BRAUN (G.) & HOGENBERG (F.)]. - OLISIPO, Sive ut pervetustae lapidum<br />

inscriptiones habent, ulisippo, vulgo Lisbona Plrentissimum Portugalliae Emporiu. - c.<br />

1572. - 350x480 mm.<br />

Perspectiva sobre a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa encabeçada por bras<strong>ão</strong> <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> Portugal, com realce para os<br />

principais edifícios civis e religiosos. Destacam-se as cercas moura e fernandina. No plano inferior da gravura<br />

encontra-se uma representaç<strong>ão</strong> da costa <strong>de</strong> Belém a Cascais, vendo-se o forte <strong>de</strong> Cascais e o Mosteiro <strong>de</strong><br />

Belém. Tirada da famosa obra “Civitates Orbi Terrarum”. Rara. Emoldurada, tendo o verso em vidro para<br />

leitura do texto original latino. Pequeno furo ao centro, junto ao título, praticamente imperceptível.<br />

357 [BRAUN (G.) & HOGENBERG (F.)]. - OLISSIPPO quae nunc Lisboa, civitas amplissima<br />

Lusitaniae, ad Tagum, totius Orientis, et multarum insularum Aphricaequae et Americae<br />

emporium nobilissimum. - c. 1599. - 370x470 mm.<br />

Bela representaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Lisboa quinhentista, uma das mais antigas, encabeçada pelo bras<strong>ão</strong> <strong>de</strong> armas <strong>de</strong><br />

Portugal e da cida<strong>de</strong> com caravela e corvos. Plano <strong>de</strong>talhado da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>scrito pormenorizadamente por<br />

uma legenda com 140 lugares e edifícios mais notáveis da cida<strong>de</strong> impressa na base da gravura e continuada<br />

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Lote n.º 352<br />

Lote n.º 353<br />

Lote n.º 354


Lote n.º 356<br />

Lote n.º 358<br />

Lote n.º 359


Lote n.º 360<br />

Lote n.º 361 Lote n.º 362


Lote n.º 363<br />

Lote n.º 364<br />

Lote n.º 368


nos cantos superiores da gravura. Representaç<strong>ão</strong> do Tejo com várias embarcações. Gravura emoldurada,<br />

estando o verso com vidro para leitura do texto original latino <strong>de</strong> Braun da sua obra “Civitates Orbi<br />

Terrarum” que se encontra impresso no verso.<br />

358 [BRAUN (G.) & HOGENBERG (F.)]. -GOA Fortissima Indiae urbs in Christianorum<br />

potestatem anno salutis 1509 <strong>de</strong>uenit. - s.d.: s.n., Séc. XVI. - 135x470<br />

Gravura representando Goa e suas fortificações, e batalha que lhe fez a esquadra portuguesa sob comando<br />

<strong>de</strong> Afonso <strong>de</strong> Albuquerque, em bonita moldura dourada com relevos, ligeiramente afectada no canto<br />

superior esquerdo.<br />

359 [MERIAN (Matthaus)]. - OLISIPPO. Lisabona. - [Frankfurt]: s.n., c.1638. - 285x365<br />

Bela representaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Lisboa quinhentista com várias embarcações no Tejo, algumas navegando, outras<br />

fun<strong>de</strong>adas. Um plano promenorizado da cida<strong>de</strong> on<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrem Terreiro do Paço, a Sé Velha, o<br />

Hospital <strong>de</strong> Todos os Santos, o Castelo, as Cercas da cida<strong>de</strong> entre outros importantes edifícios i<strong>de</strong>ntificados<br />

por uma legenda impressa na base da gravura. Rara.<br />

360 [OGILBY (John)]. - Angra op Tercera. - [London], [1671]. - 285x345 mm.<br />

Gravura a cobre emoldurada on<strong>de</strong> se representa Angra do Heroismo na ilha Terceira, inspirada numa<br />

perspectiva do Itinerário <strong>de</strong> Jan Huygen van Linschoten. A planta da cida<strong>de</strong> e as fortificações do porto<br />

recebem uma atenç<strong>ão</strong> especial por parte do autor, o qual também <strong>de</strong>ixa patente a importância <strong>de</strong>ste ponto<br />

estratégico para as rotas comerciais da época através das multiplas embarcações representadas<br />

361 AMETLLER (Blas). - D. DIEGO Velazquez <strong>de</strong> Silva: Pintor <strong>de</strong>l Rey Filipe IIII [...] / J.<br />

Maea lo dibuxó. - s. XVII. - 350x250 mm.<br />

Bonita gravura retratando o gran<strong>de</strong> pintor Velazquez. Exemplar emoludurado com boas margens. Raro.<br />

362 BARTOLOZZI (F.). - [D. Jo<strong>ão</strong> VI], Stat Magni Nominis Umbra / D. Pellegrini pinxit; F.<br />

Bartolozzi Sculpit. - s.l., 180?. - 190x110 mm. - em moldura com ferragens.<br />

Bonito retrato <strong>de</strong> D. Jo<strong>ão</strong> VI, belamente executado por Bartolozzi.<br />

363 CANADA ou Nouvele France. - s. XVII. - 140x100 mm.<br />

Gravura representando a costa Norte do Canadá on<strong>de</strong> se vê também as “terras <strong>de</strong>sconhecidas” da<br />

Gronelândia. Gravura retirada da obra Description <strong>de</strong> l’Univers contenant les systèmes du mon<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Alain Manesson Mallet.<br />

364 HEATH (William). - Battle of Bussaco - Sept. 27th 1810 / sculp.t T. Sutherland. - London:<br />

J. Jenkins, 1815. - 215x260 mm.<br />

Bonita água tinta realizada a partir <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> William Heath e gravada por T. Sutherland,<br />

representando a Batalha do Buçaco na guerra peninsular. Com moldura. Rara.<br />

365 HEATH (William). - Battle of Pombal - March 12th 1811 / sculp.t T. Sutherland. -<br />

London: J. Jenkins, 1815. - 215x260 mm.<br />

Bonita água tinta realizada a partir <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> William Heath e gravada por T. Sutherland,<br />

representando a Batalha <strong>de</strong> Pombal na guerra peninsular. Com moldura. Rara.<br />

366 HEATH (William). - Battle of Roleia, Aug. 17th 1808 / Aquatinted by J. C. Stadler. -<br />

London: T. Tegg H. L. , 1818. - 215x260 mm.<br />

Bonita água tinta representando a Batalha <strong>de</strong> Roleia da guerra peninsular. Com moldura. Rara.<br />

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367 HEATH (William). - Battle of Vimiera - Aug. 21st 1808. - London: J. Jenkins, 1815. -<br />

215x260 mm.<br />

Bonita água tinta realizada a partir <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> William Heath e gravada por D. Havell, representando<br />

a Batalha do Vimieiro. Com moldura. Rara.<br />

368 IS. <strong>de</strong> Fero <strong>de</strong> Cheland Orknay et Hebri<strong>de</strong>s. - s. XVII. - 145x100 mm.<br />

Bonito mapa gravado, colorido à m<strong>ão</strong>, representando o norte da Grã Bretanha e as ilhas Shetland. Em<br />

moldura.<br />

369 MALLET (Alain Manesson). - Isle <strong>de</strong> Ma<strong>de</strong>re. - c. 1685. - 170x115 mm. em moldura<br />

recente<br />

Bonito mapa colorido à m<strong>ão</strong> representando as ilhas da Ma<strong>de</strong>ira e Porto Santo, vendo-se o mar circundante<br />

povoado por naus e outras embarcações. O título está <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> flâmula. O autor (1630-1706), francês, foi<br />

engenheiro e escreveu sobre matemática e sobre fortificações. Autor da célebre «Description <strong>de</strong> l’Univers»,<br />

<strong>de</strong> 1683.<br />

370 MERCATOR. - [SCHYTIA & Serica]. - c. 1620. - 345x405 mm.<br />

Bonito mapa gravado da regi<strong>ão</strong> da Citia e Serica, na Ásia Menor, regi<strong>ão</strong> povoada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muito cedo na<br />

história da humanida<strong>de</strong>. O mapa regista curiosos dados sobre os costumes da regi<strong>ão</strong>. Além do comércio,<br />

caçadas, povos nómadas, regista em cima, ao centro, um episódio <strong>de</strong> antropofagia que sabemos hoje, por<br />

<strong>de</strong>scobertas arqueológicas, ter sido prática na regi<strong>ão</strong>. Raro. Bonita moldura dourada.<br />

371 MERCATOR. - AEGYPTUM Inferiorem Exhibens. Appendix Tab. III. Africae. - c. 1620.<br />

- 245x370 mm.<br />

Bonita representaç<strong>ão</strong> do Delta do Nilo baseado no mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Ptolomeu. A gravura foi originalmente<br />

publicada no Atlas <strong>de</strong> Ptolomeu <strong>de</strong> 1578. Rara.<br />

372 REYNOLDS (Joshua). - HON.ble Mr. Leicester Stanhope / Engr. F. Bartolozzi. - London:<br />

F. Bartolozzi & Comp., 1789. - 185x155 mm.<br />

Encantadora representaç<strong>ão</strong> emoldurada <strong>de</strong> Leicester Fitzgerald Charles Stanhope. Trata-se <strong>de</strong> uma das<br />

<strong>gravuras</strong> em que melhor se po<strong>de</strong> apreciar o estilo requintado do célebre gravador inglês do século XVIII,<br />

também conhecida por «Springhtliness». Neste retrato, Stanhope é representado na sua primeira infância.<br />

Personalida<strong>de</strong> que viria a <strong>de</strong>stacar-se pela sua carreira militar na Índia e América do Sul.<br />

373 RINGLE (J.G.). - LISABONA=lisabon. - s. XVIII. - 295x185 mm.<br />

Bonita gravura do século XVIII impressa dos dois lados da folha, tendo no anverso a representaç<strong>ão</strong> da<br />

cida<strong>de</strong>, estando assinalados por legenda impressa na base os edifícios mais notáveis, a meio plano o rio<br />

Tejo com várias embarcações e no primeiro plano, junto à base, representações <strong>de</strong> costumes, e no verso a<br />

representaç<strong>ão</strong> do terramoto <strong>de</strong> 1755, vendo-se do lado esquerdo a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong>struída em último plano, várias<br />

embarcações a afundarem no segundo plano e em primeiro plano habitantes da cida<strong>de</strong> em agonia, e, do<br />

lado direito, uma ruína on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong>m ver várias figuras nobres. Rara. Com passepartout.<br />

374 ROTTIGNI (Q.). - [DONA MARIA II Rainha <strong>de</strong> Portugal e dos Algarves, &c., &c.]. -<br />

[1835]. - 350x280 mm.<br />

(Dic. Icon., II, p. 339). Bonita gravura em fundo rectangular, tendo à esquerda uma gran<strong>de</strong> cortina<br />

levantada <strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>ixar ver um trecho do Tejo e da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, corpo inteiro, vestido <strong>de</strong><br />

negro com uma gran<strong>de</strong> estola <strong>de</strong> franchas, apoiaindo a esquerda da mesa on<strong>de</strong> est<strong>ão</strong> coroa e ceptro. Na<br />

rectaguarda, um gran<strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ir<strong>ão</strong> com um M na espalda. Moldura da época, cortada à face da mancha,<br />

com perda dos títulos.<br />

375 S. SALVADOR: Baya <strong>de</strong> todos os Sanctos. - s.XVII. -<br />

- 88 -


Lote n.º 369 Lote n.º 372<br />

Lote n.º 373


Lote n.º 375<br />

Lote n.º 378


Bonita gravura <strong>de</strong> S. Salvador da Baía, representando a entrada da frota Holan<strong>de</strong>sa naquela regi<strong>ão</strong> e a<br />

respectiva batalha. Com moldura.<br />

376 SANSON (Nicolas). - LA GUINÉE et Pays circomvoisins; tires <strong>de</strong> Mercator <strong>de</strong> Blommart<br />

&c. / par N. Sanson. - c. 1700. - 305x170 mm.<br />

Bonito mapa gravado da Guiné, colorido à m<strong>ão</strong>. Título em “cartouche” na base.<br />

377 SEALE (R.W.). - A MAP of the Kingdoms of Spain and Portugal from the latest & best<br />

observations, for Mr. Tindal’s continuation of Mr. Rapin’s History. - s. XVIII. - 370x460<br />

mm.<br />

Bonito mapa colorido à m<strong>ão</strong>, do século XVIII, <strong>de</strong> Espanha e Portugal, tendo no canto inferior esquerdo<br />

uma escala <strong>de</strong> milhas e à direita “cartouche” com o título, encimado com bras<strong>ão</strong> <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> Espanha e<br />

no pé o <strong>de</strong> Portugal. Emoldurado.<br />

378 SHENK (P.). - NOVISSIMA et Accuratissima Regnorum Hispaniae et Portucalliae, Tabula<br />

/ auctore P. Shenk. - Amstelodami, s. XVIII. - 475x575 mm.<br />

Mapa dos Reinos <strong>de</strong> Portugal e Espanha com a <strong>de</strong>marcaç<strong>ão</strong> das várias regiões. Título em “cartouche” à<br />

direita <strong>de</strong>corado tendo na base a escala das milhas e à sua volta os vários brasões <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> cada uma<br />

das principais regiões. À esquerda, legenda com a divis<strong>ão</strong> e enumeraç<strong>ão</strong> das várias províncias espanholas e<br />

portuguesas <strong>de</strong>stacando as principais cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cada regi<strong>ão</strong>. Colorido à m<strong>ão</strong>. Com moldura. Raro.<br />

- FIM DE GRAVURAS -<br />

379 GRIFO: Antologia <strong>de</strong> Inéditos Organizada e Editada pelos Autores. - Águeda: ed. autor,<br />

1970. - 204, [4] pp.; 220 mm.<br />

Brochado; <strong>de</strong>dicatórias <strong>de</strong> Ernesto Sampaio, Virgílio Martinho, António José Forte, Ricarte-Dácio e<br />

Pedro Oom a Viriato Rocha. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta publicaç<strong>ão</strong> surrealista on<strong>de</strong> se publicam os seguintes<br />

originais: A Saque e a Sangue <strong>de</strong> António Barahona da Fonseca; Um Poema <strong>de</strong> António José Forte; Os<br />

Manequins Inquietantes <strong>de</strong> Eduardo Valente da Fonseca; Surrealismo - uma estrada sem fronteiras <strong>de</strong><br />

Ernesto Sampaio; Dois Desenhos <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> Rodrigues; Hans e a M<strong>ão</strong> Direita - Prolegómenos a uma história<br />

<strong>de</strong> animais <strong>de</strong> Manuel <strong>de</strong> Castro; Três Narrativas <strong>de</strong> Maria Helena Barreiro; Poema - O Homem Reduzido<br />

<strong>de</strong> Pedro Oom; Equações I e II <strong>de</strong> Ricarte-Dácio; e Filopópolus <strong>de</strong> Virgílio Martinho. A realizaç<strong>ão</strong> gráfica<br />

da obra é da responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Vitor Silva Tavares. Raro.<br />

380 GUIMARÃES (Alfredo). - MOBILIÁRIO do Paço Ducal <strong>de</strong> Vila Viçosa. - Lisboa: Livraria<br />

Sá da Costa - Editora, 1949. - 132 pp., 46 ff. <strong>de</strong> il.; 325 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; apenas ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. Catálogo que <strong>de</strong>screve em pormenor 98 peças <strong>de</strong> mobiliário existentes no Palácio <strong>de</strong> Vila<br />

Viçosa. Estimado.<br />

381 GUIMARÃES (Vieira). - O CLAUSTRO <strong>de</strong> D. Jo<strong>ão</strong> III em Thomar. - Gaia: Edições<br />

Pátria, 1931. - 120 pp.: il.; 255 mm. - (Estudos Nacionais).<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele, <strong>de</strong>corada com cercadura a ouro nas pastas e títulos, também a ouro , na<br />

lombada; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; <strong>de</strong>dicatória do autor. Estimado estudo sobre a arquitectura do<br />

Convento <strong>de</strong> Tomar. Invulgar.<br />

382 HARRISON (W.H.). - THE Tourist in Portugal / by [...], Illustrated from paintings by<br />

James Holland. - London: Robert Jennings, 1839. - portada gravada, XII-290-[2] pp., 17<br />

grav.: il.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial <strong>de</strong>corada com ferros a seco nas pastas e títulos a ouro na lombada; corte das folhas<br />

- 91 -


dourado. Estimado livro <strong>de</strong> viagens em Portugal <strong>de</strong>screvendo as mais importantes cida<strong>de</strong>s e vilas. Além das<br />

<strong>de</strong>zassete estampas em separado encontra-se uma que serve <strong>de</strong> portada. Todas as <strong>gravuras</strong> abertas a buril<br />

em chapa <strong>de</strong> cobre, representam vários monumentos e aspectos <strong>de</strong> várias cida<strong>de</strong>s do país, com <strong>de</strong>staque<br />

para o Porto com sete <strong>gravuras</strong>. Obra inserida na colecç<strong>ão</strong> Ladnscape Annual, que em cada ano tratava <strong>de</strong><br />

um país. Raro e estimado.<br />

383 HELDER (Herberto). - A COLHER na Boca. - Lisboa: Ática, 1961. - 130, [6], pp.; 200<br />

mm.<br />

DEDICATÓRIA do autor ao poeta José Manuel. Brochura. Livro que reune um conjunto <strong>de</strong> poemas,<br />

dos quais se po<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar a existência <strong>de</strong> nove bem <strong>de</strong>marcados, e alguns <strong>de</strong>les subdivididos em<br />

vários, e.g. «Ciclo», «O Poema», «Fonte», «Elegia Múltipla». Nesta obra, o «Prefácio» conce<strong>de</strong> naturalmente<br />

uma apresentaç<strong>ão</strong> da obra, mas, sendo ele mesmo um poema, possui a dupla funcionalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> texto<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e <strong>de</strong> referência metalinguística aos restantes. O texto que o suce<strong>de</strong>, « ‘Transforma-se o<br />

amador na coisa amada’ com seu», à guisa <strong>de</strong> introduç<strong>ão</strong>, expõe as relações amante/amada e <strong>de</strong>fine uma<br />

teoria sobre o amor. Nos restantes exploram-se temas distintos, mas sobressai por diversas vezes o do amor<br />

e a mulher. Já a associaç<strong>ão</strong> corpo-terra-poema, recorrente na poesia herbertiana, encontra-se esboçada em<br />

«O Poema», nas respectivas associações à carne, ao vegetal, ao temporal e ao antropomórfico. Em «Fonte»,<br />

sobressai o papel da mulher enquanto mãe. A obsess<strong>ão</strong> herbertiana com o retrato (fixaç<strong>ão</strong> temporal,<br />

presença/ausência) e sua associaç<strong>ão</strong> à morte é generalizada em «Elegia Múltipla». N<strong>ão</strong> será por <strong>de</strong> mais<br />

excessivo realçar a integraç<strong>ão</strong> nesta obra <strong>de</strong> «O Amor em Visita» (cuja redacç<strong>ão</strong> remonta a 1955), um<br />

poema <strong>de</strong> amor (da mulher) ricamente ornado com símbolos do Cântico dos Cânticos e on<strong>de</strong> se encontra<br />

igualmente presente o tema da morte. Uma das mais apreciadas obras do autor. Raro.<br />

384 HELDER (Herberto). - VOCAÇÃO Animal. - Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1971.<br />

- 76, [4] pp.; 180 mm. - (Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Poesia, 19)<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Apesar <strong>de</strong> Herberto Hél<strong>de</strong>r praticamente ter <strong>de</strong>ixado <strong>de</strong> escrever novos<br />

trabalhos poéticos em 1968, cada novo livro, mesmo <strong>de</strong> textos antigos, s<strong>ão</strong> uma constante reinvenç<strong>ão</strong>,<br />

tornando-os novos. Neste volume incluem-se fragmentos <strong>de</strong> «Apresentaç<strong>ão</strong> do Rosto» sob o título genérico<br />

<strong>de</strong> «Festas do Crime». “É evi<strong>de</strong>nte que estes textos n<strong>ão</strong> po<strong>de</strong>m ser lidos da mesma maneira, num e noutro<br />

contexto. Em «Apresentaç<strong>ão</strong> do Rosto» eles <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m do que os antece<strong>de</strong> e suce<strong>de</strong>, em «Vocaç<strong>ão</strong> Animal»<br />

est<strong>ão</strong> incluídos sob a <strong>de</strong>signaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> «Festas do Crime» e s<strong>ão</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes entre si” (A Vida e o Homem,<br />

Herberto, p. 203). O mesmo acontece com a Dedicatória que é a mesma que está na 2.ª ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Os<br />

Passos em Volta. “Concluindo, po<strong>de</strong>ríamos dizer que <strong>de</strong> todos os textos que compõem este livro, só alguns<br />

dos incluídos sob o título «Os Animais Carnívoros» s<strong>ão</strong> inéditos. Este é um caso típico <strong>de</strong> recuperaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong><br />

textos e da sua recriaç<strong>ão</strong> em novos contextos” (ibi<strong>de</strong>m). Raro.<br />

385 HENRI (Philippe, Comte <strong>de</strong> Grimoard). - ESSAI Théorique et Pratique sur les Batailles.<br />

- Paris: Desaint, Libraire, 1775. - XVI-208-[4] pp., 36 est.: il.; 260 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele <strong>de</strong> época; lombada um pouco cansada; mancha <strong>de</strong> humida<strong>de</strong> no primeiro<br />

ca<strong>de</strong>rno; ligeiro trabalho <strong>de</strong> traça nos últimos fólios nã afectando a leitura. Philippe Henri (1753-1815),<br />

soldado francês e escritor militar. Aos <strong>de</strong>zasseis anos entrou no exército e logo em 1775 publica este<br />

seu ensaio sobre estratégia militar. Pouco tempo <strong>de</strong>pois, Luís XVI colocou-o no seu próprio gabinete<br />

militar especialmente ligado à elaboraç<strong>ão</strong> da reforma militar. No início da Revoluç<strong>ão</strong> Francesa, já se tinha<br />

tornado num dos mais importantes conselheiros <strong>de</strong> Luís quer em aspectos políticos quer militares, tendo<br />

sido apontado como o Ministro da Guerra seguinte. Em 1791, foi-lhe confiada a preparaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma<br />

estratégia <strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa para França, mas os acontecimentos <strong>de</strong> 1792 puseram um fim na sua carreira militar,<br />

passando o resto da sua vida a escrever <strong>livros</strong> sobre aspectos militares. Profusamente ilustrado com <strong>gravuras</strong><br />

<strong>de</strong>sdobráveis representando várias batalhas famosas da História. Raro.<br />

386 HENRIQUEZ (Francisco da Fonseca). - ANCHORA MEDICINAL para Conservar a<br />

Vida com Sau<strong>de</strong> / escrita pelo Doutor [...]. - Lisboa Occi<strong>de</strong>ntal: Na Officina da Musica,<br />

1721. - 8.º, *-**, A-Z, Aa-Kk//8, Ll6; [32]-538-[2] pp.; 155 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> recente em pele marmoreada <strong>de</strong> cor natural; toscos restauros no fólio G4; folhas <strong>de</strong> texto com<br />

fortes manchas nas margens. [Inoc., II, 377] Francisco da Fonseca Henriques, natural <strong>de</strong> Miran<strong>de</strong>la nome<br />

por que também é conhecido, foi médico <strong>de</strong> D. Jo<strong>ão</strong> V, muito consi<strong>de</strong>rado pelos seus contemporâneos.<br />

Invulgar e estimado.<br />

- 92 -


Lote n.º 383 Lote n.º 385<br />

Lote n.º 394 Lote n.º 396


387 HERCULANO (Alexandre). - HISTÓRIA da Origem e Estabelecimento da Inquisiç<strong>ão</strong><br />

em Portugal / por [...]. - Nona ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>finitiva conforme as edições da vida do autor<br />

dirigida / por David Lopes. - Lisboa: Livraria Bertrand, s.d.. - 3 v.; 190 mm.<br />

Brochado. Consi<strong>de</strong>rada uma das melhores edições <strong>de</strong>sta História da Inquisiç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Herculano, da<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> David Lopes. Invulgar.<br />

388 HISTOIRE du Diable, traduite <strong>de</strong> l’Anglois. - A Amsterdam: Aux Dépens <strong>de</strong> la Compagnie,<br />

1730. - 12.º; 2 v. em 1.; 1.º v.: *//5, A-L//12, [10], 264 pp., 1 grav.; 2.º v.: *//2, A-M//12,<br />

N//7, [4], 302 pp.; 165 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele com lombada ligeiramente cansada; corte das folhas carminado; bom<br />

exemplar. Segunda ediç<strong>ão</strong> francesa <strong>de</strong>sta conhecida obra anónima sobre o Diabo. Ilustrado com uma<br />

gravura alegórica no primeiro volume.<br />

389 HISTORIA COMPLETA DAS INQUISIÇÕES <strong>de</strong> Italia, Hespanha, e Portugal. - 2.ª ed..<br />

- Lisboa: Na Typographia Maigrense, 1822. - X-294 pp., 8 est.: il.; 205 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; bom exemplar, muito limpo. Síntese histórica da Inquisiç<strong>ão</strong>,<br />

ilustrada com oito estampas impressas à parte ilustrando vários estádios <strong>de</strong> tortura e outros episódios.<br />

390 HISTÓRIA <strong>de</strong> Portugal. - Lisboa: Empresa Literária <strong>de</strong> Lisboa, 1876-1877. - 6 v. em 2: il.;<br />

260 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas carminado; conserva todas as<br />

capas <strong>de</strong> brochura. Popular história <strong>de</strong> Portugal escrita por António Ennes, Bernardino Pinheiro, Eduardo<br />

Vidal, Gervasio Lobato, Luciano Cor<strong>de</strong>iro e Pinheiro Chagas. Todos os volumes com várias estampas<br />

impressas à parte da autoria <strong>de</strong> Manuel <strong>de</strong> Macedo. Invulgar.<br />

391 ILLUSTRAÇÃO Transmontana: archivo pittoresco, litterario e scientifico das terras<br />

transmontanas. - 1.º anno, 1908 - 3.º anno, 1910. - Porto: Empresa da Ilustraç<strong>ão</strong><br />

Transmontana, 1908-1910. - 3 v. em 1.: il.; 320 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial inteira <strong>de</strong> percalina, <strong>de</strong>corada a ouro e com o símbolo da revista em relevo na<br />

pasta anterior. Publicaç<strong>ão</strong> periódica muito rara <strong>de</strong>dicada à regi<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes, dirigida por Joaquim<br />

Leit<strong>ão</strong>, com variadíssimos artigos sobre história, etnografia e personalida<strong>de</strong>s transmontanas, profusamente<br />

ilustrada no texto com foto<strong>gravuras</strong>. De esmerado apuro gráfico, a revista é impressa em papel couché <strong>de</strong><br />

muito boa qualida<strong>de</strong>. Colecç<strong>ão</strong> completa.<br />

392 INCHBOLD (A. C.). - LISBON & Cintra / Illustrated by Stanley Inchbold. - London:<br />

Chatto & Windus, 1908. - xii, 248 pp., 30 est.: il.; 240 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em percalina, <strong>de</strong>corada a ouro na lombada e pastas, ligeiramente cansada no pé;<br />

dourado por folhas à cabeça. Livro <strong>de</strong> viagens que <strong>de</strong>dica gran<strong>de</strong> parte da sua <strong>de</strong>scriç<strong>ão</strong> a Lisboa e Sintra,<br />

mas que n<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ixa esquecidas outras belas cida<strong>de</strong>s portuguesas como Évora, Santarem, Coimbra, Porto e<br />

Braga. Referência abundante a vários ex-libris olissiponenses e sintrenses. Várias incursões sobre o legado<br />

e personalida<strong>de</strong>s históricas <strong>de</strong> Portugal. Bonitas ilustrações a cores.<br />

393 INSO (Jaime do). - VISÕES da China. - Lisboa: ed. autor, 1933. - 412, 6 pp.; 190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em percalina; sem capas; ligeiramente aparado. Escrito como continuaç<strong>ão</strong><br />

<strong>de</strong> um outro título do autor, procura-se “<strong>de</strong>senhar o ambiente t<strong>ão</strong> típico e único da nossa vida colonial,<br />

como é o <strong>de</strong> Macau”.<br />

394 JACKSON (Catarina Carlota). - A FORMOSA LUSITANIA / por [...]; Vers<strong>ão</strong> do Inglez,<br />

Prefaciada e Annotada por Camillo Castelo Branco. - Porto: Livraria Portuense, 1877. -<br />

448-[2] pp., 20 est.: il.; 250 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em percalina azul. [Camiliana, 613] Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste estimado livro n<strong>ão</strong> só<br />

- 94 -


Lote n.º 401 Lote n.º 403<br />

Lote n.º 405


pelo texto propriamente dito, mas também pelas preciosas notas <strong>de</strong> Camilo, numa primorosa ediç<strong>ão</strong><br />

ilustrada à parte. Estimado e raro.<br />

395 JOAQUIM (António). - RAPSODIA Camiliana / com um prefácio <strong>de</strong> José Pereira <strong>de</strong><br />

Sampaio (Bruno). - Porto: Livraria <strong>de</strong> Alfredo Brabosa <strong>de</strong> Pinho Lousada, s.d. - XVI, 200<br />

pp.; 180 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em percalina com títulos a ouro na pasta anterior. Colectânea <strong>de</strong> escritos <strong>de</strong><br />

Camilo <strong>de</strong> artigos, epistolografia, romances e outros escritos, divididos por temáticas. Curioso.<br />

396 JOSEPH (Flavius). - HISTOIRE DES JUIFS Ecrite par Flavius Joseph sous le titre <strong>de</strong><br />

Antiquitez Judaiques / Traduite sur l’Original Grec reveu sur divers Manuscrits par Mons.<br />

Arnauld d’Andilly. - A Paris: Chez Pierre le Petit, 1667. - 4.º; ã//6, A-Z, Aa-Zz, AAa-ZZz,<br />

AAaa-ZZzz, AAAaa-HHHhh//4, HHHhh-OOOoo//2; [16], 772, [54] pp., 1 grav.: il.; 370<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeira aci<strong>de</strong>z. Bonita ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste clássico, ilustrada com vinhetas<br />

gravadas a talhe doce. Flávio Josefo, historiador ju<strong>de</strong>u do século I, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muito jovem se notabilizou como<br />

fariseu. Em 64, seguiu numa embaixada para Roma, a fim <strong>de</strong> obter a graça <strong>de</strong> uns sacerdoes con<strong>de</strong>nados<br />

pelo pro-cônsul Félix, no que foi bem sucedido. Organizou na Galileia a resistência aos Romanos invasores,<br />

e foi capturado na fortaleza <strong>de</strong> Jotapata em 67. Prisioneiro <strong>de</strong> Vespasiano, vaticinou-lhe o império, o que<br />

veio a granjear-lhe a liberda<strong>de</strong> e o favor do novo monarca e <strong>de</strong> seu filho Tito, dos quais tomou o apelido<br />

<strong>de</strong> Flávio. A partir <strong>de</strong> ent<strong>ão</strong> foi muito <strong>de</strong>dicado aos dois e à causa romana. Esta sua obra, que conheceu<br />

várias edições ao longo dos tempos, é tida como uma das principais fontes para o conhecimento da religi<strong>ão</strong><br />

Judaica no tempo <strong>de</strong> Jesus Cristo. Muito raro.<br />

397 JÚDICE (Nuno). - AS INUMERÁVEIS Águas. - Lisboa: Assírio e Alvim, 1974. - 48, [8]<br />

pp.; 205 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Uma das primeiras obras <strong>de</strong>ste aclamado poeta português. Raro.<br />

398 JUNIOR (A. <strong>de</strong> Assis). - DICIONARIO Kimbundu-Português: Linguístico, Botânico,<br />

Histórico e Corográfico, seguido <strong>de</strong> um índice alfabético dos nomes próprios. - Luanda:<br />

Argente, Santos & C.ª, s.d. - 384 pp.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial, ligeiramente cansada na lombada. Curioso e raro dicionário <strong>de</strong> Kimbundu, língua<br />

angolana “imensamente vasta e variada nas suas expressões e em que se fun<strong>de</strong>m os diversos dialectos<br />

conhecidos” (da Raz<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Ser).<br />

399 JUNQUEIRO (Guerra). - A MUSA em Ferias (Idilios e Satiras). - Lisboa: Typographia das<br />

Horas Romanticas, 1879. - 228, [4] pp.; 185 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada lisa em pele; ligeiramente aparado; assinatura <strong>de</strong> posse no ante-rosto; ligeira<br />

aci<strong>de</strong>z. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Em «A Musa em Férias», que contém alguns poemas publicados n’A Folha,<br />

transparece a influência <strong>de</strong> Vitor Hugo na obra <strong>de</strong>ste autor. Raro.<br />

400 JUNQUEIRO (Guerra). - A VELHICE do padre Eterno. - Porto: Alvarim Pimenta e<br />

Joaquim Antunes Leit<strong>ão</strong>, 1885. - 212-[4] pp.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; corte superior das folhas carminado; carimbos a óleo <strong>de</strong> posse no<br />

ante-rosto, frontispício e folha <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicatória; ligeiras manchas <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>z. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma das mais<br />

importantes obras poéticas <strong>de</strong> Guerra Junqueiro. Raro.<br />

401 JUROMENHA (Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong>). - CINTRA Pinturesca, ou Memoria Descriptiva da Villa<br />

<strong>de</strong> Cintra, Collares, e seus Arredores. - Lisboa: Typographia da Socieda<strong>de</strong> Propagadora<br />

dos Conhecimentos Uteis, 1838. - 232 pp.; 240 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; aci<strong>de</strong>z. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Uma das<br />

mais estimadas monografias sobre a Vila <strong>de</strong> Sintra publicadas no século XIX. Além das notícias históricas,<br />

- 96 -


Lote n.º 406


compõe-se <strong>de</strong> inúmeras notas etnográficas, registos <strong>de</strong> populaç<strong>ão</strong>, tradições, cancioneiros, etc. Raro e<br />

estimado.<br />

402 KIM (Tomaz). - DIA da Promiss<strong>ão</strong>. - Lisboa: ed. autor, 1945. - 38, [10] pp.; 215 mm.<br />

Brochado; <strong>de</strong>dicatória do autor. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

403 KINSEY (W.M.). - PORTUGAL ILLUSTRATED; in a Series of Letters / by The Rev. [...].<br />

- London: Treutte, Wurtz and Richter, 1828. - front., XXXVIII-[2]-564 pp., 35 est.: il.; 280<br />

mm.<br />

Bonita enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> época, inglesa, com lombada e cantos em pele; corte das folhas dourado. [Duarte<br />

Sousa, II, 386; Portugal e os Estrangeiros, I, 422] “É uma das obras mais notáveis escritas por estrangeiros<br />

relativamente a Portugal”. É assim que Bernar<strong>de</strong>s Branco qualifica esta obra do Rev. Kinsey, padre<br />

protestante, “fellow” do Trinity College da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Oxford, ilustrada com cerca <strong>de</strong> 50 <strong>gravuras</strong><br />

contando as estampas e as vinhetas que encerram cada uma das cartas. Raro e muito estimado.<br />

404 KNEIPP (S.). - ULTIMA Palavra sobre o meu tratamento pela água: conselhos às pessoas<br />

doentes e às que tem saú<strong>de</strong>. Traducç<strong>ão</strong> cuidadosamente feita sobre a última ediç<strong>ão</strong> do<br />

Meu Testamento, revista pelo autor / por J. A. Bentes. - Lisboa: Tavares Cardoso & Irm<strong>ão</strong>,<br />

1897. - 384 pp.: il.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele da época. Curiosa e interessante obra em que se testemunha os efeitos<br />

medicinais das águas termais. Ilustrado no texto com várias <strong>gravuras</strong> representando técnicas e formas <strong>de</strong><br />

tratamento. Raro.<br />

405 KORRODI (Ernesto). - ESTUDOS DE RECONSTRUCÇÃO SOBRE O CASTELO<br />

DE LEIRIA: Reconstituiç<strong>ão</strong> Graphica <strong>de</strong> um notavel exemplo <strong>de</strong> construcç<strong>ão</strong> civil e<br />

militar portugueza [...]. - Zurich: Instituto Polypgraphico, 1898. - [1]-XXXV ff.: il.; 480<br />

mm.<br />

Caixa editorial ilustrada. Bom exemplar. Extraordinário estudo para a completa reconstruç<strong>ão</strong> do, ent<strong>ão</strong>,<br />

castelo <strong>de</strong> Leiria em ruínas, profusamente ilustrado com <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> projectos, alçados, pormenores, etc.<br />

Ediç<strong>ão</strong> restrita a 325 exemplares. Muito raro e procurado.<br />

406 L’EVÊQUE (Henry). - COSTUME of Portugal. - [London]: [Colnaghi and Edmund<br />

Lloyd], [1812-1814]. - [53] ff., 50 grav.: il.; 325 mm.<br />

Soberba enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> marroquim ver<strong>de</strong>, ricamente <strong>de</strong>corada a ouro com cercadura nas pastas,<br />

casas fechadas na lombada e rodas nas seixas, em caixa própria; corte das folhas dourado; todas as <strong>gravuras</strong><br />

em bom estado <strong>de</strong> conservaç<strong>ão</strong>. Como em quase todos os exemplares, com falta da folha <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicatória e<br />

índice das <strong>gravuras</strong>. Obra consi<strong>de</strong>rada por muitos como o mais belo livro <strong>de</strong> costumes portugueses alguma<br />

vez publicado, composto por 50 <strong>gravuras</strong> e 53 ff. <strong>de</strong> texto em inglês e francês explicativos <strong>de</strong> cada uma<br />

das lindíssimas águas-tinta representando vários costumes portugueses. O Prof. Martim <strong>de</strong> Albuquerque,<br />

na sua introduç<strong>ão</strong> à ediç<strong>ão</strong> fac-similada, diz: “Nas páginas que o leitor vai percorrer fixou-se, pelo texto<br />

e pela imagem, uma socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>saparecida, nos seus hábitos, nos seus tipos, no seu pitoresco. Tempo<br />

que foi. Gente que passou. De todo o país: <strong>de</strong> Lisboa, como da zona saloia circundante; <strong>de</strong> Coimbra; do<br />

Alentejo; <strong>de</strong> Ovar; das Caldas... Profissões e manifestações da vida que já n<strong>ão</strong> existem ou que vagamente<br />

encontramos”. Muito raro. Duarte Sousa, 422; Henrique Botelho, 960; Importante Biblioteca Particular,<br />

V, 417.<br />

407 LAGOA (Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong>). - FERNÃO <strong>de</strong> Magalhãis (a sua Vida e a sua Viagem) com um<br />

estudo náutico do roteiro, / pelo Almirante J. Freitas Ribeiro; Prefácio do Dr. António<br />

Bai<strong>ão</strong>. - Lisboa: Seara Nova, 1938. - 2 v.: il.; 260 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações inteiras <strong>de</strong> percalina; ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Uma<br />

das mais estimadas biografias <strong>de</strong> Fern<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Magalhães com um estudo muito aprofundado sobre a sua<br />

viagem. Profusamente ilustrado no texto. Raro.<br />

- 98 -


408 LANCASTER (Joseph). - SYSTEMA Britanico <strong>de</strong> Educaç<strong>ão</strong>: sendo hum completo tratado<br />

<strong>de</strong> melhoramentos e invenções praticadas / por [...], traduzido do original Inglez por<br />

Guilherme Skinner [...]. - Porto: Na Typ. <strong>de</strong> Viuva Alvarez Ribeiro & Filhos, 1823. - 84<br />

pp., 5 grav.: il.; 205 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; exemplar muito limpo. Curiosíssimo tratado sobre um sistema <strong>de</strong><br />

ensino para os primeiros anos <strong>de</strong> escolarida<strong>de</strong>. Joseph Lancaster (1778-1838) <strong>de</strong>senvolveu um sistema <strong>de</strong><br />

educaç<strong>ão</strong> em massa conhecido como o Método Lancaster que consistia, basicamente, no ensino <strong>de</strong> outras<br />

crianças por parte <strong>de</strong> alunos mais evoluídos no ensino, com a monitorizaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um adulto. No século<br />

XIX, o sistema foi largamente usado para dar os mais básicos ensinamentos às crianças pobres da Europa<br />

e América. A carreira <strong>de</strong> professor <strong>de</strong> Joseph Lancaster começou em 1789 quando pediu permiss<strong>ão</strong> ao Pai<br />

para ensinar, em casa, algumas crianças pobres a ler. Centenas <strong>de</strong> crianças apareceram e como Lancaster<br />

n<strong>ão</strong> tinha capacida<strong>de</strong> para contratar mais professores, lembrou-se <strong>de</strong> colocar os alunos que sabiam um<br />

pouco mais a ensinar os restantes. No sistema Lancaster, po<strong>de</strong>riam apren<strong>de</strong>r ao mesmo tempo entre 200 a<br />

1000 alunos, sentados em filas <strong>de</strong> 10. O professor ensinava os melhores alunos que, por sua vez, passavam<br />

os ensinamentos para as crianças da fila que lhe correspondia. Fundou várias escolas, chegando a ensinar<br />

um total <strong>de</strong> 30 000 alunos em 95 escolas. Raro.<br />

409 LAPA (Jo<strong>ão</strong> Inácio Ferreira). - MEMÓRIA sobre o Estudo Industrial e Chimico dos<br />

Trigos Portuguezes reduzidos a vinte e nove typos vulgares. - Lisboa: Typographia da<br />

Aca<strong>de</strong>mia Real das Sciencias, 1865. - [4], 162 pp.: il.; 290 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Estudo científico aprofundado sobre<br />

as varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> trigo produzido em Portugal, <strong>de</strong> interesse para a história da agricultura e da indústria da<br />

panificaç<strong>ão</strong> em Portugal. Raro.<br />

410 LEAL (Gomes). - A MULHER <strong>de</strong> Luto: Processo Ruidoso e Singular. - Lisboa: Livraria<br />

Central <strong>de</strong> Gomes <strong>de</strong> Carvalho, 1902. - 202-[6] pp.; 180 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado; corte superior das folhas carminado;<br />

carimbo a óleo <strong>de</strong> posse no ante-rosto; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

411 LEAL (Gomes). - O ANTI-CHRISTO: primeira parte Christo é o mal. - Lisboa: Typographia<br />

Elzeviriana, 1884. - 372 pp.; 185 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em percalina; ligeiramente aparado; com falta das capas <strong>de</strong> brochura.<br />

Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma das mais importantes obras <strong>de</strong> Gomes Leal. Raro.<br />

412 LEAL (Gomes). - O ESTRANGEIRO Vampiro: Carta a El-Rei D. Carlos I. - Lisboa:<br />

Empresa Litteraria Lisbonense Libanio & Cunha, 1897. - 62 pp.; 230 mm.<br />

Dedicatória do autor. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; ligeiramente aparado. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta obra<br />

on<strong>de</strong> Gomes Leal procura traçar um retrato político e social do país, dirigindo o seu poema a D. Carlos -<br />

“n’estas palavras, abrem-se os olhos a El-Rei, sobre uns homens que o cercam e aconselham, aves <strong>de</strong> mau<br />

agouro e pilhagem!...” (Antes <strong>de</strong> Começar). Raro.<br />

413 LEÃO (António da Costa). - PROBLEMA Bibliográfico Camilo e os Miguelistas. - Lisboa:<br />

Portugalia, s.d. - 68 pp.; 195 mm.<br />

Brochado. Estudo sobre se uma obra <strong>de</strong> Camilo chamada “Poesias” teria ou n<strong>ão</strong> sido publicada. Importante<br />

contributo para o estudo da bibliografia camiliana.<br />

414 LEÃO (Duarte Nunes <strong>de</strong>). - LEIS EXTRAVAGANTES COLLEGIDAS E RELATADAS<br />

/ Pelo Licenciado Dvarte Nvnes do Liam per Mandado do muito alto & muito po<strong>de</strong>roso<br />

Rei Dom Sebastiam. Nosso Senhor. - Em Lisboa: per Antonio Gonçaluez, 1569. - 8.º;<br />

//4, A-K//8, L//10, M-N//8, O//4, P-Y//8, Z//4, Aa-Bb//8, Cc//4, Dd-Ee//8, Ff//4,<br />

, , AA//8; [4]-218-[16]-8 ff.; 285 mm.<br />

Bom exemplar, enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele n<strong>ão</strong> contemporânea; corte das folhas carminado; restauro<br />

no fólio AA3. Importante repositório <strong>de</strong> Leis por Duarte Nunes <strong>de</strong> Le<strong>ão</strong>, importante homem do Direito<br />

- 99 -


Civil do século XVI, Desembargador da Casa da Suplicaç<strong>ão</strong>, natural <strong>de</strong> Évora. Deixou vários escritos,<br />

alguns <strong>de</strong>les publicados em vida, sobre variadíssimas matérias, incluindo um conjunto <strong>de</strong> Crónicas dos<br />

Reis <strong>de</strong> Portugal. A ediç<strong>ão</strong>, da responsabilida<strong>de</strong> do gran<strong>de</strong> impressor António Gonçalves, está impresso a<br />

uma coluna em caracteres romanos, com belas capitulares ilustradas no início <strong>de</strong> cada parte. Muito Raro.<br />

[Inoc., II, p. 210; Ameal, 1650; Samodães, 2243]<br />

415 LEBRE (José da Fonseca). - LOCUÇÕES e Modos <strong>de</strong> Dizer usados na Província da Beira<br />

Alta. - Lisboa: Livraria Clássica Editora, 1924. - VIII, 226 pp.; 225 mm.<br />

Brochado. Muito curioso estudo, apresentado em forma <strong>de</strong> diálogo, on<strong>de</strong> o autor, a propósito <strong>de</strong> conversas<br />

banais, vai indicando as locuções e modos <strong>de</strong> falar da Beira Alta.<br />

416 LEGIÃO (A) Portuguesa: Express<strong>ão</strong> da Consciência Moral da Naç<strong>ão</strong>. - Póvoa do Varzim:<br />

s.n., 1966. - 232 pp.: il.; 300 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em percalina impressa a cores. Álbum comemorativo dos 30 anos <strong>de</strong> existência da<br />

Legi<strong>ão</strong> Portuguesa. Profusamente ilustrado no texto.<br />

417 LEIRIA (Mário Henrique). - IMAGEM Devolvida: poema-mito / autor: Mário Henrique<br />

Leiria; Ilustrações Cruzeiro Seixas; Nota: Mário Cesariny <strong>de</strong> Vasconcelos. - Lisboa: Plátano<br />

Editora, 1974. - 24 pp.: il.; 100x290 mm. - (Colecç<strong>ão</strong> Imagens, 2)<br />

Brochado; belo exemplar. Número 37 da tiragem <strong>de</strong> 100 assinada por Mário Henrique Leiria, Cesariny e<br />

Cruzeiro Seixas. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma das figuras mais emblemáticas do surrealismo português e que<br />

<strong>de</strong>ixou publicados apenas quatro <strong>livros</strong>, todos datados da década <strong>de</strong> 70, <strong>de</strong>ixando o resto da obra dispersa<br />

por revistas, jornais ou ainda mesmo por editar. “A sua obra literária é, quase na totalida<strong>de</strong>, formada por<br />

poemas e pequenos textos que narram casos insólitos, com um estilo bastante sui generis” (Surrealismo<br />

em Portugal, p. 230). Muito raro.<br />

418 LEITÃO (Joaquim). - A ENTREVISTA: colecç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> vinte entrevistas celebres. - Porto: ed.<br />

autor, 1915. - 318, IV pp., 21 est.: il.; 245 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; apenas ligeiramente aparado à cabeça.<br />

Publicaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> entrevistas a várias personalida<strong>de</strong>s da cultura e política portuguesas e<br />

estrangeiras realizadas por Joaquim Leit<strong>ão</strong>, entre as quais se encontram nomes como Fialho <strong>de</strong> Almeida,<br />

Azevedo Coutinho, Ayres <strong>de</strong> Ornelas, etc. Raro.<br />

419 LEITE (Arnaldo). - O PORTO 1900: Crónicas. - Porto: Livraria Figueirinhas, 1952. - 272<br />

pp.: il.; 210 mm.<br />

Brochado. Muito curiosa compilaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> crónicas publicadas originalmente em O Tripeiro, sobre a vida<br />

e costumes do Porto. Com artigos sobre os tipos <strong>de</strong> rua, restaurantes, culinária, ópera, teatro, tabernas,<br />

tripas, chapéus, etc. Profusamente ilustrado com <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> Manuel Monterroso. Invulgar.<br />

420 LEMOS (Maximiliano). - CAMILO Estudante in ARQUIVOS <strong>de</strong> História da Medicina<br />

Portuguesa. - N.1, Nova Série, XIII ano, 10 <strong>de</strong> Feveireiro <strong>de</strong> 1922 - n.º 4, Nova Série, XIII<br />

Ano, 10 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1922. - Porto: s.n., 1922. - 4 n.ºs em 1 v.; 250 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva todas as capas <strong>de</strong> brochura. É a colecç<strong>ão</strong> completa<br />

do artigo <strong>de</strong> Maximiliano Lemos <strong>de</strong>dicado ao estudo da presença <strong>de</strong> Camilo na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra<br />

e publicado ao longo <strong>de</strong>stes 4 números do periódico Arquivos da História da Medicina Portuguesa.<br />

Raro.<br />

421 LEY & Pregmatica porque V. Magesta<strong>de</strong> ha por bem <strong>de</strong>clarar as mais Pregmaticas, que<br />

antece<strong>de</strong>ntemente se tem passado sobre a prohibiç<strong>ão</strong> das télas, & outras quaesquer sedas<br />

tecidas cõ ouro, ou prata, & fitas da mesma sorte; guarniçoens dos vestidos, & fórma em<br />

que estes se <strong>de</strong>vem fazer; & os luttos, & funeraes; & que se n<strong>ão</strong> possa andar em bestas<br />

muares <strong>de</strong> sella, nem em fege; nem seges <strong>de</strong>scubertos, nem em coches <strong>de</strong> seis bestas, tudo<br />

- 100 -


Lote n.º 414<br />

Lote n.º 417


Lote n.º 429 Lote n.º 435<br />

Lote n.º 437 Lote n.º 439


pela maneira que nesta Ley se <strong>de</strong>clara. - Lisboa: Por Miguel Deslan<strong>de</strong>s, 1697. - 6.º; *//6; [6]<br />

ff.: il.; 300 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> em pergaminho n<strong>ão</strong> contemporânea, <strong>de</strong>corada com os títulos e filete a ouro na pasta<br />

anterior; restauros nos fólios finais; gravura em bom estado <strong>de</strong> conservaç<strong>ão</strong>, sem <strong>de</strong>feitos a assinalar. Lei<br />

com que D. Pedro II congregou todas as leis existentes em Portugal sobre o uso <strong>de</strong> vestidos, adornos a<br />

ouro e prata, assim como do uso <strong>de</strong> carruagens e cavalos para transporte <strong>de</strong> pessoas. Ilustrado com um<br />

retrato <strong>de</strong> D. Pedro II <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> Clemente Billingue. Ernesto Soares (História da Gravura Artística, I,<br />

p. 127) diz-nos que n<strong>ão</strong> existem gran<strong>de</strong>s informações biográficas disponíveis sobre este gravador. Afirma<br />

que “Billingue é um artista operoso, correcto por vezes nos <strong>de</strong>lineamentos...”, mas n<strong>ão</strong> refere o retrato <strong>de</strong><br />

D. Pedro que consta da presente obra. Raro.<br />

422 LIMA (Costa). - DICCIONARIO <strong>de</strong> Rimas para uso <strong>de</strong> Portuguezes e Brazileiros segundo<br />

o plano do Sr. Castilho / por [...]. - Lisboa: Livraria Editora <strong>de</strong> Avelino Tavares Cardoso,<br />

1893. - 332 pp.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; ligeiramente aparado.<br />

Interessante dicionário <strong>de</strong> rimas, acompanhado <strong>de</strong> um pequeno tratado <strong>de</strong> metrificaç<strong>ão</strong>. Invulgar.<br />

423 LIMA (Henrique <strong>de</strong> Campos Ferreira). - JOAQUIM Machado <strong>de</strong> Castro, Escultor<br />

Conimbricense: Notícia Biográfica e Compilaç<strong>ão</strong> dos seus Escritos Dispersos. - Coimbra:<br />

Imprensa da Universida<strong>de</strong>, 1925. - XXXVIII, [2], 410, pp., 15 est.: il.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em chagrin; conserva capas <strong>de</strong> brochura; corte superior das folhas<br />

carminado. Ampla reuni<strong>ão</strong> <strong>de</strong> vários textos poéticos e em prosa, que incluêm opúsculos, cartas e outros,<br />

precedido <strong>de</strong> nota biográfica <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> Henrique Lima.<br />

424 LIMA (Oliveira). - DOM JOÃO VI no Brazil (1808-1821). - Rio <strong>de</strong> Janeiro: Typ. do Jornal<br />

do Commercio, 1908. - 2 v.: il.; 225 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações com lombada em pele; ligeiramente aparado e sem capas. Obra <strong>de</strong> “interpretaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma<br />

época, <strong>de</strong> um reinado e <strong>de</strong> um homem à luz <strong>de</strong> documentos e testemunhos”. Muito interessante estudo<br />

para a história <strong>de</strong> Portugal. Ilustrado com estampas em separado. Raro.<br />

425 LINK (Henry Fre<strong>de</strong>rick). - TRAVELS in Portugal and through France and Spain: with a<br />

Dissertation on the Literature of Portugal, and the Spanish and Portugueze Languages /<br />

translated from the german by John Hinckley, with notes by the translator. - London: T.<br />

N. Longman and O. Rees., 1801. - viii, 504 pp.; 215 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele ao gosto da época; ligeiramente aparado; bom exemplar. Obra <strong>de</strong> um famoso<br />

naturalista alem<strong>ão</strong>, nascido a 2 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1769 e formado em ciências naturais pelas universida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> Rostock e Breslau, foi titular da ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> botânica na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Berlim e director do Jardim<br />

das Plantas (Bernar<strong>de</strong>s Branco, I, 445). Como indica o próprio título o autor realizou um trajecto por<br />

França e Espanha, e realizou um périplo por Portugal, sendo este último o objectivo principal da viagem.<br />

Contém inúmeras observações interessantes e curiosas sobre o nosso país. A entrada por Elvas motivou<br />

vários juízos favoráveis do autor por comparaç<strong>ão</strong> com os habitantes espanhois, referindo-se, em especial, à<br />

indumentária, à disposiç<strong>ão</strong> geral e à simpatia (pp. 130-131). De <strong>de</strong>stacar ainda o primeiro impacto que lhe<br />

causou a entrada em Lisboa (também realçada por Bernar<strong>de</strong>s Branco, I, 447.) Interessantes observações<br />

sobre Coimbra, Porto e Douro vinhateiro. Amplas exposições sobre a regi<strong>ão</strong> algarvia.<br />

426 LINO (Raul). - OS PAÇOS Reais da Vila <strong>de</strong> Sintra. - Lisboa: Valentim <strong>de</strong> Carvalho, 1948.<br />

- 136-[8] pp., 15 est.: il.; 225 mm.<br />

Brochado Estudo histórico-artístico dos Palácios Reais da Vila <strong>de</strong> Sintra, organizado pelo ilustre arquitecto<br />

Raul Lino. Ilustrado no texto com <strong>de</strong>senhos do autor e em separado com foto<strong>gravuras</strong> impressas em papel<br />

couché. Estimado.<br />

427 LIPPE (Con<strong>de</strong> Reinante <strong>de</strong> Schaumbourg). - REGULAMENTO para o Exercicio, e<br />

Disciplina dos Regimentos <strong>de</strong> Cavallaria dos Exercitos <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Fi<strong>de</strong>lissima. -<br />

- 103 -


Lisboa: Na Regia Officina Typographica, 1789. - 8.º; [ ]//2, A-O//8, P//6; [4], 236 pp., 1<br />

grav.: il.. - Junto com:<br />

----- INSTRUCÇOENS Geraes relativas a varias partes essenciaes do serviço diario para o<br />

Exercito <strong>de</strong> S. Magesta<strong>de</strong> Difelissima [...]. - Lisboa: Na Offic. <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> Antonio da Silva,<br />

1791. - 8.º; A-C//8, D//4, 54, [2 br.] pp. - Junto com:<br />

----- MEMORIA sobre os exercicios <strong>de</strong> meditaç<strong>ão</strong> militar para se remeter aos senhores<br />

Generaes, e Governadores <strong>de</strong> Provincias, a fim <strong>de</strong> se distribuir aos Senhores Chefes dos<br />

Regimentos dos Exercitos <strong>de</strong> S. Magesta<strong>de</strong> [...]. - Lisboa: Na Offic. <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> António da<br />

Silva, 1791. - 8.º; a-b//8, 32 pp.; 175 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; algumas anotações da época marginais; ligeiramente<br />

aparado. O Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lippe, <strong>de</strong> seu nome Fre<strong>de</strong>rico Guilherme Ernesto, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> muitos sucessos ao<br />

serviço <strong>de</strong> vários exércitos, foi enviado pelo governo inglês para Portugal em 1762. Logo vendo a <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m,<br />

falta <strong>de</strong> método e <strong>de</strong> instruç<strong>ão</strong>. Suspensa a guerra e tratada a paz com Espanha, o Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lippe tratou<br />

<strong>de</strong> pôr o exército que lhe estava confiado em condições <strong>de</strong> sustentar uma campanha. Para isso alterou a<br />

orgânica, o sistema <strong>de</strong> recrutamento, etc. S<strong>ão</strong> estas edições <strong>de</strong>ssas tentativas <strong>de</strong> reorganizaç<strong>ão</strong> do exército<br />

português empreendidas pelo Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lippe. A gravura que ilustra o primeiro título é um esquema <strong>de</strong><br />

acampamento para um regimento <strong>de</strong> Cavalria. Raro conjunto.<br />

428 LISBOA (António Maria). - A VERTICALIDADE E A CHAVE. - Lisboa: Contraponto,<br />

1956. - [8] pp.; 250 mm.<br />

Brochado; marca das dobragens; cruzes a tinta em todos os poemas. [O Surrealismo em Portugal, pp.<br />

222-223] Obra publicada postumamente que estava <strong>de</strong>stinada a servir como prefácio à traduç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Mário<br />

Cesariny <strong>de</strong> Une Saison en Enfer <strong>de</strong> Rimbaud. Segundo Maria <strong>de</strong> Fátima Marinho, António Maria Lisboa<br />

rejeitou-o por consi<strong>de</strong>rar “pobre”, como “<strong>de</strong>spropositado” e “sem sentido” [Carta para Luís Pacheco cit. <strong>de</strong><br />

O Surrealismo em Portugal]. Raro.<br />

429 LISBOA (António Maria). - ISSO ONTEM ÚNICO. - Lisboa: Contraponto, 1953. - 36<br />

pp.; 230 mm.<br />

Brochado; exemplar por abrir. [O Surrealismo em Portugal, p. 218] Primeira ediç<strong>ão</strong> do último livro<br />

publicado em vida do jovem poeta que morre em Lisboa nesse mesmo ano (11 <strong>de</strong> Novembro). Constituído<br />

na sua maior parte <strong>de</strong> textos em prosa, mas também <strong>de</strong> poesias, faz nele apelo aos fenómenos esotéricos e<br />

ocultistas que “foram sempre do agrado do grupo surrealista”. Raro.<br />

430 LISBOA (José da Silva). - PRINCIPIOS <strong>de</strong> Direito Mercantil, e Leis da Marinha para uso<br />

da mocida<strong>de</strong> portugueza, <strong>de</strong>stinada ao commercio, . - Lisboa: Na Impress<strong>ão</strong> Régia, 1801-<br />

1815. - 7 tomos em 2 v.; 285 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações inteiras <strong>de</strong> carneira da época um pouco cansadas; corte das folhas carminado; exemplar<br />

limpo. Nascido a 16 <strong>de</strong> Julho <strong>de</strong> 1756, na cida<strong>de</strong> da Baía, José da Silva Lisboa teve uma formaç<strong>ão</strong> e educaç<strong>ão</strong><br />

bastante ecléctica na Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra. Foi nomeado Professor <strong>de</strong> Filosofia racional e moral para<br />

a cida<strong>de</strong> da Baía, on<strong>de</strong> exerceu o seu magistério durante vinte anos. Contudo, foi só em Portugal (1801-<br />

1807?) que compôs as primeiras obras <strong>de</strong> direito mercantil e <strong>de</strong> economia política. Depois <strong>de</strong> retornar ao<br />

Brazil, acompanhando o Príncipe Regente, foi nomeado Professor <strong>de</strong> economia política e <strong>de</strong>putado do<br />

tribunal da Junta do Comércio, Agricultura e Fábricas. Apologista caloroso da in<strong>de</strong>pendência do Império,<br />

<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 1822 foi eleito Deputado à Assembleia Constituinte. Manteve sempre uma intensa intervenç<strong>ão</strong><br />

política e intelectual. No início do primeiro volume <strong>de</strong>sta obra surge a indicaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma oitava parte<br />

<strong>de</strong>dicada à Economia Política que n<strong>ão</strong> aparece aqui e Inocêncio também parece confirmar a existência<br />

<strong>de</strong> oito partes (V, p. 125). No entanto, indica como título da oitava o mesmo da sétima, o que nos leva a<br />

crer que terá sido induzido em erro pela segunda parte do tomo VI, e Brito Aranha (Inoc., XIII, p. 202),<br />

ao elencar as reimpressões, indica apenas as sete partes. Por outro lado, Inocêncio dá como impresso<br />

autonomamente o título Economia Política, o que consta na referida lista do primeiro volume. Pelo que<br />

se referiu, estamos em crer que o presente exemplar se encontra completo, sem falta <strong>de</strong> nenhuma das suas<br />

partes. A obra foi publicada originalmente em 1798 com apenas três partes. A segunda ediç<strong>ão</strong>, em seis<br />

tomos, pela Tipografia do Arco do Cego, entre 1801 e 1803, tendo a segunda parte do tomo VI saído do<br />

prelo posteriormente. A partir daí foram saindo várias edições dos vários tomos, conforme as necessida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> mercado.Raro.<br />

- 104 -


431 LIVRE d’Or <strong>de</strong> l’Exposition / sous la direction <strong>de</strong> C. L. Huard. - Lisboa: Guillard Aillaud,<br />

s.d.. - 2 v. em 1.: il.; 325 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em percalina, <strong>de</strong>corada a ouro e a seco nas pastas e lombada. Muito interessante<br />

álbum da exposiç<strong>ão</strong> universal <strong>de</strong> Paris <strong>de</strong> 1889, profusamente ilustrado no texto a preto e a cores. Além<br />

das representações panorâmicas dos edificios mais emblemáticos construídos para esta exposiç<strong>ão</strong>, contém<br />

a <strong>de</strong>scriç<strong>ão</strong> das participações dos vários países. Raro.<br />

432 LIVRO (O) Azul ou Correspon<strong>de</strong>ncia Relativa aos Negocios <strong>de</strong> Portugal apresentada em<br />

ambas as Camaras Inglezas / traduzido do Inglez. - Lisboa: Typographia <strong>de</strong> Borges, 1847.<br />

- 368, XII pp.; 300 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva a capa <strong>de</strong> brochura anterior; ex-libris <strong>de</strong> Joaquim Pessoa.<br />

Colectânea <strong>de</strong> documentos relativos às relações <strong>de</strong> Portugal com Inglaterra. Invulgar.<br />

433 LIVRO d’Ouro da primeira viagem <strong>de</strong> S.M. El-Rei D. Manuel II ao Norte <strong>de</strong> Portugal em<br />

1908. - Porto: Carlos Pereira Cardoso, 1908. - 196 pp.: il.; 330 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; corte superior das folhas carminado; algumas notas marginas a<br />

carv<strong>ão</strong>. Álbum e <strong>de</strong>scriç<strong>ão</strong> da viagem <strong>de</strong> D. Manuel II ao Norte <strong>de</strong> Portugal logo no ano da sua coroaç<strong>ão</strong>.<br />

As fotografias que originaram as muitas foto<strong>gravuras</strong> que ilustram o texto s<strong>ão</strong> da responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Carlos Pereira Cardoso e o texto da responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Joaquim Leit<strong>ão</strong>, Marques Gomes e António <strong>de</strong><br />

Azevedo. Raro e procurado.<br />

434 LIVRO DE HOMENAGEM AO GRANDE PINTOR JOSÉ MALHÔA: Realizada, com<br />

a Exposiç<strong>ão</strong> das suas obras, na Socieda<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Belas Artes em Junho <strong>de</strong> 1928. -<br />

Lisboa: Imp. Libanio da Silva, 1928. - 218, XCVIII pp., 3 est.: il.; 330 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas carminado; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. Catálogo publicado a propósito <strong>de</strong> uma Exposiç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> homenagem ao gran<strong>de</strong> pintor português<br />

José Malhôa, com colaboraç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Ramalho Ortig<strong>ão</strong>, Júlio Dantas, Trinda<strong>de</strong> Coelho, Julio Brand<strong>ão</strong>, entre<br />

outros. As cerca <strong>de</strong> 100 páginas finais s<strong>ão</strong> impressas em papel couché e reproduzem o mesmo número <strong>de</strong><br />

obras do pintor. Raro.<br />

435 LIVRO DO ARMEIRO MOR / Organizado e Iluminado por Jo<strong>ão</strong> du Cros e Precedido<br />

<strong>de</strong> um Estudo <strong>de</strong> António Machado <strong>de</strong> Faria. - Lisboa: Aca<strong>de</strong>mia Portuguesa <strong>de</strong> História,<br />

1956. - 292 pp.: il.; 320 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial conservando a sobrecapa. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste importantíssimo códice iluminado<br />

organizado pelo armerio-mór Jo<strong>ão</strong> du Cros para “servir <strong>de</strong> padr<strong>ão</strong>, quando houvesse dúvidas na passagem<br />

<strong>de</strong> cartas <strong>de</strong> bras<strong>ão</strong> <strong>de</strong> armas”. Raro e valioso.<br />

436 LOBO (Francisco Rodrigues). - CORTE na Al<strong>de</strong>a, e Noytes <strong>de</strong> Inverno / <strong>de</strong> [...]. - Lisboa<br />

Occi<strong>de</strong>ntal: Na Offic. <strong>de</strong> Antonio Pedrozo Galram, 1722. - 8.º; A-X//8, Y//4; 344 pp.;<br />

150 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira da época; ligeiramente cansada; corte das folhas carminado; aci<strong>de</strong>z.<br />

Estimada ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta obra <strong>de</strong> Francisco Rodrigues Lobo, “um dos nossos clássicos <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m”<br />

(Inoc., III, p. 45). A primeira saiu impressa em 1619 por Pedro Craesbeeck. Raro.<br />

437 LOBO (Francisco Rodrigues). - O CONDESTABRE <strong>de</strong> Portugal. D. NunAlvres Pereira:<br />

Offerecido ao Duque dom Theodosio segundo [...]. - Lisboa: Por Iorge Rodrigues, 1627. -<br />

8.º, [ ]//1, A-Z, Aa-Ff//8, Gg//5; [1], 237 ff.; 200 mm.<br />

Falta da folha preliminar que contem <strong>de</strong>dicatória e licenças. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele;<br />

corte das folhas carminado; exemplar limpo. Valiosa obra <strong>de</strong>ste célebre escritor leiriense, tida geralmente<br />

como a sua segunda ediç<strong>ão</strong>. Embora seja mais exacto referi-la como a segunda ediç<strong>ão</strong> conhecida, já que a<br />

<strong>de</strong> 1610, editada por Pedro Craesbeeck, parece ter sido antecedida por uma outra prévia <strong>de</strong> 1609, menos<br />

conhecida e divulgada, mas referida explicitamente por Fr. Manuel <strong>de</strong> Sá em «Memorias historicas dos<br />

escriptores da Or<strong>de</strong>m do Carmo». Inocêncio toma a sério esta sugest<strong>ão</strong> e adianta ainda que voltaria a ser<br />

- 105 -


eimpressa enquanto obra in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte em 1785. Muito rara e estimada. (Inoc., III, 46; Samodães, 2876<br />

bis).<br />

438 LOPES (Edmundo Arménio Correia). - CANCIONEIRINHO DE FOZCOA:<br />

Contribuiç<strong>ão</strong> para a História e crítica da Música do Povo Português. - Coimbra: Imprensa<br />

da Universida<strong>de</strong>, 1926. - [4]-XX-238-[2] pp.; 230 mm. - (Subsídios para a História da Arte<br />

Portuguesa, XX).<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> meia francesa <strong>de</strong> pele com cantos; corte superior das folhas carminado; conserva as capas<br />

<strong>de</strong> brochura. Recolha <strong>de</strong> várias canções populares acrescentadas das suas melodias em pautas musicais e<br />

<strong>de</strong> comentários a cada uma <strong>de</strong>las.<br />

439 LOPES (Francisco). - VALENTIA Christaã e Gran<strong>de</strong> Respeito qve Tiveram os Nossos<br />

Portuguezes no culto Diuino: & o <strong>de</strong>sacaro <strong>de</strong> nossos inimigos. / Em verso por [...]. - Em<br />

Lisboa: Por Manoel da Sylua, 1642. - 6.º; A//6; 6 ff.; 205 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> em pergaminho recente; carimbo a óleo <strong>de</strong> Fernando Martins <strong>de</strong> Carvalho; limpo. De<br />

Francisco Lopes, Inocêncio apenas conseguiu apurar que era livreiro e natural <strong>de</strong> Lisboa. Este pequeno<br />

opúsculo é RARÍSSIMO. n<strong>ão</strong> referenciado em Restauraç<strong>ão</strong>, Samodães, Sousa Câmara, Montever<strong>de</strong>;<br />

Inocêncio, II, 419<br />

440 LOPES (Jo<strong>ão</strong> Baptista da Silva). - COROGRAFIA: Ou Memoria Economica, Estadistica,<br />

e Topografica do Reino do Algarve. - Lisboa: Na Typographia da mesma Aca<strong>de</strong>mia [Real<br />

das Sciencias <strong>de</strong> Lisboa], 1841. - [4], 528, VIII, [2] pp., [75] ff. <strong>de</strong> mapas, <strong>gravuras</strong> e<br />

tabelas.: il.; 220 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> época com lombada em pele; bom exemplar, gravura <strong>de</strong> Portim<strong>ão</strong> colorida.<br />

Interessantíssima Corografia do Algarve, versando sobre costumes, etnografia, etnologia, geografia e história<br />

da regi<strong>ão</strong>, com <strong>de</strong>staque para os hábitos <strong>de</strong> pesca e agricultura. Com vários quadros com informações várias<br />

e quatro <strong>gravuras</strong> coloridas das quais uma com o bras<strong>ão</strong> <strong>de</strong> armas e um mapa <strong>de</strong> Portim<strong>ão</strong>. Muito raro.<br />

441 LOPES (Norberto). - O EXILADO <strong>de</strong> Bougie: perfil <strong>de</strong> Teixeira Gomes / com um estudo<br />

<strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Barros. - Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1942. - 302 pp., 25 est.: il.;<br />

195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Uma das primeiras<br />

biografias <strong>de</strong> Teixeira Gomes, responsável pela primeira embaixada portuguesa enviada a Londres <strong>de</strong>pois<br />

da instauraç<strong>ão</strong> da República com enorme sucesso. Eleito Presi<strong>de</strong>nte da República em 1923, suportou<br />

enormes dificulda<strong>de</strong>s e obstáculos com gran<strong>de</strong> dignida<strong>de</strong>, acabando por renunciar ao cargo em 1925,<br />

exilando-se para nunca mais regressar à sua pátria.<br />

442 LÚCIO (Jo<strong>ão</strong>). - DESCENDO. - Coimbra: Typographia França Amado, 1901. - 148, [4]<br />

pp.; 200 mm.<br />

Dedicatória do autor. Bonita enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> meia francesa <strong>de</strong> chagrin azul, ricamente <strong>de</strong>corada a ouro na<br />

lombada; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; corte superior das folhas carminado. Jo<strong>ão</strong> Lúcio, sobrinho do<br />

pintor Henrique Pous<strong>ão</strong>, natural <strong>de</strong> Olh<strong>ão</strong>, formou-se em Direito, <strong>de</strong>dicando-se à advocacia e à activida<strong>de</strong><br />

política. Esta é a sua obra poética <strong>de</strong> estreia, publicando ainda O Meu Algarve, 1903, Nas Asas do Sonho,<br />

1913 e, postumamente, Espalhando Fantasmas e O Bloco. Jo<strong>ão</strong> Lúcio, poeta do simbolismo, foi fortemente<br />

influenciado por Gomes Leal, afirmando, neste seu primeiro livro, uma “vocaç<strong>ão</strong> ocultista, combinando<br />

alento filosófico e anseio místico” (Biblos, III, col. 266). Raro.<br />

443 LUÍS (Agustina Bessa). - A MURALHA / Romance. - Lisboa: Guimarães Editores, 1957.<br />

- 432 pp.; 195 mm<br />

Brochado; exemplar por abrir. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

- 106 -


444 LUÍS (Agustina Bessa). - A SIBILA: Romance. - Lisboa: Guimarães Editores, 1954. - 286,<br />

[2] pp.; 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Foi com este romance que Agustina Bessa Luís atingiu a “total maturida<strong>de</strong> do<br />

seu originalíssimo processo criador. A personagem central, Quina, a Sibila, filha <strong>de</strong> uma mulher do povo<br />

e <strong>de</strong> um “fidalgo” <strong>de</strong> província, representa a síntese das tendências mais contraditórias n<strong>ão</strong> só do nosso<br />

romance do século XIX, <strong>de</strong> Camilo a Eça, mas também <strong>de</strong> um intelectualismo do chamado “romance<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ias” do século XX, partindo <strong>de</strong> uma elaborada interrogaç<strong>ão</strong> sobre as nossas origens culturais,<br />

congregando regionalismo e universalismo, análise social e mito.” (Biblos, I, col. 658). Raro.<br />

445 LUPI (Eduardo do Couto). - ANGOCHE: breve memoria sobre uma das capitaniasmóres<br />

do Districto <strong>de</strong> Moçambique. - Lisboa: Typographia do Annuario Commercial,<br />

1907. - 280 pp., 2 mapas.: il.; 250 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Memória sobre a capitania <strong>de</strong><br />

Angoche, em Moçambique, escrita por Eduardo Lupi, seu capit<strong>ão</strong> <strong>de</strong> 1903 a 1905. Profusamente ilustrado<br />

no texto com foto<strong>gravuras</strong> e com dois mapas coloridos. Raro.<br />

446 LUSITANO (Candido) - [pseud. <strong>de</strong> FREIRE (P. Francisco José)]. - DICCIONARIO<br />

Poetico, para o uso dos que principi<strong>ão</strong> a exercitar-se na poesia portugueza: obra igualmente<br />

util ao orador principiante. - Segunda impress<strong>ão</strong> correcta, e augmentada com mais <strong>de</strong> mil<br />

frases, cujas v<strong>ão</strong> em letra diferente. - Lisboa: Na Offic- <strong>de</strong> Sim<strong>ão</strong> Thad<strong>de</strong>o Ferrira, 1794. - 2<br />

v. em 1.; 4.º; *-**, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Bbb//4, [8], 482 pp. e []//1, A-Z, Aa-Hh//4, Ii//2, [2],<br />

252 pp.; 210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele marmoreada; corte das folhas pintado; corte <strong>de</strong> traça<br />

marginais nos primeiros fólios do primeiro volume. [Inoc., II, 404] Segundo o enten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Inocêncio, um<br />

dos autores a quem as letras portuguesas muito <strong>de</strong>vem, “trabalhando fervorosa e incansavelmente para<br />

reformar o estilo vicioso, e o mau gosto, que dominavam até ent<strong>ão</strong>”, sendo este Dicionário Poético mais<br />

uma das muitas obras que publicou nesse sentido. Estimado.<br />

447 MABLY (Gabriel Bonnot <strong>de</strong>). - DES DROITS et <strong>de</strong>s Devoirs du Citoyen. - A Kell: s.n.,<br />

1791. - 244 pp.; 180 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira da época; cansada; corte das folhas pintado com o mesmo motivo da<br />

folhas <strong>de</strong> guarda; limpo. Curiosa observaç<strong>ão</strong>, datada <strong>de</strong> 1821, <strong>de</strong> um aba<strong>de</strong> proprietário <strong>de</strong>ste exemplar em<br />

que <strong>de</strong>ixa expresso o seu <strong>de</strong>sacordo em relaç<strong>ão</strong> às i<strong>de</strong>ias principais expostas pelo autor. Obra escrita por<br />

este influente autor na sua época e publicada postumamente pelo seu executor testamentário. Um texto<br />

<strong>de</strong> enorme influência nos Estados gerais <strong>de</strong> 1789, já que teria alguma divulgaç<strong>ão</strong> nesse ano, apesar dos<br />

esforços empreendidos pelas autorida<strong>de</strong>s no sentido <strong>de</strong> a confiscarem.<br />

448 MACEDO (António <strong>de</strong> Sousa <strong>de</strong>). - EVA, e Ave, ou Maria Triunfante. Theatro da<br />

Erudiç<strong>ão</strong> & filosofia Christã. Em que se represent<strong>ão</strong> dous estados do mundo: cahido em<br />

Eva, e levantado em Ave. - Lisboa: Na Officina <strong>de</strong> Antonio Pedrozo Galr<strong>ão</strong>, 1734. - 6.º,<br />

*-**//6, ***//4, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Ddd//6; [32], 610 pp.; 305 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; aci<strong>de</strong>z generalizada; assinatura <strong>de</strong> posse no ante-rosto; corte das folhas<br />

carminado. (Inoc. I, 278; Pinto <strong>de</strong> Mattos, 539). O autor da presente obra é oriundo <strong>de</strong> Amarante, embora<br />

nascido na cida<strong>de</strong> do Porto, no início do século XVII. Personagem <strong>de</strong>stacada do reino, foi fidalgo da Casa<br />

Real, Comendador das Or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> Cristo e S. Bento <strong>de</strong> Avis, tendo <strong>de</strong>sempenhado cargos diplomáticos e<br />

políticos relevantes. Obra muito estimada, como atestam as várias edições e traduções em castelhano.<br />

449 MACEDO (Diogo <strong>de</strong>). - PRESÉPIOS PORTUGUESES / Fotos <strong>de</strong> Mário Novais e<br />

Domingos Bertrand. - Lisboa: Artis, s.d.. - 26, [4] pp., 28 est.: il.; 310 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em percalina vermelha com uma janela para uma estampa colorida na pasta<br />

anterior em caixa própria. Um dos mais importantes estudos sobre Presépios portugueses, profusamente<br />

ilustrado fora do texto com reproduções fotográficas, sendo uma <strong>de</strong>las a cores. Raro e estimado.<br />

- 107 -


450 MACEDO (José Agostinho <strong>de</strong>). - CARTA <strong>de</strong> José Agostinho <strong>de</strong> Macedo a seu amigo<br />

J.J.P.L. - Lisboa: Na Impress<strong>ão</strong> Régia, 1827. - 32 n.ºs. - Junto com:<br />

----- Carta <strong>de</strong> José Agostinho <strong>de</strong> Macedo a seu amigo Faustino. - Lisboa: Na Impress<strong>ão</strong><br />

Régio, 1828. - 16 pp. - junto com:<br />

----- CARTA Avulsa <strong>de</strong> José Agostinho <strong>de</strong> Macedo ao seu amigo, que por nome, e sobrenome<br />

n<strong>ão</strong> perca, sobre o diluvio das respostas, e respondões ao Artigo communicado na<br />

Gazeta n.º 103. - Lisboa: Na Impress<strong>ão</strong> Régia, 1828. - 16 pp. - Junto com:<br />

----- CARTA Única <strong>de</strong> José Agostinho <strong>de</strong> Macedo sobre hum muito pequeno, e pobre<br />

folheto, que se chama - Breves observações sobre os fundamentos do projecto <strong>de</strong> Lei para<br />

a extinç<strong>ão</strong> da Junto do Exame do estado actual, e melhoramento Temporal das Or<strong>de</strong>ns<br />

Regulares. - Lisboa: Na Impress<strong>ão</strong> Régia, 1828. - 22 pp. - Junto com:<br />

----- REFUTAÇÃO do Monstruoso, e Revolucionario escripto impresso em Londres<br />

intitulado quem he o legitimo Rei <strong>de</strong> Portugal? Quest<strong>ão</strong> portugueza submetida ao juizo<br />

dos homens imparciaes [...] / por [...]. - Lisboa: Na Impress<strong>ão</strong> Régia, 1828. - 80 pp.; 220<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele da época; corte das folhas pintado; exemplar limpo.<br />

Conjunto <strong>de</strong> várias publicações <strong>de</strong> José Agostinho <strong>de</strong> Macedo, das quais se <strong>de</strong>stacam as 32 cartas a J.J.P.L.<br />

(Joaquim José Pedro Lopes). Raros. Inoc., IV, p.183<br />

451 MACEDO (José Agostinho <strong>de</strong>). - VIAGEM Extatica ao Templo da Sabedoria: Poema em<br />

Quatro Cantos. - Lisboa: Na Impress<strong>ão</strong> Régia, 1830. - 144 pp.; 265 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; corte superior das folhas carminado; exemplar limpo. Primeira<br />

ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste poema refundido a partir do seu «Newton», consi<strong>de</strong>ravelmente acrescentado com longas<br />

tiradas <strong>de</strong> versos. Raro. (Inoc., IV, p. 187)<br />

452 MACHADO (Inácio Barbosa). - HISTORIA CRITICO-CHRONOLOGICA da<br />

Instituiçam da Festa, Procissam, e Officio do Corpo Santissimo <strong>de</strong> Christo no Veneravel<br />

Sacramento da Eucharistia, [...]. - Lisboa: Na Officina Patriarcal <strong>de</strong> Francisco Luís Ameno,<br />

1759. - 4.º,*-***, A-Z, Aa-Dd//4; [24], 216 pp.; 295 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira em percalina; assinatura <strong>de</strong> posse no anterrosto; corte das folhas carminado. [Inoc.,<br />

III, 203] Trabalho do mais novo irm<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Diogo Barbosa Machado que, nas palavras <strong>de</strong> Inocêncio, po<strong>de</strong><br />

servir <strong>de</strong> “mestre da língua portuguesa”. Invulgar.<br />

453 MACHADO (Julio Cesar). - LISBOA NA RUA / por [...], <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> Manoel Macedo.<br />

- Lisboa: Empreza David Corazzi, 1874. - 222 pp., 12 est.: il.; 200 mm. - Junto com:<br />

----- OS THEATROS DE LISBOA / Illustrações <strong>de</strong> Raphael Bordallo Pinheiro. - Lisboa:<br />

Livraria Editora <strong>de</strong> Mattos Moreira, 1875. - 236 pp.: il.; 200 mm.<br />

Ambos os volumes com <strong>de</strong>dicatórias do autor. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele um pouco cansada;<br />

ligeiramente aparado. Dois volumes <strong>de</strong> crónicas humorísticas e satíricas <strong>de</strong> Júlio César Machado, um dos<br />

mais importantes autores do género no seu tempo. O segundo título é um curioso e interessantíssimo<br />

escrito sobre os mais importantes teatros <strong>de</strong> Lisboa - S.Carlos, D.Maria e Trinda<strong>de</strong>. Ao fluir da pena e com<br />

o talento que se lhe reconhece, Julio César Machado vai tecendo, com a sua escrita jocosa, caricatural e<br />

satírica, variadíssimos comentários sobre artistas, peças, ou apenas curiosida<strong>de</strong>s sociais que se passavam<br />

nas noites <strong>de</strong> espectáculos. Tudo isto enriquecido com as fantásticas ilustrações a preto <strong>de</strong> Rafael Bordalo<br />

Pinheiro. Raro e muito estimado.<br />

454 MAGALHÃES (Luís <strong>de</strong>). - O BRAZILEIRO Soares: Romance original / com uma cartaprefácio<br />

<strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queiroz. - Porto: Livraria Chardron, 1886. - XXIV, 368 pp.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele, apenas ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. Bom exemplar. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Luís <strong>de</strong> Magalhães era amigo pessoal <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queirós. Este<br />

último frequentava a sua casa e <strong>de</strong>screve-a como a Quinta <strong>de</strong> Refal<strong>de</strong>s na Carta XII da Correspondência<br />

- 108 -


<strong>de</strong> Fradique Men<strong>de</strong>s. Sobre esta obra diz Gaspar Simões: “O Brasileiro Soares avulta pela sua bela escrita e<br />

uma que outra novida<strong>de</strong> na época, como sejam esses rudimentos <strong>de</strong> verda<strong>de</strong> psicológica, que lhe permitem<br />

dar-nos um belo retrato do herói: Joaquim Soares, o Brasileiro Soares” (cit. <strong>de</strong> Dic. EQ, p. 383). Luís <strong>de</strong><br />

Magalhães foi também responsável pela publicaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> várias obras póstumas <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queirós. Raro.<br />

455 MAIOR (Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Villa). - MANUAL <strong>de</strong> Viticultura Practica. - Coimbra: Imprensa da<br />

Universida<strong>de</strong>, 1875. - 552 pp.: il.; 180 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele, apenas ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas<br />

<strong>de</strong> brochura. Manual sobre uma das mais importantes culturas agrícolas portuguesas, com um curioso<br />

capítulo em forma <strong>de</strong> Dicionário das Castas Portuguesas. Pouco vulgar.<br />

456 MAITRE Portugais ou Nouvelle Grammaire Portugaise et Françoise, composée d’après les<br />

meilleures grammaires, et particulierement sur la portugaise, et angloise d’Antoine Vieyra<br />

Transtagano. - Lisboa: Sim<strong>ão</strong> Ta<strong>de</strong>u Ferreira, 1799. - 8.º; [ ]//4, A-Z//8; VIII, 366, [2] pp.;<br />

150 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira da época; carimbo <strong>de</strong> posse no fronstipício. Gramática <strong>de</strong> língua<br />

portugesa e francesa baseada na obra <strong>de</strong> António Vieira Transtagano, filólogo português sobre o qual<br />

pouco se sabe. Expatriou-se para Inglaterra, on<strong>de</strong> na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Dublin exerceu o magistério <strong>de</strong> professor<br />

régio das línguas espanhola, inglesa, italiana, arábica e persa. Autor <strong>de</strong> um famoso dicionário <strong>de</strong> Inglês-<br />

Português e Português-Inglês.<br />

457 MAJOR (Richard Henry). - VIDA DO INFANTE D. HENRIQUE DE PORTUGAL<br />

Appellidado O Navegador e seus resultados [...] conforme documentos authenticos<br />

contemporaneos / por [...]; vertida do Inglez por José António Ferreira Brand<strong>ão</strong>. - Lisboa:<br />

Imprensa Nacional, 1876. - XXIV-586-[2] pp., 13 est.: il.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> meia francesa <strong>de</strong> pele com cantos, apenas ligeiramente aparado à cabeça; assinatura <strong>de</strong><br />

posse no frontispício; conserva as capas <strong>de</strong> brochura, a anterior com alguns restauros. Completa biografia<br />

do Infante D. Henrique, transcrevendo documentos inéditos e teorizando sobre algumas questões<br />

historiográficas que na época se punham acerca da figura do Infante. As estampas em separado s<strong>ão</strong>, na sua<br />

maioria, mapas das regiões conquistadas ou visitadas pelo Infante ou a seu mando. Estimado.<br />

458 MANIFESTO dos Direitos <strong>de</strong> Sua Magesta<strong>de</strong> Fi<strong>de</strong>lissima a Senhora Dona Maria Segunda<br />

e Exposiç<strong>ão</strong> da Quest<strong>ão</strong> Portugueza. - Rennes: Impresso por J. M. Vatar, 1831. - 334 pp.;<br />

210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado. Publicado originalmente em Londres, 1829,<br />

este Manifesto que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> o direito <strong>de</strong> sucess<strong>ão</strong> <strong>de</strong> D. Maria II ao trono <strong>de</strong> Portugal, foi escrito, segundo<br />

Luz Soriano, por José António Guerreiro e pelo Marquês <strong>de</strong> Palmela, encarregando-se o primeiro da<br />

quest<strong>ão</strong> legal, e o segundo da quest<strong>ão</strong> histórica e diplomática. Ao todo, Inocêncio (XVI, 95) elenca sete<br />

edições: 1.ª Londres, Richard Taylor, 1829; 2.ª, em francês, Paris, typ. <strong>de</strong> Paul Renouard; 3.ª, a presente,<br />

segunda em português; 4.ª Coimbra, Universida<strong>de</strong>, 1836; 5.ª, ibi<strong>de</strong>m, 1841; 6.ª no tomo XXV do<br />

Suplemento aos tratados e convenções por Julio Biker; 7.ª no tomo VI dos Documentos para a história<br />

das Cortes Gerais pelo Bar<strong>ão</strong> <strong>de</strong> S. Clemente e José Augusto da Silva. “è Manifesto havido como escrito<br />

<strong>de</strong> muita importância, assima pela matéria <strong>de</strong> que trata, como pela riqueza <strong>de</strong> documentos que se lhe<br />

anexaram” (Inoc., V, p. 346). Raro.<br />

459 MANSO (Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Paiva). - HISTÓRIA do Congo (Documentos): Obra Posthuma do<br />

/ [...]. - Lisboa: Typographia da Aca<strong>de</strong>mia Real das Sciencias <strong>de</strong> Lisboa, 1877. - [2], 370 pp.;<br />

250 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Conjunto <strong>de</strong> documentos compilados<br />

pelo autor sobre a história do Congo. Raro.<br />

- 109 -


460 MANSO (Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Paiva). - MEMÓRIA sobre Lourenço Marques (Delagoa Bay) /<br />

pelo Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Paiva Manso, Levy Maria Jord<strong>ão</strong>. - Lisboa: Imprensa Nacional, 1870. -<br />

XC, 150 pp., 2 mapas.: il.; 225 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; ligeiramente aparado. Estudo sobre a Baía <strong>de</strong> Lourenço Marques.<br />

Ilustrado com dois mapas <strong>de</strong>sdobráveis. Raro.<br />

461 MANTERO (Francis). - MANUAL Labour in S. Thomé and Principe / by [...], translated<br />

from the Portuguese. - Lisbon: ed. autor, 1910. - 194 pp., 78 est., 10 tabelas e gráficos: il.;<br />

290 mm.<br />

Brochado. Traduç<strong>ão</strong> para inglês <strong>de</strong> um estudo completo sobre o trabalho em S. Tomé e Príncipe,<br />

profusamente ilustrado em separado. Raro.<br />

462 MANUAL do Destillador ou modo facil para preparar com toda a perfeiç<strong>ão</strong> differentes<br />

vinhos preciosos [...]. - Lisboa: s.n., 1857. - 264, VIII pp., 1 est.: il.; 150 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele da época, um pouco cansada; ligeiramente aparado. Curioso e raro<br />

manual <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilaria, ilustrado com uma litografia.<br />

- MANUSCRITOS -<br />

463 ALMEIDA (António José). - Fotografia (160x110) do Presi<strong>de</strong>nte da Républica António<br />

José <strong>de</strong> Almeida, na companhia <strong>de</strong> dirigentes das duas Câmaras, ministros, senadores e<br />

<strong>de</strong>putados, à saída do edifício do Congresso por ocasi<strong>ão</strong> das saudações oficiais <strong>de</strong> Ano<br />

Novo. Acompanhado por nota manuscrita, datada <strong>de</strong> 23 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1923, dirigida a<br />

Carlos Leal, agra<strong>de</strong>cendo a oferta do seu livro «Demolindo».<br />

464 BOTTO (António). - O POEMA da França Actual, Lisboa, 2 <strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 1946. - 3 ff.<br />

em moldura<br />

Poema <strong>de</strong> António Botto, assinado e com a indicaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> “inédito” por seu punho, <strong>de</strong> um poema que<br />

retrata uma França acabada <strong>de</strong> sair da Gran<strong>de</strong> Guerra. A poesia está <strong>de</strong>dicada a A. Lobo.<br />

465 CHAGAS (Jo<strong>ão</strong>). - Conjunto <strong>de</strong> quatro cartões e seis cartas <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> Chagas para Ana <strong>de</strong><br />

Castro Osório. Destaca-se do conjunto uma carta, sem data, on<strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> Chagas pe<strong>de</strong> que<br />

- 110 -


o seu marido, Paulino <strong>de</strong> Oliveira, na altura doente, aguar<strong>de</strong> a visita <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> Chagas e<br />

Lourenço Egreja para tratar <strong>de</strong> assuntos relacionados com a sua campanha.<br />

466 CHAGAS (Jo<strong>ão</strong>). - Seis cartas e um cart<strong>ão</strong>, dirigidos a Paulino <strong>de</strong> Oliveira, n<strong>ão</strong> datadas,<br />

algumas extensas, referindo-se às activida<strong>de</strong>s políticas do partido <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> Chagas na<br />

reuni<strong>ão</strong> <strong>de</strong> apoio em Setúbal para uma candidatura política.<br />

467 COSTA (Afonso). - Duas cartas <strong>de</strong> Afonso Costa, dirigidas a Ana <strong>de</strong> Castro Osório. Uma<br />

primeira, <strong>de</strong> Paris, datada 4 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1928, on<strong>de</strong> se lamenta pelo facto <strong>de</strong> n<strong>ão</strong> ter<br />

recebido o último livro da escritora, “Mundo Novo”, e uma segunda, <strong>de</strong> Penhas Douradas,<br />

datada <strong>de</strong> 1925, on<strong>de</strong> se lamenta n<strong>ão</strong> ter recebido o filho da escritora, justificando a falta<br />

por “nesse momento eu estava em conferência com ministros e altos funcionários àcerca<br />

d’um dos mais importantes problemas que v<strong>ão</strong> discutir-se na Assembleia da Soc. das<br />

Nações”, referindo-se à sua chefia da <strong>de</strong>legaç<strong>ão</strong> portuguesa à Conferência <strong>de</strong> Paz e à<br />

Socieda<strong>de</strong> das Nações, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolveu uma notável activida<strong>de</strong> na <strong>de</strong>fesa dos direitos<br />

dos portugueses.<br />

468 D. MANUEL II. - Carta <strong>de</strong> condolências pelo falecimento <strong>de</strong> seu pai, enviada pelo Rei<br />

D. Manuel II ao Conselheiro Arthur Montenegro, datada <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 1908,<br />

juntamente com cópia <strong>de</strong> carta <strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimentos enviada por este último a D. Manuel<br />

II. Inclui envelope <strong>de</strong> envio.<br />

469 LIMA (Magalhães). - Conjunto <strong>de</strong> três cartas e um bilhete postal <strong>de</strong> Magalhães Lima para<br />

Ana <strong>de</strong> Castro Osório, datadas <strong>de</strong> 1901 e 1903. De salientar uma das cartas on<strong>de</strong> se<br />

apresenta Rocha Martins como “um moço <strong>de</strong> novas aptidões e dos mais prometedores<br />

talentos da nova geraç<strong>ão</strong>” e se pe<strong>de</strong> que o receba em Setúbal para trabalhos <strong>de</strong> investigaç<strong>ão</strong><br />

para um romance chamado “Bocage”.<br />

470 MORAES (Wenceslau <strong>de</strong>). - Dois postais dirigidos a Ana <strong>de</strong> Castro Osório, datados,<br />

respectivamente 16-5-1926 e 24-5-1922, o primeiro, uma representaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> dois cães que<br />

Wenceslau justifica como sendo <strong>de</strong>sejos <strong>de</strong> bom ano, uma vez que seria o ano do C<strong>ão</strong> no<br />

Jap<strong>ão</strong>, e o segundo com uma vista <strong>de</strong> Tokushima, em ambos agra<strong>de</strong>ce o envio <strong>de</strong> dois<br />

<strong>livros</strong> da escritora.<br />

471 NERUDA (Pablo). - Muito curiosa folha com o seguinte texto dactilografado: “Saludamos<br />

a los compañeros <strong>de</strong> «Presenca» y les enviamos con mucho cariño ejemplares <strong>de</strong> «Caballo<br />

Ver<strong>de</strong>». Esperamos noticias <strong>de</strong> los poetas <strong>de</strong> «Presenca»”, assinado a lápis <strong>de</strong> cera vermelho<br />

por Pablo Neruda e dirigida, pelo mesmo punho, “al compañero Casais Monteiro”. A<br />

revista “caballo ver<strong>de</strong> para la poesia” (Outubro <strong>de</strong> 1935 a Janeiro <strong>de</strong> 1936 - 4 números) foi<br />

uma revista marcada pela geraç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> 27, <strong>de</strong> cariz e estética mo<strong>de</strong>rnista, tal como a revista<br />

“Presença”, tendo como principais colaboradores, Alberti, García Lorca, Aleixandre,<br />

Miguel Hernán<strong>de</strong>z, Gerardo Diego, Cernuda e Pablo Neruda. Evi<strong>de</strong>ncia ainda esta revista<br />

a intima correspondência entre Neruda e os surrealistas espanhóis.<br />

472 PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - Conjunto <strong>de</strong> 54 cartas, oito postais, bilhetes postais e cartões<br />

<strong>de</strong> visita, cobrindo o período <strong>de</strong> 1920 até 1950, todas dirigidas a Ângelo César Machado,<br />

eminente dirigente do Futebol Clube do Porto, seu Presi<strong>de</strong>nte Honorário <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1944,<br />

poeta, advogado, e tido por alguns como <strong>de</strong> relaç<strong>ão</strong> próxima <strong>de</strong> Florbela Espanca. As<br />

- 111 -


cartas ocupam-se <strong>de</strong> diversos assuntos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> agra<strong>de</strong>cimentos, apreciações literárias <strong>de</strong><br />

Pascoaes, agendamento <strong>de</strong> vistas, etc. Muito interessante acervo.<br />

473 PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - Vago. - Coimbra, 1897 (?). - 1 f.; 270 mm. - Esboço <strong>de</strong> poema<br />

original, que <strong>de</strong>sconhecemos se se encontra inédito, <strong>de</strong>dicado a Villela Passos. Escrito que<br />

evoca temas pastoris, ao estilo <strong>de</strong> «Belo», cuja I parte foi publicada no ano anterior e on<strong>de</strong><br />

se indiciam traços do seu panteísmo saudosista, e.g. “N’este vacuo que enche tudo quanto<br />

existe/É on<strong>de</strong> habita o Deus em quem minh’ alma crê...”.<br />

474 SALAZAR (António <strong>de</strong> Oliveira). - Carta, datada <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1963, dirigida a<br />

Lopes <strong>de</strong> Oliveira, on<strong>de</strong> numa primeira parte, se acusa a recepç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um cart<strong>ão</strong> com várias<br />

indicações para Oliveira Salazar, respon<strong>de</strong>ndo este que n<strong>ão</strong> vê nenhuma raz<strong>ão</strong> que impeça<br />

a publicaç<strong>ão</strong> das remunerações “que aliás honram o Marechal”, e numa segunda parte se<br />

acusa a recepç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um exemplar do livro “Mesmo contra a maré”. Muito curiosa.<br />

475 VIEIRA (Afonso Lopes). - Conjunto <strong>de</strong> seis cartas e dois postais <strong>de</strong> Afonso Lopes Vieira,<br />

dirigidas a Ana <strong>de</strong> Castro Osório, os dois postais com simples agra<strong>de</strong>cimentos. Algumas<br />

das cartas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> interesse uma vez que algumas s<strong>ão</strong> extensas opiniões <strong>de</strong> Afonso Lopes<br />

Vieira sobre obras <strong>de</strong> Ana <strong>de</strong> Castro Osório. Algumas cartas datadas.<br />

- FIM DE MANUSCRITOS -<br />

476 MARCO PAULO: O Livro <strong>de</strong> Marco Paulo, O Livro <strong>de</strong> Nicolao Veneto, Carta <strong>de</strong> Jeronimo<br />

<strong>de</strong> Santo Estevam conforme a impress<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Valentim Fernan<strong>de</strong>s, feita em Lisboa em 1502<br />

/ com tres fac-símiles, introduç<strong>ão</strong> e índices por Francisco Maria Esteves Pereira. - Lisboa:<br />

Oficinas Gráficas da Biblioteca Nacional, 1922. - 1 v.: il.; 260 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas carminado; o presente exemplar<br />

pertenceu ao almirante Gago Coutinho. Reimpress<strong>ão</strong> do famoso livro <strong>de</strong> Marco Polo, impresso pela<br />

primeira vez por Valentim Fernan<strong>de</strong>s em 1502, e que contém importantes notícias do Oriente. O volume<br />

n<strong>ão</strong> tem numeraç<strong>ão</strong> nas páginas <strong>de</strong> texto, enten<strong>de</strong>ndo o editor colocar a numeraç<strong>ão</strong> do original na<br />

margem.<br />

477 MARDEL (Luiz). - HISTÓRIA da Arma <strong>de</strong> Fogo Portátil. - Lisboa: Imprensa Nacional,<br />

1887. - 188 pp., 4, LVIII est.: il.; 315 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele um pouco cansada. Aprofundado estudo sobre a arma <strong>de</strong> fogo<br />

portátil, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as suas origens. Ilustrado com 4 estampas <strong>de</strong>sdobráveis com <strong>de</strong>senhos técnicos e 58 estampas<br />

coloridas no final com <strong>de</strong>senhos das várias armas portátis ao longo da história. Muito raro.<br />

478 MARDEL (Luiz). - POLVORAS Explosivos Mo<strong>de</strong>rnos e suas Applicações. - Lisboa:<br />

Imprensa Nacional, 1893-1896. - 2 v.: il.; 325 mm.<br />

Exemplar que pertenceu à colecç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Sousa Câmara. Enca<strong>de</strong>rnações n<strong>ão</strong> uniformes, o primeiro com<br />

lombada e cantos em pele, dourado por folhas à cabeça, o segundo apenas com lombada em pele com<br />

super-libros da mesma casa nas pastas; primeiro volume com <strong>de</strong>dicatória do autor. Estudo importante,<br />

único no seu tempo, luxuosamente ilustrado com 85 estampas coloridas impressas à parte reproduzindo<br />

centenas <strong>de</strong> figuras. Raro e procurado.<br />

479 MARIANA (Soror). - CARTAS <strong>de</strong> Amor. - Nova restituiç<strong>ão</strong> e esboço crítico / <strong>de</strong> Jaime<br />

Cortes<strong>ão</strong>; ilustrações <strong>de</strong> Lima <strong>de</strong> Freitas. - Lisboa: Artis, 1964. - 72 pp.: il.; 250 mm.<br />

Tiragem especial numerada e assinada, da qual este é o número 50. Belíssima enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial<br />

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Lote n.º 473


com ferros a prata na lombada e pastas, tendo na pasta anterior uma janela para uma ilustraç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Lima<br />

<strong>de</strong> Freitas, em caixa própria. Belíssima ediç<strong>ão</strong> das famosas Cartas <strong>de</strong> Amor da Soror Mariana, aqui<br />

soberbamente ilustradas por Lima <strong>de</strong> Freitas. Raro.<br />

480 MARTINS (Gen. Ferreira). - HISTORIA DO EXÉRCITO PORTUGUÊS. - Lisboa:<br />

Editorial Inquérito, 1945. - 576 pp.: il.; 310 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele, <strong>de</strong>corada a ouro nas pastas e lombadas. Uma das mais estimadas sínteses<br />

históricas sobre o Exército Português, profusamente ilustrada no texto e em separado.<br />

481 MARTINS (J.P. Oliveira). - O REGIME das Riquezas (Elementos <strong>de</strong> Chrematistica). -<br />

Lisboa: Livraria Bertrand, 1883. - XXVI, 220, [2] pp.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Estudo <strong>de</strong> Oliveira<br />

Martins sobre a distribuiç<strong>ão</strong> da riqueza no nosso país. Invulgar.<br />

482 MARTINS (José F. Ferreira). - OS VICE-REIS da Índia 1505-1917. - Lisboa: Imprensa<br />

Nacional <strong>de</strong> Lisboa, 1935. - VIII-326-[6] pp., 116 est.: il.; 250 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. Estudo biográfico dos governadores, vice-reis e arcebispos da Índia <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1505 até 1917, ilustrado<br />

com retratos da maioria dos biografados.<br />

483 MARTINS (Rocha). - A PAIXÃO <strong>de</strong> Camilo (Ana Plácido). - Lisboa: Ed. Autor, s.d. - 360<br />

pp.: il.; 245 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele um pouco cansada; ligeiramente aparado. Uma das mais estimadas<br />

biografias da <strong>de</strong>dicada mulher <strong>de</strong> Camilo. Profusamente ilustrado no texto. Capa <strong>de</strong> brochura <strong>de</strong>senhada<br />

por Stuart.<br />

484 MARTINS (Rocha). - FANTOCHES: Bastidores da Política e dos Negócios / Director e<br />

Editor [...]. - Ano I, n.º 1, 6 <strong>de</strong> Jan. <strong>de</strong> 1923 - Ano I, n.º 52, 29 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1923. -<br />

Lisboa: Ed. Autor, 1923. - 52 nums. em 1 v.; 225 mm.<br />

Carimbo <strong>de</strong> posse <strong>de</strong> Luís António Men<strong>de</strong>s em alguns números; enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele;<br />

corte superior das folhas carminado. Primeira e única série <strong>de</strong>ste periódico totalmente da responsabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Rocha Martins, com artigos sobre a política nacional, história, literatura, etc. Raro.<br />

485 MARTINS (Rocha). - HISTÓRIA das Colónias Portuguesas. - Lisboa: Tip. da Empresa<br />

Nacional <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>, 1933. - 698, [4] pp., 31 est.: il.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina com as capas <strong>de</strong> brochura coladas nas pastas e lombada. Profusamente<br />

ilustrado no texto e em separado. Estimado.<br />

486 MARTINS (Rocha). - JOÃO Franco e o seu Tempo. - Lisboa: Oficinas Gráficas do ABC,<br />

s.d. - 524 pp.: il.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; corte superior das folhas<br />

carminado. Estudo histórico sobre o Franquismo, acompanhado <strong>de</strong> comentários a várias cartas <strong>de</strong> D.<br />

Carlos a Jo<strong>ão</strong> Franco.<br />

487 MARTINS (Rocha). - LISBOA <strong>de</strong> Ontem e <strong>de</strong> Hoje. - Lisboa: Empresa Nacional <strong>de</strong><br />

Publicida<strong>de</strong>, 1945. - 270, [2] pp.: il.; 260 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; corte superior das folhas pintado.<br />

Colectânea <strong>de</strong> artigos publicados originalmente no Diário <strong>de</strong> Notícias, refundidos e acrescentados, bem<br />

como <strong>de</strong> crónicas inéditas.<br />

- 114 -


488 MARTINS (Rocha). - LISBOA: História das suas Glórias e Catástrofes. - Lisboa: Editorial<br />

Inquérito, 1947. - 2 v.: il.; 250 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações com lombada e cantos em pele ligeiramente cansadas. Uma das mais estimadas sínteses<br />

históricas da cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Lisboa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os seus alvores. Ediç<strong>ão</strong> comemorativa do oitavo centenário da<br />

fundaç<strong>ão</strong> da cida<strong>de</strong>.<br />

489 MAS (Sinibaldo <strong>de</strong>). - A IBERIA: Memoria sobre a Conveniencia da uni<strong>ão</strong> pacífica e legal<br />

<strong>de</strong> Portugal e Hispanha / escripta por Dom [...], Tradusida em Portuguez. - Terceira Ediç<strong>ão</strong>.<br />

- Lisboa: Typographia do Progresso, 1855. - [2]-244 pp., 4 est.: il.; 215 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em percalina; ligeira aci<strong>de</strong>z. [Inocêncio, X, p. 35] Última ediç<strong>ão</strong> em<br />

português, substancialmente acrescentada e pela primeira vez com o nome do autor (também do prólogo)<br />

e do tradutor, Latino Coelho, <strong>de</strong>ste escrito apologista da integraç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Portugal em Espanha e que <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

sempre fez correr muita tinta. Cada uma das edições, como se <strong>de</strong>preen<strong>de</strong> das <strong>de</strong>scrições que <strong>de</strong>las faz o<br />

nosso mais distinto bibliógrafo, s<strong>ão</strong> cada vez mais acrescentadas n<strong>ão</strong> só no texto, mas também <strong>de</strong> notas<br />

e documentos usados para comprovar as suas teorias, o que torna esta última na mais interessante e<br />

completa. Invulgar.<br />

490 MASCARENHAS (D. Jeronimo <strong>de</strong>). - HISTÓRIA <strong>de</strong> la Ciudad <strong>de</strong> Ceuta, sus Sucessos<br />

Militares, y Politicos; Memorias <strong>de</strong> sus Santos y Prelados, y Elogios <strong>de</strong> sus Capitanes<br />

Generales escrita em 1648 por / D. Jeronimo <strong>de</strong> Mascarenhas. - Publicado por Or<strong>de</strong>m da<br />

Aca<strong>de</strong>mia das Sciências <strong>de</strong> Lisboa e sob a Direcç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> / Afonso <strong>de</strong> Dornelas. - Lisboa:<br />

Aca<strong>de</strong>mia das Sciências <strong>de</strong> Lisboa, 1918. - XIV, 308 pp.; 330 mm.<br />

Brochado. Publicaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste inédito escrito por D. Jerónimo <strong>de</strong> Mascarenhas, português que se exilou em<br />

espanha após a Restauraç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> 1640 e que viajou pelas praças do Norte <strong>de</strong> África. Invulgar e estimado.<br />

491 MATA (Jo<strong>ão</strong> da). - ARTE <strong>de</strong> Cosinha / por [...]; prefaciada por Alberto Pimentel. - Terceira<br />

Ediç<strong>ão</strong>, Acrescentada com mais 100 pratos variados. - Lisboa: Hotel Avenida, 1888. - 402,<br />

XIV pp., 1 ret.: il.; 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele marmoreada, ligeiramente cansada; aci<strong>de</strong>z. Terceira ediç<strong>ão</strong> acrescentada com<br />

mais uma centena <strong>de</strong> receitas, <strong>de</strong>ste popular livro <strong>de</strong> cozinha português escrito pelo ent<strong>ão</strong> proprietário e<br />

cozinheiro do Hotel Avenida. Raro.<br />

492 MATA (José Melit<strong>ão</strong> da). - O DESTRO Observador, ou Methodo Facil <strong>de</strong> Saber a Latitu<strong>de</strong><br />

no Mar, sem Depen<strong>de</strong>ncia da Observaç<strong>ão</strong> Maridiana, com todas as Taboas Necessarias<br />

para a Operaç<strong>ão</strong>, sendo a da Declinaç<strong>ão</strong> do Sol Calculada ao Meridiano <strong>de</strong> Lisboa para o<br />

Anno <strong>de</strong> 1789 até o <strong>de</strong> 1792. E com Huma Prefaç<strong>ão</strong> Analytica sobre os Progressos da<br />

Pilotagem em Portugal. - Segunda Ediç<strong>ão</strong> Augmentada. - Lisboa: Na Officina <strong>de</strong> Sim<strong>ão</strong><br />

Thad<strong>de</strong>o Ferreira, 1789. - 1 grav., xii, 86, 226 pp. [fol. 47/48 das tábuas n<strong>ão</strong> existe]: il.; 205<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira da época; corte das folhas carminado; ocasionais manchas nos primeiros<br />

e últimos fólios. Segunda ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta obra publicada pela primeira vez em 1781 em que se indica o modo<br />

<strong>de</strong> medir a latitu<strong>de</strong> em Alto Mar. Antece<strong>de</strong>-lhe um estudo sobre os sucessos dos avanços da navegaç<strong>ão</strong><br />

portuguesa. Ilustrado com uma gravura representando um homem a fazer a respectiva mediç<strong>ão</strong>. Raro e<br />

estimado. Inoc., V, 74<br />

493 MATA (José Milit<strong>ão</strong> da). - COMPENDIO DAS CORRECÇÕES QUE SE DEVEM<br />

FAZER ÀS ALTURAS DOS ASTROS, Observadas para po<strong>de</strong>rem ser empregadas nos<br />

Calculos da Latitu<strong>de</strong>, da Longitu<strong>de</strong>, da Hora, e do Azimuth; / por [...]. - Quarta Ediç<strong>ão</strong>.<br />

- Lisboa: Na Officina <strong>de</strong> Sim<strong>ão</strong> Thad<strong>de</strong>o Ferreira, 1798. - A-G4; 54-[2] pp.; 200 mm. (4.º).<br />

- Junto com:<br />

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----- COMPENDIO DO CALCULO DA LATITUDE NO MAR PELA OBSERVAÇÃO<br />

MERIDIANA DOS ASTROS, / por [...]. - Lisboa: Na Officina <strong>de</strong> Sim<strong>ão</strong> Thad<strong>de</strong>o Ferreira,<br />

1789. - 4.º; A-R4; [2]-134 pp., 11 ff. <strong>de</strong> Tábuas; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira da época; ligeiro trabalho <strong>de</strong> traça quase imperceptível em poucos fólios<br />

centrais junto ao festo. [Inocêncio, V, p. 74] A primeira obra foi impressa pela primeira vez, segundo<br />

indicações <strong>de</strong> Inocêncio, em 1780. O distinto bibliógrafo dá esta quarta ediç<strong>ão</strong> como impressa em 1807.<br />

Também n<strong>ão</strong> refere o segundo trabalho. Raro.<br />

494 MATOS (Armando <strong>de</strong>). - PEDRAS <strong>de</strong> Armas <strong>de</strong> Portugal. - Porto: Ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Fernando<br />

Machado & C.ª, s.d. - 568 pp.: il.; 290 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em pele, <strong>de</strong>corada a ouro e a seco nas pastas e lombada; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. Primeiro e único volume publicado <strong>de</strong>ste importante inventário das pedras <strong>de</strong> armas <strong>de</strong> Portugal,<br />

ilustrado com foto<strong>gravuras</strong> do próprio autor. Tiragem <strong>de</strong> apenas 750 exemplares numerados, sendo este o<br />

número 678. Muito raro e estimado.<br />

495 MATOS (Francisco <strong>de</strong>). - DOR sem Lenitivos dividida em seis discursos concionatorios<br />

[...]. - Lisboa: Na Officina <strong>de</strong> Valentim da Costa Deslan<strong>de</strong>s, 1703. - 8.º; *, A-Z, Aa-Cc//8;<br />

[16], 416 pp.; 210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira da época; ligeira aci<strong>de</strong>z. Fr. Francisco <strong>de</strong> Matos, natural <strong>de</strong> Lisboa, foi<br />

Reitor do Colégio do Rio <strong>de</strong> Janeiro, <strong>de</strong>pois Provincial e, por fim, Reitor do Colégio da Baía. (Inoc., III,<br />

p. 7)<br />

496 MATOS (General Norton <strong>de</strong>). - A NAÇÃO Una: Organizaç<strong>ão</strong> Política e Adminstrativa<br />

dos Territórios do Ultramar Português / com um prefácio do Prof. Egas Moniz. - Lisboa:<br />

Paulino Ferreira Filhos, 1953. - LVI, 336, [4] pp.: 220 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em percalina; corte superior das folhas carminado; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. Importante trabalho político do General Norton <strong>de</strong> Matos on<strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> a unificaç<strong>ão</strong> política,<br />

admnistrativa, social e económica <strong>de</strong> todo o território nacional e Colónias.<br />

497 MATTOS (Armando <strong>de</strong>). - SANTO António <strong>de</strong> Lisboa na tradiç<strong>ão</strong> popular: subsídio<br />

etnográfico. - Porto: Livraria Civilizaç<strong>ão</strong>-Editora, 1937. - 209 pp.: il., 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> em percalina, conserva capa <strong>de</strong> brochura anterior, aparado. Colectânea <strong>de</strong> romances,<br />

lendas, contos, orações e canções sobre Santo António na cultura popular.<br />

498 MELLO (Pedro Homem <strong>de</strong>). - BODAS Vermelhas. - Porto: Editorial Domingos Barreira,<br />

s.d. - 172 pp.; 185 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Raro.<br />

499 MELLO (Pedro Homem <strong>de</strong>). - PRÍNCIPE Perfeito. - Lisboa: Edições Gama, 1945. - [68]<br />

ff.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Primeira<br />

ediç<strong>ão</strong>. Sobre a poesia <strong>de</strong> Pedro Homem <strong>de</strong> Mello, diz Gaspar Simões: “Envolta em mistério, dir-se-à que<br />

toda a sua beleza resi<strong>de</strong> no próprio mistério irrevelado” (Introduç<strong>ão</strong>). Com um texto introdutório <strong>de</strong><br />

Gaspar Simões sobre a poesia do autor. Invulgar.<br />

500 MELO (Olímpio <strong>de</strong>). - ORDENS MILITARES PORTUGUESAS E OUTRAS<br />

CONDECORAÇÕES: Resumo histórico <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a sua fundaç<strong>ão</strong> e compilaç<strong>ão</strong> anotada <strong>de</strong><br />

toda a legislaç<strong>ão</strong> em vigor, mandados publicar pelo Ministério da Guerra. - Lisboa:<br />

Imprensa Nacional <strong>de</strong> Lisboa, 1922 [1923]. - 166-[2] pp., 27 est.: il.; 290 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; apenas ligeiramente aparado à cabeça.<br />

Trabalho sobre Or<strong>de</strong>ns militares e con<strong>de</strong>corações com a legislaç<strong>ão</strong> e resumos históricos acompanhado <strong>de</strong><br />

ilustrações a cores das várias con<strong>de</strong>corações.<br />

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501 MEMÓRIA Descriptiva do Projecto <strong>de</strong> um Porto <strong>de</strong> Abrigo em Leixões. - Lisboa: Imprensa<br />

Nacional, 1874. - 112 pp., 1 est.: il.; 240 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; apenas ligeiramente aparado<br />

à cabeça. Publicaç<strong>ão</strong> do relatório oficial sobre a realizaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um projecto para um porto <strong>de</strong> abrigo <strong>de</strong><br />

Leixões. Ilustrado com um mapa <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s dimensões do projecto. Raro.<br />

502 MENDES (A. Lopes). - A INDIA Portugueza: Breve <strong>de</strong>scripç<strong>ão</strong> das possessões portuguezas<br />

na Ásia. - Lisboa: Imprensa Nacional, 1886. - 2 v., XXVIII-282-[2] pp. e 91 est. e [2]-XII-314-<br />

[4] pp., 76 est.: il.; 240 mm.<br />

Brochado; bom exemplar. Obra resultante <strong>de</strong> uma estada <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> nove anos <strong>de</strong> Lopes Men<strong>de</strong>s na<br />

Índia. Nessa longínqua possess<strong>ão</strong> portuguesa, o autor foi reunindo notas e <strong>de</strong>senhos sobre os lugares que<br />

visitava. Registou e estudou assim os usos e costumes das regiões, a sua história e ligaç<strong>ão</strong> com Portugal, arte,<br />

etc. Profusamente ilustrado no texto e em separado com a reproduç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sses <strong>de</strong>senhos. Extraordinária e<br />

importante obra contemporânea das expedições <strong>de</strong> Serpa Pinto, Hermenegildo Capelo e Roberto Ivens<br />

ao continente africano.<br />

503 MENDES (António Lopes). - APONTAMENTOS sobre a Provincia <strong>de</strong> Satary do Estado<br />

da India Portugueza. - Nova-Goa: Imprensa Nacional, 1864. - [4], 140, [4] pp.; 210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; aci<strong>de</strong>z nos primeiros e últimos fólios.<br />

O autor <strong>de</strong>sta obra, servindo durante alguns anos em comiss<strong>ão</strong> no governo da Índia, apresenta nesta obra<br />

uma <strong>de</strong>scriç<strong>ão</strong> topográfica, geológica, agrícola e económica da província, discorre ainda sobre os usos e<br />

costumes dos seus habitantes, leis e religi<strong>ão</strong> (Inoc., VIII, 226).<br />

504 MENDES (Manuel). - BAIRRO. - Lisboa: Editorial Enciclopédia, s.d.. - 340 pp.; 190<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em percalina; ligeiramente aparado; conserva as camadas <strong>de</strong> brochura.<br />

Primeira ediç<strong>ão</strong>. Manuel Men<strong>de</strong>s colaborou em diversos órg<strong>ão</strong>s da imprensa, como a Seara Nova, Revista<br />

<strong>de</strong> Portugal, Vértice e República. Aproximado do Neo-Realismo, as suas narrativas s<strong>ão</strong> <strong>de</strong> feiç<strong>ão</strong> tradicional,<br />

“quer pela liguagem, quer pela estrutura, em que se nota um acentuado humanismo no trato das questões<br />

fulcrais da literatura neo-realista: a condiç<strong>ão</strong> dos trabalhadores, a vida das camadas populares, as estruturas<br />

sócio-económicas opressivas, etc.” (Biblos, III, col. 652)<br />

505 MENESES (Francisco <strong>de</strong> Sá <strong>de</strong>). - MALACA Conquistada pelo gran<strong>de</strong> Affonso <strong>de</strong><br />

Albuquerque, poema heroico / <strong>de</strong> [...]; com os argumentos <strong>de</strong> D. Bernarda Ferreira. -<br />

Terceira Impress<strong>ão</strong> mais correcta que as prece<strong>de</strong>ntes. - Lisboa: Na Offic. <strong>de</strong> José <strong>de</strong> Aquino<br />

Bulhoens, 1779. - 4.º; [ ], A-Z, Aa-Zz, Aaa-Lll//4, Mmm//3; [8], 462 pp.; 210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira da época; corte das folhas pintado. Francisco <strong>de</strong> Sá <strong>de</strong> Meneses (?-1664)<br />

teve como única obra publicada este poema heróico suscitado pela nossa activida<strong>de</strong> expansionista.<br />

Professando a Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> S. Domingos <strong>de</strong>pois da morte <strong>de</strong> sua mulher, transportou para este seu poema<br />

um espírito cruzadista, emergindo nele a narrativa <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Barros sobre a conquista <strong>de</strong> Malaca por<br />

Afonso <strong>de</strong> Albuquerque. Terceira ediç<strong>ão</strong>, estimada e rara.<br />

506 MENEZES ( Bourbon e) & SEQUEIRA (Gustavo <strong>de</strong> Matos). - FIGURAS HISTÓRICAS<br />

DE PORTUGAL / Direcç<strong>ão</strong> Artística <strong>de</strong> Alberto <strong>de</strong> Sousa. - Porto: Livraria Lello, 1933.<br />

- VIII-202 pp., 100 est.: il.; 345 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele, <strong>de</strong>corada a ouro nas pastas. Monumental ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong><br />

pequenas biografias das mais importantes personalida<strong>de</strong>s da história, literatura e arte portuguesas ilustrada<br />

com estampas, algumas a cores, impressas em papel couché.<br />

507 MENEZES (D. Fernando <strong>de</strong>). - VIDA e Acçoens d’ElRey Dom Jo<strong>ão</strong> I. - Lisboa: Na<br />

Officina <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> Galr<strong>ão</strong>, 1677. - *-*****. +-+++, A-D//4, E-Z, Aa-Ee//8, Ff//6; [64], 428<br />

pp.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira em pele; cansada; ocasionais manchas, mais acentuadas no fim do volume; ex-libris<br />

- 117 -


<strong>de</strong> Gustavo Matos Sequeira. D. Fernando <strong>de</strong> Menezes (1614-1699), 2.º Con<strong>de</strong> da Ericeira, 6.º senhor do<br />

Louriçal, comendador <strong>de</strong> Casével, <strong>de</strong> S. Pedro <strong>de</strong> Elvas e <strong>de</strong> Santa Cristina <strong>de</strong> Serze<strong>de</strong>lo, conselheiro <strong>de</strong><br />

Estado e da Guerra, gentil-homem da Câmara do Infante D. Pedro, <strong>de</strong>putado da Junta dos Três Estados,<br />

vereador do Senado <strong>de</strong> Lisboa e regedor da Casa da Suplicaç<strong>ão</strong>. Homem culto e <strong>de</strong> superior educaç<strong>ão</strong><br />

científica e literária. Apren<strong>de</strong>u latim e matemáticas. Seguindo a carreira militar, passou à Corte <strong>de</strong> Madrid<br />

e pelo Rei Católico foi enviado a Itália on<strong>de</strong> conheceu vários alunos da célebre “Palestra <strong>de</strong> Belona e<br />

Minerva”, entre eles Paulo Espínola, Jo<strong>ão</strong> Caray Osório, Carlos Colonna e Lelio Brancaccio, interviu em<br />

várias batalhas contra os franceses. Depois da aclamaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> D. Jo<strong>ão</strong> IV regressou a Portugal e retirou-se<br />

para o seu senhorio do Louriçal. Daí foi chamado para dar a sua a<strong>de</strong>s<strong>ão</strong> ao novo Rei <strong>de</strong> Portugal, o qual o<br />

nomeou para dirigir os trabalhos <strong>de</strong> fortificaç<strong>ão</strong> que apressadamente se faziam para <strong>de</strong>fesa das investidas<br />

espanholas. Sob a sua direcç<strong>ão</strong> foi artilhado o forte do Out<strong>ão</strong>, construídos os fortes <strong>de</strong> Aveiro, Buarcos<br />

e Peniche. Travou batalhas em Montijo e Valver<strong>de</strong> e forçou o marquês <strong>de</strong> Leganés a levantar o cerco <strong>de</strong><br />

Évora. Como governador <strong>de</strong> Peniche impediu o <strong>de</strong>sembarque da armada inglesa. Em 1615, foi nomeado<br />

6.º governador <strong>de</strong> Tanger, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo a cida<strong>de</strong> contra os sucessivos ataques dos muçulmanos. Esta sua<br />

obra sobre D. Jo<strong>ão</strong> I foi a primeira que publicou, sendo estimada pelos seus contemporâneos. Raro e<br />

estimado.<br />

508 MENEZES (D. Luís <strong>de</strong>, Con<strong>de</strong> da Ericeira). - HISTORIA <strong>de</strong> Portugal Restaurado [...]. -<br />

Lisboa: Na Officina <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> Galr<strong>ão</strong>; Na Officina <strong>de</strong> Miguel Deslan<strong>de</strong>s, 1679-1698. - 4.º; 2<br />

v.: 1.º, +//4, ++//2, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Zzz, Aaaa-Zzzz, Aaaaa-Zzzzz, Aaaaaa-Bbbbbb//4,<br />

Cccccc//2, [12], 908, [32] pp., 1 ret.; 2.º, *//4, **//6, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Zzz, Aaaa-Zzzz,<br />

Aaaaa-Zzzzz, Aaaaaa-Gggggg//4; [20], 976 pp.: il.; 330 mm.<br />

Exemplar com um retrato do Con<strong>de</strong> da Ericeira; portada alegórica fac-similada. Ostenta ainda um facsimile<br />

<strong>de</strong> um ante-rosto do primeiro volume que n<strong>ão</strong> lhe pertence, pois só na segunda ediç<strong>ão</strong> a obra tem tal<br />

folha. Enca<strong>de</strong>rnações inteiras <strong>de</strong> carneira da época restauradas; corte das folhas carminado; limpo. D. Luís<br />

<strong>de</strong> Meneses (1632-1690), Comendador da Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> Cristo, General <strong>de</strong> Artilharia e Vedor da Fazenda<br />

<strong>de</strong> D. Pedro II cujo partido tomou aquando das intrigas palacianas para a <strong>de</strong>posiç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> D. Afonso VI,<br />

foi apelidado em sua época com Colbert português em virtu<strong>de</strong> da sua paix<strong>ão</strong> pelas artes industriais e do<br />

impulso que lhes <strong>de</strong>u em Portugal. Esta sua importantíssima fonte coeva da Guerra da Restauraç<strong>ão</strong> ocupase<br />

daquela problemática e seus acontecimentos até 1668, ano da assinatura da paz com Castela. Primeira<br />

ediç<strong>ão</strong>. Raro e estimado. Inocêncio, V, 307; Salema Garç<strong>ão</strong>, I, 1981; Samodães, 2085; Palha, 2951; Ameal,<br />

1524; Pinto Matos, p. 400<br />

509 MENEZES (Diogo <strong>de</strong> Mello e). - GRAMMATICA Racional da Lingua Latina [...]. - Lisboa:<br />

Na Imprensa Nacional, 1835. - 80 pp., 1 grav.: il.; 210 mm.<br />

Bom exemplar. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele <strong>de</strong>corada a ouro nas pastas com cercadura <strong>de</strong> motivos<br />

vegetalistas e na lombada com título também a ouro; parcialmente por abrir. Manual para ser usado pelos<br />

alunos do colégio Casa Pia <strong>de</strong> Lisboa, escrito pelo Fr. Diogo <strong>de</strong> Melo e Meneses (1751-1847), Monge <strong>de</strong><br />

S. Jerónimo e professor <strong>de</strong> Latim no Mosteiro <strong>de</strong> Belém. A obra está impressa a preto, a ver<strong>de</strong> e a azul,<br />

constituindo por isso uma curiosida<strong>de</strong> tipográfica para época. Raro.<br />

510 MENEZES (Servulo Drummond <strong>de</strong>). - UMA EPOCA administrativa da Ma<strong>de</strong>ira e Porto<br />

Santo, a contar do dia 7 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1846 . - Funchal: Na Typ. Nacional, 1849-1850. -<br />

2v.; 160 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações com lombada em pele da época, cansadas; ligeira aci<strong>de</strong>z própria da má qualida<strong>de</strong> do papel,<br />

ligeiramente aparado. Colecç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> peças oficiais, documentos e actos administrativos “que h<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um<br />

dia servir <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> auxílio para a história da Ma<strong>de</strong>ira, fornecendo notícias...” (pref. ii), referindo assuntos<br />

policiais, políticos, emigraç<strong>ão</strong>, gerência municipal, obras públicas, agricultura, ca<strong>de</strong>ias, iluminaç<strong>ão</strong> das<br />

ruas, populaç<strong>ão</strong>, etc., aos quais se juntam alguns artigos literários e políticos.<br />

511 MENINO (Pero). - LIVRO <strong>de</strong> Falcoaria <strong>de</strong> Pero Menino / Publicado, com Introduç<strong>ão</strong>,<br />

Notas e Glossário por Rodrigues Lapa. - Coimbra: Imprensa da Universida<strong>de</strong>, 1931. -<br />

LXVIII-92 pp., 3 est.: il.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas carminado; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. Regimento <strong>de</strong> falcoaria mandado fazer por D.Fernando a Pero Menino, um dos seus falcoeiros,<br />

a fim <strong>de</strong> os reger e ensinar na arte da falcoaria.<br />

- 118 -


Lote n.º 508 Lote n.º 513<br />

Lote n.º 521 Lote n.º 530


512 MIGUÉIS (José Rodrigues). - UM HOMEM Sorri à morte com meia Cara: Narrativa. -<br />

Lisboa: Estudios Cor, 1959. - 154 pp.; 200 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. “A experiência autobiográfica, força motriz da obra migueisiana no seu<br />

conjunto, assume-se explicitamente em «Um Homem Sorri à Morte - Com Meia Cara» on<strong>de</strong> o sofrimento<br />

perante a ameaça do fim se transmuta pela coragem e pela vonta<strong>de</strong>, em vitória da vida e da esperança”<br />

(Biblos, III, c. 781). Raro.<br />

513 MIRANDA (Francisco Sá <strong>de</strong>). - AS OBRAS do Doctor Francisco <strong>de</strong> Saa <strong>de</strong> Miranda.<br />

Agora <strong>de</strong> novo impressas com a Relaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> sua calida<strong>de</strong>, & vida. - Lisboa: Vicente Alvarez,<br />

1614. - //4, , A-V//8; [12], 160 ff.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele recente ao gosto da época; corte das folhas carminado; ex-libris a óleo <strong>de</strong><br />

Vieira Pinto ao longo do volume, assim como um outro heráldico n<strong>ão</strong> i<strong>de</strong>ntificado; ex-libris da Biblioteca<br />

<strong>de</strong> O Globo; mancha no frontispício e nos últimos fólios, acentuada no último com perda ligeira <strong>de</strong><br />

suporte. MUITO RARO. Segunda ediç<strong>ão</strong>. Publicada originalmente em 1595, as obras <strong>de</strong> Francisco Sá <strong>de</strong><br />

Miranda revelam-se das primeiras manifestações portuguesas <strong>de</strong> géneros renascentistas como a écloga e a<br />

sextina, assim como o soneto e a canç<strong>ão</strong>. Samodães, 2933; Inoc., III, p. 53<br />

514 MONTEIRO (Adolfo Casais). - CANTO da Nossa Agonia: Poema. - Lisboa: Edições<br />

Signo, 1942. - 40 pp.; 210 mm.<br />

Brochado; exemplar por abrir. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Raro.<br />

515 MONTEIRO (Adolfo Casais). - EUROPA / Desenhos <strong>de</strong> António Dacosta. - Lisboa:<br />

Confluência, 1946. - 38-[2] pp.: il.; 245 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; ligeiramente aparado à cabeça.<br />

Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste poema <strong>de</strong> Adolfo Casais Monteiro ouvido pela primeira vez na emiss<strong>ão</strong> em língua<br />

portuguesa da B.B.C. a 23 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1945.<br />

516 MONTEIRO (Adolfo Casais). - FERNANDO PESSOA: O Insincero Verídico. - Lisboa:<br />

Editorial Inquérito, 1954. - 44-[4] pp.; 225 mm.<br />

Brochado. Ensaio que fora lido no Instituto Britânico em Abril <strong>de</strong> 1954.<br />

517 MONTEIRO (Jose Maria <strong>de</strong> Souza). - DICCIONARIO Geographico das Provincias e<br />

Possessões Portuguezas no Ultramar. - Lisboa: Typographia Lisbonense, 1850. - 544 pp.;<br />

210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado. Dicionário em que se <strong>de</strong>screvem as províncias<br />

e as ilhas sob administraç<strong>ão</strong> e soberania portuguesa, incluindo diversas informações sobre usos, costumes<br />

e história.<br />

518 MONTIÑO (Francisco Martinez). - ARTE <strong>de</strong> Cozina, Pasteleria, Vizcocheria, y<br />

Conserveria. - Valencia: Imprenta <strong>de</strong> Francisco Mestre, 1705. - 8.º; , A-Z, Aa-Kk//8,<br />

Ll//6; [16], 512, [18] pp.; 160 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pergaminho da época; ocasional aci<strong>de</strong>z, mas <strong>de</strong> forma geral limpo; com vestígios<br />

<strong>de</strong> atilhos. Esta obra é um dos <strong>livros</strong> <strong>de</strong> receitas mais famosos na sua época, n<strong>ão</strong> só pelo conjunto amplo <strong>de</strong><br />

recomendações culinárias, mas também pela varieda<strong>de</strong> e novida<strong>de</strong> <strong>de</strong> receitas. Do autor sabe-se que serviu<br />

no Palácio Real nos reinados <strong>de</strong> Felipe II, Felipe III e Felipe IV.<br />

519 MORAES (Manuel da Silva). - VIDA Admiravel do mais raro Milagre da Natureza [...] o<br />

Serafico S. Francisco <strong>de</strong> Assis. Escritta novamente no idioma Portuguez, e colhida <strong>de</strong><br />

carios authores [...] / pelo Pe. [...]. - Lisboa Occi<strong>de</strong>ntal: Na Officina <strong>de</strong> Manoel Fernan<strong>de</strong>s<br />

da Costa, 1737. - [10], 438 pp., 1 grav.: il.; 215 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira da época <strong>de</strong>corada a ouro na lombada; manchas nos primeiros fólios;<br />

quase imperceptíveis furos <strong>de</strong> traça junto ao festo em alguns ca<strong>de</strong>rnos. Ilustrado com uma gravura aberta<br />

- 120 -


por Debrie ilustrando uma apariç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Cristo Crucificado a S. Francisco <strong>de</strong> Assis, enquanto este é<br />

amparado por dois anjos.<br />

520 MORAES (Wenceslau <strong>de</strong>). - CARTAS Íntimas <strong>de</strong> Wenceslau <strong>de</strong> Moraes / prefácio e<br />

Anotações <strong>de</strong> Ângelo Pereira e Ol<strong>de</strong>miro César. - Lisboa: Empresa Nacional <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>,<br />

1944. - 144 pp., 7 est.: il.; 255 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas carminado; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. Publicaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> cartas escritas às irmãs, cunhados e sobrinhos <strong>de</strong> Wenceslau <strong>de</strong> Moraes. Estimado<br />

e invlugar.<br />

521 MORAES (Wenceslau <strong>de</strong>). - O CULTO DO CHÁ / Ilustrações <strong>de</strong> Yoshiaki. - Kobe:<br />

Typographia do “Kobe Herald”, 1905. - 46 pp.: il.; 220 mm.<br />

Belo exemplar brochado em caixa soberbamente executada e assinada por Victor Santos, em chagrin<br />

vermelho, finamente <strong>de</strong>corada a ouro com casas fechadas na lombada, duplo filete nas pastas enquadrando<br />

os títulos na anterior e motivos florais nas seixas. [Almeida Marques, 1320] Primeira ediç<strong>ão</strong> da mais<br />

estimada obra <strong>de</strong> Wenceslau <strong>de</strong> Moraes sobre o uso do Chá na cultura Japonesa, belamente ilustrado com<br />

<strong>de</strong>senhos coloridos retratando costumes e personagens. MUITO RARO e procurado.<br />

522 MORAIS (A. Faria <strong>de</strong>). - SUBSÍDIOS para a História <strong>de</strong> Timor. - Bastorá: Tipografia<br />

Rangel, 1934. - 86 pp.; 255 mm.<br />

Brochado. Interessante subsídio para a história da presença portuguesa em Timor, publicando-se vários<br />

artigos relativos à ilha das últimas décadas do século XVII até meados do século XVIII. Invulgar.<br />

523 MOREAU (Mário). - O TEATRO <strong>de</strong> S. Carlos: dois séculos <strong>de</strong> história. - Lisboa: Hugin,<br />

1999. - 2 v.: il.; 285 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações editoriais. Uma das mais recentes publicações sobre o Teatro <strong>de</strong> S. Carlos. Com um<br />

primeiro capítulo on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> ler uma síntese histórica do Teatro e uma segunda com a <strong>de</strong>scriç<strong>ão</strong> das<br />

várias temporadas e acontecimentos. Profusamente ilustrado no texto com foto<strong>gravuras</strong> e outras imagens<br />

relativas a actores, cantores, encenadores, músicos, directores, entre outras personalida<strong>de</strong>s, ligadas ao<br />

Teatro. Esgotado.<br />

524 MOREIRA (António José). - REGRAS <strong>de</strong> Desenho para a Delineaçaõ das Plantas, Perfis,<br />

e Perspectivas pertencentes a’ Arquitectura Militar, e Civil, Com a <strong>de</strong>scripçaõ, e pratica<br />

dos instrumentos <strong>de</strong> que mais ordinariamente se servem os Officiaes Engenheiros assim<br />

no bofete, como no terreno, para uso da Real Aca<strong>de</strong>mia <strong>de</strong> Fortificaçaõ, Artilheria, e<br />

Desenho [...]. - Lisboa: Na Typografia <strong>de</strong> Joaõ Antonio da Silva, 1793. - [ ], A-P//8; [18]-<br />

238-[2] pp., 30 est.: il.; 180 mm. (8.º).<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em percalina; ligeiramente aparado; exemplar limpo. Inocêncio, I, p.173<br />

António José Moreira foi capit<strong>ão</strong> do Corpo <strong>de</strong> Engenheiros e professor <strong>de</strong> Desenho na Aca<strong>de</strong>mia Real <strong>de</strong><br />

Fortificaç<strong>ão</strong> em Lisboa, segundo Inocêncio morreu em 1794, tendo sido esta a única obra que publicou,<br />

ilustrada com 30 estampas abertas a buril ilustrando as várias regras apresentadas ao longo da obra. Raro.<br />

525 MOTA (A. Teixeira da). - GUINÉ Portuguesa. - Lisboa: Agência Geral do Ultramar,<br />

1954. - 2 v.: il.; 230 mm.<br />

Brochado; <strong>de</strong>dicatória do autor. Uma das mais completas monografias sobre a Guiné, profusamente<br />

ilustrado em separado. Invulgar.<br />

526 MUNDO PORTUGUÊS: Imagens <strong>de</strong> uma Exposiç<strong>ão</strong> Histórica 1940. - Lisboa: Edições<br />

S.N.I., [1956]. - [252] pp., 3 est. <strong>de</strong>sd.: il.; 370 mm.<br />

Cartonagem editorial com sobrecapa. Bom exemplar. Albúm evocativo da gran<strong>de</strong> Exposiç<strong>ão</strong> do Mundo<br />

Português, profusamente ilustrado no texto e com 3 estampas <strong>de</strong>sdobráveis, uma <strong>de</strong>las um mapa da<br />

exposiç<strong>ão</strong>. Invulgar e procurado.<br />

- 121 -


527 MUÑOZ (Luis). - VIDA, y Virtu<strong>de</strong>s <strong>de</strong>l V.P.M. Fr. Luis <strong>de</strong> Granada, <strong>de</strong>l sagrado or<strong>de</strong>n <strong>de</strong><br />

predicadores [...]. - Madrid: en la Imprenta <strong>de</strong> Antonio Perez <strong>de</strong> Soto, 1756. - 4.º, a//4,<br />

b//2, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Yyy//4; [12], 562, [2 br] pp.; 210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira da época; pastas ligeiramente cansadas, mas com ricas <strong>de</strong>corações a<br />

ouro na lombada ainda brilhantes; corte das folhas carminado. Reconhecida biografia <strong>de</strong> Frei Luis <strong>de</strong><br />

Granada que cobre, em três partes, os episódios mais significativos da vida <strong>de</strong>ste fra<strong>de</strong> dominicano nascido<br />

em Granada, mas que passou gran<strong>de</strong> parte da sua vida em Portugal, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhou diversos cargos<br />

<strong>de</strong> relevo. Foi, inclusive, confessor <strong>de</strong> D. Jo<strong>ão</strong> III, da raínha D. Catarina e do Car<strong>de</strong>al D. Henrique. A<br />

presente ediç<strong>ão</strong> inclui ainda um serm<strong>ão</strong> do venerável padre sobre uma passagem da 2.ª Carta aos Coríntios<br />

<strong>de</strong> S<strong>ão</strong> Paulo.<br />

528 MURALHA (Sidónio). - BÊCO: Poemas <strong>de</strong> [...]. - Lisboa: Gráfica Lisbonense, 1941. - 76<br />

pp.; 200 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong> da obra <strong>de</strong> estreia <strong>de</strong> Sidónio Muralha, autor muito ligado ao neo-realismo que<br />

se revela já neste seu primeiro título.<br />

529 MURALHA (Sidónio). - PASSAGEM <strong>de</strong> Nível. - Coimbra: Novo Cancioneiro, 1942. - 36<br />

pp.; 235 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong> da obra que marca a a<strong>de</strong>s<strong>ão</strong> do poeta ao movimento neo-realista. “A poesia <strong>de</strong><br />

Sidónio Muralha entrelaça este fio utópico com a nostalgia da experiência natural das coisas e dos seres,<br />

dos corpos e dos objectos, dos afectos e dos valores: <strong>de</strong>finiu-se em torno <strong>de</strong>ssa naturalida<strong>de</strong> e aí <strong>de</strong>vemos<br />

buscar a raz<strong>ão</strong> da simplicida<strong>de</strong> da maior parte dos seus textos” (Biblos, III, col. 994). Raro.<br />

530 MURPHY (James). - TRAVELS in Portugal; through the provinces of Entre Douro e<br />

Minho, Beira, Estremadura, and Alem-Tejo in the years 1789 and 1790 [...]. - London: A.<br />

Strahan, T. Ca<strong>de</strong>ll Jun. and W Davies, 1795. - [ ]//2, A-Z, Aa-Rr//4; XII-312 pp., 24 est.:<br />

il.; 300 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> meia amador <strong>de</strong> pele com cantos; bom exemplar, com boas margens e limpo. «É uma<br />

das mais notáveis obras que se publicaram no século passado a respeito do nosso país, e por mais <strong>de</strong> um<br />

motivo <strong>de</strong>vemos ser gratos à memória do arquitecto Murphy» [Manuel Bernar<strong>de</strong>s Branco]. Muito raro e<br />

estimado. Duarte Sousa, I, 511; Portugal e os Estrangeiros, I, 508<br />

531 MUSANY (F.). - TRAITÉ d’Équitation. - Paris: Librairie Militaire <strong>de</strong> L. Baudoin, 1888. - 2<br />

v. em 1.: il.; 210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte das folhas pintado. Interessante e estimada obra<br />

da bibliografia hípica francesa. O primeiro volume com um curso elementar ornado com 78 <strong>gravuras</strong><br />

<strong>de</strong>senhadas por Frédéric Régamey, e o segundo com o curso superior e alta escola ornado com 122<br />

<strong>gravuras</strong> do mesmo autor. Raro.<br />

532 MUSEU DE ANGOLA / Colecç<strong>ão</strong> Etnográfica. - Luanda: Imprensa Nacional <strong>de</strong> Angola,<br />

1955. - XVI-[2]-102 pp., 41 est.: il.; 280 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas carminado. Bom exemplar.<br />

Catálogo das peças etnográficas do Museu <strong>de</strong> Angola. Invulgar.<br />

533 MUSEU Illustrado: Album Litterario / dir. David <strong>de</strong> Castro. - Ano I, n. 1, 1878 - 1879. -<br />

Porto: Typ. Commercial Portuense, 1878-1879. - 2 v.: il.; 310 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele da época um pouco cansada. [Jornais e Revistas Portugueses do séc.<br />

XIX, 3620] Colecç<strong>ão</strong> completa. Com colaboraç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Alberto Pimentel, Antero <strong>de</strong> Quental, Camilo, Eça<br />

<strong>de</strong> Queirós, Fialho <strong>de</strong> Almeida, Gomes Leal, Júlio César Machado, entre muitos outros. Raro.<br />

534 NAMORA (Fernando). - AS SETE Partidas do Mundo: Romance. - Coimbra: Portugália,<br />

1938. - 256, [8] pp.; 200 mm.<br />

- 122 -


Lote n.º 540


Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um dos primeiros títulos publicados por um autor injustamente esquecido.<br />

Figura <strong>de</strong> primeiro plano do neo-realismo, inaugurou duas colecções emblemáticas para a história da<br />

literatura portuguesa - Novo Cancioneiro e Novos Prosadores. Este seu romance, assim como Relevos,<br />

procura <strong>de</strong>s<strong>de</strong> logo um ponto <strong>de</strong> ruptura com o presencismo. Na sua obra levanta uma das mais<br />

“<strong>de</strong>talhadas e impiedosas análises da vivência portuguesa” (Biblos, III, col. 1016), quer do ambiente rural,<br />

quer do ambiente da gran<strong>de</strong> urbe. Raro.<br />

535 NASÃO (Publio Ovídio). - ARTE <strong>de</strong> Amar / <strong>de</strong> [...], traducç<strong>ão</strong> em numero egual <strong>de</strong><br />

versos [...] por António Feliciano <strong>de</strong> Castilho. - Rio <strong>de</strong> Janeiro: Eduardo & Henrique<br />

Laemmert, 1862. - 3 v. em 1.; 225 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele ricamente <strong>de</strong>corada a ouro <strong>de</strong> época; ligeiramente aparado; carimbo<br />

<strong>de</strong> posse da Quinta das Lágrimas. Ediç<strong>ão</strong> bilingue dos versos <strong>de</strong> Ovídio, seguidos da obra Grinalda da Arte<br />

<strong>de</strong> Amar <strong>de</strong> José Feliciano <strong>de</strong> Castilho. Raro.<br />

536 NASCIMENTO (Cabral do). - CANCIONEIRO. - Lisboa: Edições Gama, 1943. - 134<br />

pp.; 180 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste livro <strong>de</strong> poemas distinguido com o prémio Antero <strong>de</strong> Quental. Raro.<br />

537 NATIVIDADE (J. Vieira). - OS FRUTOS: Colheita, Acondicionamento, Comércio,<br />

Transporte. - Porto: Sindicato Agrícola <strong>de</strong> Alcobaça, 1930. - 308, [4] pp., 16 ff. <strong>de</strong> est.: il.;<br />

210 mm.<br />

Brochado. Importante estudo sobre a fluricultura. Com capítulos sobre a organizaç<strong>ão</strong> da produç<strong>ão</strong>,<br />

colheita, escolha e calibragem, material para acondicionamento, comércio, transportes e conservaç<strong>ão</strong>.<br />

Profusamente ilustrado no texto com <strong>de</strong>senhos e em separado com foto<strong>gravuras</strong> impressas em papel<br />

couché. Raro.<br />

538 NATIVIDADE (M. Vieira). - IGNEZ <strong>de</strong> Castro e Pedro o Cru Perante a Iconografia dos<br />

seus Túmulos. - Lisboa: Typ. A Edittora, 1910. - 120 pp., 35 est.: il.; 260 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Estudo sobre a iconografia dos túmulos<br />

<strong>de</strong> Pedro e Inês <strong>de</strong> Castro. Ediç<strong>ão</strong> com o texto <strong>de</strong>scritivo em português e francês. Profusamente ilustrado<br />

em separado com foto<strong>gravuras</strong> impressas em papel couché. Estimado.<br />

539 NAVIGATION <strong>de</strong> Vasque <strong>de</strong> Gamme, chef <strong>de</strong> l’armée du Roi <strong>de</strong> Portugal en l’an 1497,<br />

écrite par un gentilhomme florentin qui se trouva <strong>de</strong> retour à Lisbonne avec ladite armée<br />

/ publiée par M- Charles Schefer. - Paris: Ernest Leroux, 1898. - XX, 276 pp., 3 est.: il.; 220<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele, <strong>de</strong>corada a ouro; corte superior das folhas camrinad; conserva as<br />

capas <strong>de</strong> brochura. Publicaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um manuscrito relativo à viagem <strong>de</strong> Vasco da Gama, publicado em<br />

Paris, associando-se o editor às comemorações centenárias da <strong>de</strong>scoberta do caminho marítimo para a<br />

Índia. Raro.<br />

540 NEGREIROS (José <strong>de</strong> Almada). - A ENGOMADEIRA: Novela Vulgar Lisboeta. - Lisboa:<br />

ed. autor, 1917. - 32 pp.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma das<br />

obras pertencentes ao primeiro período literário <strong>de</strong> Almada Negreiros, on<strong>de</strong> se inclui também o raríssimo<br />

K4. É igualmente uma das primeiras e mais importantes obras do primeiro mo<strong>de</strong>rnismo português. Muito<br />

raro.<br />

541 NEGREIROS (José <strong>de</strong> Almada). - A INVENÇÃO DO DIA CLARO [...]. - Lisboa:<br />

“Olisipo”, 1921. - 46-[2] pp.: il.; 260 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele, dizeres a ouro na pasta anterior; ligeiramente aparado à<br />

- 124 -


cabeça. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta importante obra <strong>de</strong> intervenç<strong>ão</strong>, “escrita <strong>de</strong> uma só maneira para todas as<br />

espécies <strong>de</strong> orgulho [...]”, ilustrado com um auto-retrato. Raro.<br />

542 NEGREIROS (José <strong>de</strong> Almada). - DESEJA-SE MULHER: Espectáculo em 3 actos e 7<br />

quadros. - Lisboa: Verbo, 1959. - 76-[4] pp.: il.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta peça<br />

<strong>de</strong> teatro <strong>de</strong> Almada Negreiros, ilustrada por ele próprio. Invulgar.<br />

543 NEGREIROS (José <strong>de</strong> Almada). - DIRECÇÃO UNICA: Conferencia realisada em Lisboa<br />

no Teatro Nacional <strong>de</strong> Almeida Garrett, a Convite <strong>de</strong> Amelia Rey-Colaço, Repetida em<br />

Coimbra no Sal<strong>ão</strong> Nobre da Associaç<strong>ão</strong> Académica, a Convite da Revista «Presença». -<br />

Lisboa: UP, 1932. - 56 pp.: il.; 190 mm.<br />

Brochado Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste texto <strong>de</strong> reflex<strong>ão</strong>. Raro.<br />

544 NEGREIROS (José <strong>de</strong> Almada). - NOME <strong>de</strong> Guerra: Romance. - Lisboa: Edições Europa,<br />

s.d. - 254, [2] pp.; 195 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Raro.<br />

545 NEGREIROS (José <strong>de</strong> Almada). - PIERROT E ARLEQUIM, personagens <strong>de</strong> Theatro /<br />

Ensaios <strong>de</strong> dialogo seguidos <strong>de</strong> commentarios por [...]. - Lisboa: Portugália, 1924. - 68-[4]<br />

pp.: il.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas carminado; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong> ilustrada com um auto-retrato, dois figurinos e um <strong>de</strong>senho alusivo. Raro e<br />

estimado.<br />

546 NEGREIROS (José <strong>de</strong> Almada). - PRESENÇA. - Lisboa: Imprensa Libânio da Silva,<br />

1952. - 8 pp.; 250 mm.<br />

Brochado; por abrir; ligeira aci<strong>de</strong>z. Rara separata da revista Bicórnio.<br />

547 NEMÉSIO (Vitorino). - FESTA Redonda: Décimas e Cantigas <strong>de</strong> Terreiro Oferecidas ao<br />

Povo da Ilha Terceira. - Lisboa: Livraria Bertrand, 1950. - 256 pp.; 195 mm.<br />

Dedicatória do autor. Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Raro.<br />

548 NEMÉSIO (Vitorino). - MAU TEMPO NO CANAL: Romance. - Lisboa: Livraria<br />

Bertrand, 1944. - 478-[2] pp.; 190 mm.<br />

Brochado [Almeida Marques, 1423] Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um dos mais importantes e intensos romances da<br />

literatura portuguesa do século XX. Assinatura <strong>de</strong> posse na primeira folha em branco. Raro e estimado.<br />

549 NEVES (Azevedo). - A MÁSCARA d’um Actor: Cabeças d’Express<strong>ão</strong>. - Lisboa: Typ. do<br />

Annuario Commercial, 1914. - LX, 266, [2] pp.: il.; 270 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele, cansada; corte superior das folhas carminado; com falta <strong>de</strong> capas <strong>de</strong><br />

brochura. Interessante estudo sobre as expressões <strong>de</strong> representaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um actor, profusamente ilustrado<br />

no texto com pequenas estampas impressas em papel couché e coladas nas folhas e <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> Roque<br />

Gameiro. Invulgar.<br />

550 NEVES (Diocleciano Fernan<strong>de</strong>s das). - ITINERARIO <strong>de</strong> uma Viagem à Caça dos<br />

Elephantes. - Lisboa: Typographia Universal, 1878. - [4]-284-[4] pp.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; apenas ligeiramente aparado<br />

à cabeça. Notícias sobre a vida quotidiana na África Oriental, regi<strong>ão</strong> on<strong>de</strong> o autor viveu alguns anos. Com<br />

uma introduç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Bulh<strong>ão</strong> Pato. Raro.<br />

- 125 -


551 NEVES (J. da P. Castanheira das). - A EVOLUÇÃO do Alumiamento Marítimo e dos<br />

Signaes <strong>de</strong> Nevoeiro para prevenç<strong>ão</strong> aos navegantes. - Lisboa: Imprensa Nacional, 1906. -<br />

116 pp., 2 mapas.: il.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; <strong>de</strong>dicatória do autor. Estudo que<br />

preten<strong>de</strong> dar “uma notícia ou recapitulaç<strong>ão</strong> geral das fases por que até ao presente tem passado nas nações<br />

marítimas mais adiantadas, e particularmente no nosso país, a importante quest<strong>ão</strong> do alumiamento<br />

marítimo e dos sinais <strong>de</strong> prevenç<strong>ão</strong> aos homens do mar para na ocasi<strong>ão</strong> dos nevoeiros se acautelarem dos<br />

perigos das penedias e fraguedos das costas e dos bancos e recifes dos portos e barras” (p. 3). Com dois<br />

mapas ilustrando a localizaç<strong>ão</strong> dos faróis portugueses, o primeiro para a costa <strong>de</strong> Portugal continental, a<br />

segunda para os arquipélagos da Ma<strong>de</strong>ira e Açores. Raro.<br />

552 NEVES (José Acurcio das). - MANIFESTO da Raz<strong>ão</strong> contra as Usurpações Francezas. -<br />

Lisboa: Na Of. <strong>de</strong> Sim<strong>ão</strong> Thad<strong>de</strong>o Ferreira, 1808. - 44 pp.; 205 mm.<br />

Brochado; corte das folhas pintado, provavelmente por ter pertencido a uma miscelânea. Ex-libris <strong>de</strong> Vítor<br />

Ávila Peres. Trabalho <strong>de</strong> José ACúrcio das Neves, publicado quando as tropas aliadas partiam para o<br />

ataque às tropas francesas. Raro.<br />

553 NOGUEIRA (A.F.). - A ILHA <strong>de</strong> S. Thomé: a quest<strong>ão</strong> bancária no ultramar e o nosso<br />

problema colonial. - Lisboa: Typ. do Jornal As Colónias Portuguesas, 1893. - 192, [8], 32<br />

pp., 4 grav., 1 tabela, 1 mapa: il.; 230 mm.<br />

Dedicatória do autor. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em percalina. Monografia <strong>de</strong>dicada ao estudo da situaç<strong>ão</strong><br />

geográfica, económica e social da ilha <strong>de</strong> S. Tomé. Com várias consi<strong>de</strong>rações gerais sobre o colonialismo<br />

português. Raro.<br />

554 NORONHA (Eduardo <strong>de</strong>). - HISTORIA das Toiradas / por [...], direcç<strong>ão</strong> artística <strong>de</strong><br />

Roque Gameiro. - Lisboa: Companhia Nacional Editora, 1900. - [4], 396 pp., 33 est.: il.;<br />

215x295 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial restaurada. Uma das mais raras peças da bibliografia tauromáquica portuguesa.<br />

Além do interesse histórico dos capítulos, vem ilustrada com reproduções <strong>de</strong> bonitas aguarelas <strong>de</strong> Roque<br />

Gameiro, Alberto <strong>de</strong> Sousa, entre outros.<br />

555 NORONHA (Eduardo <strong>de</strong>). - O HEROE <strong>de</strong> Chaimite: Mouzinho <strong>de</strong> Albuquerque,<br />

Narrativa histórica e militar / prefácios <strong>de</strong> Ayres <strong>de</strong> Ornellas e Henrique <strong>de</strong> Paiva Couceiro.<br />

- Porto: Empreza <strong>de</strong> O Primeiro <strong>de</strong> Janeiro, 1906. - 480 pp., 1 ret.: il.; 180 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado e com falta das capas <strong>de</strong> brochura.<br />

Estimada biografia <strong>de</strong> Mousinho <strong>de</strong> Albuquerque, ilustrada no texto. Invulgar.<br />

556 NORONHA (Eduardo). - O VESTUÁRIO: História do Traje <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os Tempos mais<br />

Remotos até à Ida<strong>de</strong> Média. - Lisboa: Imprensa Libanio da Silva, 1911. - 318, [2] pp.: il.;<br />

190 mm.<br />

Brochado Síntese histórica ornada com mais <strong>de</strong> duzentas <strong>gravuras</strong> no texto sobre o uso do vestuário <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

os povos semitas e etíopes até ao século XV. Estimado.<br />

557 NOVO Manual do Prestigiador ou Livro <strong>de</strong> Sortes Divertidas tanto <strong>de</strong> m<strong>ão</strong>s como <strong>de</strong><br />

cartas e physica recreativa ao alcance <strong>de</strong> todos. - Lisboa: J. J. Bordalo, 1870. - 196, [19] pp.;<br />

175 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva a capa <strong>de</strong> brochura posterior; bom exemplar.<br />

Muito curioso e raro livro on<strong>de</strong> se explicam vários truques <strong>de</strong> ilusionismo, ilustrado no texto com cerca<br />

<strong>de</strong> oito centenas <strong>de</strong> figuras.<br />

558 O COZINHEIRO dos Cozinheiros [...]. - Nova ediç<strong>ão</strong>. - Lisboa: P. Plantier, 1905. - [8], 798<br />

pp.; il.; 185 mm.<br />

- 126 -


Lote n.º 566 Lote n.º 574<br />

Lote n.º 576 Lote n.º 594


Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em percalina; cansada; aci<strong>de</strong>z; ligeiramente aparado. Colecç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> mais<br />

<strong>de</strong> 1500 receitas, inclui informações sobre alimentaç<strong>ão</strong> e conservaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> alimentos, instruções sobre a<br />

ornamentaç<strong>ão</strong> da mesa e diccionário <strong>de</strong> termos usuais <strong>de</strong> cozinha.<br />

559 O’NEILL (Alexandre). - A SACA <strong>de</strong> Orelhas. - Lisboa: Livraria Sá da Costa, 1979. - [6]-76-<br />

[6] pp.; 200 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Raro.<br />

560 O’NEILL (Alexandre). - AS ANDORINHAS n<strong>ão</strong> têm Restaurante. - Lisboa: Publicações<br />

Dom Quixote, 1970. - 90-[6] pp.; 180 mm. - (Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Literatura, 7)<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Raro.<br />

561 OBERTHUR (J.). - ANIMAUX <strong>de</strong> Vénerie et Chasse aux Chiens Courants. - Paris: Durel<br />

Editeur, 1947. - 2 v. em 1.: il.; 290 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Raro e muito interessante estudo<br />

sobre caça grossa com cães. Com um capítulo sobre as origens e evoluç<strong>ão</strong> da caça e um para cada animal,<br />

com <strong>de</strong>staque para a raposa, javali, veado, lebre, entre outros. Profusamente ilustrado no texto com bonitos<br />

<strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> episódios <strong>de</strong> caça.<br />

562 OBERTHUR (J.). - BÉCASSE, Bécassines et Petits Échassiers / par [...], avec la<br />

Collaboration <strong>de</strong> C. Aubert. - Paris: Durel Editeur, 1948. - 198 pp.: il.; 285 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina, apenas ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong> brochura.<br />

Obra inserida na série “Le Mon<strong>de</strong> Merveilleux <strong>de</strong>s Bêtes” <strong>de</strong>dicado à ornitologia. Profusamente ilustrado<br />

no texto com bonitos <strong>de</strong>senhos.<br />

563 OBSERVATIONS Svr vn Livre Intitvlé Philippes Le Prv<strong>de</strong>ent, Fils <strong>de</strong> Charles le Qvint,<br />

verifié Roy legitime <strong>de</strong> Portugal, <strong>de</strong>s Algarues, <strong>de</strong>s In<strong>de</strong>s & du Brasil / composé en Latin<br />

par D. Iean Caramuel Lobkovvitz [...]. - A Paris: Chez P. Racolet, 1640. - 8.º; [ ]//1, A-Q//8,<br />

R//6; [2]-268 pp.; 180 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> em pergaminho da época; ex-libris a óleo da Biblioteca do Colégio dos Jesuítas <strong>de</strong> Lei<strong>de</strong>n,<br />

Holanda. Comentários ao livro escrito por Caramuel Lobkowitz sobre os direitos <strong>de</strong> sucess<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Filipe II<br />

ao trono <strong>de</strong> Portugal escrito um ano antes. Raro e curioso.<br />

564 OLIVEIRA (Francisco Xavier <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>). - MONOGRAFIA <strong>de</strong> Porches: Concelho <strong>de</strong><br />

Lagoa. - Porto: Tipografia Universal, 1912. - 192 pp., 9 est.: il.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; corte superior das folhas carminado; conserva as capas <strong>de</strong> brochura.<br />

Monografia histórico-geográfica <strong>de</strong>sta pequena vila algarvia. Raro.<br />

565 OLIVEIRA (Francisco Xavier <strong>de</strong> Ataí<strong>de</strong>). - MONOGRAFIA do Concelho <strong>de</strong> Villa Real<br />

<strong>de</strong> Santo António. - Porto: Livraria Figueirinhas, 1908. - 300 pp., 1 ret.: il.; 225 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Rara monografia sobre Vila<br />

Real <strong>de</strong> Santo António, uma das mais raras publicadas por Ataí<strong>de</strong> Oliveira.<br />

566 ORPHEU: Revista Trimestral <strong>de</strong> Literatura / Direcç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Luís <strong>de</strong> Montalvor e Ronald <strong>de</strong><br />

Carvalho [n.º1], Fernando Pessoa e Mário <strong>de</strong> Sá Carneiro [n.º 2]. - Ano I, n.º 1, Janeiro-<br />

Fevereiro-Março <strong>de</strong> 1915 - Ano I, n.º 2, Abril-Maio-Junho, 1915. - Lisboa: Tipografia do<br />

Comércio, 1915. - 2 n.ºs; 260 mm.<br />

Dedicatória <strong>de</strong> oferta “Ao nosso caro colaborador e amigo Alberto Costa, offerece “O orpheu”.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> chagrin azul, finamente <strong>de</strong>corada a ouro nas pastas, lombada e seixas; capas <strong>de</strong><br />

brochura restauradas.<br />

[Alberto Serpa, 867; Almeida Marques, 1507; Daniel Pires, I, 262; Revistas Portuguesas do Séc. XX, 289 e<br />

- 128 -


segs.; Hist. Lit. Port., 1017; Dic. Literatura, II, 773; GALHOZ, Maria Aliete Dores, “O Momento Poético<br />

do Orpheu” in Orpheu, 3.ª ed. do v. I, Lisboa, Edições Ática, s.d., pp.IX-LI]<br />

Importantíssima revista literária portuguesa que está na origem do Mo<strong>de</strong>rnismo em Portugal. Caracterizada<br />

pela quebra dos ícones poéticos e até morais tradicionais, como fica bem expresso no texto introdutório <strong>de</strong><br />

Luís <strong>de</strong> Montalvor no primeiro número, a revista “é o bal<strong>ão</strong> <strong>de</strong> ensaio <strong>de</strong> múltiplas experiências poéticas<br />

novas que [...] abrem caminho a toda a poesia contemporânea” (Revistas Portuguesas do Séc. XX, p. 351).<br />

Nascida da irreverência <strong>de</strong> jovens “em dia com lá fora”, entusiasmados em “escandalizar o respeitável e<br />

lepidóptero burguês” [GALHOZ, p. XIII], conheceu dois números e um terceiro que n<strong>ão</strong> passou <strong>de</strong> provas<br />

tipográficas, por falta <strong>de</strong> financiamento, ao que tudo indica por parte do pai <strong>de</strong> Mário <strong>de</strong> Sá Carneiro. A<br />

sua originalida<strong>de</strong> passa também pela introduç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma vertente pictórica, n<strong>ão</strong> como simples ilustraç<strong>ão</strong>,<br />

mas como participaç<strong>ão</strong> insubstituível [GALHOZ, p. XXXV], <strong>de</strong>vendo notar-se que os colaboradores<br />

nesta área tinham como <strong>de</strong>nominador comum o facto <strong>de</strong> terem passado por Paris - José Pacheco, Santa<br />

Rita Pintor e Ama<strong>de</strong>o Sousa Cardoso que iria colaborar no 3.º número. Os colaboradores, além dos já<br />

mencionados, s<strong>ão</strong>: Luís <strong>de</strong> Montalvor, Mário <strong>de</strong> Sá Carneiro, Ronald <strong>de</strong> Carvalho, Fernando Pessoa,<br />

Alfredo Pedro Guisado, José <strong>de</strong> Almada Negreiros, Cortês Rodrigues, Álvaro <strong>de</strong> Campos, Ângelo <strong>de</strong> Lima,<br />

Eduardo Guimarães, Raul Leal e Violante <strong>de</strong> Cysneiros. RARÍSSIMO e valioso.<br />

567 ORTA (Garcia da). - COLOQUIOS dos Simples e Drogas da India / por [...]. - Ediç<strong>ão</strong><br />

publicada por <strong>de</strong>liberaç<strong>ão</strong> da Aca<strong>de</strong>mia Real das Sciencias <strong>de</strong> Lisboa, dirigida e annotada<br />

/ pelo Con<strong>de</strong> <strong>de</strong> Ficalho. - Lisboa: Imprensa Nacional, 1891-1895. - 2 v.; 245 mm.<br />

Tiragem especial n<strong>ão</strong> <strong>de</strong>clarada; ex-libris <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> Lopes Holtremann; Enca<strong>de</strong>rnações editoriais. Estimada<br />

ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma das mais importantes obras médicas impressas no século XVI.<br />

568 ORTIGÃO (Ramalho). - AS PRAIAS DE PORTUGAL: Guia do Banhista e do Viajante<br />

/ com <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> Emílio Pimentel. - Porto:: Livraria Universal <strong>de</strong> Magalhães & Moniz,<br />

1876. - 144-[16] pp., 12 grav.: il.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas pintado; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. Bom exemplar. Um dos mais famosos <strong>livros</strong> <strong>de</strong> Ramalho Ortig<strong>ão</strong> <strong>de</strong>dicado às praias mais<br />

frequentadas <strong>de</strong> ent<strong>ão</strong>: A Foz do Douro; Leça e Matosinhos; Pedrouços; Póvoa do Varzim; Granja; De<br />

Pedrouços a Cascais; Vila do Con<strong>de</strong>; Espinho; Ericeira; Nazaré; Figueira da Foz e Setúbal - quase todas<br />

as <strong>de</strong>scrições acompanhadas <strong>de</strong> uma gravura. Possui ainda um interessantíssimo capítulo <strong>de</strong>dicado às<br />

precauções higiénicas, ao Socorro aos afogados, para além <strong>de</strong> outras curiosida<strong>de</strong>s. Raro e procurado.<br />

569 ORTIGÃO (Ramalho). - BANHOS <strong>de</strong> Caldas e Aguas Mineraes / com uma introducç<strong>ão</strong><br />

<strong>de</strong> Julio Cesar machado; Desenhos <strong>de</strong> Emílio Pimentel. - Porto: Livraria Universal <strong>de</strong><br />

Magalhães & Moniz, 1875. - 136 pp., 13 est.: il.; 225 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado e com aci<strong>de</strong>z; carimbo a óleo da Viúva Emília<br />

Godinho. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste trabalho <strong>de</strong> Ortig<strong>ão</strong> sobre as estâncias termais portuguesas, ilustrado com<br />

<strong>de</strong>senhos impressos à parte. Raro e procurado.<br />

570 OSÓRIO (António). - ADÃO, Eva e o Mais / ilustrações <strong>de</strong> Manuel Cargaleiro. - Lisboa:<br />

Imprensa Nacional Casa da Moeda, 1983. - [64] pp.: il.; 305 mm.<br />

Dedicatória <strong>de</strong> Manuel Cargaleiro. Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Belíssimo livro ilustrado por Manuel<br />

Cargaleiro a cores.<br />

571 PABÓN (Jesus). - A REVOLUÇÃO Portuguesa / trad. <strong>de</strong> Manuel Emídio e Ricardo<br />

Tavares. - Lisboa: Aster, 1951. - 684-[2] pp., 8 est.: il.; 235 mm.<br />

Brochado. Estudo histórico <strong>de</strong>ste Professor catedrático <strong>de</strong> História Mo<strong>de</strong>rna da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Madrid,<br />

que recebeu o Prémio Camões <strong>de</strong> 1951, sobre o processo revolucionário republicano. Ilustrado em<br />

separado com foto<strong>gravuras</strong> impressas em papel couché.<br />

572 PACHECO (Luiz). - CARTA-SINCERA a José Gomes Ferreira: Nota do Autor por Causa<br />

da Província. - Lisboa: Antologia em 1958, s.d.. - 40 pp.; 190 mm.<br />

- 129 -


Muito curiosa <strong>de</strong>dicatória do autor. Brochado; aci<strong>de</strong>z nas capas. Breve texto em que o autor manifesta a<br />

sua peculiar mordacida<strong>de</strong> crítica que realça a sua veia polemista e incómoda.<br />

573 PACHECO (Luiz). - COMUNIDADE. - Lisboa: Contraponto, s.d. - 28 pp.; 215 mm.<br />

Brochado Primeira ediç<strong>ão</strong> impressa. A raríssima primeira ediç<strong>ão</strong> foi realizada numa reduzida tiragem<br />

copiada em stencil.<br />

574 PACHECO (Luiz). - CORO dos Cornudos. - Lisboa : Contraponto, s.d.. - [14] ff.: il.; 210<br />

mm.<br />

Brochado. Raro folheto impresso apenas na frente das folhas vermelhas. Ilustrado com um <strong>de</strong>senho<br />

erótico n<strong>ão</strong> assinado.<br />

575 PACHECO (Luiz). - EXERCÍCIOS <strong>de</strong> Estilo. - Lisboa: Editorial Estampa, 1971. - 252-[4]<br />

pp.; 180 mm.<br />

Capa <strong>de</strong> brochura posterior ligeiramente cansada. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta publicaç<strong>ão</strong> antológica <strong>de</strong> que<br />

sobressaem partes «fugidas à malha da Censura, como “Os Namorados”, “Comunida<strong>de</strong>”, Caso do Bife<br />

Voador”, “O que é o Neo-Abjeccionismo” e “Caso das Criancinhas Desaparecidas”». Invulgar.<br />

576 PACHECO (Luiz). - O LIBERTINO passeia por Braga, a Idolátrica, o seu Explendor. -<br />

Lisboa: Contraponto, [1970]. - 32 pp.; 215 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um dos textos mais controversos <strong>de</strong> Luís Pacheco na época da sua publicaç<strong>ão</strong>.<br />

Muito raro.<br />

577 PACHECO (Luiz). - PACHECO versus Cesariny: folhetim <strong>de</strong> feiç<strong>ão</strong> epistolográfica. -<br />

Lisboa: Estampa, 1974. - 352 pp.: il.; 185 mm.<br />

Brochado. Polémico folhetim inventado e montado por Luiz Pacheco.<br />

578 PACHECO (Luíz). - PELOS Hospitais [...]. - Lisboa: Contraponto, [1967]. - 1 envelope<br />

com 9 ff.: il.; 150x200 mm.<br />

Brochado. Muito raro envelope da autoria <strong>de</strong> Luíz Pacheco a propósito da morte <strong>de</strong> “um marginal, Jo<strong>ão</strong><br />

Rodrigues” que caiu da janela <strong>de</strong> sua casa, um terceiro andar em Lisboa. Ilustrado com cinco <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong><br />

Luíz Pacheco <strong>de</strong> conteúdo erótico.<br />

579 PACHECO (Luiz). - TEXTOS <strong>de</strong> Guerrilha: 1ª série. - Lisboa: Ler, Editora, 1979. - 128<br />

pp.: il.; 210 mm.<br />

Dedicatória do autor. Brochado. Reuni<strong>ão</strong> <strong>de</strong> textos <strong>de</strong> singulares polémicas.<br />

580 PADILHA (Pedro Norberto d’Aucourt e). - MEMORIAS HISTORICAS GEOGRAFICAS<br />

E POLITICAS Observadas <strong>de</strong> Pariz a Lisboa Offerecidas ao Serenissimo Senhor Infante<br />

D. Antonio / por [...]. - Lisboa: Na Officina <strong>de</strong> Ignacio Rodrigues, 1746. - 8.º; [ ]8, §8, §§1,<br />

A-X8.; [40]-324-[6] pp., 1 grav.: il.; 200 mm.<br />

Bonita enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> n<strong>ão</strong> contemporânea a imitar o estilo antigo, ricamente <strong>de</strong>corada a ouro na lombada.<br />

[Inoc., VI, 436] Pedro Norberto <strong>de</strong> Aucourt e Padilha foi Secretário da Mesa do Desembargo do Paço,<br />

nasceu em Lisboa em 1704. A obra trata da jornada que o autor realizou <strong>de</strong> Paris a Lisboa, sendo, segundo<br />

Inocêncio, a primeira que sobre tal assunto tratou. Com importantes notícias histórico-geográficas.<br />

Ilustrado com o retrato do Infante D. António assinada “Olivarius Cor <strong>de</strong>l. et Sculp. 1746”. Raro.<br />

581 PÁDUA (Fr. António <strong>de</strong>). - ARTE <strong>de</strong> Viver em Paz com os Homens [...]. - Lisboa: Na<br />

Regia Officina Typografica, 1783. - 8.º; A-I//8, K//6; 156 pp.; 150 mm.<br />

- 130 -


Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele da época. Fr. António <strong>de</strong> Pádua e Belas escreveu esta sua obra enquanto<br />

Bispo do Maranh<strong>ão</strong>. Raro. (Inoc., I, 217)<br />

582 PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - À VENTURA. - Coimbra: França Amado, 1901. - 8 pp.; 240<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; pequeno furo <strong>de</strong> traça marginal. Rara obra da bibliografia<br />

<strong>de</strong> Pascoaes, composta no ano em que completou o seu curso <strong>de</strong> Direito em Coimbra<br />

583 PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - AFORISMOS. - Lisboa: Mário Cesariny <strong>de</strong> Vasconcelos e<br />

Cruzeiro Seixas, 1972. - [14] ff.: il.; 325 mm.<br />

Brochado. Estes aforismos “foram colhidos por Mário Ceasariny [...], n<strong>ão</strong> tratando uma recolha exaustiva<br />

mas sim uma homenagem ao poeta que, sobre os <strong>de</strong>stroços <strong>de</strong> tanta poemeira entretanto nado-morta,<br />

ou ao primeiro sopro trasladada, continua inteiro [...]”. Com ilustrações <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> Vasconcelos e Cruzeiro<br />

Seixas, numa tiragem numerada <strong>de</strong> apenas 350 exemplares.<br />

584 PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - AOS ESTUDANTES <strong>de</strong> Coimbra. - Figueira da Foz: Tipografia<br />

Cruz e Cardoso, 1951. - 8 pp.: il.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; frontispício com perda<br />

<strong>de</strong> suporte restaurado, provavelmente afectando o pé <strong>de</strong> imprensa. Raro folheto <strong>de</strong> um agra<strong>de</strong>cimento<br />

proferido por Teixeira <strong>de</strong> Pascoaes aquando <strong>de</strong> uma homenagem prestada pelos estudantes <strong>de</strong> Coimbra.<br />

585 PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - AS SOMBRAS. - Lisboa: Livraria Ferreira, 1907. - 212 pp.;<br />

190 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um dos mais importantes <strong>livros</strong> da obra poética <strong>de</strong> Pascoaes on<strong>de</strong>, segundo<br />

ele próprio, revela o “pressentimento <strong>de</strong> um novo Reino Espiritual” e se apresenta “o drama do ser que se<br />

ausenta <strong>de</strong> si próprio e se dilui nas coisas” (prefácio da 3.ª ed. <strong>de</strong> “Sempre” cit. <strong>de</strong> Biblos, III, col. 1424), no<br />

fundo duas importantes características <strong>de</strong> toda a obra poética <strong>de</strong> Pascoaes. Raro.<br />

586 PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - D. CARLOS: Drama em Verso. - Lisboa: D. Manuel <strong>de</strong> Castro<br />

e Guilherme <strong>de</strong> Faria Editores, 1925. - 146-[6] pp.; 180 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; ligeiramente aparado.<br />

Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

587 PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - ELEGIA da Solid<strong>ão</strong>. - Amarante: Tip. “Flor do Tamega”,<br />

1920. - 12 pp.; 165 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; assinatura <strong>de</strong> Pascoaes na capa <strong>de</strong> brochura anterior datada<br />

<strong>de</strong> 1949. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Raro.<br />

588 PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - LONDRES. - Lisboa: D. Manuel <strong>de</strong> Castro Guilherme <strong>de</strong><br />

Faria Editores, 1825. - 18-[2] pp.; 180 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

589 PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - NAPOLEÃO. - Porto: Livraria <strong>de</strong> Tavares Martins, 1940. -<br />

430, [10] pp.; 215 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina, ligeiramente aparado à cabeça, conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Primeira<br />

ediç<strong>ão</strong>. Raro.<br />

590 PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - O DOIDO e a Morte. - Porto: Ediç<strong>ão</strong> da Renascença<br />

Portuguesa, 1913. - 32 pp.: il.; 195 mm.<br />

Brochado; exemplar com vestígios <strong>de</strong> manchas <strong>de</strong> humida<strong>de</strong>. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Raro.<br />

- 131 -


591 PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - O EMPECIDO: Novela. - Porto: Gazeta do Bibliófilo, 1950.<br />

- 316 pp.; 190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; ligeiramente aparado.<br />

Primeira ediç<strong>ão</strong> do primeiro livro em que Pascoaes arrisca o género romanesco. Invulgar.<br />

592 PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - O PENITENTE (Camilo Castelo Branco). - Porto: Livraria<br />

Latina Editora, 1942. - 324 pp.; 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado; conserva as capas <strong>de</strong> brochura.<br />

Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma das mais estimadas biografias <strong>de</strong> Camilo. Raro.<br />

593 PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - SÃO Paulo. - Porto: Livraria Tavares Martins, 1934. - 432 pp.;<br />

230 mm.<br />

Exemplar da tiragem especial <strong>de</strong> 100, numerada e assinada, da qual o presente é o número 3. Dedicatória<br />

do autor a Ângelo César. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> meia francesa <strong>de</strong> pele com cantos; corte superior das folhas<br />

carminado; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; algumas manchas <strong>de</strong> humida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>z marginais. Primeira<br />

ediç<strong>ão</strong> da aclamada biografia <strong>de</strong> S. Paulo escrita por Teixeira <strong>de</strong> Pascoes. Segundo Mário Garcia (Biblos,<br />

III, col. 1423-1430) é no género da biografia que a obra <strong>de</strong> Pascoaes assume toda a gran<strong>de</strong>za do seu génio,<br />

consi<strong>de</strong>rando S. Paulo a sua obra-prima, “momento sublime <strong>de</strong> plenitu<strong>de</strong>”. Raro.<br />

594 PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - SEMPRE. - Coimbra: Typographia França Amado, 1898. -<br />

110-[2] pp.; 240 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura; assinatura <strong>de</strong> posse no frontispício. [Almeida Marques, 2209] Consi<strong>de</strong>rada como a primeira<br />

gran<strong>de</strong> obra literária <strong>de</strong> Pascoaes, «Sempre» é uma das raras obras da sua bibliografia.<br />

595 PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - SONETOS. - Lisboa: D. Manuel <strong>de</strong> Castro e Guilherme <strong>de</strong><br />

Faria, 1925. - 54-[2] pp.; 180 mm.<br />

Brochado; exemplar por abrir. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

596 PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - VERSOS Pobres. - Porto: Livraria Civilizaç<strong>ão</strong>, 1949. - 32 pp.;<br />

220 mm.<br />

Tiragem limitada, numerada e assinada, da qual este é o número 72. Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

597 PASCOAES (Teixeira <strong>de</strong>). - VIDA ETHEREA. - Coimbra: F. França Amado, 1906. - 192<br />

pp.; 230 mm.<br />

Brochado. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma das mais importantes obras da bibliografia poética <strong>de</strong> Pascoaes. Raro.<br />

598 PASTEUR (Louis). - ÉTUDES sur le Vin ses Maladies causes qui les provoquent procédés<br />

nouveaux pour le conserver et pour le vieillir / par M.L. Pasteur. - Paris: A l’Imprimerie<br />

Impériale, 1866. - 264 pp., 32 est.: il.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele <strong>de</strong> época; assinatura <strong>de</strong> posse no verso do ante-rosto. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

Importante trabalho <strong>de</strong> Pasteur on<strong>de</strong>, a partir das primeiras investigações sobre a formaç<strong>ão</strong> das bactérias,<br />

estabeleceu técnicas <strong>de</strong> conservaç<strong>ão</strong> e transporte dos vinhos. Raro e importante.<br />

599 PATRÍCIO (Amador), pseud. Martim Cardoso <strong>de</strong> Azevedo. - HISTORIA DAS<br />

ANTIGUIDADES DE EVORA, [...] / por Amador Patricio. - Primeira Impressaõ, e à<br />

custa <strong>de</strong> Francisco Men<strong>de</strong>z. - Évora: Na Officina da Universida<strong>de</strong>, 1739. - 8.º, [ ]4, *,<br />

A-X//8, Y//4; [24]-342-[2] pp.: il.; 205 mm.<br />

Bom exemplar; enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira da época ligeiramente cansada; corte das folhas carminado;<br />

notas à margem da época. [Inocêncio, VI, p. 152] Único volume publicado da única obra publicada pelo<br />

- 132 -


autor <strong>de</strong> quem apenas se sabe nascido em Évora e falecido no ano <strong>de</strong> 1614. A obra trata da história da<br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Évora até pouco mais que o reinado <strong>de</strong> D. Afonso Henriques. Invulgar e procurado.<br />

600 PAXECO (Fran). - PORTUGAL n<strong>ão</strong> é Ibérico: antelóquio / <strong>de</strong> Teófilo Braga. - Lisboa:<br />

Tipografia Torres, 1932. - 616 pp.: il.; 235 mm.<br />

Brochado; por abrir; <strong>de</strong>dicatória do autor. Ensaio on<strong>de</strong> o autor expõe a tese <strong>de</strong> que Portugal possui uma<br />

originalida<strong>de</strong> própria, muito diferenciada <strong>de</strong> Espanha, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primórdios da ocupaç<strong>ão</strong> humana no<br />

nosso território. Profusamente ilustrado no texto e em separado.<br />

- 133 -


3.ª SESSÃO<br />

lotes 601 a 850<br />

Quarta-Feira, 9 <strong>de</strong> Abril<br />

21.30 horas


Lote n.º 601 Lote n.º 612<br />

Lote n.º 613 Lote n.º 615


Lote n.º 614


601 PEDRO (António). - APENAS UMA NARRATIVA: Romance. - Lisboa: Editorial<br />

Minerva, 1942. - 96 pp.: il.; 210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele, ricamente <strong>de</strong>corada a ouro na lombada e com duplo filete nas pastas;<br />

corte superior das folhas pintado. [Almeida Marques, 1545; O Surrealismo em Portugal, pp. 190-195]<br />

Tido como o pioneiro do Surrealismo português, este seu romance é consi<strong>de</strong>rado o auge da exploraç<strong>ão</strong><br />

estética do Surrealismo por António Pedro. “O livro, que se apresenta como uma narrativa, é, porém, uma<br />

narrativa que se afasta totalmente das formas tradicionais <strong>de</strong> contar, para estar totalmente <strong>de</strong> acordo com<br />

as concepções bretonianas do romance” (O Surrealismo..., p. 190). É por isso um dos mais importantes<br />

textos do surrealismo português.<br />

602 PEDRO (António). - MÁQUINA DE VIDRO: Canções. - Lisboa: Bertrand Irm<strong>ão</strong>s, 1931.<br />

- [56] pp.; 215 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas pintado. [Almeida Marques,<br />

1555] Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste livro <strong>de</strong> Canções impresso com gran<strong>de</strong> esmero gráfico, numerando as páginas<br />

com o número da Canç<strong>ão</strong> na margem superior exterior.<br />

603 PEDRO (António). - PEQUENO Tratado <strong>de</strong> Encenaç<strong>ão</strong>. - Porto: Editorial Confluência,<br />

1962. - 212, [26] pp.: il.; 185 mm.<br />

Brochado. Importante ensaio sobre o trabalho <strong>de</strong> Encenaç<strong>ão</strong> por uma das maiores figuras da literatura<br />

portuguesa do século XX. Do seu trabalho teatral, além <strong>de</strong> várias peças originais, <strong>de</strong>staca-se a direcç<strong>ão</strong><br />

do Teatro Experimental do Porto on<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhou “um papel importantíssimo para a reanimaç<strong>ão</strong> da<br />

nossa vida teatral, o que vinha na sequência da activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> encenador que <strong>de</strong>senvolvera no agrupamento<br />

Pátio das Comédias, em Lisboa” (Biblos, IV, col. 14). Invulgar.<br />

604 PEDRO (António). - PRIMEIRO Volume: Canções e Outros Poemas 1927-1935. - Lisboa:<br />

Edições Revelaç<strong>ão</strong>, 1936. - 176, [4] pp.; 205 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado à cabeça; assinatura <strong>de</strong> posse no anterosto;<br />

manchas <strong>de</strong> humida<strong>de</strong> no início do volume. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

605 PEDROSO (Sebasti<strong>ão</strong> José). - RESUMO HISTORICO Àcerca da Antiga India Portugueza:<br />

Acompanhado <strong>de</strong> algumas reflexões concernentes ao que ainda possuimos na Asia,<br />

Oceania, China e Africa com um appendice / por [...]. - Lisboa: Typographia Castro<br />

Irm<strong>ão</strong>, 1884. - 482-[2] pp., 1 est.: il.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; ligeiramente aparado à cabeça. História da presença portuguesa no<br />

Oriente ilustrada com uma estampa representando a 1.ª partida <strong>de</strong> Vasco da Gama para a Índia em Março<br />

<strong>de</strong> 1497. Estimado e raro.<br />

606 PEREIRA (A.B. <strong>de</strong> Bragança). - ETNOGRAFIA da Índia Portuguesa. - Batorá: Tipografia<br />

Rangel, 1940. - 2 v.: il.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações uniformes com lombada em pele; ligeiramente aparado. Trabalho inicialmente publicado<br />

em forma <strong>de</strong> memória em 1923, foi muito aumentado e revisto pelo autor. O primeiro volume <strong>de</strong>dica-se<br />

à história das civilizações da Índia e o segundo sobre a etnografia local. Raro.<br />

607 PEREIRA (Armando Gonçalves). - A ECONOMIA do Mar. - Lisboa: Livraria Morais,<br />

1932. - VIII, 454 pp., 12 est.: il.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; apenas com ligeiro aparo à cabeça; conserva as capas<br />

<strong>de</strong> brochura; <strong>de</strong>dicatória do autor. Estudo sobre as activida<strong>de</strong>s económicas no mar, com um pequeno<br />

apontamento histórico introdutório, seguido <strong>de</strong> uma segunda parte sobre o Mar e a geografia económica<br />

da produç<strong>ão</strong>, com um capítulo inteiramente <strong>de</strong>dicado às pescas em Portugal, uma terceira parte sobre o<br />

valor do mar na geografia da circulaç<strong>ão</strong>, com gran<strong>de</strong>s consi<strong>de</strong>rações sobre os portos nacionais e vias <strong>de</strong><br />

navegaç<strong>ão</strong>, e uma quarta e última parte sobre a reorganizaç<strong>ão</strong> da economia marítica nacional. Profusamente<br />

ilustrado no texto e em separado. Invulgar.


608 PEREIRA (Eduardo C.N.). - ILHAS <strong>de</strong> Zargo. - 2.ª ed. - Funchal: Câmara Municipal do<br />

Funchal, 1956. - 2 v.: il.; 245 mm.<br />

Bom exemplar, enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele marmoreada com ferros a ouro nas pastas e lombadas; corte<br />

superior das folhas carminado. Uma das mais procuradas monografias sobre o arquipélago da Ma<strong>de</strong>ira.<br />

Invulgar.<br />

609 PEREIRA (Feliciano António Marques). - VIAGEM DA CORVETA DOM JOÃO I à<br />

Capital do Jap<strong>ão</strong> no anno <strong>de</strong> 1860. - Lisboa: Imprensa Nacional, 1863. - 222-[2] pp., 1<br />

mapa.: il.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva capas <strong>de</strong> brochura; aparado à cabeça. Descriç<strong>ão</strong> da viagem<br />

que o autor fez a bordo da Corveta Dom Jo<strong>ão</strong> I como seu comandante ao Jap<strong>ão</strong>. Ilustrado com um mapa<br />

<strong>de</strong>sdobrável no fim.<br />

610 PEREIRA (Firmino). - O PORTO d’Outros Tempos: Notas Históricas, Memórias,<br />

Recordações. - Porto: Livraria Chardron, 1914. - 316 pp.; 195 mm.<br />

Brochado. Monografia histórica sobre alguns dos locais mais emblemáticos da cida<strong>de</strong> do Porto. Invulgar.<br />

611 PEREZ EMBID (Florentino). - EL MUDEJARISMO en la Arquitectura Portuguesa <strong>de</strong> la<br />

Epoca Manuelina. - Sevilla: Laboratorio <strong>de</strong> Arte <strong>de</strong> la Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sevilla, 1944. - XVI,<br />

202, [2], pp.: il.; 245 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele marmoreada; conserva capas <strong>de</strong> brochura; ligeiramente<br />

aparado. Folha com duas fotografias coladas tiradas em Sempre Noiva por antigo próprietário do<br />

exemplar, em Agosto <strong>de</strong> 1951. Ampla exposiç<strong>ão</strong> sobre a presença <strong>de</strong> elementos mu<strong>de</strong>jares na arquictectura<br />

portuguesa em Évora, Viana do Alentejo, Alvito, Beja. Enorme <strong>de</strong>staque dado ao Palácio da Vila em<br />

Sintra. Ricamente ilustrado.<br />

612 PESSANHA (Camilo). - CLEPSYDRA / Poemas <strong>de</strong> [...]. - Lisboa: Edições Lusitania,<br />

1920. - [80] pp.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; com falta das capas <strong>de</strong> brochura. Camilo Pessanha (1867-<br />

1926) viveu gran<strong>de</strong> parte da sua vida no oriente, em Macau, on<strong>de</strong> chegou a privar com Wenceslau <strong>de</strong><br />

Moraes. Esta sua única obra publicada reúne gran<strong>de</strong> parte da sua obra poética, alguma <strong>de</strong>la ainda ditada<br />

pelo próprio a Jo<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Castro Osório, e reflecte o «mais puro e sazonado Simbolismo português, capaz <strong>de</strong><br />

sofrer o paralelo com os gran<strong>de</strong>s simbolistas europeus», mas presa «às raízes da sensibilida<strong>de</strong> portuguesa,<br />

com os temas do exílio, da ânsia saudosa e da submiss<strong>ão</strong> ao Fado [...]» [Dic. Literatura, 818]. Primeira<br />

ediç<strong>ão</strong>. Raro e estimado.<br />

613 PESSOA (Fernando). - CARTAS <strong>de</strong> Fernando Pessoa a Jo<strong>ão</strong> Gaspar Simões / Introduç<strong>ão</strong>,<br />

Apêndice e Notas do Destinatário. - Lisboa: Publicações Europa América, 1957. - 172 pp.;<br />

190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> meia francesa <strong>de</strong> pele com cantos; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; corte superior das folhas<br />

carminado. Publicaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> 39 cartas inéditas <strong>de</strong> Pessoa a Jo<strong>ão</strong> Gaspar Simões sobre a colaboraç<strong>ão</strong> do poeta<br />

na revista que ent<strong>ão</strong> o <strong>de</strong>stinatário dirigia, a Presença. Importante subsídio para a biografia do poeta <strong>de</strong><br />

Mensagem. Invulgar e estimado.<br />

614 PESSOA (Fernando). - MENSAGEM. - Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1934. -<br />

100, [4, 2 br.] pp.; 190 mm.<br />

Brochado em caixa com lombada em tela; capa <strong>de</strong> brochura com insignificantes restauros. PRIMEIRA<br />

EDIÇÃO. Uma das mais importantes obras literárias do século XX. Único volume <strong>de</strong> poesia portuguesa<br />

publicado em vida <strong>de</strong> Pessoa, Mensagem insere-se num conjunto <strong>de</strong> trabalhos <strong>de</strong> índole nacionalista<br />

datados dos anos em que Pessoa colaborou em A Águia. Em 1922, publicou pela primeira vez, na<br />

Contemporânea, o conjunto poético intitulado Mar Português, quase integralmente coinci<strong>de</strong>nte com a<br />

segunda parte da Mensagem. Pessoa n<strong>ão</strong> consi<strong>de</strong>rava a obra <strong>de</strong> índole especificamente épica. Via-a antes<br />

como fus<strong>ão</strong> dos modos lírico, dramático e épico-narrativo. Paralelamente aos factos e às figuras da história<br />

- 140 -


Lote n.º 620 Lote n.º 626<br />

Lote n.º 628


Lote n.º 634<br />

Lote n.º 635 Lote n.º 636


nacional, a Mensagem reflecte ainda outra realida<strong>de</strong> em que se espelham os estudos esotéricos do poeta,<br />

nomeadamente os relativos à Gnose, à Or<strong>de</strong>m Templária, À Cabala e À Fraternida<strong>de</strong>. Os primeiros<br />

exemplares da obra sairam em Outubro <strong>de</strong> 1934, mas simbolicamente colocada à venda no 1.º dia <strong>de</strong><br />

Dezembro. Com esse livro, Pessoa concorreu ao prémio Antero <strong>de</strong> Quental, promovido pelo Secretariado<br />

<strong>de</strong> Propaganda Nacional, no qual n<strong>ão</strong> iria obter mais do que um improvisado prémio <strong>de</strong> segunda categoria.<br />

Dividido em três partes - Bras<strong>ão</strong>, Mar Português e O Encoberto - incorpora 44 poemas, alguns dos quais<br />

já anteriormente publicados em revistas e jornais. RARO, importante e valioso.<br />

615 PESSOA (Fernando). - O ORPHEU e a Literatura Portuguesa / Texto traduzido por<br />

Thomaz Kim. - Lisboa: Imprensa Libânio da Silva, [1953]. - 14-[2 br.] pp.; 270 mm.<br />

Brochado; <strong>de</strong>dicatória <strong>de</strong> José Blanc <strong>de</strong> Portugal; exemplar número VIII. Separada da revista Tricórnio,<br />

com a tiragem apenas <strong>de</strong> 110 exemplares, numerada. Muito raro.<br />

616 PESSOA (Fernando). - ULTIMATUM <strong>de</strong> Álvaro <strong>de</strong> Campos Sensacionista: Separata do<br />

Portugal Futurista. - Porto: Editorial Cultura, s.d. - 32 pp.; 200 mm.<br />

Brochura. Reediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta obra consi<strong>de</strong>rada pelo editor “a mais representativa manifestaç<strong>ão</strong> do mo<strong>de</strong>rnismo<br />

português”. Invulgar e estimado.<br />

617 PESSOA (Fernando). - UMA Carta a Teixeira <strong>de</strong> Pascoaes. - [Lisboa]: Ca<strong>de</strong>rnos <strong>de</strong> Poesia,<br />

s.d. - [4] pp.; 210 mm.<br />

Exemplar número 5; enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> chagrin vermelho com títulos a ouro na pasta anterior.<br />

Separata <strong>de</strong> uma carta inédita <strong>de</strong> Pessoa a Teixeira <strong>de</strong> Pascoaes, publicada num dos números dos «Ca<strong>de</strong>rnos<br />

<strong>de</strong> Poesia», numa tiragem <strong>de</strong> apenas 35 exemplares.<br />

618 PHARMACOPÊA PORTUGUEZA: Ediç<strong>ão</strong> Oficial. - Lisboa: Imprensa Nacional, 1876.<br />

- LIV-548 pp.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira, <strong>de</strong>corada com rótulo vermelho na lombada; selo branco no ante-rosto;<br />

bom exemplar. Estimado e raro.<br />

619 PICÃO (José da Silva). - ATRAVÉS dos Campos: Usos e costumes agrícolo-alentejanos<br />

(Concelho <strong>de</strong> Elvas). - 2.ª ed. - Lisboa: Neogravura, 1947. - XXIV, 370, [26] pp., 29 est.: il.;<br />

260 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado; conserva as capas <strong>de</strong> brochura.<br />

Completa <strong>de</strong>scriç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> usos e costumes na prática agrícola da regi<strong>ão</strong> do Alentejo, além <strong>de</strong> várias notas<br />

sobre as culturas agrícolas mais praticadas na regi<strong>ão</strong>, como sejam o sobreiro ou a azinheira.<br />

620 PIEDADE (António) & JESUS MARIA (José). - ESPELHO <strong>de</strong> Penitentes e chronica da<br />

provincia <strong>de</strong> Santa Maria da Arrábida, da regular, e mais estreita observancia da or<strong>de</strong>m do<br />

Serafico Patriarcha S. Francisco, no Instituto Capucho. - Lisboa Oci<strong>de</strong>ntal: Na Officina <strong>de</strong><br />

Joseph Antonio da Sylva, 1728-1737. - 2v.;1.ºv.: 6.º, §-§§//6, §§§//4, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Zzz,<br />

Aaaa-Oooo//6, Pppp//5, [32], 972, [34] pp.; 2.ºv.: 4.º, [ ]//3, *//4, **//6, A-Z, Aa-Zz,<br />

Aaa-Zzz, Aaaa-Zzzz, Aaaaa-Zzzzz, Aaaaaa-Kkkkkk//4, Llllll//5; [26], 1008, [2], pp.; 295<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>nações inteiras em pele marmoreada; ligeiramente aparado; com falta da folha <strong>de</strong> ante-rosto do<br />

segundo volume; forte restauro no frontspício do segundo volume, com reconstituiç<strong>ão</strong> manuscrita dos<br />

títulos. (Inoc. II, 234; Ameal, 1778; Palha, 2493; Samodães, 2451). Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta crónica que,<br />

segundo Inocêncio, n<strong>ão</strong> foi inscrita no Catálogo da Aca<strong>de</strong>mia, e por isso n<strong>ão</strong> é tomado como o clássico,<br />

embora os bibliógrafos a consi<strong>de</strong>rem, unanimemente, uma obra rara e muito estimada, principalmente<br />

o seu primeiro volume, composto por Fr. António da Pieda<strong>de</strong>. Sem <strong>de</strong>mérito para o autor do segundo<br />

volume e continuador da obra, Fr. José Jesus Maria, Fr. António da Pieda<strong>de</strong> é referenciado como um autor<br />

assaz fi<strong>de</strong>digno e dotado <strong>de</strong> boa informaç<strong>ão</strong> (Inoc. II, 234), dotando a crónica <strong>de</strong> um valor inestimável.<br />

Um dos melhores exemplos da riqueza tipográfica portuguesa da primeira meta<strong>de</strong> do século XVIII.<br />

- 143 -


621 PIMENTEL (Alberto). - FITAS <strong>de</strong> Animatógrapho. - Lisboa: Parceria António Maria<br />

Pereira, 1909. - 194, [2] pp., 1 est.: il.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado e sem capas <strong>de</strong> brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong><br />

<strong>de</strong>ste conjunto <strong>de</strong> crónicas sobre vários temas, incluindo algumas apreciações sobre o carácter do povo<br />

português a partir <strong>de</strong> pequenos episódios. Raro.<br />

622 PIMENTEL (Alberto). - OS AMORES <strong>de</strong> Camillo: (Dramas Intimos Colhidos na<br />

Biographia <strong>de</strong> um Gran<strong>de</strong> Escriptor). - Lisboa: Libanio & Cunha Editores, 1899. - [6],<br />

436, [2] pp.: il.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em percalina <strong>de</strong>corada com títulos a ouro e retrato <strong>de</strong> Camilo impresso. Bom<br />

exemplar. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste estudo sobre as mulheres na vida <strong>de</strong> Camilo. Ilustrado no texto. Raro.<br />

623 PIMENTEL (Alberto). - SEM Passar a Fronteira. - Lisboa: Livraria Central <strong>de</strong> Gomes <strong>de</strong><br />

Carvalho, 1902. - 344 pp.; 185 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeiramente aparado e com falta das capas <strong>de</strong> brochura. Primeira<br />

ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste livro <strong>de</strong> crónicas <strong>de</strong> viagem empreendida por Alberto Pimentel por Portugal. Invulgar.<br />

624 PIMENTEL (Alberto). - UM CONTEMPORANEO do Infante D. Henrique / carta a<br />

Mr. Mathieu Lugan. - Porto: Livraria Internacional <strong>de</strong> Ernesto Chardron, 1894. - 162 pp.;<br />

175 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em percalina; ligeiramente aparado; aci<strong>de</strong>z; carimbo <strong>de</strong> posse no frontispício.<br />

Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

625 PINHEIRO (Luís). - ALMINHAS, Nichos e Cruzeiros <strong>de</strong> Portugal / Texto <strong>de</strong> [...], Direcç<strong>ão</strong><br />

Artistica <strong>de</strong> Luís <strong>de</strong> Campos, Orientaç<strong>ão</strong> do Rev.do Cónego Dr. Luciano Afonso dos<br />

Santos. - Braga: Editorial Artes, 1957-1958. - 4 fasc.: il.; 325 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura dos fascículos no fim do volume. Tudo<br />

quanto se publicou do que seria um belíssimo e inédito estudo <strong>de</strong> história <strong>de</strong> arte. Profusamente ilustrado<br />

no texto e à parte.<br />

626 PINHEIRO (Rafael Bordalo) & MACEDO (Manuel). - ALMANACH DE<br />

CARICATURAS. - Primeiro Ano, 1874 - 3.º Ano, 1876. - Lisboa: Typographia Editora <strong>de</strong><br />

Mattos Moreira & Companhia, 1873-1875. - 3 n.ºs em 1 v.: il.; 205 mm.<br />

Primeiro e terceiro enca<strong>de</strong>rnados com lombada e cantos em pele, segundo apenas com lombada;<br />

conservam capas <strong>de</strong> brochura. Primeiros três anos <strong>de</strong>ste Almanaque Bordaliano, profusamente ilustrado<br />

com <strong>de</strong>senhos do caricaturista. O último número encerra colaboraç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Manuel Macedo. Muito raro.<br />

627 PINHEIRO (Rafael Bordalo) & ORTIGÃO (Ramalho). - ALBUM DAS GLORIAS:<br />

Homens d’ Estado, Poetas, Jornalistas, Dramaturgos, Actores, Políticos, Pintores, Medicos,<br />

Industriaes, Typos <strong>de</strong> Salas, Typos das Ruas, Instituições, etc. / Desenhos <strong>de</strong> Raphael<br />

Bordallo Pinheiro; Texto <strong>de</strong> Jo<strong>ão</strong> Rialto. - Lisboa: Lithographia Gue<strong>de</strong>s, 1880-1883. - [38]<br />

ff., 37 [aliás 36] litografias: il.; 390 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> em percalina recente, com a reproduç<strong>ão</strong> da capa original impressa; bom exemplar. Primeira<br />

ediç<strong>ão</strong>. Uma das obras mais estimadas da bibliografia <strong>de</strong> Rafael Bordalo Pinheiro. Cada litografia<br />

é acompanhada <strong>de</strong> um texto <strong>de</strong> Ramalho Ortig<strong>ão</strong> que utiliza os seus pseudónimos Jo<strong>ão</strong> Rialto e Jo<strong>ão</strong><br />

Ribaixo. Foram publicadas mais três litorgrafias que saíram no fim da primeira série do António Maria.<br />

Raro.<br />

628 [PINHEIRO (Rafael Bordalo)]. - FÁBRICA <strong>de</strong> Faianças das Caldas da Raínha: Título <strong>de</strong><br />

Acç<strong>ão</strong>. - Lisboa: Litografia Gue<strong>de</strong>s, s.d.. - 2 ff., 460 mm.<br />

Raro título <strong>de</strong> acç<strong>ão</strong>, o presente com o número 137 <strong>de</strong> 20 000 reis, datado <strong>de</strong> Lisboa, 30 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong><br />

- 144 -


1884, <strong>de</strong>vidamente assinado, carimbado com selo branco e assinado. O título <strong>de</strong> acç<strong>ão</strong> é uma litografia<br />

feita a partir <strong>de</strong> bonito <strong>de</strong>senho <strong>de</strong> Rafael Bordalo Pinheiro. Invulgar.<br />

629 PINTO (Albano da Silveira). - RESENHA DAS FAMILIAS TITULARES e Gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

Portugal por [...]. - Lisboa: Empreza Editora <strong>de</strong> Francisco Arthur da Silva, 1883-1890. - 2<br />

v.: il.; 295 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial com lombada em pele, ricamente <strong>de</strong>corada a ouro nas pastas; belo exemplar. Um<br />

dos mais importantes trabalhos genealógicos publicados em Portugal. Todas as notícias vêm ornadas com<br />

o respectivo bras<strong>ão</strong> <strong>de</strong> armas. No início do primeiro volume vem uma extensa notícia sobre a genealogia do<br />

rei D.Luís I. Por morte <strong>de</strong> Albano da Silveira Pinto, o trabalho foi continuado pelo Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Sanches<br />

Baêna a partir do segundo volume. Muito raro.<br />

630 PINTO (Fern<strong>ão</strong> Men<strong>de</strong>s). - A ILHA MARAVILHOSA DE CALEMPUI / da Peregrinaç<strong>ão</strong><br />

<strong>de</strong> Fern<strong>ão</strong> Men<strong>de</strong>s Pinto; Litografias originais e aguarelas <strong>de</strong> Mily Possoz. - Lisboa: Edições<br />

Ática, 1944. - 134, [14] pp., 6 est.: il.; 295 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Bonita ediç<strong>ão</strong>, com uma<br />

introduç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Luís <strong>de</strong> Montalvor, da <strong>de</strong>scriç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Fern<strong>ão</strong> Men<strong>de</strong>s Pinto conhecida como A Ilha dos<br />

Tesouros, ilustrada com bonitas aguarelas e litografias a cores.<br />

631 PINTO (Fern<strong>ão</strong> Men<strong>de</strong>s). - PEREGRINAÇÃO / <strong>de</strong> Fern<strong>ão</strong> Men<strong>de</strong>z Pinto. - Nova ediç<strong>ão</strong><br />

conforme a primeira <strong>de</strong> 1614. - Lisboa: Na Typographia Rollandiana, 1829. - 4v.; 150<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> em pele da época, ligeiramente cansada; corte das folhas pintado; ex-libris dos Con<strong>de</strong>s<br />

do Bonfim. Esta ediç<strong>ão</strong> foi impressa sob os auspícios <strong>de</strong> D. António José Ferreira <strong>de</strong> Sousa, arcebispo<br />

<strong>de</strong> Lace<strong>de</strong>monia e ilustre filólogo, que persuadiu Francisco Rolland a levar a cabo uma impress<strong>ão</strong> zelosa<br />

a partir do texto da original. “O tomo IV é todo preenchido com o «Itinerário» <strong>de</strong> Tenreiro, também<br />

restituído à sua pureza primitiva (...) - com a «Conquista do Pegu», e com a reproduç<strong>ão</strong> feita pela primeira<br />

vez do rarissimo «Tractado das cousas da China», escrito por Fr. Gaspar da Cruz, o qual serve em parte <strong>de</strong><br />

ilustraç<strong>ão</strong> à narrativa <strong>de</strong> Fern<strong>ão</strong> Men<strong>de</strong>s” (Inoc., II, 288). Estimada e muito referenciada.<br />

632 PINTO (Serpa). - COMO EU ATRAVESSEI ÁFRICA: do Atlântico ao Mar Índico,<br />

Viagem <strong>de</strong> Benguella à contra-costa, através regiões <strong>de</strong>sconhecidas; <strong>de</strong>terminações<br />

geographicas e estudos ethnographicos. - Londres: Sampson Low, Marston, Searle e<br />

Rivington Editores, 1881. - 2 v.: il.; 230 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações inteiras <strong>de</strong> pele, <strong>de</strong>coradas a ouro nas pastas e lombadas; pastas com o bras<strong>ão</strong> da província<br />

<strong>de</strong> Moçambique; corte superior das folhas carminado; exemplar limpo Descriç<strong>ão</strong> da famosa viagem <strong>de</strong><br />

Serpa Pinto, um africanista e explorador, para além <strong>de</strong> importante político da centúria <strong>de</strong> oitocentos.<br />

Raro e procurado.<br />

633 PIRES (José Cardoso). - DINOSAURO Excelentissimo / Ilustrado por Jo<strong>ão</strong> Abel Manta.<br />

- Lisboa: Editora Arcádia, 1972. - 96 pp., 21 est.: il.; 250 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial, com sobrecapa colorida. Bom exemplar. Primeira ediç<strong>ão</strong> da caricatura literária da<br />

figura <strong>de</strong> Oliveira Salazar. Raro.<br />

634 PIRES (José Cardoso). - HISTÓRIAS <strong>de</strong> Amor: Quatro Contos e uma Novela. - Lisboa:<br />

Publicações Europa América, 1952. - 170-[6, 2 br.] pp., 1 ret.; 175 mm. - (Os Livros das<br />

Três Abelhas).<br />

Exemplar da tiragem especial <strong>de</strong> 250 exemplares, da qual este é o número 36; Em brochura com caixa<br />

própria, que por sua vez está protegida em caixa com lombada <strong>de</strong> pele mo<strong>de</strong>rna; assinatura <strong>de</strong> posse no<br />

ante-rosto. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma das mais raras e principais obras <strong>de</strong> José Cardoso Pires.<br />

- 145 -


635 PIRES (José Cardoso). - JOGOS <strong>de</strong> Azar: Contos. - Lisboa: Arcádia, 1963. - 240-[2] pp.;<br />

190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial com sobrecapa. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

636 PIRES (José Cardoso). - OS CAMINHEIROS e outros Contos. - Lisboa: Ediç<strong>ão</strong> do Centro<br />

Bibliográfico, 1949. - 156 pp.; 195 mm.<br />

Brochado; bom exemplar. Primeira ediç<strong>ão</strong> do primeiro livro <strong>de</strong> José Cardoso Pires, uma das mais<br />

importantes figuras da literatura portuguesa da segunda meta<strong>de</strong> do século XX. Junto com «Histórias <strong>de</strong><br />

Amor» esta sua obra <strong>de</strong> estreia revela “o contista marcado pela técnica do short-story anglo-saxónica e, ao<br />

mesmo tempo, interessado pelo quotidiano do pós-guerra, atravessado por personagens recortadas <strong>de</strong><br />

forma nítida e <strong>de</strong>spojada” (Biblios, IV, col.211). Nascido literariamente no contexto do Neo-Realismo, José<br />

Cardoso Pires soube como superar o movimento, renovando procedimentos narrativos, introduzindo<br />

liguagens artísticas várias como a publicida<strong>de</strong>, cinema, televis<strong>ão</strong>, fotografia, etc., sem nunca entrar em<br />

rupturas i<strong>de</strong>ológicas fortes com o movimento. Por causa da apreens<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta sua obra, surgiu no mercado<br />

uma variante <strong>de</strong>sta primeira ediç<strong>ão</strong> com uma capa apenas com os títulos e sem as ilustrações <strong>de</strong> Julio<br />

Pomar. Muito raro.<br />

637 PONTE (A) Salazar. - Lisboa: Gabinete da Ponte Sobre o Tejo, 1966. - [4],152,[2] pp., 3<br />

est.: il.; 305 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial. Volume sobre a execuç<strong>ão</strong> da primeira ponte sobre o rio Tejo em Lisboa,<br />

profusamente ilustrado nos textos com fotografias da execuç<strong>ão</strong> e inauguraç<strong>ão</strong> e <strong>de</strong>senhos do projecto em<br />

folhas <strong>de</strong>sdobráveis.<br />

638 PONTOS Principaes, a que se reduzem os abusos, com que os religiosos da Companhia<br />

<strong>de</strong> Jesus tem usurpado os Domínios da América Portugueza, e Hespanhola. - s.l.: s.n.,<br />

[1767]. - 4.º, a//4; 8 pp. 315 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> revestida a papel pintado à m<strong>ão</strong>. Curioso folheto <strong>de</strong> autor <strong>de</strong>sconhecido com a <strong>de</strong>núncia dos<br />

abusos cometidos pelos jesuítas contra os índios das Américas, seguindo a comum linha <strong>de</strong> argumentaç<strong>ão</strong>,<br />

sustentada no direito natural e divino, dos direitos <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> que os nativos tinham sobre os seus<br />

bens. Inclui-se a interessante referência a Puffendorf por entre outras fontes eclesiásticas.<br />

639 PORTUGAL (Le) et son activité économique. - Lisbonne: Ministère <strong>de</strong>s Affaires<br />

Étrangères, 1932. - XVI, 272 pp.: il.; 340 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em percalina. Exposiç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>talhada das activida<strong>de</strong>s económicas portuguesas<br />

centrada nas três primeiras do século XX. Integralmente centrado na Agricultura, com especial <strong>de</strong>staque<br />

para a produç<strong>ão</strong> vínicula. Profusamente ilustrado com reproduções fotográficas da época.<br />

640 POVOS e Culturas: Exposiç<strong>ão</strong> / Museu <strong>de</strong> Etnologia do Ultramar. - Lisboa: Junta <strong>de</strong><br />

Investigações do Ultramar, 1972. - [126] ff.: il.; 230 mm.<br />

Brochado. Catálogo <strong>de</strong> uma interessante exposiç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> etnografia do Ultramar, profusamente ilustrado no<br />

texto com foto<strong>gravuras</strong>, algumas <strong>de</strong>las a cores.<br />

641 PRADT (M.). - MEMOIRES Historiques sur La Révolution d’Espagne. - A Paris: Chez<br />

Rosa, 1816. - xxiv, 406 pp.; 205 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira <strong>de</strong> época; corte das folhas pintado com o mesmo motivo das folhas<br />

<strong>de</strong> guarda; bom exemplar. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>stas memórias sobre os efeitos da revoluç<strong>ão</strong> francesa em<br />

Espanha. Raro e estimado.<br />

642 PREGO (Jo<strong>ão</strong> da Motta). - OLIVAES E LAGARES. - Lisboa: Typ. da Livraria Ferin, 1902.<br />

- 490 pp., 9 est.: il.; 190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Estudo sobre as técnicas <strong>de</strong> cultivo,<br />

apanha e tipos <strong>de</strong> oliveiras, bem como do fabrico do azeite na Andaluzia, Catalunha, Nice, Toscana, Bari e<br />

- 146 -


Lote n.º 647 Lote n.º 656<br />

Lote n.º 657 Lote n.º 658


Portugal, com importantes notícias <strong>de</strong> vários lagares existentes na época. Profusamente ilustrado no texto<br />

e em separado com estampas <strong>de</strong>sdobráveis. Invulgar.<br />

643 PRETO (Rol<strong>ão</strong>). - A MONARQUIA é a Restauraç<strong>ão</strong> da Inteligência. - Lisboa: Typografia<br />

Soares e Gue<strong>de</strong>s, 1920. - 194 pp.; 195 mm. - Junto com:<br />

----- PARA Além do Comunismo. - Coimbra: Junta Escolar <strong>de</strong> Coimbra do Integralismo<br />

Lusitano, 1932. - 116 pp.; 190 mm. - Junto com:<br />

----- PARA Além da Guerra. - Lisboa: Edições Gama, 1942. - 116 pp.; 190 mm. - Junto<br />

com:<br />

----- TUDO pelo Homem nada contra o Homem. - Lisboa: Editorial Inquérito, 1953. - 48<br />

pp.; 195 mm.<br />

Brochados; primeiro e segundo título com <strong>de</strong>dicatória. Rol<strong>ão</strong> Preto (1894-1977) foi um importante<br />

político português. Estudante <strong>de</strong> Direito da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coimbra, integrou-se nas tropas <strong>de</strong> Paiva<br />

Couceiro em 1912, na Galiza. Refugiado na Bélgica, foi co-fundador da revista “Alma Portuguesa”, <strong>de</strong> que<br />

surgiu o Integralismo Lusitano. Participou activamente na revoluç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> 28 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1926 e redigiu o<br />

primeiro programa político do General Gomes da Costa. Em 1932, passou a dirigir o jornal Revoluç<strong>ão</strong><br />

e fundou o Movimento Nacional-Sindicalista, <strong>de</strong> que foi chefe. Devido a uma representaç<strong>ão</strong> dirigida ao<br />

Presi<strong>de</strong>nte da República foi expulso do país, exilando-se em Madrid on<strong>de</strong> colaborou com Primo <strong>de</strong> Rivera<br />

na redacç<strong>ão</strong> dos 27 pontos da Falange. Tomou parte nos movimentos <strong>de</strong> candidatura à Presidência da<br />

República <strong>de</strong> Quint<strong>ão</strong> Meireles e <strong>de</strong> Humberto Delgado, e, em 1969, foi candidato a <strong>de</strong>putado numa<br />

lista <strong>de</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes apresentada pela Comiss<strong>ão</strong> Eleitoral Monárquica. Este conjunto <strong>de</strong> obras d<strong>ão</strong> um<br />

panorama geral sobre o seu pensamento político. Raros.<br />

644 PROENÇA (Raul). - PÁGINAS <strong>de</strong> Política / prefácio <strong>de</strong> Câmara Reys. - Lisboa: Seara<br />

Nova, 1938. - XXIV, 312, [8] pp.; 195 mm.<br />

Brochado; por abrir. Primeirao ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste conjunto <strong>de</strong> ensaios políticos <strong>de</strong> Raul Proença. Invulgar.<br />

645 PROVIDENCIAS publicadas pelo Commissario Regio na Provincia <strong>de</strong> Angola. - Lisboa:<br />

Imprensa Nacional, 1897. - 216 pp.; 235 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> em percalina; restauros marginais nos primeiros fólios; carimbo <strong>de</strong> oferta a óleo. Relatório<br />

das providências tomadas pelo comissário régio <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1896 até 15 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1897.<br />

646 QUEIRÓS (Eça <strong>de</strong>), trad. - AS MINAS <strong>de</strong> Salom<strong>ão</strong> / Ri<strong>de</strong>r Haggard; traduç<strong>ão</strong> revista por<br />

[...]. - Porto: Livraria Internacional <strong>de</strong> Ernesto Chardron, 1891. - VIII, 318, [2] pp.; 190<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; sem capas <strong>de</strong> brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Ainda hoje se <strong>de</strong>sconhece<br />

se foi realmente Eça o tradutor ou se simplesmente efectuou a revis<strong>ão</strong>, n<strong>ão</strong> existindo, no entanto, dúvidas<br />

que Eça reviu realmente o texto. Raro.<br />

647 QUEIRÓS (Eça <strong>de</strong>). - A CIDADE e as Serras. - Porto: Livraria Chardron, 1901. - [4], 384<br />

pp.; 180 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Bom exemplar. PRIMEIRA<br />

EDIÇÃO. Obra do final <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> Eça, n<strong>ão</strong> totalmente revista por ele. Tal como em A Ilustre Casa <strong>de</strong><br />

Ramires, marcada por profundas mudanças i<strong>de</strong>ológicas. Partindo da dicotomia pobreza campestre e luxo<br />

citadino, Eça, através do seu personagem Jacinto que se encontra revoltado contra a pobreza dos casebres<br />

em que vivem famílias miseráveis, procurando atenuar essa miséria. “Ao mesmo tempo, Tormes entreabrese<br />

à civilizaç<strong>ão</strong>, buscando um equilíbrio” entre a ruralida<strong>de</strong> e a vida urbana. (Biblos, IV, col. 513). É um dos<br />

mais raros e procurados romances <strong>de</strong> Eça.<br />

648 QUEIRÓS (Eça <strong>de</strong>). - A ILLUSTRE Casa <strong>de</strong> Ramires. - Porto: Livraria Chardron, 1900.<br />

- [4]-544 pp.; 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele um pouco cansada; com falta das capas <strong>de</strong> brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong><br />

- 148 -


Lote n.º 661


completa <strong>de</strong>ste romance publicado <strong>de</strong> forma incompleta na Revista Mo<strong>de</strong>rna <strong>de</strong> Paris, com ilustrações <strong>de</strong><br />

Dillon ao longo <strong>de</strong> 20 números. Junto com A Cida<strong>de</strong> e as Serras, A Ilustre Casa <strong>de</strong> Ramires é um dos<br />

últimos textos <strong>de</strong> Eça, <strong>de</strong>monstrando uma mudança i<strong>de</strong>ológica, contemporânea das Conferências do<br />

Casino. “Num momento em que estavam ainda vivas as sequelas do Ultimato inglês e patente a nossa<br />

<strong>de</strong>bilida<strong>de</strong> histórica em fins do século XIX, o romance parte da História e do passado, para tentar construir<br />

uma mensagem <strong>de</strong> revitalizaç<strong>ão</strong> dos legítimos her<strong>de</strong>iros <strong>de</strong>sse passado”. (Biblos, IV, col.512). Raro.<br />

649 QUEIRÓS (Eça <strong>de</strong>). - A RELIQUIA. - Porto: Typ. <strong>de</strong> A.J. da Silva Teixeira, 1887. - [20]-<br />

442-[2] pp.; 185 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; um pouco aparado; carimbo <strong>de</strong> posse no frontispício. Primeira<br />

ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> uma das mais importantes obras <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queirós. Raro.<br />

650 QUEIRÓS (Eça <strong>de</strong>). - CARTAS <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queiroz. - Lisboa: Editorial Aviz, 1945. - XVI-<br />

374-[2] pp.; 195 mm.<br />

Brochado; <strong>de</strong>dicatória <strong>de</strong> oferta no frontispício. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

651 QUEIRÓS (Eça <strong>de</strong>). - CARTAS <strong>de</strong> Inglaterra. - Porto: Livraria Chardron, 1905. - [4], 242,<br />

[2] pp., 1 est.: il.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Ediç<strong>ão</strong> póstuma<br />

das cartas que Eça enviou <strong>de</strong> Bristol à Gazeta <strong>de</strong> Notícias do Rio <strong>de</strong> Janeiro entre Setembro <strong>de</strong> 1880 e<br />

Outubro <strong>de</strong> 1882. Raro.<br />

652 QUEIRÓS (Eça <strong>de</strong>). - CONTOS. - Porto: Livraria Chardron, 1902. - [8]-358-[2] pp.; 190<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura Primeira vez que se reuniram os<br />

Contos publicados dispersamente por Eça. Invulgar.<br />

653 QUEIRÓS (Eça <strong>de</strong>). - DICCIONARIO <strong>de</strong> Milagres (Coor<strong>de</strong>naç<strong>ão</strong> inédita por concluir),<br />

Outros Escriptos, Dispersos. - Lisboa: Parceria A.M. Pereira, 1900. - XXXVIII-[2]-392-[2]<br />

pp.: il.; 185 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial em percalina vermelha com títulos a ouro na pasta anterior e lombada. Primeira<br />

ediç<strong>ão</strong>. Ilustrado com o retrato <strong>de</strong> Eça. Muito raro.<br />

654 QUEIRÓS (Eça <strong>de</strong>). - ECHOS DE PARIZ. - Porto: Livraria Chardron, 1905. - [4]-242-[2]<br />

pp., 1 est.: il.; 185 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong>, ilustrada com uma<br />

fotogravura da estátua erigida em sua homenagem realizada por Teixeira Lopes. Invulgar.<br />

655 QUEIRÓS (Eça <strong>de</strong>). - NOTAS Contemporaneas. - Porto: Livraria Chardron, 1909. - [8],<br />

576 pp., 1 ret.: il.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; ligeira mancha <strong>de</strong> humida<strong>de</strong> no frontispício. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

Compilaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> colaboraç<strong>ão</strong> dispersa <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queirós no Diário <strong>de</strong> Notícias, Renascença, Atlantico,<br />

Ilustraç<strong>ão</strong>, Reporter, Gazeta <strong>de</strong> Noticias, Revista Mo<strong>de</strong>rna, In Memorian e Almanach Encyclopedico.<br />

Raro.<br />

656 QUEIRÓS (Eça <strong>de</strong>). - O CRIME DO PADRE AMARO. - Ediç<strong>ão</strong> Definitiva. - Lisboa:<br />

Typographia Castro Irm<strong>ão</strong>, 1876. - [10]-362 pp.; 225 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; nada aparado e conservando ambas as capas <strong>de</strong> brochura. Bom<br />

exemplar. Ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>finitiva, a segunda em absoluto, a primeira em livro, <strong>de</strong> um dos mais controversos e<br />

importantes romances portugueses <strong>de</strong> sempre. Publicado um ano <strong>de</strong>pois da polémica ediç<strong>ão</strong> na revista<br />

Oci<strong>de</strong>ntal, esta foi completamente reformulada e acrescentada por Eça que consi<strong>de</strong>ra a primeira “um<br />

esboço”. RARÍSSIMO e valioso.<br />

- 150 -


657 QUEIRÓS (Eça <strong>de</strong>). - O PRIMO Bazilio. - Porto: Livraria Internacional <strong>de</strong> Ernesto<br />

Chardron, 1878. - 636 pp.; 190 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; assinatura <strong>de</strong> posse safada no ante-rosto; corte superior das folhas<br />

carminado. Primeira ediç<strong>ão</strong> do romance sobre o qual Teófilo Braga escreveu: “Como processo artístico<br />

O Primo Basílio é inexcedível; n<strong>ão</strong> haverá nas literaturas europeias romance que se lhe avantaje. Há ali a<br />

construç<strong>ão</strong> segura <strong>de</strong> Balzac, o acabamento artístico <strong>de</strong> Flaubert, a crueza real mas imponente <strong>de</strong> Zola, os<br />

quadros completos como em Dau<strong>de</strong>t. Os tipos e as situações rivalizam entre si” (cit. <strong>de</strong> Dic. EQ, p. 506).<br />

E José Régio consi<strong>de</strong>rou este romance o melhor <strong>de</strong> Eça. Raríssimo.<br />

658 QUEIRÓS (Eça <strong>de</strong>). - OS MAIAS: Episodios da Vida Romantica. - Porto: Livraria<br />

Internacional <strong>de</strong> Ernesto Chardron, 1888. - 2 v.; 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações com lombada em pele; assinatura <strong>de</strong> posse no ante-rosto; conserva as capas <strong>de</strong> brochura.<br />

PRIMEIRA EDIÇÃO <strong>de</strong> um dos mais importantes e fundamentais romances portugueses. Longamente<br />

preparado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1880, Os Maias s<strong>ão</strong> “um fresco admirável” do Portugal oitocentista em forma ficcional.<br />

Centrado numa só família, o romance atravessa historicamente o período compreendido <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os<br />

primórdios do Liberalismo e o final do século XIX, revelando um certo propósito crítico. Os serões,<br />

os jantares literários, as corridas <strong>de</strong> cavalos e os saraus s<strong>ão</strong> também marcados pela presença <strong>de</strong> diversos<br />

tipos sociais e culturais, dos mais característicos da ficç<strong>ão</strong> queirosiana. Assim se <strong>de</strong>senrola a evoluç<strong>ão</strong> e<br />

<strong>de</strong>cadência da família, protagonizada por Afonso da Maia, Pedro e Carlos. Este último, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> passar<br />

por Coimbra, fixa-se em Lisboa, abrindo o seu consultório com <strong>de</strong>sejos e promessas <strong>de</strong> auspicioso futuro.<br />

Mas afectado por uma insuperável tendência para a dispers<strong>ão</strong>, Carlos rapidamente abandona essa i<strong>de</strong>ia<br />

iniciando-se neste ponto a intriga amorosa com Maria Eduarda. “<strong>Cum</strong>pre-se, pois, já no tempo e na<br />

geraç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Carlos da Maia, um <strong>de</strong>stino <strong>de</strong> perdiç<strong>ão</strong> que nada fazia prever, nessa personagem rica e educada<br />

<strong>de</strong> forma metódica, perdiç<strong>ão</strong> que, para mais, ocorre num fim <strong>de</strong> século convicto da superiorida<strong>de</strong> da sua<br />

civilizaç<strong>ão</strong>. [...] O episódio final assume, por várias razões, a feiç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um epílogo <strong>de</strong> incidência histórica<br />

[...]. Des<strong>de</strong> logo, esse episódio envolve um regresso [...], marcado pela eros<strong>ão</strong> dos 10 anos que <strong>de</strong>correram,<br />

<strong>de</strong>pois do conhecimento do incesto e da morte <strong>de</strong> Afonso da Maia. O olhar do protagonista que vive um<br />

reencontro amargurado com o passado [...] envolve uma atitu<strong>de</strong> crítica, ao mesmo tempo que anuncia<br />

rumos e sentidos que a obra <strong>de</strong> Eça privilegiará <strong>de</strong>pois. [...] a crítica da Lisboa afrancesada, que ten<strong>de</strong> a<br />

esquecer a saudosa autenticida<strong>de</strong> perdida no tempo do Senhor D. Jo<strong>ão</strong> VI, provém <strong>de</strong> uma personalida<strong>de</strong><br />

que regressa para saborear, na culinária e na paisagem, o pouco que sobrevive do Portugal tradicional”<br />

(Biblios, III, cols. 389-391). MUITO RARO e procurado.<br />

659 QUEIRÓS (Eça <strong>de</strong>). - PROSAS BARBARAS / Com uma Introduç<strong>ão</strong> por Jayme Batalha<br />

Reis. - Porto: Livraria Chardron, 1903. - LIV-[2]-246-[2] pp.; 185 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. [Almeida Marques, 1754] Primeira<br />

ediç<strong>ão</strong>. Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele, conservando as capas <strong>de</strong> brochura; aparado.<br />

660 QUEIRÓS (Eça <strong>de</strong>). - ULTIMAS PAGINAS: (Manuscriptos Ineditos); S. Christovam,<br />

S.to Onofre; S.Frei Gil; Artigos Diversos. - Porto: Livraria Chardron, 1912. - VIII-502-[2]<br />

pp.; 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; com falta das capas <strong>de</strong> brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>ste conjunto <strong>de</strong><br />

escritos <strong>de</strong>ixados inéditos por Eça, gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong>les as Lendas <strong>de</strong> Santos. Invulgar.<br />

661 [QUEIRÓS (Eça <strong>de</strong>)]. - [CRIME (O) DO PADRE AMARO]. - REVISTA OCCIDENTAL.<br />

- 1.º Anno, Tomo 1.º, 1.º fasc., 15 <strong>de</strong> Fevereiro - 1.º Anno, Tomo 2.º, 5.º fasc., 15 <strong>de</strong> Julho.<br />

- Lisboa: Typographia <strong>de</strong> Christov<strong>ão</strong> Augusto Rodrigues, 1875. - 11 fasc. em 2 v.; 250<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnações inteiras <strong>de</strong> pele <strong>de</strong>coradas a ouro com duplo filete nas pastas e rótulos vermelhos com títulos<br />

a ouro nas lombadas; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Bom exemplar. [REIS, Carlos & CUNHA, Maria R.,<br />

«Introduç<strong>ão</strong>» in QUEIRÓS (Eça <strong>de</strong>), O Crime do Padre Amaro ( 2.ª e 3.ª versões), Ediç<strong>ão</strong> crítica, Lisboa,<br />

Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2000, pp. 15-92]. Primeira ediç<strong>ão</strong> do mais controverso romance <strong>de</strong><br />

Eça <strong>de</strong> Queirós que tem aqui a sua primeira vers<strong>ão</strong>, substancialmente diferente das subsequentes até à<br />

<strong>de</strong>finitiva. Segundo Carlos Reis e Maria do Rosário Cunha estaria <strong>de</strong>stinado um espaço para um romance<br />

<strong>de</strong> Eça <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a génese da Revista Oci<strong>de</strong>ntal e, mais importante, Eça n<strong>ão</strong> tinha <strong>de</strong>stinado O Crime do<br />

Padre Amaro a esse espaço, mas um romance intitulado Uma Conspiraç<strong>ão</strong> em Havana que n<strong>ão</strong> concluiu<br />

- 151 -


a tempo. Na correspondência <strong>de</strong> Eça com Batalha Reis po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>duzir que o Crime era um texto<br />

antigo a necessitar <strong>de</strong> reformulaç<strong>ão</strong>, e caso n<strong>ão</strong> fosse publicado na Revista Oci<strong>de</strong>ntal provavelmente<br />

estaria con<strong>de</strong>nado, tal como outros textos queirosianos, a esperar “às vezes eternamente, que o seu autor<br />

pu<strong>de</strong>sse voltar sobre eles e terminá-los” (Introduç<strong>ão</strong>, p. 22). A publicaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta vers<strong>ão</strong> <strong>de</strong> O Crime do<br />

Padre Amaro possui por tudo isto um sem número <strong>de</strong> interesses bibliográficos e literários que, associados à<br />

sua EXTREMA RARIDADE, tornam esta obra uma das mais importantes peças da literatura portuguesa<br />

e uma das mais valiosas.<br />

662 QUEIRÓS (José Maria d’Eça <strong>de</strong>). - SEARA DOS TEMPOS: Angola no Presente, Angola<br />

no Passado. - Lisboa: ed.autor, s.d. - 442-[2] pp.: il.; 300 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> editorial com sobrecapa colorida. Relato <strong>de</strong> viagens efectuadas a Angola que é, nas palavras<br />

do seu autor, “um documentário: uma panorâmica daquilo que po<strong>de</strong> ser facilmente visto e recordado em<br />

Angola, durante uma série <strong>de</strong> passeios semi-improvisados”. Profusamente ilustrado no texto a cores.<br />

663 [QUEIROSIANA]. - CÉSAR (Ol<strong>de</strong>miro). - O CONSELHEIRO Acácio, Académico: à<br />

margem das comemorações centenárias <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queiroz. - Lisboa: Livraria Peninsular<br />

Editora, 1945. - 96 pp.: il.; 190 mm. - Junto com:<br />

EÇA DE Queiroz visto por quem o conheceu / prefácio e coor<strong>de</strong>naç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Castelo Branco<br />

Chaves. - Lisboa: Empresa Contemporânea <strong>de</strong> Edições, 1944. - 64 pp.; 190 mm. - Junto<br />

com:<br />

BASTO (Cláudio). - FOI Eça <strong>de</strong> Queirós um plagiador?. - Porto: Ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Maranus,<br />

1924. - 280 pp.; 185 mm.<br />

Primeiro título enca<strong>de</strong>rnado com lombada em percalina, ligeiramente aparado, conservando as capas <strong>de</strong><br />

brochura; restantes em brochura. Curioso conjunto <strong>de</strong> pequenas obras sobre Eça <strong>de</strong> Queirós, das quais se<br />

<strong>de</strong>staca a primeira <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> Ol<strong>de</strong>miro César, com várias ilustrações <strong>de</strong> Valença e outros importantes<br />

caricaturistas da época.<br />

664 [QUEIROSIANA]. - DUARTE (Mário). - EÇA <strong>de</strong> Queiroz, Cônsul, ao serviço da Pátria<br />

e da Humanida<strong>de</strong>. - Porto: Lello & Irm<strong>ão</strong>, 1948. - 66 pp.; 200 mm. - Junto com:<br />

MACEDO (Jorge Borges <strong>de</strong>). - EÇA <strong>de</strong> Queirós Universitário. - Coimbra: Imprensa da<br />

Universida<strong>de</strong>, 1985. - 128 pp.; 230 mm. - Junto com:<br />

TRIGUEIROS (Luíz Forjaz). - O NACIONALISMO <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queiroz. - Lisboa: ed.<br />

autor, 1935. - 16 pp.; 220 mm. - Junto com:<br />

LEITÃO (Joaquim). - EÇA <strong>de</strong> Queiroz Académico. - Porto: Lello & Irm<strong>ão</strong>, 1947. - 64 pp.;<br />

220 mm.<br />

Todos os folhetos em brochura. Conjunto <strong>de</strong> pequenos folhetos sobre a vida e obra <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queirós.<br />

665 [QUEIROSIANA]. - SARAIVA (António José). - AS IDEIAS <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queirós. - Lisboa:<br />

Centro Bibliográfico, 1946. - L, 152 pp.; 195 mm. - Junto com:<br />

GUIMARÃES (Luís <strong>de</strong> Oliveira). - AS MULHERES na Obra <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queirós. - Lisboa:<br />

Livraria Clássica Editora, 1943. - 104 pp.; 190 mm. - Junto com:<br />

AGOSTINHO (José). - AS ULTIMAS Obras Posthumas <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queiroz e a critica. -<br />

Porto: Casa Editora <strong>de</strong> A. Figueirinhas, 1926. - 212 pp.; 190 mm.<br />

Dois primeiros títulos em brochura; último com enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina, ligeiramente aparado,<br />

conservando as capas <strong>de</strong> brochura. Conjunto <strong>de</strong> ensaios sobre a vida e obra <strong>de</strong> Eça <strong>de</strong> Queirós, dos quais<br />

se <strong>de</strong>staca a excelente obra <strong>de</strong> António José Saraiva, ainda hoje uma referência importante.<br />

666 QUEIROZ (Carlos). - HOMENAGEM a Fernando Pessoa, com os excertos da suas cartas<br />

<strong>de</strong> amor e um retrato por Almada. - Coimbra: Edições Presença, 1936. - 48 pp.: il.; 195<br />

mm.<br />

- 152 -


Brochado; <strong>de</strong>dicatória do autor; ex-libris <strong>de</strong> Jorge Segurado. Palestra lida pelo autor na Emissora Nacional<br />

em 1935, pouco tempo <strong>de</strong>pois da morte <strong>de</strong> Fernando Pessoa. Com interessantes excertos epistolográficos<br />

a Ofélia.<br />

667 QUENTAL (Antero <strong>de</strong>). - ALGUMAS Poesias Suas Pouco Conhecidas. - Barcelos:<br />

Typographia da Aurora do Cavado, 1894. - 68 pp.; 175 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas pintado. Colecç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> algumas<br />

poesias, segundo o editor, inéditas, <strong>de</strong> Antero <strong>de</strong> Quental. Invulgar.<br />

668 QUENTAL (Antero <strong>de</strong>). - JULIO Michelet. - Barcelos: Typographia da Aurora do Cavado,<br />

1896. - 26 pp.; 170 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas pintado. Primeira ediç<strong>ão</strong> em livro<br />

<strong>de</strong> um artigo <strong>de</strong> Antero sobre Michelet publicado originalmente na revista Dous Mundos. Raro.<br />

669 QUENTAL (Antero <strong>de</strong>). - RAIOS <strong>de</strong> Extincta Luz: Poesias Inéditas (1859-1863) com<br />

outras pela primeira vez colligidas / publicadas e precedidas <strong>de</strong> um escorso Bibliographico<br />

por Theophilo Braga. - Lisboa: M. Gomes, 1892. - XLVIII-258 pp.; 165 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; <strong>de</strong>dicatória do editor; ligeiramente aparado. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta<br />

compilaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> alguns poemas inéditos, acompanhados <strong>de</strong> uma biografia da autoria <strong>de</strong> Teófilo Braga.<br />

670 QUENTAL (Antero <strong>de</strong>). - THESOURO Poetico da Infancia / colligido e or<strong>de</strong>nado por<br />

[...]. - Porto: Ernesto Chardron Editor, 1883. - XVI, 218, IV pp.; 170 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em percalina; ligeiramente aparado; conserva as capas <strong>de</strong> brochura.<br />

Uma das primeiras tentativas portuguesas <strong>de</strong> publicar obras inteiramente <strong>de</strong>dicadas às crianças. Nesta<br />

obra, Quental reune uma m<strong>ão</strong> cheia <strong>de</strong> poesias, do próprio e <strong>de</strong> outros autores portugueses, entre os quais<br />

Almeida Garrett e Jo<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Deus, e também do romanceiro popular. Na Advertência com que abre a obra,<br />

emite uma série <strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rações, que passam por <strong>de</strong>stinar o livro “exclusivamente à infância”, <strong>de</strong>clarando<br />

que está “convencido <strong>de</strong> que há no espírito das crianças tendências poéticas e uma verda<strong>de</strong>ira necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al, que convém auxiliar e satisfazer, como elementos preciosos da educaç<strong>ão</strong>”. Raro.<br />

671 RAISSON (Horace). - CODE Galant ou Art <strong>de</strong> Conter Fleurette / par [...]. - Nouvelle<br />

Edition. - Paris: Ollivier, Éditeur, 1837. - 214 pp., 1 est.: il.; 150 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele <strong>de</strong>corada a ouro na lombada e pastas; conserva as capas <strong>de</strong> brochura; corte<br />

superior das folhas carminado. Muito curiosa publicaç<strong>ão</strong> sobre a forma <strong>de</strong> galantear. Ilustrado com uma<br />

bonita gravura no inicio do volume.<br />

672 RAPOSO (Hipólito). - OFERENDA. - Lisboa: Empresa Nacional <strong>de</strong> Publicida<strong>de</strong>, 1950.<br />

- 298, [2] pp.: il.; 200 mm.<br />

Brochado.l Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> crónicas sobre várias regiões do país, com <strong>de</strong>staque para<br />

Sintra e Alcobaça, assim como cultura, literatura, etc. Invulgar.<br />

673 RASTEIRO (Joaquim). - QUINTA e Palácio da Bacalhoa em Azeit<strong>ão</strong>: Monographia<br />

Historico Artistica. - Lisboa: Imprensa Nacional, 1895. - 2 v. em 1: il.; 310 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Importante estudo sobre<br />

o palácio mandado eregir pelo filho <strong>de</strong> Afonso <strong>de</strong> Albuquerque em Azeit<strong>ão</strong>, pois é um importante<br />

contributo para a história da azulejaria em Portugal. O primeiro volume, <strong>de</strong> texto, trata dos aspectos<br />

históricos e artísticos, e o segundo, <strong>de</strong> maior formato, apenas com estampas coloridas da azulejaria do<br />

palácio. Estimado.<br />

674 RATTAZZI (Madame). - PORTUGAL <strong>de</strong> Relance, traducç<strong>ão</strong> portugueza. - Lisboa:<br />

Livraria Zeferino, 1881. - 2 v. em 1.; 210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele; apenas ligeiramente aparado à cabeça. Traduç<strong>ão</strong> portuguesa <strong>de</strong>ste<br />

- 153 -


polémico livro que <strong>de</strong>u origem a uma troca <strong>de</strong> folhetos <strong>de</strong> aceso <strong>de</strong>bate com Camilo. Antero <strong>de</strong> Quental<br />

escreveu a Jo<strong>ão</strong> Lobo <strong>de</strong> Moura o seguinte comentário sobre este livro: “A Rattazzi, que passou dois<br />

invernos a disfrutar os literatos <strong>de</strong> Lisboa, publicou agora um livro sobre Portugal, <strong>de</strong>licioso. Imagine-se<br />

uma parisiense <strong>de</strong>screvendo ao vivo estes mirmidões. N<strong>ão</strong> se fala noutra coisa e está tudo furioso” (cf.<br />

Fotobiografia <strong>de</strong> Antero <strong>de</strong> Quental, Lisboa, INCM, p. 212). Ilustrado com uma fotografia da autora<br />

colada em folha branca. Raro.<br />

675 RATTON (Jacome). - RECORDACOENS <strong>de</strong> Jacome Ratton [...] sobre occurrencias do<br />

seu tempo em Portugal, durante o lapso <strong>de</strong> sessenta e tres annos e meio, alias <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong><br />

1747 a Setembro <strong>de</strong> 1810. Que rezidio em Lisboa, acompanhadas <strong>de</strong> algumas subsequentes<br />

reflexoens suas, para informaçoens <strong>de</strong> seus proprios filhos. - Londres: Impresso por H.<br />

Bryer, 1813. - [4], 450, [12] pp., 2 grav.: il.; 210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada em pele da época ligeiramente cansada; alguma aci<strong>de</strong>z. Primeira ediç<strong>ão</strong> do<br />

livro <strong>de</strong> memórias <strong>de</strong> Ratton, um homem <strong>de</strong> negócios instalado em Portugal nos finais do século XVIII,<br />

início <strong>de</strong> XIX, que privava com o Marquês <strong>de</strong> Pombal e as mais altas personalida<strong>de</strong>s da política e economia<br />

nacionais da época. Estimado.<br />

676 RAU (Fernando). - GOYA. - Lisboa: ed. autor, 1953. - 136 pp.: il.; 320 mm.<br />

Brochado em caixa própria. Reorganizaç<strong>ão</strong> pelo autor da obra <strong>de</strong> Goya por temáticas como Caprichos,<br />

Desastres da Guerra ou Disparates. Ilustrado com reproduções <strong>de</strong> telas inteiras ou <strong>de</strong> pormenores da obra<br />

<strong>de</strong> Goya.<br />

677 REDINHA (José). - SUBSÌDIOS para a história, arqueologia e etnografia dos povos da<br />

Lunda: pare<strong>de</strong>s pintadas da Lunda. - Lisboa: Companhia dos Diamantes <strong>de</strong> Angola, 1953.<br />

- 16 pp., 63 ff. <strong>de</strong> est.: il.; 320 mm.<br />

Encar<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura, capa <strong>de</strong> brochura anterior com ligeira<br />

perda <strong>de</strong> suporte no pé. Curioso estudo sobre a arte popular angolana, com especial <strong>de</strong>staque para as<br />

pinturas murais. Profusamente ilustado as cores.<br />

678 REGIMENTO DO SANTO OFFICIO DA INQUISIÇÃO DOS REINOS DE<br />

PORTUGAL / Or<strong>de</strong>nado com o Real Beneplacito, e Regio Auxilio pelo Eminentissimo,<br />

e Reverendissimo Senhor Car<strong>de</strong>al da Cunha, dos Conselhos <strong>de</strong> Estado, e Gabinete <strong>de</strong><br />

Sua Magesta<strong>de</strong> e Inquisidor Geral nestes Reinos, e em todos os seus Dominios. - Lisboa:<br />

Na Officina <strong>de</strong> Miguel Manescal da Costa, 1774. - 4.ª; *, A-V//4; [8]-158-[2] pp.; 280<br />

mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira com cercadura <strong>de</strong>corativa a ouro nas pastas, corte das folhas carminado.<br />

Bom exemplar. [Inocêncio, VII, p. 58; Importante Biblioteca Particular, VI, 739; P.Matos, p. 479] Terceiro<br />

e último regimento do Santo Ofício da Inquisiç<strong>ão</strong> impresso em Portugal, o mais ampliado. Os Regimentos<br />

anteriores foram impressos em Lisboa, o primeiro por Pedro Craesbeeck, 1613 e o segundo por Manuel<br />

da Silva, 1640. Raro e valioso.<br />

679 RÉGIO (José). - A CHAGA do Lado: Sátiras e Epigramas. - Lisboa: Portugália Editora,<br />

1954. - 92-[4] pp.; 225 mm.<br />

Brochado; exemplar por abrir; capa <strong>de</strong> brochura cansada. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

680 RÉGIO (José). - ANTÓNIO Botto e o Amor: Estudos / <strong>de</strong> [...]. - Porto: Tipografia<br />

Civilizaç<strong>ão</strong>, 1938. - 188-[4] pp.; 195 mm.<br />

Brochado. Ensaio crítico sobre António Botto consi<strong>de</strong>rado já por Pessoa como um dos poetas portugueses<br />

mais originais.<br />

681 RÉGIO (José). - AS ENCRUZILHADAS DE DEUS: Poema / <strong>de</strong> José Régio, com <strong>de</strong>senhos<br />

<strong>de</strong> «Júlio». - Coimbra: Edições Presença, 1935. - 178-[8] pp.: il.; 240 mm.<br />

- 154 -


Lote n.º 679 Lote n.º 681<br />

Lote n.º 682 Lote n.º 688


Lote n.º 686


Brochado; bonito exemplar. [Almeida Marques, 1815] Primeira ediç<strong>ão</strong>. Um dos primeiros <strong>livros</strong> do autor<br />

e dos mais estimados da sua obra poética. Raro.<br />

682 RÉGIO (José). - FADO / Versos <strong>de</strong> [...] e <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> Júlio. - Coimbra: Arménio Amado,<br />

Editor, 1941. - 176 pp.: il.; 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele, ligeiramente aparado à cabeça; conserva as badanas das<br />

capas <strong>de</strong> brochura; limpo. Bom exemplar. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> um dos mais estimados e raros <strong>livros</strong> da<br />

bibliografia regiana. Ilustrado com <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> Júlio no texto.<br />

683 RÉGIO (José). - FILHO do Homem / versos <strong>de</strong> [...]. - Lisboa: Portugália Editora, 1961. - 86<br />

pp.; 225 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele, apenas ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Capa <strong>de</strong> brochura ilustrada por Tossan. Raro e estimado.<br />

684 RÉGIO (José). - HÁ MAIS Mundos: Contos. - Lisboa: Portugália Editora, 1962. - 264, [8]<br />

pp.; 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina azul; apenas ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Obra composta pelos seguintes contos: Os Três Vingadores ou Nova História<br />

<strong>de</strong> Roberto do Diabo; O Fundo do Espelho; Conto <strong>de</strong> Natal; Os Paradoxos do Bem; Os Três Reinos; Os<br />

Alicerces da Realida<strong>de</strong>; As Historietas dum Coleccionador <strong>de</strong> Antiguida<strong>de</strong>s. Invulgar.<br />

685 RÉGIO (José). - MAS DEUS é Gran<strong>de</strong> / Líricas <strong>de</strong> [...]. - Lisboa: Editorial Inquérito<br />

Limitada, 1945. - 110-[8].; 190 mm<br />

Brochado; pequena assinatura <strong>de</strong> posse na folha em branco preliminar. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Raro.<br />

686 RÉGIO (José). - MÚSICA / <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> Júlio gravados em linol; palavras <strong>de</strong> [...]. -<br />

Coimbra: Presença, 1931. - [8] ff.: il.; 400 mm.<br />

DEDICATÒRIA <strong>de</strong> Júlio; enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele. PRIMEIRA EDIÇÃO <strong>de</strong> uma<br />

das mais raras e procuradas obras <strong>de</strong> José Régio, ilustrada por Júlio.<br />

687 RÉGIO (José). - O PRÍNCIPE com Orelhas <strong>de</strong> Burro: Histórias para Crianças Gran<strong>de</strong>s.<br />

- Lisboa: Editorial Inquérito, 1942. - 250-[2] pp.; 195 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado à cabeça; conserva as capas <strong>de</strong><br />

brochura. Primeira ediç<strong>ão</strong>.<br />

688 RÉGIO (José). - POEMAS <strong>de</strong> Deus e do Diabo. - Coimbra: Lvmen, s.d. [1925]. - 88-[2 br.]<br />

pp.; 275 mm.<br />

Magnífica enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> chagrin azul, com rica <strong>de</strong>coraç<strong>ão</strong> a ouro nas pastas e seixas; capas <strong>de</strong><br />

brochura em bom estado <strong>de</strong> conservaç<strong>ão</strong>, sem os habituais cortes, dobras ou perdas <strong>de</strong> suporte <strong>de</strong>vido<br />

à diferença <strong>de</strong> tamanho para as folhas <strong>de</strong> texto. Bonito exemplar. Primeira ediç<strong>ão</strong>. Obra <strong>de</strong> estreia on<strong>de</strong><br />

José Régio apresenta quase todo o elenco <strong>de</strong> temas que viria a <strong>de</strong>senvolver nas obras posteriores: «os<br />

conflitos entre Deus e o Homem, o espírito e a carne, o indivíduo e a socieda<strong>de</strong> [...]» [Dic. Literatura, 912].<br />

RARÍSSIMO.<br />

689 RÉGIO (José). - PRIMEIRO Volume <strong>de</strong> Teatro. - Lisboa: Imprensa Portuguesa, 1940. - 1<br />

v.; 240 mm. - Junto com:<br />

---- TEATRO <strong>de</strong> [...]. - Porto e Coimbra: Vários editores, 1954-1957. - 4 v.; 195 mm.<br />

Brochado; primeiro volume com assinatura <strong>de</strong> posse na folha em branco perliminar e ante-rosto; exemplar<br />

limpo e parcialmente por abrir. [Almeida Marques, 1837] Colecç<strong>ão</strong> completa da obra dramática <strong>de</strong> José<br />

Régio. O primeiro título da obra dramática <strong>de</strong> José Régio consi<strong>de</strong>rado por Óscar Lopes como o culminar<br />

<strong>de</strong> uma “tendência para a dramatizaç<strong>ão</strong>, que imprime a tantas poesias <strong>de</strong> Régio um cunho <strong>de</strong> diálogo entre<br />

- 157 -


planos diferentes” (Hist. Lit. Port., p. 1030]. Inclui as seguintes peças: 1.º v: Jacob e o Anjo e Três Mascaras;<br />

2.º v: Benil<strong>de</strong> ou a Virgem-Mãe; 3.º v: El Rei Sebasti<strong>ão</strong>; 4.º: A Salvaç<strong>ão</strong> do Mundo; 5.º v: Três Peças em Um<br />

Acto: Três Máscaras, O Meu Caso e Mário ou eu Próprio O Outro. Muito raro.<br />

690 REIMPRESSOS cinco textos colectivos <strong>de</strong> surrealistas em português <strong>de</strong> que s<strong>ão</strong> autores /<br />

António Maria Lisboa, Mário Cesariny, Henrique Risques Pereira, Mário Henrique Leiria,<br />

Pedro Oom, Cruzeiro Seixas. - Lisboa: Mário Cesariny e Cruzeiro Seixas, 1971. - [9] ff.: il.;<br />

325 mm.<br />

Brochado. Antologia <strong>de</strong> textos organizada por Cesariny e Cruzeiro Seixas incluindo «A Afixaç<strong>ão</strong> Proibida»;<br />

«Surrealismo e Manipulaç<strong>ão</strong>»; «Aviso a Tempo por Causa do Tempo»; «Para bem Esclarecer as Gentes...»;<br />

«N<strong>ão</strong> Há Morte na Morte <strong>de</strong> André Breton» e «Para bem esclarecer as gentes que ainda est<strong>ão</strong> à espera»<br />

(Hors-texte colado à badana). Tiragem <strong>de</strong> 250 exemplares, numerada.<br />

691 REIS (António Tomás dos). - METHODO da Liturgia Bracharense, em que se expoem<br />

fundamentalmente, e com clareza o modo <strong>de</strong> celebrar com a <strong>de</strong>vida perfeiç<strong>ão</strong> o Sacrossancto<br />

Sacrificio da Missa [...]. - Braga: Na Typographia Bracharense, 1837. - [4], XVI, 248, 46 pp.;<br />

210 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele da época; corte das folhas pintado. Interessante livro sobre a liturgia do rito<br />

bracarense.<br />

692 REIS (António, Pe.). - MOTIVOS para Acompanhar o Santissimo Sacramento propostos<br />

a todos os fieis, principalmente aos Irm<strong>ão</strong>s do Senhor [...]. - Lisboa Oci<strong>de</strong>ntal: Na Officina<br />

Ferreyriana, 1721. - 8.º, *, A-Z, Aa-Hh//8; [16], 494, [2 br.] pp.; 200 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> pergaminho da época; belo exemplar. Primeira ediç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>sta obra que sai em nome<br />

<strong>de</strong> Luis António Cardozo da Gama. O autor <strong>de</strong>sempenhou vários cargos importantes com relevância<br />

intelectual e magisterial, embora tenha rejeitado algumas dignida<strong>de</strong>s eclesiásticas como o bispado <strong>de</strong><br />

Pequim e o governo do arcebispado <strong>de</strong> Braga.<br />

693 [RELATÓRIO E ORÇAMENTO <strong>de</strong> Estado]. - [Lisboa]: Imprensa Nacional, 1844-1845.<br />

- 62, [44], 64, [6], 16 pp.; 310 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina. Conjunto <strong>de</strong> Relatórios e Orçamento <strong>de</strong> Estado para os anos <strong>de</strong> 1844<br />

e ano económico <strong>de</strong> 1845-1846. Segundo Veríssimo Serr<strong>ão</strong>, “o exame do orçamento anual do Estado na<br />

década <strong>de</strong> 1840 mostra a preocupaç<strong>ão</strong> dos Governos em diminuir a <strong>de</strong>spesa pública, sem que os titulares<br />

da pasta conseguissem realizar o milagre. Bem podiam os ministros e os <strong>de</strong>putados erguer a voz em <strong>de</strong>fesa<br />

do equilíbrio orçamental, que os Governos jamais o pu<strong>de</strong>ram alcançar. Para tal situaç<strong>ão</strong> concorreu a<br />

instabilida<strong>de</strong> da vida política após a queda do setembrismo, nas crises <strong>de</strong> 1842, 1846 e 1847, em que a<br />

dívida externa n<strong>ão</strong> parou <strong>de</strong> crescer” (Veríssimo Serr<strong>ão</strong>, VIII, 263). Raro e muito interessante para o estudo<br />

da economia e política daquele período.<br />

694 RESENDE (Garcia <strong>de</strong>). - CHORONICA que tracta da vida e grandissimas virtu<strong>de</strong>s, e<br />

bonda<strong>de</strong>s, magnanimo esforço, excellentes costumes, & manhas, & claros feytos do<br />

Christianissimo Dom Jo<strong>ão</strong> ho Segundo <strong>de</strong>ste nome: & dos Reis <strong>de</strong> Portugal ho <strong>de</strong>cimo<br />

tercio <strong>de</strong> gloriosa memoria. Começado <strong>de</strong> seu nascimento, & toda sua vida ate hora <strong>de</strong><br />

sua morte: Com outras obras que adiante se seguem.. - Lisboa: Impressa em casa <strong>de</strong> Sim<strong>ão</strong><br />

Lopez, 1596. - 8.º, +//6, A-O//8, P//6, Q-R//8, //4; [6], cxxxiiii, [4] ff.; 285 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> pele, <strong>de</strong>corada a seco ao gosto da época nas pastas e lombada; corte das folhas<br />

carminado; carimbo e assinaturas <strong>de</strong> posse <strong>de</strong> várias épocas; manchas <strong>de</strong> humida<strong>de</strong> mais acentuadas nos<br />

primeiros e últimos fólios; fólios finais 2 e 3 com perda <strong>de</strong> suporte afectando ligeiramente o texto da<br />

Tabuada. Bom exemplar. MUITO RARA, terceira ediç<strong>ão</strong> do «Livro das obras <strong>de</strong> Garcia <strong>de</strong> Resen<strong>de</strong>,<br />

que tracta da vida...» da qual se omitiu a «Miscellanea», “com o mais que já o fora na <strong>de</strong> 1554” (Inoc., III,<br />

120). No verso da folha <strong>de</strong> ante-rosto encontra-se a aprovaç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Francisco Pereira e a licença da Santa<br />

Inquisiç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong> 1596. Segue-se a <strong>de</strong>dicatória do editor a D. Alvaro Dallem <strong>de</strong> Castro, Duque<br />

<strong>de</strong> Aveiro, e vem <strong>de</strong>pois «Virtu<strong>de</strong>s, Feições, Costumes, & Manhas <strong>de</strong>l Rey Dom Jo<strong>ão</strong> ho Segundo, que<br />

santa gloria aja», cuja composiç<strong>ão</strong> se vê já emoldurada em filetes. Findo isto, começa a expor-se vida e os<br />

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Lote n.º 694


feitos do rei, que <strong>de</strong>corre até à frente do fólio cxvi, e suce<strong>de</strong>-se a «Trasladaç<strong>ão</strong> do corpo Del Rei» até fólio<br />

cxviii. Nos fólios cxix-cxxvii, <strong>de</strong>screve-se «A entrada <strong>de</strong>l rei Dom Manoel em Castela» sucedido pela «Hida<br />

da Infante Dona Beatriz pera Saboya» (cxxviii-cxxxiii). A presente obra culmina com o Índice (Taboada).<br />

Esta obra do autor do «Cancioneiro Geral», também ela bastante estimada e <strong>de</strong> ampla divulgaç<strong>ão</strong>, na sua<br />

época e sucedâneas, é susceptível <strong>de</strong> vários juízos, assaz díspares pelos seus críticos, como nos relembra<br />

Inocêncio. Des<strong>de</strong> os elogios à sua or<strong>de</strong>m, clareza, singeleza, passando pelas invectivas que a acusam <strong>de</strong><br />

mero sumário <strong>de</strong> acções, mesquinha reuni<strong>ão</strong> <strong>de</strong> historietas e culminando nas graves acusações <strong>de</strong> plágio a<br />

Rui <strong>de</strong> Pina (realçadas por Inoc., III, 121), é impossível negar a sua enorme importância como documento<br />

coevo (Anselmo, 816; Barbosa, II, 328, Inocêncio, III, 118; D. Manuel, 247; Palha, 2847; Pinto Matos, 486;<br />

Travel and Exploration, 195).<br />

695 RESSANO (Arnaldo). - ALBUM <strong>de</strong> Caricaturas: Arnaldo Ressano. - Lisboa: Bertrand<br />

Irm<strong>ão</strong>s, 1935. - [2], 69 ff.: il.; 250 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> percalina; conserva as capas <strong>de</strong> brochura. Nascido em 1880 em Lisboa, Arnaldo<br />

Ressano Garcia foi militar por carreira e caricaturista por express<strong>ão</strong>. Em 1901, impõe-se como perito do<br />

retrato caricatural. Entre 1904 e 1901, manterá o seu espírito caricatural, publicando regularmente os seus<br />

trabalhos em períodicos como o «Arauto», «Ilustraç<strong>ão</strong> Portuguesa», «Revista Nova», «O Pst». Depois <strong>de</strong><br />

uma interrupç<strong>ão</strong> <strong>de</strong>vido à sua carreira militar, Ressano Garcia retoma em 1935 a arte da sátira, publicando<br />

os seus novos <strong>de</strong>senhos no «Sempre Fixe», «Diabo», «Risota», «Século Ilustrado» e noutros jornais da época<br />

e ainda este Àlbum <strong>de</strong> Caricaturas. Com uma introduç<strong>ão</strong> <strong>de</strong> Rocha Martins. Raro.<br />

696 RESUMO da História da Architectura. - Porto: Typographia Occi<strong>de</strong>ntal, 1895. - 72 pp.,<br />

LV est.: il.; 280 mm.<br />

Cartonagem editorial. Sebenta para uma ca<strong>de</strong>ira do curso <strong>de</strong> engenharia da Aca<strong>de</strong>mia Politécnica.<br />

Ilustrada com 55 estampas no final. Raro.<br />

697 RETRATO DOS JESUITAS FEITO AO NATURAL pelos mais sabios, e mais ilustres<br />

Catholicos: ou Juizo feito a’ cerca dos Jesuitas pelos maiores, e mais esclarecidos homens<br />

da Igreja e do Estado: Des<strong>de</strong> o anno <strong>de</strong> 1540, em que foi a sua Fundaç<strong>ão</strong>, até ao anno <strong>de</strong><br />

1650 antes das disputas, que se levantaram a respeito do livro <strong>de</strong> Jansenio. - Lisboa: Na<br />

Officina <strong>de</strong> Miguel Rodrigues, 1761. - 4.º; §-§§//4, §§§//2, A-Z, Aa-Ii//4; [20]-256 pp.;<br />

205 mm.<br />

Enca<strong>de</strong>rnaç<strong>ão</strong> inteira <strong>de</strong> carneira; mancha <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>z marginal nos primeiros fólios. Traduç<strong>ão</strong> portuguesa<br />

<strong>de</strong>sta reuni<strong>ão</strong> <strong>de</strong> escritos <strong>de</strong> várias persona