O Porto e rio Douro: a construção de uma nova ... - Museu do Douro
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recupera<strong>do</strong>s para a VIII Cimeira Ibero-Americana, 1998, e para o novo museu <strong>do</strong>s<br />
Transportes e Comunicações.<br />
Nos projectos <strong>de</strong> re<strong>nova</strong>ção urbana da <strong>Porto</strong> 2001, Capital Europeia da Cultura, a<br />
marginal é objecto <strong>de</strong> <strong>uma</strong> profunda intervenção <strong>de</strong> Massarelos até à Foz<br />
(infraestruturas, canal <strong>do</strong> eléctrico, jardins e espaços públicos, viaduto <strong>do</strong> Cais das<br />
Pedras). O passeio ribeirinho ganha assim <strong>uma</strong> outra visibilida<strong>de</strong> e distinção, assis-<br />
tin<strong>do</strong>-se a <strong>uma</strong> cada vez maior intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> investimentos no sector imobiliá<strong>rio</strong><br />
resi<strong>de</strong>ncial. A intervenção nas margens ribeirinhas e no centro histórico e zona cen-<br />
tral da cida<strong>de</strong> está agora a cargo <strong>de</strong> <strong>uma</strong> Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Reabilitação Urbana<br />
(2004), <strong>uma</strong> instituição pública com 60% <strong>de</strong> capital <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> através <strong>do</strong> Instituto<br />
Nacional da Habitação, e 40% da Câmara Municipal <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>.<br />
Na marginal <strong>de</strong> V.N. Gaia, a Administração Portuária APDL, câmara municipal e<br />
priva<strong>do</strong>s iniciam também os primeiros contactos para <strong>uma</strong> intervenção profunda<br />
no cais <strong>de</strong> Gaia (entretanto vazio), na marginal <strong>do</strong> entreposto vinhateiro e no pas-<br />
seio público até à foz <strong>do</strong> <strong>rio</strong> (actual zona <strong>de</strong> intervenção <strong>do</strong> programa POLIS). Para<br />
além da qualificação <strong>do</strong> espaço público, faz-se também <strong>uma</strong> profunda re<strong>nova</strong>-<br />
ção infraestrutral no âmbito da <strong>de</strong>spoluição <strong>do</strong> <strong>rio</strong> <strong>Douro</strong> (na margem <strong>do</strong> <strong>Porto</strong><br />
foram construídas duas estações <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong> águas residuais). O POLIS <strong>de</strong><br />
Gaia é um projecto ambicioso, mobilizan<strong>do</strong> capitais priva<strong>do</strong>s e gran<strong>de</strong>s reservas<br />
fundiárias <strong>de</strong> antigas quintas, conventos, fábricas, armazéns, cais, <strong>uma</strong> antiga seca<br />
<strong>de</strong> bacalhau, marina, hotéis, etc., bem como <strong>uma</strong> intervenção profunda no aglo-<br />
mera<strong>do</strong> e porto piscató<strong>rio</strong> da Afurada, e to<strong>do</strong> o re-<strong>de</strong>senho da marginal e algu-<br />
mas vias <strong>de</strong> acesso à cota alta da margem <strong>do</strong> <strong>Douro</strong>. Parte <strong>de</strong>ste projecto urbano<br />
é agora geri<strong>do</strong> pela PARQUE EXPO, <strong>uma</strong> empresa saída da gran<strong>de</strong> operação<br />
urbanística <strong>do</strong> parque <strong>de</strong> exposições da EXPO 98 Lisboa que constituiu em Portugal<br />
a primeira gran<strong>de</strong> operação ao estilo internacional das “waterfronts” associadas à<br />
organização <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s eventos.<br />
3. Conclusão<br />
Estão assim lança<strong>do</strong>s os da<strong>do</strong>s para o futuro próximo:<br />
O <strong>rio</strong> <strong>Douro</strong> per<strong>de</strong>u a lógica que vinha <strong>do</strong> tempo longo: já não é o porto <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>;<br />
já não é a via que servia <strong>de</strong> suporte às relações mercantis; foi <strong>do</strong>mestica<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />
barragem em barragem, sen<strong>do</strong> um <strong>do</strong>s principais produtores da energia hidroeléc-