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O Porto e rio Douro: a construção de uma nova ... - Museu do Douro

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santuá<strong>rio</strong> rupestre <strong>de</strong> Panóias (Vila Real), ao embate e à fusão <strong>de</strong> Romanos, Sue-<br />

vos (século V), Visigo<strong>do</strong>s, ou Muçulmanos (sécs. VIII-XI). Des<strong>de</strong> mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século<br />

XII, já num perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> maior segurança, os monges <strong>de</strong> Cister multiplicaram a sua<br />

influência no territó<strong>rio</strong>, arrotean<strong>do</strong> terras, plantan<strong>do</strong> vinhas, aproveitan<strong>do</strong> as<br />

influências cruzadas entre a influência climática <strong>do</strong> atlântico e <strong>do</strong> mediterrâneo.<br />

Esta prosperida<strong>de</strong> marca não só a ligação da região <strong>do</strong> <strong>Douro</strong> ao <strong>Porto</strong>, como<br />

também a inserção nas rotas comerciais hanseáticas com a Flandres e o Norte da<br />

Europa, a «economia-mun<strong>do</strong>» <strong>de</strong> então. O vinho surge <strong>de</strong>s<strong>de</strong> muito ce<strong>do</strong> como<br />

um <strong>do</strong>s principais produtos <strong>de</strong>ssas transacções, tal como o s<strong>uma</strong>gre, <strong>uma</strong> planta<br />

importante para a indústria <strong>do</strong>s curtumes.<br />

Nos séculos XIV e XV, com o envolvimento <strong>do</strong> reino <strong>de</strong> Portugal na conquista <strong>do</strong><br />

Norte <strong>de</strong> África e na empresa das Descobertas, o <strong>Porto</strong> reforça o seu perfil <strong>de</strong><br />

cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> navegantes e merca<strong>do</strong>res, <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong>-se ao longo da margem<br />

direita <strong>do</strong> <strong>Douro</strong> on<strong>de</strong> se localizavam os estaleiros e se <strong>de</strong>senvolviam as activida-<br />

<strong>de</strong>s mercantis.<br />

No século XVIII a fundação da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas <strong>do</strong> Alto<br />

<strong>Douro</strong> (1756-1834) reforçou a importância nacional e internacional da cida<strong>de</strong>, a<br />

sua relação com o territó<strong>rio</strong> inte<strong>rio</strong>r<br />

– o Alto <strong>Douro</strong> -, e o seu papel<br />

media<strong>do</strong>r nas relações internacio-<br />

nais. O monopólio <strong>do</strong> comércio <strong>do</strong><br />

vinho <strong>do</strong> <strong>Porto</strong>, acelerou a ocupa-<br />

ção da margem esquerda <strong>do</strong> <strong>rio</strong>,<br />

Vila Nova <strong>de</strong> Gaia, transformada<br />

progressivamente em entreposto<br />

vinhateiro e peça funda<strong>do</strong>ra <strong>de</strong><br />

<strong>uma</strong> cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> duas margens que<br />

a partir <strong>de</strong> então se foi <strong>de</strong>senvol-<br />

ven<strong>do</strong>. A Junta da Obras Públicas<br />

(1763-1833) <strong>de</strong>senvolverá um ambicioso plano <strong>de</strong> estruturação da cida<strong>de</strong> medie-<br />

val e regulará a expansão extra-muros, incluin<strong>do</strong> um conjunto <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s obras <strong>de</strong><br />

<strong>construção</strong> <strong>de</strong> <strong>nova</strong>s infraestruturas portuárias (NONELL, A. G. (1998), <strong>Porto</strong>,

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