Fechamento Percutâneo do Canal Arterial com a Prótese Amplatzer ...
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Arq Bras Cardiol<br />
2001; 77: 520-5.<br />
peso médio foi de 6,8±1,0kg (6 a 8,7kg) e o diâmetro mínimo<br />
<strong>do</strong> canal foi de 4,4±0,6mm (3,9 a 5,6mm). Segun<strong>do</strong> a classificação<br />
de Krishenko, 24 pacientes apresentavam canal <strong>do</strong><br />
tipo A, 5 <strong>do</strong> tipo E e 4 <strong>do</strong> tipo C. Em to<strong>do</strong>s os pacientes, a<br />
prótese foi implantada <strong>com</strong> sucesso. As próteses utilizadas<br />
foram 6/4 (10 casos), 8/6 (20 casos), 10/8 (<strong>do</strong>is casos) e 12/10<br />
(um caso) (a média <strong>do</strong> menor diâmetro da prótese foi de<br />
5,6±1,4mm). O tempo de fluoroscopia foi de 10,8±3,7min e o<br />
de procedimento de 80,6±15,5min. O sopro contínuo desapareceu<br />
em to<strong>do</strong>s os pacientes, imediatamente, após o implante.<br />
Nenhum paciente necessitou de transfusão sangüínea.<br />
Como <strong>com</strong>plicações, tivemos uma fratura de um cateter<br />
pig-tail arterial, no momento em que era retira<strong>do</strong>. O<br />
fragmento intra-vascular foi resgata<strong>do</strong> <strong>com</strong> algum grau de<br />
dificuldade <strong>com</strong> um cateter tipo laço introduzi<strong>do</strong> pela artéria<br />
contra-lateral. Esse paciente evoluiu <strong>com</strong> perda de pulsos<br />
femorais bilateralmente, não responden<strong>do</strong> à utilização de<br />
terapêutica trombolítica. Com exceção desse paciente,<br />
to<strong>do</strong>s receberam alta no dia seguinte. Antes da alta, o ecocardiograma<br />
revelou oclusão total em 30 pacientes. Os três<br />
restantes apresentavam shunt residual trivial ou discreto,<br />
segun<strong>do</strong> protocolos publica<strong>do</strong>s anteriormente 3 . Em nenhum<br />
paciente foi evidencia<strong>do</strong> estreitamentos na artéria<br />
pulmonar esquerda ou na aorta.<br />
Tabela II - Características <strong>do</strong>s pacientes submeti<strong>do</strong>s ao procedimento<br />
Simões e cols<br />
<strong>Fechamento</strong> percutâneo <strong>do</strong> canal arterial<br />
Paciente Idade meses Peso kg Sexo DMCA Tipo <strong>Prótese</strong> Tfluro SRI Segui SRT<br />
1 27 11,9 F 4,8 A 8-6 10,1 N 6 N<br />
2 17 10,0 F 3,8 E 8-6 12,7 D 3 N<br />
3 24 12,9 F 4,1 A 8-6 13,0 N 6 N<br />
4 9 8,7 F 3,9 A 8-6 9,6 N 6 N<br />
5 21 9,9 F 3,8 E 8-6 16,4 N 6 N<br />
6 51 17,0 F 3,5 C 6-4 8,9 N 3 N<br />
7 18 13,0 M 3,9 A 8-6 9,4 N 6 N<br />
8 36 15,6 M 5,6 A 10-8 11,8 N 6 N<br />
9 88 24,0 F 3,3 A 6-4 10,3 N 6 N<br />
10 34 14,1 M 4,4 A 8-6 11,2 N 6 N<br />
11 144 29,0 F 3,4 A 8-6 7,6 N 6 N<br />
12 48 21,2 F 3,4 A 6-4 10,7 N 6 N<br />
13 192 72,0 M 3,3 A 6-4 11,4 N 6 N<br />
14 408 68,0 F 4,4 E 8-6 10,9 N 6 N<br />
15 456 74,0 F 4,5 A 8-6 14,2 N 6 N<br />
16 38 14,6 M 3,3 A 6-4 7,9 N 6 N<br />
17 8 6,5 M 4,6 A 8-6 12,9 D 3 N<br />
18 64 18,7 F 5,6 C 10-8 13,3 N 6 N<br />
19 17 9,0 F 3,1 E 6-4 8,2 N 6 N<br />
20 24 10,0 F 2,5 A 6-4 8,7 N < 3 -<br />
21 24 10,0 F 2,5 A 8-6 11,7 N < 3 -<br />
22 9 6,0 F 5,6 C 8-6 6,3 N 12 N<br />
23 14 7,2 M 2,5 A 6-4 6,6 N 12 N<br />
24 54 16,4 M 3,0 A 6-4 6,6 N 12 N<br />
25 288 70,0 F 3,0 C 8-6 6,0 N 12 N<br />
26 48 15,0 F 2,8 A 6-4 8,0 N 12 N<br />
27 6 6,5 M 4,0 A 8-6 25,3 N 12 N<br />
28 408 92,0 M 3,4 A 8-6 12,0 N 12 N<br />
29 168 54,0 F 4,0 A 8-6 ND N 6 N<br />
30 23 14,0 M 7,0 A 12-10 ND N 6 N<br />
31 16 9,8 F 4,0 A 8-6 ND N < 3<br />
32 10 6,0 M 4,0 A 8-6 ND N < 3<br />
33 10 7,0 M 4,5 E 8-6 ND N < 3<br />
M- masculino; F- feminino; DMCA- diâmetro mínimo <strong>do</strong> canal arterial em mm; Tipo- tipo anatômico <strong>do</strong> canal segun<strong>do</strong> Krishenko 16 ; TFluro- tempo de fluoroscopia<br />
em minutos; SRI- shunt residual imediato; SRT- shunt residual tardio; N- ausente; D- discreto; ND- não disponível.<br />
Durante o seguimento, o paciente que evoluiu <strong>com</strong><br />
perda de pulsos femorais foi submeti<strong>do</strong> a novo cateterismo<br />
10 meses após o procedimento inicial. Ambas as artérias<br />
femorais estavam ocluídas, <strong>com</strong> presença de extensa rede de<br />
circulação colateral local, não haven<strong>do</strong> nenhum estreitamento<br />
na aorta causa<strong>do</strong> pela prótese. Vinte e oito pacientes<br />
<strong>com</strong>pletaram pelo menos três meses de seguimento, to<strong>do</strong>s<br />
apresentan<strong>do</strong> oclusão total <strong>do</strong> defeito pelo ecocardiograma,<br />
sem estenoses na artéria pulmonar esquerda e aorta<br />
descendente. Nos cinco pacientes restantes <strong>com</strong> seguimento<br />
menor de três meses, o ecocardiograma de 24h já<br />
mostrava oclusão <strong>com</strong>pleta <strong>do</strong> canal. O tempo médio de seguimento<br />
foi de 6,4±3,4 meses. Não houve nenhum evento<br />
embólico tardio, necessidade de reinternação ou endarterite<br />
infecciosa. To<strong>do</strong>s os pacientes estavam bem <strong>do</strong> ponto de<br />
vista clínico, assintomáticos e sem medicações.<br />
Discussão<br />
Este estu<strong>do</strong> mostra a experiência inicial de <strong>do</strong>is<br />
grandes centros brasileiros no fechamento <strong>do</strong> canal arterial,<br />
através <strong>do</strong> cateterismo intervencionista, utilizan<strong>do</strong>-se uma<br />
nova prótese. Devi<strong>do</strong> a sólida experiência prévia de ambas<br />
as instituições no manuseio percutâneo de tal defeito 1,3,6 ,<br />
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