13.07.2013 Views

E que eu não caia sem antes ter entesado a última ... - cpvsp.org.br

E que eu não caia sem antes ter entesado a última ... - cpvsp.org.br

E que eu não caia sem antes ter entesado a última ... - cpvsp.org.br

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

6 TUPARI MARÇO/93<<strong>br</strong> />

■■ : ■ : :B; ;<<strong>br</strong> />

Na <strong>sem</strong>ana (je 14 a 20 de dezem<strong>br</strong>o<<strong>br</strong> />

ocorreram import<strong>antes</strong> encontros de<<strong>br</strong> />

evangélicos envolvidos na <strong>que</strong>stão indígena.<<strong>br</strong> />

De todas as partes do país vieram os meto-<<strong>br</strong> />

distas, <strong>que</strong> se encontraram nos dias 17 e 18<<strong>br</strong> />

na sede da OPAN, em Cuiabá; os lu<strong>ter</strong>anos,<<strong>br</strong> />

de 14 a 18, na Casa de Retiros da IECLB na<<strong>br</strong> />

Chapada dos Guimarães e no mesmo local,<<strong>br</strong> />

somando-se os anglicanos e presbi<strong>ter</strong>ianos<<strong>br</strong> />

unidos e independentes, acontec<strong>eu</strong> a as<strong>sem</strong>-<<strong>br</strong> />

bléia do GTME, com um total de 70 pessoas<<strong>br</strong> />

presentes.<<strong>br</strong> />

A cele<strong>br</strong>ação da abertura foi coordenada<<strong>br</strong> />

pelo bispo Almir dos Santos. Após a Santa<<strong>br</strong> />

Ceia todas as pessoas se apresentaram. Os<<strong>br</strong> />

representanes das Igrejas e das entidades<<strong>br</strong> />

parceiras se apresentaram e fizeram suas<<strong>br</strong> />

saudações.<<strong>br</strong> />

Foram feitos os relatos de área, destacan-<<strong>br</strong> />

do-se as <strong>que</strong>stões mais relev<strong>antes</strong>, como as<<strong>br</strong> />

dificuldades e desafios de 92 e as perspecti-<<strong>br</strong> />

vas para o próximo ano. Ro<strong>que</strong> Simão apre-<<strong>br</strong> />

sentou o trabalho da área do Rio Mequéns.<<strong>br</strong> />

Disse <strong>que</strong> há pormenorizadas informações<<strong>br</strong> />

nos arquivos do GTME; destacou 92 como<<strong>br</strong> />

ano de conflitos, com seqüestro de índios e<<strong>br</strong> />

ensaio de guerra armada, contra os <strong>br</strong>ancos.<<strong>br</strong> />

Ao mesmo tempo há uma crescente cons-<<strong>br</strong> />

ciência de identidade entre os Sakyrabiar,<<strong>br</strong> />

foi feita a autodemarcação do <strong>ter</strong>ritório,<<strong>br</strong> />

com ajudas da Igreja Unida do Canadá e da<<strong>br</strong> />

Igreja Evangélica da Baviera. Houve sensí-<<strong>br</strong> />

vel redução na venda de madeira e busca de<<strong>br</strong> />

al<strong>ter</strong>nativas econômicas, com muitos índios<<strong>br</strong> />

desenvolvendo a prática seringueira. Está<<strong>br</strong> />

mais claro hoje <strong>que</strong> a venda de mogno <strong>não</strong><<strong>br</strong> />

era provocada pela fome ou outra necessida-<<strong>br</strong> />

de. Vendia-se por vender, <strong>sem</strong> importar a<<strong>br</strong> />

quantidade de dinheiro recebido. O contrato<<strong>br</strong> />

fez com <strong>que</strong> o dinheiro, pouco ou muito se<<strong>br</strong> />

tornasse uma necessidade em si. Há uma<<strong>br</strong> />

busca de maior autonomia dos índios, inclu-<<strong>br</strong> />

sive frente à FUNAI. É um processo de dis-<<strong>br</strong> />

tanciamento, abandono dos vínculos com a<<strong>br</strong> />

FUNAI e com a sociedade envolvente. Após<<strong>br</strong> />

a autodemarcação há uma tentativa de se lo-<<strong>br</strong> />

calizar os parentes dispersos e trazê-los para<<strong>br</strong> />

a área. Para 93, com o trablaho sendo assu-<<strong>br</strong> />

mido pela Igreja Anglicana existe a possibi-<<strong>br</strong> />

lidade de chegar novos indigenistas e a<<strong>br</strong> />

maior necessidade é de alguém <strong>que</strong> auxilie<<strong>br</strong> />

na <strong>que</strong>stão da saúde.<<strong>br</strong> />

Lúcio e Ingret falaram do trabalho da IE-<<strong>br</strong> />

CLB entre os Kaingang (RS). É uma popu-<<strong>br</strong> />

lação de 12 mil pessoas em aldeias espalha-<<strong>br</strong> />

das num raio de 350 km. Alguns guarani<<strong>br</strong> />

moram também nessas aldeias. Em 92 hou-<<strong>br</strong> />

ve avanço na <strong>org</strong>anização das lideranças in-<<strong>br</strong> />

dígenas. Lutou-se por uma proposta de saú-<<strong>br</strong> />

de <strong>que</strong> respeitasse os conhecimentos e práti-<<strong>br</strong> />

cas tradicionais de tratamento. Há um<<strong>br</strong> />

esforço na formação de novos professores<<strong>br</strong> />

bilíngües e discute-se o rumo da educação<<strong>br</strong> />

indígena. No debate político estão ligando a<<strong>br</strong> />

posse da <strong>ter</strong>ra à cidadania e houve, durante<<strong>br</strong> />

o ano, recuperação de <strong>ter</strong>ras como os 375 ha<<strong>br</strong> />

de Irai, com ocupação, demarcação oficial e<<strong>br</strong> />

muita luta. Há pouco engajamento de evan-<<strong>br</strong> />

gélicos na solidariedade aos índios e uma<<strong>br</strong> />

história ainda por clarear, dos conflitos ar-<<strong>br</strong> />

mados entre índios e colonos evangélicos na<<strong>br</strong> />

região. Devido à existência de muitas igre-<<strong>br</strong> />

jas entre os Kaingang, discute-se hoje os ru-<<strong>br</strong> />

mos para uma igreja indígena.<<strong>br</strong> />

A ação metodista entre os Krenak foi<<strong>br</strong> />

apresentada pelo Keller Apolinário. Há um<<strong>br</strong> />

grupo Ecumênico de Solidariedade, com<<strong>br</strong> />

pessoas das diversas cidades da região. Com<<strong>br</strong> />

apoio do Conselho Mundial de Igrejas foi<<strong>br</strong> />

publicado um livro so<strong>br</strong>e os Krenak. Este<<strong>br</strong> />

ano, com o auxílio da igreja está se forman-<<strong>br</strong> />

do a primeira professora Krenak e há um es-<<strong>br</strong> />

forço pela contratação dela pelo estado, para<<strong>br</strong> />

dar aula na escola da aldeia. Diariamente o<<strong>br</strong> />

grupo providencia o reforço alimentar para<<strong>br</strong> />

os adolescentes Krenak <strong>que</strong> estudam no gi-<<strong>br</strong> />

násio da cidade de Resplendor. A poluição<<strong>br</strong> />

do Rio Doce tem provocado muitas doenças.<<strong>br</strong> />

Para 93 prevê-se um empenho para <strong>que</strong> o<<strong>br</strong> />

Supremo Tribunal julgue o processo das <strong>ter</strong>-<<strong>br</strong> />

ras Krenak, demarcadas desde 1921 e ocu-<<strong>br</strong> />

O QUE ACONTECE NO GTME<<strong>br</strong> />

XI As<strong>sem</strong>bléia do GTME<<strong>br</strong> />

padas por 52 fazendeiros e posseiros titula-<<strong>br</strong> />

dos pelo estado de Minas.<<strong>br</strong> />

Pelo projeto da IECLB entre os Zoró e<<strong>br</strong> />

Cinta Larga (RO) falou o Tressmann. Apon-<<strong>br</strong> />

tou pessoas da FUNAI, lideranças indígenas<<strong>br</strong> />

e políticos <strong>que</strong> fomentam as negociações<<strong>br</strong> />

com madeireiros. Mesmo nos locais onde<<strong>br</strong> />

<strong>não</strong> há venda da madeira, ela é roubada, sa-<<strong>br</strong> />

<strong>que</strong>ada. Um bom acontecimento foi a homo-<<strong>br</strong> />

logação do <strong>ter</strong>ritório<<strong>br</strong> />

Zoró. O <strong>que</strong> mais<<strong>br</strong> />

impressiona é <strong>que</strong><<strong>br</strong> />

as lideranças indíge-<<strong>br</strong> />

nas mais afeitas ao<<strong>br</strong> />

capitalismo, as <strong>que</strong><<strong>br</strong> />

facilitam os negó-<<strong>br</strong> />

cios ilegais da ma-<<strong>br</strong> />

deira, são os Cinta-<<strong>br</strong> />

larga 'missiona-<<strong>br</strong> />

dos", os alcançados<<strong>br</strong> />

pela "evangeliza-<<strong>br</strong> />

ção" das Novas<<strong>br</strong> />

Tribos. Esses já in-<<strong>br</strong> />

vadiram 40 km<<strong>br</strong> />

adentro da área Zo-<<strong>br</strong> />

ró para o sa<strong>que</strong> de<<strong>br</strong> />

madeira. Os preços<<strong>br</strong> />

são um descala<strong>br</strong>o:<<strong>br</strong> />

3 ou 4 toras de<<strong>br</strong> />

mogno por 2 ou 3<<strong>br</strong> />

sacos de arroz, por<<strong>br</strong> />

exemplo. Para 93,<<strong>br</strong> />

Tressmann está em-<<strong>br</strong> />

penhado em desen-<<strong>br</strong> />

volver a grafia da<<strong>br</strong> />

língua Zoró. O Pro-<<strong>br</strong> />

jeto dará ênfase à<<strong>br</strong> />

medicina natural <strong>que</strong> foi quase destruída pe-<<strong>br</strong> />

los antigos missionários. Dificilmente a ven-<<strong>br</strong> />

da de madeira vai se acabar, devido à de-<<strong>br</strong> />

pendência já criada. A APIR - Articulação<<strong>br</strong> />

dos Povos Indígenas de Rondônia e Norte<<strong>br</strong> />

do MT é uma articulação fraca, <strong>que</strong> tende a<<strong>br</strong> />

legitimar os negócios com madeira das áreas<<strong>br</strong> />

indígenas.<<strong>br</strong> />

Leyi Mar<strong>que</strong>s, relatou a situação dos<<strong>br</strong> />

Kaiowá (MS). Com as denúncias, nos meios<<strong>br</strong> />

de comunicação, do suicídio e da miséria<<strong>br</strong> />

Dona Áurea, com s<strong>eu</strong>s 80 anos e forte<<strong>br</strong> />

lem<strong>br</strong>ança do serviço aos Kaiowá<<strong>br</strong> />

As <strong>ter</strong>ras mais férteis dos Xokleng (SC)<<strong>br</strong> />

foram inundadas por uma barragem. Foi ini-<<strong>br</strong> />

ciada a indenização dessas áreas, ao mesmo<<strong>br</strong> />

tempo em <strong>que</strong> há luta por se firmar neste<<strong>br</strong> />

<strong>ter</strong>ritório e conquistar outras partes. A pas-<<strong>br</strong> />

tora Cledes Markus cita, por exemplo, a rei-<<strong>br</strong> />

vindicação feita pelos cafiizos (Xokleng<<strong>br</strong> />

mestiços com negros) de uma <strong>ter</strong>ra fora da<<strong>br</strong> />

área já demarcada. De imediato, é dada co-<<strong>br</strong> />

Geniima Boehier mo certa a demarca-<<strong>br</strong> />

ção da <strong>ter</strong>ra dos ca-<<strong>br</strong> />

fuzos e o refloresta-<<strong>br</strong> />

mento da área<<strong>br</strong> />

Xokleng.<<strong>br</strong> />

O pastor Nelson<<strong>br</strong> />

Deick, da IECLB,<<strong>br</strong> />

falou da missão en-<<strong>br</strong> />

tre os Kulina (AC e<<strong>br</strong> />

AM) nas suas 3 áre-<<strong>br</strong> />

as tradicionais às<<strong>br</strong> />

margens do Rio Ju-<<strong>br</strong> />

ruá. Apresentou a<<strong>br</strong> />

situação atual das<<strong>br</strong> />

<strong>ter</strong>ras e o trabalho<<strong>br</strong> />

de acompanhamento<<strong>br</strong> />

da autodemarcação<<strong>br</strong> />

feito em conjunto<<strong>br</strong> />

com a OPAN. Mos-<<strong>br</strong> />

trou como se dá a<<strong>br</strong> />

<strong>org</strong>anização dos<<strong>br</strong> />

Kulina na aldeia,<<strong>br</strong> />

nas as<strong>sem</strong>bléias e a<<strong>br</strong> />

<strong>org</strong>anização <strong>que</strong> al-<<strong>br</strong> />

cança todas as al-<<strong>br</strong> />

deias do Rio Juruá.<<strong>br</strong> />

Na área da educa-<<strong>br</strong> />

ção a contribuição<<strong>br</strong> />

ocorre na assessoria e reciclagem do profes-<<strong>br</strong> />

sorado. São ministrados cursos de saúde,<<strong>br</strong> />

coletivamente, pois <strong>não</strong> há enfermeiras. In-<<strong>br</strong> />

centiva-se a medicina natural, mas há o uso<<strong>br</strong> />

de alopáticos e vacinas. As maiores preocu-<<strong>br</strong> />

pações são com a tuberculose e com a fe<strong>br</strong>e<<strong>br</strong> />

tifóide. Para 93 a luta será pelo reconheci-<<strong>br</strong> />

mento legal das <strong>ter</strong>ras autodemarcadas e pe-<<strong>br</strong> />

lo resgate da cultura.<<strong>br</strong> />

Saulo Bino é metodista e estuda teologia<<strong>br</strong> />

Rubens Seibel<<strong>br</strong> />

Coordenadores da Cele<strong>br</strong>ação de abertura da as<strong>sem</strong>bléia<<strong>br</strong> />

dos Kaiowá, o governo viu-se pressionado a<<strong>br</strong> />

demarcar as <strong>ter</strong>ras. Foram demarcadas, nes-<<strong>br</strong> />

te ano 8 áreas, sendo <strong>que</strong> 4 já estão total-<<strong>br</strong> />

mente em posse dos índios. A Missão Tape-<<strong>br</strong> />

porã, da Igreja Metodista está apostando em<<strong>br</strong> />

iniciativas econômicas <strong>que</strong> possibilitem aos<<strong>br</strong> />

índios trabalhar e morar nessas áreas. Há<<strong>br</strong> />

uma valorização das propostas e iniciativas<<strong>br</strong> />

<strong>que</strong> surgem entre os próprios Kaiowá e <strong>não</strong><<strong>br</strong> />

dos in<strong>ter</strong>mediários (Igrejas e grupos de<<strong>br</strong> />

apoio) ganham força e significado as formas<<strong>br</strong> />

próprias de <strong>org</strong>anização e mobilização. Mu-<<strong>br</strong> />

itas das áreas só têm sido demarcadas após<<strong>br</strong> />

ocupação e muita luta.<<strong>br</strong> />

no ITEBA, em Salvador (BA). Disse <strong>que</strong> o<<strong>br</strong> />

grupo de apoio aos Kiriri nasc<strong>eu</strong> do curso<<strong>br</strong> />

ministrado pelo GTME so<strong>br</strong>e a <strong>que</strong>stão indí-<<strong>br</strong> />

gena, para o pessoal do programa Teologia<<strong>br</strong> />

para o Desenvolvimento, da IPU. Há um es-<<strong>br</strong> />

forço de divulgação da situação vivida por<<strong>br</strong> />

este povo, como por exemplo, o incêndio<<strong>br</strong> />

criminoso da escola da aldeia e a invasão de<<strong>br</strong> />

metade da área indígena.<<strong>br</strong> />

Ralf, pastor lu<strong>ter</strong>ano em Boa Vista (RR),<<strong>br</strong> />

denunciou a recente invasão de garimpeiros<<strong>br</strong> />

(mais de 6.000) na área já demarcada e ho-<<strong>br</strong> />

mologada dos Yanomami. Disse <strong>que</strong> a so-<<strong>br</strong> />

ciedade roraimense está profundamente divi-<<strong>br</strong> />

dida frente à situação. Políticos, fazendei-<<strong>br</strong> />

ros, a imprensa e os partidos estão unidos<<strong>br</strong> />

contra os índios. A FUNAI alega <strong>não</strong> <strong>ter</strong><<strong>br</strong> />

condições financeiras para fiscalizar e impe-<<strong>br</strong> />

dir a entrada de garimpeiros. A Igreja Cató-<<strong>br</strong> />

lica fica como única porta-voz dos <strong>que</strong> de-<<strong>br</strong> />

fendem os direitos indígenas.<<strong>br</strong> />

Ao trabalho com os Makuxi (RR) falou o<<strong>br</strong> />

secretário de expansão missionária da I. Me-<<strong>br</strong> />

todista, James W. Goodwin. A pastora Ma-<<strong>br</strong> />

ria Madalena foi para Boa Vista <strong>org</strong>anizar<<strong>br</strong> />

os metodistas <strong>que</strong> estavam dispersos por lá e<<strong>br</strong> />

acabou se envolvendo na Aldeia Bala, com<<strong>br</strong> />

os Makuxi. Hoje a Igreja se preocupa em<<strong>br</strong> />

desenvolver ações solidárias, respeitando a<<strong>br</strong> />

cultura deste povo.<<strong>br</strong> />

O pastor Donald Thomas é da Igreja Uni-<<strong>br</strong> />

da do Canadá e está a serviço da Igreja Me-<<strong>br</strong> />

todista aqui no Brasil, já há quase 30 anos.<<strong>br</strong> />

Ele e sua esposa, dona Iná, desenvolvem um<<strong>br</strong> />

trabalho com os Guarani (mais ou menos<<strong>br</strong> />

150 de Aracruz (ES). Estão empenhados em<<strong>br</strong> />

facilitar a venda de artesanato e consegui-<<strong>br</strong> />

ram <strong>que</strong> fosse reativado o quios<strong>que</strong> na orla<<strong>br</strong> />

marítima de Vitória, onde são feitas as ven-<<strong>br</strong> />

das, em fins-de-<strong>sem</strong>ana. Também, com a li-<<strong>br</strong> />

derança da aldeia, estão negociando com a<<strong>br</strong> />

Aracruz Celulose, a doação de essências na-<<strong>br</strong> />

tivas para o reflorestamento. Com os Tupi-<<strong>br</strong> />

nikim (mais 2000), vizinhos da área guara-<<strong>br</strong> />

ni, <strong>não</strong> há um envolvimento direto. Preocu-<<strong>br</strong> />

pam-se com a perda de identidade cultural<<strong>br</strong> />

do grupo, pois a área é cortada por estradas.<<strong>br</strong> />

O Secretário executivo do COMIN-IE-<<strong>br</strong> />

CLB, rev. Arteno Spellmeier falou da pre-<<strong>br</strong> />

sença de Dóris Kieslich entre os Tremembé.<<strong>br</strong> />

(CE). Já foi feita a identificação e delimita-<<strong>br</strong> />

ção da área. A inércia da Justiça facilitou o<<strong>br</strong> />

assassinato de líderes indígenas pelos fazen-<<strong>br</strong> />

deiros da região. No entanto, o maior obstá-<<strong>br</strong> />

culo já foi vencido ■» o reconhecimento dos<<strong>br</strong> />

Tremembé enquanto povo indígena e s<strong>eu</strong> di-<<strong>br</strong> />

reito ao <strong>ter</strong>ritório.<<strong>br</strong> />

Foi lem<strong>br</strong>ado ainda o envolvimento da co-<<strong>br</strong> />

munidade metodista "Vida e Missão", de<<strong>br</strong> />

Fortaleza (CE), com os índios Tapeba, e o<<strong>br</strong> />

in<strong>ter</strong>câmbio entre o Centro Comunitário<<strong>br</strong> />

Metodista de Belo Horizonte e as mulheres<<strong>br</strong> />

pataxó. Apostando no resgate cultural e na<<strong>br</strong> />

<strong>org</strong>anização própria, as mulheres pataxó<<strong>br</strong> />

passam períodos do ano no Centro Comuni-<<strong>br</strong> />

tário aprendendo o artesanato com algodão,<<strong>br</strong> />

e agora vão tentar estabelecer um centro de<<strong>br</strong> />

tecelagem na aldeia. Mulheres da periferia,<<strong>br</strong> />

<strong>que</strong> trabalham no Centro Comunitário irão à<<strong>br</strong> />

aldeia para auxiliar na <strong>org</strong>anização deste tra-<<strong>br</strong> />

balho.<<strong>br</strong> />

No sábado à noite houve uma apresenta-<<strong>br</strong> />

ção musical, com o Glaucos, da UFMT,<<strong>br</strong> />

Humberto Maiztegui, do RS e Keller Apoli-<<strong>br</strong> />

nário, do ES.<<strong>br</strong> />

A manhã de domingo foi aberta com uma<<strong>br</strong> />

oração ministrada pela Sílvia Schünemann.<<strong>br</strong> />

Foram dadas divesas informações so<strong>br</strong>e o<<strong>br</strong> />

acerto de contas das passagens e da anuali-<<strong>br</strong> />

dade. Foi apresentada uma carta da Associa-<<strong>br</strong> />

ção Habitai para a Humanidade, <strong>que</strong> a<strong>br</strong>e a<<strong>br</strong> />

possibilidade de apoiar a construção de mo-<<strong>br</strong> />

radias em aldeias. Houve então um painel<<strong>br</strong> />

com o pastor presbi<strong>ter</strong>iano Lúcio Flores,<<strong>br</strong> />

<strong>que</strong> é índio Terena e com o líder indígena<<strong>br</strong> />

Bakairi, Estevão Carlos Taukane. Lúcio su-<<strong>br</strong> />

geriu <strong>que</strong> outros índios poderiam estar pre-<<strong>br</strong> />

sentes e apresentou sua tese, <strong>que</strong> está sendo<<strong>br</strong> />

desenvolvida para o mestrado, so<strong>br</strong>e o suicí-<<strong>br</strong> />

dio entre os KaioWá. Pesquisa a influência<<strong>br</strong> />

teológica (reino de D<strong>eu</strong>s, paraíso, etc) nes-<<strong>br</strong> />

tes suicídios. Estevão foi criado numa aldeia<<strong>br</strong> />

sob influência de missionários católicos e<<strong>br</strong> />

evangélicos (Summer Institute). Separou o<<strong>br</strong> />

tempo recente da história dos índios no Bra-<<strong>br</strong> />

sil entre o primeiro momento em <strong>que</strong> é de-<<strong>br</strong> />

senvolvida uma política indigenista e a partir<<strong>br</strong> />

do surgimento da UNI, a efetivação de uma<<strong>br</strong> />

política indígena, ainda frágil. Aponta a cul-<<strong>br</strong> />

tura como o <strong>ter</strong>reno de solução dos proble-<<strong>br</strong> />

mas indígenas.<<strong>br</strong> />

Após o primeiro in<strong>ter</strong>valo da manhã a<<strong>br</strong> />

plenária dividiu-se em grupos para elabora-<<strong>br</strong> />

ção de propostas de ação e diretrizes para<<strong>br</strong> />

93. Depois as sugestões foram r<strong>eu</strong>nidas em<<strong>br</strong> />

plenária.<<strong>br</strong> />

Um grupo de leigas e pastoras de diversas<<strong>br</strong> />

igrejas ministrou a oração e benção de des-<<strong>br</strong> />

pedida. Os relatórios diversos podem ser so-<<strong>br</strong> />

licitados ao GTME.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!