Resumo: Aos Homens do meu Tempo A Universidade - Centro ...
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TECNOLOGIA<br />
DA<br />
INFORMAÇÃO<br />
E EDUCAÇÃO<br />
Prof. Mgr. Guy-Réal<br />
Thivierge<br />
Presidente <strong>do</strong> <strong>Centro</strong><br />
Católico Internacional de<br />
Cooperação com a UNESCO<br />
Fonte: EI Mes en la UNESCO,<br />
abril-junio de 2005, págs. 5-6.<br />
24<br />
HUMANO NO<br />
CENTRO DO<br />
MUNDO<br />
Introdução à Terceira Conversação<br />
<strong>do</strong> CCIC – 2005<br />
O encontro de hoje nos propõe ainda mais<br />
especificamente refletir e debater sobre o vínculo entre<br />
o ser humano e a cultura, sobre a evolução, a<br />
transformação e mercantilização das culturas na<br />
modernidade, os desafios vincula<strong>do</strong>s à sua imensa<br />
diversidade, a seu encontro com os meios de<br />
comunicação de massa e as novas tecnologias. A<br />
cultura, recordemos, é uma das dimensões essenciais<br />
da vida humana e por isto, <strong>do</strong> humanismo autêntico,<br />
pois ela é a forma específica de ser e de existir <strong>do</strong>s<br />
homens e mulheres de to<strong>do</strong>s os horizontes e de to<strong>do</strong>s<br />
os tempos.<br />
Desejo deixar falar o próprio Papa João Paulo II que<br />
aqui no recinto da UNESCO em 2 de junho de 1980<br />
dirigiu ao mun<strong>do</strong> um vibrante apelo à reflexão sobre<br />
os eixos preferenciais <strong>do</strong> compromisso desta<br />
instituição, entre os quais, a cultura. Escutemo-lo e<br />
permaneçamos atentos à forma pela qual trata <strong>do</strong>s<br />
termos de problemática que nos interessa.<br />
“A significação essencial da cultura... consiste no fato<br />
de que é uma característica da vida humana. O homem<br />
vive realmente uma vida humana graças à cultura. A<br />
vida humana é cultura também no senti<strong>do</strong> de que o<br />
homem se distingue e se diferencia através dela de<br />
tu<strong>do</strong> o mais no mun<strong>do</strong> visível: o homem não pode<br />
prescindir da cultura.<br />
O homem vive sempre segun<strong>do</strong> uma cultura que<br />
lhe é própria e que, por sua vez, cria entre os homens<br />
um vínculo que também lhe é próprio, determinan<strong>do</strong><br />
o caráter inter-humano e social da existência humana.<br />
Na unidade da cultura, como mo<strong>do</strong> próprio da<br />
existência humana, se enraíza ao mesmo tempo a<br />
pluralidade da cultura no seio da qual vive o homem.<br />
Nesta pluralidade, o homem se desenvolve sem perder<br />
contu<strong>do</strong> o contato essencial com a unidade da cultura<br />
como dimensão fundamental e essencial de sua<br />
existência e <strong>do</strong> seu ser.<br />
O homem que, no mun<strong>do</strong> visível, é o único sujeito<br />
da cultura, é também seu único objeto e termo. A<br />
cultura é aquilo pelo qual o homem, enquanto homem,<br />
se torna ainda mais humano. A cultura situa-se sempre<br />
em relação essencial e necessária ao que é o homem,<br />
enquanto a sua relação ao que possui, às suas posses,<br />
é não somente secundária como também<br />
completamente relativa. Tu<strong>do</strong> o que o homem possui<br />
não é importante para a cultura, só é cria<strong>do</strong>r da cultura<br />
na medida em que ele por intermédio <strong>do</strong> que tem,<br />
pode ao mesmo tempo ser mais plenamente homem,<br />
tornar-se mais plenamente homem em todas as<br />
dimensões da existência, em tu<strong>do</strong> o que caracteriza sua