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spectrum<br />
No. 21 / 1-2010<br />
mAGAZINe OF pulp & pAper<br />
BIOGerAÇÃO<br />
Energia verde na Portucel Soporcel<br />
(Página 4)<br />
estrelAs DA sOrte<br />
A maior unidade de preparação de massa da Yueyang Paper<br />
(Página 10)<br />
INterVAlO estreItO<br />
A formadora de intervalo da Cardella cria novas possibilidades<br />
(Página 24)<br />
FOrNO cOm cÉreBrO<br />
A Mondi SCP emprega novas ferramentas de automação<br />
(Página 28)
2 Mensagem da Administração 3<br />
3<br />
4<br />
MENSAGEM DA<br />
ADMINISTRAÇÃO<br />
BIOGERAÇÃO<br />
10 DIP DA<br />
SORTE<br />
14 GOLFINHOS<br />
E REJEITOS<br />
16<br />
ÍNDICE<br />
TROCA DE<br />
FILTRO ININ-<br />
TERRUPTA<br />
22 SOLUÇÕES<br />
CRUCIAIS<br />
A Spectrum é uma publicação de:<br />
ANDRITZ AG<br />
Stattegger Strasse 18<br />
A-8045 Graz, Austria<br />
Tel: +43 (316) 6902 0<br />
pulpandpaper@andritz.com<br />
Editor-Chefe: Gudrun Hadolt<br />
gudrun.hadolt@andritz.com<br />
Editor: Robert Puhr<br />
robert.puhr@andritz.com<br />
24 ESTREITAN-<br />
DO O<br />
INTERVALO<br />
28<br />
32<br />
36<br />
42<br />
FORNO COM<br />
CÉREBRO<br />
O SOL EM<br />
EXPANSÃO<br />
ALTERNATIVAS<br />
DE<br />
MANUTENÇÃO<br />
NOTÍCIAS DO<br />
MUNDO<br />
ANDRITZ<br />
Equipe editorial: Volkmar Bogner, Bjørn Hansen, Minna Heinonen,<br />
Brigitte Jannach, Katariina Jantunen, Pirjo Nousjoki, Ursula Upanne,<br />
Manuela Wagner, Elisabeth Wolfond, Anne Ylitalo<br />
Redatores colaboradores: Thomas Barbieri, Siegfried Jütte, Robert Puhr,<br />
Regina Puschnig, Raffaela Quadri<br />
Fotógrafos colaboradores: Lars Behrendt, Fernando Bergamaschi,<br />
Bildhauer, Ken Buslay, Thomas Comandone, Wolfgang Croce, Riku<br />
Isohella, Dong Jingyu, Rudolf Gigler, José Luiz Rocha, Peter Steen, Thomas<br />
Wedderwille<br />
Projeto gráfico: Gudrun Hadolt<br />
Nesta publicação aparecerão os termos “toneladas” e “tons”: toneladas para unidades métricas e tons para unidades dos EUA. A<br />
Spectrum é publicada em cinco idiomas: inglês, chinês, russo, japonês e português. Direitos autorais © ANDRITZ AG 2010. Todos<br />
os direitos reservados. É proibida a reprodução de qualquer parte desta publicação sem a permissão do editor.<br />
NoTÍCIAS DA<br />
ANDRITZ<br />
Östrand e Obbola melhoram as pegadas<br />
ambientais com a ANDRITZ.<br />
A SCA escolheu a ANDRITZ PULP &<br />
PAPER para fornecer um novo forno de cal<br />
com tratamento de combustível e equipamentos<br />
de filtragem de licor branco para<br />
a fábrica de Östrand, além de uma nova<br />
tecnologia de caustificação para a fábrica<br />
de obbola, ambas na Suécia.<br />
o fornecimento para Östrand faz parte do<br />
projeto BioLoop da SCA, que prevê a alteração<br />
dos sistemas da fábrica de óleo para<br />
combustíveis renováveis, a fim de aprimorar<br />
a compatibilidade ambiental geral da<br />
fábrica. o combustível do novo forno de<br />
cal será serragem, que também acarretará<br />
custos menores com produtos químicos. o<br />
escopo de fornecimento inclui ainda queimadores<br />
de serragem para a caldeira de<br />
força já existente.<br />
o fornecimento para obbola, para a SCA<br />
Packaging, inclui um filtro de licor verde<br />
LimeGreen, uma centrífuga LimeFree<br />
para processamento de dregs e um sistema<br />
de filtragem de lama de cal. Esse fornecimento<br />
inclui ainda a eletrificação e a<br />
instrumentação do processo, além da modificação<br />
do sistema de controle existente.<br />
Forçados a se concentrar.<br />
Uma coisa sobre a crise: ela nos força a<br />
nos concentrarmos naquilo que é mais<br />
importante.<br />
Em nossas vidas pessoais, uma doença<br />
grave de um ente querido captura nossa<br />
atenção para nos concentrarmos em cuidar<br />
dele. Em nossas vidas profissionais, a<br />
crise de uma queda severa na demanda<br />
de mercado, ou de preços de matériasprimas<br />
que aumentam rapidamente, capturam<br />
nossa atenção para aquilo que<br />
é necessário, enquanto outras coisas<br />
acabam ficando de lado.<br />
Há indicadores - especialmente em determinadas<br />
regiões - de que o pior da crise<br />
econômica já passou. À medida que a recuperação<br />
ganha força, não podemos perder<br />
o foco.<br />
Foco nas pessoas.<br />
Como engenheiros, muitas vezes nos<br />
concentramos na tecnologia. Porém não<br />
podemos esquecer que nossa tecnologia<br />
é criada por pessoas, operada por pessoas<br />
e mantida por pessoas. Nosso foco<br />
deve estar no fornecimento de ambientes<br />
seguros, desafiadores e recompensadores<br />
para nossos ativos mais importantes.<br />
Foco na energia.<br />
Custos de energia em elevação e, mais<br />
importante, a garantia de fornecimento de<br />
energia a longo prazo, concentram nossa<br />
atenção na autossuficiência, conservação<br />
e alternativas para os combustíveis fósseis.<br />
Bons exemplos disso são os projetos<br />
de geração de biomassa do Grupo<br />
Portucel Soporcel (página 4) abordados<br />
nesta edição. E o rotor Ro-Tec Dolphin ®<br />
que economiza energia usado na fábrica<br />
da NSI em Bruck (página 14).<br />
Foco na eficiência.<br />
O corte de custos operacionais e o au-<br />
Humbert Köfler<br />
Membro da Diretoria<br />
Celulose e Papel – Serviços e Unidades<br />
mento da eficiência têm sido fundamentais<br />
para a sobrevivência da maioria das fábricas.<br />
Uma das áreas de foco para melhorias<br />
na eficiência é a manutenção. A reportagem<br />
sobre a fábrica da UPM Augsburg<br />
(página 16) aborda uma inovação de<br />
serviço que economiza tempo e dinheiro.<br />
Uma discussão interessante sobre o papel<br />
dos serviços (página 22) oferece mais assuntos<br />
para reflexão.<br />
Preparamos esta edição para ser distribuída<br />
na PulPaper em Helsinki - um dos<br />
locais de reunião do setor. Embora feiras<br />
comerciais não sejam nosso foco principal,<br />
aguardamos com expectativa cada<br />
oportunidade de nos encontrarmos com<br />
os clientes e discutirmos soluções para os<br />
desafios que todos enfrentamos.<br />
Karl Hornhofer<br />
Membro da Diretoria<br />
Papel e Celulose – Sistemas de Capital
4 Portucel Soporcel group Portucel Soporcel group 5<br />
História de duas fábricas: a biogeração<br />
surge naturalmente na Portucel<br />
A Enerpulp, uma subsidiária do grupo Portucel Soporcel para produção de energia,<br />
está se beneficiando da biomassa disponível para gerar receita “verde” adicional para a<br />
empresa em duas fábricas. Segundo a administração das fábricas, as duas caldeiras de<br />
biomassa novas, recém-fornecidas pela ANDRITZ, apresentam um ótimo desempenho.<br />
o grupo Portucel Soporcel é um dos maiores<br />
geradores de energia a partir da biomassa de<br />
florestas renováveis em Portugal. Entre 2000<br />
e 2008, o grupo reduziu em 58% as emissões<br />
de Co2 fóssil. Focado na energia renovável, o<br />
grupo Portucel Soporcel ativou duas unidades<br />
de energia da ANDRITZ movidas a biomassa<br />
(uma em Cacia e outra em Setúbal), cuja produção<br />
líquida gira em torno de 167 GWh/a.<br />
o curioso é que a energia gerada pelas caldeiras<br />
não é utilizada pelas fábricas. Isso não<br />
é permitido segundo as diretrizes de Portugal<br />
para créditos de “energia verde”; portanto, a<br />
eletricidade é vendida diretamente à grade<br />
nacional.<br />
“Mesmo sem essas caldeiras, somos autossuficientes<br />
em termos de energia em Cacia”,<br />
diz José Manuel Nordeste, Gerente da Fábrica<br />
de celulose em Cacia. A situação é um pouco<br />
diferente em Setúbal, segundo o Gerente da<br />
LoCALIZAção DA FáBRICA<br />
SETubAl, PORTugAl<br />
Fábrica de Celulose Óscar Monteiro Arantes.<br />
Ele comenta: “A instalação de uma máquina<br />
de papel nova e grande aqui exigirá uma produção<br />
de energia extra em uma unidade de<br />
geração combinada de calor e energia (CHP)”.<br />
“Entretanto, a margem adicional proveniente<br />
da energia verde ainda torna essa opção<br />
atraente.”<br />
localizações ideais<br />
A instalação em Setúbal fica a apenas 4 km<br />
da cidade portuária de Setúbal, o que facilita<br />
o transporte de produtos acabados. A fábrica<br />
produz 525.000 t/a de celulose branqueada<br />
(especialmente da fibra preferencial de<br />
Eucalyptus globulus).<br />
Cacia fica na região central de Portugal, a 8<br />
km de Aveiro e muito próxima do mar. “Cacia<br />
está localizada no coração da maior concentração<br />
florestal do país”, diz Nordeste. “A proximidade<br />
dessa matéria-prima é uma grande<br />
vantagem para nós.” A produção de Cacia de<br />
280.000 t/a se destina a aplicações especiais<br />
tais como papéis décor, papéis revestidos especiais<br />
e papéis tissue.<br />
“Na verdade, a história do Portucel coincide<br />
com a criação da fábrica de Cacia, na década<br />
de 1950”, comenta Nordeste. “Em 1957,<br />
uma equipe de especialistas tornou a fábrica<br />
de Cacia a pioneira mundial na produção de<br />
celulose de eucalipto branqueada com sulfato.<br />
Nosso pessoal tem espírito inovador, além<br />
de grande conhecimento acumulado por<br />
décadas.”<br />
Polpação + energia com valor agregado<br />
o grupo Portucel Soporcel responde por cerca<br />
de 65% da eletricidade total de Portugal<br />
gerada a partir de biomassa de florestas renováveis.<br />
Segundo Nordeste, “o mundo se volta<br />
cada vez mais para a energia renovável e nós<br />
também. Precisamos ser atuantes nessa in-<br />
dústria para garantir a manutenção da ordem<br />
no mercado. os recursos florestais são vitais<br />
para nós. Há uma ameaça em potencial. Por<br />
isso, não podemos permitir que outros controlem<br />
os recursos naturais, ou simplesmente<br />
os destruam, antes mesmo de agregarmos<br />
valor a eles.”<br />
o interesse na tecnologia e nos serviços<br />
de caldeira tem aumentado na Península<br />
Ibérica, segundo Anssi Marttila, Gerente da<br />
área de Serviços de Engenharia de Celulose<br />
da ANDRITZ da região. Ele comenta:<br />
“Trabalhamos há muitos anos em cooperação<br />
com o grupo Portucel Sorporcel em investimentos<br />
estratégicos e na prestação contínua<br />
de serviços.” “Isso nos permite melhorar continuamente<br />
os serviços prestados e a disponibilidade<br />
de peças sobressalentes – e ocupar<br />
uma posição de destaque em Portugal. Com<br />
os abundantes recursos e incentivos comerciais,<br />
essa continuará sendo uma área ativa<br />
para nós.”<br />
Ao conseguir remover os resíduos de biomassa<br />
do solo florestal, o grupo Portucel Soporcel está de<br />
fato reduzindo o risco e o impacto dos incêndios. A<br />
fábrica utiliza cerca de 150.000 t/a de biomassa como<br />
combustível em Setúbal.<br />
Visão interna da caldeira de biomassa de ANDRITZ.<br />
o projeto de caldeira de biomassa da ANDRITZ<br />
consistiu no fornecimento de duas caldeiras<br />
idênticas com capacidade de produção total<br />
de 49,75 MWth. De acordo com Jukka Kari,<br />
Gerente de Projeto, as caldeiras são de tamanho<br />
médio (58 t/h, 93 bar e 472ºC). o escopo<br />
da Portucel Soporcel incluía o trabalho civil/<br />
estrutural e parte da eletrificação e automação.<br />
“A ANDRITZ oferecia desde o transportador<br />
de alimentação de combustível até o coletor<br />
de vapor principal na unidade geradora de<br />
turbina”, diz Kari. os contratos foram assinados<br />
em fevereiro de 2008 e a parte mecânica<br />
da caldeiras foi concluída no outono de 2009.<br />
Valor agregado em Setúbal<br />
o grupo investiu muito na renovação da fábrica<br />
em Setúbal, que datava de 1964. Arantes<br />
estima que o investimento total recente seja<br />
de EUR 700 milhões destinados a uma nova<br />
máquina de papel, uma nova unidade de geração<br />
combinada de calor e energia (CHP),<br />
retrofits de linha de fibras e da caldeira, e à<br />
nova caldeira de biomassa.<br />
A caldeira de recuperação de Setúbal foi recémreformada.<br />
Esse foi um grande projeto de retrofit.<br />
Cada seção do economizador (aqui ele está sendo<br />
removido da caldeira) tinha 25 m de altura e pesava<br />
22 toneladas.<br />
“Não tivemos dificuldade no<br />
start-up da caldeira. A grande<br />
flexibilidade permite queimar<br />
diferentes biomassas com<br />
diferentes níveis de umidade.”<br />
Óscar Arantes, Gerente da Fábrica de Celulose, Setúbal<br />
Arantes (à esquerda) com José Henriques da<br />
Exporatlas, representante da ANDRITZ em Portugal.
6 Portucel Soporcel group Portucel Soporcel group 7<br />
Em frente à nova caldeira de<br />
biomassa de Cacia estão (da<br />
esquerda para a direita) António<br />
gomes, Diretor de Projeto local,<br />
José Henriques, representante<br />
da ANDRITZ e José Nordeste,<br />
gerente de Fábrica em Cacia.<br />
A nova caldeira de recuperação da ANDRITZ<br />
em Cacia (à esquerda) substituiu duas unidades<br />
antigas (centro) e permitiu à fábrica expandir sua<br />
produção.<br />
“Utilizamos cerca de 150.000 t/a de biomassa<br />
como combustível na fábrica”, diz<br />
Arantes. “Em torno de 80% de nossas toras<br />
são descascadas antes de entrar na fábrica.<br />
Utilizamos um equipamento especial de<br />
colheita e amarração para coletar o resíduo<br />
florestal e colocá-lo em pequenos feixes para<br />
transporte.”<br />
Além de gerar energia verde, a remoção de<br />
resíduo florestal apresenta outro grande benefício:<br />
a redução de incêndios florestais. “No<br />
verão, esta região é quente e seca, aumentando<br />
consideravelmente o risco de incêndios<br />
florestais”, explica Arantes. “Ao conseguirmos<br />
remover os resíduos do solo florestal, estamos<br />
de fato reduzindo o risco e o impacto dos<br />
incêndios. Entretanto, não removemos tudo.<br />
Nossos especialistas florestais sabem onde<br />
podem remover a biomassa sem danificar o<br />
“Uma das principais referências<br />
da ANDRITZ foi a nova caldeira<br />
de recuperação instalada nesta<br />
fábrica em 2006. Essa caldeira<br />
tem enorme precisão – como um<br />
relógio suíço!”<br />
José Nordeste, Gerente de Fábrica, Cacia<br />
solo.”<br />
Em relação à caldeira, Arantes comenta: “A<br />
ANDRITZ cumpriu todos os prazos definidos<br />
no contrato e algumas vezes fez entregas até<br />
antes do prazo. Fizemos o start-up da caldeira<br />
e não tivemos problemas. Sua entrada em<br />
operação prosseguiu normalmente, o que é<br />
um bom sinal da cooperação entre a ANDRITZ<br />
e a nossa equipe de projeto. o projeto da caldeira<br />
é bom. A grande flexibilidade permite<br />
queimar diferentes biomassas com diferentes<br />
níveis de umidade.”<br />
Retrofit de caldeira de recuperação<br />
Uma caldeira de recuperação da ANDRITZ<br />
instalada em Setúbal em 1990 estava pronta<br />
para retrofit. o grupo Portucel Sorporcel decidiu<br />
reconstruir parte do banco da caldeira,<br />
além de substituir partes dos economizadores<br />
GRUPo<br />
<strong>PORTuCEl</strong><br />
<strong>SOPORCEl</strong><br />
Com uma capacidade de produção anual<br />
de 1,55 milhões de toneladas de papel<br />
e 1,35 milhões de toneladas de celulose,<br />
o grupo Portucel Soporcel é o principal<br />
produtor europeu de papel sem fibras de<br />
madeira não revestido (UWF), e também<br />
o maior produtor europeu de celulose<br />
kraft de eucalipto branqueado.<br />
o grupo possui três fábricas em<br />
Portugal – Setúbal, Figueira da Foz e<br />
Cacia. o grupo foi criado em 1950 com<br />
uma unidade produtora de celulose<br />
de pinho bruto em Cacia. Em 1976, a<br />
Portucel (Empresa de Celulose e Papel<br />
de Portugal) foi incorporada como resultado<br />
da nacionalização da indústria<br />
de celulose. Buscando reestruturar a<br />
indústria do papel, a Portucel adquiriu a<br />
Papéis Inapa em 2000 e a Soporcel em<br />
2001. Em 2004, a Semapa de Portugal<br />
adquiriu a participação majoritária da<br />
Portucel.<br />
Com o tempo, o grupo passou a buscar<br />
uma estratégia para desenvolver suas<br />
próprias marcas, incluindo o Navigator,<br />
que é a marca com melhor vendagem no<br />
mundo no segmento de papel de escritório<br />
premium.<br />
Graças ao uso de combustível de biomassa<br />
de florestas renováveis, o grupo<br />
Portucel Soporcel é o maior produtor<br />
de energia derivada dessa fonte em<br />
Portugal.
8 Portucel Soporcel group Portucel Soporcel group 9<br />
“Encontramos todo tipo de<br />
substância contaminante na<br />
biomassa de entrada. Só um<br />
sistema de caldeira resistente e<br />
confiável pode dar conta disso.”<br />
António Gomes, Diretor de Projeto Local<br />
Vista de cima: a unidade de caldeira de biomassa da ANDRITZ<br />
em Cacia, com o Rio Vouga ao fundo.<br />
e uma parte do superaquecedor dessa unidade<br />
de 2.200 tds/d. A ANDRITZ venceu a<br />
licitação.<br />
“Esse foi um projeto de retrofit de grandes<br />
proporções”, diz Timo Lamberg, Gerente de<br />
Projeto da ANDRITZ. “Instalamos 856 novos<br />
tubos no banco da caldeira, além da primeira<br />
e segunda seções do economizador.”<br />
As seções do economizador são enormes,<br />
medindo quase 25 m de altura e pesando 22<br />
t por bloco de montagem. Lamberg comenta:<br />
“Para desmontar as seções maiores e instalar<br />
as novas precisamos alugar um dos maiores<br />
guindastes de construção da região, que veio<br />
da Espanha.”<br />
A parada para o trabalho de retrofit começou<br />
em 2008 e a caldeira de recuperação foi comissionada<br />
em novembro.<br />
Excelente referência em Cacia<br />
Segundo Nordeste, a caldeira de recuperação<br />
em Cacia também foi essencial na decisão de<br />
escolher a ANDRITZ para o projeto da caldeira<br />
de força de biomassa.<br />
“Uma das referências mais fortes da ANDRITZ<br />
foi a nova caldeira de recuperação instalada<br />
nessa fábrica em 2006”, diz Nordeste. “Não<br />
conseguiríamos fazer as outras melhorias na<br />
linha de fibras e no restante da fábrica se essa<br />
caldeira não estivesse funcionando bem, já<br />
que as duas unidades antigas estavam no final<br />
da vida útil. Essa caldeira de recuperação funciona<br />
perfeitamente – como um relógio suíço!”<br />
“Você pode cometer erros ao manejar e queimar<br />
cascas de eucalipto”, segundo Nordeste.<br />
“As cascas são longas e fibrosas; portanto,<br />
elas precisam ser cortadas da forma correta.<br />
Nossa primeira caldeira de biomassa (casca)<br />
data de 1987; então, isso não é novidade para<br />
nós.”<br />
outro desafio é que a fábrica nunca sabe o<br />
que chega junto com a biomassa, segundo<br />
António Gomes, Diretor de Projeto Local<br />
e agora Gerente de Produção da fábrica.<br />
“Encontramos todo tipo de substância contaminante,<br />
como metais, concreto, entre<br />
LoCAL DA FáBRICA<br />
CACIA, PORTugAl<br />
A flexibilidade na manipulação de diversos<br />
combustíveis e níveis de umidade é essencial.<br />
Dependendo da estação, a umidade da biomassa em<br />
Cacia varia de 45% a 60%.<br />
outras”, ele diz. “Só um sistema de caldeira<br />
resistente e confiável pode dar conta disso.”<br />
A flexibilidade na manipulação de diversos<br />
combustíveis e níveis de umidade também é<br />
essencial. Segundo ele, “Precisamos de uma<br />
caldeira bem flexível para manipular a variedade<br />
de biomassas e umidades.” “A umidade<br />
varia de acordo com a estação: de 45% na<br />
primavera a 60% no inverno.”<br />
Em relação a Setúbal, o projeto da caldeira<br />
prosseguiu sem problemas. A parte mecânica<br />
da caldeira foi concluída em setembro de<br />
2009. Seu comissionamento e start-up ocorreram<br />
sem problemas.<br />
E quanto à avaliação da ANDRITZ? “A meu<br />
ver, a questão é bem simples”, diz Nordeste.<br />
“o equipamento funciona bem. o pessoal da<br />
ANDRITZ é perito no assunto e conhece bem<br />
o processo. Se algo der errado, a ANDRITZ<br />
terá a disposição e a competência necessárias<br />
para apresentar uma solução.”<br />
“SENSoRES SoFT”<br />
E uMA NOVA VISãO<br />
A caldeira de força de Cacia utiliza uma<br />
nova ferramenta de diagnóstico apresentada<br />
pela ANDRITZ. Através de uma<br />
conexão remota ao sistema de controle<br />
distribuído da fábrica, especialistas<br />
da ANDRITZ fazem cálculos e criam um<br />
banco de dados de tendências visando<br />
otimizar o desempenho da caldeira.<br />
Heikki Lappalainen, Gerente de Produto<br />
para Aplicativos de Automação e<br />
Diagnóstico em Varkaus, Finlândia, explica:<br />
“Em uma corrida de Fórmula 1, a<br />
equipe faz cálculos de velocidade e tempo,<br />
associando isso ao seu conhecimento<br />
para determinar quando parar o carro<br />
para abastecimento, troca de pneus ou<br />
outros ajustes. Fazemos o mesmo com o<br />
equipamento de produção.”<br />
o serviço singular da ANDRITZ associa<br />
os cálculos reais ao conhecimento de especialistas<br />
para obter o que Lappalainen<br />
chama de “sensores soft” – previsões<br />
sobre grau de contaminação, eficiência<br />
e outros fatores. Ele diz em tom de brincadeira:<br />
“Se a Portucel Soporcel quiser,<br />
podemos usar o sistema de computador<br />
para prever e fornecer orientação sobre<br />
quando levar a caldeira a um pit stop.”<br />
“Melhor dizendo, conseguimos prever o<br />
tempo ideal entre paradas, ou como operar<br />
a caldeira com maior eficácia até uma<br />
parada planejada.”<br />
Não se trata de previsões operacionais<br />
de curto prazo, mas sim de tendências<br />
de longo prazo. “Coletamos dados de<br />
três a seis meses para criar um banco de<br />
dados”, diz Lappalainen. “Em seguida,<br />
trabalhando junto com o cliente, podemos<br />
nos concentrar em um equipamento<br />
(digamos, uma caldeira de força) ou uma<br />
situação específica. Em Cacia, busca-se<br />
agora encontrar uma forma de otimizar a<br />
transferência de calor do gás de combustão<br />
para o vapor.”<br />
A ANDRITZ oferece um diagnóstico remoto<br />
para caldeiras, digestores, sistemas de<br />
branqueamento e outros equipamentos<br />
de produção. “os operadores da fábrica<br />
otimizam situações quotidianas e sabem<br />
lidar com imprevistos”, diz Lappalainen.<br />
“Buscamos uma otimização de longo prazo<br />
e fornecemos algumas ferramentas novas<br />
para atividades operacionais.”<br />
Operador na sala de controle de Cacia. Um serviço ANDRITZ que<br />
fornece diagnóstico remoto e otimização de tendência mais prazo para<br />
a caldeira de biomassa.
10 Yueyang Paper Company Yueyang Paper Company 11<br />
um projeto sob estrelas da sorte<br />
o cronograma da nova fábrica da Yueyang Paper Co.na Província de Hunan foi<br />
excelente. Em seu início, a Yueyang se beneficiou dos baixos custos das matériasprimas<br />
e de uma taxa de câmbio favorável. Após o start-up, o pessimismo<br />
financeiro na China diminuiu e o mercado começou a se recuperar bem.<br />
“Honestamente, temos tido bastante sorte”, diz Guo Yongwei, Engenheiro Chefe.<br />
“A tecnologia, a capacidade<br />
de P&D e a capacidade de<br />
fabricação de equipamentos da<br />
ANDRITZ atendem exatamente os<br />
requisitos da Yueyang Paper.”<br />
Guo Yongwei, Engenheiro Chefe e Vice-Comandante,<br />
Yueyang Paper<br />
A Yueyang Paper Co., membro do Hunan<br />
Tiger Forest & Paper Group, fez em abril de<br />
2008 o pedido à ANDRITZ PULP & PAPER de<br />
uma linha completa de destintamento, sistemas<br />
de preparação de massa e sistemas de<br />
massa antes da máquina para a nova fábrica<br />
do grupo.<br />
A tecnologia de preparação de fibras prepara<br />
massa de qualidade para duas máquinas de<br />
papel novas com 5,3 m de largura na fábrica,<br />
que produz papel para cópias ecológicas e<br />
papel premium para impressão offset. A massa<br />
é uma combinação de lixo misto de escritórios<br />
(LME) destintado, pasta mecânica e kraft<br />
branqueado. Além da tecnologia, a ANDRITZ<br />
forneceu serviços de engenharia de controle,<br />
supervisão de montagem e start-up.<br />
o start-up das linhas de produção ocorreu em<br />
julho de 2009. A nova PM10 iniciou a operação<br />
em agosto. Atualmente, a PM10 está sendo<br />
alimentada com uma mistura 80:20 de polpa<br />
destintada de refugo (DIP) e kraft de fibra<br />
longa branqueado. A linha de destintamento<br />
limpa e alveja papel de escritório classificado<br />
da América e refugos de papel de escritório<br />
local para uma alvura ISo de cerca de 82%.<br />
o kraft branqueado é fornecido à fábrica pela<br />
empresa coligada Tiger Forest & Paper ou a<br />
partir do mercado, dependendo de qual opção<br />
é a mais econômica. A ANDRITZ forneceu<br />
todos os principais sistemas de produção<br />
para a fábrica de polpa química de 400.000<br />
t/a da Tiger em Huaihua City, na província de<br />
Hunan (veja a reportagem na SPECTRUM nº.<br />
19/1-2009). Além disso, a Yueyang Paper<br />
também pode usar polpa mecânica de alta<br />
qualidade de uma fábrica de 200.000 t/a na<br />
província de Hunan, local de instalação da<br />
primeira linha P-RC APMP da ANDRITZ em<br />
2003 (veja a reportagem na edição 2/2004 da<br />
FiberSpectrum) ao invés de kraft branqueado.<br />
A segunda máquina, a PM9, é abastecida<br />
com uma mistura 70:30 de polpas kraft de<br />
fibras curtas e de fibras longas branqueadas.<br />
A ANDRITZ também forneceu equipamentos<br />
para a preparação da massa e sistemas de<br />
massa antes da máquina que refinam BSK e<br />
BHK e preparam a massa para as duas máquinas<br />
de papel.<br />
“De modo geral, todo o processo desde as<br />
negociações técnicas e licitação internacional<br />
até a montagem e comissionamento decorreu<br />
com bastante tranquilidade”, diz Guo,<br />
que também é Vice-Diretor Administrativo<br />
da Yueyang Paper e atuou como diretor de<br />
projeto durante a construção. “Tudo isso foi<br />
A ANDRITZ forneceu no total três estágios de flotação<br />
SelectaFlot para obter a qualidade máxima na polpa final.<br />
A ANDRITZ PULP & PAPER forneceu uma linha de destintamento<br />
completa, sistemas de preparação de massa e sistemas de massa<br />
antes da máquina para a nova fábrica da Yueyang Paper.<br />
Escolhendo um DIP! Friedrich Hoppl, da ANDRITZ,<br />
o líder local da equipe de start-up, explica que<br />
amizades profissionais e pessoais resultaram do<br />
projeto de destintamento.<br />
Friedrich Hoppl, líder local da equipe de start-up da ANDRITZ<br />
realizado apesar do cronograma de projeto<br />
ser curto.”<br />
“A parte mais importante<br />
do projeto inteiro”<br />
“Em geral, a linha DIP é a parte mais importante<br />
de todo esse projeto”, afirma Zhou Xunfu,<br />
Gerente de Projeto do projeto DIP. “A capacidade<br />
de operação da linha e a qualidade<br />
da polpa destintada de refugo são críticas<br />
para a máquina de papel. Por esse motivo,<br />
a ANDRITZ é um parceiro muito importante.”<br />
Zhou observa que a linha é “extremamente<br />
fácil de operar. Somos capazes de fabricar<br />
polpa de qualidade desde o start-up e precisamos<br />
de apenas quatro operadores por<br />
turno para operar a linha inteira. A eficiência<br />
operacional é realmente alta.”<br />
De acordo com Zhou, o equipamento tem<br />
operado bem desde o start-up no verão de<br />
2009. A operação garantida foi completada<br />
em março de 2010, e a aquisição pelo cliente<br />
da linha inteira ocorreu em 1 de abril de 2010.<br />
“Apesar de alguns pequenos problemas no<br />
start-up, já considerávamos o sistema como<br />
perfeito”, diz Zhou. “A qualidade da polpa nos<br />
ajudou a cumprir todos os requisitos da PM10<br />
e das máquinas de papel antigas. A equipe da<br />
ANDRITZ tem sido paciente e dedicada. Para
12 Yueyang Paper Company<br />
Yueyang Paper Company 13<br />
“A capacidade de operação da<br />
linha e a qualidade da polpa<br />
destintada de refugo são críticas<br />
para a máquina de papel.<br />
Por esse motivo, a ANDRITZ é<br />
um parceiro muito importante.”<br />
Zhou Xunfu, Gerente de Projeto da unidade DIP na<br />
Yueyang Paper Company<br />
mim, tem sido um verdadeiro prazer escutar,<br />
aprender e mesmo desafiar a especialização<br />
deles.”<br />
Liu Yiwen, Vice-Diretor do Departamento de<br />
DIP, tem sentimentos semelhantes. “De acordo<br />
com a maneira como a linha está operando<br />
agora, temos confiança no sucesso no teste<br />
de desempenho. Sabemos que, sob a supervisão<br />
dos especialistas da ANDRITZ, podemos<br />
atingir todo o desempenho garantido<br />
muito em breve.”<br />
“um grupo fantástico<br />
para se trabalhar junto”<br />
“A Yueyang tem de verdade uma bela equipe<br />
aqui”, diz Friedrich Hoppl, da ANDRITZ, o<br />
líder local da equipe de start-up. “Amizades<br />
se desenvolveram, não apenas profissionais,<br />
mas também pessoais. Eles são mais do que<br />
clientes. Eu diria que somos colegas. Todo o<br />
tempo mantivemos uma comunicação aberta<br />
e o diálogo.”<br />
Chen Zuqing, o Gerente de Projeto para a unidade<br />
DIP da ANDRITZ China, também citou a<br />
excelente cooperação. Chen foi responsável<br />
pela supervisão dos equipamentos de fabricação<br />
local, enquanto seu colega, Gerhard<br />
Knes, da áustria, foi o Gerente de Projeto para<br />
a engenharia e os equipamentos importados.<br />
“Sinto que a confiança, camaradagem e especialização<br />
que temos na ANDRITZ podem<br />
certamente ser vistas e sentidas pelo cliente”,<br />
diz Chen. “Isso leva a operações progressivas<br />
e eficientes, sem importar o quão desafiadoras<br />
sejam.”<br />
A escolha da ANDRITZ<br />
“Por que escolhemos a ANDRITZ como fornecedor<br />
de nosso novo sistema de destintamento?”,<br />
pergunta Guo. “Primeiro, ela está<br />
fornecendo a tecnologia mais avançada para<br />
sistemas de destintamento com referências<br />
em todo o mundo. Visitei a linha de destintamento<br />
de nosso cliente Shandong Chenming,<br />
e também a fábrica em Jiangxi Chenming,<br />
onde a linha DIP é mais ou menos a mesma<br />
que queríamos construir. Essas instalações<br />
nos deram realmente uma boa impressão.<br />
“A tecnologia, a capacidade de P&D e a capacidade<br />
de fabricação de equipamentos da<br />
ANDRITZ atendiam exatamente os requisitos<br />
da Yueyang Paper. E, finalmente, a ANDRITZ<br />
podia oferecer uma relação realmente boa de<br />
preço-desempenho. “Com base no projeto e<br />
no desempenho, tomamos a decisão correta.”<br />
um novo projeto já nos planos<br />
“Já estamos planejando um aumento de<br />
500.000 t/a em nossa produção, afirma Guo.<br />
“No momento, estamos confirmando o conceito<br />
técnico para o projeto e elaborando o<br />
layout geral. Nosso plano a longo prazo é levar<br />
esta fábrica a uma base de capacidade de 1,5<br />
milhões t/a de fabricação de papel.<br />
“O rejeito de detritos pesados e a<br />
depuração de média consistência<br />
é mais ou menos livre de fibras.<br />
Podemos atingir um rendimento<br />
em toda a linha que excede 70%.”<br />
Gerhard Knes, Gerente de Projeto da ANDRITZ (à<br />
direita) com Chen Zuqing, Gerente de Projeto para a<br />
unidade DIP da ANDRITZ China<br />
ESCoPo DE<br />
FORNECIMENTO<br />
Linha de destintamento de 3 circuitos<br />
com capacidade de 500 t/d:<br />
▪ Manuseio de fardos<br />
▪ Desagregador de tambor FibreFlow ®<br />
▪ Sistema DuoClean<br />
▪ ModuScreens para depuração<br />
grosseira e fina<br />
▪ Destintamento SelectaFlot<br />
▪ Engrossamento/desaguamento<br />
▪ Desmineralização RotoWash<br />
Ele também espera que a ANDRITZ continue<br />
seu trabalho de P&D em economia de energia.<br />
“Economia de energia elétrica, vapor e no consumo<br />
de água realmente ajudam a indústria a<br />
reduzir custos e tornam nossos produtos mais<br />
competitivos no mercado. outra consideração<br />
nossa é como reduzir ainda mais os efluentes<br />
e emissões. o governo chinês está se tornando<br />
mais rígido e isso traz bastante pressão<br />
para as empresas de papel e celulose.”<br />
Na China, os antigos padrões de efluentes<br />
mediam quatro variáveis. o novo padrão evoluiu<br />
para oito itens. “Há diferenças na concentração<br />
de DQo”, explica Guo. “o antigo padrão<br />
era 410 ppm (partes por milhão). Depois<br />
foi reduzido para 150 ppm, e será reduzido<br />
ainda mais para 90 ppm no padrão que entrará<br />
em vigor em 2011.”<br />
Quase 20 anos de<br />
cooperação com a ANDRITZ<br />
Guo conta que tem cooperado com a ANDRITZ<br />
desde 1991. “o primeiro projeto em que estive<br />
envolvido foi a primeira linha APMP para<br />
álamo”, ele diz. “Notavelmente, foi a primeira<br />
linha APMP da China.” A ANDRITZ enviou um<br />
especialista de seu laboratório na América do<br />
Norte para a Yueyang Paper. “Ele trabalhou<br />
aqui conosco até descobrirmos as raízes dos<br />
problemas e solucioná-los completamente”,<br />
diz Guo. “Graças a essa melhoria, ganhamos<br />
o segundo prêmio pelo Progresso Nacional<br />
Científico e Tecnológico.”<br />
Muita esperança na produção<br />
de papel ecológico<br />
De acordo com Yueyang, o uso de polpa destintada<br />
reciclada para a produção de papéis<br />
de cópia de alta qualidade é um grande de-<br />
▪ Dispersão CompaDis<br />
▪ Branqueamento de alta consistência<br />
▪ Equipamentos de desaguamento<br />
do lodo<br />
▪ Bombas de média consistência<br />
▪ Engenharia básica avançada<br />
▪ Supervisão de montagem<br />
▪ Treinamento<br />
▪ Comissionamento<br />
▪ Start-up e serviços de otimização<br />
safio na China. “Estamos nos candidatando a<br />
um certificado para produtos ecológicos do<br />
Estado, pois estamos usando polpa destintada<br />
de refugo para papel de cópia ecológico<br />
de alta qualidade”, conta Guo. “Também<br />
podemos usar o conceito de papel ecológico<br />
em marketing, porém a tecnologia necessária<br />
para o papel ecológico é nova e alta, é um<br />
desafio real.<br />
No todo, Guo e a Yueyang Paper estão extremamente<br />
satisfeitos com o projeto. A linha<br />
ANDRITZ está operando sem problemas e<br />
precisa de menos operadores. “Será muito<br />
bom quando controlarmos o consumo projetado<br />
de energia, água e matérias-primas no<br />
futuro próximo.”<br />
A ANDRITZ instalou a segunda linha de limpeza<br />
para auxiliar a Yueyang a cumprir suas metas de<br />
remoção de sujeiras.<br />
Os membros da equipe da ANDRITZ... aprovam!<br />
Da esquerda para a direita: Chen Zuqing,<br />
Gerhard Knes, Friedrich Hoppl, Chen Fang, Diretor<br />
de Marketing, Heinz Kleinbichler, Engenheiro<br />
de Start-up, Ewald Halbedel, Engenheiro de<br />
Processos e Controle, Alexander Gscheider,<br />
Engenheiro de Start-up e Huang Zhao, Engenheiro<br />
de Vendas.
14 Norske Skog<br />
Norske Skog 15<br />
Terapia para depuradores com “golfinhos”<br />
A mudança para reciclagem de 100% para papel-imprensa apresentou desafios<br />
para o departamento de DIP da fábrica em Bruck. A fábrica se uniu à ANDRITZ<br />
Fiedler para atender a esses desafios. Melhorias na limpeza, operabilidade e<br />
consumo de energia ficaram acima das expectativas.<br />
Embora a qualidade do papel produzido seja<br />
limitada pela massa usada para fabricá-lo, há<br />
muito que uma fábrica pode fazer para manter<br />
todas as vantagens de uma determinada mistura<br />
de fibras e minimizar aspectos negativos<br />
como as impurezas. o caso em questão é o<br />
da fábrica da Norske Skog em Bruck an der<br />
Mur, na áustria.<br />
A marca NoRNEWS da NSI é produzida em 12<br />
locais ao redor do mundo, inclusive na PM3 de<br />
Bruck. Ela desfruta de uma reputação mundial<br />
de qualidade consistente e imprimabilidade.<br />
Então, quando foi tomada a decisão de fazer<br />
a transição da mistura de fibras na PM3 de<br />
uma combinação de fibras virgens/recicladas<br />
(pasta mecânica de pressão e reciclado) para<br />
100% de polpa destintada de refugo (DIP), ha-<br />
“Ao final do dia, a máquina de<br />
papel é nossa melhor ferramenta<br />
de medição online. A melhor<br />
manejabilidade da máquina de<br />
papel é nossa maior prova de<br />
sucesso.”<br />
Peter Nuspl, Tecnologia de Polpa<br />
Resultados excelentes num piscar de olhos: vendo<br />
as folhas de mão após a depuração - antes (acima) e<br />
depois da alteração de cesta-peneira/rotor.<br />
via muito em risco.<br />
um desafio para a equipe de DIP<br />
os principais motivos para a decisão foram<br />
o custo e a qualidade. Hoje é possível usar<br />
100% de polpa destintada de refugo na PM3.<br />
“os requisitos de qualidade são definidos<br />
pela máquina de papel”, diz Peter Nuspl,<br />
Tecnologia de Polpa. “Então, nós, no lado<br />
de processamento de fibras, temos que decidir<br />
como atender da melhor forma esses<br />
requisitos.”<br />
“Foi um grande desafio para a equipe de DIP”,<br />
diz Patrick Wohlmuth, Assistente de Polpa em<br />
Bruck, que é responsável pelos processos de<br />
fibra nas linhas de destintamento.<br />
Depuração grossa precisando de terapia<br />
o sistema de depuração grossa de três estágios<br />
da unidade DIP era um desafio por causa<br />
das aderências que estavam passando.<br />
“Entramos em contato com a ANDRITZ Fiedler<br />
por causa da experiência e reputação deles<br />
em depuração”, diz Wohlmuth.<br />
Uwe Wolf, Gerente Regional de Produto<br />
da ANDRITZ Fiedler, explica a meta geral:<br />
“Sabemos por experiência que a depuração<br />
eficaz é uma combinação correta de cestapeneira<br />
e rotor. Não é suficiente ter as fendas<br />
e o perfil corretos na cesta. o rotor e a cesta<br />
trabalham como uma equipe.”<br />
o primeiro passo foi apresentar a nova cestapeneira<br />
Bar-Tec® Rejector à fábrica de Bruck.<br />
“A nova cesta-peneira remove impurezas já na<br />
depuração primária”, diz Wolf, “graças à sua<br />
malha de perfil especial e uma geometria de<br />
fendas diagonais. Isso exige menos dos estágios<br />
de depuração subsequentes.”<br />
Wohlmuth e sua equipe em Bruck instalaram<br />
uma cesta Bar-Tec® Rejector experimental<br />
na Linha DIP 2 para ver como ela funcionaria.<br />
Essa única substituição de uma cesta perfurada<br />
existente reduziu as impurezas em 32% e<br />
aumentou a remoção de aderências em 23%.<br />
Com base nessa experiência, Bruck encomendou<br />
a substituição das cestas perfuradas<br />
existentes em todos os depuradores grossos<br />
da Linha DIP 1.<br />
Primeiro teste em um sistema de três<br />
estágios<br />
“Havíamos testado a cesta Bar-Tec® Rejector<br />
apenas em instalações individuais de diversas<br />
fábricas”, diz Wolf. “Bruck seria a primeira<br />
tentativa de equipar um estágio de depuração<br />
completo com o novo projeto.”<br />
“Há sempre algum grau de risco quando se<br />
instala qualquer tecnologia nova”, complementa<br />
Nuspl. “Porém estávamos confiantes<br />
de que a ANDRITZ e, em especial, Uwe Wolf<br />
venceriam esse desafio, pois temos executado<br />
diversos projetos juntos.”<br />
Auxiliado por um “golfinho”<br />
A fim de otimizar o desempenho da nova cesta,<br />
a ANDRITZ Fiedler recomendou combinála<br />
com o novo rotor Ro-Tec Dolphin®. Através<br />
de P&D inovadores, a ANDRITZ criou um rotor<br />
diferenciado, com lâminas que se asseme-<br />
lham ao nariz de um golfinho. Esse rotor tem<br />
sido bem sucedido em quase 100 instalações<br />
em todo o mundo – melhorando a capacidade<br />
de depuração e reduzindo acentuadamente o<br />
consumo de energia.<br />
Sendo assim, em agosto de 2008 foi instalada<br />
a combinação de cestas-peneiras Bar-Tec®<br />
Rejector (largura de fenda de 0,40 mm) e rotores<br />
Ro-Tec Dolphin® no primeiro e segundo<br />
estágios de depuração grossa em Bruck. Eles<br />
substituíram cestas perfuradas (diâmetro de<br />
furo de 1,8 mm) e os rotores originais.<br />
“Com duas novas cestas e rotores, uma<br />
boa porção das impurezas foi removida”, diz<br />
Wohlmuth , “mas a peneira vibratória do terceiro<br />
estágio tinha sérios problemas de qualidade.”<br />
Bruck retirou essa peneira em março<br />
de 2009. Ela foi substituída por uma peneira<br />
pressurizada reserva equipada com a combinação<br />
Bar-Tec® Rejector/Ro-Tec Dolphin®.<br />
A prova está na máquina<br />
A depuração grossa em Bruck melhorou muito<br />
além das expectativas. A remoção efetiva das<br />
aderências está muito maior que o valor garantido<br />
de 50% - e com o mesmo rendimento,<br />
o consumo de energia foi reduzido em 10%.<br />
“Nossos requisitos em relação às aderências<br />
e à energia foram totalmente atendidos e os<br />
intervalos de manutenção e limpeza da linha<br />
de depuração permaneceram os mesmos”,<br />
afirma Wohlmuth.<br />
No lado da máquina de papel, o tempo de<br />
inatividade para limpeza da seção úmida e por<br />
quebras de papel causadas por aderências<br />
foi reduzido em 10-15%. “No final do dia, a<br />
máquina de papel é nossa melhor ferramenta<br />
de medição online”, diz Nuspl, sorrindo. “A<br />
melhor manejabilidade da máquina de papel<br />
é nossa maior prova de sucesso.”<br />
Patrick Wohlmuth, Assistente de Polpa (à esquerda),<br />
Uwe Wolf, Gerente Regional de Produto da ANDRITZ<br />
Fiedler (centro), e Peter Nuspl comparam as amostras<br />
obtidas antes e depois das atualizações de<br />
peneiras.<br />
“Nossos requisitos em relação<br />
a aderências e energia foram<br />
totalmente atendidos e os<br />
intervalos de manutenção e<br />
limpeza da linha de depuração<br />
permaneceram os mesmos.”<br />
Patrick Wohlmuth, Assistente de Polpa<br />
Peter Nuspl (à esquerda) e Patrick Wohlmuth<br />
(centro) de Bruck conversam com Uwe Wolf da<br />
ANDRITZ Fiedler ao lado de uma cesta-peneira<br />
Bar-Tec® Rejector.<br />
Roland Magerböck, Gerente de Projeto de<br />
Manutenção de Bruck, tinha a tarefa de planejar o<br />
layout e dimensionar a tubulação para o sistema de<br />
depuração de três estágios.
16 uPM Augsburg 17<br />
Segmentos do filtro a<br />
disco com as novas<br />
telas instaladas.<br />
Troca móvel de telas do filtro:<br />
manutenção rápida do filtro a disco<br />
A maneira antiga de trocar as telas de filtro, poucas de cada vez, enviando os<br />
segmentos para o fornecedor, é demorada, lenta e dispendiosa. A ANDRITZ<br />
desenvolveu uma nova solução - a Unidade de Troca Móvel de Telas do Filtro<br />
- que vai direto para a fábrica. Quando a UPM Augsburg teve que enfrentar a<br />
grande tarefa de trocar todas as telas do filtro de 5 filtros a disco de uma só vez,<br />
pareceu o momento oportuno para experimentar a nova solução da ANDRITZ.<br />
A fábrica de papel em Augsburg foi fundada<br />
em 1849 e se tornou parte da UPM em 2001.<br />
A fábrica produz até 530.000 toneladas de<br />
papéis revestidos e não revestidos em duas<br />
máquinas de papel para rotogravura e impressoras<br />
offset rotativas com secagem a quente.<br />
A fábrica de Augsburg usa cinco filtros a disco<br />
ANDRITZ: três para o desaguamento na unidade<br />
DIP e dois como unidades de recuperação<br />
de fibras na PM3, uma máquina moderna<br />
com 9,6 m de largura para a produção<br />
de papéis LWC. A unidade DIP alimenta ambas<br />
as máquinas de papel e sua operação<br />
iniciou junto com a PM3, em 2000.<br />
“Asseguramo-nos de que tudo<br />
estava a postos para uma troca<br />
ininterrupta sem problemas. A<br />
cooperação com a ANDRITZ foi<br />
excelente e teve grande êxito.”<br />
Bernd Schindler, Gerente de Engenharia da<br />
UPM Augsburg<br />
Final da vida útil<br />
o filtro a disco é um tanque de suspensão com<br />
um eixo giratório horizontal em seu interior.<br />
Sobre o eixo é montada uma fileira de discos.<br />
Cada disco é composto por segmentos individuais,<br />
que são revestidos por um material<br />
de tecido. Essa cobertura é chamada de tela<br />
do filtro. o processo de filtragem é contínuo.<br />
À medida que cada segmento é submergido<br />
na suspensão, é aplicado o vácuo, que puxa<br />
o líquido da suspensão através da tela do filtro<br />
para dentro do segmento. o filtrado líquido é<br />
removido do segmento e os sólidos se acumulam<br />
na superfície da tela do filtro. A torta sólida<br />
seca é removida da tela do filtro à medida que<br />
o disco gira, reiniciando o ciclo. Com o tempo,<br />
essa ação contínua desgasta as telas do filtro.<br />
os cinco filtros a disco ANDRITZ da UPM<br />
Augsburg têm no total 1510 segmentos - o<br />
que significa 1510 telas de filtro. Normalmente<br />
a vida útil de uma tela é de quatro a cinco anos,<br />
dependendo da aplicação. Em Augsburg, no<br />
entanto, as telas de filtro são feitas de um fluoreto<br />
de polivinilideno e Kynar ® resistente a<br />
altas temperaturas, que, conforme a experiência<br />
da empresa pode durar até nove anos.<br />
Mesmo assim, as telas do filtro estavam no<br />
seu limite de nove anos. Wolfgang Krodel,<br />
Gerente de Produção de Fibras, explica: “Por<br />
meio de inspeções regulares, sabíamos que<br />
a maioria das telas do filtro tinham chegado<br />
ao final de sua vida útil. o desempenho do<br />
desaguamento dos filtros a disco estava se<br />
deteriorando de tal modo que as telas precisavam<br />
ser substituídas.”<br />
Caixa de transporte X unidade de<br />
Troca Móvel<br />
Em muitas fábricas, no processo de troca das<br />
telas de filtro um fornecedor envia à fábrica<br />
“Deve ser um recorde<br />
de velocidade. Jamais<br />
tentamos algo dessa escala<br />
na UPM antes.”<br />
Wolfgang Krodel, Gerente de Produção de<br />
Fibras da UPM Augsburg<br />
uma “caixa de transporte de segmentos” contendo<br />
até 20 segmentos de filtragem com telas<br />
novas instaladas.<br />
A fábrica então retira de seu filtro a disco uma<br />
quantidade igual de segmentos que estão<br />
danificados ou que precisam de novas telas<br />
e os envia de volta ao fornecedor na mesma<br />
caixa de transporte de segmentos. Essa troca<br />
continua até que todas as telas de filtro sejam<br />
substituídas. Como se pode imaginar, esse é<br />
um processo caro e demorado: embalagem,<br />
desembalagem, deslocamento de ida e volta,<br />
espera. É aceitável em pequenos reparos de<br />
segmentos ou em trocas de telas de filtro<br />
uma-a-uma.<br />
Dada a situação de 1510 substituições ao<br />
mesmo tempo da UPM Augsburg, a abordagem<br />
da caixa de transporte de segmentos<br />
não seria possível. Com 20 unidades por<br />
caixa, seria necessário o envio de 76 caixas.<br />
Portanto, foram consideradas alternativas.
18 uPM Augsburg<br />
uPM Augsburg 19<br />
“O conteúdo de sólidos no filtrado<br />
da unidade DIP é agora 1/10 do<br />
que era com as telas antigas.”<br />
Markus Grimm, Superintendente de Produção de<br />
Fibras da UPM Augsburg<br />
“A ocasião era excelente, pois havíamos feito<br />
experimentos com esse conceito de Troca<br />
Móvel de Filtros internamente”, conta Jürgen<br />
Hirschberger, da ANDRITZ. Hirschberger se<br />
tornou gerente de projeto para o projeto da<br />
UPM depois que a fábrica se sentiu confortável<br />
com a ideia de um processo de troca de telas<br />
dos filtros ininterrupto e no próprio local de instalação.<br />
Junto com ele no gerenciamento do<br />
projeto estava Hubert Hermann, da ANDRITZ,<br />
uma mão experiente no campo.<br />
“A ideia por trás da Troca Móvel de Filtro é<br />
bastante simples”, diz Hermann. “A unidade<br />
que contém nossas máquinas e ferramentas é<br />
na verdade bem compacta. Nós a levamos à<br />
fábrica, configuramos e estamos prontos para<br />
entrar em produção contínua. Reduzimos<br />
muito os custos de manutenção e frete e o<br />
cliente obtém aumentos significativos no<br />
desempenho do equipamento imediatamente<br />
depois de uma parada, pois todos os filtros<br />
estão renovados.”<br />
Embora a ANDRITZ tenha fornecido os filtros a<br />
disco originais à UPM Augsburg, esse não foi<br />
o fator decisivo para a seleção. A equipe de<br />
serviços apresentou com eficiência o conceito<br />
da Troca Móvel de Filtro para atender a essa<br />
grande tarefa de manutenção. De acordo com<br />
sua experiência, a UPM Augsburg acreditou<br />
na abordagem da ANDRITZ. “Não teríamos a<br />
confiança de continuar uma campanha como<br />
essa com qualquer fornecedor”, afirma Krodel.<br />
“Com a ANDRITZ, escolhemos o parceiro<br />
certo.”<br />
Colocando o plano em prática<br />
No final de 2009, a equipe de serviços da<br />
ANDRITZ recebeu o pedido e entrou em ação.<br />
A fábrica tinha as seguintes expectativas: era<br />
bem provável que o objetivo ambicioso de<br />
completar o trabalho de manutenção em todos<br />
os 1510 segmentos dentro de uma única<br />
parada com um cronograma apertado não<br />
fosse possível. Assim, a meta era trocar telas<br />
suficientes do filtro a disco durante a parada<br />
para depois ser possível pelo menos operar a<br />
unidade DIP e a máquina de papel.<br />
os gerentes de projeto da ANDRITZ<br />
Hirschberger e Hermann elaboraram um plano<br />
para realizar o trabalho durante dois períodos<br />
de tempo, com a ambição de completá-lo<br />
em apenas uma parada. Se isso ocorresse,<br />
a equipe de serviço de Graz teria que fazer<br />
apenas uma viagem a Augsburg.<br />
Foi necessário cerca de um mês para projetar<br />
e testar a Unidade de Troca Móvel de Telas<br />
de Filtro. A linha foi testada nas instalações<br />
da ANDRITZ em Graz, na áustria, e o pessoal<br />
de serviço simulou a sequência de desmontagem,<br />
limpeza, instalação e remontagem a fim<br />
de determinar com exatidão o cronograma e a<br />
quantidade de pessoas que seriam necessárias<br />
para a tarefa.<br />
Em seguida, o desafio especial: coordenar o<br />
trabalho dentro do cronograma bastante apertado<br />
especificado pela parada. os filtros<br />
a disco fazem parte de duas linhas diferentes<br />
(DIP e PM3), que tinham períodos de parada<br />
escalonados. A máquina de papel foi primeiro<br />
desligada e a equipe da ANDRITZ começou<br />
o trabalho nos dois filtros a disco da recuperação<br />
de fibras.<br />
Vinte e quatro horas mais tarde, a linha DIP foi<br />
desativada e a equipe de serviço deslocou sua<br />
operação de montagem móvel para concluir<br />
o máximo de segmentos dos filtros a disco<br />
que fosse possível nas 36 horas restantes da<br />
parada. Em seguida, a linha DIP voltaria à operação<br />
para fornecer massa à PM2, que continuava<br />
em produção. Depois disso, o trabalho<br />
foi retomado e completado na PM3.<br />
Quatro filtros, 1260 segmentos, 50 horas<br />
A ANDRITZ conseguiu trocar as telas em qua-<br />
tro dos cinco filtros a disco - 1260 segmentos<br />
no total - em um período de 50 horas. “Isso<br />
deve ser um recorde de manutenção”, diz<br />
Krodel. “Não consigo pensar em ter havido<br />
alguma vez uma campanha de substituição<br />
ininterrupta como essa e nessa escala, dentro<br />
da UPM.”<br />
Segundo Krodel, a principal preocupação era<br />
completar o trabalho nos dois filtros a disco da<br />
recuperação de fibras da PM3 e em dois dos<br />
três filtros da unidade DIP (circuitos 1 e 2) a<br />
tempo para a retomada da produção pela fábrica.<br />
A troca das 250 telas de filtros restantes<br />
do filtro a disco 3 (usado no terceiro circuito<br />
da unidade DIP para remover impurezas do<br />
estágio de branqueamento precedente) foi<br />
(da esquerda para a direita) Hubert Hermann,<br />
Gerente de Projeto da ANDRITZ, Jürgen<br />
Hirschberger, Gerente de Projeto da ANDRITZ,<br />
Wolfgang Krodel, Gerente de Produção de Fibras<br />
da UPM Augsburg, Harald Spiess, Engenheiro de<br />
Sobressalentes da ANDRITZ, Bernd Schindler,<br />
Gerente de Engenharia da UPM Augsburg, e Markus<br />
Grimm, Superintendente de Produção de Fibras da<br />
UPM Augsburg.<br />
programada para a parada de Natal.<br />
Todos os envolvidos nesse projeto de manutenção<br />
única tiveram impressões positivas<br />
sobre a experiência. Hirschberger elogiou<br />
a estreita cooperação com os colegas<br />
de Augsburg. “Bernd Schindler, o Gerente<br />
de Engenharia da fábrica, assegurou-se de<br />
que tivéssemos tudo pronto: eletricidade, ar<br />
comprimido, vapor, guindaste na sala de máquinas,<br />
plataforma de içamento, e assim por<br />
diante”, conta Hirschberger. Markus Grimm,<br />
Superintendente de Produção de Fibras na<br />
UPM Augsburg, diz que o filtrado dos filtros<br />
a disco da unidade DIP agora contém apenas<br />
100 mg de sólidos por litro, sendo que esse<br />
número era de 1000 mg/l com as telas de filtro<br />
Três filtros a disco ANDRITZ na unidade DIP de<br />
Augsburg. As outras duas unidades foram instaladas<br />
como filtros de recuperação de fibras para a PM3.<br />
antigas.<br />
Hermann diz: “A troca ininterrupta das telas<br />
de filtros nessa escala foi com certeza a primeira<br />
para a ANDRITZ. Aprendemos muito<br />
sobre como operar a Unidade de Troca Móvel<br />
de Telas de Filtro e estamos prontos para o<br />
próximo desafio.”<br />
o conceito de troca móvel foi tão bem sucedido<br />
que no futuro a ANDRITZ planeja usá-lo<br />
em todas as outras fábricas. “Estamos bem<br />
equipados para reparos imediatos em filtros<br />
a disco”, afirma Hermann. “A unidade em si é<br />
pequena e nosso pessoal tem bastante mobilidade.<br />
Estamos prontos e esperando nossa<br />
próxima tarefa!”
20 uPM Augsburg 21<br />
Retirada de uma tela de filtro antiga Mechanical limpeza mecânica cleaning do of segmento<br />
segment limpeza do segmento com vapor<br />
Reparo de segmento<br />
Instalação de uma tela de filtro nova Forno móvel de encolhimento<br />
Fechamento do forno<br />
de encolhimento<br />
Ajuste das novas telas<br />
ACELERANDo:<br />
TROCA<br />
MóVEl DE<br />
TElAS DE<br />
FIlTRO<br />
o conceito da linha de montagem mó-<br />
vel foi desenvolvido e testado em Graz.<br />
A UPM Augsburg se tornou a primeira<br />
fábrica a usar a troca móvel, com grande<br />
êxito. A Unidade de Troca Móvel de<br />
Telas de Filtro é composta pelas seguintes<br />
estações:<br />
1. Desmontagem e inspeção dos segmentos<br />
do filtro a disco (com equipamentos<br />
e ferramentas especiais para<br />
desmontagem)<br />
2. Retirada das telas antigas do filtro<br />
e limpeza dos segmentos com vapor<br />
(cabine de limpeza)<br />
3. Reparo de segmentos danificados<br />
(equipamentos de solda, etc.)<br />
4. Instalação das novas telas de filtro<br />
5. Encolhimento das telas para ajuste<br />
sobre os segmentos (forno de encolhimento<br />
móvel com capacidade para 40<br />
segmentos por vez)<br />
6. Montagem das vedações e reinstalação<br />
dos segmentos nos filtros a<br />
disco<br />
7. Inspeção da unidade do filtro a<br />
disco montada<br />
o aprovado conceito da Unidade de<br />
Troca Móvel e nossa excelente equipe<br />
estão prontos para estabelecer um outro<br />
recorde de manutenção - também<br />
em sua fábrica.
22 low-capital solutions<br />
low-capital solutions 23<br />
“Novas soluções são fundamentais...”<br />
A crise econômica mundial teve um grande impacto em todos nós.<br />
Recentemente conversamos com clientes sobre como a crise está forçando<br />
os negócios a mudarem - e o que se exige agora dos fornecedores.<br />
Parece que nessa nova economia, o foco no<br />
setor de celulose e papel está além de como<br />
produzir o melhor produto - e agora considera<br />
como ajustar a produção depressa, gerenciar<br />
estoques, alterar linhas, acomodar fibras de<br />
menor qualidade, economizar energia, etc.<br />
Em outras palavras, como sobreviver em um<br />
mundo que muda rapidamente.<br />
Parte dessa sobrevivência é a redução dos<br />
custos operacionais e tentar melhorias nas<br />
eficiências sem o luxo de grandes investimentos<br />
de capital. Duas discussões recentes<br />
com clientes - Jorma Latva-Kokko da Stora<br />
Enso Publication Papers e Ilkka Poikolainen da<br />
Metsa-Botnia – nos mostrou com que rapidez<br />
esse negócio muda!<br />
Apanhando muito<br />
“o setor de celulose e papel tem apanhado<br />
muito”, diz Jorma Latva-Kokko, Gerente<br />
de Conceitos de Massa para Papéis de<br />
Publicação na Stora Enso. “Jamais vivenciei<br />
algo assim em meus 20 anos no setor. os princípios<br />
e fundamentos mudaram.”<br />
Latva-Kokko conversa com Thomas<br />
Bachhofner, líder global da ANDRITZ para<br />
Serviços de Engenharia de Papel. Bachhofner<br />
concorda que as empresas estão sendo forçadas<br />
a fazer ajustes “instantâneos”. o problema<br />
disso, diz ele, é que “não estamos 100%<br />
certos ao que estamos nos ajustando”.<br />
Latva-Kokko concorda. “Estamos nos adaptando,<br />
porém ninguém sabe onde isso vai<br />
terminar. Tradicionalmente, baseávamos nos-<br />
so pensamento apenas em como fornecer<br />
o melhor papel possível. Agora pensamos<br />
diferente. Preços, estoques, investimentos,<br />
disponibilidade de capital, tudo demonstra<br />
ser um desafio. Há novas coisas às quais se<br />
concentrar.”<br />
Mais fechamentos de fábricas, menos<br />
capital<br />
“Embora o setor devesse estar se preparando<br />
para uma ascensão, a tempestade ainda<br />
não se foi”, diz Bachhofner. “Infelizmente, isso<br />
significa que outras fábricas fecharão. Depois<br />
disso tudo terminar, ficará mais claro no que<br />
precisamos nos concentrar.”<br />
De acordo com Latva-Kokko, as medidas dependem<br />
de cada fábrica individual e de seu<br />
potencial a longo prazo. “Precisamos nos<br />
perguntar se realmente precisamos de todos<br />
os estágios dos processos e se precisamos<br />
ser tão minuciosos quanto antes. É assim que<br />
o setor se desenvolveu por décadas. É com<br />
esse tipo de pergunta que estamos lidando<br />
hoje na Stora Enso.”<br />
“Fomos forçados a fornecer produtos simplificados<br />
e padronizados”, afirma Bachhofner.<br />
“Talvez agora eles tenham mais apelo. Há muitas<br />
oportunidades em sourcing e fabricação,<br />
que não estavam disponíveis nem mesmo<br />
10 anos atrás.” Ele cita a padronização que<br />
a ANDRITZ está conseguindo nos serviços e<br />
produtos de desgaste, por exemplo. Digna de<br />
nota é a linha SMART de componentes padronizados<br />
(placas de peneiragem para desagregadores,<br />
cestas de prensa parafuso e eixos,<br />
“Tradicionalmente nos<br />
concentrávamos em fazer o<br />
melhor papel possível. Agora<br />
há novos desafios.”<br />
Jorma Latva-Kokko, Gerente de Conceitos de<br />
Massa, Stora Enso Publication Papers<br />
“A tempestade ainda não se foi.”<br />
Thomas Bachhofner, Vice-Presidente Sênior,<br />
Serviços de Engenharia de Papel<br />
etc.) que têm uma qualidade excelente e são<br />
fabricados de forma padronizada para reduzir<br />
o custo dos componentes. “A padronização<br />
apresenta vantagens de custo em toda a linha”,<br />
diz Bachhofner. “Estoques menores de<br />
peças sobressalentes, procedimentos de manutenção<br />
padronizados, trocas mais fáceis.”<br />
A energia ainda é essencial<br />
“A energia é o aspecto mais importante de<br />
todas as nossas fábricas”, afirma Latva-<br />
Kokko. “Como obtê-la a um preço razoável<br />
e como assegurar que seja usada da forma<br />
mais eficiente.”<br />
No entanto, ele admite, são necessárias informações<br />
mais precisas. “Há um bom conhecimento<br />
sobre como consumir energia com<br />
maior eficiência em nossos processos”, diz<br />
Latva-Kokko. “Porém o que está nos atrasando<br />
é o fato de que não sabemos com exatidão<br />
como alterar nossos padrões de consumo de<br />
energia, em especial na polpação mecânica.<br />
Por exemplo, apenas 10-20% da energia<br />
para TMP vai para o tratamento de fibras em<br />
si - o resto é calor e refugo. Não tivemos um<br />
progresso até o ponto em que podemos aumentar<br />
a eficiência energética para 50%, por<br />
exemplo, e saibamos como evitar o desperdício<br />
dessa energia. Precisamos saber exatamente<br />
quanta energia é necessária para um<br />
produto específico e como a usaremos com<br />
eficiência.”<br />
Bachhofner adverte contra a expectativa de<br />
que uma única solução aumente drasticamente<br />
a eficiência energética. “É uma combinação<br />
de tecnologias e processos adaptados para<br />
cada fábrica”, ele diz. “Por exemplo, o pré-tratamento<br />
de cavacos, usando refinadores de<br />
baixa consistência nas posições secundária e<br />
de rejeito, acrescentando lâminas de refinador<br />
Durametal ® , trocando rotores antigos na sala<br />
das peneiras por rotores Dolphin ® com economia<br />
de energia, e uma série de outras coisas.”<br />
Ele também sugere que talvez a solução seja<br />
descobrir quais propriedades das fibras são<br />
necessárias para um tipo específico de papel.<br />
“o refino em geral é feito a um determinado valor<br />
médio”, diz Bachhofner. “Talvez não sejam<br />
necessários todos os valores de resistência<br />
que são colocados na produção média.”<br />
Ainda podemos ser parceiros?<br />
“Muito do que estamos fazendo hoje são<br />
ações de curto prazo para sobrevivermos”,<br />
diz Latva-Kokko. “Isso afeta os fornecedores,<br />
já que estamos comprando menos, porém<br />
esperando parcerias mais estreitas com fornecedores<br />
como a ANDRITZ. Agora estamos<br />
com problemas de caixa, mas algum dia esperamos<br />
que essas parcerias estratégicas evoluam<br />
para investimentos estratégicos.”<br />
“o resultado dessa discussão é que temos<br />
que fazer as coisas melhor do que antes”, diz<br />
Bachhofner. “Há oportunidades e riscos en-<br />
volvidos. A longo prazo, todos podem ganhar<br />
se a vontade de cooperar estreitamente for<br />
sincera em ambas as empresas.”<br />
Transformando a parceria em prática<br />
No meio da Finlândia, na fábrica da Metsä-<br />
Botnia em Äänekoski, outra conversa está em<br />
andamento. A Botnia tem uma parceria de<br />
trabalho com a ANDRITZ usando um conceito<br />
denominado Overall Production Efficiency<br />
(oPE ® ). É um modelo de cooperação no qual<br />
ambos os parceiros buscam maximizar a produtividade<br />
da fábrica e minimizar os custos.<br />
“A Botnia e a ANDRITZ encontraram diversas<br />
áreas para o desenvolvimento de cooperação”,<br />
explica Harri Qvintus, Vice-Presidente Sênior<br />
da ANDRITZ responsável pelos Serviços de<br />
Engenharia de Celulose no norte da Europa.<br />
“A alta administração da Botnia está envolvida<br />
e comprometida com isso. Eles definem as<br />
metas para as organizações.”<br />
“Cerca de dois anos atrás, iniciamos o oPE ® na<br />
fábrica de Äänekoski para economizar energia<br />
e químicos na linha de fibras kraft”, diz Ilkka<br />
Poikolainen, Gerente de Produção. “Tem sido<br />
uma cooperação proveitosa. Por exemplo, no<br />
inverno nosso gargalo tem sido a manejabilidade<br />
do digestor, devido à pré-impregnação<br />
insuficiente dos cavacos. A ANDRITZ sugeriu<br />
pequenas melhorias e usou seu programa de<br />
simulação para resolver a maioria de nossos<br />
problemas. Não houve muito capital empregado.<br />
Conseguimos isso mesmo tendo elevado<br />
a capacidade dessa fábrica cerca de 60%<br />
desde que a linha foi construída em 1985.”<br />
“Ambos os parceiros buscam<br />
maximizar a produtividade da<br />
fábrica e minimizar os custos.”<br />
Harri Qvintus, Vice-Presidente Sênior de Serviços de<br />
Engenharia de Celulose, norte da Europa<br />
“Tem sido uma cooperação<br />
bastante proveitosa.”<br />
Ilkka Poikolainen, Gerente de Produção<br />
na fábrica da Botnia em Äänekoski<br />
outra área de desenvolvimento contínuo é a<br />
eficiência de custos. os custos de matéria-prima<br />
de madeira são os principais custos variáveis<br />
na polpação. “Portanto temos um projeto<br />
em andamento para aumentar o rendimento”,<br />
ele diz. “Junto com a ANDRITZ, estamos tentando<br />
otimizar o digestor para encontrar a<br />
melhor solução.”<br />
A Botnia também está trabalhando com a<br />
ANDRITZ para fazer o ajuste fino dos equipamentos<br />
a fim de evitar interrupções e paradas<br />
não planejadas. “Cada parada tem um<br />
custo elevado para nós”, diz Poikolainen. A<br />
ANDRITZ também está trabalhando na área<br />
de caustificação da fábrica para reduzir as<br />
perdas.<br />
“Verificamos continuamente nossos custos”,<br />
diz Poikolainen. “Temos uma contabilidade<br />
de custos profunda, assim sabemos que o<br />
oPE ® está trazendo resultados financeiros. o<br />
conhecimento sobre processos e equipamentos<br />
da ANDRITZ é combinado com nosso conhecimento<br />
profundo da fábrica, beneficiando<br />
ambas as empresas. Na Botnia, nos concentramos<br />
numa melhor qualidade da polpa com<br />
custos menores. A ANDRITZ tem o mesmo<br />
foco mesmo quando não há um grande projeto<br />
de capital à vista.”
24 Cartiere Modesto Cardella<br />
Cartiere Modesto Cardella 25<br />
Estreitando o intervalo em lucca<br />
A produtora italiana Cartiere Modesto Cardella é a primeira a instalar uma<br />
nova formadora de intervalo de papéis para embalagem da ANDRITZ. o<br />
investimento coloca Cardella em boa posição, já que a demanda do mercado<br />
por corrugados de baixa gramatura está aumentando.<br />
Uma formadora de intervalo nova foi instalada<br />
na PM4 na fábrica da Cartiere Modesto<br />
Cardella em San Pietro a Vico (Lucca) na Itália.<br />
A tecnologia da ANDRITZ promete melhorar<br />
o desempenho da linha inteira. “Com essa<br />
nova instalação, agora temos mais que uma<br />
bala na agulha”, diz Modesto Cardella, membro<br />
da diretoria da empresa. “Quando houver<br />
uma maior demanda do mercado pelo uso de<br />
papéis com gramatura abaixo de 100 g/m²,<br />
estaremos prontos para atendê-la.”<br />
Parte dessa história começou em março de<br />
2008, quando a Cardella contratou a ANDRITZ<br />
PULP & PAPER para fornecer uma nova caixa<br />
de entrada PrimeFlow TW de duas camadas<br />
com perfil de consistência PrimeProfiler F e<br />
uma formadora de intervalo PrimeForm TW.<br />
A ANDRITZ também modificou a estrutura do<br />
rolo pegador de sucção e realizou a engenharia<br />
básica para os sistemas de fluxo de massa<br />
antes da máquina e de água branca.<br />
Mas, segundo Mario Cardella, Presidente do<br />
Conselho da fábrica e pai de Modesto, tudo<br />
começou de fato em 1977, quando a PM4 foi<br />
construída. “Em meados da década de 1990,<br />
a PM4 não conseguia mais oferecer a formação<br />
e o perfil exigidos pelo mercado para papéis<br />
de alta qualidade”, diz Mario. “Assim, em<br />
1995, reformamos a máquina, que também<br />
abriu caminho para futuros investimentos.”<br />
Hoje, a PM4 possui uma velocidade projetada<br />
de 1.200 m/min e largura de fio de 3,18<br />
m. o papelão para caixas com gramatura de<br />
90–170 g/m2 é produzido a partir de fibras<br />
100% recicláveis.<br />
Segundo Modesto, “Não faz parte do nosso<br />
estilo fazer alterações constantes no equipamento,<br />
mas sim focar em projetos duradouros.<br />
É por isso que investimos na formadora<br />
de intervalo PrimeForm TW.”<br />
uma questão de leveza<br />
A estratégia subjacente ao investimento é<br />
permitir que o fabricante de papel de Lucca<br />
atenda às demandas da mais nova tendência<br />
“Quando houver uma maior<br />
demanda do mercado pelo uso<br />
de papéis com gramatura abaixo<br />
de 100 g/m², estaremos prontos<br />
para atendê-la.”<br />
Modesto Cardella, Diretor Geral e membro do<br />
Conselho<br />
A partir da esquerda: Mario Bernasconi da ANDRITZ,<br />
Mario Cardella, Presidente da Cartiere Modesto<br />
Cardella e seu filho Modesto, Diretor Geral.<br />
LoCAL DA FáBRICA<br />
luCCA, ITálIA<br />
do mercado europeu – gramaturas abaixo de<br />
100 g/m². Em uma formadora de intervalo, o<br />
jato gerado pela caixa de entrada é direcionado<br />
para o intervalo estreito entre as duas<br />
telas formadoras. A água é removida nas duas<br />
direções, o que tende a produzir uma folha na<br />
qual o conteúdo e a aparência de finos é bem<br />
semelhante nos dois lados. Como a folha fica<br />
“pronta” bem rápido dentro da formadora de<br />
intervalo, a uniformidade do jato da caixa de<br />
entrada é essencial.<br />
“A instalação de uma caixa de entrada de<br />
duas camadas e da formadora de intervalo é<br />
um grande passo que permite à PM4 fabricar<br />
papel em um estilo inovador”, comenta<br />
Modesto. “Em nossa máquina PM3 de menor<br />
porte continuaremos a fabricar produtos consistentes<br />
com o padrão exigido pelo mercado<br />
italiano. Portanto, as duas máquinas nos permitem<br />
atender praticamente qualquer tipo de<br />
demanda.”<br />
Consideração cuidadosa<br />
Uma vez definidas a estratégia e as metas<br />
internas, Cardella precisava escolher um fabricante<br />
de máquinas. A ANDRITZ foi a escolhida.<br />
“Aproveitamos a oportunidade para<br />
estabelecer uma relação especial com o fornecedor”,<br />
explica Modesto. “Sabíamos que<br />
esta era a primeira instalação de linhas para<br />
embalagem da ANDRITZ. Sabíamos também<br />
que esse projeto exigiria sua total atenção e<br />
comprometimento. Sua especialização e a<br />
qualidade de seus produtos eram notórios.<br />
Isso teve um forte peso em nossa decisão.<br />
Mas não estamos falando de uma mera escolha<br />
técnica.”<br />
Como se tratava de um produto novo, a<br />
ANDRITZ realizou testes piloto completos<br />
para comprovar a eficácia da tecnologia de<br />
formação do rolo sapata – o PrimeForm TW.<br />
Feito sob medida<br />
Esse projeto foi desenvolvido em conjunto<br />
pela Cardella e pela ANDRITZ. “Sua tecnologia<br />
se adaptou perfeitamente às nossas exigências”,<br />
diz Modesto. “A máquina precisou ser<br />
adaptada a um espaço existente, que era muito<br />
baixo e estreito. Também houve restrições<br />
devido aos controles a serem considerados.<br />
A formadora de intervalo foi personalizada de<br />
acordo com tais exigências.”<br />
“Foi criado um ambiente positivo<br />
desde o início.”<br />
Christoph Draxler, Engenheiro de Start-Up da<br />
ANDRITZ<br />
“o aspecto positivo é que agora temos acesso<br />
a pontos da linha antes não atingidos”, prossegue<br />
Modesto. “A qualidade e o projeto do<br />
equipamento são de primeira linha, especialmente<br />
em relação à disposição dos auxiliares<br />
e do lado do acionamento.”<br />
Por exemplo, os principais canais de escoamento<br />
de água estão voltados para o cantiléver<br />
e, portanto, se deslocam juntos na máquina.<br />
Essa solução foi adotada pela formadora<br />
de intervalo da ANDRITZ para máquinas de<br />
tissue, mas também se mostrou extremamente<br />
útil na fábrica de papel de Lucca. “Não<br />
foi fácil superar todos os desafios de projeto<br />
e espaço, mas nossa equipe de engenheiros<br />
bem treinados ajudou a vencer todas as<br />
dificuldades.”<br />
Ative e prossiga!<br />
Segundo Modesto, os resultados eram visíveis<br />
desde o primeiro dia. “Produzimos papel<br />
desde o start-up, em 28 de janeiro. Apesar<br />
dos problemas iniciais na configuração da<br />
prensa, algumas horas depois já estávamos<br />
dando início à produção. Daí em diante, tudo<br />
prosseguiu normalmente.”<br />
Christoph Draxler, Engenheiro de Start-up da<br />
ANDRITZ, comenta: “De nossa parte, podemos<br />
dizer que foi criado um ambiente positivo<br />
desde o início, desde a administração até os<br />
operadores de máquina. Foi um pouco surpreendente<br />
a rapidez com que a máquina atingiu<br />
uma condição operacional estável.”<br />
os parâmetros da formadora de intervalo estão<br />
sendo otimizados na PM4, mas a máquina<br />
já produz folhas de 100 g/m² a velocidades<br />
acima de 800 m/min e esse valor tende a subir<br />
até a velocidade de projeto máxima de 1.200<br />
m/min. “Já superamos em muito nossas expectativas”,<br />
relata Modesto. “Estamos muito<br />
satisfeitos.”<br />
“Aos poucos, estamos descobrindo as características<br />
da máquina”, diz Andrea Moretti,<br />
Gerente da Fábrica de San Pietro a Vico.<br />
“Um mês após o start-up, estávamos realizando<br />
testes de papel em cooperação com<br />
a ANDRITZ. Nosso intuito é descobrir de que<br />
maneira a formadora de intervalo pode contribuir<br />
cada vez mais com nosso processo de<br />
produção. Até agora, verificamos que, quando<br />
“Conseguimos obter as melhores<br />
propriedades do papel de pasta<br />
mecânica e uma excelente<br />
uniformidade.”<br />
Andrea Moretti, Gerente da Fábrica<br />
O PrimeForm TW está melhorando a produção,<br />
pois a PM4 agora é menos afetada por variações na<br />
composição da massa ou por ações de operadores.
26 Cartiere Modesto Cardella<br />
27<br />
trabalhamos sob condições operacionais estáveis,<br />
obtemos as melhores propriedades de<br />
papel de pasta mecânica e um nível excelente<br />
de uniformidade. Antes da formadora de intervalo,<br />
isso variava muito. Mas ainda é cedo<br />
para falarmos em níveis de desempenho.”<br />
Algo mais a ser explorado<br />
o PrimeForm TW está facilitando a produção<br />
da linha inteira, pois existem menos parâmetros<br />
a serem mantidos sob controle rígido.<br />
Mario Cardella explica: “A linha inteira é mais<br />
estável, já que é menos sensível a flutuações<br />
do que é introduzido na máquina. Como a<br />
bobina é criada pela força centrífuga – e pela<br />
força centrípeta na primeira seção – a máquina<br />
é menos afetada por variações na composição<br />
da massa ou por ações do operador. Apesar<br />
de ainda não termos avaliado todas as melhorias<br />
resultantes da formadora de intervalo,<br />
sabemos, por exemplo, que não houve aumento<br />
no consumo de energia. Essa evolução<br />
é muito promissora, mas só poderemos falar<br />
em uma real economia de energia após maximizarmos<br />
o uso dos diversos instrumentos.”<br />
Trocando ideias<br />
A instalação de Lucca acabou também representando<br />
uma grande experiência de<br />
treinamento para o fornecedor. “A troca de<br />
informações foi útil para ambas as partes”,<br />
diz Modesto. “Fomos muito exigentes, muitas<br />
vezes solicitando detalhamentos, e a<br />
ANDRITZ se mostrou sempre solícita. Eles não<br />
se restringiram ao fornecimento de máquinas.<br />
Estavam dispostos a compreender nossas<br />
exigências e oferecer meios de aperfeiçoar a<br />
instalação. De nossa parte, contribuímos com<br />
todos os detalhes relativos ao gerenciamento,<br />
produção e manutenção de papel, e os engenheiros<br />
deles conseguiram converter todas<br />
essas informações em um produto útil.”<br />
Nunca devemos subestimar o aspecto humano<br />
dessas instalações. “Foi estimulante<br />
trabalhar com seus engenheiros”, comenta<br />
Modesto. “Vale destacar a determinação<br />
típica da personalidade austríaca, pois os<br />
resultados comprovaram a validade de sua<br />
abordagem. Afinal, conseguimos aglutinar o<br />
temperamento mediterrâneo e a personalidade<br />
centro-europeia.”<br />
“Trabalhar com a ANDRITZ foi uma experiência<br />
positiva sob todos os aspectos”, diz Moretti.<br />
“Também ficamos satisfeitos com o treinamento<br />
técnico recebido por nosso pessoal.”<br />
o que a Cartiere Modesto Cardella teria feito<br />
de diferente se pudesse voltar no tempo?<br />
“Nada”, conclui Modesto Cardella. “Estamos<br />
muito satisfeitos com a experiência e com<br />
a oportunidade de trabalhar juntos nesse<br />
projeto.”<br />
A estratégia de Cartiere Modesto Cardella é atender à demanda de uma tendência do mercado europeu<br />
por gramaturas abaixo de 100 g/m² na PM4 e continuar a atender às exigências do mercado italiano na<br />
PM3. A nova formadora de intervalo da ANDRITZ ajuda a apoiar essa estratégia. A composição da massa<br />
é 100% reciclável.<br />
PAPEL PARA<br />
CoRRUGAção<br />
DESDE 1946<br />
A Cartiere Modesto Cardella foi a ideia original<br />
de quatro irmãos italianos – Francesco,<br />
Modesto, Pasquale e Giovan Bernardo. Em<br />
1946, eles criaram a fábrica de San Pietro a<br />
Vico (Lucca). Em 1953, Modesto se tornou o<br />
único proprietário e começou a implementar<br />
uma estratégia de investimento que continua<br />
a ser o diferencial da empresa.<br />
Em 1966, após a morte de Modesto, seu<br />
filho Mario assumiu o comando, dando prosseguimento<br />
ao trabalho do pai e continuando<br />
a reinvestir os lucros. Em 1977, a nova<br />
PM4 foi instalada. Em 1995, as duas linhas<br />
de produção foram renovadas.<br />
Hoje, Mario é Presidente do Conselho e<br />
todos os seus filhos (Modesto, Rosaria e<br />
Cristiana) são membros da diretoria.<br />
A fábrica produz papel para corrugadeiras,<br />
com a capacidade potencial total de<br />
170.000 t/a. A largura de trabalho da PM3<br />
varia de 2,5 a 2,55 m e a largura da PM4<br />
mais nova varia de 2,65 a 2,8 m. Cerca de<br />
80% das vendas se concentram na Itália, e<br />
o restante se destina principalmente à Bacia<br />
Mediterrânea.<br />
RECoNSTRUção<br />
DA PM4<br />
prImeFOrm tW<br />
Em março de 2008, a Cartiere Modesto<br />
Cardella selecionou a ANDRITZ PULP &<br />
PAPER para fornecer uma caixa de entrada<br />
PrimeFlow TW de duas camadas com controle<br />
de diluição PrimeProfiler F e a formadora<br />
de intervalo PrimeForm TW. A largura<br />
do fio é de 3180 mm e o equipamento foi<br />
projetado para uma velocidade máxima de<br />
1.200 m/min.<br />
A ANDRITZ também modificou a estrutura<br />
do rolo pegador de sucção na PM4 e realizou<br />
a engenharia básica para os sistemas<br />
de fluxo de massa antes da máquina e de<br />
água branca.<br />
Caixa de entrada. A caixa de entrada<br />
PrimeFlow TW dá a oportunidade aos produtores<br />
de papel de usar com eficácia diferentes<br />
matérias-primas para criar a folha<br />
ideal em termos de força mecânica, aparência<br />
óptica, etc. Uma lamela rígida separa<br />
os fluxos de camadas individuais no bocal.<br />
A lamela é rígida para permitir que os operadores<br />
trabalhem em duas velocidades diferentes<br />
de jatos nas camadas, permitindo<br />
personalizar as propriedades do papel de<br />
acordo com as necessidades do cliente.<br />
Determinador de perfil. o já aprovado sistema<br />
de perfil PrimeProfiler F garante perfis<br />
com a melhor gramatura possível.<br />
Formadora de intervalo. o recém-criado<br />
PrimeForm TW para papéis de embalagem<br />
permite a produção de papelão para caixas<br />
em uma faixa de 90-160 g/m². A formadora<br />
minimiza a dupla face e maximiza o desaguamento<br />
de papel. As sapatas formadoras<br />
nas partes superior e inferior oferecem<br />
desaguamento uniforme em uma extensa<br />
faixa operacional.
28 Mondi<br />
Mondi 29<br />
Um forno com cérebro<br />
Um problema comum: um equipamento de produção se torna um gargalo<br />
grave. A discussão gira em torno de reconstruir ou trocar. A fábrica da Mondi<br />
SCP na Eslováquia pensou em uma terceira opção: automatizar. Com a ajuda<br />
da ANDRITZ Automation, a Mondi eliminou um gargalo – e o retorno ficou claro<br />
em poucos meses.<br />
De cima de uma caldeira de recuperação é<br />
possível ter uma visão em 360º das operações<br />
de uma fábrica. Na fábrica da Mondi SCP na<br />
Eslováquia, tem-se algo mais: uma visão do<br />
rio Váh correndo ao lado, trilhas de esqui e<br />
montanhas com os topos cobertos de neve<br />
no horizonte, e a cidade de Ružomberok circundando<br />
o local. Essa fábrica está verdadeiramente<br />
incorporada à comunidade – e em<br />
harmonia com a beleza natural ao redor.<br />
Surpreendentemente, o que não se vê da caldeira<br />
de recuperação é o forno de cal. Deveria<br />
ser fácil localizar um cilindro giratório com 100<br />
m de comprimento. Para onde ele foi?<br />
“Está bem aqui”, diz Vladimir Krajci, Gerente<br />
da Linha de Recuperação, apontando para<br />
uma estrutura com telhado. Ele é bastante<br />
diferenciado.” Krajci explica que o velho forno<br />
é “em parte do estilo russo, em parte do estilo<br />
ocidental” e que jamais viu outro forno como<br />
esse. Uma parte da contribuição “russa” foi<br />
o telhado em toda a extensão que protege o<br />
forno da vista. A contribuição “ocidental” é a<br />
extremidade de queima e o sistema de recirculação<br />
do gás de combustão.<br />
Nada mais a fazer mecanicamente<br />
o forno se tornou um grande gargalo para<br />
os operadores em Ružomberok. Por meio de<br />
melhorias técnicas e alterações nos procedimentos<br />
operacionais, ele foi forçado de sua<br />
taxa original de 250 t/d para 350 t/d – em um<br />
Vladimir Krajci, Gerente da Linha de Recuperação (à esquerda)<br />
e Peter Scholtz, Gerente de Produção da Linha de Recuperação.<br />
dia bom. Entretanto, poeira, obstruções e formações<br />
em anel quase constantes levaram a<br />
uma curva de produção que parecia um ioiô.<br />
“Temos cinco turnos, o que significa cinco<br />
operadores”, diz Peter Scholtz, Gerente de<br />
Produção da Linha de Recuperação. “Um<br />
operador ajusta a temperatura da extremidade<br />
de alimentação para evitar obstruções. Após<br />
a troca de turno, o operador seguinte vê anéis<br />
se formando e tem que tirar o forno de linha<br />
por algumas horas para eliminar os anéis. o<br />
próximo operador sobreajusta o excesso de<br />
oxigênio, e o seguinte tem que lidar com testes<br />
de carbonato de cálcio residual que estavam<br />
baixos demais.”<br />
A fábrica da Mondi SCP no norte da Eslováquia está em<br />
harmonia com a natureza – aninhada entre montanhas, rios e a<br />
pequena comunidade de Ružomberok.<br />
Para compensar, a fábrica adquiriu uma quantidade<br />
significativa de cal. Infelizmente, houve<br />
uma diferença significativa no comportamento<br />
do cal adquirido e do cal produzido na fábrica,<br />
que causou flutuações na unidade de licor<br />
branco que, depois, se espalharam através da<br />
linha de fibras.<br />
o consumo extra de energia na forma de gás<br />
natural também estava despendendo dinheiro.<br />
Aí havia também um problema motivacional:<br />
os operadores estavam cansados de terem<br />
que eliminar formações de anéis ou entrarem<br />
no forno para atender outros problemas.<br />
“Tínhamos feito tudo que podíamos mecanicamente”,<br />
diz Krajci. “Achávamos que não<br />
havia nada mais que pudéssemos fazer, a não<br />
ser substituí-lo.”<br />
“Fomos surpreendidos”<br />
Foram feitas consultas. Foi solicitada à<br />
ANDRITZ uma proposta para substituição do<br />
forno ou outra solução técnica qualquer que<br />
pudesse eliminar a repetição de partidas e paradas<br />
do forno.<br />
Ao invés de um forno para substituição, a<br />
ANDRITZ propôs uma solução de automação<br />
KilnACE ® . “Naquela época não sabíamos<br />
muito sobre as capacidades da ANDRITZ<br />
Automation, mas decidimos que poderíamos<br />
ouvir educadamente”, conta Branislav Benco,<br />
Chefe de DCS para a área de recuperação. A<br />
discussão se revelou boa.<br />
“A ANDRITZ nos surpreendeu”, diz Benco<br />
“Quanto mais sabíamos sobre o KilnACE ® ,<br />
mais gostávamos do conceito. A tecnologia<br />
opera em um computador padrão e usa um<br />
Graças ao rigoroso controle das temperaturas<br />
do forno e do excesso de oxigênio proporcionado<br />
pelo KilnACE ® , a Mondi SCP tem reduzido significativamente<br />
o cal comprado e diminuiu o consumo<br />
de energia específica. Aqui, Vladimir Krajci inspeciona<br />
a extremidade de queima do forno.
30 Mondi<br />
Mondi 31<br />
Um dos operadores do forno supervisiona as operações na sala de<br />
controle. A camada BrainWave ® do KilnACE ® é usada 100% do tempo.<br />
padrão de comunicação aberto que poderia<br />
ser ligado com facilidade a nossos sistemas<br />
de controles distribuídos. Nos casos em que<br />
outros fornecedores de automação disseram<br />
que precisaríamos de instrumentos adicionais,<br />
ou de um sistema especial de controle,<br />
ou de meses de programação, a ANDRITZ<br />
achou que nossa instrumentação estava boa<br />
e que poderiam ter o controle ativo e operando<br />
em apenas umas poucas semanas.”<br />
“Além disso”, continua Krajci, “a ANDRITZ<br />
ofereceu um período de experiência para que<br />
pudéssemos ver por nós mesmos a melhoria<br />
que teríamos.”<br />
A camada brainWave® é única<br />
Sava Kovac, Desenvolvedor Principal para<br />
Soluções de Controle Avançado da ANDRITZ<br />
Automation, ficou a cargo do projeto para<br />
assegurar ótimos resultados para a Mondi.<br />
Kovac explica que o KilnACE ® consiste em<br />
duas camadas: um controlador BrainWave ®<br />
para estabilizar o processo e a camada ACE ®<br />
que faz a otimização.<br />
De acordo com Kovac, o BrainWave ® é diferente<br />
de outros controladores no mercado.<br />
“Ele supera outras tecnologias de controle<br />
por causa de dois componentes principais:<br />
um modelo adaptável e um controlador preditivo”,<br />
ele diz. “o controle adaptável significa<br />
que ele aprende de acordo com o desempenho<br />
passado. Ele não precisa esperar que um<br />
erro ocorra para aí reagir - ele pode prever a<br />
resposta do processo.”<br />
Dentre as muitas facilidades, a que mais interessou<br />
Benco foi a MIMo. “MIMo é a abreviatura<br />
de multiple input, multiple output, (múltipla<br />
entrada, múltipla saída”, ele diz. “Essa<br />
facilidade coordena o controle de variáveis<br />
múltiplas para que elas não interfiram entre<br />
si. Não conheço nenhum outro controlador<br />
que possa fazer isso. Da mesma maneira que<br />
nossos operadores se tornam melhores com a<br />
experiência, assim ocorre com o BrainWave ® .”<br />
Resultados impressionantes<br />
“o BrainWave ® estabilizou as temperaturas e<br />
o excesso de oxigênio em um período muito<br />
curto”, diz Benco. “Porém nossos operadores<br />
estavam céticos e tendiam a operar o forno<br />
no manual, como antes. Também tínhamos<br />
alguns problemas técnicos a eliminar. Mas<br />
agora posso dizer que os operadores usam o<br />
controle 100% do tempo.”<br />
o controle da ANDRITZ é capaz de manter a<br />
temperatura do forno em uma janela estreita,<br />
de modo que meus operadores podem operar<br />
uma grande produção e evitar a severa formação<br />
de anéis que experimentávamos antes”,<br />
diz Scholtz. “Solucionar esse problema foi a<br />
meta primária do projeto. Embora usemos<br />
20% de gases não condensáveis, inclusive gases<br />
SoG, em nossa mistura de combustão, o<br />
controle pode lidar com as variações no valor<br />
de aquecimento.”<br />
“Há benefícios econômicos, benefícios de<br />
qualidade e benefícios humanos”, observa<br />
Krajci. “Compramos o pacote de controle da<br />
ANDRITZ considerando uma estimativa de<br />
retorno de seis meses. Posso afirmar que o<br />
retorno foi muito mais rápido. As vantagens<br />
econômicas vieram de uma redução significativa<br />
na compra de cal, uma redução no<br />
consumo de energia específica e uma grande<br />
redução nas paradas de produção para eliminar<br />
as formações de anéis. Esses eventos<br />
agora são bem mais raros.<br />
“Igualmente importante para mim é o fato de<br />
que meus operadores não estão mais estressados<br />
e têm um ambiente de trabalho muito<br />
mais seguro ao redor do forno. Eles dependem<br />
do sistema de controle e confiam nele. As<br />
coisas estão indo bem agora e há uma transição<br />
tranquila de turno para turno.”<br />
ACE no futuro?<br />
o ACE ® é uma camada de “operador especialista”<br />
acima do BrainWave ® e que gerencia<br />
tudo na operação do forno: taxa de produção,<br />
metas de temperatura e metas de excesso de<br />
oxigênio a fim de manter uma determinada<br />
qualidade e rendimento. A única entrada do<br />
operador é o teste laboratorial de carbonato<br />
de cálcio residual. Ao contrário de uma “caixa<br />
preta”, o ACE ® avisa sempre o operador sobre<br />
o que está fazendo ou planeja fazer.<br />
A fábrica de Ružomberok está usando a camada<br />
Brain Wave ® do KilnACE ® 100% do<br />
tempo para estabilizar a operação do forno. o<br />
principal objetivo desse projeto era maximizar<br />
a produção e eliminar paradas de produção.<br />
“Estamos muito contentes com a situação<br />
atual”, diz Krajci, “por isso no momento não<br />
estamos executando todos os módulos ACE ®<br />
que poderíamos. Em nossa fábrica, as temperaturas<br />
do forno devem ser altamente restringidas<br />
para evitar a obstrução na extremidade<br />
de alimentação (limite de temperatura baixa)<br />
e a formação de anéis (limite de temperatura<br />
alta). Há pouco espaço para ajustar parâmetros<br />
para controle do carbonato residual, por<br />
isso não está claro quanto mais podemos nos<br />
beneficiar com as outras funções do ACE ® .<br />
“Porém”, diz ele, piscando, “pretendemos experimentar<br />
em breve e ver se podemos melhorar<br />
uma situação que já está boa.”<br />
“A ANDRITZ Automation nos surpreendeu<br />
com sua solução.”<br />
Branislav Benco, Chefe de Sistemas de Controle<br />
Distribuídos para a área de recuperação<br />
“Há benefícios econômicos,<br />
benefícios de qualidade e<br />
benefícios humanos.”<br />
Vladimir Krajci, Gerente da Linha de Recuperação<br />
Vladimir Krajci (à esquerda) e Peter Scholtz com o<br />
forno “em parte russo, em parte ocidental” ao fundo.
32 Sun Paper group<br />
Sun Paper group 33<br />
o sol da China quer se expandir<br />
As florestas da China se distribuem de forma desigual pelo país, tornando o<br />
abastecimento de fibras uma questão ainda crítica para os produtores de papel e<br />
celulose, Enquanto o fornecimento de pasta química é comparativamente baixo, a nova<br />
linha de pasta química ANDRITZ da Sun Paper em Yanzhou está ajudando a empresa a<br />
se tornar mais autossuficiente a medida que eles renovam seus planos de expansão.<br />
“A Sun Paper fez investimentos<br />
para aumentar a autossuficiência<br />
de polpação localmente e<br />
planeja ampliar as operações na<br />
Indochina.”<br />
Ying Guangdong, Gerente Geral Adjunto &<br />
Engenheiro Chefe, Sun Paper Group, Yanzhou,<br />
província de Shandong.<br />
Uma recente publicação conjunta da UN/EC<br />
documenta um desafio significativo para os<br />
fabricantes de papel da China. A nação tem<br />
a quinta maior área de florestas do mundo,<br />
sendo a maior parte nas regiões nordeste e<br />
sudeste do país. Ainda assim, isso representa<br />
apenas pouco mais de 20% do território do<br />
país - colocando a China na 139ª posição no<br />
mundo. Para atender às crescentes necessidades<br />
de sua população de 1,3 bilhões de<br />
pessoas, a China tem o desafio de expandir<br />
a produção de suas próprias florestas, gerenciando<br />
o impacto de ser altamente dependente<br />
das fibras importadas.<br />
Esse desenvolvimento pode ser verificado facilmente<br />
ao se escutar um dos principais clientes<br />
da ANDRITZ na China. Ying Guangdong,<br />
Gerente Geral Adjunto e Engenheiro Chefe<br />
do Sun Paper Group, em Yanzhou, na província<br />
de Shandong, tem diversos planos de<br />
investimentos para os próximos anos - investimentos<br />
para aumentar a autossuficiência de<br />
polpação e ampliar os negócios da Sun Paper<br />
para a Indochina, em especial para o Laos e<br />
o Vietnã.<br />
A Sun Paper é a maior<br />
A Shandong Sun Paper Industry é a maior<br />
empresa de papel de administração e propriedade<br />
privada da China, e também o maior<br />
produtor de cartão para embalagem revestido<br />
Premium. Seus produtos de papel e cartão<br />
são vendidos em toda a China e exportados<br />
para mais de 20 países do sudeste asiático e<br />
áfrica e para os EUA.<br />
As muitas máquinas de papel da empresa<br />
(com o start-up de uma nova agora) têm uma<br />
capacidade anual total de 2,5 milhões de toneladas.<br />
Uma parte significativa da polpa vem<br />
de duas linhas de pasta mecânica P-RC APMP<br />
ANDRITZ, havendo uma terceira em construção.<br />
E, agora, foi realizado o start-up de uma<br />
nova linha de fibras para pasta química da<br />
ANDRITZ.<br />
Start-up de categoria internacional<br />
Após o fornecimento bem sucedido da segunda<br />
linha de polpação P-RC APMP e do sistema<br />
de evaporação de efluentes, a Sun Paper fez<br />
o pedido de uma linha de pasta química de<br />
500 bdmt/d da ANDRITZ em junho de 2008.<br />
Um outro pedido de equipamentos de caustificação<br />
e pátio de madeira da ANDRITZ, que<br />
completou o projeto da fábrica de kraft, veio<br />
logo em seguida. Na metade de novembro de<br />
2009, foi feito o start-up dos sistemas, no que<br />
LimeWhite para filtragem de licor branco na<br />
unidade de licor branco.<br />
LoCAL DA FáBRICA<br />
YANZHOu, SHANDONg, CHINA<br />
A nova linha de<br />
fibras da Sun Paper usa<br />
lavadores Drum Displacer ®<br />
da ANDRITZ (também<br />
mostrados acima) para<br />
polpa marrom e lavagem<br />
pós-oxigênio.<br />
A Sun Paper encomendou uma linha de fibras<br />
química de 500 bdmt/d da ANDRITZ PULP &<br />
PAPER em junho de 2008.<br />
a Sun Paper chama de “recorde mundial de<br />
tempo” - apenas 17 meses após a assinatura<br />
do contrato. o start-up foi tranquilo e a capacidade<br />
projetada foi alcançada em menos de<br />
três semanas.<br />
De acordo com Ying, o êxito do start-up da<br />
linha de fibras foi grande. “Não houve muitas<br />
dificuldades, graças ao bom trabalho de preparação<br />
realizado”, ele afirma. “A ANDRITZ fez<br />
alguns ajustes no lavador de tambor para que<br />
pudéssemos aumentar consideravelmente a<br />
capacidade.”<br />
“A operação tem sido tranquila e a produção<br />
aumentou cerca de 20% acima da capacidade<br />
projetada”, diz Ying. “Também conseguimos<br />
uma taxa de recuperação de álcali de mais<br />
de 97% e atingimos a meta de zero emissões<br />
de licor negro. A fábrica é autossuficiente em<br />
energia e também fornecemos vapor para algumas<br />
máquinas de papel pequenas.”<br />
Além do mais, a qualidade da polpa tem sido<br />
excelente, segundo Ying. A garantia de alvura<br />
é de 88 ISo, enquanto os resultados reais tem<br />
sido de 90 ISo.<br />
licitação difícil<br />
A ANDRITZ recebeu o pedido da Sun Paper<br />
em meio a uma difícil concorrência internacional.<br />
“Nosso principal concorrente já tinha uma<br />
forte posição nessa fábrica, porém conseguimos<br />
receber o pedido com um pacote que<br />
incluía equipamentos principais fabricados na<br />
Finlândia e o restante na China”, conta Jorma<br />
olkkonen, Gerente de Projeto da ANDRITZ<br />
para a linha de fibras.<br />
De acordo com Ying, a Sun Paper escolheu a<br />
ANDRITZ principalmente por causa da relação<br />
preço- desempenho e de sua capacidade de<br />
fornecer uma parte dos equipamentos localmente.<br />
Ele observa que a linha foi construída<br />
em meio à crise econômica, de modo que os<br />
custos de construção fossem um pouco menores.<br />
Depois da linha iniciar a produção, os
34 Sun Paper group<br />
Sun Paper group 35<br />
preços de celulose de mercado aumentaram<br />
significativamente. “Com esse projeto economizamos<br />
uma cifra considerável e nossa dependência<br />
dos preços da polpa internacional<br />
foi significativamente reduzida”, ele afirma.<br />
o pacote inclui as mais recentes tecnologias<br />
da ANDRITZ: alimentação de cavacos<br />
TurboFeed ® , digestor contínuo DownFlow<br />
Lo-Solids ® , lavadores de tambor e branqueamento<br />
ECF. Acoplados a esses itens estão<br />
um LimeGreen para filtragem de licor verde,<br />
LimeFree para tratamento de dregs,<br />
LimeWhite para filtragem de licor branco e<br />
um filtro LimeDry.<br />
Na China, e talvez em outras partes do mundo,<br />
tem havido uma tendência de pensar em<br />
sistemas de cozimento contínuo apenas para<br />
grandes linhas de pasta química totalmente<br />
novas. Na verdade, há digestores operando<br />
em todo o mundo que produzem cerca de<br />
4.000 t/d. No entanto, a tecnologia de cozimento<br />
combinada à lavagem em tambor ainda<br />
é bastante competitiva para linhas de capacidade<br />
menor, conforme demonstra a linha de<br />
500 t/d da Sun Paper.<br />
“o cronograma de instalação da Sun<br />
Paper era muito desafiador” diz olkkonen.<br />
“Conseguimos colocar nossos melhores recursos<br />
na supervisão da montagem e nosso<br />
cliente concentrou todo seu esforço no trabalho<br />
de montagem. Instalamos a linha de fibras<br />
completa em seis meses, que é um tempo de<br />
instalação de categoria mundial.”<br />
Seção inferior do silo de cavacos Diamondback<br />
da ANDRITZ<br />
Digestor contínuo DownFlow Lo-<br />
Solids ® da ANDRITZ<br />
uma boa cooperação é responsável por<br />
um projeto de sucesso<br />
De acordo com olkkonen, a Sun Paper tinha<br />
uma equipe de projeto bastante experiente<br />
e o pessoal de engenharia era capacitado.<br />
“Conheço Liu Yanbo, o Diretor de Projeto, de<br />
um projeto anterior em Rizhao, portanto a cooperação<br />
foi fácil desde o início” ele afirma.<br />
“A ANDRITZ tem uma profunda experiência<br />
na fabricação de celulose e na execução de<br />
projetos”, diz Liu. “Eles contam com diversas<br />
tecnologias excelentes, em especial para o<br />
controle de emissões e efluentes. Nossa cooperação<br />
bem sucedida se baseia em uma<br />
ótima comunicação. Conhecemos a capacidade<br />
da ANDRITZ e eles sabem exatamente<br />
o que precisamos. Se vemos um problema, a<br />
ANDRITZ oferece uma solução. Aí nós a discutimos<br />
em conjunto. É isso que consideramos<br />
trabalho de equipe.”<br />
Liang Hongjin, Gerente de Produção, também<br />
tem boas experiências do projeto. “Primeiro,<br />
os equipamentos têm operado por três meses<br />
desde o start-up de modo muito estável<br />
e eficiente”, ele afirma. “A qualidade da polpa<br />
é consistentemente boa. Ainda precisamos<br />
nos esforçar mais na otimização e na manutenção.<br />
Nós discutimos e aprendemos com a<br />
ANDRITZ. Estou muito satisfeito com nossa<br />
cooperação.”<br />
“Todos os membros da equipe para o projeto<br />
têm sido excelentes. A equipe da ANDRITZ<br />
treinou nossos operadores com sua especialização,<br />
conhecimento e experiência”, diz Ying<br />
a respeito.<br />
“Aprendi muito nesse projeto a apreciar plenamente<br />
as complexidades e detalhes de uma<br />
instalação com êxito”, diz Wendy Wang, assistente<br />
de projeto da ANDRITZ. “Tem sido uma<br />
experiência de aprendizado trabalhar com os<br />
diversos profissionais do cliente e de dentro de<br />
nossa própria organização internacional, cada<br />
qual com sua própria especialização e área de<br />
responsabilidade.”<br />
“A qualidade da polpa é<br />
consistentemente boa. Ainda<br />
precisamos nos esforçar mais na<br />
otimização e na manutenção.”<br />
Liang Hongjin, Gerente de Produção<br />
A polpa autofornecida reduz a pressão<br />
“Nosso principal objetivo era melhorar nossa<br />
capacidade de autofornecimento de polpa”,<br />
explica Ying. “Com a polpa comprada, éramos<br />
reféns dos preços flutuantes e do custo<br />
de transporte, que afetavam nossas margens.<br />
Com esse projeto de linha de fibras química,<br />
atingimos nossa meta de autoprodução de<br />
250.000 t/a a cada ano, reduzindo as pressões<br />
dos custos externos. Também podemos<br />
controlar melhor a alvura e a resistência da<br />
polpa.”<br />
Ele afirma que antes desse projeto a empresa<br />
produzia pasta química em duas linhas antigas,<br />
com uma capacidade anual aproximada<br />
de 50.000 t. Junto com os sistemas P-RC<br />
APMP, a Sun Paper agora é capaz de produzir<br />
600.000 t de polpa a cada ano.<br />
A Indochina será o próximo alvo da<br />
Sun Paper<br />
De acordo com Liu, mais uma razão para a<br />
Sun Paper construir a fábrica de celulose era<br />
que não tinham fábricas de celulose modernas<br />
antes, e queriam ganhar experiência para<br />
construir novas fábricas em outros locais no<br />
futuro.<br />
os preparativos para um projeto no Laos estão<br />
completos e a Sun Paper abrirá o projeto<br />
para licitação no futuro próximo. o projeto<br />
será em Savannakhet, perto da fronteira com<br />
o Vietnã. “Temos conversado sobre o cronograma<br />
preliminar com os especialistas da<br />
ANDRITZ”, conta Liu. Ele diz que as coisas<br />
mais importantes a considerar são a solução<br />
e a tecnologia e, depois disso, o preço.<br />
A matéria-prima para o novo projeto será eucalipto<br />
do sul da China e eucalipto e acácia do<br />
Vietnã, da Tailândia e da Indonésia. De acordo<br />
com reportagens de jornais, a empresa planeja<br />
estabelecer plantações de eucalipto na província<br />
de Savannakhet, porém esses planos<br />
ainda estão na fase de planejamento.<br />
“Instalamos a linha de fibras completa<br />
em seis meses, que é um tempo de<br />
instalação de categoria mundial.”<br />
Jorma olkkonen, Gerente de Projeto da ANDRITZ<br />
para a linha de fibras<br />
“Conhecemos a capacidade<br />
da ANDRITZ e eles sabem<br />
exatamente o que precisamos. Se<br />
vemos um problema, a ANDRITZ<br />
oferece uma solução.”<br />
Liu Yanbo, Diretor de Projeto
36 ANDRITZ Maintenance Solutions<br />
ANDRITZ Maintenance Solutions 37<br />
Soluções para manutenção<br />
oferecem novas alternativas<br />
Em junho de 2007, a ANDRITZ adquiriu participação em uma empresa<br />
diferenciada, a Sindus Tecnologia Humana, cuja especialidade são serviços<br />
de manutenção. A Sindus se encaixa bem ao próprio conceito da ANDRITZ<br />
para manutenção - o overall Production Efficiency (oPE ® ). A combinação<br />
dessas ofertas de manutenção aumenta seu valor e importância.<br />
“Tudo se resume em saber se<br />
a manutenção é uma atividadefim.<br />
Se não é, a terceirização é<br />
uma possibilidade que deve ser<br />
explorada.”<br />
Humbert Köfler, membro do Comitê Diretor da<br />
ANDRITZ PULP & PAPER - Serviços e Unidades<br />
uma idéia no tempo certo?<br />
A terceirização de manutenção é uma prática<br />
comum em muitos setores, porém demorou a<br />
deslanchar no segmento de papel e celulose<br />
a nível global. De acordo com Humbert Köfler,<br />
membro do Comitê Diretor da ANDRITZ<br />
e responsável pelas áreas de Serviços e<br />
Unidades: “As fábricas estão sendo forçadas<br />
pela economia a ter um olhar renovado sobre<br />
todas as coisas. Tudo se resume em saber se<br />
a manutenção é uma atividade-fim. Se não é,<br />
a terceirização é uma possibilidade que deve<br />
ser explorada.”<br />
Na Europa, em especial nos países nórdicos,<br />
diversos produtores de papel e celulose<br />
optaram por terceirizar a manutenção. Na<br />
América do Sul, as fábricas usam amplamente<br />
fornecedores externos para a manutenção<br />
de instrumentos, eletrônicos e, em alguns<br />
casos, também na manutenção mecânica.<br />
No entanto, a contratação de manutenção<br />
especializada pode gerar custos redundantes<br />
e responsabilidades pouco claras, segundo<br />
Aulis Katajamaki, responsável geral pela<br />
manutenção de toda a fábrica da UPM em<br />
Fray Bentos, no Uruguai “A manutenção com<br />
organizações especialistas individuais em<br />
geral é mais dispendiosa e requer mais tempo<br />
para a coordenação pelo pessoal da fábrica”,<br />
afirma Katajamaki. “É mais difícil definir metas<br />
de desempenho, pois não há apenas uma<br />
única organização responsável por tudo.”<br />
Uma alternativa é o pacote de terceirização<br />
integral da ANDRITZ, utilizado em Fray<br />
Bentos. A principal diferença entre os<br />
serviços realizados em Fray Bentos e os<br />
prestados por empresas “generalistas” de<br />
tecnologia ou serviços é o valor agregado da<br />
ANDRITZ por ter um profundo conhecimento<br />
dos processos e equipamentos, sem contar<br />
as avançadas ferramentas de diagnóstico.<br />
“A combinação de conhecimento com<br />
experiência local proporciona aos clientes<br />
um pacote com economias substanciais e<br />
um melhor desempenho na manutenção”, diz<br />
Katajamaki.<br />
Visando criar uma combinação diferenciada de<br />
capacidades, a ANDRITZ começou adquirindo<br />
parte da Sindus Tecnologia Humana do Brasil<br />
em 2007. Hoje detém propriedade integral da<br />
Sindus ANDRITZ, que está expandindo suas<br />
capacidades para fora da América do Sul.<br />
A Sindus ANDRITZ tem fornecido manutenção<br />
terceirizada para fábricas nos últimos 18 anos.<br />
o primeiro contrato firmado ainda está em<br />
vigor, após várias renovações. “Se os clientes<br />
não enxergam o valor do que estamos fazendo,<br />
eles não renovam”, afirma Luis Binotto, Vice-<br />
Presidente Sênior da área de Soluções em<br />
Manutenção da ANDRITZ. “Nossos contratos<br />
são acordados com base em Key Performance<br />
Indicators (KPIs). os incentivos e penalidades<br />
financeiros são estruturados de modo a nos<br />
obrigar a documentar e demonstrar o valor<br />
que agregamos.”<br />
Exemplo de valor agregado<br />
Após dois anos de desenvolvimento interno, a<br />
Sindus ANDRITZ ofereceu a seus clientes um<br />
serviço de otimização de controle de processos.<br />
É uma combinação de um software especial<br />
(denominado oPP), mais o conhecimento<br />
da empresa sobre instrumentos, automação<br />
e sistemas de controle, mais o conhecimento<br />
sobre os processos fabris.<br />
“É uma ferramenta muito poderosa”, diz<br />
Binotto. “Ela nos permite monitorar diversas<br />
Andrés Sommer (esquerda), Coordenador de contrato da ANDRITZ em Fray Bentos. A ANDRITZ tem<br />
um contrato de longo prazo com a UPM para o fornecimento de manutenção terceirizada completa<br />
para essa fábrica de celulose no Uruguai, que produz 1.000.000 t/a.<br />
coisas online: o estado atual do controle<br />
(válvulas, motores, alarmes, desvios,<br />
analisadores e circuitos de controle), a<br />
condição do ativo, possíveis falhas e o impacto<br />
sobre o desempenho do processo”.<br />
“Armados com esse conhecimento, realizamos<br />
uma manutenção dos ativos de acordo com<br />
suas condições. Há também diagnósticos<br />
integrados que são bastante úteis em fábricas<br />
altamente complexas - reduzindo o tempo<br />
para o diagnóstico de um problema, de dias<br />
para minutos.”<br />
o software oPP coleta informações do<br />
DCS e dos PLCs para apresentar uma<br />
visão completa da fábrica. “Identificamos<br />
oportunidades para melhorar o controle e<br />
trabalhamos em qualquer área que o cliente<br />
defina como prioridade”, afirma Binotto. A<br />
Sindus ANDRITZ estima que usando esse<br />
serviço seus clientes já estejam economizando<br />
cerca de US$ 40 milhões por ano. “Não existe<br />
outra abordagem que possa proporcionar<br />
resultados mais rápidos com esse nível de<br />
investimento”, completa Binotto.<br />
O melhor exemplo na fábrica<br />
Köfler acha que a ANDRITZ tem a<br />
possibilidade de ser o melhor fornecedor de<br />
manutenção para processos contínuos com<br />
linha única. “Essas operações dependem de<br />
uma excelente manutenção”, segundo ele. “A<br />
disponibilidade dos equipamentos é crítica<br />
para a produção contínua.”<br />
o melhor exemplo das capacidades de<br />
manutenção integral da ANDRITZ é a fábrica<br />
da UPM em Fray Bentos, no Uruguai. A fábrica<br />
de celulose de linha única foi projetada para<br />
produzir acima de 900.000 t/a de celulose<br />
branqueada e a produção atual ultrapassa<br />
1.000.000 t/a.<br />
Em novos projetos de capital como o de Fray<br />
Bentos, os engenheiros de manutenção da<br />
ANDRITZ se unem à equipe de projeto antes<br />
da construção da fábrica - criando um<br />
plano de manutenção de longo prazo,<br />
introduzindo as rotinas de manutenção<br />
“Identificamos oportunidades<br />
e trabalhamos em<br />
qualquer área que o cliente<br />
defina como prioridade.”<br />
Luis Binotto, Vice-Presidente Sênior da área<br />
de Soluções em Manutenção da ANDRITZ<br />
e peças sobressalentes em um banco de<br />
dados da fábrica e preparando a equipe de<br />
manutenção para cuidar dos ativos do cliente.<br />
“Estamos aqui para executar a manutenção<br />
proativa usando nosso conhecimento sobre<br />
equipamentos e processos”, diz Andrés<br />
Sommer, coordenador do contrato ANDRITZ<br />
de Fray Bentos. “Um dos fatores mais<br />
importantes na obtenção de nossos bons<br />
resultados tem sido a excelente cooperação<br />
com a equipe de produção da UPM. A UPM<br />
também reconhece o valor de estarmos na<br />
fábrica todos os dias com nosso acesso a<br />
todas as informações dentro da organização<br />
global da ANDRITZ.”<br />
A meta original quando a fábrica de Fray<br />
Bentos iniciou suas operações em 2007 era<br />
ter uma produtividade melhor (em termos de<br />
custo de manutenção por tonelada de celulose<br />
produzida), do que a que vigora atualmente<br />
na Finlândia. As metas foram cumpridas e<br />
a fábrica da UPM no Uruguai e seu modelo<br />
de manutenção são referencias para novos<br />
investimentos em fábricas de celulose.<br />
Possibilidade de vários pacotes<br />
“Temos a capacidade de oferecer uma série de<br />
opções de terceirização que outras empresas<br />
não conseguem fornecer”, afirma Köfler.<br />
“Podemos fazer a manutenção apenas de<br />
instrumentos, ou da automação, ou mecânica,<br />
valvulas, motores, assumir a terceirização de<br />
peças sobressalentes - até a terceirização<br />
integral da manutenção da fábrica.<br />
“Conhecemos o maquinário e sabemos o<br />
que precisa ser feito para manter uma alta<br />
disponibilidade. Conhecemos o ciclo de<br />
vida dos equipamentos. Conhecemos os<br />
processos e sabemos como melhorar o<br />
desempenho. Temos as pessoas certas.<br />
Temos as ferramentas certas.<br />
“Tudo está a postos - valores, pessoas,<br />
métodos, ferramentas e medições - para que<br />
haja um negócio sustentável aqui.”<br />
Funcionário da Sindus ANDRITZ trabalhando em uma<br />
fábrica no Brasil. A empresa tem fornecido manutenção<br />
terceirizada para fábricas nos últimos 18 anos.<br />
ANDRITZ<br />
sOluÇões pArA<br />
mANuteNÇÃO<br />
eXperIÊNcIA De<br />
terceIrIZAÇÃO<br />
tecNOlOGIA & INOVAÇÃO<br />
especIAlIZAÇÃO De<br />
mANuteNÇÃO<br />
prOcessO &<br />
cONHecImeNtO De<br />
mAQuINÁrIO
38 Notícias do mundo da ANDRITZ<br />
Notícias do mundo da ANDRITZ 39<br />
lINHAs cOmpletAs<br />
BMC/Georgia Biomass Production<br />
Waycross, Georgia, EUA<br />
Pátio de madeira para unidade de peletização<br />
Unidade completa de peletização (para a produção<br />
de 750.000 t/a de pellets de madeira de<br />
pinheiro austral) da ANDRITZ FEED & BIOFUEL.<br />
Vyborgskaja Cellulosa<br />
Vyborg, Rússia<br />
Unidade de descascamento e picagem com<br />
duas linhas para unidade de peletização, unidade<br />
secadora de cavacos de madeira -<br />
quatro secadores de esteira CMBD<br />
Zhumadianshi Baiyun Paper<br />
Zhumadian, Henan, China<br />
Sistema completo de lavagem, depuração e<br />
branqueamento para uma nova linha de fibras<br />
Incluindo 7 filtros de lavagem GFFMax<br />
SCA Östrand<br />
Sundsvall, Suécia<br />
Sistema LimeKiln para uma nova linha; filtro<br />
de lama de cal LimeDry e atualização de filtro<br />
de licor branco LimeWhite para uma linha<br />
existente<br />
CMPC<br />
Laja, Chile<br />
Fornecimento em EPC de uma caldeira de<br />
recuperação de alta energia (HERB) e unidade<br />
de evaporação<br />
Nippon Paper, Gotsu Mill<br />
Gotsu, Japão<br />
Linha de secagem de polpa afofada<br />
Nanning Phoenix Pulp & Paper<br />
Nanning, Guangxi, China<br />
PrimeLine TM M6<br />
Linha completa incluindo preparação de massa<br />
lINHAs cOmpletAs<br />
Shandong Sun Paper Industry Joint Stock<br />
Yanzhou, Shandong, China<br />
Equipamentos principais para manuseio de<br />
cavacos: quatro descarregadores CantiScrew<br />
e peneira de cavacos; equipamentos principais<br />
para linha de fibras e caustificação; e serviços no<br />
local de instalação.<br />
Kamabumprom<br />
Krasnokamsk, Região de Perm, Rússia<br />
Linha de descascamento RotaBarker com<br />
HHQ-Chipper de alimentação horizontal para<br />
processo BCTMP<br />
Primeiro RotaBarker ativado na Rússia<br />
Södra Cell<br />
Värö, Suécia<br />
Prensa de lavagem AWP, planta da evaporação,<br />
retrofit da caldeira de recuperação<br />
Segundo pedido de uma prensa de lavagem<br />
AWP nova<br />
NOVOS PEDIDOS<br />
eQuIpAmeNtOs prINcIpAIs,<br />
AtuAlIZAÇões e mODerNIZAÇões<br />
Shandong Sun Paper Industry Joint Stock<br />
Yanzhou, Shandong, China<br />
Terceiro sistema P-RC APMP com uma atualização<br />
de capacidade para 150.000 t/a; um sistema<br />
completo de preparação de massa, depuração<br />
de massa espessa e sistema de massa antes da<br />
máquina para uma nova máquina de papel; uma<br />
unidade de evaporação MVR (Mechanical Vapor<br />
Recompression); e um descarregador giratório<br />
para um silo de cavacos no pátio de madeira<br />
SCA obbola<br />
Umeå, Suécia<br />
Filtro de licor verde LimeGreen, filtro de lama<br />
de cal, centrífuga de dregs LimeFree<br />
Fornecimento em EPS<br />
Billerud Karlsborg<br />
Kalix, Suécia<br />
Filtro de licor verde LimeGreen<br />
Rottneros Vallviks Bruk<br />
Vallvik, Suécia<br />
Atualização da planta da evaporação<br />
Packaging Corporation of America (PCA)<br />
Counce, Tennessee, EUA<br />
Reconstrução de duas caldeiras de recuperação<br />
existentes<br />
Moorim P&P<br />
Ulsan, Coreia do Sul<br />
Retrofit de caldeira de recuperação, atualização<br />
da planta da evaporação e sistema de lixiviação<br />
das cinzas<br />
Kolicevo Karton<br />
Domzale, Eslovênia<br />
Formadora de tela única PrimeFlow SW, prensa<br />
de sapata PrimePress X, formadora híbrida<br />
PrimeForm SW e HB<br />
NOVOS START-uPS<br />
lINHAs cOmpletAs<br />
Portucel (Empresa Produtora de Pasta e Papel)<br />
Setúbal e Cacia, Portugal<br />
Duas caldeiras de força para biomassa<br />
MCC Paper Yinhe<br />
Linqing, Shandong, China<br />
Sistema P-RC APMP de 300 admt/d<br />
eQuIpAmeNtOs prINcIpAIs,<br />
AtuAlIZAÇões e mODerNIZAÇões<br />
Cartiere Modesto Cardella<br />
San Pietro, Itália<br />
Formadora de intervalo PrimeForm TW<br />
Primeira formadora de intervalo PrimeForm TW<br />
para papéis de embalagem<br />
Palm Paper<br />
King’s Lynn, Norfolk, Grã-Bretanha<br />
Componentes para desaguamento do lodo<br />
eQuIpAmeNtOs prINcIpAIs,<br />
AtuAlIZAÇões e mODerNIZAÇões<br />
Smurfit Kappa<br />
Hoya, Alemanha<br />
Prensa de filme PrimeCoat Film, sistema de<br />
circulação de ar PrimeAir Glide, PrimeFeeder<br />
A maior prensa de filme da ANDRITZ, com uma<br />
largura de 7600 mm<br />
Indah Kiat Pulp & Paper<br />
Jakarta, Indonésia<br />
Dois secadores a ar PrimeDry TopSide<br />
Indah Kiat Pulp & Paper<br />
Perawang, Indonésia<br />
Três picadores para acácia<br />
pAINÉIs<br />
Hezhou Xin Rong Xing Forest<br />
Hezhou, Guangxi, China<br />
Sistema de refino pressurizado para MDF com<br />
capacidade de 624 t/d<br />
Luyuan (Shaowu) Wood Industry<br />
Shaowu, Fujian, China<br />
Sistema de refino pressurizado para MDF com<br />
capacidade de 456 t/d<br />
Taihe Dongdun Timber Industry<br />
Taihe, An Hui, China<br />
Sistema de refino pressurizado para MDF com<br />
capacidade de 384 t/d<br />
Segunda linha para o Dongdun Group<br />
pAINÉIs<br />
Fengkai Weilibang Wood Industry<br />
ChangGang, Guangdong, China<br />
Sistema de refino pressurizado para MDF com<br />
capacidade de 840 t/d<br />
Maior refinador de MDF da China, quinta linha<br />
instalada no Weihua Group<br />
Yingang Hubei Wood Based Panel<br />
Suizhou, Hubei, China<br />
Sistema de refino pressurizado para MDF com<br />
capacidade de 864 t/d<br />
Segunda instalação para o Yingang Group<br />
Guangxi Yizhou Kaili Wood Industry<br />
Yizhou, Guangxi, China<br />
Sistema de refino pressurizado para MDF com<br />
capacidade de 600 t/d<br />
Não-TECIDoS<br />
TECNOlOgIA<br />
A ANDRITZ recentemente adquiriu a<br />
Rieter Perfojet, uma empresa francesa<br />
que fabrica maquinário e sistemas para<br />
a produção de não-tecidos. A empresa<br />
agora se chama ANDRITZ Perfojet.<br />
os produtos Perfojet são usados com<br />
sucesso em todo o mundo no hidroentrelaçamento<br />
de não-tecidos. Essa<br />
tecnologia emprega jatos de água para<br />
entrelaçar as fibras, criando integridade.<br />
Suavidade, drapeado, conformabilidade<br />
e resistência relativamente alta<br />
são as principais características desse<br />
método de produção. A adição da<br />
Perfojet se adapta bem às capacidades<br />
da ANDRITZ Küsters, que também tem<br />
operações no setor de não-tecidos.<br />
O Diretor Administrativo da ANDRITZ<br />
Perfojet, Didier Vulliet (à esquerda), e<br />
Frédéric Noëlle, Gerente de P&D, aparecem<br />
no laboratório do centro técnico na França<br />
mostrando as excelentes propriedades de<br />
um não-tecido hidroentrelaçado produzido<br />
no sistema neXline da empresa.<br />
NEGÓCIoS DA BIAX<br />
PARECEM<br />
PROMISSORES<br />
No início deste ano, a ANDRITZ adquiriu<br />
determinados ativos do insolvente grupo<br />
DMT, com sede em Salzburgo, na<br />
áustria e sua subsidiária na França. A<br />
empresa, atualmente ANDRITZ Biax, é<br />
um dos principais fabricantes mundiais<br />
de sistemas para a produção de filmes<br />
plásticos biaxialmente estirados (Biax).<br />
Esses filmes são usados em muitas aplicações:<br />
em particular, como material de<br />
embalagem no setor de alimentos.<br />
A ANDRITZ Biax fornece equipamentos<br />
e unidades turnkey para a produção de<br />
filmes plásticos com orientação biaxial de<br />
polipropileno, politereftalato de etileno,<br />
poliestireno e outros materiais.<br />
A linha de produção neXline da<br />
ANDRITZ Perfojet<br />
Essa “bobina-mãe” de filme estirado biaxialmente<br />
foi produzida em equipamentos<br />
agora vendidos pela ANDRITZ Biax. Os<br />
filmes têm diversas camadas e podem ser<br />
produzidos a partir de diferentes materiais<br />
para embalagens com várias espessuras e<br />
outras propriedades.
PP.s.21.port.0710<br />
Pensando na próxima geração:<br />
P-RC APMP<br />
Para você. O processo P-RC APMP*<br />
é uma tecnologia avançada para a<br />
produção de fibras químo-mecânicas<br />
de alta qualidade com custos operacionais<br />
menores. Ele economiza dinheiro<br />
e energia e, em algumas aplicações,<br />
aprimora as propriedades das fibras.<br />
* Pre-conditioning Refiner Chemical Alkaline Peroxide<br />
Mechanical Pulp<br />
www.andritz.com<br />
Para seus filhos e netos. Levamos<br />
bastante a sério nosso compromisso<br />
de fornecer tecnologias seguras, inclusive<br />
ambientalmente. Nossos sistemas<br />
P-RC APMP conservam recursos energéticos<br />
e de madeira – reduzindo as<br />
emissões de CO2 e contribuindo para<br />
a produção sustentável em sua comunidade.<br />
We accept the challenge!