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Gênero e Diversidade na Escola - Portal do Professor - Ministério da ...

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Dicas de filme<br />

Billy Elliot (Inglaterra, 2000) – um<br />

filme sobre um menino que enfrenta<br />

muitas dificul<strong>da</strong>des por ter o balé<br />

como sonho de vi<strong>da</strong>.<br />

Cartão vermelho (Brasil, 1994, 14<br />

min) – Fer<strong>na</strong>n<strong>da</strong> gosta de jogar<br />

futebol com os meninos e joga bem.<br />

Mas para essa “moleca” de 12 anos<br />

o apogeu de sua intimi<strong>da</strong>de com a<br />

bola é fazê-la voar reta, direta, até<br />

o saco <strong>do</strong>s meninos. Para assistir<br />

esse curta-metragem, acesse o site<br />

Porta Curtas Petrobras http://www.<br />

portacurtas.com.br/index.asp e clique<br />

no botão “Assista”, à esquer<strong>da</strong>.<br />

Aproveite para conhecer o acervo<br />

livre de curtas e <strong>do</strong>cumentários<br />

disponíveis no site!<br />

Acor<strong>da</strong> Raimun<strong>do</strong>... Acor<strong>da</strong>!<br />

(Brasil, de Alfre<strong>do</strong> Alves, Ibase,<br />

1990, 15 min) – E se as mulheres<br />

saíssem para o trabalho enquanto<br />

os homens cui<strong>da</strong>m <strong>do</strong>s afazeres <strong>do</strong>mésticos?<br />

Esta é a história de Marta<br />

e Raimun<strong>do</strong>, uma família operária,<br />

seus conflitos, a violência familiar e<br />

o machismo vivi<strong>do</strong>s em um mun<strong>do</strong><br />

onde tu<strong>do</strong> acontece ao contrário.<br />

plo, deve ser estimula<strong>do</strong> nos meninos que sejam carinhosos,<br />

cui<strong>da</strong><strong>do</strong>sos, gentis, sensíveis e expressem me<strong>do</strong> e <strong>do</strong>r.<br />

Quem disse que “homem não chora”? As meni<strong>na</strong>s, por sua<br />

vez, podem ser incentiva<strong>da</strong>s a praticar esportes, a gostar de<br />

carros e motos, a serem fortes (no senti<strong>do</strong> de terem garra,<br />

ga<strong>na</strong>), destemi<strong>da</strong>s, aguerri<strong>da</strong>s.<br />

Tal aprendiza<strong>do</strong> <strong>da</strong>s regras culturais nos constrói como<br />

pessoas, como homens ou mulheres. Se quisermos contribuir<br />

para um mun<strong>do</strong> justo em que haja eqüi<strong>da</strong>de de gênero,<br />

devemos estar atentos para não educarmos meninos e<br />

meni<strong>na</strong>s de maneiras radicalmente distintas.<br />

Devemos prestar atenção no quanto a socialização de gênero<br />

é insidiosa. Oferecer aos meninos e aos rapazes ape<strong>na</strong>s<br />

espa<strong>da</strong>s, armas, roupas de luta, adereços de guerra, carros,<br />

jogos eletrônicos que incitem à violência é facultar como<br />

único caminho para a sua socialização a agressivi<strong>da</strong>de, o<br />

uso <strong>do</strong> corpo como instrumento de luta, a supervalorização<br />

<strong>do</strong> gosto pela veloci<strong>da</strong>de e pela superação de limites.<br />

Ou ain<strong>da</strong>, de mo<strong>do</strong> mais sutil, oferecer ape<strong>na</strong>s aos meninos<br />

bola, bicicleta e skate, por exemplo, indica-lhes que o espaço<br />

público é deles, ao passo que <strong>da</strong>r às meni<strong>na</strong>s somente<br />

miniaturas de utensílios <strong>do</strong>mésticos (ferro de passar roupa,<br />

cozinha com panelinhas, bonecas, batedeira de bolo, máqui<strong>na</strong><br />

de lavar roupa etc.) é determi<strong>na</strong>r-lhes o espaço priva<strong>do</strong>,<br />

o espaço <strong>do</strong>méstico.<br />

Queremos dizer que nos jogos com bonecas, fogõezinhos,<br />

panelinhas e ferrinhos de passar as garotas, <strong>da</strong> infância à<br />

a<strong>do</strong>lescência, vão se familiarizan<strong>do</strong> com o trabalho <strong>do</strong>méstico,<br />

como se não houvesse alter<strong>na</strong>tiva às mulheres que não<br />

o interesse com o cui<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>do</strong> lar e de filhos/as.<br />

Observe <strong>na</strong> tabela 1 que o número de horas emprega<strong>da</strong>s pelas mulheres no cui<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>da</strong> casa<br />

é três vezes superior ao tempo que os homens dedicam às ativi<strong>da</strong>des <strong>do</strong> lar. E isto acontece<br />

1. Essa tabela ilustra o quanto o trabalho <strong>do</strong>méstico recai sobre as mulheres e foi extraí<strong>da</strong> <strong>do</strong> texto: “Tempo, trabalho e afazeres <strong>do</strong>mésticos: um estu<strong>do</strong><br />

com base <strong>na</strong> Pesquisa Nacio<strong>na</strong>l por Amostra de Domicílios de 2001 a 2005”, de Cristiane Soares e A<strong>na</strong> Lucia Saboia. Textos para Discussão, Diretoria de<br />

Pesquisas, 21. Coorde<strong>na</strong>ção de População e Indica<strong>do</strong>res Sociais, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rio de Janeiro, 2007.<br />

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