NUNO GONÇALVES - Otium Cum Dignitate
NUNO GONÇALVES - Otium Cum Dignitate
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Set. 2007<br />
catálogo bibliográfico<br />
<strong>NUNO</strong> <strong>GONÇALVES</strong><br />
<strong>NUNO</strong> <strong>GONÇALVES</strong><br />
catálogo<br />
bibliográfico<br />
Set.<br />
2007
<strong>NUNO</strong> <strong>GONÇALVES</strong>, Leiloeiro, Livreiro, Unipessoal, Lda<br />
Rua da Eurocerâmica, 27 E - Brejos de Azeitão<br />
2945-145 AZEITÃO (PORTUGAL)<br />
telf. + (351) 21 346 31 11; + (351) 21 346 84 41<br />
fax + (351) 21 346 31 11; + (351) 21 346 84 41<br />
e.mail nuno.goncalves.lda@gmail.com<br />
Condições Gerais<br />
1. Os preços dos lotes são os que constam no catálogo, são rigorosamente fixos,<br />
e têm uma validade de 180 dias;<br />
2. Os preços constantes neste catálogo dizem respeito aos exemplares<br />
descritos, pelo que não são válidos para qualquer outro exemplar<br />
2. As encomendas serão enviadas contra reembolso, salvo acordo em contrário,<br />
adicionando-se os custos de envio inerentes.<br />
3. Os preços incluem I.V.A à taxa legal de 5%.<br />
4. As encomendas deverão ser feitas por telefone, fax, carta ou correio electrónico<br />
dirigidas a Nuno Gonçalves.<br />
5. APÓS MARCAÇÃO PRÉVIA, os livros podem ser vistos ou levantados<br />
na Livraria A Nova Ecléctica, Livraria Alfarrabista, sita na Calçada do Combro,<br />
50, em Lisboa<br />
6. Todos os livros podem ser devolvidos por qualquer razão dentro de um<br />
prazo razoável.<br />
Critérios para a Organização do Catálogo<br />
i) Para a descrição bibliográfica usaram-se as Regras Portuguesas de Catalogação<br />
com ligeiras adaptações;<br />
ii) Para as obras impressas antes de 1800 pode ser apresentado o formato do<br />
caderno, bem como as assinaturas dos mesmos, antes da informação sobre o<br />
número de páginas e gravuras;<br />
iii) A não referência às capas de brochura presume a sua inexistência para<br />
obras publicadas antes de 1900 e a sua existência para as publicadas após aquela<br />
data.<br />
FAZEMOS AVALIAÇÕES,<br />
INVENTARIAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS<br />
ORGANIZAMOS LEILÕES<br />
COMPRAMOS LIVROS, GRAVURAS E<br />
MANUSCRITOS
ilustrações
Lote n.º 1 Lote n.º 4<br />
Lote n.º 9 Lote n.º 11
Lote n.º 12 Lote n.º 13<br />
Lote n.º 18 Lote n.º 19
Lote n.º 20 Lote n.º 21<br />
Lote n.º 22 Lote n.º 23
Lote n.º 25 Lote n.º 27<br />
Lote n.º 29 Lote n.º 30
Lote n.º 33<br />
Lote n.º 34 Lote n.º 35
Lote n.º 37 Lote n.º 41<br />
Lote n.º 43 Lote n.º 44
Lote n.º 46 Lote n.º 47<br />
Lote n.º 49 Lote n.º 51
Lote n.º 53 Lote n.º 56<br />
Lote n.º 58 Lote n.º 61
Lote n.º 65 Lote n.º 67<br />
Lote n.º 68 Lote n.º 69
Lote n.º 75 Lote n.º 77<br />
Lote n.º 79 Lote n.º 81
Lote n.º 82 Lote n.º 83<br />
Lote n.º 84 Lote n.º 92
Lote n.º 95 Lote n.º 96<br />
Lote n.º 97 Lote n.º 101
Lote n.º 102 Lote n.º 103<br />
Lote n.º 104 Lote n.º 105
Lote n.º 107 Lote n.º 111<br />
Lote n.º 114 Lote n.º 116
Lote n.º 125 Lote n.º 126<br />
Lote n.º 131 Lote n.º 133
Lote n.º 136 Lote n.º 137<br />
Lote n.º 142 Lote n.º 145
Lote n.º 146 Lote n.º 147<br />
Lote n.º 148
Lote n.º 149
catálogo
1 ÁGORA: Revista de Cultura Universitária. - Ano I, N.º 1, Dezembro, 1935 - Ano<br />
I, N.º 3, Fevereiro-Março, 1936 / Director José Leopoldo Lopes de Neiva. - Coimbra: Tip. da<br />
Atlantida, 1935-1936. - 3 v. em 1 v.; 250 mm. 80,00¤<br />
Encadernação inteira de percalina vermelha; conserva todas as capas de brochura; por abrir.<br />
Com a colaboração de Abílio Pereira da Silva, Agostinho de Campos, Amorim Girão, António<br />
Cruz, José M. Fonseca, José Neiva, Políbio Gomes dos Santos e Redondo Júnior. Raro.<br />
Completa. (Daniel Pires, I, 36)<br />
2 AGUIAR (Asdrubal António de). - O "Rei Formoso" e a "Flor de Altura". -<br />
Lisboa: Instituto de Medicina Legal de Lisboa, 1924. - [6], 206 pp., VI est., 53 quadros<br />
genealógicos: il.; 265 mm. 100,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele, conservando as capas de brochura; corte superior<br />
das folhas carminado. Trabalho que pretende estudar sob o ponto de vista médico-psicológico<br />
o rei D. Fernando e D. Leonor Teles. Curioso. Os quadros genealógicos são todos desdobráveis.<br />
Asdrubal António de Aguiar, natural de Lisboa, formou-se em Lisboa em 1912<br />
entrando nesse mesmo ano para o Instituto de Medicina Legal como assistente livre. Em 1913<br />
foi nomeado assistente da Faculdade de medicina e membro adjunto do Conselho Médico-<br />
Legal, em 1918 passou a ser chefe de serviço e adjunto do Instituto Médico-Legal, tornandose<br />
desde 1919 professor do curso de Medicina Legal. Verdadeiro apaixonado da especialidade<br />
médica, publicou variadíssimos estudos. Raro.<br />
3 ALMEIDA (António Lopes da Costa). - O PILOTO Instruido ou Compendio<br />
Theorico-Pratico de Pilotagem, que comprehende todas as Regras, e Soluções dos Problemas<br />
Necessarios, tanto para Navegar com Segurança, como para Satisfazer aos Exames Praticos,<br />
a que os Pilotos são Obrigados na Escola Polytechnica. - Terceira Edição, Correcta e<br />
Augmentada pelo Author. - Lisboa: Na Typographia de José Baptista Morando, 1845. - XVI,<br />
358, [2] pp., 3 est.: il.; 210 mm. 300,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira da época; ligeiramente aparado; de forma geral limpo.<br />
António Lopes da Costa Almeida (1784-1859) assentou praça na Armada, em que alcançou o<br />
posto de chefe-de-divisão, mas foi essencialmente um perito teórico da sua profissão. Sócio da<br />
Academia Real das Ciências, que mandou publicar várias das suas obras, entre as quais a pre-
Nuno Gonçalves, Leiloeiro, Livreiro, Unip., lda<br />
sente cuja primeira edição é de 1829 e a última, a 4.a, de 1851, sempre revistas pelo autor. Era<br />
vogal do Supremo Conselho de Justiça Militar, sócio do Instituto Histórico-Geográfico do<br />
Brasil e de outras corporações científicas, Comendador da Ordem de Cristo, etc. Raro e estimado.<br />
(Inoc., I, 187)<br />
4 ALTITUDE: Boletim de Literatura e Arte / direcção de Coriolano Ferreira,<br />
Fernando Namora, João José Cochofel e Joaquim Namorado. - N.º 1, Fev. de 1939 - n.º 2,<br />
Abril, 1939. - Coimbra: Tip. da Atlântida, 1939. - 2 n.ºs em 1 v.: il.; 360 mm. 250,00¤<br />
Encadernação inteira de percalina vermelha. Bom exemplar. De carácter marcadamente neorealista,<br />
encerra colaboração dos maiores expoentes deste movimento como Namora, Carlos de<br />
Oliveira, Manuel da Fonseca, Cochofel, etc. Manuel Antunes caracteriza assim o periódico:<br />
“Predomina a inspiração do humanitarismo sobre o egocentrismo e em vez de buscas e rebuscas<br />
ao próprio eu, oculto nas malhas inextricáveis do sub-consciente, estabelece-se matéria<br />
poetável, o amor pelos desgraçados e oprimidos, amor-solidariedade ao toque do clarim da<br />
revolta para suprimir tiranias e desigualdades sociais. Numa palavra, ao gosto pelo humano-psicológico-individual,<br />
sucede o gosto pelo humanitário-social. A novíssima escola nasce, pois,<br />
sob o signo de Marx, como as escolas do pós-guerra nasceram sob signo de Freud” (cit. de<br />
Daniel Pires, I, p. 62). Raro.<br />
5 AMORIM (Francisco Gomes de). - GARRETT: Memorias Biographicas. - Lisboa:<br />
Imprensa Nacional, 1881-1884. - 3 v.; 235 mm. 150,00¤<br />
Encadernações com lombada em pele da época; ligeiramente aparado. A mais completa e estimada<br />
biografia de Garrett até hoje publicada. Muito procurado.<br />
6 ANACREONTE. - LES ODES d'Anacréon, Téien / Traduites de Grec en Français<br />
par Remy Belleau [...]. - Paris: La Connaissance, 1928. - [12], X, 172, [6] pp.; 245 mm.<br />
120,00¤<br />
Exemplar que pertenceu à biblioteca de El Rei D. Manuel II, encadernada com lombada e cantos<br />
em chagrin; corte superior das folhas dourado. Bonita edição.<br />
7 ANTOLOGIA DE POESIA PORTUGUESA ERÓTICA E SATÍRICA: (dos<br />
Cancioneiros Medievais à Actualidade) / Selecção, prefácio e notas de Natália Correia,<br />
Ilustrações de Cruzeiro Seixas.. - Lisboa: Afrodite, [1966]. - 552 pp., 6 est.: il.; 195 mm.<br />
90,00¤<br />
Brochado; ligeira acidez. Primeira edição desta obra proibida pela censura do Estado Novo que<br />
reúne poemas portugueses eróticos e satíricos desde as cantigas de escarnho e mal dizer até aos<br />
poetas contemporâneos como Melo e Castro, Luís Pacheco, Herberto Helder, Dórdio<br />
Guimarães, António Ramos Rosa, entre muitos outros. Com as ilustrações de Cruzeiro Seixas<br />
que não foram incluídas nalguns exemplares. Muito procurado.<br />
8 AZEVEDO (Luís Marinho de). - FUNDAÇAÕ, ANTIGUIDADES, E<br />
GRANDEZAS DA MUI INSIGNE CIDADE DE LISBOA, e seus Varoens Illustres em<br />
Santidade, Armas, e Letras. Catalogo. de seus Prelados, e mais cousas Ecclesiasticas, e<br />
Politicas até o anno 1147. em que foi ganhada aos Mouros por El-Rey D.Affonso Henriques.<br />
[...]. - Lisboa: Na Officina de Manoel Soares, 1753. - 4.º; 2 v. em 1; [ ]4, [28]-170-[2]-118-<br />
[2] pp.; [2]-266 pp.; 210 mm. 300,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira da época um pouco cansada; acidez.; corte das folhas carminado.<br />
[Inoc., V, 303; XVI, 48] Luís Marinho de Azevedo, natural de Lisboa, foi Capitão e<br />
Comissário Militar e esteve bastante ligado à guerra da Restauração ao servir como Secretário<br />
do Conde de S. Lourenço, quando este comanda as tropas ao serviço de D. João IV no<br />
Alentejo. Esta sua obra, bastante estimada, teve como primeira edição a impressa na Oficina<br />
Craesbeeckiana, 1652. Segundo o que podemos ler no suplemento ao Dicionário Bibliográfico,<br />
existem duas edições impressas em 1753. Uma delas não tem indicação do impressor referindo<br />
apenas "impressa à custa de Luís de Moraes" possuindo uma dedicatória deste a D.José. A presente<br />
possui a mesma dedicatória, com o mesmíssimo texto, mas assinada por Manuel António<br />
Monteiro de Campos. As licenças da edição de Morais datam de Setembro de 1753 e a de<br />
Monteiro de Campos de Maio e Junho do mesmo ano, o que faz pressupor que a presente<br />
edição é a segunda, apesar de não conter menção ao facto, enquanto a de Morais é a terceira,<br />
possuindo, no entanto, a indicação de "Segunda edição correcta e emendada". Estimado.<br />
- 28 -
Catálogo Bibliográfico Setembro 2007<br />
9 AZEVEDO (Manuel de). - VITA del Taumaturgo Portoghese Sant'Antonio di<br />
Padova arricchita di nuove notizie, e critiche osservazioni tratte da Codici e Monumenti<br />
sicuri ignoti agli stessi più Classici, non che ad altri Autori delle cento e piu Vite del Santo<br />
lette dall'Autore [...]. - Seconda Edizione Riformata, Corretta, ed Accresciuta dallo Stesso<br />
Autore. - Bologna: per le Stampe di Lelio Dalla Volpe, 1790. - 4.º; *, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Iii//8,<br />
Kkk//2; VIII, 442, [2] pp., 3 gravs.: il.; 265 mm. 600,00¤<br />
Encadernação inteira de pergaminho da época; corte das folhas carminado; alguma acidez. O<br />
Padre Manuel de Azevedo (1713-1796), sacerdote e escritor reputado, nasce em Coimbra,<br />
entrou para a Companhia de Jesus em 1723 e em 1733 foi para Roma, onde conquistou a confiança<br />
de Bento XIV, que o encarregou de vários importantes trabalhos literários e o fez eleger<br />
sócio da Academia Litúrgica e nomeou consultor da Sagrada Congregação dos Ritos. Regera<br />
antes em Portugal a cadeira de Gramática do colégio de Santo Antão em Lisboa, onde compôs<br />
um drama em latim ao gosto da época. Regeu Retórica no Colégio de Évora. Editou a suas<br />
expensas várias obras, entre as quais as de Bento XIV. Morreu em Palência, sem ter cumprido<br />
todos os seus desígnios literários. Esta sua obra é um dos mais notáveis trabalhos sobre Santo<br />
António, tendo sido publicada pela primeira vez em Veneza, 1788, da qual esta é a segunda<br />
edição, acrescentada de três estampas. Muito raro e procurado. (GEPB; Inoc., V, 369)<br />
10 BANDEIRA (Marquês de Sá da). - MEMÓRIA sobre as Fortificações de Lisboa.<br />
- Lisboa: Imprensa Nacional, 1866. - [8], 114 pp., 230 mm. 35,00¤<br />
Brochado; ligeira acidez. Memória sobre a política de defesa de Lisboa, com a narração histórica<br />
do que tem ocorrido àcerca das fortificações da capital desde que, em 1857, o plano das mesmas<br />
foi mandado fazer pelo Governo. Raro.<br />
11 BARBUO (Scipion). - SOMMARIO delle Vite de Duchi di Milano, cosi Visconti,<br />
come Sfrozeschi / raccolto da diversi auttori da M. Scipion Barbuo. - In Venetia: Apresso<br />
Francesco Ziletti, 1574. - 4.º; [ ]//2, A-D//4; [2], 16 ff.: il.; 270 mm. 225,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira do século XVIII em bom estado de conservação; ex-libris a<br />
óleo de Vieira Pinto; restauros em todas as folhas no canto inferior direito, com prejuízo de<br />
algum texto e gravuras. Pequeno resumo biográfico dos Duques de Milão, ilustrado com<br />
retratos dos biografos com gravras de página inteira abertas em madeira. Muito raro.<br />
12 BARTLETT (W.H.). - LA SUISSE Pittoresque, Ornée de Vues Dessinées<br />
Spécialement pour cet Ouvrage / par [...] / Traduit de l'Anglais par L. Bauclas. - Londres:<br />
Georges Virtue, 1836. - 2 v. em 1: il.; 285 mm. 150,00¤<br />
Encadernação inteira de chegrin, ricamente decorada a ouro nas pastas e lombada; corte das<br />
folhas dourado. Livro de viagens dedicado à Suiça, profusamente ilustrado àparte.<br />
13 BEAURIEN (Gaspard de Guillard de). - ABRÉGÉ de L'Histoire des Insectes,<br />
dédié aux jeunes personnes / par l'auteur du Cours d'Histoire. - A Paris: Chez C.J.<br />
Panckoucke, 1764. - 12.º; 2 v.; [10], XC, 470, [2] pp.; [4], 484, [6] pp.; 7 gravs.: il.; 170 mm.<br />
350,00¤<br />
Encadernações inteiras de carneira da época um pouco cansadas; folhas de texto limpos, assim<br />
como as gravuras; corte das folhas pintado. Colecção completa desta obra dedicada aos<br />
Insectos, ilustrada com um total de 7 gravuras com 32 figuras abertas a talhe doce, desdobráveis.<br />
Raro.<br />
14 BECKFORD (William). - EXCURSION a Alcobaça et Batalha: texte de l'édition<br />
originale / traduction, introduction et notes par Andre Parreaux; préface de Guy Chapman.<br />
- Lisboa: Livraria Bertrand, 1956. - LII, 294, [6] pp., 23 est.: il.; 225 mm. 60,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele, conserva as capas de brochura; apenas ligeiramente<br />
aparado à cabeça. Nova edição deste estimado texto de Beckford, publicado no original<br />
e na tradução francesa. Ilustrado com a reprodução das estampas originais e um retrato do<br />
autor. Invulgar.<br />
15 BOAVENTURA (Jorge). - ÓCULOS e Lunetas: Alguns Dados Colhidos para a<br />
História da sua Introdução e Desenvolvimento na Europa e nos Estados Unidos da América<br />
/ prefácio do Ex.mo Sr. Dr. Costa Santos. - Lisboa: Livraria Central, 1925. - 24 pp.: il.; 220<br />
mm. 40,00¤<br />
- 29 -
Nuno Gonçalves, Leiloeiro, Livreiro, Unip., lda<br />
Encadernação em percalina verde decorada com títulos a ouro na pasta anterior; conserva a<br />
capa de brochura. Curioso folheto sobre a história da utilização de óculos e lunetas. Ilustrado<br />
no texto. Raro.<br />
16 BOSSIO (Fr. Francisco de Paula). - VIDA Prodigioza e Portentozos Milagres do<br />
Glorioso Thaumaturgo S. Francisco de Paula, Fundador da Ordem dos Minimos [...]. -<br />
Lisboa: Na Officina de Antonio Rodrigues Galhardo, 1779. - 8.º; *//8, **//4, ***//2, A-Z,<br />
Aa-Oo//8, Pp//6, Qq-Ss//4; 1 ret., [16], XII, 614 pp., 1 ff.; 200 mm. 80,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira da época ligeiramente cansada; corte das folhas carminado;<br />
pequena mancha no final do volume. Bom exemplar. Obra póstuma, saída do prelo pelas mãos<br />
do seu confrade Fr. Tomás de Aquino. Fr. Francisco de Paula Bossio, natural de Espanha, veio<br />
para Portugal em 1744 com o carácter de Vigário Provincial da sua Ordem. S. Francisco de<br />
Paula, sobre quem fala a obra, nasceu em Paula em 1436, falecendo em Plesis lez Tours em<br />
1507. Durante um curto período da juventude viveu entre os Frades Menores mas deixou-os<br />
para ir viver como eremita numa caverna junto ao mar perto da sua terra natal. Com a passagem<br />
do tempo, outros juntaram-se-lhe, criou-se uma casa de religiosos regulares e a comunidade<br />
transformou-se numa ordem de frades, chamada Mínimos. A sua regra de vida era notoriamente<br />
austera e o seu fundador tornou-se conhecido pelos seus poderes espirituais, especialmente<br />
o dom da leitura de pensamentos. A sua reputação espalhou-se pela França e em 1482<br />
foi convocado a Plessis-lez-Tours para socorrer o rei Luís XI que enfrentava a morte num estado<br />
de terror supersticioso. Francisco viveu em França até ao fim da vida, fundando a sua ordem<br />
em Plesis, Amoise, Paris e outros locais, com a ajuda de Carlos VIII, filho de Luís.<br />
17 BOURGEOIS (Mr.). - VIGNOLE (EL) de los Arquitectos y Carpinteros: Util a los<br />
Ingenieros, Ayudantes de Caminos, Maestros de Obras, Aparejadores, Sobrestantes,<br />
Albaniles, Ebanistas, Fundidores de Hierro, Empresarios de Obras Publicas y Directores de<br />
Caminos. - 4.ª ed. / traducido libremente al Español por G.B.C.. - Valladolid: Imprenta de<br />
Maldonado y Compania, 1866. - 12 pp., 39 est.: il.; 300 mm. 150,00¤<br />
Cartonado, conservando a capa de brochura anterior. Bom exemplar. Curiosa edição sobre a<br />
carpintaria aplicada à construção. Profusamente ilustrado. Invulgar.<br />
18 BOURGOING (Jean François), edit. - VOYAGE du Duc du Chatelet, en<br />
Portugal, ou se trouvent des détails intéressans sur ce Rayaume, ser Habians, ses Colonies,<br />
sur la Cour et M. de Pombal, sur le Tremblement de terre de Lisbonne, etc. Revu, corrigé sur<br />
le manuscrit, et augmenté de Notes sur la situation actuelle de ce Rayaume et de ser Colonies<br />
[...]. - Seconde Edition. - A Paris: Chez F. Buisson, 1801. - 8.º; 2 v.: il.; 205 mm. 350,00¤<br />
Encadernação da época inteira de carneira, ligeiramente cansada nas lombadas; ligeira acidez.<br />
Segunda edição. Uma das mais importantes obras de estrangeiros sobre Portugal. O seu editor,<br />
Jean François, Barão de Bourgoing, escreve-nos na Introdução: «Faltava, pois, mostrar ainda<br />
Portugal debaixo de diversas faces, descrever suas províncias da Europa, e suas colónias, costumes,<br />
habitantes, população, progressos nas ciências e artes, sua política, etc. e o duque de<br />
Chatelet, cuja obra publicamos, achou-se no caso de poder desempenhar esta tarefa. Consultou<br />
as pessoas mais intruídas do país percorrido por ele com maior cuidado, que pelo trivial dos viajantes.»<br />
(trad. de Bernardes Branco, Portugal e os Estrangeiros, v.I, 154). A obra vem ilustrada<br />
com dois mapas desdobráveis de grande qualidade. Raro.<br />
19 BRISSON (Mathurin Jacques). - PESANTEUR Spécifique des Corps. Ouvrage<br />
utile à l'Histoire Naturelle, à la Physique, aux Arts & au Commerce. - A Paris: de<br />
L'Imprimerie Royale, 1787. - [ ]//2, a-c, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Nnn//4, Ooo//2; [4, 2 br.]-XXIV-<br />
454-XX-[2] pp., 2 est.: il.; 260 mm. (4.º). 300,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira da época; lombada com ligeiras perdas no pé e cabeça; corte<br />
das folhas carminado; alguma acidez. Discípulo de R.A.F. Reaumur, Mathurin Jacques Brisson<br />
(1723-1806) abandonou os estudos de História Natural após a morte do mestre, dedicando-se<br />
aos estudos de Filosofia Natural, disciplina de que foi professor, primeiro em Navarra e depois<br />
em Paris, sendo esta o seu principal estudo sobre a matéria. Ilustrado com duas gravuras contendo<br />
36 figuras de várias pedras preciosas lapidadas. Raro e curioso.<br />
20 BURNETT (William Hickling). - VIEWS of Cintra. - London: Josh. Dickinson,<br />
s.d. - [2] pp., 14 est.: il.; 500 mm. 5.000,00¤<br />
- 30 -
Catálogo Bibliográfico Setembro 2007<br />
Bonito exemplar, conservando as capas de brochura; encadernado em inteira de marroquim,<br />
ricamente decorado com ferros a ouro nas pastas, lombadas e seixas em caixa própria; ex-libris<br />
da Casa Marialva. É um dos mais bonitos livros ilustrados sobre Portugal alguma vez publicados.<br />
Composto por 14 gravuras coloridas com os seguintes títulos: I. Cintra; II. Cintra from<br />
East; III. The Market Place; IV. Entrance of Cintra; V. The Convent of the Penha Longa; VI.<br />
The Convent of N.S. da Penna; VII. General View of Cintra; VIII. Cintra from the West; IX.<br />
The Cork Convent; X. Apart of the Palace; XI. An Old Chapel of the Moorish Castle; XII.<br />
The Curch of Cintra; XIII. A Distant View of the Penna Convent; XIV. Entrance to the Penna.<br />
RARÍSSIMO.<br />
21 CAMÕES (Luís de). - OS LUSIADAS de Luís de Camões. - Edição Critica-<br />
Commemorativa do Terceiro Centenario da Morte do Grande Poeta / publicada no Porto por<br />
Emilio Biel. - Leipzig: Typographia Giesecke & Devrient, 1880. - [4], LVI, 376, XCII pp., 34<br />
gravs.: il.; 395 mm. 1.400,00¤<br />
Soberba encadernação editorial em pele, ricamente decorada nas pastas com embutidos, trabalhos<br />
a ouro e de relevo e ferros decorativos a seco e títulos a ouro na lombada; corte das folhas<br />
dourado e cinzelado. Uma das mais interessantes e belas edições do nosso poema maior,<br />
ricamente impressa em papel superior, ornada com belíssimas gravuras, a cores as que abrem<br />
cada um dos cantos, mandada publicar por Emílio Biel, conhecido por ser um dos introdutores<br />
da fotografia em Portugal. Nascido em Armaberg, Alemanha, veio para o Porto em 1860 fundando<br />
uma notável oficina litográfica. Além desta espantosa e monumental edição, ficou também<br />
conhecido pela publicação da obra Arte e Natureza em Portugal. Ao aparato gráfico, acrescenta<br />
interesse a esta edição a introdução de José Gomes Monteiro, também responsável pelas<br />
notas com Barreto Feio, assim como um Apêndice contendo uma tabela comparativa das variantes<br />
das duas edições de 1572 e um texto intitulado Camões e Os Lusíadas da responsabilidade<br />
de Mendes Leal. Raro e estimado.<br />
22 CAMÕES (Luís de). - RIMAS Varias de Luis de Camoens [...] / Commentadas por<br />
Manuel de Faria y Sousa. - Lisboa: En la Imprenta de Theotonio Damaso de Mello, 1685-<br />
1689. - 4.º; 2 v.; [ ]//4, +//, †, -//4, //2, //1, A-Z, Aa-Xx//4, Yy//2: [46], 356<br />
pp.; [ ]//2, A-Z, Aa-Cc, A-Z, Aa-Tt//4, Vv//2: [4], 208. 340 pp.; 305 mm. 1.500,00¤<br />
Encadernações com lombada em chagrin azul; corte das folhas carminado; ligeiras manchas de<br />
humidade, por vezes quase imperceptíveis. Importante e MUITO RARA edição das Rimas de<br />
Luís de Camões comentadas por Manuel de Faria e Sousa. Nas folhas preliminares do primeiro<br />
volume encontra-se a vida do Poeta, escrita pela segunda vez pelo comentador, que, segundo<br />
José do Canto, fixou duas datas importantes, a da embarcação de Camões para a Índia e, indirectamente,<br />
a do seu nascimento. Segundo Inocêncio, a impressão destes Comentários ficaram<br />
interrompidas, ficando-se pela écloga VIII, presumindo-se a existência do manuscrito das<br />
restantes, mas que nunca chegaram a ser publicados. "Qualquer que seja a opinião sobre os<br />
Comentários de Faria e Sousa, serão sempre um vasto repositório de todo o género de notícias<br />
e erudição" (José do Canto). (Inocêncio, V, 258; Samodães, 534; José do Canto, 41-42)<br />
23 CARNEIRO (Mário de Sá). - PRINCÍPIO: Novelas Originais. - Lisboa: Livraria<br />
Ferreira, 1912. - 348 pp.; 205 mm. 1.000,00¤<br />
Encadernação com lombada em chagrin; apenas ligeiramente aparado e carminado à cabeça;<br />
conserva as capas de brochura; assinatura de posse no frontispício. PRIMEIRA EDIÇÃO deste<br />
livro de novelas de uma das figuras de maior relevo da sua geração, mas apenas conhecido<br />
depois da sua morte, muito por culpa do seu amigo Fernando Pessoa, companheiro da aventura<br />
órfica. Composto por quatro novelas - Loucura, O Sexto Sentido, Diários, O Incesto -<br />
Princípio, o seu primeiro trabalho individual publicado em livro, é já característico de toda a<br />
sua obra literária e epistolográfica. “Génio na arte, não teve Sá Carneiro nem alegria nem felicidade<br />
nesta vida”, deixou Pessoa escrito sobre o seu amigo. A busca de um absoluto inalcansável<br />
marca toda a sua obra, sendo também, porventura, um dos motivos profundos do seu suícidio,<br />
que é aludido em contos, poemas e cartas enviadas a Fernando Pessoa, mostrando como<br />
o “mal de vivre” cedo se lhe instalou na alma. Como tem sido sublinhado em diversos estudos,<br />
toda a obra é uma encenação de suicídio e a ele o conduz e novelas como O Incesto onde as<br />
personagens são sombras ou reencarnações de outras como forma de amplificação do eu até à<br />
sua anulação, ou Loucura, onde precisamente esse estado mental do artista, ser singular e<br />
genial, mata ou se mata por causa da sua sede de Absoluto, são expressões claras do que irá ser<br />
toda a obra do poeta. (Biblos, 4, c. 1037)<br />
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Nuno Gonçalves, Leiloeiro, Livreiro, Unip., lda<br />
24 CARVALHO (Francisco Augusto Martins de). - DICCIONARIO BIBLIO-<br />
GRAPHICO MILITAR PORTUGUEZ. - Lisboa: Imprensa Nacional, 1891. - 332 pp.; 255<br />
mm. 80,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado; ex-libris de Caeiro da<br />
Mata. Importante estudo bio-bibliográfico sobre as publicações portuguesas relacionadas com<br />
a história militar, expostas na forma do Dicionário Bibliográfico de Inocêncio. Raro e importante.<br />
25 CASTRO (Joaquim Machado de). - DISCURSO SOBRE AS UTILIDADES DO<br />
DESENHO, Dedicado á Rainha N. Senhora / por seu author Joaquim Machado de Castro<br />
[...] Recitado pelo mesmo Professor na Casa Pia do Castelo de S. Jorge de Lisboa Na presença<br />
da maior parte da Corte, e Nobreza, em 24 de Dezembro de 1787: dia oitavo daquelle em que<br />
faz Annos Sua Magestade Fidelissima. - Segunda Impressão Correcta e Retocada. - Lisboa:<br />
Na Offic. da Academia R. das Sciencias, 1818. - [8], XII, 70 pp.; 185 mm. 200,00¤<br />
Brochado; limpo. Segunda edição deste texto do grande escultor Machado de Castro sobre a<br />
utilidade de uma aula de Desenho nas escolas da Casa Pia fundada por Pina Manique. Raro folheto.<br />
26 CASTRO (Julio de Melo de). - HISTORIA Panegyrica da Vida de Dinis de Mello<br />
de Castro, Primeiro Conde das Galveas [...]. - Lisboa: À custa de Luiz Moraes Mercador de<br />
Livros, 1752. - 4.º; [ ], §-§§§§, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Iii//4; [40], 440 pp.; 210 mm. 300,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira da época ligeiramente cansada; corte das folhas carminado;<br />
apenas com ligeira acidez nos últimos fólios. Dinis de Melo de Castro, 1.º Conde das Galveias<br />
(1624-1709), logo com 16 anos se juntou às forças de D. João IV sob as ordens do Conde de<br />
Vimioso. Ferido 22 vezes em combate, tomou parte nas batalhas do Montijo, do forte de S.<br />
Miguel, e das Linhas de Elvas, Ameixial e Montes Claros, subindo toda a escala das promoções<br />
de soldado até general-de-batalha. No combate pelo forte de S. Miguel foi ferido sete vezes, foilhe<br />
morto o cavalo e levado como prisioneiro na direcção de Badajoz, até que os seus soldados<br />
conseguiram resgatá-lo já quase junto aos muros da cidade espanhola. Recuperado dos ferimentos<br />
e incorporado no exército do Conde de Cantanhede, teve ocasião de se cobrir de glória na<br />
batalha das Linhas de Elvas. Em 1662 foi governador do Alentejo por duas vezes. Quando foi<br />
substituído neste cargo pelo Conde de Vila Flor, voltou ao serviço de campanha como general<br />
de cavalaria. Quando Évora foi atacada e ocupada por D. João de Áustria, voltou novamente<br />
a dar provas da sua competência e bravura, especialmente na batalha do Ameixial. Em 1663<br />
foi mais uma vez governador do Alentejo e em 1665 comandou a Cavalaria na batalha de<br />
Montes Claros. D. Pedro II, em reconhecimento dos seus méritos, nomeou-o conselheiro de<br />
Estado e da Guerra. Quando este soberano tomou partido na Guerra da Sucessão de Espanha,<br />
já o Conde estava em idade avançada, mas ainda assim, em 1705, como governador das Armas<br />
do Alentejo, invadiu Espanha e tomou Valência de Alcântara e Albuquerque. Era comendador<br />
de Santa Marta de Lordelo, de Santa Maria de Torredeita e outras. A obra, escrita por seu<br />
sobrinho, é por isso importante para a história da Guerra da Restauração e vem ilustrada com<br />
um retrato do biografado. Raro e estimado.<br />
27 COELHO (José Maria Latino). - HISTÓRIA Política e Militar de Portugal desde<br />
os fins do XVIII século até 1814. - Lisboa: Imprensa Nacional, 1874-1891. - 3 v.: il.; 235 mm.<br />
400,00¤<br />
Encadernações uniformes com lombada e cantos em pele grená com as lombadas decoradas<br />
com ferros a seco e a ouro e títulos a ouro; corte superior das folhas carminado; limpo. Bom<br />
exemplar. PRIMEIRA EDIÇÃO. José Maria Latino Coelho (1825-1891), oficial do Exército,<br />
professor e político, natural de Lisboa, foi obrigado a ir para Espanha em virtude dos ideiais liberais<br />
de seu Pai, só regressando em 1834. Concluidos os estudos preparatórios, ingressou na<br />
Escola Politécnica em 1839, de onde passou para o Exército cursando Engenharia Militar.<br />
Assentou praça em Infantaria em 1843, sendo pouco depois nomeado alferes-aluno do mesmo<br />
regimento, tendo a partir daí uma brilhante carreira militar passado a alferes em 1848, tenente<br />
em 1851, capitão em 1864, major em 1868, tenente-coronel em 1877, coronel a 1878 e a general<br />
de brigada em 1888. Em 1851 foi nomeado lente substituto da cadeira de Mineralogia e<br />
Geologia na Escola Politécnica. Filiado no partido Regenerador, foi eleito deputado por Lisboa<br />
nas eleições suplementares de 1854, fazendo o seu primeiro discurso parlamentar a 28 de Março<br />
de 1855. Tornou a ser deputado nas gerais de 1856 a 1860. Na “Revolução de Setembro” publicou<br />
vários artigos sobre as questões que agitavam a Europa e sobre a evolução da doutrina<br />
democrática, passando depois a colaborar mais activamente nesse jornal. Em 1851 fundou “A<br />
Semana”, semanário literário colaborado pelos principais escritores da época. De entre os livros<br />
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Catálogo Bibliográfico Setembro 2007<br />
mais notáveis de Latino Coelho conta-se esta História Política e Militar de Portugal que se ocupa<br />
da Guerra Peninsular e vem ilustrado com três mapas e cartas militares no fim do terceiro volume.<br />
Raro e estimado.<br />
28 COLAÇO (Branca de Gonta) & ARCHER (Maria). - MEMÓRIAS da Linha de<br />
Cascais. - Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1943. - 370, [2] pp.; 190 mm. 80,00¤<br />
Encadernação inteira de percalina; conserva as capas de brochura; ligeiramente aparado à<br />
cabeça. Primeira edição desta procurada monografia dedicada à linha de caminhos de ferro de<br />
Cascais e as povoações que serve. Raro.<br />
29 CONSTITUIÇOENS do Arcebispado de Evora, Originalmente feitas por Mandado<br />
do Ill.mo e R.mo Senhor D. João de Mello, Novamente impressas por Ordem do Ex.mo e<br />
R.mo Senhor D. Fr. Miguel de Tavora. - Évora: Na Officina da Universidade, 1753. - 4.º; [<br />
]//2, -//4, A//6, B-Z//4,§//2, Aa-Zz, Aaa-Nnn//4; [20], 284, [4] pp.; 295 mm. 500,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira da época, ligeiramente cansada no topo da lombada; casas<br />
fechadas a ouro; corte das folhas carminado; pequeno corte de traça na margem superior<br />
afectando os títulos dos primeiros fólios, sem prejuízo da leitura; pequena mancha de humidade<br />
marginal nos últimos fólios. Bom estado geral. D. João de Melo e Castro, natural de Vila Viçosa,<br />
doutorou-se em Canones na Universidade de Salamanca, desembargador de Évora no tempo<br />
do bispo-cardeal D. Afonso, cónego de Cabo Verde. Foi eleito para o conselho Geral do Santo<br />
Ofício em 1536 e substituto do inquisidor-mor, também desembargador da Casa da Suplicação.<br />
Escolhido para bispo de Silves, foi confirmado em 1549, reunindo sínodo seis anos depois onde<br />
se aprovaram as Constituições Diocesanas. No ano seguinte esteve presente no importante<br />
Concílio de Trento. O cardeal-infante D. Henrique nomeou-o seu coadjutor, provisor e vigário<br />
geral no arcebispado de Évora, e tendo transferido para Lisboa, em 1564, renunciou a seu favor,<br />
tendo reunido o Sínodo para reformar e actualizar as Constituições. As Constituições de Évora<br />
foram pela primeira vez publicadas por diligência do Cardeal D. Afonso e impressas em Lisboa,<br />
1534, de que Inocêncio não conheceu exemplar, mas que se encontra descrito em Samodães,<br />
853. Logo depois, e já por deligências de D. João de Melo foram reimpressas em Lisboa, por<br />
André de Burgos, 1565. Por fim, e já espelhando as reformas e actualizações do Sínodo convocado<br />
pelo Arcebispo, a de 1622, da qual a presente é uma reimpressão, acrescentada com os<br />
“Regimentos do Auditório Eclesiastico do Arcebispado de Evora e da sua Relações e<br />
Consultas”. Raro. (GEPB; Samodães, 855; Inoc., II, 101; IX, 88)<br />
30 CONSTITUIÇÕES Synodaes do Arcebispado de Lisboa, novamente feitas em<br />
Synodo Diocesano, que celebrou na Sé Metropolitana de Lisboa o Illustrissimo, e<br />
Reverendissimo Senhor D. Rodrigo da Cunha [...]; Concordadas com o Sagrado Concilio<br />
Tridentino, e com o Direito Canonico, e com as Constituiçoens Antigas, e Extravagantes<br />
primeiras, e segundas deste Arcebispado; Accrescentadas nesta segunda impressão com hum<br />
copioso Repertorio. - Lisboa Oriental: Na Officina de Filippe de Sousa Villela, 1737. - 6.º;<br />
§//2, §§//1, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Bbb//6, Ccc//2, Ddd-Mmm//4, Nnn//6; [6], 666 pp.; 300 mm.<br />
500,00¤<br />
Encadernação inteira de chagrin decorada com cercadura e representação da caravela com corvos<br />
nas pastas, assim como casas fechadas, títulos e as mesmas caravelas na lombada, tudo a<br />
ouro; corte das folhas carminado; ocasionais manchas de humidade, nomeadamente no final<br />
do volume; bom exemplar. Última das edições das Constituições do Arcebispado de Lisboa, publicadas<br />
pela primeira vez em Lisboa, Germão Galharde, 1537. Em 1565 foram impressas as<br />
Constiuições Extravagantes mandadas imprimir pelo Cardeal D. Henrique, então Arcebispo de<br />
Lisboa. Desta se fez nova edição em 1569, seguida de outra, impressa por Belchior Rodrigues,<br />
em 1588, contendo as Constituições propriamente ditas, assim como as Extravagantes. Já no<br />
século XVII foi impressa nova edição por Paulo Craesbeeck em 1646 e 1656, esta última acrescentada<br />
de um Repertório organizado por Jorge Serrão. Por fim, a presente. As edições do século<br />
XVII, nas quais se baseia a do século XVIII, foi mandada imprimir por D. Rodrigo da Cunha,<br />
um dos mais enérgicos e entusiastas defensores da independência portuguesa quando da subida<br />
ao trono de Filipe II. Depois de um percurso eclesiástico onde ocupou as mitras do Porto e<br />
Braga, foi nomeado arcebispo de Lisboa, cargo que havia recusado a D. Filipe III, por Filipe IV,<br />
quando a cadeira arcebispal ficou vaga por morte de D. João Manuel em 1635, entrando D.<br />
Rodrigo na diocese no ano seguinte. Tentando o governo espanhol reduzir Portugal à condição<br />
administrativa e política de província de Espanha, chamou à corte de Madrid várias personalidades<br />
para serem ouvidas sobre o assunto. Entre as primeiras foi chamado D. Rodrigo da<br />
Cunha, demonstrando fortíssima oposição à intenção. Ao regressar a Lisboa em 1639 foi D.<br />
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Nuno Gonçalves, Leiloeiro, Livreiro, Unip., lda<br />
Rodrigo recebido em apoteose pelo povo, fazendo-lhe grande recepção nas portas de Santo<br />
Antão. Em 30 de Maio de 1639 celebrou D. Rodrigo um sínodo diocesano em que se estabeleceram<br />
as Constituições, impressas depois por Paulo Craesbeeck e das quais a presente é uma<br />
reimpressão. Raro. (GEPB, 269; Inoc., II, 104)<br />
31 COSTA (Américo). - DICCIONARIO Chorographico de Portugal Continental e<br />
Insular / com um prefácio do Dr. José Joaquim Nunes. - Porto: Tipografia do Dicionário<br />
Corográfico, 1929-1949. - 12 v.: il.; 230 mm. 1.000,00¤<br />
Encadernação editorial com lombada em pele em perfeito estado de conservação. É, ainda<br />
hoje, o mais actualizado Dicionário Corográfico português. Américo Costa (1895-1937), de<br />
nome completo Américo Aguiar da Costa Brandão, natural do Porto, exerceu durante algum<br />
tempo a profissão comercial, com um escritório de comissões, que abandonou para se consagrar<br />
inteiramente à compilação de elementos para esta sua obra que se publicou em fascículos a partir<br />
de 1929. Muito raro.<br />
32 COUTINHO (António Xavier Pereira). - A FLORA DE PORTUGAL (Plantas<br />
Vasculares): Disposta em Chaves Dichotomicas. - Lisboa: Aillaud, Alves & C.ª, 1913. - 766-<br />
[8] pp.; 250 mm. 125,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele; conserva as capas de brochura. Com o suplemento<br />
que raramente aparece. Tratado sobre a flora existente em Portugal. O autor foi professor<br />
de Botânica da Universidade de Lisboa e Director do Jardim Botânico de Lisboa.<br />
Encadernação inteira de pele marmoreada da época.<br />
33 D. FERNANDO. - [Inventário dos Bens de El-Rei D. Fernando]. - 100 ff., s.XIX. -<br />
Parte de cópia do Inventário dos bens de D. Fernando, tendo sido a inventariante a Condessa<br />
de Edla, com quem D. Fernando tinha contraído matrimónio em segundas núpcias. D.<br />
Fernando deixou tudo quanto podia ter deixado a sua segunda mulher, incluindo o Palácio<br />
da Pena, tendo D. Luís sido forçado a negociar a compra da propriedade à Condessa assim<br />
que conheceu as disposições testamentárias de seu Pai. O documento inclui o juramento de<br />
inventariante pela Condessa de Edla, assim como o Testamento de D. Fernando.<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele recente. 400,00¤<br />
34 DEFINIÇÕES, E ESTATUTOS DOS CAVALLEIROS, E FREIRES DA ORDEM<br />
DE NOSSO SENHOR JESUS CHRISTO, Com a Historia da Origem, e Principio della, [...].<br />
- Lisboa: Na Officina de Miguel Manescal da Costa, 1746. - [ ]2, a-g4, A-Z4, Aa4, Bb2; [60]-<br />
194-[2] pp., 4 est.: il.; 290 mm. (4.º). 400,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira da época em bom estado de conservação; corte das folhas<br />
carminado; limpo. [Inocêncio, II, p. 132] Quarta edição destes estatutos de uma das mais<br />
importantes Ordens Militares portuguesas, ilustrada com quatro estampas impressas a vermelho<br />
das várias cruzes usadas pelos noviços e professos nas roupetas e capas.Antes dos Estatutos<br />
propriamente ditos, a obra inclui vários documentos de constituição e organização da Ordem.<br />
Na primeira parte dos Estatutos vêm capítulos sobre a formação da Ordem, dos Mestres e sobre<br />
o Convento de Tomar como cabeça da Ordem. Estimado e raro.<br />
35 DENIS (M. Ferdinand). - PORTUGAL. - Paris: Firmin Didot Frères, 1846. - [4]-<br />
440 pp., 32 est.: il.; 220 mm. - (L'Univers, ou Histoire et Description de tous les Peuples, de<br />
Leurs Religions, Moeurs, Costumes, etc.). 300,00¤<br />
Exemplar em Brochura, conservando ambas as capas de brochura em bom estado de conservação.<br />
Invulgar nestas condições. Primeira edição deste estrangeiro sobre Portugal, um dos<br />
mais estimados, ilustrado com 32 estampas impressas à parte representando personalidades,<br />
acontecimentos e paisagens portuguesas. Ferdinand Denis, (1798-1890), escritor francês, passou<br />
por Portugal na viagem de regresso da América do Sul, estudando a nossa literatura, em<br />
1821, deixando várias obras escritas sobre Portugal e Brasil. Raro e procurado.<br />
36 DIAS (Aida Sousa) & MACHADO (Rogério). - A CERÂMICA DE RAFAEL<br />
BORDALO PINHEIRO / fotografias Estúdio Homem Cardoso por Francisco de Almeida<br />
Dias. - Porto: Lello & Irmão, 1987. - 222-[2] pp.: il.; 305 mm. 140,00¤<br />
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Catálogo Bibliográfico Setembro 2007<br />
Encadernação editorial com sobrecapa colorida em estojo revestido a tela. Exemplar como<br />
novo. Emsaio sobre as actividades cerâmicas de Rafael Bordalo Pinheiro, fundador da Fábrica<br />
de Faianças das Caldas. Importante para todos quantos se dedicam a coleccionar estas preciosas<br />
peças. Muito estimado.<br />
37 DOM DUARTE. - LEAL CONSELHEIRO E LIVRO DA ENSINANÇA DE BEM<br />
CAVALGAR TODA SELLA / Escritos pelo Senhor [...] fielmente copiados do manuscrito<br />
da Biblioteca Real de Paris. - Lisboa: na Typographia Rollandiana, 1843. - VIII-[2]-336-118-<br />
[2] pp.; 230 mm. 700,00¤<br />
Encadernação com lombada em pele, cansada; corte superior das folhas carminado. Apesar de<br />
a primeira edição ter saído dos prelos parisienses em 1842, segundo nos informa Inocêncio,<br />
Rolland estaria a trabalhar na sua edição ao mesmo tempo, mas que, por circunstâncias várias<br />
só saiu um ano depois. Enquanto a edição francesa teve por base o manuscrito original, Rolland<br />
serviu-se de uma cópia facultada pelo sr. Barão de Vila Nova de Fozcôa, que ele próprio realizou<br />
em 1830. Raro e muito estimado. (Inocêncio, II, 203)<br />
38 ÉPOCA (A): Jornal de Industria, Sciencias, Litteratura, e Bellas-Artes. - N.º 1,<br />
Anno 1848 - n.º 52, 1849. - Lisboa: Imprensa da Época, 1848-1849. - 52 n.ºs em 1 v.: il.; 280<br />
mm. 200,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele; restauros marginais nas primeiras e últimas folhas.<br />
Colecção completa deste periódico sobre várias temáticas com colaboração de Latino<br />
Coelho, Rebelo da Silva, entre outros importantes nomes da intectualidade portuguesa do<br />
século XIX. Raro.<br />
39 FILIPPO Terzi Architetto e Ingegnere Miltare in Portogallo (1577.97): Documenti<br />
Inediti dell' Archivio di Stato di Firenze e della Biblioteca Oliveriana di Pesaro. - Firenze:<br />
Tipografia Alfani e Venturi, 1935. - XVIII, 96 pp., VI est.: il.; 270 mm. - (Documentos para<br />
o Estudo das Relações Culturaes entre Portugal e Itália, v. III) 40,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele; conserva as capas de brochura. Publicação de<br />
vários documentos relativos à estada de Filippo Terzi em Portugal e da sua obra no nosso país.<br />
Filippo Terzi, arquitecto e engenheiro italiano, dirigiu várias obras em Portugal nos finais do<br />
século XVI e acompanhou D. Sebastião na campanha de Alcácer Quibir como engenheiro<br />
superior, acabando preso. Foi resgatado com grande esforço pelo Cardeal D. Henrique, regressando<br />
a Portugal já em 1579 ano em que foi enviado para Coimbra. Aí se encarregou da obra<br />
do claustro do Colégio de Santo Agostinho e a reconstrução do aqueduto D. Sebastião. Em<br />
1584 era nomeado mestre de obras do Convento de Cristo em Tomar e a partir dessa data<br />
tomou conta de grande número de importantes obras por mercê de D. Filipe II. Parece ter sido<br />
o primeiro professor de arquitectura em Portugal.<br />
40 FOLHAS de Arte / Director Augusto de Santa Rita. - Lisboa: Livraria Portugalia,<br />
1924. - 2 n.ºs: il.; 385 mm. 100,00¤<br />
Cartonagem em tela editorial; bom exemplar. Rara e interessante publicação periódica, da qual<br />
só saíram estes dois números que tinha por objectivo constituir "o inventário do património<br />
moral e material do povo português". É composta por folhas soltas que contêm gravuras coladas<br />
impressas em papel couché com autógrafos e fotogravuras dos respectivos autores. O Primeiro<br />
número é dedicado à Poesia Contemporânea e o segundo à Música.<br />
41 FRANCO (Francico Soares). - DICCIONARIO DE AGRICULTURA Extrahido<br />
em Grande parte do Cours d'Agriculture de Rosier, com muitas mudanças principalmente<br />
relativas a' Theoria, e ao Clima de Portugal [...]. - Coimbra: Na Real Imprensa da<br />
Universidade, 1804-1806. - 5 v.: il.; 210 mm. 220,00¤<br />
Encadernações inteiras de carneira da época decoradas a seco nas pastas e a ouro com titulos<br />
em rótulo vermelho na lombada. Bom exemplar. Dicionário de Agricultura ilustrado, profusamente<br />
ilustrado com estampas à parte, tratando de modos de cultura, tipos, produtos, técnicas,<br />
etc. Destacam-se os grandes capítulos sobre Vinho, Trigo, entre outros. Estimado e raro.<br />
42 GALVÃO (Henrique); CRUZ (Freitas) & MONTÊS (António). - A CAÇA NO<br />
IMPÉRIO PORTUGUÊS. - Porto: Editorial "Primeiro de Janeiro", 1943-1945. - 2 v.: il.; 315<br />
mm. 350,00¤<br />
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Nuno Gonçalves, Leiloeiro, Livreiro, Unip., lda<br />
Encadernações editoriais em tela. Talvez a mais importante obra sobre caça em Portugal, talvez<br />
por ser a mais completa sobre o assunto. Com os seguintes capítulos: O Homem e a Caça;<br />
Esboço Histórico da Caça no Império Português; As Espécies Cinegéticas na Metrópole e Ilhas<br />
Adjacentes; As espécies Cinegéticas das Colónias Portuguesas; Caça às Espécies da Metrópole<br />
e Ilhas Adjacentes; Caça às espécies das Colónias; A Caça com Armadilhas; Auxiliares de<br />
Caça; Armas e Munições; Acampamento de Caça. Profusamente ilustrado no texto e em separado.<br />
Raro e muito procurado.<br />
43 GAMA (Manuel Jacinto Nogueira da, trad.). - ENSAIO sobre a Theoria das<br />
Torrentes e Rios, que contem os meios mais simples de obstar aos seus estragos, de estreitar<br />
o seu leito e facilitar a sua navegação [...]. - Lisboa: Na Offic. Patr. de João Procopio Correa<br />
da Silva, 1800. - [24], XXXII, 368, [56] pp., 16 est.: il.; 215 mm. 400,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele da época um pouco cansada; corte das folhas pintado;<br />
limpo. A obra é seguida por mais três títulos: I. Indagação da mais Vantajosa Construcção<br />
dos Diques por Bossut e Viallet; II. Um Extracto da Arquitectura Hydraulica por M. Belidor;<br />
III. Tratado Pratico da Medida das Águas Correntes e Uso da Taboa Parabolica do P.D.<br />
Francisco Maria de Regi. Manuel Jacinto Nogueira da Gama (1765-1847), natural da vila de<br />
S. João d'El Rei em Minas Gerais, foi bacharel formado em Matemática e Filosofia pela<br />
Universidade de Coimbra, membro de várias associações científicas, foi professor na qualidade<br />
de Lente da Academia Real de Marinha de 1791 a 1801, ano em que foi nomeado Inspector<br />
Geral das Nitreiras e Fábrica de Pólvora de Minas Gerais e promovido no ano seuginte a<br />
Tenente Coronel do corpo de Engenheiros, partindo para o Brasil em 1804. Esta sua tradução<br />
está ilustrada com 16 estampas em folha desdobrável. Muito raro. (Inoc. VII, 7)<br />
44 GOES (Damião de). - CHRONICA do Serenissimo Senhor Rei D. Manoel /<br />
Escrita por Damião de Goes, e novamente dada a luz [...] por Reinerio Bocache. - Lisboa: Na<br />
Officina de Miguel Manescal da Costa, 1749. - *-**//2, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Zzz, Aaaa-Eeee//4,<br />
Ffff//2; [4], 610 pp.; 305 mm. 1.000,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira com as pastas ligeiramente cansadas; acidez; ex-libris<br />
heráldico a óleo de António Bernardo Ferreira no frontispício. Terceira edição desta importante<br />
crónica impressa de acordo com a segunda. A primeira edição foi publicada em Lisboa,<br />
por Francisco Correia, em 1566-1567, e a segunda por António Alvares em 1619. Considerada<br />
por muitos a obra principal de Damião de Góis, valorizada pela atitude crítica, isenta de amplificações<br />
patrioteiras, tendo-se celebrizado a sua atitude perante as violências contra os judeus.<br />
Na primeira parte refere os acontecimentos de Portugal e demais países europeus nos fins do<br />
século XV e princípios de XVI, e na segunda, terceira e quarta relata os de além mar, em que<br />
foram protagonistas homens como Vasco da Gama, Pedro Álvares Cabral, Duarte Pacheco, etc.<br />
A primeira parte ao ser publicada, atraíu a intervenção da censura, que alterou o referente à<br />
conspiração da nobreza contra D. João II, alguns trechos de carácter etnográfico que foram julgados<br />
menos conformes, apreciações à administração de D. Afonso V e de D. Manuel, juízos<br />
sobre as relações entre o Rei e Fernando, o Católico, etc. Raro e estimado. (Inoc., II, 124)<br />
45 GÓIS (Damião de). - CRÓNICA do Felicíssimo Rei D. Manuel / composta por<br />
Damião de Góis. - Nova Edição conforme a primeira de 1566. - Coimbra: Por Ordem da<br />
Universidade, 1949. - 4 v.; 255 mm. 130,00¤<br />
Brochado. Edição realizada a partir da primeira edição acrescentada com o prefácio de David<br />
Lopes publicado originalmente na edição de 1926, inteiramente dedicado ao estudo das alterações<br />
realizadas pelo próprio autor da Crónica para uma segunda edição. Invulgar e estimado.<br />
46 GRANADA Y MENDOÇA (Leandro de). - LIBRO Intitulado Insinuacion, y<br />
Demonstracion de la Divina Piedad, y Embaxador de la Divina Misericordia. Con la quarta,<br />
y quinta parte: En que se cõtiene la vida, y virtudes de la glosiosissima Virgem Santa Gertrdis;<br />
con muchas revelaciones de Christo, su madre, y Santos / Traduzido de la tin em Romance,<br />
por el M.F. Leãdro de Granada y Mendoça [...]. - En Sevilla: Imprenta de Gabriel Ramos<br />
Vejarano, 1616. - 8.º; *//4, §, A-Z, Aa-Kk//8; [24], 526, [2] pp.; 295 mm. 300,00¤<br />
Encadernação inteira de pergaminho da época um pouco cansada; corte das folhas carminado;<br />
acidez. Biografia de Stanta Gertrudes de Helfta, mística nascida em meados do século XIII,<br />
geralmente chamada de “a Grande”. Aos 5 anos de idade foi entregue aos cuidados das freiras<br />
de Helfta da Saxónia para ser por elas educada e parece que nunca abandonou o convento.<br />
Gertrudes recebeu uma excelente educação mas nunca exerceu qualquer cargo na comunidade.<br />
Aos 25 anos, em consequência de uma visão que teve de Crito, dedicou-se de alma e<br />
- 36 -
Catálogo Bibliográfico Setembro 2007<br />
coração à vida contemplativa, perdendo, posteriormente, o interesse nos estudos seculares,<br />
dedicando-se à Sagrada Escritura, Liturgia e escritos dos Padres da Igreja. A sua vida tornouse<br />
uma série de experiências espirituais, muitas das quais descritas numa colecção de obras<br />
baseadas nos seus apontamentos. Constitui, a sua vida, uma importante contribuição para o<br />
misticismo medieval, despertando interesse em épocas posteriores pelo projecto de S. Gertrudes<br />
da devoção ao sagrado coração de Jesus. Obra rara e estimada.<br />
47 GRAVESANDE (Willem Jacob). - PHILOSOPHIAE Newtonianae Institutiones,<br />
in Usos Academicos. Editio prima Italica auctior. - Bassani: Ex Typographia Remondini,<br />
1749. - 8.º; *//8, **//6, A-P//8, Q//3, R//6, S-Z//8, Aa-Pp//8; [28], 572, [20] pp., 18 gravs.: il.;<br />
175 mm. 450,00¤<br />
Encadernação inteira de pergaminho da época; corte das folhas carminado; corte de traça marginal<br />
no pé dos fólios preliminares; bom exemplar. Williem Gravesand (1688-1742), filósofo e<br />
matemático holandês, professor de matemática e astronomia em Leiden. Estes seus comentários<br />
à obra de Newton desempenharam um importantíssimo papel na divulgação da obra na<br />
Europa e em particular na Universidade onde leccionava. Saiu pela primeira vez a versão para<br />
estudantes - a que aqui apresentamos - em 1723, apenas três anos depois da primeira do texto<br />
completo em 1720. Vem ilustrada com 18 gravuras desdobráveis. Raro e estimado.<br />
48 GUIMARÃES (Vieira). - A ORDEM de Cristo. - Lisboa: Imprensa Nacional,<br />
1936. - XIV-472 pp.: il.; 220 mm. 120,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele; conserva as capas de brochura. Segunda edição<br />
com ilustrações (a primeira não as tinha) de autoria de Maria de Lourdes Campeão de Melo e<br />
Castro Esteves de Brito sobre esta Ordem Militar, mais conhecida popularmente pelo grande<br />
Convento em Tomar, distintíssimo edifício representante do Manuelino.<br />
49 HARRISON (W.H.). - THE Tourist in Portugal / by [...], Illustrated from paintings<br />
by James Holland. - London: Robert Jennings, 1839. - portada gravada, XII-290-[2] pp., 17<br />
grav.: il.; 200 mm. 400,00¤<br />
Encadernação editorial em bom estado de conservação; corte das folhas dourado; exemplar<br />
limpo. Estimado livro de viagens em Portugal descrevendo as mais importantes cidades e vilas.<br />
Além das dezassete estampas em separado encontra-se uma que serve de portada. Todas as<br />
gravuras abertas a buril em chapa de cobre, representam vários monumentos e aspectos de<br />
várias cidades do país, com destaque para o Porto com sete gravuras. Obra inserida na colecção<br />
Landscape Annual, que em cada ano tratava de um país. Raro e estimado.<br />
50 HELBÉ (Dr.). - HISTOIRE d'un Morceau de Sucre. - Abbeville: C. Paillart, s.d. -<br />
320 pp.: il.; 225 mm. 75,00¤<br />
Encadernação editorial em percalina azul ricamente decorada com ferros a prata; corte das folhas<br />
dourado. Curiosa história de “um pedaço de açucar”, seu cultivo, preparação, utilização,<br />
etc. Ilustrado no texto. Invulgar.<br />
51 HENRI (Philippe, Comte de Grimoard). - ESSAI Théorique et Pratique sur les<br />
Batailles. - Paris: Desaint, Libraire, 1775. - XVI-208-[4] pp., 36 est.: il.; 260 mm.<br />
450,00¤<br />
Encadernação inteira de pele de época; lombada um pouco cansada; mancha de humidade no<br />
primeiro caderno; trabalho de traça nos últimos fólios afectando ligeramente o texto; exemplar<br />
limpo. Philippe Henri (1753-1815), soldado francês e escritor militar. Aos dezasseis anos entrou<br />
no exército e logo em 1775 publica este seu ensaio sobre estratégia militar. Pouco tempo depois,<br />
Luís XVI colocou-o no seu próprio gabinete militar especialmente ligado à elaboração da reforma<br />
militar. No início da Revolução Francesa, já se tinha tornado num dos mais importantes<br />
conselheiros de Luís quer em aspectos políticos quer militares, tendo sido apontado como o<br />
Ministro da Guerra seguinte. Em 1791, foi-lhe confiada a preparação de uma estratégia de defesa<br />
para França, mas os acontecimentos de 1792 puseram um fim na sua carreira militar, passando<br />
o resto da sua vida a escrever livros sobre aspectos militares. Profusamente ilustrado com<br />
gravuras desdobráveis representando várias batalhas famosas da História. Raro.<br />
52 HENRIQUES (J.A.). - CATALOGO das Plantas Cultivadas no Jardim Botanico<br />
da Universidade de Coimbra no Anno de 1878. - Coimbra: Imprensa da Universidade, 1879.<br />
- [8], 248 pp.; 250 mm. 60,00¤<br />
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Nuno Gonçalves, Leiloeiro, Livreiro, Unip., lda<br />
Encadernação com lombada em pele; conserva as capas de brochura. Inventário das plantas<br />
cultivadas no Jardim Botânico de Coimbra. Raro.<br />
53 HISTORIA Completa das Inquisições de Italia, Hespanha, e Portugal. - Segunda<br />
Edição. - Lisboa: Na Typographia Maigrense, 1822. - X, 294 pp., 8 est.: il.; 210 mm. 90,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele da época; ligeiramente aparado; assinatura de<br />
posse no frontispício. Segunda edição publicada exactamente no mesmo ano da primeira,<br />
mostrando o seu enorme sucesso na época. Segundo Inocêncio é uma tradução da obra com o<br />
mesmo título escrita por La Vallé em 1809. A obra foi proibida por Roma, integrando o Índice<br />
por decreto de 1825. Invulgar.<br />
54 HISTÓRIA da Colonização Portuguesa do Brasil. - Edição monumental<br />
Comemorativa do Primeiro Centenário da Independência do Brasil / Direcção e<br />
Coordenação Literária de Carlos Malheiro Dias; Direcção Cartográfica do Conselheiro<br />
Ernesto de Vasconcelos; Direcção Artística de Roque Gameiro. - Porto: Litografia Nacional,<br />
1921-1924. - 3 v.: il.; 370 mm. 300,00¤<br />
Encadernações editoriais; carimbo de posse. Bom exemplar. Obra monumental, importante<br />
para a história de Portugal e do Brasil. Encerra colaboração de Julio Dantas, Luciano Pereira da<br />
Silva, Duarte Leite, Jaime Cortesão, Lopes de Mendonça, Carlos Malheiro Dias, Carolina<br />
Michaelis de Vasconcelos, António Baião, Esteves Pereira, Jordão de Freitas, Paulo Merea,<br />
Pedro de Azevedo e Oliveita Lima. Está impressa a preto e vermelho sobre óptimo papel e<br />
ilustrada no texto e em separado com centenas de estampas e mapas a cores.<br />
55 ILHARCO (Alberto). - EQUITAÇÃO Pratica. - Lisboa: Livraria Ferin, 1902. -<br />
XVI, 342 pp., 15 est.: il.; 270 mm. 180,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele, conservando as capas de brochura, encontrando-se<br />
a anterior restaurada; corte superior das folhas pintado. Tratado prático de equitação.<br />
Além dos tradicionais capítulos sobre ferração, passos, ensino, cavalos de guerra, entre outros,<br />
possui um curioso capítulo sobre o ensino da equitação a senhoras. Profusamente ilustrado em<br />
separado com fotogravuras. Raro.<br />
56 JACKSON (Catarina Carlota, Lady). - A FORMOSA LUSITANIA / por [...];<br />
Versão do Inglez, Prefaciada e Annotada por Camillo Castelo Branco. - Porto: Livraria<br />
Portuense, 1877. - 448-[2] pp., 20 est.: il.; 250 mm. 250,00¤<br />
Encadernação editorial, ricamente decorada nas pastas e lombada; bom exemplar. [Camiliana,<br />
613] Primeira edição deste estimado livro não só pelo texto propriamente dito, mas também<br />
pelas preciosas notas de Camilo, numa primorosa edição ilustrada à parte. Estimado e raro.<br />
57 JANEIRO (Armando Martins). - O JARDIM do Encanto Perdido: Aventura<br />
Maravilhosa de Wenceslau de Moraes no Japão. - Porto: Manuel Barreira, 1954. - 286-[2]<br />
pp.: il.; 215 mm. 75,00¤<br />
Brochado; com alguns sublinhados; dedicatória do autor. Estudo biográfico da vida de<br />
Wenceslau de Moraes no Japão, ilustrado com estampas impressas à parte em papel couché.<br />
Estimado.<br />
58 KINSEY (W.M.). - PORTUGAL ILLUSTRATED; in a Series of Letters / by The<br />
Rev. [...]. - London: Treutte, Wurtz and Richter, 1828. - front., XXXVIII-[2]-564 pp., 35 est.:<br />
il.; 280 mm. 1.200,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele verde; limpo; bom exemplar. [Duarte Sousa, II,<br />
386; Portugal e os Estrangeiros, I, 422] "É uma das obras mais notáveis escritas por estrangeiros<br />
relativamente a Portugal". É assim que Bernardes Branco qualifica esta obra do Rev. Kinsey,<br />
padre protestante, “fellow” do Trinity College da Universidade de Oxford, ilustrada com cerca<br />
de 50 gravuras contando as estampas e as vinhetas que encerram cada uma das cartas. Raro e<br />
muito estimado.<br />
59 LANGHANS (F.P. de Almeida). - HERÁLDICA: Ciência de temas vivos. -<br />
Lisboa: Gabinete de Heráldica Corporativa, Fundação Nacional para a alegria no trabalho,<br />
1966. - 2 v.: il.; 250 mm. 120,00¤<br />
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Catálogo Bibliográfico Setembro 2007<br />
Brochado. Tratado àcerca da ciência heráldica que, durante muito tempo, andou “agarrada” à<br />
história. Trata da história da heráldica, sua teoria geral, a sua prática, classificação e espécies e<br />
um segundo volume contendo um trabalho àcerca das armas de Portugal. Importante e muito<br />
estimado.<br />
60 LEAL (Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho). - PORTUGAL ANTIGO<br />
E MODERNO: Diccionario Geographico, Estatistico, Chorographico, Heraldico, Historico,<br />
Biographico e Etymologico de todas as Cidades, Villas e Freguezias de Portugal e de grande<br />
numero de Aldeias. Se estas são notaveis, por serem patria d'homens célebres, por batalhas<br />
ou outros factos importantes que n'ellas tiverem logar, por serem solares de familias nobres,<br />
ou por monumentos de qualquer natureza, alli existentes. Noticia de muitas cidades e outras<br />
povoações da Lusitania de que apenas restam vestigios ou somente tradição por [...]. - Lisboa:<br />
Livraria Editora de Mattos Moreira, 1873-1890. - 12 v.; 225 mm. 1.100,00¤<br />
Encadernações uniformes com lombada em pele ligeiramente aparados; com ligeira acidez<br />
provocado pela má qualidade do papel. Primeira edição. Talvez a mais importante corografia<br />
portuguesa até hoje publicada. O seu principal autor não chegou a concluir a sua empresa por<br />
morte, tendo sido continuada por Pedro Augusto Ferreira. A obra trata com esmero e rigor<br />
todos os locais. Rara.<br />
61 LEÃO (Manuel de). - TRIUMPHO Lusitano Aplausos Festivos Sumptuosidades<br />
Regias nos Augustos Despozorios do Inclito Dom Pedro Segundo com a Serenissima Maria<br />
Sophia Izabel de Babiera. Rellaraõ-se as Grandezas, Narraõ-se as Entradas, Referem-se as<br />
Festividades que se celebrarão na Isigne Cidade e Corte de Lisboa desde 11 de Agosto athe<br />
25 de Outubro de 1687. - Em Brusselas: s.n., 1688. - 4.º; portada, A, A-Z, Aa-Ss//4; portada,<br />
[8], 328 pp.; 210 mm. 1.500,00¤<br />
Encadernação em chagrin grená decorada com duplo filete nas pastas, casas fechadas e títulos<br />
na lombada, tudo a ouro; ligeiramente aparado; alguns restauros marginais; ocasionais manchas;<br />
bom exemplar. Manuel de Leão, judeu português, natural de Leiria que viveu na segunda<br />
metade do século XVII e nos primeiros anos do séc. XVIII. Passou a maior parte da sua vida<br />
na Flandres e Amesterdão. Esta sua obra é uma narração em verso de todas as festividades<br />
ocorridas em Lisboa por ocasião do segundo casamento de D. Pedro II, descrevendo a entrada<br />
da raínha na cidade, luminárias, arcos triumfais, fogos reais, corridas de touros, etc. Depois da<br />
morte da sua primeira mulher, D. Maria Francisca de Sabóia em 1683, apresentou o Conselho<br />
de Estado a D. Pedro II, em 1685, o interesse do soberano voltar a casar, pela necessidade de<br />
assegurar a sucessão. Escolheu D. Pedro II, D. Maria Sofia, tendo enviado em missão secreta à<br />
corte de Heidelberga o Dr. António de Freitas Branco, a fim de o informar acerca da princesa.<br />
O contrato matrimonial assinou-se a 22 de Maio de 1687, e a 2 de Julho fez-se o casamento<br />
por procuração, sendo D. Pedro representado pelo Conde de Vilar Maior, Manuel Teles da<br />
Silva. Embarcou D. Maria Sofia da Holanda, chegando ao Tejo em Agosto de 1687, tendo<br />
assim início as festividades. Raríssimo. (Inoc., VI, p. 35; GEPB; Nobreza de Portugal e Brasil, I,<br />
p. 561; Importante Biblioteca Particular, I, 392; Samodães, 1725; Pinto Matos, 342)<br />
62 LEMOS (Armando Augusto Chaves de). - O CAVALLO. - Porto: Livraria<br />
Chardron, 1903. - 638-[2] pp.: il.; 215 mm. 90,00¤<br />
Brochado. Manual de zoologia, zootecnia, higiéne e terapêutica sobre o cavalo.<br />
63 LOPES (David). - A EXPANSÃO da Língua Portuguesa no Oriente durante os<br />
Séculos XVI, XVII e XVIII. - Barcelos: Portucalense Editora, 1936. - XII, 188, [4] pp., 9 est.:<br />
il.; 265 mm. 60,00¤<br />
Encadernação com lombada em pele; conserva as capas de brochura. Estudo onte se pretende<br />
mostrar “que a língua portuguesa foi durante três séculos de uso corrente entre as populações<br />
marítimas de grande parte do oriente” (do Preâmbulo). Raro.<br />
64 LOPES (David). - NOMES Árabes de Terras Portuguesas / Colectânea organizada<br />
por José Pedro Machado. - Lisboa: Sociedade de Língua Portuguesa e Círculo David Lopes,<br />
1968. - 214, [2] pp.; 260 mm. 50,00¤<br />
Encadernação com lombada em pele. Compilação de artigos dispersos respeitantes à toponímia<br />
portuguesa de origem arábica organizada por José Pedro Machado.<br />
65 LUSITANIA: Revista de Estudos Portugueses / directora Carolina Michaelis de<br />
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Nuno Gonçalves, Leiloeiro, Livreiro, Unip., lda<br />
Vasconcelos. - Editor Câmara Reis. - n.º 1, Janeiro de 1924 ao n.º 10, Ourubro de 1927. -<br />
Lisboa: Câmara Reis, 1924-1927. - 10 fasc. em 3 v.: il.; 255 mm. 160,00¤<br />
Brochado. Uma das mais importantes revistas portuguesas versando sobre arte, etnografia,<br />
história, etc., encerrando a mais notável colaboração como de Reinaldo dos Santos, Afonso<br />
Lopes Vieira, ambos secretários da redacção, Jaime Cortesão, Edgar Prestage, Carlos Malheiro<br />
Dias, Joaquim de Vascondelos, Lúcio de Azevedo, António Sardinha, entre muitos outros.<br />
Raro e estimado. Colecção completa.<br />
66 MACHADO (Cyrillo Volkmar). - COLLECÇÃO DE MEMORIAS RELATIVAS<br />
A'S VIDAS DOS PINTORES, E ESCULTORES, ARCHITECTOS, E GRAVADORES<br />
PORTUGUEZES, E DOS ESTRANGEIROS, QUE ESTIVERÃO EM PORTUGAL / recolhidas<br />
e ordenadas por [...], Seguidas de Notas pelos Dr. J.M. Teixeira de Carvalho e Dr.<br />
Vergílio Correia. - Coimbra: Imprensa da Universidade, 1922. - [8], 296 pp., 2 est.: il.; 220<br />
mm. - (Subsídios para a História da Arte Portuguesa, V) 75,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele, ricamente decorada a ouro na lombada; conserva<br />
as capas de brochura; ligeiramente aparado. Segunda edição desta colecção de notícias<br />
biográficas, ainda hoje de grande utilidade e importância, dos artistas portugueses e<br />
estrangeiros a actuar em Portugal. A obra foi publicada postumamente no ano da morte de<br />
Volkmar Machado a partir do manuscrito deixado a sua irmã. Raro e estimado.<br />
67 MACKENZIE (John). - AUSTRAL Africa: Losing it or Ruling it Being Incidents<br />
and Experiences in Bechuanaland, Cape Colony, and England. - London: Sampson Low,<br />
Marston, Searle & Rivington, 1887. - 2 v.: il.; 230 mm. 480,00¤<br />
Encadernações editoriais em percalina; carimbos de posse safados; ligeira acidez. John<br />
Mackenzie (1835-1899) foi um missionário britânico dedicado aos direitos dos africanos na<br />
África do Sul e um proponente da intervenção britânica para parar a expansão da influência<br />
dos Boer sobre as terras e habitantes do interior daquele país. Mackenzie foi para a África do<br />
Sul em 1858 iniciando os seus trabalhos de missionário em Bechuanaland, hoje Botswana. Este<br />
sempre empenhado para que a Grã-Bretanha declara-se Bechuanaland um protectorado, reclamando<br />
que os britânicos poderiam defender os africanos do racismo dos Boer. Em 1884 o protectorado<br />
foi estabelecido e Mackenzie o seu comissário, cargo que manteve até ao seu afastamento<br />
da política em 1889 para se dedicar à missão. A obra trata precisamente do protectorado<br />
e dos problemas políticos e sociais da região, actual Botswana. Profusamente ilustrado em<br />
separado.<br />
68 MALHEIRO (Manuel Pereira). - RESPOSTA à Carta da Despedida que fez a<br />
Medicina, quando se ausentou deste Reino de Portugal, queixando-se das affrontas, e calúmnias,<br />
que recebera dos Portuguezes, dando preferencia aos Cirurgiões no curativo das suas<br />
enfermidades. Acceita-se-lhe a Despedida, fazendo-se ver que a tal ausência não será sensivel,<br />
pois a Cirurgia pode muito bem supprir a sua falta. - Lisboa: Na Officina Luisiana, 1781.<br />
- 4.º; a-g//4, h//1; 58 pp.; 205 mm. 150,00¤<br />
Brochado. Manuel Pereira Malheiros foi cirurgião da Real Casa dos Expostos e do Hospital de<br />
S. José, algebrista e lente de cirurgia. Foi nomeado cirurgião do Hospital de S. José em 1791 e<br />
lente no ano seguinte, sendo aposentado em1807 por ter cegado. A sua principal obra e mais<br />
conhecida são as suas “Memórias médico-cirurgicas...” publicado em Lisboa, 1791. De entre os<br />
vários folhetos publicados anonimamente sobre o mesmo assunto que o presente, indica-nos<br />
Inocêncio os seguintes títulos: I. Despedida da Medicina d'entre os Portuguezes; II. Respoosta<br />
à Despedida (o presente); III. Apologia sobre a verdade da Medicina; IV Pazes entre a<br />
Medicina e a Cirurgia. (Inoc., VI, 81)<br />
69 MANUEL II (D.). - LIVROS Antigos Portugueses, 1489-1600, da Biblioteca de<br />
Sua majestade Fidelissima / Descriptos por S.M. El-Rei D. Manuel. - Londres: Maggs Bros,<br />
1929-1935. - 3 v.: il.; 335 mm. 1.500,00¤<br />
Bom exemplar; encadernações editoriais sem as sobrecapas. Primeira edição da mais importante<br />
e completa bibliografia portuguesa de obras impressas em Portugal no século XV e XVI<br />
organizada por El-Rei D. Manuel II a partir da sua extraordinária colecção particular. Muito<br />
raro e procurado.<br />
70 MARTIN (Jose Luis). - ORIGENES de la Orden Militar de Santiago (1170-1195).<br />
- Barcelona: Consejo Superior de Investigaciones Cientificas, 1974. - XXXVI, 540 pp., 2<br />
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Catálogo Bibliográfico Setembro 2007<br />
mapas: il.; 255 mm. 100,00¤<br />
Encadernação inteira de pele decorada a ouro nas pastas e lombada. Síntese histórica sobre as<br />
origens da Ordem de Santiago enriquecida com um grande apêndice documental. Invulgar.<br />
71 MARTINS (Rocha). - D. MANUEL II: História do seu Reinado e da Implantação<br />
da República. - Lisboa: ed. autor, 1931. - [10], 674 pp., 27 est.: il.; 380 mm. 250,00¤<br />
Encadernação editorial em percalina azul; exemplar com o número espécime. Monumental<br />
biografia de D. Manuel II, profusamente ilustrada no texto e em separado com fotogravuras<br />
impressas em papel couché a preto e a cores. Raro e estimado.<br />
72 MARTINS (Rocha). - D.CARLOS: Historia do seu Reinado. - Lisboa: ed.autor,<br />
1930. - [10]-[8]-604 pp., 38 est.: il.; 380 mm. 170,00¤<br />
Encadernações editorial em percalina azul, ricamente decorada. Obra monumental e muito<br />
estimada biografando o Rei D.Carlos. Profusamente ilustrado no texto e em separado a preto e<br />
a cores.<br />
73 MATA (José Melitão da). - O DESTRO Observador, ou Methodo Facil de Saber<br />
a Latitude no Mar, sem Dependencia da Observação Maridiana, com todas as Taboas<br />
Necessarias para a Operação, sendo a da Declinação do Sol Calculada ao Meridiano de<br />
Lisboa para o Anno de 1789 até o de 1792. e com Huma Prefação Analytica sobre os<br />
Progressos da Pilotagem em Portugal. - Segunda Edição Augmentada. - Lisboa: Na Officina<br />
de Simão Thaddeo Ferreira, 1789. - 1 grav., xii, 86, 226 pp. [fol. 47/48 das tábuas não existe]:<br />
il.; 205 mm. 350,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira da épooca; corte das folhas carminado; ocasionais manchas<br />
nos primeiros e últimos fólios. Segunda edição desta obra publicada pela primeira vez em 1781<br />
em que se indica o modo de medir a latitude em Alto Mar. Antecede-lhe um estudo sobre os<br />
sucessos dos avanços da navegação portuguesa. Ilustrado com uma gravura representando um<br />
homem a fazer a respectiva medição. Raro e estimado. (Inoc., V, 74)<br />
74 MATA (José Militão da). - COMPENDIO DAS CORRECÇÕES QUE SE<br />
DEVEM FAZER ÀS ALTURAS DOS ASTROS, Observadas para poderem ser empregadas<br />
nos Calculos da Latitude, da Longitude, da Hora, e do Azimuth; / por [...]. - Terceira Edição<br />
Augmentada. - Lisboa: Na Officina de Simão Thaddeo Ferreira, 1789. - A-G4; 54-[2] pp.;<br />
200 mm. (4.º). - Junto com:<br />
----- COMPENDIO DO CALCULO DA LATITUDE NO MAR PELA OBSERVAÇÃO<br />
MERIDIANA DOS ASTROS, / por [...]. - Lisboa: Na Officina de Simão Thaddeo Ferreira,<br />
1789. - A-R4; [2]-134 pp., 11 ff. de Tábuas; 200 mm. (4.º) 350,00<br />
Encadernação da época em carneira; corte das folhas carminado; ligeiro corte de traça junto<br />
ao festo em alguns fólios que não afectam o texto. [Inocêncio, V, p. 74] A primeira obra foi<br />
impressa pela primeira vez, segundo indicações de Inocêncio, em 1780, não refere o segundo<br />
trabalho. Ilustrado.Raro.<br />
75 MATTOS (Armando, de). - BRASONÁRIO de Portugal por (...). - Porto: Livraria<br />
Fernando Machado, 1940. - 3 v.: il.; 240 mm. 1.200,00¤<br />
Encadernações uniformes editoriais; bom exemplar conservando as capas de brochura.<br />
Representa 1870 brasões de armas de famílias ilustres de Portugal, superiormente coloridos e<br />
impressos em estampas em separado. «Cada um desses pequenos motivos intencionalmente<br />
ordenados, e sempre dum grande equilíbrio estético, evocam permanentemente o sortilégio do<br />
espírito e sangue português, no descobrimento e conquista de três quartas partes da terra, e cuja<br />
sombra heroica se projectou no mundo inteiro» (da Introdução).<br />
76 MATTOS (Gastão de Mello de). - NICOLAU de Langres e a sua Obra em<br />
Portugal. - Lisboa: Comissão de História Militar, 1941. - 332-[8] pp.: il.; 260 mm.<br />
60,00¤<br />
Brochado; exemplar por abrir. Estudo sobre o manuscrito existente na Biblioteca Naiconal de<br />
plantas de fortalezas seiscentistas de autoria de Nicolau de Langres, ilustrado com 96 estampas<br />
impressas em papel couché.<br />
77 MELO (João de Fontes Pereira de). - TRATADO Pratico do Aparelho dos Navios<br />
para uso dos Alumnos da Companhia e Real Academia dos Guardas Marinhas. - Lisboa: Na<br />
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Nuno Gonçalves, Leiloeiro, Livreiro, Unip., lda<br />
Typographia da Academia das Ciências, 1836. - [4], 350, [6] pp., 5 grav.: il.; 205 mm.<br />
350,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira da época com a lombada reconstituída de novo; corte das folhas<br />
pintado; limpo. Bom exemplar. João Fontes Pereira de Melo (1780-1856), natural de Elvas,<br />
assentou praça de aspirante a guarda-marinha em 1800. No fim do curso foi-lhe conferido um<br />
prémio extraordinário militar-académico, à frente da companhia de guarda-marinhas em 1803.<br />
Continuou a servir na companhia como lente substituto e mestre de esgrima até 1808. Nesse<br />
ano embarcou na fragata Carlota, num cruzeiro a Gibraltar. Em 1810 passou para o bergantim<br />
Gaivota, distinguindo-se por ter salvo a embarcação ao passar, durante um temporal, ao<br />
alcance das baterias francesas, estabelecidas em Mata Gorda e Trocadero, serviço pelo qual<br />
recebeu elogio publico na Gazeta de 10 de Abril de 1810, e a promoção ao posto de 1.º tenente.<br />
No ano seguinte serviu na esquadrilha do Algarve, tendo salvo a escuna Curiosa, encalhada<br />
em Vila Real de Santo António. Condecorado pelos serviços prestados, tomou em 1813 o<br />
comando da esquadrilha do Algarve, posto em que se manteve até 1815. Fez a campanha do<br />
Rio da Prata e de Montevideu, desde 1816 a 1818, regressando a Lisboa no fim desse ano<br />
tomando o comando do bergantim Tejo e três anos depois o da corveta Calipso. Em 1825 é<br />
nomeado comandante da companhia de Guarda-Marinhas e em 1834 entra para a Academia<br />
das Ciências por este seu trabalho. Além da sua carreira militar e de ensino, desempenhou<br />
vários cargos públicos, entre os quais governador geral de Cabo Verde, ministro da Marinha e<br />
do Ultramar, membro do Conselho Ultramarino, etc. Raro e estimado. A obra conheceu uma<br />
reedição em 1856. (Inoc., III, 376 e X, 402; Dicionário Bibliográfico Militar Português, II, 496)<br />
78 MELO SABUGOSA (José de). - PEDRAS de Armas que ainda existem nalgumas<br />
Casas de Lisboa e seus Arredores / Album inédito organizado pelo Ex.mo Sr. [...]. - Lisboa:<br />
Câmara Municipal de Lisboa, 1945-1946. - [2]-77-[2] ff.: il.; 210 mm. 90,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele; corte superior das folhas carminado; conserva<br />
as capas de brochura. Album de 77 desenhos de Pedras de Armas na região de Lisboa e seus<br />
arredores acompanhados com a história das edificações e das famílias que as ocuparam.<br />
Invulgar.<br />
79 MENDONÇA (Joaquim José Moreira de). - HISTORIA Universal dos<br />
Terramotos, que tem havido no Mundo de que ha noticia, desde a sua creação até o seculo<br />
presente. Com huma Narraçam Individual do Terramoto do primeiro de Novembro de 1755<br />
[...]. - Lisboa: Na Offic. de Antonio Vicente da Silva, 1758. - 4.º; *//2, **, A-Z, Aa-Ll//4;<br />
[12], 272 pp.; 205 mm. 450,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira da época, ligeiramente cansada; corte das folhas carminado;<br />
bom exemplar. Apesar do título a obra trata na sua essência, do Terramoto de 1755 em Lisboa,<br />
testemunhado pelo próprio autor três anos antes da publidação deste seu livro, sendo por isso<br />
obra importante para o estudo do fenómeno. Raro e procurado.<br />
80 MENEZES (D. Fernando de). - VIDA e Acçoens d'ElRey Dom João I. - Lisboa: Na<br />
Officina de João Galrão, 1677. - *-*****. +-+++, A-D//4, E-Z, Aa-Ee//8, Ff//6; [64], 428<br />
pp.; 200 mm. 400,00¤<br />
Encadernação inteira de pergaminho; ocasionais manchas, principalmente nos primeiros e últimos<br />
fólios; ocasionais restauros marginais; ex-libris da Livraria Castro. D. Fernando de Menezes<br />
(1614-1699), 2.º Conde da Ericeira, 6.º senhor do Louriçal, comendador de Casével, de S.<br />
Pedro de Elvas e de Santa Cristina de Serzedelo, conselheiro de Estado e da Guerra, gentilhomem<br />
da Câmara do Infante D. Pedro, deputado da Junta dos Três Estados, vereador do<br />
Senado de Lisboa e regedor da Casa da Suplicação. Homem culto e de superior educação científica<br />
e literária. Aprendeu latim e matemáticas. Seguindo a carreira militar, passou à Corte de<br />
Madrid e pelo Rei Católico foi enviado a Itália onde conheceu vários alunos da célebre<br />
“Palestra de Belona e Minerva”, entre eles Paulo Espínola, João Caray Osório, Carlos Colonna<br />
e Lelio Brancaccio, tendo intervenção em várias batalhas contra os franceses. Depois da aclamação<br />
de D. João IV regressou a Portugal e retirou-se para o seu senhorio do Louriçal. Daí foi<br />
chamado para dar a sua adesão ao novo Rei de Portugal, o qual o nomeou para dirigir os trabalhos<br />
de fortificação que apressadamente se faziam para defesa das investidas espanholas. Sob<br />
a sua direcção foi artilhado o forte do Outão, construídos os fortes de Aveiro, Buarcos e<br />
Peniche. Travou batalhas em Montijo e Valverde e forçou o marquês de Leganés a levantar o<br />
cerco de Évora. Como governador de Peniche impediu o desembarque da armada inglesa. Foi<br />
nomeado em 1656 governador de Tanger, defendendo a cidade contra os sucessivos ataques dos<br />
- 42 -
Catálogo Bibliográfico Setembro 2007<br />
muçulmanos. Esta sua obra sobre D. João I foi a primeira que publicou, sendo estimada pelos<br />
seus contemporâneos. Raro e estimado.<br />
81 MENEZES (D. Luís de, Conde da Ericeira). - HISTORIA de Portugal Restaurado<br />
[...]. - Lisboa: Na Officina de Antonio Pedrozo Galrão & Na Officina de Miguel Deslandes,<br />
1698-1710. - 4.º; 1.º v.: +//4, ++//2, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Zzz, Aaaa-Zzzz, Aaaaa-Zzzzz, Aaaaaa-<br />
Bbbbbb//4, Cccccc//2; 2.º v.: *//3, **//6, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Zzz, Aaaa-Zzzz, Aaaaa-Zzzzz,<br />
Aaaaaa-Gggggg//4; [12], 908, [32] pp., 1 ret. e [18], 976 pp.; 340 mm. 1.300,00¤<br />
Primeiro volume da segunda edição. Com o raro retrato que falta na maioria dos exemplares.<br />
Encadernações inteiras de pele marmoreada, ligeiramente aparado; primeiro volume com<br />
ligeira acidez; segundo volume com restauros e cortes de traça por vezes afectando ligeiramente<br />
o texto, mais acentuado no início e fim do volume, e um pouco mais aparado que o primeiro.<br />
D. Luís de Meneses, 3.º Conde da Ericeira (1632-1690). Aos oito anos de idade entrou para o<br />
serviço do príncipe D. Teodósio. Em 1650, estando para acompanhar D. João da Silva Telo e<br />
Meneses para a Índia, presuadido pelo Conde de Soure, acabou por se alistar na província do<br />
Alentejo na guerra da Restauração, participando em todas as grandes batalhas desse região. Foi<br />
especialmente anotada a sua intervenção como almirante de artilharia nas batalhas do<br />
Ameixial e de Montes Claros. Depois de concluída a paz com a Espanha, foi o conde da Ericeira<br />
nomeado, em 1673, governador de armas de Trás-os-Montes, mais tarde deputado da Junta dos<br />
Três Estados e em 1675 Védor da Fazenda, cargo onde se distinguiu pela promoção de medidas<br />
de fomento da industria, comércio e ainda da navegação para a Índia, sendo muito notáveis as<br />
suas medidas proteccionistas. D. Luís de Meneses sofria de graves crises de depressão nervosa<br />
e numa delas atirou-se da janela do seu palácio ao jardim, falecendo da queda. Tido como um<br />
dos mais cultos homens do seu tempo publicou várias obras e deixou outras tantas manuscritas.<br />
Esta sua História de Portugal Restaurado é uma das mais completas e importantes sínteses dos<br />
acontecimentos da Restauração até à assinatura de paz com Castela em 1668. Conheceu várias<br />
edições ao longo dos séculos, inclusivé uma no século XX. RARO e estimado.<br />
82 MODERNISTAS (OS) PORTUGUESES: Escritos Públicos, Proclamações e<br />
Manifestos / Coordenados por Petrus que imaginou a obra e a dirigiu e deu à estampa. - Porto:<br />
C.E.P., s.d. - 6 v.; 210 mm. 400,00¤<br />
Brochado. Compilação da responsabilidade de Petrus dos mais importantes textos publicados<br />
pelos principais autores dos vários movimentos literários modernistas portugueses. Assim, o<br />
primeiro volume, tem o título: Do Orpheu à Presença,; II: Da Presença aos Neo-Realistas; III:<br />
Dos Independentes aos Surrealistas; IV: Dos Surrealistas aos Abstractos; V: Tempos Actuais &<br />
Prismas Críticos; VI: Prismas Críticos, Diatribes & Zargunchadas Anti-Modernistas. O projecto<br />
chegou a ter 8 volumes, mas nunca foram publicados. Colecção completa desta rara e importantíssima<br />
antologia da literatura portuguesa.<br />
83 MORAES (Francisco de). - CRONICA de Palmeirim de Inglaterra [...]. - Lisboa:<br />
Na Officina de Simão Thaddeo Ferreira, 1786. - 3 v.; 4.º; *-***4, A-Z4, Aa-Zz4, Aaa-Ttt4,<br />
Vvv2, [24]-522-[2] pp.; A-Z4, Aa-Zz4, Aaz-Zzz4, 548-[2] pp.; A-Z4, Aa-Zz4, Aaa-Mmm4,<br />
A-G4, H, 460-58 pp.; 215 mm. 200,00¤<br />
Encadernações uniformes meia inglesa com cantos; limpo. Bom exemplar. Segunda edição<br />
desta importantíssima obra cuja mais antiga edição portuguesa é de 1592, já que a primeira<br />
edição de c.1544 foi perdida. Esta novela, dividida em duas partes, é caracterizada pela concepção<br />
realista renascentista da mulher, «fruto da desdita amorosa do autor» que inclui<br />
reflexões doutrinais no fim de cada capítulo. «É talvez a mais importante novela de cavalaria<br />
portuguesa do seu tempo» [Dic. Literatura, 666]. Raro. (Dic. Literatura, 665; Samodães, 2147)<br />
84 MURPHY (James). - VOYAGE en portugal a Travers les Provinces d'Entre-Douro<br />
et Minho, de Beira, d'Estramadure et d'Alenteju, dans les Années de 1789 et 1790; contenant<br />
des Observations sur les Moeurs, les Usages, le Commerce, les Édifices publics, les<br />
Arts, les Antiquités, etc. de ce Rayaume. - A Paris: Chez Denné jeune, 1797. - 4.º; a-b, A-Z,<br />
Aa-Vv//4, Xx//1; xvi, 346 pp.; 265 mm. 1.200,00¤<br />
Encadernação inteira de pele marmoreada decorada na lombada com rótulos contendo os títulos;<br />
corte das folhas carminado; exemplar limpo, em perfeito estado de conservação. James<br />
Murphy (1760-1814), arquitecto e arqueólogo inglês. Exerceu a função de arquitecto durante<br />
algum tempo, mas em 1788 acompanhou Burton Conyngham a Portugal, e pouco depois<br />
ingressou na carreira diplomática, dedicando-se desde então aos estudos arqueológicos e<br />
históricos. De 1802 a 1809 residiu em Espanha, onde estudou principalmente as antiguidades<br />
- 43 -
Nuno Gonçalves, Leiloeiro, Livreiro, Unip., lda<br />
árabes. Deixou sobre a arquitectura e a arte portuguesa algumas obras notáveis, não só pelo<br />
valor dos estudos, mas também pela sua apresentação gráfica, entre elas a presente, publicada<br />
originalmente em inglês com o título “Travels in Portugal...” em 1795, sendo esta a primeira<br />
tradução para a língua francesa. Vem ilustrada com 23 gravuras abertas a talhe doce, algumas<br />
delas desdobráveis, representando aspectos das cidades e vilas, costumes, objectos, etc. Muito<br />
raro e estimado.<br />
85 NATIVIDADE (J. Vieira). - SUBERICULTURA. - Lisboa: Ministério da<br />
Economia, Direcção Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas, 1950. - 388-[4] pp., LXXX<br />
est.: il.; 260 mm. 80,00¤<br />
Brochado; assinatura de posse no ante rosto. Completo e importante estudo sobre a cultura do<br />
sobreiro em Portugal, uma das indústrias agrícolas mais importantes para a economia portuguesa,<br />
profusamente ilustrado no texto e em separado. Estimado.<br />
86 NEGREIROS (José de Almada). - DESEJA-SE MULHER: Espectáculo em 3 actos<br />
e 7 quadros. - Lisboa: Verbo, 1959. - 76-[4] pp.: il.; 200 mm. 75,00¤<br />
Brochado; capa com ligeira acidez. Primeira edição desta peça de teatro de Almada Negreiros,<br />
ilustrada por ele próprio. Invulgar.<br />
87 NEGREIROS (José de Almada). - PIERROT E ARLEQUIM, personagens de<br />
Theatro / Ensaios de dialogo seguidos de commentarios por [...]. - Lisboa: Portugália, 1924.<br />
- 68-[4] pp.: il.; 200 mm. 200,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele; conserva as capas de brochura; corte superior<br />
das folhas carminado. Primeira edição ilustrada com um auto-retrato, dois figurinos e um<br />
desenho alusivo. Raro e estimado.<br />
88 NOBRE (Augusto). - MOLUSCOS Terrestres e Fluviais. - Coimbra: Coimbra<br />
Editora, 1941. - 278 pp., IV, 30 est.: il.; 250 mm. - (Fauna Malacológica de Portugal, II)<br />
80,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele; conserva as capas de brochura; dedicatória do<br />
autor. Separata das Memórias e Estudos do Museu Zoológico da Universidade de Coimbra.<br />
Raro.<br />
89 NOVO Manual de Veterenária contendo o conhecimento geral dos cavallos,<br />
maneira de os crear, ensinar e dirigir, descripção das suas doenças e os melhores meios de as<br />
tratar; preceitos e regras sobre a arte de ferrar etc.[...] / traduzido do Francez por Ignacio de<br />
Loyola e Castro; Revisto, Correcto e Augmentado por Lino José Daniel de Carvalho. -<br />
Lisboa: Typ da Rua dos Galegos, 1863. - 932, [4] pp., 8 est.: il.; 205 mm. 270,00 ¤<br />
Encadernação com lombada em pele da época, ligeiramente aparado; ligeira acidez. Estimado<br />
manual de veterenária do cavalo, com capítulos sobre ferragens, doenças, alimentação, anatomia,<br />
etc. Ilustrado no fim com oito gravuras impressas à parte. Raro.<br />
90 O MUSEU PORTUENSE Jornal de Historia, Artes, Sciencias Industriaes e Bellas<br />
Letras / Publicado Debaixo dos Auspicios da Sociedade da Typographia Commercial<br />
Portuense.. - Porto: Typographia Commercial Portuense, 1838-1839. - [4]-192 pp.: il.; 280<br />
mm. 160,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele da época um pouco cansada, restauros marginais.<br />
Colecção completa deste periódico histórico e industrial da cidade do Porto, ilustrado no<br />
texto com xilogravuras. Raro.<br />
91 OLLEBOMA (António Maria de Oliveira Belo). - CULINÁRIA Portuguesa /<br />
Prólogo de Albino Forjaz de Sampaio. - Lisboa: ed. autor, s.d. - 384 pp.; 225 mm.<br />
100,00¤<br />
Encadernação inteira de percalina editorial. Bom exemplar. António Maria de Oliveira Belo<br />
(1872-1935), gastrónomo. Diplomado em Ciências Económicas e Financeiras, foi Director da<br />
Associação Comercial de Lisboa, da Companhia Colonial de Navegação e da Sociedade<br />
Portuguesa de Seguros. Foi dos mais dedicados colaboradores de João Franco. Abandonando a<br />
política depois do regicídio, dedicou-se à gastronomia, escrevendo sob o pesudónimo de<br />
Oleboma um Tratado de Culinária, um dos mais completos que se publicaram não só em<br />
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Catálogo Bibliográfico Setembro 2007<br />
Portugal como no estrangeiro e este Culinária Portuguesa dedicado exclusivamente à cozinha<br />
à portuguesa. Raro e estimado.<br />
92 ORTA (Garcia da). - AROMATUM et Simplicium Aliquot Medicamentorum<br />
apud Indus Nascentium Historia: Primum quidem Lusitanica lingua per Dialogos conscripta,<br />
D. Garcia ab Horto, Proregis Indiae Medico, auctore. Nunc veró Latino sermone in<br />
Epitomen contracta, & iconibus ad viuum expressis, locuplatioribusque, annotatiuncalus<br />
illustrata à Carolo Clusio Atrebate. - Antuerpiae: Ex Officina Christophori Plantini<br />
Architypographi Regii, 1574. - 8.º; a-O//8, P//4; 228, [4] pp.; 165 mm. 5.000,00¤<br />
Encadernação em pergaminho; vestigios de carimbos de posse; alguma acidez; sublinhados de<br />
época em alguns fólios; pequeno furo de traça na margem inferior, quase imperceptível. Garcia<br />
de Orta, de família judaica, estudou em Alcalá e Salamanca, onde teve por contemporâneos<br />
Jerónimo Osório, André de Resende, Luís Nunes, etc. Terminados os estudos em 1523 veio<br />
exercer medicina para Castelo de Vide, onde nascera. Mas em 1526 encontra-se já em Lisboa<br />
onde tentou ascender ao professorado na Universidade de Lisboa, apenas conseguindo o lugar<br />
de professor contratado de Filosofia Natural em 1531, cadeira que Pedro Nunes rejeitara. Em<br />
1534 embarca para a Índia. É médico em Goa, onde se fixa, dedicando grande parte do seu<br />
tempo a estudar, a visitar a região, coleccionar os produtos naturais, estabelecer o seu museu,<br />
biblioteca e jardim de aclimação. Casou com Brianda de Solis, da célebre família dos Solis, de<br />
difícil trato. Desventurado com a vida familiar dedicou-se ainda mais aos seus estudos botânicos<br />
e aos seus doentes, acabando por falecer em 1568. Garcia de Orta foi, assim, o primeiro e<br />
mais notável investigador e estudioso da Botânica Médica e da Medicina Exótica, sendo por<br />
isso o fundador dessas disciplinas no nosso país e até percursor de outros europeus. Esta sua<br />
famosa obra, escrita em forma de Colóquios, onde Orta toma o lugar de médico prático, experimental,<br />
positivo, que constantemente afirma ideias e factos dizendo que viu, que experimentou,<br />
que observou, foi um importante contributo na terapêutica, botânica médica, geografia<br />
médica, patologia exótica, história natural, etnologia, etnografia e até na história geral e da<br />
medicina. Com o título original “Colóquios dos Simples e Drogas...”, a obra foi traduzida com<br />
comentários por Charles De L'Écluse (1526-1609), botânico importantíssimo que estabeleceu<br />
as bases modernas da ciência. Écluse desenvolveu novas culturas de jardim cultivando plantas<br />
novas como a tulipa ou o tomate. Director do Jardim do Império em Viena, passou grande parte<br />
do seu tempo a ensinar em Leiden, onde a sua cultura de tulipas no jardim botânico foi o início<br />
da indústria da plantação de tulipas pelos Holandeses. Esta sua tradução foi publicada pela<br />
primeira vez em 1567, sendo esta a sua segunda edição. RARÍSSIMO e importante. (GEPB,<br />
XIX, p. 674; Barbosa, II, p. 298 (2.ª ed.))<br />
93 ORTIGÃO (Ramalho). - AS PRAIAS DE PORTUGAL: Guia do Banhista e do<br />
Viajante / com desenhos de Emílio Pimentel. - Porto:: Livraria Universal de Magalhães &<br />
Moniz, 1876. - 144-[16] pp., 12 grav.: il.; 230 mm. 75,00¤<br />
Encadernação com lombada em pele, ligeiramente aparado; acidez. Um dos mais famosos livros<br />
de Ramalho Ortigão dedicado às praias mais frequentadas de então: A Foz do Douro; Leça e<br />
Matosinhos; Pedrouços; Póvoa do Varzim; Granja; De Pedrouços a Cascais; Vila do Conde;<br />
Espinho; Ericeira; Nazaré; Figueira da Foz e Setúbal - quase todas as descrições acompanhadas<br />
de uma gravura. Possui ainda um interessantíssimo capítulo dedicado às precauções higiénicas,<br />
ao Socorro aos afogados, para além de outras curiosidades. Raro e procurado.<br />
94 OURIVESARIA PORTUGUESA: Revista Oficial do Grémio dos Industriais de<br />
Ourivesaria do Norte. - Num. 1, 1.º Trimestre de 1948 - Num.19-20, 3.º e 4.º trimestres de<br />
1952. - Porto: Grémio dos Industriais de Ourivesaria do Norte, 1948-1952. - 20 nums.: il.;<br />
285 mm. 500,00¤<br />
Exemplar em brochura guardado em três caixas com lombada e cantos em pele. Bom exemplar.<br />
Colecção completa desta revista inteiramente dedicada ao estudo da ourivesaria em Portugal<br />
abordando aspectos históricos, industriais, técnicos, etc. Estimado.<br />
95 PEREIRA (Gabriel). - ESTUDOS EBORENSES: Historia, Arte, Archeologia. -<br />
Évora: Minerva Eborense e Joaquim da Silva Nazareth, 1886-1896. - 37 fasc.; 230 mm.<br />
350,00¤<br />
Bom exemplar com todos os números brochados em caixa com lombada e cantos em pele.<br />
PRIMEIRA EDIÇÃO. Colecção completa de uma das mais importantes publicações dedicadas<br />
à cidade Alentejana de Évora. Composta pelos seguintes títulos: I - O Mosteiro de Nossa<br />
Senhora do Espinheiro, 1886; II - Évora Romana, 1.ª Parte, O Tempo Romano, As Inscripções<br />
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Nuno Gonçalves, Leiloeiro, Livreiro, Unip., lda<br />
Lapidares, 1886; III - Casa Pia, 1886; IV - Loios Antigo Mosteiro ou Casa de S. João<br />
Evangelista), 1886; V - Bibliotheca Publica, 1886; VI - Conventos de Freiras, 1.ª Parte, Paraizo,<br />
Santa Clara, S.Bento, 1886; VII - Bellas Artes, 1886; VIII e IX - As Vesperas da Restauração,<br />
1886-1887; X - O Brasão de Évora, 1887; XI - A Egreja de Santo Antão, 1887; XII - O Archivo<br />
Municipal, 1887; XIII - A Restauração em Évora, 1887; XIV, XV e XVI - O Archivo da Santa<br />
Casa da Misericordia de Évora, 1888; XVII - Évora e o Ultramar, 1888; XVIII-XIX, XX e XXI<br />
- Os Assédios de Évora em 1663, 1889-1890; XXII - Os Festejos de Évora em 1729, 1890;<br />
XXIII - Évora nos Lusíadas, 1890; XXIV - Procissões Eborenses, 1890; XXV - Exposições de<br />
Arte Ornamental, 1890; XXVI - Antiguidades Romanas em Évora e seus Arredores, 1891;<br />
XXVII - Roteiro de um Eborense, em Rapido, por Madrid, Paris e Londres, 1891; XXVIII -<br />
Universidade de Évora, 1892; XXIX - As Caçadas, 1.ª Parte, 1892; XXX - Évora e o Ultramar,<br />
2.ª Parte, 1892; XXXI - Ibn-Abdun, 1893; XXXII - Os Mouros, 1893; XXXIII - As Caçadas, 2.ª<br />
Parte, 1893; XXXIV - Os Estudantes, 1893; XXXV - Versos Eborenses do Século XVIII, 1894;<br />
XXXVI - A Volta de Cenáculo, 1894; XXXVII - As Questões do Pão, 1896.Gabriel Vitor do<br />
Monte Pereira (1847-1911), Inspector das Bibliotecas e Arquivos Nacionais, sócio correspondente<br />
da Academia Real das Ciências. Educado por seu Pai, professor de Liceu, passou parte<br />
da sua juventude em Setúbal. Concluídos os estudos preparatórios, matriculou-se na Escola<br />
Naval, e seguiu o curso da Marinha, que abandonou quase no fim, deixando para sempre a vida<br />
do mar, satisfazendo assim os desejos de sua mãe. Estudou também na Escola Politécnica, de<br />
onde igualmente saiu sem concluir o curso. Começou a exercer o magistério no liceu de que<br />
seu pai era director e dedicou-se apaixonadamente ao estudo da História e Arqueologia nos<br />
seus variados ramos. Quando o liceu de Setúbal foi extinto, Gabriel Pereira acompanhou a<br />
família a Évora, sua terra natal, que muito se prestava às observações e pesquisas do jovem<br />
arqueólogo. Empregando-se na secretaria da Misericórdia de Évora, salvou da ruína o cartório<br />
daquela casa. Ali se conservou durante catorze anos. Foi então que começou a publicar vários<br />
trabalhos. Em 1880, a Universidade de Coimbra encarregou-o da elaboração do índice provisório<br />
dos documentos do seu cartório, seguindo a este trabalho o da publicação dos<br />
Documentos de Évora. Em 1887 foi convidado como funcionário extraordinário da Biblioteca<br />
Nacional, passando no ano seguinte a conservador, exercendo a comissão de director até 1902,<br />
seguindo para o cargo de inspector.<br />
96 PESSOA (Fernando). - MENSAGEM. - Lisboa: Parceria António Maria Pereira,<br />
1934. - 100, [4, 2 br.] pp.; 185 mm. 2.400,00¤<br />
Brochado; capa de brochura com pequenos restauros; assinatura de posse numa folha preliminar<br />
em branco; ligeira acidez. Bom exemplar. PRIMEIRA EDIÇÃO. Uma das mais importantes<br />
obras literárias do século XX. Único volume de poesia portuguesa publicado em vida de Pessoa,<br />
Mensagem insere-se num conjunto de trabalhos de índole nacionalista datados dos anos em<br />
que Pessoa colaborou em A Águia. Em 1922, publicou pela primeira vez, na Contemporânea,<br />
o conjunto poético intitulado Mar Português, quase integralmente coincidente com a segunda<br />
parte da Mensagem. Pessoa não considerava a sua obra de índole especificamente épica. Via-o<br />
antes como fusão dos modos lírico, dramático e épico-narrativo. Paralelamente aos factos e às<br />
figuras da história nacional, a Mensagem reflecte ainda outra realidade em que se espelham os<br />
estudos esotéricos do poeta, nomeadamente os relativos à Gnose, à Ordem Templária, À<br />
Cabala e À Fraternidade. Os primeiros exemplares da obra sairam em Outubro de 1934, simbolicamente<br />
colocada à venda no 1.º dia de Dezembro. Com esse livro, Pessoa concorreu ao<br />
prémio Antero de Quental, promovido pelo Secretariado de Propaganda Nacional, no qual não<br />
iria obter mais do que um improvisado prémio de segunda categoria. Dividido em três partes -<br />
Brasão, Mar Português e O Encoberto - incorpora 44 poemas, alguns dos quais já anteriormente<br />
publicados em revistas e jornais. RARO, importante e valioso.<br />
97 PINHEIRO (Rafael Bordallo). - PARÓDIA (A) / Caricaturas de Raphael Bordallo<br />
Pinheiro e M. Gustavo Bordallo Pinheiro. - I Anno, N.º 1, Lisboa, 17 de Janeiro, 1900 - 5.º<br />
Anno (2ª série), n.º 152, Lisboa, 29 de Dezembro, 1905. - Lisboa: A Editora, 1900-1905. - 6<br />
v.: il.; 360 mm. 400,00¤<br />
Encadernações editoriais em percalina. Primeiros seis anos deste importantíssimo periódico,<br />
culminante de toda a carreira de Bordallo Pinheiro como caricaturista. Publicado no seguimento<br />
de Os Pontos nos ii, o primeiro periódico da sua exclusiva responsabilidade, A Paródia revela<br />
de forma paradigmática não só o talento de Bordallo Pinheiro para a ironia, mas também o<br />
hipercriticismo em que se vivia na transição do séc XIX para o séc. XX em Portugal. Raríssimo.<br />
98 PINHEIRO (Rafael Bordalo). - ANTÓNIO (O) MARIA / Rafael Bordallo<br />
Pinheiro. - Ano I, n.º 1, 12 de Junho de 1879 - Ano VII, n.º 3, 21 de Janeiro de 1885. -<br />
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Catálogo Bibliográfico Setembro 2007<br />
Lisboa: Typ. A Editora, 1879-1885. - 6 v.: il.; 320 mm. 400,00¤<br />
Encadernações em percalina com a reprodução dos desenhos das encadernações editoriais.<br />
Exemplar com vários restauros marginais, algumas vezes afectando o texto. Primeira série completa,<br />
incluindo os três números que completam o Albúm das Glórias, deste importantíssimo<br />
periódico humorístico de Rafael Bordalo Pinheiro. Sobre a publicação disse Guerra Junqueiro:<br />
"O António Maria [...] são simplesmente a continuação de Fernão Lopes! O Diário do<br />
Governo é que é a caricatura. O retrato é o António Maria" [cit. de G.E.P.B., II, 860]. Muito<br />
raro.<br />
99 PORTUENSE (Gouvea). - IMAGENS e Costumes do Porto de Outras Eras: 120<br />
desenhos / de Gouvea Portuense; Proémio de A. de Magalhães Basto. - Porto: ed. autor, 1941.<br />
- 28 pp., 110 est.: il.; 315 mm. 350,00¤<br />
Encadernação editorial; carimbo de posse. Colecção de estampas relacionadas com a história<br />
do Porto, algumas delas coloridas de Gouvea Portuense. Raro e estimado.<br />
100 PORTUENSE (Gouvêa). - PORTAS e Casas Brasonadas do Porto e seu Termo. -<br />
Porto: Ed.Autor, 1943. - 20 pp., CXXXVII-[11] est., LX-[14] pp.: il.; 315 mm. 350,00¤<br />
Encadernação editorial em pele. Colecção de desenhos de Gouvea Portuense de casas brasonadas<br />
do Porto, algumas delas coloridas. Estimado.<br />
101 PROJET D'UN ORDRE FRANÇOIS EN TACTIQUE, ou la Phalange Coupée et<br />
Doublée, Soutenue par le Mêlange des Armes(...). - Paris, Imprimerie d'Antoine Boudet,<br />
1755. - XXX-448 pp, 16 est.: il. - Junto com:<br />
SUITE DU PROJET d'un Ordere François en Tactique, pour Servir de Supplément à cet<br />
Ouvrage, Préparer à en Usage pour le Service du Roi / Nouvelle Edition Revue par l'Auteur.<br />
- Paris, Charles-Antoine Jombert, 1758. - VI-90 pp., 1 est.: il. - Junto com:<br />
OBSERVATIONS SUR LE CANON, par Rapport a l'Infanterie en Général, et a la Colonne<br />
en Paticulier: Suivies de Quelques Extraits de lÉssai sur 'Usage de l'Artillerie, avec les<br />
Réponses.. - Amsterdam, Paris: Charles Antoine Jombert, 1772. - [4]-120 pp.; 245 mm.<br />
450,00¤<br />
Encadernação inteira de pele um pouco cansada; corte das folhas carminado. Ensaio de tática<br />
militar ilustrado com gravuras desdobráveis. O último título é um interessante trabalho sobre<br />
os canhões de infantaria. Raro.<br />
102 PRUNETTI (Michael Angelo). - REGRAS da Arte da Pintura: Com breves<br />
Reflexões críticas sobre os caracteres distintivos de suas Escolas, Vidas, e Quadros de seus<br />
mais célebres professores [...] acresce Memória dos mais Famosos Pintores Portuguezes e dos<br />
Melhores Quadros seus que escrevia o traductor. - Lisboa: Na Impressão Regia, 1815. -<br />
XXIV-272-[2] pp.; 200 mm. 300,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira assinada Invicta Livro com lombada decorada a ouro ao gosto<br />
da época; carimbo a óleo de João S. Romão no frontispício. Estudo estimado, valioso pelo<br />
Aditamento da autoria de José da Cunha Taborda (1766-1836) que trata dos Pintores portugueses.<br />
Inocêncio afirma sobre ela: "Contém esta obra noticias ácerca de uma centena, pouco<br />
mais ou menos, de pintores portuguezes; as quaes apresentam particularidades interessantes, e<br />
mostram da parte do auctor espirito investigador, e muita curiosidade nas diligencias que<br />
empregou para verificar os factos, mediante o exame de documentos existentes nos archivos<br />
publicos e particulares. N'esta parte a sua obra tem mais auctoridade que a de Cyrillo, e é talvez<br />
mais importante." Raro. (Inoc., IV, 302)<br />
103 QUEIRÓS (Eça de). - A CIDADE e as Serras. - Porto: Livraria Chardron, 1901. -<br />
[4], 384 pp.; 180 mm. 200,00¤<br />
Encadernação com lombada em pele; com falta das capas de brochura; ligeiramente aparado.<br />
PRIMEIRA EDIÇÃO. Obra do final de vida de Eça, não totalmente revista por ele. Tal como<br />
em A Ilustre Casa de Ramires, traçada por profundas mudanças ideológicas. Partindo da dicotomia<br />
pobreza campestre e luxo citadino, Eça, através do seu personagem Jacinto que se encontra<br />
revoltado contra a pobreza dos casebres em que vivem famílias miseráveis, procura atenuar<br />
essa miséria. “Ao mesmo tempo, Tormes entreabre-se à civilização, buscando um equilíbrio”<br />
entre a ruralidade e a vida urbana. (Biblios, 4, c. 513). É um dos mais raros e procurados<br />
romances de Eça.<br />
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Nuno Gonçalves, Leiloeiro, Livreiro, Unip., lda<br />
104 QUEIRÓS (Eça de). - A ILLUSTRE Casa de Ramires. - Porto: Livraria Chardron,<br />
1900. - [4]-544 pp.; 195 mm. 90,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira da época, ligeiramente aparado e sem capas de brochura;<br />
carimbo e assinatura de posse. Primeira edição completa deste romance publicado na Revista<br />
Moderna de Paris, com ilustrações de Dillon incompletamente ao longo de 20 números. Junto<br />
com A Cidade e as Serras, A Ilustre Casa de Ramires é um dos últimos textos de Eça, demonstrando<br />
uma mudança ideológica, contemporânea das Conferências do Casino. “Num momento<br />
em que estavam ainda vivas as sequelas do Ultimato inglês e patente a nossa debilidade<br />
histórica em fins do século XIX, o romance parte da História e do passado, para tentar construir<br />
uma mensagem de revitalização dos legítimos herdeiros desse passado”. (Biblos, 4, c.512).<br />
Raro.<br />
105 QUEIRÓS (Eça de). - OS MAIAS: Episodios da Vida Romantica. - Porto: Livraria<br />
Internacional de Ernesto Chardron, 1888. - 2 v.; 195 mm. 600,00¤<br />
Encadernações inteiras de pele assinadas Invicta Livro, ricamente decoradas nas pastas com<br />
filete e ornamento a ouro, este último com embutido de pele preta, nas pastas, e na lombada<br />
com rótulos pretos com títulos a ouro; capas de brochura anteriores fac-similadas. PRIMEIRA<br />
EDIÇÃO de um dos mais importantes e fundamentais romances portugueses. Longamente<br />
preparado desde cerca 1880, Os Maias são “um fresco admirável” do Portugal oitocentista em<br />
forma ficcional. Centrado numa só família, o romance atravessa historicamente o período compreendido<br />
desde os primórdios do Liberalismo e o final do século XIX, revelando um certo<br />
propósito crítico. Os serões, os jantares literários, as corridas de cavalos e os saraus são também<br />
marcados pela presença de diversos tipos sociais e culturais, dos mais característicos da ficção<br />
queirosiana. Assim se desenrola a evolução e decadência da família, protagonizada por Afonso<br />
da Maia, Pedro e Carlos. Este último, depois de passar por Coimbra, fixa-se em Lisboa, abrindo<br />
o seu consultório com desejos e promessas de auspicioso futuro. Mas afectado por uma insuperável<br />
tendência para a dispersão, Carlos rapidamente abandona essa ideia iniciando-se neste<br />
ponto a intriga amorosa com Maria Eduarda. “<strong>Cum</strong>pre-se, pois, já no tempo e na geração de<br />
Carlos da Maia, um destino de perdição que nada fazia prever, nessa personagem rica e educada<br />
de forma metódica, perdição que, para mais, ocorre num fim de século convicto da superioridade<br />
da sua civilização. [...] O episódio final assume, por várias razões, a feição de um epílogo<br />
de incidência histórica [...]. Desde logo esse episódio envolve um regresso [...], marcado pela<br />
erosão dos 10 anos que decorreram, depois do conhecimento do incesto e da morte de Afonso<br />
da Maia. O olhar do protagonista que vive um reencontro amargurado com o passado [...]<br />
envolve uma atitude crítica, ao mesmo tempo que anuncia rumos e sentidos que a obra de Eça<br />
privilegiará depois. [...] a crítica da Lisboa afrancesada, que tende a esquecer a saudosa autenticidade<br />
perdida no tempo do Senhor D. João VI, provém de uma personalidade que regressa<br />
para saborear, na culinária e na paisagem, o pouco que sobrevive do Portugal tradicional”<br />
(Biblios, 3.º, cc. 389-391). MUITO RARO e procurado.<br />
106 QUEIRÓS (Eça de). - ULTIMAS PAGINAS: (Manuscriptos Ineditos); S.<br />
Christovam, S.to Onofre; S.Frei Gil; Artigos Diversos. - Porto: Livraria Chardron, 1912. -<br />
VIII-502-[2] pp.; 195 mm. 90,00¤<br />
Encadernação com lombada em pele; ligeiramente aparado; sem capas de brochura. Primeira<br />
edição deste conjunto de escritos deixados inéditos por Eça, grande parte deles as Lendas de<br />
Santos. Invulgar.<br />
107 RAJADA (A) / Director Literário Afonso Duarte, Director Artístico Correia Dias.<br />
- Num. 1, 1 de Março de 1912 - num. 4, Junho de 1912. - Coimbra: Moita de Deus, 1912. -<br />
5 nums. em 1 v.: il.; 250 mm. 200,00¤<br />
Encadernação inteira de percalina, conservando todas as capas de brochura e apenas ligeiramente<br />
aparado à cabeça. Limpo. [Daniel Pires, I, p. 300] Revista ligada ao movimento saudosista<br />
da qual saíram cinco números, sendo o último dedicado à atriz Mimi Aguglia sem indicação<br />
de data. Importante colaboração, destacando-se a artística com desenhos de Almada<br />
Negreiros, Correia Dias, Cristiano Cruz e Balha e Melo. Raro.<br />
108 RAMBOSSON (J.). - HISTOIRE et Légendes des Plantes Utiles et Curieuses. -<br />
Paris: Librairie de Firmin Didot Fréres, 1868. - [6], VI, 372 pp.: il.; 240 mm. 110,00¤<br />
Encadernação com lombada em chagrin; corte das folhas dourado; Ex-Libris dos Condes do<br />
Bonfim. Curiosa história de várias espécies de plantas, sua utilização e curiosidades. Invulgar.<br />
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Catálogo Bibliográfico Setembro 2007<br />
109 RAU (Virginia). - A CASA dos Contos. - Coimbra: Faculdade de Letras da<br />
Universidade de Coimbra, 1951. - X, 530 pp., 7 est.: il.; 245 mm. 60,00¤<br />
Brochado; por abrir. Estudo sobre a Casa dos Contos, o equivalente ao actual Tribunal de<br />
Contas, desde a sua origem até à sua extinção em 1761. Dividido em três partes, a primeira relativa<br />
à sua evolução histórica, a segunda sobre a sua organização e a terceira sobre a evolução<br />
da contabilidade pública em Espanha e a legislação Filipina. Raro.<br />
110 RAU (Virgínia). - SUBSÍDIOS PARA O ESTUDO DAS FEIRAS MEDIEVAIS<br />
PORTUGUESAS. - Lisboa: Bertrand Irmãos, 1943. - 180 pp., 2 mapas.: il.; 240 mm. 70,00¤<br />
Encadernação com lombada em pele; conserva as capas de brochura; dedicatoria da autora.<br />
Dissertação de Licenciatura daquela que viria a ser uma das maiores historiadoras portuguesas<br />
da sua geração. Este seu estudo ainda hoje é uma referência importante para a História da<br />
Economia Medieval portuguesa. Primeira edição.<br />
111 RÉGIO (José). - AS ENCRUZILHADAS DE DEUS: Poema / de José Régio, com<br />
desenhos de «Júlio». - Coimbra: Edições Presença, 1935. - 178-[8] pp.: il.; 240 mm. 380,00¤<br />
Encadernação inteira de pele decorada a seco nas pastas com a reprodução da capa de brochura;<br />
ligeiramente aparado; assinaturas de posse. [Almeida Marques, 1815] Primeira edição. Um<br />
dos primeiros livros do autor e dos mais estimados da sua obra poética. Raro.<br />
112 REMÉDIOS (J.Mendes dos). - OS JUDEUS em Portugal.. - Coimbra: F.França<br />
Amado, 1895. - [8]-454-[2] pp.; 220 mm. 130,00¤<br />
Encadernação com lombaa e cantos em pele; conserva a capa de brochura anterior colada<br />
sobre papel; dedicatória do autor. Mendes dos Remédios dedicou muito do seu estudo aos<br />
Judeus em Portugal. Este seu trabalho, uma Dissertação apresentada para concurso ao magistério<br />
na Faculdade de Teologia da Universidade de Coimbra, trata da história deste povo em<br />
Portugal desde os primeiros tempos da presença dos povos germânicos na Península. Com capítulos<br />
dedicados à sua estrutura social, jurídica e económica, razões dos ódios dos povos, apologistas<br />
não judeus, etc. Muito raro.<br />
113 RENGADE. - LAS PLANTAS que Curan y las Plantas que Matan: Nociones de<br />
Botanica Aplicadas a la Higiene Domestica. - Barcelona: Montaner y Simon, 1887. - [8], 228<br />
pp.: il.; 310 mm. 75,00¤<br />
Encadernação com lombada em pele; ligeiramente aparado. Obra profusamente ilustrada no<br />
texto sobre as propriedades das plantas. Curioso.<br />
114 RETRATO DOS JESUITAS FEITO AO NATURAL pelos mais sabios, e mais ilustres<br />
Catholicos: ou Juizo feito a' cerca dos Jesuitas pelos maiores, e mais esclarecidos homens<br />
da Igreja e do Estado: Desde o anno de 1540, em que foi a sua Fundação, até ao anno de<br />
1650 antes das disputas, que se levantaram a respeito do livro de Jansenio. - Lisboa: Na<br />
Officina de Miguel Rodrigues, 1761. - 4.º; §-§§4, §§§2, A-Z4, Aa-Ii4; [20]-256 pp.; 205 mm.<br />
250,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira da época, ligeiramente cansada; acidez. Tradução portuguesa<br />
desta reunião de escritos de várias personalidades estrangeiras contra os Jesuítas. Invulgar.<br />
115 REVISTA da Federação Académica de Lisboa / Director Raul Navas. - N.º 1, Março<br />
de 1915 - N.º 2, Abril de 1915. - Lisboa: Tip. Universal, 1915. - 2 n.ºs; 250 mm. 100,00¤<br />
Brochado. Fundada em 1913, a Federação Académica de Lisboa, constituída pelos estudantes<br />
das Escolas Superiores da capital, publicou dois números da sua revista com colaboração dos<br />
então estudantes Mosés Bensabat Amzalak, A. Moraes Sarmento, entre outros. Raro. Colecção<br />
completa.<br />
116 REVISTA de Portugal / Director Eça de Queiroz. - Porto: Editores Lugan &<br />
Genelioux, 1889-1890. - 4 v.; 255 mm. 500,00¤<br />
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Nuno Gonçalves, Leiloeiro, Livreiro, Unip., lda<br />
Encadernações uniformes com lombada em pele. Bom exemplar. Importante revista dirigida por<br />
Eça de Queirós com colaboração de Fialho de Almeida, Oliveira Martins, Rodrigues de Freitas,<br />
Magalhães Lima, Ramalho Ortigão, Antero de Quental, Teófilo Braga, Guerra Junqueiro, Leite<br />
de Vasconcelos, A. Feijó, Raul Brandão, Alberto Sampaio, entre muitos outros. Colecção completa.<br />
117 REVISTA Peninsular. - v. 1, n.º 1 (1855) - v. 2, 1856. - Lisboa: Typographia do<br />
Progresso, 1855-1856. - 2 v.: il.; 230 mm. 150,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele. Colecção completa desta revista cuja ideia era<br />
a de publicar artigos relativos a Espanha e Portugal, tornando-se num meio de intercâmbio cultural<br />
entre os dois países ibéricos. Com colaboração de Mendes Leal, Alexandre Herculano,<br />
Rebelo da Silva, Latino Coelho, Lopes de Mendonça, entre outros. Com artigos literários,<br />
históricos, geográficos, etc. Raro. (Jornais e Revistas Portuguesas do Séc. XIX, 4648)<br />
118 RODRIGUES (Francisco de Assis). - DICCIONARIO Technico e Historico de<br />
Pintura, Esculptura, Architectura e Gravura. - Lisboa: Imprensa Nacional, 1875. - 384 pp.;<br />
240 mm. 50,00¤<br />
Encadernação com lombada em pele da época um pouco cansada; ligeira acidez. O primeiro<br />
dicionário de termos técnicos relacionados com as belas artes escrito em português. Ainda hoje<br />
muito procurado e estimado. Raro.<br />
119 ROSA (João). - ALENTEJO à Janela do Passado: Breves Notícias de Arte,<br />
Etnografia e História / prefácio de Manuel Ribeiro. - Lisboa: Tipografia da L.C.G.G., 1940. -<br />
XII, 90, [2] pp., LVI est.: il.; 275 mm. 120,00¤<br />
Encadernação em percalina castanha; mancha de humidade no pé; conserva as capas de<br />
brochura. Conjunto de pequenos estudos sobre a região alentejana, dividida em três partes com<br />
os seguintes títulos: I. Elementos para a História do Convento de Santa Helena do Monte<br />
Calvário e doutros Cenóbios Eborenses Célebres; II. Das Rosas, Rendas, Recortes e outros<br />
Motivos Ornamentais em Relação com a Histórica Doçaria Fidalga Província; III.<br />
Galhardamente, a Bela Região Conquistou Lugar de Honra nas Crónicas da Evolução dos Ex-<br />
Libris em Portugal. Profusamente ilustrado no texto e em separado. Muito raro.<br />
120 RUFINO (José dos Santos). - ALBUNS Fotográficos e Descritivos. - Hamburgo:<br />
Broschek & Co., 1929. - 10 v.: il.; 225x300 mm. 400,00¤<br />
Brochado. Colecção completa destes Albuns de fotogravuras respeitantes à África Oriental<br />
Portuguesa, com os seguintes títulos: I. Lourenço Marques, Panoramas da Cidade; II. Lourenço<br />
Marques, Edifícios Públicos, Porto, Caminhos de Ferro, etc.; III. Lourenço Marques, Aspectos<br />
da Cidade, Vida Comercial, Praia da Polana, etc.; IV. Distrito de Lourenço Marques, Industrias,<br />
Agricultura, Aspectos das Circunscrições, etc.; V. Gaza e Inhambane, Aspectos Gerais; VI.<br />
Quelimane, Aspectos Gerais; VII. Moçambique, Aspectos Gerais; VIII. Téte e Cabo Delgado<br />
(Niassa), Aspectos Gerais; IX. Manica e Sofala, Companhia de Moçambique, A Cidade da<br />
Beira, Aspectos do Território; X. Raças, Usos, Costumes Indígenas e Alguns Exemplares da<br />
Fauna Moçambicana. Muito raro.<br />
121 S. LUÍS (Fr. António de). - MESTRE de Ceremonias, que Ensina o Rito Romano,<br />
e Serafico aos Religiosos da Reformada, e Real Provincia da Immaculada Conceição do Reino<br />
de Portugal / exposto pelo M.R.P.M. [...]. - Segunda Impressão mais correcta, e notavelmente<br />
augmentada por hum filho da Provincia sobredita. - Lisboa: Na Regia Officina Typographica,<br />
1780. - *//6, A-Z, Aa-Zz, Aaa-Ccc//4, Ddd//2., [12]-394-[2 em br.] pp.; 290 mm. (4.º).<br />
300,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira da época restaurada; restauros marginais; limpo; inscrição a<br />
tinta da época: "Pertence ao Rdº M.el Gonçalves Pedro" na folha de guarda; corte das folhas<br />
carminado. Fr. António de S.Luís foi franciscano da província reformada da Conceição de<br />
Portugal, Leitor de Teologia e depois Provincial. Inocêncio ignora as circunstâncias do nascimento<br />
e morte deste autor. A sua obra foi publicada pela primeira vez em 1766, por Miguel<br />
Manescal da Costa, publicando-se logo depois da presente segunda a última por Simão Tadeu<br />
Ferreira em 1789, mostrando este número de edições em tão curto espaço de tempo a estimação<br />
que a obra mereceu. Nela encontram-se importantes detalhes sobre a Liturgia da época,<br />
quer na celebração dos sacramentos, quer na Liturgia das Horas. (Inoc., I, p. 191)<br />
122 SAA (Mário). - AS GRANDES Vias da Lusitania: O Itinerário de Antonino Pio. -<br />
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Catálogo Bibliográfico Setembro 2007<br />
Lisboa: Tipografia da Sociedade Astória, 1957-1967. - 6 v.: il.; 180 mm. 250,00¤<br />
Brochado. Estudo histórico sobre as grandes vias romanas no território português, ilustrado em<br />
separado com mapas e fotogravuras. Muito raro.<br />
123 SALAZAR (Oliveira). - DISCURSOS. - Coimbra: Coimbra Editora, 1961-1967. -<br />
6 v.; 195 mm. - Junto com:<br />
----- ENTREVISTAS: 1960-1966. - Coimbra: Coimbra Editora, 1967. - [4]-244 pp.; 195 mm.<br />
380,00¤<br />
Brochado. Importantíssimo documento para a história do século XX português onde se compilam<br />
todos os discursos oficiais de Oliveira Salazar, adicionado do volume de entrevistas que<br />
foi concedendo ao longo do seu governo. Raro.<br />
124 SARMENTO (D. José de Alarcão Velasques). - COLLECÇÃO de Genealogias<br />
Reaes em que El-Rei D. João I, X Rei de Portugal, Se vê por cento e huma linhas<br />
Genealogicas Ascendente delRei Fidelissimo Nosso Senhor Dom José I, XXV Rei de Portugal<br />
[...]. - Lisboa: Na Officina de Miguel Manescal da Costa, 1754. - [ ], [ ], A-Z, Aa-Cc//2; [8]-<br />
102-[2 br.] pp.; 420 mm. (folio). 550,00¤<br />
Encadernação com lombada em pele moderna; acidez; restauros marginais. [Inoc., IV,<br />
215]Conjunto de 101 árvores genealógicas onde se analisam outras tantas ascendências de D.<br />
José I a partir de D. João I. Com uma bonita vinheta na página de dedicatória, com o retrato<br />
de D. José. Estimado e raro.<br />
125 SEARA Nova: Revista Quinzenal de Doutrina e Crítica. - N.º 1, 15 de Outubro de<br />
1921 - N.º 1601, Outubro de 1981. - Lisboa: Empresa de Publicidade Seara Nova, 1921-1981.<br />
- 1601 n.ºs em 77 vols.: il.; 300 mm. 1.800,00¤<br />
Encadernações editoriais nos primeiros 25 volumes e os seguintes com lombada em pele verde<br />
com rótulos vermelhos e títulos a ouro. Conserva todas as capas de brochura. Bom exemplar.<br />
PRIMEIRA SÉRIE COMPLETA desta revista fundada em Lisboa no dia 15 de Outubro de<br />
1921. Publicaram-se duas séries, a primeira até ao n.º 1598/1599, Dezembro de 1978/Janeiro<br />
de 1979; a segunda do Verão de 1985 a 1998, n.º 62.; de Outubro de 1980 a Dezembro de 1984<br />
publicaram-se anualmente números simbólicos, exclusivamente para manter o título (1600 a<br />
1604). Prosseguindo os princípios expostos por movimentos que a antecederam, em especial a<br />
"Renascença Portuguesa" e a Liga de Acção Nacional, cujo orgão, Pela Grei, dirigido por<br />
António Sérgio, divulga propostas em larga medida coincidentes com as da Seara, cerca de<br />
1920 reune-se no gabinete do director da Biblioteca Nacional, Jaime Cortesão, um grupo que<br />
estaria na génese da revista e do seu movimento político-cultural composto por, além do<br />
anfitrião, Raul Brandão, Raul Proença, Aquilino Ribeiro, Ferreira de Macedo e Câmara Reis<br />
com o objectivo de "elaborar um programa de acção política e social, um programa mínimo de<br />
realizações nacionais, que pudessem colaborar todos os elementos sinceros e sãos da colectividade"<br />
(entrevista de Camara Reis ao Primeiro de Janeiro citada de AV, 15). Sucederam-se<br />
várias reuniões, tendo, numa delas, sido decidida a criação da revista. Ainda em 1920 vários<br />
orgão da imprensa escrita, nomeadamente A Batalha e A Manhã, tornam público os movimentos<br />
inerentes ao grupo, publicando várias entrevistas e artigos a ele dedicados. Finalmente, em<br />
Maio de 1921, sairam duas folhas dobradas transcrevendo um programa da revista e em<br />
Outubro desse ano o primeiro número. Congregando um vasto leque de personalidades, a<br />
Seara Nova torna-se num ponto de encontro e confluência, um espaço de diálogo e de debate.<br />
António Ventura traça as principais linhas do ideário seareiro: "composto de sensibilidades<br />
várias, traduzidas em artigos onde não é possível descortinar a opinião "oficial" do grupo, assenta<br />
em duas vertentes ideológicas fundamentais e contraditórias: a liberal e a socializante. A<br />
primeira visa um aprofundamento da democracia, através da luta contra as oligarquias de qualquer<br />
tipo e da defesa das liberdades individuais, condições necessárias para a pacificação e concórdia<br />
da família portuguesa; a segunda dá uma particular atenção à questão social, através<br />
de uma intervenção estatal esclarecida e do diálogo entre as partes envolvidas." (AV, 19).<br />
Passando por várias dificuldades, cisões internas, censuras, problemas financeiros, a Seara Nova<br />
é, segundo Sottomayor Cardia "um dos mais notáveis movimentos de ideias que Portugal conheceu<br />
este século" (Sottomayor Cardia, cit. de Daniel Pires), prolongando a sua acção durante<br />
cerca de oitenta anos. RARÍSSIMA e muitíssimo importante. (Daniel Pires, v.II, 2.º t., pp. 430-<br />
534; VENTURA, António, O Imaginário Seareiro: Ilustradores e Ilustrações da Revista Seara<br />
Nova (1921-1927), Lisboa, INIC, 1989 (AV))<br />
126 SEQUEIRA (Gaspar Cardoso de). - THESOURO de Prudentes, novamente dado<br />
- 51 -
Nuno Gonçalves, Leiloeiro, Livreiro, Unip., lda<br />
à Luz / por [...]. Contem em si quatro livros cuja relação vai no seguinte Prologo. Vai accrescentado<br />
nesta ultima impressão o Prognostico, e Lunario para os annos vindouros. - Évora:<br />
Na Impressão da Universidade, 1700. - 8.º; [ ]//4, A-K//8, L-Z, Aa-Ii//4; [8], 336 pp.; 210<br />
mm. 1.200,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira da época, reconstruída; cortes de traça até ao caderno E por<br />
vezes afectando o texto; acidez própria da má qualidade do papel. [Bib.Geral, 5749; Barbosa,<br />
II, p. 311] Gaspar Cardoso de Sequeira estudou matemática na Universidade de Alcala, leccionando<br />
depois essa disciplina em Braga, Porto, Coimbra e Lamego e em Ciudad Rodrigo e Tuy.<br />
Este seu Thesouro de Prudentes foi publicado pela primeira vez em Coimbra, Nicolau Carvalho,<br />
em 1612. Dividido em onze tratados trata de temas como "segredos naturaes para plantar [...]<br />
& fazer noras que andem por si, & como os Astrologos rusticos saberaõ prognosticar de tempos";<br />
"de cousas importantes à Medicina", "da fabrica de relogios diurnos & nocturnos", "da<br />
medição das horas planetarias" ou "da Astrologia". Profusamente ilustrado no texto. RARO e<br />
muito procurado.<br />
127 SOLANO (Francisco Inácio). - EXAME Instructivo sobre a Musica Multiforme,<br />
Metrica, e Rythmica, no qual se pergunta, e dá resposta de muitas cousas interessantes para<br />
o Solfejo, Contraponto, e Composição: seus termos privativos, regras, e preceitos, segundo a<br />
melhor pratica, e verdadeira theorica. - Lisboa: Na Regia Officina Typographica, 1790. - 8.º;<br />
*//8, **//2, A-S//8, T//2; [20], 290, [2] pp.; 150 mm. 200,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira da época, um pouco cansada; corte das folhas carminado;<br />
ocasionais manchas de humidade. Francisco Inácio Solano (1720-1800), organista e teólogo<br />
português. Fez os seus estudos na escola de música estabelecida de D. João V em Santa Maria<br />
de Ribamar. Entrou para a irmandade de Santa Cecília cerca de 1740 e parece ter gozado de<br />
reputação como professor de fidalgos da corte. Escreveu várias obras pedagógicas, entre elas a<br />
presente, que gozaram por muito tempo em Portugal de grande crédito. Raro.<br />
128 SOUSA (Alberto). - CINCOENTA ANOS DE VIDA ARTÍSTICA 1900-1950 /<br />
Prefácio de Júlio Dantas. - Lisboa: Bertrand Irmãos, 1950. - 2 v.: il.; 330 mm. 400,00¤<br />
Encadernações com lombada e cantos em pele grená. Importante Inventário das Aguarelas e<br />
Desenhos do grande aguarelista português Alberto Sousa, reproduzindo cerca de 600 desenhos<br />
e aguarelas executados entre 1900 e 1950, muitas delas a cores. Raro e muito estimado.<br />
129 SOUSA (Alberto). - O TRAJO Popular em Portugal nos Séculos XVIII E XIX<br />
[Séculos XVI E XVII]. - Lisboa: Sociedade Nacional de Tipografia, 1924. - 2 v. em 1: il.; 320<br />
mm. 350,00¤<br />
Encadernação inteira de pele grená, decorada com títulos a ouro e gravura colorida na pasta<br />
anterior. Tudo quanto se publicou desta estimadíssima obra de Alberto de Sousa dedicada ao<br />
Trajo Popular em Portugal nos séculos XVI a XIX, ilustrada com centenas de reproduções de<br />
óleos, gravuras, desenhos, aguarelas, estando algumas delas a cores. Muito raro quando completo.<br />
130 SOUSA (F.M.). - NOTÍCIA Descriptiva e Historica da Cidade de Thomar. -<br />
Thomar: Typ. Silva Magalhães, 1903. - 254-[8] pp.: il.; 210 mm. 70,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele; conserva as capas de brochura. Monografia local<br />
sobre uma das cidades mais importantes do nosso país, tratando com profundidade de outros<br />
conventos que não só o Convento de Cristo, ilustrado no texto.Procurado.<br />
131 SOYÉ (Luís Rafael). - NOITES JOZEPHINAS DE MIRTILO Sobre a Infausta<br />
Morte do Serenissimo Senhor D. Joze Principe do Brasil [...]. - Lisboa: Na Regia Officina<br />
Typographica, 1790. - A-P8, Q4, R2; 148-[2] pp., 1 front. gravado, 16 est.: il.; 175 mm. (8.º).<br />
300,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira da época, com falha na pasta posterior. Exemplar limpo.<br />
[Inocêncio, V, p. 316] Segundo Inocêncio foi com esta obra que se imprimiu pela primeira vez<br />
um poema elegíaco. Está belamente ilustrada com um frontispício gravado e 16 estampas<br />
alegóricas, para além de uma vinheta por cada "Noite", tudo gravado a buril pelos melhores<br />
artistas portugueses da época. Muito procurado.<br />
132 SUCESSO do Segundo cerco de Diu estando Dom Joham Mazcarenhas por<br />
Capitam da Fortaleza. anno de 1546. - Fielmente copiado da Ediçam de 1574 / por Bento José<br />
- 52 -
Catálogo Bibliográfico Setembro 2007<br />
de Sousa Farinha. - Lisboa: Na Offic. de Simam Thaddeo Ferreira, 1784. - 8.º; XVI, 436 pp.;<br />
145 mm. 150,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira, corte das folhas pintado. Estimada edição.<br />
133 SUDOESTE / Cadernos de Almada Negreiros. - N.º 1, Junho de 1935 a n.º 3,<br />
Novembro de 1935. - Lisboa: Edições SW, 1935. - 3 n.ºs.: il.; 250 mm. 350,00¤<br />
Brochado; bom exemplar. Importante revista, os dois primeiros números da exclusiva responsabilidade<br />
de Almada Negreiros, no terceiro colaboraram, para além do próprio Almada, Adolfo<br />
Casais Monteiro, Alfredo Guisado, Álvaro de Campos, Ângelo de Lima, Carlos Queirós,<br />
Fernando Pessoa, Hein Semke, João Gaspar Simões, José Régio, Luís de Montalvor, Mário de<br />
Sá Carneiro, Mário Saa, Raul Leal, Sarah Afonso e Saúl Dias. Segundo Nuno Júdice (citado de<br />
Daniel Pires) Sudoeste terá “o mérito de ter estabelecido a ponte entre gerações diversas, como<br />
a do Orpheu e da Presença, e a intenção (não concretizada num 4.º número) de indicar os<br />
novos rumos da surrealidade e do absurdo”. Muito rara quando completa. (Daniel Pires, I, 348)<br />
134 TASSO (Torquato). - DELLE Lettere Familiari del Sig. Torquato Tasso,<br />
Nuovamente raccolte, e date in luce. - In Bergamo: Per Comino Ventura, 1588. - a//4, b//2,<br />
A-Z, Aa-Hh, a, A-Z, Aa-Cc//4, Dd//3; [6], 124, [4], 107 ff.; 230 mm. 850,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira não contemporânea cansada; manchas de humidade; ocasionais<br />
cortes de traça marginais. Torquato Tasso (1544-1595), poeta italiano. Recebeu a sua<br />
primeira educação em Nápoles, Roma, Pésaro e Veneza, e depois na Universidade de Pádua<br />
Teologia, Filosofia e Jurisprudência. Tornou-se conhecido pela publicação do poema de cavalaria<br />
Rivaldo com apenas 17 anos de idade. Nomeado gentil-homem do Cardeal Luís d'Este,<br />
acompanhou o seu benfeitor a França caindo em seu desfavor e regressando a Itália na corte<br />
de Afonso II de Ferrara. Em 1575 finalizava a Jerusalem Libertada, poema em oitavas, dividido<br />
em vinte cantos, tendo por assunto a cruzada de Godofredo de Bulhões e a conquista aos infiéis<br />
do Santo Sepúlcro. Impressa segundo um manuscrito roubado ao autor durante o seu internamento<br />
no hospital de Sant'Ana, Tasso opôs-se sempre à publicação da sua obra temendo a censura<br />
eclesiástica. Ameaçado de excomunhão, Tasso renegou a sua obra, dedicando-se à composição<br />
de novo poema com o título Jerusalem Conquistada que apareceu em 1593. Passou os<br />
últimos anos da sua vida a vaguear por Itália, acabando por falecer em 1599. Tasso dedicou um<br />
seu poema a Vasco da Gama que é, ao mesmo tempo, um panegírico a Camões. Raro.<br />
135 TORGA (Miguel). - O PORTO. - Coimbra: Oficinas da Atlântida, 1944. - 16 pp.;<br />
240 mm. 150,00¤<br />
Brochado. Conferência lida no Clube dos Fenianos Portuenses em Fevereiro de 1944.<br />
Estimado.<br />
136 [TORGA (Miguel)]. - TRIBUTO / Poemas de Adolpho Rocha. - Coimbra: Nas<br />
Oficinas da Atlântida, 1931. - 44-[4] pp.; 190 mm. 1.800,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele; nada aparado; conservando as capas de brochura;<br />
limpo. [Almeida Marques, 2279] Publicado ainda com o nome de baptismo do seu autor,<br />
esta primeira e única edição é uma das mais raras da bibliografia de Miguel Torga.<br />
137 TRADIÇÃO (A): Revista Académica Coimbrã / Director e Editor Camilo Valente.<br />
- Tomo I (1 a 5), Agosto, 1920. - Coimbra: Casa Tipográfica de Alves & Mourão, 1920. - 40<br />
pp., 10 est.: il.; 255 mm. 180,00¤<br />
Brochado. Único número publicado desta revista considerada por Fernando Guimarães uma<br />
das que vai preparar o aparecimento da Presença. Com colaboração literária de Cabral do<br />
Nascimento, Afonso Duarte e Augusto Casimiro, entre outros, e artística de Alberto de Sousa,<br />
Abel Eliseu, Fausto Gonçalves, João Augusto Macedo, Joaquim Salgado e José Seabra.<br />
Raríssima. (Daniel Pires, I, 360)<br />
138 VASCONCELOS (J. Leite de). - ESTUDOS de Philologia Mirandesa. - Lisboa:<br />
Imprensa Nacional, 1900-1901. - 2 v. em 1; 255 mm. 180,00¤<br />
Encadernação inteira de pele decorada a seco nas pastas e lombadas, títulos a ouro em rótulo<br />
verde na lombada; conserva as capas de brochura. Um dos mais completos estudos sobre o<br />
dialecto Mirandês, com notas sobre a gramática, semântica, origens, um vocabulário etimológico<br />
do dialecto e um conjunto de textos tradicionais mirandeses. Raro e muito procurado.<br />
- 53 -
Nuno Gonçalves, Leiloeiro, Livreiro, Unip., lda<br />
139 VASCONCELOS (J.Leite de). - A BARBA EM PORTUGAL: Estudo de<br />
Etnografia Comparada. - Lisboa: Imprensa Nacional, 1925. - XII-190-[2] pp.: il.; 250 mm.<br />
75,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele; ligeiramente aparado à cabeça; conserva as<br />
capas de brochura; pequena mancha marginal. Um dos mais estimados e raros estudos de Leite<br />
de Vasconcelos. A obra, sobre a barba e o seu uso em Portugal, profusamente ilustrado no texto<br />
com reproduções fotográficas das várias espécies de barba.<br />
140 VASCONCELOS (J.Leite de). - DE TERRA EM TERRA: Excursões<br />
Arqueológico-Etnográficas através de Portugal (Norte, Centro, e Sul). - Lisboa: Imprensa<br />
Nacional de Lisboa, 1927. - 2 v. em 1: il.; 225 mm. 250,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele; com falta das capas de brochura. Sobre o seu<br />
próprio trabalho diz Leite de Vasconcelos: “Chamei-lhe De Terra em Terra porque nos artigos,<br />
que a constituem (...) narrei caminhadas que por várias vezes dei através do Continente português,<br />
com o intuito de conhecer sítios arqueológicos, adquirir objectos para o Museu<br />
Etnológico, e observar costumes e linguagens do povo".<br />
141 VAZ (Fernando de Meneses, Cónego). - FAMÍLIAS da Madeira e Porto Santo. -<br />
Funchal: Junta Geral do Distrito Autónomo do Funchal, s.d. - 476, [8] pp.; 300 mm.<br />
225,00¤<br />
Encadernação com lombada e cantos em pele. Estudo genealógico sobre as famílias titulares do<br />
Arquipélago da Madeira. Raro e estimado.<br />
142 VAZ (Francisco d'Assis de Sousa). - MEMÓRIA sobre a Inconveniencia dos<br />
Enterros nas Igrejas, e utilidade da construcção de Cemitérios. - Porto: Imprensa de Gandra<br />
e Filhos, 1835. - 52 pp.; 205 mm. 150,00¤<br />
Brochado; limpo. Curiosíssimo folheto sobre a organização social, nomeadamente a forma de<br />
culto aos mortos em Portugal, defendendo o fim das inumações nos terrenos das Igrejas em<br />
favor da construção de demitérios. Dividida em três partes, a primeira histórica sobre a origem<br />
das inumações nas Igrejas, a segunda provando a nocividade para a saúde pública desse tipo de<br />
inumações e a terceira sobre as soluções adoptadas na cidade de Paris. Francisco de Assis Vaz<br />
(1797-1870), médico, cirurgião e professor, natural do Porto. Obteve em Março de 1815 a carta<br />
de sangrador e cirurgião depois de ter cursado as respectivas aulas no Hospital da Misericórdia<br />
do Porto. Pelo seu mérito foi-lhe dado o encargo de examinador de Cirurgia e de mestre de sangria<br />
na Misericórdia do Porto. Em 1821 tomou posse do cargo de cirurgião da Roda dos<br />
Expostos, que serviu durante perto de meio século. Nesse mesmo ano era nomeado 2.º<br />
cirurgião daquele hopital, exercendo também a profissão no hospital de S. Francisco e do Terço<br />
e Caridade. Por fim, em 1825, data da fundação da Régia Escola de Cirurgia do Porto, é<br />
despachado lente substituto da mesma nas caadeiras de Patologia Externa, Terapêutica e<br />
Clínica Cirurgica, acumulando o lugar de seu secretário. Liberal, foi forçado a exilar-se em<br />
Paris, onde em 1832 se formou em Medicina. Dedicado à Medicina Social, Assis Vaz prestou<br />
atenção às condições de existência dos enjeitados, que reformou e amparou. Numerosas foram<br />
as comissões de serviço público de que foi encarregado: entre elas o melhoramento das cadeias,<br />
as medidas preventivas contra a cólera, o estudo das causas da epidemia da febre tifóide, a<br />
repressão da prostituição, a criação da casa de correcção, etc. Raro.<br />
143 VEIGA (Pe. Eusebio da). - PLANETARIO Lusitano, Explicado com Problemas, e<br />
Exemplos Praticos [...]. - Lisboa: Na Officina de Miguel Manescal da Costa, 1758. - *-**4,<br />
***6, A-O4, a-s4, §4, §4, §4, a-f4, §4, a-f4, §4, a-f4; [28]-112-144-[8]-8-[8]-48-[8]-48-[8]-<br />
48 pp.; 190 mm. (4.º). 300,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira da época, ligeiramente cansada; alguma acidez. [Inoc., II,<br />
247] O Padre Eusébio da Veiga (1717-1798), religioso da Companhia de Jesus, notável<br />
matemático e astrónomo. Entrado no noviciado em 1730, ensinou Letras Humanas no colégio<br />
de Santo Antão de Lisboa, onde leccionou também Matemática na célebre Aula da Esfera, e<br />
dirigiu o observatório desse colégio. O seu nome está ligado à publicação em Portugal das<br />
primeiras efemérides Astronómicas regulares e metódicas. Em 1755 tinha já preparado os cálculos<br />
para as publicar, mas perderam-se no grande terramoto. Saíram então em 1758, calculadas<br />
para os três anos seguintes, nesta sua obra que foi apelidada pelo Cosmógrafo-mor do<br />
Reino, Luís Francisco Pimentel, como “um excelente compêndio de toda a astronomia, no qual<br />
se expõe em doutos e instrutivos documentos, quanto há de mais útil e deleitável nas ciências<br />
matemáticas”. A perseguição de Pombal proibiu o ilustre astrónomo de continuar a sua activi-<br />
- 54 -
Catálogo Bibliográfico Setembro 2007<br />
dade em Portugal. Preso em 1758, em Setembro desse ano seguia desterrado para Itália. Em<br />
Roma editou nove volumes de Efemérides e o duque de Sermonea e S. Marcos escolheu-o para<br />
dirigir o seu observatório astronómico que mandara instalar no seu próprio palácio. Após a<br />
extinção da Companhia de Jesus, o marquês de Lafões fê-lo nomear reitor do Hospício dos<br />
Portugueses e aí faleceu. Raro e estimado.<br />
144 VIDAL (Manuel Gonçalves). - MARCAS DE CONTRASTES E OURIVES<br />
PORTUGUESES / Complementos e anotações às marcas antigas de pratas portuguesas e<br />
brasileiras pelo Eng.º Fernando Moitinho de Almeida. - Lisboa: Imprensa Nacional Casa da<br />
Moeda, 1974. - 2 v.: il.; 280 mm. 100,00¤<br />
Brochado. É a segunda edição desta obra, muito acrescentada em relação à primeira.<br />
145 [VIEIRA (Pe. António)]. - ARTE de Furtar, Espelho de Enganos, Theatro de<br />
Verdades, Mostrador de Horas Minguadas, Gazua Geral dos Reynos de Portugal [...] /<br />
Composta no anno de 1652 pelo Padre Antonio Vieyra. - Correcta, e emendada de muitos<br />
erros; e assim tambem a verá o curioso leytor com as palavras, e regras, que por inadvertencia<br />
faltarão na passada impressão. - Amsterdam [Lisboa?]: Na Officina de Martinho Schagen<br />
[?], 1744. - 8.º; [24]-508 pp.; 220 mm. 400,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira da época um pouco cansada; algumas manchas. Inocêncio<br />
nos seus dois primeiros artigos referentes à Arte de Furtar, trata apenas da problemática da<br />
autoria da obra, hoje irrefutavelmente retirada da pena do grande pregador e escrita por um<br />
dos seus muitos adversários aparecidos antes e depois da sua morte. No entanto, Brito Aranha,<br />
no suplemento, dá-nos mais informações sobre as várias edições desta obra. As diferenças nas<br />
variantes da edição de 1744 estão no frontispício que, na primeira variante, possui o "E" de<br />
«Espelho» em tipo ligeiramente mais pequeno que a restante palavra, bem como a localização<br />
da data, por baixo do "De" da expressão «Na Officina de Martinho Schagen». A segunda variante<br />
tem a data fixada por Brito Aranha em 1745. Raro. (Inoc., I, 306; idem, VIII, 329; idem,<br />
XXII, 433; Exp. António Vieira, 222)<br />
146 VIEIRA (Pe. António). - HISTORIA DO FUTURO. Livro Anteprimeyro<br />
Prologomeno a toda a Historia do Futuro, em que se declara o fim, & se provaõ os fundamentos<br />
della. Materia, Verdade, & Utilidades da Historia do Futuro [...]. - Lisboa Occidental: Na<br />
Officina de Antonio Pedrozo Galram, 1718. - 8.º; *-**8, ***2, A-Z8, Aa6; [36]-380 pp.; 205<br />
mm. 600,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira ricamente decorada a ouro na lombada e com ferros a seco<br />
nas pastas; corte das folhas carminado; limpo. [Pe.Ant.Vieira, 1187; Exp. Pe. Ant. Vieira, 151;<br />
Samodães, 3513; Bib. Geral, 210] Inserido no capítulo da sua vida que se chamou "Escritos<br />
Messiânicos", este Livro Anteprimeyro "é uma espécie de prólogo explicativo da História do<br />
Futuro" (de Exp. Pe. Ant. Vieira, p. 135). Foi escrito em 1665 e apesar de terem circulado várias<br />
cópias manuscritas, só veio a ser editado na presente edição.O exemplar da B.N. descrito tanto<br />
no Catálogo da Exposição comemorativa do centenário da morte do Padre Jesuíta como na<br />
Bibliografia editada pela própria B.N. em 1999 está com falta de um dos fólios preliminares já<br />
que só apresenta [34] pp. Raro.<br />
147 VIEIRA (Pe. António). - LAS CINCO Piedras de la Honda de David en Cinco<br />
Discursos Morales [...]. - Lisboa: En la Officina de Miguel Deslandes, 1695. - 8.º; [16]-126-<br />
[40] pp.; 205 mm. 380,00¤<br />
Encadernação inteira de carneira, ricamente decorada a ouro na lombada. Tradução castelhana<br />
deste conjunto de cinco sermões pregados em Roma na corte da Rainha Cristina da Suécia, em<br />
1674. Publicado originalmente em italiano em Rima, Ignatio de Lazari, 1676 e só traduzidos<br />
para português no XIV volume dos sermões publicado postumamente. Raro. (Exp. António<br />
Vieira, 140)<br />
148 VILA MAIOR (Visconde de). - O DOURO Illustrado:Album do Rio Douro e Paiz<br />
Vinhateiro [...]. - Porto: Livraria Universal de Magalhães & Moniz, 1836. - [8], 226 pp., 25<br />
est.: il.; 270 x 355 mm. 750,00¤<br />
- 55 -
Nuno Gonçalves, Leiloeiro, Livreiro, Unip., lda<br />
Encadernação editorial restaurada; publicado em fascículos, conserva as capas de brochura de<br />
um dos números; com falta do mapa do Rio Douro. PRIMEIRA EDIÇÃO. Uma das mais apreciadas<br />
obras sobre o Douro e a produção de vinho. Além da introdução histórica, possui uma<br />
descrição das principais quintas e dos trabalhos vinícolas usados no Douro, notas sobre o<br />
comércio dos vinhos do Porto e serviços e trabalhos de armazenagem. Ilustrado com 25<br />
gravuras impressas à parte de página inteira. O 2.º Visconde de Vila Maior, Julio Máximo de<br />
Oliveira Pimentel (Moncorvo, 1809-Coimbra, 1884). Estava na Universidade quando viu o seu<br />
Pai e seu Tio, o General Claudino de Oliveira Pimentel, ambos afectos à causa constitucional,<br />
serem presos pelo governo de D. Miguel e enviados para a prisão de São Julião da Barra, o que<br />
o levou a alistar-se no Batalhão Liberal Académico que combatia no Porto. Na defesa da Serra<br />
do Pilar foi gravemente ferido numa perna, estando muito tempo em perigo de vida, ficando<br />
para sempre a coxear. Já oficial de Infantaria seguiu o curso de Matemática e por causa da sua<br />
deficiência física ingressou na carreira académica. Em 1838 foi nomeado lente de Química na<br />
Escola Politécnica de Lisboa, partindo depois a Paris para aprofundar os seus estudos, trabalhando<br />
num laboratório dessa cidade de 1844 a 1846. Regressado a Portugal, depois de terminada<br />
a guerra civil, foi professor durante 20 anos. Director do Instituto Agrícola de 1857 a<br />
1869, ano em que foi nomeado reitor da Universidade de Coimbra, vereador e presidente da<br />
Câmara Municipal de Lisboa em 1858 e 1859, chefiou missões de estudo a França, Inglaterra,<br />
Bélgica, Espanha e Itália, representou Portugal nas Exposições Internacionais de Londres e de<br />
Paris e exerceu numerosas comissões de serviço público. De entre os seus numerosos trabalhos<br />
destacam-se os dedicados às águas minero-medicinais portuguesas, química industrial, industria<br />
alimentar, higiéne pública e, claro, vinificação, de entre os quais se destaca este Douro<br />
Ilustrado. Raro.<br />
149 VITA di Sebastiano Giuseppe di Carvalho, e Melo March. di Pombal, Conte di<br />
Oeyras ec.. - S.l.: S.n., 1781. - 5 v.; 185 mm. 250,00¤<br />
Encadernações uniformes em pergaminho; corte das folhas pintado; encadernações com picos<br />
de traça afectando muito ligeiramente o festo em alguns dos volumes; limpo. PRIMEIRA<br />
EDIÇÃO. Segundo Inocêncio (VII, 213) a obra foi publicada pelos impressores Florentinos<br />
Pagani, os quais compilaram informações para a sua composição tanto em Portugal quanto em<br />
Itália., servindo-se principalmente das informações que os ex-jesuítas portugueses lhes<br />
prestaram. A obra conheceu várias edições e já em 1786 havia, segundo o bibliógrafo, quatro.<br />
Ilustrado com um retrato do Marquês de Pombal. Raro e estimado.<br />
150 VITERBO (Sousa). - ARTES E ARTISTAS EM PORTUGAL: Contribuições para<br />
a História das Artes e Industrias Portuguesas. - Lisboa: Livraria Ferreira, 1892. - VIII, 312 pp.;<br />
235 mm. 80,00¤<br />
Encadernação com lombada em pele um pouco cansada; ligeiramente aparado. Estudo artístico<br />
dos artistas portugueses ou estrangeiros que passaram por Portugal dividido por temáticas<br />
como Pintura, Relojoaria, Fontes de Bronze, Tapeçarias, Bordadores e colchoeiros, Ourivesaria,<br />
Construcções Navaes, Armarias, Música, Danças e Armadores. Tem também um capítulo<br />
inteiramente dedicado à Porta do Sol em Coimbra. Estimado.<br />
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